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EDUCAÇÃO FÍSICA E SAUDE

Elizandro Silva Santos


Paulo Raposo dos Santos Junior
RESUMO

O objetivo educacional deve ser coerente com a realidade do aluno, onde este é
levado a vivenciar as mais diversas manifestações da cultura corporal de maneira
crítica e consciente, estabelecendo relações com a sociedade em que vive. Deste
modo o papel do Educador é levar o aluno a um conhecimento de si mesmo e do
mundo através da prática de várias atividades. O estágio II tem por objetivo a
construção de uma trilha pedagógica com intuito de mostrar metodologias de ensino
da educação física, trabalhando o jogo de oposição, pois propicia além do trabalho
corporal, a aquisição de valores e princípios essenciais para a formação do ser
humano em um aspecto mais ampliado .Através dessa pesquisa pode-se identificar a
importância de ter que estudar sempre mesmo depois de formados, na área da
Educação Física é necessário se atualizar sempre. Por isso, traçar um planejamento
para suas aulas será o diferencial para passar toda a segurança ao aluno, enriquecer
suas aulas com dinamismo e também com exercícios coerentes. Além de aprimorar a
sua didática, com uma boa sequência pedagógica com o uso dos seguintes meios:
explicações verbais, demonstrações e decomposições de jogos e bricadeiras.

Palavras-chave: Educação Física Escolar. Jogos e brincadeiras. Ensino


Fundamental .

1 INTRODUÇÃO

O estágio curricular obrigatório II, visa mostrar ações pedagogicas da


educação fisica escolar no ensino fundametal, justifica-se este tema, pois é o
componente curricular obrigatório em todos os níveis da educação básica,
caracterizado pelo ensino de conceitos, princípios, valores, atitudes e
conhecimentos sobre o movimento humano na sua complexidade, nas
dimensões biodinâmica, comportamental e sociocultural.

Essas dimensões constituem a base para uma nova compreensão sobre


a abrangência e interfaces que fundamentam a Educação Física na escola,
seja na perspectiva do movimento, inclusão, diversidade, cidadania, educação,
lazer, esporte, saúde e qualidade de vida. Essa compreensão se alia à
Declaração do Conselho Internacional para a Ciência do Esporte e a Educação
Física (ICSSPE, 2010), reafirmada na V Conferência Internacional de Ministros
e Altos Funcionários Responsáveis pela Educação Física e o Esporte (MINEPS
V, 2013), que define a Educação Física como uma disciplina dos currículos
escolares que se refere ao movimento humano, à aptidão física e à saúde.

Para abordarmos os anos iniciais do Ensino Fundamental, vamosnos


amparar nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL,1997). Tal
documento divide o Ensino Fundamental em duas etapas: osanos iniciais (do
1º ao 5º ano) . Os anos iniciais estão divididos em dois ciclos. No que tange
aos conteúdosdo 1º ciclo (1ª e 2ª séries iniciais), é necessário que o aluno
tenha acesso a diferentes tipos de objetos, em situações não competitivas,
visando a sua participação nas mais distintas atividades, avaliando seu esforço
pessoal, resolvendo seus problemas corporais individualmente, desenvolvendo
suas capacidades físicas e reconhecendo algumas das alterações provocadas
pelo esforço físico (BRASIL, 1997). Sobre os conteúdos do 2º ciclo (3ª e 4ª
séries), os PCN consideram que os alunos já podem compreender as regras
dos jogos com mais clareza e ter mais autonomia para se organizar,
transformando e ampliando seu repertório de jogos e brincadeiras: “Podem,
também, pela percepção do próprio corpo, começar a compreender as relações
entre a prática de atividades corporais, o desenvolvimento das capacidades
físicas e os benefícios que trazem à saúde” (BRASIL, 1997, p. 70).

Frente ao contexto dessa organização dada pelos PCN, o presente


capítulo foi organizado a partir de três tópicos principais. Num primeiro
momento,tratamos de interpelar o lugar do corpo nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, procurando reflexionar sobre a falta de lugar que ele ocupa na
escola frente a toda uma tradição cognitivista na qual está pautada a cultura
escolar de forma geral.

Além de tecer a crítica, alertamos que a tônica do trabalho com o corpo


infantil precisa estar centrada no universo lúdico. Assim, na segunda parte
abordamos três fenômenos da cultura infantil para que estes sejam os
potencializadores dos usos pedagógicos do corpo nessa etapa escolar: o jogo,
o brinquedo e a brincadeira.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA


A área de concentração escolhida foi Metodologia e Estratégia de
Ensino e de Aprendizagem. Com o projeto de extensão: práticas pedagógicas
na educação básica em tempos de ensino a distância. O produto virtual trata-se
de uma trilha pedagogica.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998; 2001) tratam os


conteúdos dança, jogos, ginástica, esporte e lutas como uma representação
corporal das diversas culturas humanas que tenham como característica o
lúdico. Partindo deste entendimento, as lutas devem ser trabalhadas como
estratégias metodológicas que não visem apenas à técnica pela técnica, mas
sim que a criança possa vivenciar os aspectos corporais das lutas de uma
maneira que lhes proporcione prazer e respeite suas características de
crescimento, pois o organismo humano é um laboratório biológico em
constante transformação, transformações estas que são úteis a vida e as
adaptações ao mundo externo.

É por isso, então, que atualmente a Educação Física, quando inserida


enquanto componente curricular escolar, circunscreve-se à área de linguagens.

Visto isso, O brincar é uma atividade que a criança desenvolve a todo o


momento, no âmbito de sua vida familiar e nas relações com os colegas de sua
idade. A criança desenvolve por meio do ato de brincar o seu prazer e sua
recreação, atividades estas que permitem a ela – sob o olhar sociológico do
jogo – entrar em contato com os outros: os adultos, os pais e amigos de sua
idade, e também com o espaço, com o meio ambiente, com a cultura na qual
vive.

Para estudantes de Educação Física há uma dificuldade inicial de


distinção entre os conceitos e sentidos de três fenômenos do universo infantil:
o jogo, o brinquedo e a brincadeira. No capítulo anterior, já deixamos pistas
destes dois últimos. Essa suposta confusão é comum na medida em que estes
sentidos se entrelaçam e se naturalizam no âmbito da ludicidade, parecendo
ser a mesma coisa. Iniciemos tentando explicitar um pouco sobre o jogo. Para
Brougère (2008, p. 12):

Aquilo que é chamado de jogo (jogos de sociedade, de construção, de


habilidade, jogos eletrônicos ou de vídeo…) pressupõe a presença de uma
função como determinante no interesse do objeto e anterior a seu uso legítimo:
trata-se da regra para um jogo de sociedade ou do princípio de construção
(encaixe, montagem) para as peças de um jogo de construção. Mesmo que
para esses objetos a imagem seja essencial, e ela o é cada vez mais, a função
justifica o objeto na sua própria existência como suporte de um jogo potencial.

Práticas corporais: quando os PCN propõem experimentar o corpo se


movimentando, “onde o aluno analisará e compreenderá as alterações que
ocorrem através das atividades” (BRASIL, 1997, p. 46-47), eles pressupõem
que o professor crie, através de experiências corporais, a percepção do corpo
no aluno.

Como eu me sinto dançando? Como eu me sinto correndo? Como eu


me percebo encenando uma peça teatral? As respostas a estas questões
precisam estar diretamente ligadas ao planejamento das aulas de Educação
Física nesta etapa da Educação escolar:

Quando jogo, quando canto ou danço, estou não apenas pondo em


funcionamento o meu equipamento anatômico e fisiológico, estou
vivendo, simultaneamente, o mundo cultural que conformou esse jogo,
esse canto e esta dança e todos os meus projetos existenciais que
neles estão representados.Todo o meu ser de relação se envolve
nesses hábitos motores e através deles eu apreendo o mundo, vou
reorganizando o meu esquema corporal, configurando minha
corporeidade (NÓBREGA, 2009, p. 72-73).

As lutas assim como os demais conteúdos da educação física, devem


ser abordadas na escola de forma reflexiva, direcionada a propósitos mais
abrangentes do que somente desenvolver capacidades e potencialidades
físicas.

Esquecemos muitas vezes é que as lutas não se resumem apenas a


técnicas, elas também ensinam aos seus praticantes a disciplina, valores tais
como respeito, cidadania e ainda buscam o autocontrole emocional, o
entendimento da história da humanidade, a filosofia que geralmente
acompanha sua prática e acima de tudo, o mais importante, que é respeito pelo
seu próximo.

Os Jogos de Oposição têm como identidade as mesmas características


dos esportes de combate praticados desde o início das civilizações (OLIVEIRA
e DOS SANTOS, 2006). Alguns desses Jogos continuaram ao longo do tempo
sendo utilizados de forma simples e com características da cultura local, já
outros adquiriram uma forma institucionalizada tornando-se esportes e Lutas
das quais hoje conhecemos.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

O Estagio Supervisionado deu-se na Escola Municipal Júlia Sabbak


situada na Rua: Juscelino Kubitschek, nº 500, bairro: Sabbak . Santa Inês MA.

No desenvolvimento deste projeto foi executado um projeto de estágio


dividido em quatro etapas. Na primeira fase deste projeto o acadêmico deverá
elaborar um projeto extensão que será equivalente a estagio de observação
presencial. Pois bem como sabemos durante o período de pandemia não
podemos está atuando em campo.

O produto virtual a ser desenvolvido será em forma de Trilha pedagogica


sobre “Jogos de Oposição” Para o 5º ano do ensino fundamental das series
iniciais. Foram produzidos cinco planos de aulas pelos acadêmicos que forão
anexados neste projeto que proporcionarão melhoria e reconhecimento das
aprendizagens da criança através dos jogos e brincadeiras.

O roteiro de observação virtual, o paper de estagio final e por fim o slide


de apresentação. O trabalho de pesquisa exigiu busca de informações em
diferentes áreas do conhecimento científico, sendo possível reunir elementos
que, combinados, vieram subsidiar a fundamentação teórica deste arcabouço
monográfico, esta busca fora executada em artigos, sites da internet,
dissertações, periódicos e livros.

Severino (2011, p. 123), afirma, sobre a pesquisa exploratória, é uma


preparação para a pesquisa explicativa‖, ou seja, este tipo de pesquisa almeja
revelar dados acerca de um objeto, com campo de trabalho restrito,
observando-se como se dá a pronúncia deste elemento.

A proposta do presente trabalho tem como objetivo disseminar a prática


cociente da educação física escolar do sujeito surdo e suas especificidades
utilizando alguns recursos como textos midiáticos por meio de uma trilha
pedagógica.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

O estágio curricular obrigatório II contribui na formação de profissionais


de nível superior especializado, na sua formação integral, este estágio
possibilitou o desenvolvimento de competências, habilidades socioemocionais
e técnicas, bem como sua aproximação com o futuro ambiente de trabalho e
aplicação dos conhecimentos acadêmicos de forma concreta.

Foi possível perceber que para que o professor tenha êxito na difícil
missão de ensinar os conteúdos propostos e assim tornar suas aulas mais
atrativas, precisa planejar suas aulas, estar sempre se atualizando, pois o
mundo muda o tempo todo e o mundo e o processo de ensino aprendizagem
não pode ficar para trás, quem não planeja suas aulas acaba emperrando o
desenvolvimento da educação no País, através de aulas monótonas e sem
objetivos claros, contribuindo para o fracasso da formação da população.

Na disciplina de Educação Física não pode ser diferente, chega do


professor só dar bolas para que os alunos pratiquem algum jogos e
brincadeiras no ensino fundamental. Precisamos de educadores que levem a
sério a disciplina, e isso passa pelo planejamento.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física /Secretaria de


Educação Fundamental M. /SEF Ed.: Brasília 1998.

______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's).


Ed.: Brasília, v.7, 2001.
BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e Cultura. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

MONDIN, B. O homem: quem ele é?: elementos de antropologia filosófica.


Tradução de R. Leal Ferreira e M. A. S. Ferrari. São Paulo: Paulus, 2003.

NÓBREGA, T. P. Corporeidade e Educação Física: do corpo-objeto ao


corposujeito. Natal, RN: Editora da UFRN, 2009.
OLIVEIRA, S. R. L.; DOS SANTOS, S. L. C. Lutas aplicadas a Educação Física
Escolar. P. M. D. C. S. M. D. EDUCAÇÃO Ed.: Departamento de Ensino
Fundamental, 2006.
ANEXO I
ANEXO II
Inserir o TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE MATERIAL
DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO, preenchido e
assinado por você.

TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE


MATERIAL DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO DE
EXTENSÃO

Eu, Elizandro Silva Santos acadêmico do curso Educação Fisica, matrícula , CPF
1402321, da turma BEF146/8, autorizo a divulgação do produto virtual, realizado para
atender o Projeto de Extensão, intitulado de: Educação Física nos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, de acordo com critérios abaixo relacionados:
• O produto virtual é de minha autoria, desenvolvido com materiais de
diferentes fontes pesquisa (vídeos, imagens, links de textos para
pesquisa, links para visitas virtuais, dicas de filmes, livros, etc.)
devidamente referenciados, conforme as Regras da ABNT.

• Tenho ciência de que o material por mim cedido à UNIASSELVI é isento


de plágio, seguindo a Legislação brasileira vigente.

• Estou ciente de que o material ficará disponível para consulta pública à


comunidade interna e externa, desde que aprovado pelos
coordenadores, professores e tutores da UNIASSELVI.

Santa Ines, MA 23 de junho de 2021.

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