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Resumo
O presente artigo visa aprofundar as questões teóricas e práticas que envolvem a educação
física enquanto um dos elementos presente na equipe multidisciplinar em um Centro de
Atendimento Psicossocial Infantil, especificamente no Caps’i Água Viva. Neste contexto é
necessário apontar: a) uma breve revisão do papel cumprido pela educação física ao longo de
sua história; b) os três principais eixos orientadores da educação física; c) A falta de
reconhecimento dos profissionais de educação física na área da saúde e d) algumas das
dificuldades da prática da educação física no Caps’i Água Viva e) alguns apontamentos do
trabalho da educação física na saúde mental infantil.
Abstract
1
Professor de Educação Física no Centro de Atendimento Psicossocial Infantil Água Viva.
E-mail orozimboj@bol.com.br . Tel contato (62) 35241660
Professor convidado no Departamento de Educação Física e Desporto da Universidade Católica de
Goiás.
Introdução
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O aprofundamento destas questões está no livro: Repensando o Esporte Brasileiro, Manoel José
Gomes Tubino (Organizador). E no livro: A Educação Física cuida do corpo e “Mente” do Profº João
Paulo Medina.
de sociedade, uma vez que a sociedade também buscava valores diferentes dos aspectos
militares e esportivos.
Essa comissão concluiu que, existia no interior das instituições educacionais o
processo de exclusão dos menos habilidosos e a ênfase nos habilidosos, nas regras e
competições. Essa mesma comissão apontou que as políticas públicas para o esporte teriam
que apontar para três áreas distintas que são:
• O Esporte de Rendimento ou Competição;
• O Esporte Participação;
• O Esporte Educacional.
O Esporte de Rendimento caracteriza-se pela ênfase nas competições, regras,
resultados esportivos, quebra de recordes, e tudo que envolvesse o fenômeno esportivo.
O Esporte Participação compreende toda a população de forma geral, a
necessidade das pessoas em praticar atividades físicas no contexto urbano, a ocupação de
praças públicas, e que o trabalhador utilizasse as suas horas de lazer praticando caminhadas,
pedalando e outras atividades.
O Esporte Educacional caracteriza-se pela inclusão de todos os alunos sob a ótica
democrática de oferecer práticas corporais que auxiliasse na formação do cidadão, o
desenvolvimento físico diversificado e harmonioso, criando hábitos de uma vida saudável,
desvinculada do sistema esportivo.
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Essa discussão pode ser aprofundada no livro: Atividade Física, Saúde Mental e Qualidade de vida de Maika
Arno Roeder
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Esse debate encontra referencias no livro EXERCÍCIO E SAÚDE: como se prevenir de doenças
usando o exercício como seu medicamento do Dr. Ph. David C. Nieman.
Na formação destes profissionais, poderia estar faltando de uma visão mais
ampliada sobre saúde, pois existe um grande quantitativo de profissionais nas universidades
que vislumbram sua intervenção profissional nas academias particulares.
O primeiro diz respeito ao nível de ansiedade que alguns pais têm sobre a
educação física, pois esperam uma atitude autoritária e disciplinadora. Não é difícil ouvir de
alguns pais “se ele não obedecer professor, tira ele da atividade”, “ Esse menino é muito
agressivo, qualquer coisa se ele brigar, coloca ele de castigo”, com estas duas falas
observamos que de forma a-crítica e conservadora os pais pedem e auxiliam para que o
processo de exclusão continue. Assim como um técnico de futebol, o profissional agiria de
forma arbitrária, cabendo a criança o papel de obedecer. Os pais não conseguem entender que
o papel terapêutico e educacional é o de incluir.
O terceiro diz respeito a pouca condição de trabalho com relação aos materiais de
educação física. São poucos os materiais existentes (faltam bóias para oficina de natação,
bolas, colchões, colchonetes e cordas, sala ampla e arejada para a pratica de dança e
ginástica).
O quarto diz respeito aos colegas de equipe multidisciplinar, que esperam uma
atitude recreativa do profissional em educação física, dizendo: “eu estou atendendo a mãe
deste menino, brinca com ele um pouquinho”, outros dizem “que vida boa, só brincando
com os meninos na piscina”, que lamentavelmente não consideram uma visão mais ampliada
sobre o corpo e a importância das atividades físicas, diminuindo assim as possibilidades
terapêuticas da educação física com outras áreas da saúde.
A piscina neste sentido não serve com uma escolinha de ensinar técnicas de
movimento da natação, mas como um espaço de convivência do grupo onde os aspectos da
ludicidade e das brincadeiras se fazem presentes. Além dos aspectos psicomotores de:
lateralidade, coordenação, equilíbrio e outros. A piscina é um centro de observação dos
corpos, levando em consideração que o caps’i é uma rede proteção à criança com transtornos
mentais e vítimas de violência. Constatamos de forma rotineira que muitas crianças são
agredidas fisicamente: sinais de cintadas, chineladas, até mesmo fio de cobre, quando esta
situação é diagnosticada, o professor notifica a equipe multidisciplinar para que medidas
sejam adotadas de proibir esse abuso, notificando os conselhos tutelares e as delegacias
especializadas na proteção da criança e do adolescente.
BIBLIOGRAFIA
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Este trabalho pode ser visualizado na internet: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. No livro Didático
Público da Secretaria do Estado da Educação do Paraná. Na seção Educação Física, Conteúdo
Estruturante Lutas no artigo intitulado: Judô: A prática do caminho suave escrito em parceria com
Profº Drº Felipe Sobczynski Gonçalves.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. SP: Cortez, 1992.
FILHO, Álvaro Melo et al. Repensando o esporte brasileiro. Manuel Gomes Tubino
organizador. São Paulo: Ibrasa, 1988.
GEABA, Ademir et al. Educação Física & Esportes: Perspectivas para o século XXI. Wagner
Wey Moreira organizador. Campinas, SP: Papirus, 1993.
MEDINA, João Paulo Subirá. A educação Física cuida do corpo e “mente”. Campinas:
Papirus, 1989.
ROEDER, Maika Arno, Atividade Física, Saúde Mental e Qualidade de vida. Rio de Janeiro:
Shape, 2003.
SCHWARTZMAN, Michael. Pais Ansiosos: como superar sua insegurança na educação dos
filhos: Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1996.
SMITH, Manuel J. Sim, você também pode dizer não: um guia para aumentar a capacidade de
afirmação de seu filho. Rio de Janeiro: Record, 1995.