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PROJETO DE INTERVENÇÃO

Análise de conjuntura

Nome da instituição: Escola Municipal Donata Monteiro da Motta.


Endereço: Rua 231, 708 – Vila Monticelli, Goiânia – GO, CEP: 74655-110.
Telefone: (062) 3203-1542.

A intervenção do Estágio Supervisionado 1será ministrado dentro da Escola


Municipal Donata Monteiro da Motta, localizada na Rua 231, 708 – Vila Monticelli, Goiânia-
GO, CEP: 74655-110. Telefone (062) 3203-1542.

Os acadêmicos do curso de Licenciatura em Educação Física do Estado de Goiás do


5ºperíodo do Estagio Supervisionado 1, foram divididos em quatro grupos, sendo que dois
irão trabalhar com Educação Infantil (4 e 5 anos) e dois com a Turma “D” (x). O projeto de
intervenção deste grupo conta com os acadêmicos: Alexander Ferreira Amaro; Diego Otim
Gomes de Faria; Gilvan Santos de Oliveira irão trabalhar com o conteúdo de Esportes de
aventura na Educação Infantil. Na escola os espaços destinados as aulas de Educação
Física eram, um auditório que era localizado na parte superior da escola (segundo andar) e
um pátio localizado na parte inferior, Também há uma quadra poliesportiva onde não era
propicio para as aulas.
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Existem muitas maneiras de se compreender a educação, e uma dela está presente em


um dos dicionários mais famosos do brasil. “Ação e efeito de educar, de desenvolver as
faculdades físicas, intelectuais e morais da criança e, em geral, do ser humano;
disciplinamento, instrução, ensino.” (Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa,
Caldas Aulete).
A Educação não esta ligado somente à escola, e sim em todos os ambientes onde
ocorra transmissão de sabres, crenças, costumes que são passadas de geração em
geração.
“Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja, na
escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da
vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar.
Para saber, para fazer, para ser ou para conviver todos os dias
misturamos a vida com a educação.” (BRANDÃO, 1983, p. s/n).

Segundo as leis de diretrizes básicas da educação (LDB), a educação escolar e


compreendida por:
 Educação básica: que é composta por educação infantil, ensino fundamental e
ensino médio;
 Ensino Superior

A educação básica (Infantil) busca o desenvolvimento do aluno, dando-lhe uma


formação para que ele exerça a cidadania, para assim progredir no trabalho e também em
estudos posteriores.
Na LDB a Educação Física é integrada a proposta pedagógica da escola, sendo
obrigatória na educação básica.
No artigo 29- “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos
físicos, psicológico, intelectual e social [...]”

Fundamentação teórica
A abordagem que será utilizada será a crítico-emancipatória.
“É uma teoria pedagógica no sentido crítico-emancipatório precisa,
na prática, estar acompanhada de uma didática comunicativa, pois
ela deverá fundamentar a função do esclarecimento e da prevalência
racional de todo agir educacional (KUNZ, 1994, p.31)”.

Além de ensinar, essa teoria tem como objetivo formar um cidadão crítico. Esse cidadão
crítico que a proposta da teoria aborda é um indivíduo que consiga solucionar problemas
sociais e criar soluções práticas para aplicar em seu meio social.
Os esportes de aventura são rotulados como extremamente perigosos para se trabalhar
nas escolas como conteúdo , mas com a teoria crítico-emancipatória, podemos juntamente
com os alunos analisar e solucionar esse problema. A escola proporciona para seus alunos
experiências diferente do seu dia-a-dia, nós escolhemos esportes de aventura com esse
propósito, sendo assim “fugir” dos esportes tradicionais (futebol, vôlei, basquetebol e
handebol).
O surf, skate, slackline, rapel, bunge jump, corrida de aventura, etc. são algumas das
modalidades dos esportes de aventura. Nesses esportes predominam a exploração dos
espaços físicos e são fundamentados pelo equilíbrio, velocidade e o contato direto com a
natureza.
Com a amplitude de conteúdo englobada pelos esportes de aventura podemos estimular
a criatividade dos alunos. Tornando-os críticos para solucionar problemas nas atividades e
mais à frente na sociedade e estimular os alunos a terem um desenvolvimento
afetivo/cognitivo.
“O aluno enquanto sujeito do processo de ensino deve ser
capacitado para sua participação na vida social, cultural e esportiva,
o que significa não somente a aquisição de uma capacidade de ação
funcional, mas a capacidade de conhecer, reconhecer e
problematizar sentidos e significados nesta vida, através da reflexão
crítica. (KUNZ, 1994, p. s/n).

A prática do esporte aliada a sua transformação didática é o objetivo da concepção


crítica-emancipatória, sendo assim, estimulando uma educação que possa favorecer uma
reflexão crítica dos alunos.
“Fica evidente que para essa compreensão do esporte os alunos
devem ser instrumentalizados além de capacidades e conhecimentos
que lhes possibilitem apenas praticar esportes. Nesse sentido, é de
mais alta importância, sem dúvida, a competência comunicativa que
lhes possibilitem a comunicação, não apenas sobre o mundo dos
esportes, mas para todo o seu com o mundo social, político,
econômico e cultural” (KUNZ apud FREITAS, 2008).

Para KUNZ (1994), não se deve apenas ensinar os esportes apenas para o simples
desenvolvimento de habilidades técnicas, mas sim ensinar o esporte onde os alunos
possam estar em situações de outras pessoas, e desenvolverem competências de
autonomia para lidarem com tal situação.

Justificativa

A escolha da abordagem crítico emancipatória se justifica a partir de uma forma de leva


aos alunos uma forma sistematizada de ensino/aprendizagem entre a relação de professor e
aluno, no objetivo de trabalhar com os alunos atividades conteúdos pertencentes aos
esportes de aventura, instigando nos alunos a busca por novos conhecimentos, como
também a conscientizar e a preservar a natureza e o meio ambiente durante o processo de
intervenção. O objetivo de Kunz com a sua metodologia de ensino para a Educação Física é
formar sujeitos críticos e autônomos para transformação (ou não) da realidade que os
mesmos vivem, utilizando uma educação crítica, reflexiva, fundamentada na construção de
três competências: A 1ª competência objetiva, que visa a desenvolver a autonomia dos
alunos através da técnica; a 2ª competência social, referente aos conhecimentos e
esclarecimentos que os alunos devem adquirir para entender o próprio contexto
sociocultural; a 3ª competência comunicativa, que assume um processo reflexivo
responsável por desencadear o pensamento crítico que ocorre através da linguagem- que
pode ser de caráter verbal, escrita e/ou corporal.
“O ensino deve fomentar, para tanto, a capacitação dos alunos para
um agir solidário, nos princípios da determinação e
autodeterminação. Essas interações alunos-alunos, alunos-
professores e professor-aluno não podem acontecer sem a
participação da linguagem” (KUNZ, 2001, p.37).

Os professores de Educação Física devem levar novos conhecimentos se utilizando


das práticas de esporte de aventura, com atividades que possam possibilitar a assimilação
do imaginário dos alunos, sentimentos de autoestima e desafios naturais, um pensamento
emancipatório e independente, onde o aluno possa apreender e assim produzir e construir
novos conhecimentos, pensando diferentes soluções de uma forma sistematizada,
contribuindo para sua formação humana.

[...] quando conseguimos ensinar um esporte às nossas crianças de


tal forma que as mesmas possam crescer se desenvolver e se tornar
adultos através dele, e quando isto acontecer, quando se tornarem
adultos, possam praticar esportes, movimentos e jogar como
crianças (KUNZ, 1994, p.56).

Os conteúdos a serem trabalhados com os alunos serão: Slackline, Parkour, Surf, Corrida
de aventura ou percurso de orientação. O aprendizado dos conteúdos citados fará parte da
formação humana do aluno tornando-o um ser emancipado.
Segundo Darido (2005) para se referir aos conteúdos, faz-se necessário abordar as
dimensões de conceitos, atitudes e procedimentos no intuito de melhorar qualitativamente as
práticas do educador físico e consequentemente as suas aulas. A preservação da natureza é
bastante importante para a vida cotidiana como também é necessária para a prática desses
esportes. A prática esportiva aliada à natureza é benéfica para ambos os lados de várias formas,
desenvolvendo cidadãos com características emancipatórias. Por esses motivos optamos por
trabalhar com essa perspectiva.
A avaliação será através da demonstração prática dos exercícios de salto, equilíbrio e
brincadeiras para o desenvolvimento dos movimentos do corpo e aulas com filmografia
relacionada aos esportes de aventuras realizadas através de rodas de conversa com perguntas
direcionadas com o intuito de investigar o aluno a analisa os conteúdos aplicados. Essa avaliação
deve desenvolver o aluno a ter uma reflexão crítica sobre a natureza, buscando novos
conhecimento e procurar analisar como o aluno se mantém atento, motivado e participativo, do
processo participativo do qual ele é sujeito. A presente avaliação irá favorecer o entendimento do
processo de desenvolvimento motor das crianças, permitindo que os professores consigam avaliar
e intervir neste por meio da adequação das atividades.
O objetivo a ser alcançado é fazer com que os alunos compreendam a importância das
atividades de esportes de aventura buscando reflexões sobre o meio ambiente, visando uma
evolução crítica e emancipatória de novos conhecimentos, união e cooperação, o saber e o saber
fazer entre alunos e professores. Entender que a natureza não é um simples ambiente onde essas
práticas são executadas, mas que haja uma relação de troca das relações de cooperação e
socialização, de saber conviver e respeitar. Assim, entendemos que, nesses espaços, podemos
educar/conscientizar os alunos de forma que eles traduzam as práticas e discussões realizadas
nas aulas de Educação Física em atitudes e comportamentos voltados para uma educação
ambiental.

Objetivos Gerais e Objetivos Específicos


Geral:
 Vivenciar as práticas dos esportes de aventura realizando uma discussão entre a
relação dos esportes de aventura e sua influência na sociedade que o aluno está
inserido.

Específico:

 Compreender a importância do meio ambiente para a realização das práticas de


aventura;
 Aprender sobre a modalidade Parkour, compreendendo a lógica de superar
obstáculos;
 Vivenciar a modalidade slackline, compreendendo-a como elemento das práticas
corporais de aventura;
 Realizar corrida de aventura, compreendendo sua relação com o meio ambiente;

Conteúdo
Dentre os vários esportes de aventura escolhemos trabalhar com quatro modalidades
Slackline, Surfe, Corrida de aventura e o Parkour.

Slackline

O Slackline é um esporte que consiste em equilibrar-se em cima de uma fita suspensa


entre dois pontos fixos. Seu objetivo é atravessar esse percurso se equilibrando,
possibilitando treinar o corpo, melhorar o equilíbrio e concentração (HEIFRICH et al.
2012). Durante a execução, o atleta ainda poderá realizar manobras sobre ela. Atualmente,
o slackline é considerado esporte pela confederação internacional de esportes radicais
(BARTHOLDO; ANDRADE, 2012).
Entende-se que essa pratica é uma variação e evolução da corda bamba do circo.
Existem evidencias nos Estados Unidos no Colorado em 1907 quando Ivy Baldwin
atravessou num cabo de aço duas torres de arenito de 200 metros de extensão a 180
metros de altura (PAOLETTI, MAHADEVAN; 2012).

Segundo a confederação brasileira de esportes radicais em 2012, o slackline


praticado atualmente teve sua origem em meados dos anos 80 nos Estados unidos nos
campos do Vale de Yosemite. Os escaladores ficavam nas montanhas acampados por
semanas, na busca por novas áreas para escalada. Nos tempos vagos ou quando as
chuvas impediam de escalar, esticavam suas fitas através dos equipamentos para se
equilibrar e caminhar (BARTHOLDO; ANDRADE, 2012). Perceberam então que essa
atividade melhorava tanto o equilíbrio quanto a postura (CBER; 2012). A brincadeira passou
a ser realizada frequentemente com o objetivo de melhora na pratica da escalada.
Inicialmente foi difundida apenas entre escaladores, no entanto, ao longo dos anos, mais
interessados arriscaram-se testando seu equilíbrio (PAOLETTI, MAHADEVAN; 2012).
Devido aos inúmeros benefícios oferecidos somados a praticidade e diversão o slackline
ganhou diversos adeptos mundialmente. A corda de escalada utilizada foi substituída por
uma cinta própria para a prática, facilitando sua execução que além de segura deu
característica singular ao esporte (HEIFRICH et al. 2012). Com o aumento de sua
popularidade, foi criada no ano de 2011 a World Slacklines Federation -WSFED, com sede
em Stuttgart, Alemanha (MAHAFFLEY; 2009). No Brasil, o slackline chegou através dos
escaladores em 1995. No entanto somente dez anos depois ganhou adeptos no país.
Primeiramente nas praias do Rio de Janeiro e logo em seguida se estendeu para todo o país
(PORTELA; 2001).

A prática do Slackline no estado de Goiás cresceu muito nos últimos anos,


atualmente já existem diversos campeonatos a nível mundial que são realizados nas
cidades de Caldas Novas e Pirenópolis. Na cidade de Goiânia o slackline e muito praticado
em parques e algumas academias já oferecem essa prática.

Curiosidades

Joel Soares de 29 anos e o recordista mundial de Waterline onde percorreu uma


distancia de 760 metros a 35 metros de altura realizados em apenas 1 hora. Joel e natural
de do Tocantins, mas atualmente reside em Senador Canedo-GO, e já se considera cidadão
goiano.

As modalidades
Segundo BARTHOLDO e ANDRADE em 2012, o slackline hoje se divide em sete
modalidades que são:

 Slackline. A fita é montada em curtas distancias entre 05 e 10 metros. O praticante


se equilibra sobre o Slack com diferentes tensões. Essa diferença na tensão e
comprimento permite diversas possibilidades de execução.

 Trickline. Tem como objetivo a execução de manobras de equilíbrio dinâmico. São


utilizadas fitas colocadas a partir de 60 cm de altura que dão a impulsão necessária
para realizar as manobras. Permite a realização de manobras de saltos e equilíbrio
extremo, exigindo bastante preparo físico e treino.

 Longline. Realizada perto do chão, objetivo é desafiar distâncias cada vez maiores,


de 20 metros no mínimo utilizando fitas tubulares especificas de 25 mm. Caso
contrário, a fita não terá o balanço tão admirado pelos praticantes desta modalidade.

 Highline. A modalidade mais radical do Slackline, com travessias feitas acima de 5


metros de altura em locais como prédios e montanhas. Recomenda-se que o atleta
possua além de uma experiência em slackline avançada, conhecimentos de
escalada e domínio dos equipamentos.

 Waterline. É a pratica sobre as águas, piscinas, rios ou praias. É definida como a


mais descontraída das modalidades uma vez que não se utilizam quase cabos de
aço devido suas quedas não oferecem riscos. Permite a realização de manobras.

 Baseline. Restrita somente ao público pára-quedista trata-se de uma variação do


highline, porém sem o cinto de segurança com alças para as pernas (baudrier). O
praticante se equipa com o paraquedas nas costas e caso caia da fita o mesmo é
acionado.

 Shortline. Trata-se da modalidade mais segura, já que a fita é colocada em nível


baixo e com as ancoragens próximas. Além disso, é a mais indicada para iniciantes,
juntamente com o Trickline por não exigir maiores esforços e habilidades especificas
em relação às outras modalidades.

Benefícios

O slackline está dividido em dois exercícios: De movimento- Andar sob a corda ou arriscar
uma nova manobra; Estáticos- sentar, tentar uma nova posição, levantar um pé etc. A região
abdominal e os braços são exigidos em todo tempo de treino pois trabalham de forma
contínua. Como não é um esporte de alto impacto, as articulações são mais preservadas
(HUBER, KLEINDL; 2010).

Segundo Portela em 2011, um treino de slackline em média consome de 400 a 700 calorias.


Também é notado em praticantes um fortalecimento imediato da musculatura como um
todo, em especial a musculatura interna dos membros inferiores e reforço nas articulações
do tornozelo e joelho. Dentre os benefícios oferecidos pelo slackline destacam-se:

Equilíbrio: A configuração do sistema de equilíbrio do indivíduo no slackline é dada pela


combinação dos pontos de ancoragem da fita, dos pontos de apoio do indivíduo sobre a fita
e do centro de massa alinhados pela força da gravidade (KELLER; 2012). Além disso, a
elasticidade da fita solicita reconfigurações posturais constantes com o uso de braços e
pernas para manter a estabilidade (HUBER; KLEINDL, 2010). Durante a execução no
slackline há uma relação direta entre a dinâmica corporal e a dinâmica externa
proporcionada pela fita que se move em resposta à aplicação de forças e ao desequilíbrio
do corpo. Há um atraso natural na resposta motora devido ao tempo de processamento da
informação pelo sistema nervoso, e a adaptação da correta quantidade de força aplicada
para estabilização e controle motor sobre a fita (PAOLETTI; MAHADEVAN, 2012). Nesse
esporte corpo e mentes articulam-se como unidade inseparável conscientizando sobre os
limites e criando alternativas para superá-los. Um estudo feito por MAHAFFLEY em 2009
demonstra que uma das tarefas mais importantes do sistema do controle postural humano é
o equilíbrio do corpo sobre a pequena base de apoio fornecida pelos pés. Os resultados
desse estudo apontam correlação entre a variação da área de deslocamento do centro de
gravidade e o centro de pressão. No slackline isso indica que o controle sobre o ponto de
apoio dos pés na fita influencia fortemente a obtenção do equilíbrio na fita (SEGAL; 2006).

Concentração: A concentração é importantíssima no slackline, pois sem ela o praticamente


não consegue permanecer em cima da fita (KELLER; 2012). Devido ao esporte exigir muito
equilíbrio do corpo, automaticamente a concentração é trabalhada. Se a mente não estiver
focada na postura corporal o praticamente cai da fita (PAOLETTI, MAHADEVAN; 2012). O
equilíbrio emocional também é estimulado através da dedicação, tentativas, quedas e
repetições, reforçando a autoestima e encorajamento quanto ao medo e vergonha, fatores
estes que podem afastar o indivíduo do esporte. (MAHAFFLEY; 2009)

Psicológicos: A prática do slackline estimula as capacidades cognitivas, como o


desenvolvimento do raciocínio lógico além de exercitar a capacidade de planejamento e
aprimorar competências como a atenção, disciplina e determinação (PORTELA, 2011).
Segundo HEIFRICH et al. 2012, os benefícios mentais são semelhantes aos oferecidos no
yoga, trabalhando calma e concentração de forma gradativa e continua.

Posturais: Cada pessoa possui características individuais de postura que podem ser


influenciadas por alguns fatores, anomalias congênitas, adquiridas, má postura, obesidade,
má alimentação, atividades físicas sem orientação entre outras (GUYTON; HALL, 1998).
Uma boa postura ajusta nosso sistema musculoesquelético distribuindo e equilibrando todo
o esforço de nossas atividades diárias favorecendo a menor sobrecarga em cada segmento
corporal (LAZZAROTTI et al. 2010).

Os benefícios posturais oferecidos pelo slackline se dão graças ao envolvimento de diversos


grupos musculares na cintura pélvica e escapular durante o exercício (HUBER, KLEINDL;
2010). Nas mulheres, além de prevenir a incontinência urinária e prolapso, a melhoria da
região pélvica traz benefícios durante a gravidez, auxílio no trabalho de parto e recuperação
do períneo (PORTELA, 2011).

Musculares: É muito comum durante a prática de atividade física os agrupamentos


musculares se dividirem entre os que realizam o movimento, os que vão auxiliar ou
estabilizá-lo e os que se opõem ao mesmo (POWERS; 2005). Sendo assim os agonistas
são aqueles músculos que realizam o movimento, sinergistas os que auxiliam e estabilizam
e antagonistas os que se opõem a ação (LAZZAROTTI et al. 2010). O perfeito
funcionamento entre esses grupos musculares resultam em um forte fator de proteção
contra torções articulares, principalmente de tornozelo e joelhos. Além disso, ato de subir na
fita, recebe inúmeros estímulos proprioceptivos, aumento nas percepções de localização e
espaço, na forma estática e principalmente na forma dinâmica (DONATO et al.; 2008). O
slackline exige uma otimização no uso da musculatura agonista, sinergista e antagonista, e
quanto mais ele desenvolver sua habilidade de se manter sobre a fita, mais aumentará a
capacidade de responder a um estímulo, e quanto mais rápido consegue reagir a um
estímulo, mais tempo consegue ficar sobre a fita, gerando um ciclo virtuoso onde, ao final, o
praticante estará mais protegido de lesões torcionais não traumáticas (PORTELA, 2011).

Força: Entre os principais benefícios oferecidos pelo slackline, destacam-se a melhoria no


controle corporal e coordenação motora (KELLER; 2012). Seus efeitos positivos em relação
ao fortalecimento de articulações se assemelham aos treinamentos funcionais (MAHAFFEY,
2009). Durante a execução, muitos músculos são solicitados. O quadríceps e glúteo para a
tarefa de atravessar a fita, e os músculos mais internos e os estabilizadores logo em
seguida com o balançar do praticante na travessia (POWERS; 2005). Devido ao modo com
que os músculos são trabalhados, o esporte age de forma profilática nos episódios de
lesões em membros inferiores diminuindo novos surgimentos ou amenizando complicações
(HUBER, KLEINDL; 2010)

Le Parkour

Essa prática teve seu início na França por volta de 1980, por David Belle. Ele
cresceu vendo seu pai praticar exercícios relacionados às técnicas de combate de guerra,
pois seu pai foi ex-combatente da Guerra do Vietnã. Sua técnica consiste em treinamento
dado aos militares e ao método natural de educação física.

David Belle adaptou e criou as técnicas para saltar obstáculos apenas com o
movimento do corpo, superando seus limites e vencendo os obstáculos. Ele criou o “Le
Parkour” que do francês significa “O Percurso”. O David, além de praticar esse esporte,
também pratica artes marciais.

O que é o Le Parkour?

Le Parkour é uma modalidade que significa a arte de deslocar-se de um ponto para o


outro rapidamente, usando técnicas para saltar os obstáculos como rampas, escadas,
muros, corrimãos, calçadas, árvores, qualquer lugar onde se possa escalar e explorar
apenas os recursos do corpo de forma ágil e superando seus limites.

Benefícios do Le Parkour

Essa pratica traz como benefícios o fortalecimento dos músculos, desenvolvendo a


agilidade, a concentração, o dinamismo, a força de vontade, fortalecendo o corpo e a mente.
Essa modalidade pode ser praticada por homens e por mulheres. Os homens que curtem a
pratica da modalidade são chamados de “traceur” e as mulheres, “traceuse”.

Le Parkour no Brasil

No Brasil, a modalidade ficou conhecida por volta de 2004, por vários praticantes que
se identificaram com o esporte. Nesse período, foi criado o primeiro site no Brasil. Esses
participantes foram se adaptando ao estilo e formando grupos; a cada dia possuía, então,
mais adeptos a essa modalidade. Cursos são ministrados para iniciantes que querem
praticar, apesar de haver pouco incentivo no Brasil.

Le Parkour em Goiânia
Em Goiânia existem vários grupos que praticam o Parkour, essa pratica vem
crescendo muito, sendo praticado em parques e praças onde o local mais procurado para
praticar são as áreas urbanas.

Corrida de aventura

Corridas de aventura do mundo foi o Eco-Challenge, do expedicionário norte-


americano Mark Burnett. Foi também uma das mais famosas, por sua mais fácil penetração
na TV. Seguindo este caminho, posteriormente Burnett criaou um dos programas televisivos
de maior sucesso nos últimos anos. Baseado no duo aventura e desafio aos limites
psicológicos do home, ele inventou o reality show “Survivor”.

Na Nova Zelândia, terra-mãe da modalidade, existe outra corrida famosa, o Southern


Traverse, na ilha Sul do país. Quando disputado ao norte, ganha nome de Northern
Traverse. Foi ali, em 1997, que o brasileiro Alexandre Freitas teve a idéia de importar as
corridas de aventura para o país.

O Brasil teve sua primeira corrida de aventura em 1998, com a Expedição Mata
Atlântica. Em razão do quinto centenário de Descobrimento, o Nordeste brasileiro foi sede
de uma corrida internacional. Em abril de 2000, o Elf-Authentique Aventure, idealizada por
Fusil, cruzou os estados do Maranhão, Piauí e Ceará, em mais de 850 km de percurso. A
prova passou por lugares exuberantes, como os Lençóis Maranhenses.

Em 1999, o Eco-Challenge foi realizado na Argentina, na região da Patagônia


(extremo sul da América). Até hoje foi a única etapa da prova na América do Sul. Cenários
exóticos é uma eterna busca de Burnett, que já realizou outras edições no Marrocos,
Filipinas (Bornéo) e Ilhas Fiji.

Os norte-americanos e os neo-zelandeses, apelidados de “kiwis”, são as duas


potências da corrida de aventura atualmente, tendo vencidos as principais provas no mundo.
A modalidade, porém, ganha cada vez mais adeptos em diversos países. E o Brasil tem sido
representado nas principais corridas realizadas.

Tipos de corrida de aventura


 Trekking; Corrida ou caminhadas longas em trilhas ou estradas, vencendo desníveis
topográficos.
 Mountain bike; Trecho percorrido em bicicleta.
 Canoagem; Trechos em rios, lagos e mar percorrido em canoas, caiaques ou balsas
de rafting.
Avaliação
A avaliação será feita de forma processual, contínua, individual e participativa,
analisando se os objetivos das aulas foram alcançados ao final de cada intervenção.
Registrando os principais pontos durante cada aula, através de observação e abrindo um
debate em roda de conversa nos finais das aulas com os alunos. Utilizando uma perspectiva
onde a nota não é o objetivo final da aula ou das intervenções, mas sim a participação,
interação e envolvimento dos alunos na atividade, para que haja emancipação do sujeito
através de seu corpo e suas expressões corporais como ferramenta de comunicação com o
mundo e os indivíduos ao redor construindo então sua identidade e autonomia.

Quando se e feita uma avaliação diagnóstica prática, a abordagem crítico-


emancipatória dá ao professor a capacidade de perceber as habilidades dos alunos, pelo
meio da transcendência de limites para experimentação, em que os alunos podem explorar
e conhecer os materiais, de forma que alcancem novas possibilidades e capacidades
(KUNZ, 2004, p. s/n).

Referencias Bibliográficas

KUNZ, Eleonor. Transformação didático pedagógico, 1994, Editora Unijuí, Ijuí-RS.

González, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli
de. Lutas, Capoeira e Práticas Corporais de Aventura, 2014, Editora Eduem; Maringá-
PR.

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