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FACULDADES INTEGRADAS CAMPO-GRANDENSES

NOTAS DE AULAS

ARITMÉTICA

PROF. ALZIR FOURNY MARINHOS

1
Estamos apresentando um roteiro de estudos com teoria e exercícios para os
alunos da Graduação em Matemática e para os Professores que fazem a
Pós – Graduação “Matemática para os Professores dos Ensinos Fundamental e
Médio”, das Faculdades Integradas Campo-Grandenses.
Não temos a pretensão em desenvolver todos os conteúdos e exercícios de
aritmética. Isto não é possível.
Esperamos que as notas de aula tenham os objetivos de alinhar os
programas e indicar as atividades dos nossos cursos de Teoria dos Números e
Aritmética.

Alzir Fourny Marinhos

2
BASE NUMÉRICA

O nosso sistema de numeração é de base dez.

Cada dez unidades temos uma dezena.


Cada dez dezenas temos uma centena.
Cada dez centenas temos uma milhar.

Uma quantidade pode ser representada por um numeral na base dez, mas pode ser,
também, representada em outra base numérica.

COMO ESCREVER, UM NUMERAL NA BASE DECIMAL, NUMA BASE


DIFERENTE DA DECIMAL?
Escrever 7 na base 2 (Explicação do Professor através da representação no ábaco e
com algoritmo).

No ábaco:

7 ( Na base 10)
Na base dois temos, para cada duas representações, uma representação na ordem
seguinte, no ábaco.

Tiramos duas representações e marcamos uma na ordem seguinte; tiramos duas


representações e marcamos uma na ordem seguinte; tiramos duas representações e
marcamos uma na ordem seguinte.

Queremos deixar claro que estamos falando de ordem para fazermos o entendimento,
mas, na realidade, a ordem só existe no sistema decimal. Ordem (de ordenação): u, d, c
simples; u, d, c de milhar, etc.

Ficou uma representação na primeira ordem e ficaram três na segunda ordem.

Temos:

Agora tiramos duas representações da segunda ordem e marcamos uma na ordem


seguinte.

1 1 1 ( Na base 2)

3
No algoritmo:

7 2
1 3 2
1 1

O algoritmo é o que fizemos no ábaco.


Ao dividirmos 7 por 2 estamos encontrando 3 como quociente (representação na
segunda ordem do ábaco) e resto 1 ( representação na primeira ordem do ábaco).
Ao dividirmos 3 por 2 estamos encontrando 1 como quociente (representação na
terceira ordem do ábaco) e resto 1 (representação na segunda ordem do ábaco).

O numeral na base 2 é ( 1 1 1)2


Leitura : um, um, um, na base 2.

EXERCÍCIOS REALIZADOS COM O PROFESSOR:

a) Escrever 12 na base 3 (Representação no algoritmo).

12 3
0 4 3 R: (110) 3
1 1

b) Escrever 145 na base 11 (Através do algoritmo).

145 11
2 13 11 R: (122) 11
2 1

c) Escrever 67523 na base 12 (Através do algoritmo).

67523 12
11 5626 12

10 468 12

0 39 12

3 3 R: ( 330ab) 12, sendo a = 10 e b = 11.

4
COMO PASSAR UM NUMERAL PARA BASE DECIMAL, SENDO DADO
NUMA OUTRA BASE NUMÉRICA?
Passar para nosso sistema de numeração decimal.
(1001) 2 (Explicação do Professor através do ábaco e do algoritmo)

No ábaco:

1 0 0 1 ( Na base 2)

Uma representação na quarta ordem representa duas representações na terceira ordem.

Cada representação na terceira ordem representa duas representações na segunda ordem.

Cada representação na segunda ordem representa duas representações da primeira


ordem.

9 ( Na base 10)

5
No algoritmo:

1 0 0 1

23 22 21 20

Veja que uma representação na quarta ordem corresponde oito representações na


primeira ordem; uma representação na primeira ordem é ela mesma.
Daí:
1 x 23 + 0 x 22 + 0 x 21 + 1 x 20 = 8 + 1 = 9 ( Na base 10).

EXERCÍCIOS REALIZADOS COM O PROFESSOR.

1- Passar para o nosso sistema de numeração.

a) ( 102)3 (Através algoritmo).

1 0 2

32 31 30

1 x 32 + 0 x 31 + 2 x 30 = 11 R: 11

b) (1234)5 (Através do algoritmo).

1 2 3 4

53 52 51 50

1 x 53 + 2 x 52 + 3 x 51 + 4 x 50 = 194 R: 194

2- Como podemos justificar a adição 37 + 45 no ábaco e no algoritmo.

Justificativa no ábaco:

Ao agruparmos, na ordem da unidade simples, 7 e 5, temos 12 que ultrapassa 10.


Daí tirarmos 10 marcações, da unidade simples, sobrando duas marcações e
substituirmos por uma na dezena simples.

6
Agora vamos agrupar, na dezena simples, 3 e 4.

8 2
Justificativa no algoritmo:
1
3 7 3 7
+ 4 5 + 4 5

7 12 8 2

3- Como podemos justificar a subtração 403 – 124 no ábaco e no algoritmo.

Justificativa no ábaco:

7
Representamos 403 no ábaco.

Na subtração devemos, na ordem unidade simples, tirar 4 unidades.


Como temos 3 unidades, devemos tirar uma unidade da ordem centena simples e
passarmos 10 unidades ( 10 marcações) para a ordem dezena simples.

A seguir devemos tirar 1 unidade da ordem dezena simples e substituirmos 10 unidades


na ordem unidades simples.

Agora podemos fazer a subtração tirando 4 unidades de 13 unidades na ordem unidade


simples; tirando 2 unidades de 9 unidades na ordem dezena simples; tirando 1 unidade
de 3 unidades na ordem dezena simples.

1 7 9
Daí termos 279 como o resto da subtração.

Justificativa no algoritmo:

4 0 3 3 10 3 3 9 13

- 1 2 4 - 1 2 4 - 1 2 4

2 7 9

8
c) Como podemos justificar a multiplicação 123 x 12 no ábaco e no algoritmo.
No ábaco:

Ao multiplicarmos três representações por 12 teremos 36 representações. Devemos


deixar 6 e tirar 30, passando três representações para a segunda ordem.
Ao multiplicarmos duas representações por 12 teremos 24 representações. Adicionando
as três representações que passamos da ordem anterior, ficamos com 27. Devemos
deixar 7 e tirar 20, passando duas representações para a terceira ordem.
Ao multiplicarmos uma representação por 12 teremos 12 representações. Adicionando
as duas representações que passamos da ordem anterior, ficamos com 14.
Daí o produto ser 1476.

No algoritmo:
123
x12
246
1230
1476

Façamos 123 x ( 2 + 10) = 123 x 2 + 123 x 10 = 246 + 1230 = 1476.

Ao fazer, por exemplo, 123 x (232) teremos 123 x ( 2 + 30 + 200) = 246 + 3690 +
24600 = 28536

d) Como podemos justificar a divisão 2418 por 3 no ábaco e no algoritmo.


No ábaco:

Não podemos dividir duas representações por 3. Então vamos passar para a ordem
seguinte inferior. Duas representações indicam 20 e teremos 24. Agora podemos dividir
24 por 3 dando 8. Veja que não podemos dividir uma representação por 3. Passamos
esta representação para a ordem inferior seguinte. Logo teremos 10 + 8 = 18, que
dividido por 3 dá 6.

Veja o resultado da
divisão:

0 8 0 6

No algoritmo:

9
24’18 3
0 1’
18 806
0

Não podemos dividir 2 por 3.


Fazemos 24 e dividimos por 3.
Não podemos dividir 1 por 3.
Fazemos 18 e dividimos por 3.

EXERCÍCIOS

1) Escreva o número 182 respectivamente nas bases 2, 8 e 12.


R: ( 10110110)2; (266)8; (132)12

2) Escrever 2154 na base 12. R: ( 12b6) 12

3) Passe para o nosso sistema de numeração:


a) (10121) 3 R: 97

b) (10ab) 12 onde a representa 10 e b representa 11. R:1859

10
4) Escrever (2312)4 para base 6. R: (502)6

5) Efetue:
a) (1034)5 + (243) 5 R: ( 1332) 5

b) ( 54302) 6 – ( 2134) 6 R: ( 52124)6

c) (122)3 x (21)3 R: (11102)3

d) (1211)3 : (21)3 R: (21)3

6) Determine b em cada um dos casos:


a) ( 104) b = 8285 R: b = 91

b) 12551 = ( 30407) b R: b = 8

11
7) O cubo de (12) b é ( 1750) b. Qual a base b? R: 8

8) Determinar o valor de x sabendo-se que ( xxxx )3 = 80 R: x = 2

9) Determine a representação de M = ( 14654) b na base b+1. R: 10012

10) Se (A) 10 = (888. . .8) 9 ( k algarismos 8) e (B)10 = (222. . .2)3 ( k algarismos 2),
A B
então quanto é ? R: 3 k
B

12
11) Suponha vários números consecutivos escritos em ordem crescente, na base 5, a
partir de (304) 5. Determinar o 360 número dessa sucessão. R: (424)5

12) Determine a base x, sabendo que : (136)x – (121)x = (153)x – (136)x R: x = 8.

13) Determine a base x, sabendo que : (122)x – (63)x = (151)x – (122)x R: x = 7.

14) Provar que (111) b divide (10101) b.

13
15) Prove que:
a) em todo sistema de numeração de base b>2 o número ( 121 ) b é , na base
10, um quadrado perfeito.

b) em todo sistema de numeração de base b>3 o número ( 1331) b é , na


base 10, um cubo perfeito.

NÚMEROS NATURAIS

COMO DETERMINAR A QUANTIDADE DE NÚMEROS NATURAIS DE A


ATÉ B.
Os números Naturais : { 1, 2, 3, 4, 5, ... }
A quantidade de números de a até b (isto inclui a e b) é (b – a) + 1.
Fazer um modelo:
Qual a quantidade de números naturais de 7 a 16?
(16 – 7) + 1= 10
Veja: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16
Quando tiramos 7 números de 16 números (16 - 7) estamos tirando também o número
7. Daí devemos somar o 7, isto é mais um número. Por isso (16 -7) + 1.

Qual a quantidade de números naturais de 35 a 148? (Explicação do Professor)

Qual a quantidade de números naturais entre 35 e 148 (excluindo 35 e 148)?


(Explicação do Professor)

14
QUANTOS NÚMEROS, COM X ALGARISMOS, PODEMOS FORMAR COM
OS ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS?
Neste caso devemos usar o princípio fundamental da contagem.
Se um evento é composto por duas possibilidades sucessivas e independentes de tal
maneira que o número de possibilidades na primeira etapa é m e o número de
possibilidades na segunda etapa é n, então o número total de possibilidades de o evento
ocorrer é dado pelo produto m.n.

1) Quantos números de quatro algarismos podem ser formados no Sistema Decimal?


(Explicação do Professor)

2) Quantos números de quatro algarismos distintos podem ser formados no Sistema


Decimal? (Explicação do Professor)

3) Quantos números ímpares de cinco algarismos podemos formar com os algarismos


decimais? ( Explicação do professor )
a) podendo repetir algarismos.

b) não podendo repetir algarismos.

4) Quantos números pares de quatro algarismos podemos formar com os algarismos


decimais ? ( Explicação do professor )
a) podendo repetir algarismos.

b) não podendo repetir algarismos.

15
QUANTIDADE DE ALGARISMOS, NA SUCESSÃO DOS NÚMEROS
NATURAIS, DE 1 ATÉ N.
Devemos verificar a quantidade de números existentes e observarmos que de 1 a 9 são
números escritos com 1 algarismo; de 10 a 99 são números escritos com 2 algarismos;
de 100 a 999 são números escritos com 3 algarismos.

Calcular o número de algarismos necessários para escrever os números naturais de 540,


inclusive, até 1987, inclusive? (Explicação do Professor)

QUANTIDADE DE NÚMEROS ESCRITOS QUANDO SE DÁ O NÚMERO DE


ALGARISMOS EMPREGADOS.
Ao escrevermos de 1 até o número N e igualando ao número de algarismos empregados
podemos determinar esse N. Esse N é a quantidade de números escritos.

Quantos números naturais foram escritos a partir de um, se empregarmos 23473


algarismos na sua escrita? (Explicação do Professor)

COMO DETERMINAR O NÚMERO DE VEZES QUE UM ALGARISMO


(1,2,3,4,5,6,7,8 ou 9) APARECE NUMA SUCESSÃO DE NÚMEROS NATURAIS
DE 1 ATÉ 10n.

Justificativa da regra:

Vamos ver o algarismo 3.


Nas unidades:
03; 13; 23; 33; 43; 53; ... Em cada dezena aparece 1 vez.
10 n/10 dá o número de dezenas.
Como em cada dezena aparece uma vez temos 1 x 10 n/10 que resulta 10 n-1.
Nas unidades aparece 10 n – 1 vezes.

16
Nas dezenas:
030; 031;032;033;034;035;036;037;038;039;
130;131,132;133;134;135;136;137;138;139;
230;231;232;233;234;235;236;237;238;239;
Em cada centena aparece 10 vezes.
10 n / 100 dá o número de centenas.
n–1
Como em cada centena aparece 10 vezes temos 10 x 10 n / 100 que resulta 10 .
Nas dezenas aparece 10 n – 1 vezes.

Nas centenas:
0300;0301;0302;0303;0304;0305;0306;0307;0308;0309.................0399;
1300;1301;1302;1303;1304;1305;1306;1307;1308;1309.................1399;
2300;2301;2302;2303;2304;2305;2306;2307;2308;2309.................2399;
Em cada milhar aparece 100 vezes.
10 n/ 1000 dá o número de milhares.
Como em cada milhar aparece 100 vezes temos 100 x 10 n/ 1000 que resulta 10 n – 1.
Nas centenas aparece 10 n – 1 vezes.
Assim podemos generalizar para as outras unidades.
n–1
Podemos concluir que em cada ordem aparece 10 vezes.

Então em 10n temos n ordens. Logo o algarismo 3 aparece n . 10 n-1 vezes. Se for 1,
devemos contar o algarismo 1 da potência 10 n.

QUANTAS VEZES O ZERO APARECE DE 1 A 10 n.

Unidades – ( 10n – 1) + 1= 10n


Dezenas – ( 10 n – 10 ) + 1= 10n – 9.
Centenas - ( 10 n – 100 ) + 1= 10n – 99.
Veja que nas unidades, na primeira dezena, de 1 a 9 o zero não é contado uma vez.
Veja que nas dezenas, na primeira centena de 1 a 99 o zero não é contado na primeira
dezena 10 vezes ( temos 01, 02, 03 ...,09).
Veja que nas centenas, na primeira milhar de 1 a 999 o zero não é contado na primeira
centena 100 vezes.
Ao escrever o número 10n estamos contando os zeros deste número, daí somarmos 1 a
(10n – 1) – o zero da unidade, somarmos 1 a ( 10 n – 10 ) - o zero da dezena, somarmos
1 a ( 10 n – 100 ) – o zero da centena.

Determinar o número de vezes que o algarismo 4 aparece na sucessão dos números


naturais de 1 até 10 000? (Explicação do Professor)

17
COMO DETERMINAR A QUANTIDADE DE UM FATOR PRIMO ESCRITO
NUM PRODUTO 1 x 2 x 3 x 4 x 5 x ....... x n.

Justificativa da regra:

Por exemplo, fator 5 no produto 1 x 2 x 3 x 4 x 5 x . . . x 100.


1 x 2 x 3 x 4 x (5 x 1) ... x (5 x 2) x ... x (5 x 3) ... x (5 x 4) x ........ x
x (5 x 20).
(5 x 1) x (5 x 2) x (5 x 3) x (5 x 4) x . . . x (5 x 20) = 5 20 x ( 1 x 2 x 3 x 4 x (5 x 1) x 6
x 7 x 8 x 9 x (5 x 2) x 11 x 12 x 13 x 14 x (5 x 3) x 16 x 17 x 18 x 19 x (5 x 4)) =
5 20 (5 x 1 x 5 x 2 x 5 x 3 x 5 x 4) = 5 20 x 5 4 x ( 1 x 2 x 3 x 4)= 5 24 x 1 x 2 x 3 x 4.
Logo temos 24 fatores 5.
Veja que ao dividirmos 100 por 5 encontramos 20. ( 20 fatores).
Ao dividirmos 20 por 5 encontramos 4 ( 4 fatores) ; Como 4 é menor que 5 paramos.
Daí 24 fatores.

AO ESCREVER A SÉRIE NATURAL DOS NÚMEROS INTEIROS, SEM


SEPARAR OS ALGARISMOS, 123456789101112131415161718192021222324....,
COMO DETERMINAR O ALGARISMO QUE OCUPA UMA DETERMINADA
POSIÇÃO.

Determinar o algarismo que ocupa o 1275º lugar.

De 1 a 9 empregamos 9 x 1 algarismos.
De 10 a 99 empregamos 90 x 2 algarismos.
De 1 a 99 empregamos 189 algarismos.
Sobram 1275 – 189 = 1086 algarismos que empregamos para escrever os números de 3
algarismos que serão 1086 : 3 = 362 números.
Assim chegaremos ao número 99 + 362 = 461.
O algarismo que ocupa a posição 1275 º lugar é o algarismo 1 do número 461.

EXERCÍCIOS

1) Quantos são os números de 5 algarismos, na sucessão dos números naturais?


R: 90 000

2) Quantos números de dois algarismos podem ser formados no Sistema Decimal?


R: 90

3) Quantos números de dois algarismos distintos podem ser formados no Sistema


Decimal? R: 81

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4) Com os algarismos indo – arábicos (0, 1, 2, 3, 4 ,5, 6, 7, 8, 9):
a) Quantos números de 3 algarismos podemos formar? R: 900

b) Quantos números de 3 algarismos (distintos) podemos formar? R: 648

5) Quantos números ímpares de 4 algarismos podemos escrever com os algarismos


indo- arábicos. E números ímpares de 4 algarismos distintos? R: 4500 ; 2240

6) Quantos números pares de 5 algarismos podemos escrever com os algarismos indo-


arábicos. E números pares de 5 algarismos distintos? R: 45000 ; 13776

7) Qual o total de algarismos usados para numerar as páginas de um livro que tem 2748
páginas? R: 9885

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8) Calcular o número de algarismos necessários para escrever todos os números naturais
de cinco algarismos? R: 450 000

9) Calcular o número de algarismos necessários para escrever os números naturais de


328, inclusive, até 1959, inclusive? R: 5856

10) Determinar o número de algarismos necessários para escrever os números ímpares


de 5 a 175, inclusive. R: 207

11) Calcular quantos números naturais foram escritos a partir de um, se empregarmos
21729 algarismos na sua escrita? R: 5709

20
12) Determinar o número de vezes que o algarismo 3 aparece na sucessão dos números
naturais de 1 até 100 000? R: 50 000

13) Determinar o número de vezes que o algarismo 4 aparece na sucessão dos números
naturais de 1 até 10 000? R : 4 000

14) Determinar o número de vezes que o algarismo 4 aparece na sucessão dos números
naturais de 1 a 400? R: 81

15) Quantas vezes o algarismo 5 aparece na sucessão dos naturais de 1 até 2006?
R: 601

21
16) Quantas vezes o algarismo 2 aparece nas dezenas, na sucessão dos naturais de 1 até
2222, inclusive? R: 223

17) Quantas vezes o algarismo 8 ocupa a posição das dezenas na sucessão dos números
naturais de 1 a 10 000? R: 1000

18) Determinar o número de vezes que o algarismo 7 aparece na sucessão dos números
naturais de 1 até 5966 ? R:1786 vezes

19) Escreveram-se os números de 1 a 537. Quantas vezes aparece o algarismo 8?


R: 103

20) Ao escrevermos o produto 1x2x3x4x . . .x 100 com fatores primos, qual o número
de vezes que o fator primo 7 aparece? R: 16

22
21) Ao escrevermos o produto 1x2x3x4x . . .x 100 com fatores primos, qual o número
de vezes que o fator primo 2 aparece? R: 97

22) Qual o número máximo de divisores do número 48.2  x 2 x


2
, x Real. R: 12
R: 24

23) Com quantos zeros termina o número 1000x999x998x997x . . . x3x2x1? R: 249

24) Qual o número de algarismos necessários para registrar o resultado da operação


2 101 x 5 97. R: 99

25) Se 10 100 = G, determine quantos algarismos tem o resultado da potência G G.


R: 10 102 + 1 algarismos.

23
26) Qual a soma dos algarismos na base 10 de ( 10 n  3) 2 , onde n é Natural maior que
3

zero? R: 16

27) Determinar o algarismo que ocupa o 1277º lugar na seqüência 123456789101112....


R:6

28) Escrevendo-se seguidamente os números inteiros sem separar os algarismos, qual o


algarismo que ocupa o 9850 lugar? R: 3.

29) Empregaram-se 1507 algarismos para escrever os números inteiros e consecutivos,


dos quais o menor é 23. Qual o maior deles? R: 550

24
REGRAS DE DIVISIBILIDADE

O estudo dos critérios de divisibilidade é ensinado, inicialmente, na quinta série


do Ensino Fundamental.
Os critérios são realizados de forma mecânica e os alunos podem ser capazes de
saber se um número é divisível por 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11.
Conhecendo os critérios de divisibilidade podemos facilitar vários
procedimentos matemáticos. Ao escrever uma fração na forma irredutível, podemos
saber, de forma imediata, se o numerador e o denominador são divisíveis por um
mesmo número.
Ocorre que na quinta série deixamos de apresentar as justificativas dos critérios
de divisibilidade, talvez, por acharmos que os alunos não tenham a maturidade para
entender. Mas, para nós, Professores, é preciso conhecermos estas justificativas e
estarmos preparados para informar aos nossos alunos, quando solicitado.

1- CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE POR 2


Um número ao ser dividido por 2 deixa resto zero ou 1.
No desenvolvimento do algoritmo da divisão de um número dado por 2, quando
estivermos no último algarismo deste número teremos um número que será formado por
zero ou um (resto da divisão anterior) e o último algarismo do número dado (que pode
ser 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9). Este número, de dois algarismos, vai ser dividido por 2,
fazendo-se a última operação do algoritmo. Se for par, o resto desta última operação é
zero, indicando que o número dado dividido por dois deixa resto zero, isto é, é divisível
por dois. Se for impar, o resto desta última operação é um, indicando que o número
dado dividido por dois deixa resto um, isto é, não é divisível por dois.

CRITÉRIO: Um número é divisível por dois quando é par.

RESTO: O número par deixa resto zero e o número ímpar deixa resto 1.

2- CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE POR 3


CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE POR 9
Seja o número na milhar abcd, onde a, b, c, d podem ser os algarismos 0, 1, 2, 3,
4, 5, 6, 7, 8 ou 9 ( “a” diferente de zero).

25
Podemos escrever abcd como ax1000 + bx100 + cx10 + d = a(999+1) + b(99 +
1) + c(9+1) + d = 999a + a + 99b + b +9c + c + d = 999a + 99b + 9c + a + b + c
+ d.
Para que abcd seja divisível por 3 devemos ter 999a + 99b + 9c + a + b + c + d
divisível por 3.
Daí:
999a  99b  9c  a  b  c  d 999a  99b  9c a  b  c  d
 
3 3 3
999a  99b  9c
Veja que é divisível por 3.
3
Então a + b + c + d deve ser divisível por 3.
Para se divisível por 9 devemos ter
999a  99b  9c  a  b  c  d 999a  99b  9c a  b  c  d
 
9 9 9
999a  99b  9c
Veja que é divisível por 9.
9
Então a + b + c + d deve ser divisível por 9.

CRITÉRIO: Um número é divisível por três se a soma de seus algarismos for


divisível por três.

RESTO: É o resto da divisão, da soma dos algarismos, por 3.

CRITÉRIO: Um número é divisível por nove se a soma de seus algarismos for


divisível por nove.

RESTO: É o resto da divisão, da soma dos algarismos, por 9.

3- CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE POR 4.


Seja o número na milhar abcd, onde a, b, c, d podem ser os algarismos 0, 1, 2, 3,
4, 5, 6, 7, 8 ou 9 ( “a” diferente de zero).
Veja que 100 é divisível por 4.
Então:
100 x 10 é divisível por 4, pois 100 é divisível por 4.
100 x 100 é divisível por 4, pois 100 é divisível por 4.
100 x 1000 é divisível por 4, pois 100 é divisível por 4.
100 x 10n é divisível por 4 (n número natural), pois 100 é divisível por 4.
Podemos escrever abcd como ax1000 + bx100 + cx10 + d.
Para ser divisível por 4 devemos ter

1000a  100b  10c  d 1000a  100b 10c  d


 
4 4 4
Como 1000a + 100b é divisível por quatro devemos ter 10c + d também divisível
por quatro.
Veja que 10c + d representa o número cd.
Este número cd representa o número formado pelos dois últimos algarismos do
número abcd. O número cd tem que ser divisível por quatro.

26
Este procedimento é o mesmo para verificação da divisibilidade por 25. ( Veja
que 100 é divisível por 25, levando ao mesmo procedimento de justificação).
Veja que ao termos um número ab00, c=0 e d=0, teremos cx10+d=0x10+0=0.
Daí resta ax1000+bx100 que é divisível por 4. Logo, números que terminam com dois
zeros são divisíveis por quatro.

CRITÉRIO: Um número é divisível por quatro ou vinte e cinco se o número


formado pelos algarismos da dezena e unidade for divisível por quatro ou vinte e cinco
(isso inclui os números que terminam em 00).

RESTO: É o resto da divisão, do número formado pelos dois últimos


algarismos, por 4.

4- CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE POR 5


Um número ao ser dividido por 5 deixa resto 0, 1, 2, 3 ou 4.
Veja que 0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 . . ., números múltiplos de 5, são divisíveis
por 5. Estes números terminam em 0 ou 5.
No desenvolvimento do algoritmo da divisão de um número dado por 5, quando
estivermos no último algarismo deste número dado teremos um número que será
formado por 0 ou 1 ou 2 ou 3 ou 4 (resto da divisão anterior) e o último algarismo do
número dado (que pode ser 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9). Este número, de dois
algarismos, vai ser dividido por 5, fazendo-se a última operação do algoritmo. Se este
número terminar em 0 ou 5, o resto desta última operação é zero, indicando que o
número dado dividido por cinco deixa resto zero, isto é, é divisível por cinco. Se for um
número que não termina em 0 ou 5, o resto desta última operação não é zero, indicando
que o número dado dividido por cinco deixa resto, isto é, não é divisível por cinco.

CRITÉRIO: Um número é divisível por cinco quando termina em zero ou


cinco.

RESTO: É o resto da divisão, do algarismo das unidades, por 5.


5- CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE POR 6
Veja a seqüência de números múltiplos de 6:
0, 6, 12, 18, 24, 30, 36, ...
Veja que os múltiplos de 6 são sempre pares.
6 = (2x3)xk=2x(3k).
Veja que os múltiplos de 6 são divisíveis por 3.
6 = (2x3)xk=3x(2k).

CRITÉRIO: Um número é divisível por 6 se for divisível por 2 e 3.

OUTRO CRITÉRIO:
10 = 6 + 4 = m6 + 4.
100 = 96 + 4 = m6 + 4.
1000 = 996 + 4 = m6 + 4.
10000 = 9996 + 4 = m6 + 4.
10 n = m6 + 4

Seja o número abcde.

27
a x 104 + b x 103 + c x 102 + d x 10 + e = a ( m6 + 4) + b( m6 + 4 ) + c( m6 + 4 )
+ d ( m6 + 4) + e = a m6 + 4a + b m6 + 4b + c m6 + 4c + d m6 + 4d + e = a m6
+ b m6 + c m6 + d m6 + 4a + 4b + 4c + 4d + e.
Veja que a m6 + b m6 + c m6 + d m6 é divisível por 6
Então 4a + 4b + 4c + 4d + e tem que ser divisível por 6.

RESTO: É o resto da divisão, do número formado pela soma dos algarismos das
unidades com o quádruplo da soma dos demais algarismos por 6.

6- CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE POR 7


Veja que:
10 0 = 1 = 0 + 1 = m7 +1 (múltiplo de 7 mais 1).
101 = 10 = 7 + 3 = m7 + 3 ( múltiplo de 7 mais 3).
102 = 100 = 98 + 2 = m7 + 2.
103 = 1000 = 1001 – 1 = m7 – 1.
104 = 10000 = 1 0003 – 3 = m7 - 3.
105 = 1 00000 = 100002 – 2 = m7 – 2.
106 = 1000000 = 999999 + 1= m7 + 1.
107= 106 x 10 = ( m7 + 1) x ( (m7 + 3) = (m7) ( m7) + 3 ( m7) + m7 + 3 = m7 + 3.
108 = 106 x 102 = (m7 + 1 ) x ( m7 + 2)= m7 + 2.
109 = 106 x 10 3 = ( m7 + 1 ) ( m7 – 1 ) = m7 – 1.
10 10 = 106x 104 = (m7 +1)x( m7 – 3 ) = m7 – 3.
1011 = 106x 105 = ( m7 + 1) x ( m7 – 2) = m7 – 2.
Vamos escrever abcdefghi como

(abc) x 106 + (def) x 103 + (ghi) x 100 = (abc) x (m7 + 1) + (def) x (m7 – 1) +
(ghi) x (m7 +1) = (abc) x m7 + (abc) + (def) x m7 – (def) + (ghi) x m7 + ghi.
Veja que (abc) x m7, (def) x m7 e (ghi) x m7 são divisíveis por 7. Logo devemos
verificar se + (abc) – (def) + (ghi) é divisível por sete.

CRITÉRIO: Um número é divisível por sete se a soma das classes ímpares


subtraída da soma das classes pares for divisível por sete.

RESTO: É o resto da divisão da soma das classes ímpares subtraída da soma das
classes pares por sete.

7- CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE POR 8


Seja o número na milhar abcde, onde a, b, c, d, e podem ser os algarismos 0, 1,
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9 ( “a” diferente de zero).
Veja que 1000 é divisível por 8.
Então:
1000 x 10 é divisível por 8.
1000 x 100 é divisível por 8.
1000 x 1000 é divisível por 8.
1000 x 10n é divisível por 8 (n número natural).
Podemos escrever abcde como ax10000 + bx1000 + cx100 + dx10 + e.
Para ser divisível por 8 devemos ter
10000a  1000b 100c  10d  e

8 8

28
Como 10000a + 1000b é divisível por oito devemos ter 100c + 10d + e também
divisível por oito.
Veja que 100c + 10d + e representa o número cde.
Este número cde representa o número formado pelos três últimos algarismos do
número abcde. O número cde tem que ser divisível por oito.
Veja que ao termos um número ab000, c = 0, d = 0, e = 0 teremos
c 100 + d 10 + e = 0 x 100 + 0 x 10 + 0 = 0. Daí resta a10000 + b1000, que é divisível
por 8. Logo, números que terminam com três zeros são divisíveis por 8.

CRITÉRIO: Um número é divisível por oito se o número formado pelos


algarismos da centena, dezena e unidade for divisível por oito (isso inclui os números
que terminam em 000).

RESTO: É o resto da divisão, do número formado pelos três últimos algarismos,


por oito.

8- CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE POR 10

CRITÉRIO: Um número é divisível por 10 quando o algarismo das unidades é


zero.

RESTO: É o algarismos das unidades.

9- CRITÉRIO DE DIVISIBILIDADE POR 11


Veja que o número 10 é igual a 11 – 1.
Veja que 100 = (11 – 1) x (11 – 1)= 11x11-11-11+1=11(11-1-1)+1, que é um
número múltiplo de 11 mais 1. Escreveremos m11+1.
1000 = (11-1) x (11-1) x (11-1) = (m11+1)x(11-1) = (m11x11-m11+11)-1 = m11-1
10000 = (m11-1)(11-1) = (m11x11-m11-11) +1 = m11+1
10n, n = 1, 3, 5, 7... é um número múltiplo de 11, menos 1.
10n, n = 2, 4, 6, 8... é um número múltiplo de 11, mais 1.
Seja o número abcd.
a1000 + b100 + c10 + d = a(m11-1) + b(m11+1) + c(m11-1) + d =
= a m11 - a + bm11 + b + cm11 – c + d = am11 + bm11 + cm11 – a + b – c + d.
Veja que am11 + bm11 + cm11 é divisível por 11.
Para que abcd seja divisível por 11 devemos ter, então, - a + b – c + d divisível por
11.

CRITÉRIO: Um número é divisível por 11 se a soma dos valores absolutos dos


algarismos de ordem impar menos a soma dos valores absolutos dos algarismos de
ordem par for divisível por 11.

RESTO: É o resto da divisão da soma dos valores absolutos dos algarismos de


ordem impar menos a soma dos valores absolutos dos algarismos de ordem par por
11.

ATENÇÃO: Se o número encontrado for negativo devemos verificar um outro


positivo desta classe de restos. Ir somando 11 até encontrarmos um positivo. ( Isso é

29
feito apenas para facilitar, pois podemos dividir -12 por 11 e encontraremos 10 de
resto. ( Explicação do Professor).

A PROVA DOS NOVES FORA.

Até a década de 70 as operações aritméticas eram feitas usando os algoritmos


aritméticos. A partir dos anos 80 houve mais facilidade para aquisição da máquina de
calcular. As contas passaram a ser feitas na máquina de calcular.
Quando fazíamos contas de somar, subtrair, multiplicar ou dividir, sem a
máquina de calcular, tínhamos uma maneira de verificar se estavam corretas. Era a
prova dos noves fora.

Por exemplo:
4867 + 8895 = 13762.
Na parcela 4867 fazemos:
4 + 8 = 12
12 noves fora é 3.
3 + 6 = 9.
9 noves fora é 0.
0 + 7 = 7.

Na parcela 8895 fazemos:


8 + 8 = 16.
16 noves fora é 7.
7 + 9 = 16.
16 noves fora é 7.
7 + 5 = 12.
12 noves fora é 3.
Somando 7 ( encontrado na primeira parcela) e 3 ( encontrado na segunda parcela)
teremos 10.
10 noves fora é 1.
Guardamos 1.
Se dividirmos 4867 por 9 vamos achar resto 7.
Se dividirmos 8895 por 9 vamos achar resto 3.
Somando 7 + 3 e dividindo por 9 encontramos resto 1. Encontramos o resto de
(4867 + 8895) dividido por 9 sendo 1.
Então em 13762, que é igual a 4867 + 8895, teremos:
1 + 3 + 7 = 11.
11 noves fora é 2.
2 + 6 + 2 = 10.
10 noves fora é 1.
Encontramos o resto da divisão de 13762 por 9 sendo 1.
Logo a conta pode está correta.

Porque pode está correta?


Veja que poderíamos ter 13726 no lugar de 13762 e a divisão por 9 dando o mesmo
resto 1. Desta forma teríamos uma falsa comprovação.

Poderíamos ter a regra dos três, quatro, cinco, etc.


Por exemplo:

30
Regra do quatro.
4867 dividido por 4 deixa resto 3.
8895 dividido por 4 deixa resto 3.
3+3 dividido por 4 deixa resto 2.
Encontramos o resto da adição ( 4867 + 8895) por 4 igual a 2.
13762 dividido por 4 deixa o mesmo resto 2. Isto nos garante que a conta está correta.

Porque a regra dos nove?


Pela praticidade da regra.
Podemos somar algarismo por algarismo de todas as parcelas, sequencialmente, sem
precisar truncar o processo ou guardar um valor encontrado numa parcela para depois
usá-lo com outro valor encontrado noutra parcela.
Veja:
1425 + 3763 + 8867 = 14055.
Fazemos sequencialmente a regra para todas as parcelas no primeiro membro e depois
para o resultado da soma no segundo membro. A seguir comparamos os resultados
encontrados.
1 + 4 + 2 + 5 = 12 noves fora igual 3.
3 + 3 + 7 = 13 noves fora igual a 4.
4 + 6 = 10 noves fora igual a 1.
1 + 3 + 8 = 12 noves fora igual a 3.
3 + 8 = 11 noves fora igual a 2.
2 + 6 + 7 = 15 noves fora igual a 6.
Vejamos 14055:
1 + 4 + 0 + 5 = 10 noves fora 1.
1 + 5 = 6.
6 no primeiro membro e 6 no segundo membro.
Logo a conta pode está correta.

EXERCÍCIOS

1- Substituir a letra “a” pelo algarismo de menor valor absoluto de modo que 57a4
seja divisível por 3? R: a = 2

2- Qual o maior número de 5 algarismos diferentes que é múltiplo de 4?


R: 98764

31
3- Qual o menor número de 5 algarismos diferentes que é múltiplo de 4?
R: 10236

4- Qual o valor de a para que 314a8 seja divisível por 11.


R: a = 3

5- Determinar os valores de “a” e “b” em 43a7b para que ele seja divisível por 4 e
11. R: 43472 e 43076

6- Determinar o menor algarismo k para que 4200k144132 seja divisível por 6?


R: zero

7- Qual o menor valor de n para que o número 22222222n, composto de 9


algarismos, seja divisível por 3? R: 2

8- Qual o resto da divisão de 929181947682 por 11. R: 10

9- Determinar o menor número natural que devemos somar e também, o menor


número que devemos subtrair, para que 1234 seja divisível por 5 e 9,
simultaneamente. R: 26 e 19

32
10- Determine os restos das divisões por 2, 6 e 11 da soma : 32107 + 40353 + 51249
sem efetuar a adição.
R: 1; 1; 3

11- Achar o resto da divisão por 9 da expressão 275 x 3834 + 170 x 31509 x 1746 .
R: 2

12- Achar o resto da divisão por 11 da expressão 362 x 4389 25 . R: zero

13- Determinar o resto da divisão por 4 do número 157331959 .


R: um

14- Determinar o resto da divisão por 11 do número 4735231.


R: 5

NÚMEROS PRIMOS

TEOREMA: Todo inteiro composto possui um divisor primo.

33
Seja “ k ” um inteiro composto positivo.
Então k admite divisores inteiros positivos.
Seja o conjunto A com os divisores x de k, exceto 1 e k.
A = { x  Z , x divide k tal que 1<x<k}.
Pelo princípio da boa ordenação existe um número p pertencente ao conjunto A que é o
menor (mínimo). Assim, p divide k.
Supor p número composto.
Então p admite divisores d inteiros positivos.
Então p tem um divisor d, exceto 1 e p. Daí 1< d< p.
Logo como d divide p e p divide k, então d divide k e d < p, o que é uma contradição,
pois p é o elemento mínimo do conjunto A.
Assim, p não é composto. Logo p divide k e p é primo.

TEOREMA FUNDAMENTAL DA ARITMÉTICA

Todo número que não é primo é um produto de fatores primos. (A fatoração é única)

Seja n um número não primo (número composto).


Se ele admite um divisor primo:
Seja “a” este divisor primo e seja “q” o quociente exato da divisão de n por a. Podemos
então escrever n = a.q.
Se q é primo está demonstrado o teorema; em caso contrário, q admite um divisor primo
ai. Representando por qi o quociente da divisão de q por ai, podemos escrever q = ai.qi
e, portanto, n = a.q = a.ai.qi. Se qi é primo, está demonstrado o teorema.
Verificamos, então, que enquanto não for achado um quociente primo poderemos
prosseguir analogamente, obtendo o quocientes qii, q iii, q iv, ... cada vez menores, e,
portanto em número limitado. O último desses quocientes será, então, necessariamente
primo, o que demonstra o teorema.

A PROVA QUE EXISTEM INFINITOS NÚMEROS PRIMOS.


Esta prova está nos Elementos de Euclides ( escrito cerca de 300 aC), no livro IX,
proposição 20. Uma das primeiras prova pelo princípio da contradição.

Supor que existem n (uma quantidade finita) números primos, denotados por 2, 3, 5, 7,
11, 13, . . .p. Considere o número x = 2x3x5x7x11x13...x p + 1.

Para ser um número composto, x tem que ser divisível por um dos fatores primos, pois
temos todos os fatores primos enumerados.

Mas o número x não é divisível por nenhum dos fatores primos pois a divisão dá sempre
resto 1. Logo x não é número composto. Então x é primo.

Logo não existe um número finito de númerods primos.


Então existem infinitos números primos.

VERIFICAÇÃO SE UM NÚMERO É PRIMO

34
Supor que n>1, n Natural, seja um número composto.
Então n = a.b, 1<a<n e 1<b<n.
Supor a  b.
Multiplicar por a:
a2  ab.
Sendo ab= n temos a2  n e a  n .
“a” tem pelo menos um divisor primo p (caso “a” seja primo).
Como p divide a e sendo n = ab, então p é divisor de n.
Se p divide a então p  a. Como a  n , logo p  a  n .
Então p  n .
Se n é composto então n possui um divisor primo p e p  n .
Caso contrário n é primo.

Verificar se 523, 377 são primos. ( Explicação do Professor)

Números primos entre si - admitem como divisores comuns somente a unidade.


Exemplos: 3 e 8; 7 e 15; 5 e 13; 6 e 7
Dois números inteiros e consecutivos são primos entre si.

Primos gêmeos- São dois inteiros positivos ímpares consecutivos que são ambos
primos.
3 e 5 ; 5 e 7; 17 e 19; 29 e 31.
Existe apenas um terno de inteiros positivos ímpares e consecutivos que são todos
primos: 3, 5, 7.

EXERCÍCIOS

1- Determinar a mais elevada potência de 3 que divide o produto dos 50 primeiros


números naturais 1,2,3,4,.... R:322

35
2- Verifique se são primos ou não os números 269, 287 e 409.
R: Sim; Não; Sim

3- Decomponha em fatores primos.


a) 3600 b) 7560
R: a) 2 x 3 x 52
4 2
b) 23 x 33 x 5 x 7

4- Decompor em fatores primos o produto 1x2x3x. . . x 29x30.

DIVISORES:
ALGORITMO PARA ACHAR OS DIVISORES DE UM INTEIRO.

Determinar os divisores de 200. ( Explicação do Professor)

Um número é divisor de outro número quando contém, desse outro número, fatores
primos com expoentes iguais ou menores.

Verificar se 169 é divisor de 338000, sem fazer a divisão.(Explicação do Professor)

36
COMO DETERMINAR QUANTOS DIVISORES TEM UM NÚMERO
INTEIRO?

Justificativa da regra:
Vamos ver, como exemplo, 200.
200 = 2 3 x 5 2
2 0, 21, 2 2, 2 3
5 0, 51, 5 2
Os produtos abaixo geram os divisores:
2 0 x 5 0; 2 0 x 5 1; 2 0 x 5 2
2 1 x 5 0; 2 1 x 5 1; 2 1 x 5 2
2 2 x 5 0; 2 2 x 5 1; 2 2 x 5 2
2 3 x 5 0; 2 3 x 5 1; 2 3 x 5 2
Pelo princípio fundamental de contagem temos 4 x 3 = 12.
O expoente de 2 é 3. Para formar os divisores foi acrescido 2 0, daí 3 +1.
O expoente de 5 é 2. para formar os divisores foi acrescido 5 0, daí 2 + 1.
Então ao fatorar 200 teremos 2 3 x 5 2 e o número de divisores será (3+1) x ( 2+1) = 12.

SOMA DOS DIVISORES DE UM NÚMERO


PROVA:

Seja o número n decomposto em fatores primos N = am . b n . c p.


a m1  1 b n 1  1 c p 1  1
A soma dos divisores será s  . .
a 1 b 1 c 1

Prova:
Veja:
Os divisores de 12:
12 = 22 x 31.
A soma dos divisores é dada por S = ( 20 + 21 + 2 2 x ( 30 + 3 1).

Seja N = am x bn x cp
Divisores de am:
a0, a1, a2, a3 . . . .
Soma dos divisores de am : S = 1 + a1 + a2 + a3 . . . a m – 1 + a m.
Multiplicando por a:
S a = a + a2 + a3 . . . a m + a m + 1
Somando 1 aos dois membros:
37
1 + S a = 1 + a + a2 + a3 . . . a m + a m + 1
1 + S a = S + a m+1
S a – S = a m+1 – 1
S ( a – 1) = a m+1 – 1
a m 1  1
S=
a 1

Devemos achar esta soma para os outros divisores de bn e cp e multiplicarmos, como


vimos no exemplo da soma dos divisores de 12.

Então teremos:
a m 1  1 b m 1  1 c m 1  1
S= x x
a 1 b 1 c 1

PRODUTO DOS DIVISORES DE UM NÚMERO ( SEM A PROVA)

É igual a raiz quadrada do número dado elevada ao número de divisores.

PROPRIEDADES DOS QUADRADOS E DOS CUBOS PERFEITOS.


A condição necessária e suficiente para que um número natural seja um quadrado
perfeito e´que os expoentes obtidos na decomposição em fatores primos do mesmo
sejam múltiplos de 2.

A condição necessária e suficiente para que um número natural seja um cubo perfeito
e´que os expoentes obtidos na decomposição em fatores primos do mesmo sejam
múltiplos de 3.

Determinar o menor número pelo qual devemos multiplicar 9000, a fim de obtermos um
quadrado perfeito. ( Explicação do professor).

Determinar o menor número que devemos multiplicar 81000 a fim de obtermos um


cubo perfeito? E o menor número pelo qual devemos dividi-lo a fim de obtermos um
cubo perfeito. ( Explicação do professor).

38
Achar o menor número pelo qual devemos multiplicar 8x27x625, a fim de obtermos um
produto que seja, simultaneamente, quadrado e cubo perfeitos. Dica: Os expoentes
devem ser múltiplos de 6.

EXERCÍCIOS

1 - Dê os divisores de 36.

2- Dê os divisores de 120.

3- Dê o número de divisores de 420. R: 24

4- Dê o número de divisores de 19 800. R: 72

39
5- Calcular o número de divisores de N sendo N = 242 x 152 x 92. R: 189

6- Quantos divisores têm o número 103x 122 x 18 5? R: 676

7- Quantos divisores ímpares têm o número 420? R: 8

8- Quantos divisores pares têm o número 140? R: 8

9 - Sendo A = 83 x 9 x 15 2 e B = 65 x 12 x 7, qual o que tem mais divisores? R: A

10- Qual o valor de x para que o número 23 x 3x x 52 tenha 36 divisores. R: 2

11- Determinar x e y (positivos) para que o número 3x x 7y admita 10 divisores.


R: x = 1 e y = 4; x = 4 e y = 1; x = 0 e y = 9; x = 9 e y = 0.

40
12 - Calcular os valores de a e b afim de que o número 2a x 3b admita 8 divisores.
R: a = 1 e b = 3 ; a = 3 e b = 1; a = 0 e b = 7 ; a = 7 e b = 0

13- Dados os números A = 27 x 315 x 5 e B = 23 x 34x 52, dizer porque o número A é ou


não múltiplo do número B. R: A não é múltiplo de B

14- Calcular o menor número que admite 20 divisores. R: 24 x 31 x 51

15- Calcule a diferença y – x, de forma que o número 2x . 34 . 26y possa ser


expresso como uma potência de base 39. R: 8

Qual o número máximo de divisores do número 48.2  x 2 x


2
16- , x Real. R: 12

41
50 51 52 53
 4k  4k  4k
2 2 2 2
17- Prove que os números da forma 4 k são sempre
múltiplos de 17.

18- Qual o produto de todos os divisores inteiros de 144? R: 230 x 315

MÁXIMO DIVISOR COMUM; MENOR MÚLTIPLO COMUM

COMO DETERMINAR O MDC PELO PROCESSO DAS DIVISÕES


SUCESSIVAS.

O algoritmo de Euclides é um dos mais antigos algoritmos ainda em uso. Surge na sua
obra Os Elementos ( 300 aC), especificamente nos Livros 7 (Proposições 1–2) e 10
(Proposições 2–3). No Livro 7, o algoritmo é formulado para inteiros, enquanto no
Livro 10 é formulado para comprimentos de segmentos lineares (dir-se-ia hoje que
estaria formulado para números reais.

Teorema
Seja a = bq + r.
mdc (a,b) = mdc (b,r)

Demonstração:
Supor mdc (a,b) = d
Então d divide a e d divide b.
Se a = bq + r, então, como d divide a temos que d divide bq + r.
Daí: d divide b e d divide r.

42
d é divisor comum de b e r .
Temos que verificar se é o maior.
Supor que exista um divisor comum c de b e r.
Então c divide b e r.
Então c divide bq + r.
Então c divide a.
Então c divide a e b.
Então c<d pois d é o maior divisor comum de a e b.

Demonstração do Algoritmo de Euclides:


Q1 Q2 Q3 .... Qn Qn+1
a B R1 R2 .... R n–1 R n

R1 R2 R3 ... .... 0

mdc (a,b) = mdc (b, R1) = mdc (R1, R2) = mdc (R2, R3)= .......= mdc (Rn – 1, Rn) =
mdc( Rn, 0) = Rn

Calcular o mdc entre 468 e 396 pelo processo das divisões sucessivas. (Explicação do
Professor)

COMO DETERMINAR O MDC PELO PROCESSO DA DECOMPOSIÇÃO EM


FATORES PRIMOS.

Calcular o mdc entre 468 e 396 pelo processo da decomposição em fatores primos.
(Explicação do Professor)

A justificativa do método. Explicação do Professor.

COMO DETERMINAR O MMC PELO PROCESSO DA DECOMPOSIÇÃO


SIMULTÂNEA.
Calcular o mmc entre 3600 e 7560 pelo processo da decomposição simultânea.
(Explicação do Professor)

43
COMO DETERMINAR O MMC PELO PROCESSO DA DECOMPOSIÇÃO EM
FATORES PRIMOS SEPARADA.
Calcular o mmc entre 3600 e 7560 pelo processo da decomposição em fatores primos
separada. (Explicação do Professor)

EXERCÍCIOS

1- Determinar o mdc dos números 80, 50, 70 e 60 pelo processo da decomposição em


fatores primos. R: 10

2- Determinar o mmc dos números 15, 30 e 80 pelo processo da decomposição separada.


R: 240

3- Calcule os valores de x, y, z sabendo que : A = 2 x . 3 4


. 5 3, B = 2 4
.3 y
.5 2
eo
mdc ( A, B) = 2 3 . 3 . 5 z . R: x = 3; y = 1; z = 2

x
4- Calcule os valores de x, y, z sabendo que : A = 2 .3 .5 2,B=2 3
.3 y
.5eo
mmc ( A, B) = 2 4 . 3 3 . 5 z . R: x = 4; y = 3; z = 2

44
5- Calcular o maior número que divide 396 e 341 e encontra-se respectivamente
restos 4 e 5. R: 56.

6- Determinar o menor número que dividido por 12, 15, 18 e 24, deixa sempre resto 7.
R: 367.

7- Determinar o menor número que, dividido por 8; 18 e 20, deixa os restos 1, 11 e 13,
respectivamente. R: 353.

8- Calcular os dois menores números pelos quais devemos multiplicar 56 e 80 para


obtermos produtos iguais. R: 10 e 7

45
9- Calcular o menor número que dividido por 18, 32 e 54 deixe sempre resto 11. R: 875.

10- Calcular o menor número que dividido por 10, 16 e 24 deixa, respectivamente, os restos
3, 9 e 17. R 233

11- O produto de dois números é igual a 3584 e o mdc 16. Ache o mmc. R: 224

12- Calcule B, sabendo que o mdc (A,B) = 18, mmc (A,B) = 1260 e A=180. R: 126

13- Do Rio de Janeiro, partem ônibus para a cidade A de 10 em 10 minutos; para a cidade
B de 6 em 6 minutos e para a cidade C de 5 em 5 minutos. Sabendo-se que às 10 horas e 20
minutos partiram juntos os ônibus dessas três linhas, a que horas partirão juntos novamente?
R: 10 horas e 50 minutos

46
14- Para cercar um terreno retangular de 1680 m de comprimento e 480 m de largura, com
árvores que tenham a mesma distância entre elas e que seja a maior possível. Quantas
árvores serão necessárias? R: 18 árvores

15- Calcular m, no número A = 2 m-1. 32. 5m, de modo que o MDC entre o número A e o
número 9000 seja 45. R: m = 1

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS


p
Q = { / p  Z, q  Z* }
q
Se o denominador da fração, em forma irredutível, só tiver os fatores 2 e / ou 5, a
decimal resultante será sempre finita. Assim podemos introduzir fatores para fazer esse
denominador uma potência de dez. Os fatores introduzidos no denominador devem ser
introduzidos no numerador formando uma fração equivalente.

Exemplos:
3
a) gera uma decimal finita.
5
A fração é irredutível e o denominador é 5.
3 3x 2 6
   0,6
5 5x 2 10
41
b) gera uma decimal finita.
20
A fração é irredutível e o denominador 20 = 2 2 x 5 é formado pelos fatores 2
e 5.
41 41x5 205
   2,05
20 20x5 100

47
Se o denominador da fração, na forma irredutível, tiver algum fator primo diferente de 2
ou 5 a decimal resultante será uma dízima periódica.

Exemplos:

5
a) gera uma dízima periódica. Divida 5 por 7 e encontre a dízima.
7
7
b) gera uma dízima periódica. Divida 7 por 6 e encontre a dízima.
6

EXERCÍCIOS

5
1) Prove que a dízima periódica 0,555. . . é igual a .
9

23
2) Prove que a dízima periódica 0,232323 . . . é igual a .
99

135
3) Prove que a dízima periódica 0,135135135 . . . . é igual a .
999

1251
4) Prove que a dízima periódica 1, 252525 . . é igual a .
99

48
32425 32
5) Prove que a dízima periódica 32,425425. . . é igual a .
999

12312
6) Prove que a dízima periódica 1,23333. . . é igual a .
90

221507  221
7) Prove que a dízima periódica 2,21507507 . . .é igual a
99900

CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS

Números irracionais são números cujas representações decimais não são finitas e não
são periódicas, isto é, não podem ser escritos na forma de fração irredutível.
1) 2 é número irracional.

Demonstração:
Supor, por hipótese, 2 racional. Então pode ser escrito na forma de fração irredutível
p
.
q
p
2 = . Quadrando os dois membros.
q
p2
( 2 )2 = .
q2

49
p2
2= .
q2
p 2 = 2 q 2.
p 2 é múltiplo de 2, então p 2 é par. Logo p é par. ( O professor deve explicar a
razão).
Daí p = 2 k.
Vamos substituir p = 2 k em p 2 = 2 q 2.
(2k) 2 = 2 q 2.
4k 2
q2= .
2
q 2 = 2 k 2.

q 2 é múltiplo de 2, então q 2 é par. Logo q é par.

p
Se p e q são pares, não está na forma irredutível, o que é absurdo, pois por hipótese
q
p
está na forma irredutível.
q
Logo 2 não é racional, logo é irracional.
2) p , p primo. p é irracional.
Demonstração:
Supor, por hipótese, p racional. Então pode ser escrito na forma de fração irredutível
m
.
n
m
p = . Quadrando os dois membros.
n
m2
( p )2 = 2 .
n
2
m
p= 2 .
n
m 2 = p n 2.

m 2 é múltiplo de p, então m é múltiplo de p. ( O professor deve explicar a razão).

Daí m = p k, k  Z. .

Vamos substituir m = p k em m 2 = p n 2.

(pk) 2 = p n 2.

n 2 = p k 2.

n 2 é múltiplo de p. Logo n é múltiplo de p.

50
m
Se m e n são múltiplos de p, então não está na forma irredutível, o que é absurdo,
n
m
pois por hipótese, está na forma irredutível.
n
Logo p não é racional, logo é irracional.

COMO DETERMINAR APROXIMAÇÕES RACIONAIS PARA OS NÚMEROS


IRRACIONAIS?
Seja n número irracional maior que zero.
Seja x número racional positivo que está infinitamente próximo de n.
Então n + x está próximo de 2x.
n  x  2x
Multiplicando os dois membros por (n –x):
(n + x)( n – x)  (2x)( n - x).
Fazendo :
(n  x)(n  x)
 nx
2x
(n  x)(n  x)
n x
2x
n2  x2
n x
2x
Um exemplo:
Vamos buscar frações racionais próximas de 2 .
Seja x = 1:
( 2 ) 2  12 3
2 1  .
2.1 2
3
Seja x = .
2
3
( 2)2  ( )2
2 2  3  17 ( veja que temos o valor 1, 41, em duas decimais, com
3 2 12
2..
2
aproximação para menos).
17 577
Ao fazermos agora x = , teremos o número racional aproximado , que tem como
12 408
número decimal 1,41421 aproximado para 2 .( Faça e verifique!)
Este procedimento é infinito. Determina o valor de 2 com as aproximações desejadas.

EXERCÍCIOS
1) Prove que 3 é irracional.

51
2) Prove que o produto de um número racional diferente de zero por um número
irracional é um número irracional.

3) Prove que a soma de um número racional e um número irracional é um número


irracional.

4) Prove que se k é irracional então 1/k é irracional.

5) Mostre que é falso:


a) A adição de dois números irracionais positivos é sempre um número irracional.

52
b) O produto de dois números irracionais é um número irracional.

RETÃNGULO ÁUREO. NÚMERO ÁUREO

Vamos ver um retângulo que tem uma propriedade interessante. Ele é chamado de retângulo
áureo ou retângulo de ouro e é o preferido dos artistas e arquitetos.

O retângulo áureo tem uma propriedade interessante.


Considere um retângulo áureo ABCD de onde foi retirado um quadrado ABEF, como mostra
a figura:

O retângulo que sobra, EFCD, é semelhante ao retângulo ABCD.

BF = CD = AB = AE = a

FC = ED= b

ab a
Então 
a b

a
A razão é chamada razão áurea.
b

ab
b a
a b
b

53
a b a

b b  b
a 1
b

2
a a
     1  0
b b

a
Fazer =
b

(  )2 -  - 1 = 0

1 5
= (  é positivo, razão de segmentos).
2

a 1 5
 = 1,618...
b 2

1,618... é chamado número de ouro ou áureo.

A construção do retângulo áureo é simples.


Basta seguir o esquema:

O retângulo AHCG é áureo.

Exercício resolvido:

a
Dê a condição para que a razão no segmento abaixo seja razão áurea.
x

a
54
x a–x

a x
Condição: 
x ax

x2 = a2 – ax

x2 + ax – a2 = 0

 a  a 2  4a 2
x=
2

 a  5a 2
x=
2

a a 5
x= , x é positivo.
2

a (1  5)
x=
2

a a 2a (1  5) 2(1  5)  1  5 1  5
Logo     
x a (1  5) a (1  5)(1  5) 1 5 2 2
2

a 1 5
Daí é a razão áurea e vale .
x 2

EXERCÍCIOS

1) Dado um segmento AB de comprimento a, construa geometricamente um


retângulo Áureo com lado menor igual ao segmento AB.

2) Dado um segmento AB, construir geometricamente o ponto C que faz a divisão


áurea do segmento.

Quando temos um segmento de reta com extremidades A e B, podemos determinar


um ponto D neste segmento, dividindo-o em média e extrema razão.

55
Isto significa que é possível obter um ponto D e permite obter um segmento áureo
neste segmento AB. O objetivo é encontrar um ponto D entre A e B tal que a razão
entre o segmento AB e o segmento AD seja =(1,61803...).

Isto significa que o maior segmento AD é 1,61803... vezes a medida do menor


segmento DB.

Obteremos o ponto médio do segmento AB. Coloque a


ponta seca do compasso em um extremo, abra-o até o
outro extremo e trace um arco para cima e para baixo
do segmento de reta AB. Repita este procedimento
com o outro extremo da reta, sem alterar a abertura
do compasso. Os pontos onde os arcos se cruzam
devem ser unidos por um segmento de reta (em
vermelho) e o ponto onde este segmento cruza o
primeiro segmento AB, é o ponto médio de AB;
Agora traçaremos uma reta perpendicular a AB
passando por B com a metade do comprimento de
AB;

Primeiro trace a reta perpendicular a AB usando um


jogo de esquadros;

Com a ponta seca do compasso em B, abra-o até o


ponto médio M e trace um arco até que este cruze a
reta perpendicular a AB;

Temos agora uma nova reta BC perpendicular a AB


com exatamente a metade do comprimento de AB;

56
Una este ponto que acabou de encontrar com o ponto
A da primeira reta para formar um triângulo ABC;

Coloque a ponta seca do compasso no vértice C do


triângulo e abra-o até o ponto B. Use este raio para
marcar o ponto E na hipotenusa do triângulo;

Finalmente, com a ponta seca do compasso no vértice


A, abra-o até o novo ponto E marcado na hipotenusa,
e use este raio para marcar o ponto D na primeira
reta AB. Este ponto é o ponto que divide o segmento
AB em duas partes, onde o maior segmento é
1,6183....vezes o menor.

Obtivemos assim o ponto D que estávamos procurando.

Como podemos justificar este procedimento do ponto de vista matemático? Se o


lado AB do triângulo mede 1 unidade de comprimento, então o lado BC mede a
metade e obtemos a medida da hipotenusa com o teorema de Pitágoras.

AC2=AB2+BC2=1+1/4=5/4
5
AC =
2

O ponto E na hipotenusa é marcado de forma que CE tenha o mesmo comprimento


que o lado CB, isto é 1/2, então;

5 1
AE=
2

O ponto D é marcado a mesma distância de A, assim

57
5 1
AD = AE =
2

Temos então a proporção:

NÚMEROS PARES E ÍMPARES

Os números pares têm a forma 2k, k  Z.


Os números ímpares têm a forma 2k + 1, k  Z.

EXERCÍCIOS

1) Mostre que a soma de um número par e um ímpar é sempre ímpar.

2) Mostre que o produto de dois números pares é sempre par e que o produto de
dois números ímpares é sempre ímpar.

NÚMEROS POLIGONAIS

Lei de formação dos números triangulares. ( Explicação do Professor)


n  n2
Números triangulares: tn =
2

58
Lei de formação dos números quadrangulares. ( Explicação do Professor)
Números quadrado: Qn = n2

n(3n  1)
Números pentagonais: Pn =
2
Lei de formação dos números pentagonais. ( Explicação do Professor)

Seja o enésimo número pentagonal, , dado pela soma de uma progressão


aritmética.
Pn = 1+ 4 + 7 + 10 + . . . + [1 + (n-1).3]
Soma dos n termos da PA de razão 3, a1=1 e an= 1 + (n-1).3

(1  3n  2)n n(3n  1)
Pn =  .
2 2

59
EXERCÍCIOS

1) Ache o 200 número triangular.

2) O número 105 é triangular?

3) Prove que se somarmos a unidade a oito vezes um número triangular, obtemos o


quadrado de um número ímpar ( Diofanto -250 dC)

4) Prove que dois números triangulares consecutivos formam um quadrado perfeito.

5) Verifique se 145 é número pentagonal.

NÚMEROS PERFEITOS
Um inteiro positivo n diz-se um número perfeito se e somente se é igual à soma de
todos os seus divisores positivos, exceto o número n.
Os números perfeitos são raros: 6, 28, 496, 8128, 33550336, ...

60
Mostrar que 496 é número perfeito.

NÚMEROS AMIGOS
Dois inteiros m e n são amigos se e somente se a soma dos divisores positivos de m,
exceto o divisor m, é igual a n, e a soma dos divisores positivos de n, exceto n, é igual a
m.

EXERCÍCIOS
Mostrar que 220 e 284 são números amigos.

Mostrar que 2620 e 2924 são números amigos.

TERNOS PITAGÓRICOS
Chama-se terno pitagórico todo terno de inteiros positivos ( a, b, c) tais que a2+b2 = c2
2k + 1, 2k2 + 2k e 2k2 + 2k + 1 onde k é um inteiro positivo qualquer dão uma
infinidade de ternos pitagóricos.

EXERCÍCIO
2 2
Prove que 2k + 1, 2k + 2k e 2k + 2k + 1 formam ternos pitagóricos.

61
NÚMEROS PROPORCIONAIS

Duas sucessões de números são diretamente proporcionais quando a razão entre um


número qualquer da primeira sucessão e seu correspondente na segunda sucessão é
constante.
As sucessões A= ( 4, 5, 8, 10) e B = ( 16, 20, 32, 40) são diretamente proporcionais se
4/16= 5/20= 8/32= 10/40. O coeficiente de proporcionalidade é ¼.
Veja que as sequências crescem proporcionalmente. Uma é o quádruplo da outra. Uma
grandeza x varia diretamente proporcional a uma grandeza y se x = ky.
Então 4 = k.16 e k = 4/16 = 1/4

Duas sucessões de números são inversamente proporcionais quando o produto entre um


número qualquer da primeira sucessão e seu correspondente na segunda sucessão é
constante.
As sucessões 50, 40, 25, 4 e 8, 10, 16, 100 são inversamente proporcionais porque
50 x 8= 40 x 10 = 25 x 16 = 4 x 100 = 400. O coeficiente de proporcionalidade é 400.

1
Um número x varia inversamente proporcional a um número y, se x = k .
y
1
Então 50 = k e a constante de proporcionalidade é k = 400.
8

Grandezas diretamente proporcionais:

Vamos ver espaço percorrido e tempo. Ao percorrermos um espaço S1 num tempo T1 e


variarmos o espaço, o tempo vai variar diretamente proporcional. Se aumentarmos o
espaço o tempo aumenta. Se diminuirmos o espaço o tempo diminui. Espaço e tempo
são grandezas diretamente proporcionais.

Grandezas inversamente proporcionais.

Uma tarefa envolvendo pessoas e dias. Uma atividade é feita envolvendo um número
de pessoas e um número de dias. Se aumentarmos o número de pessoas, será necessário
menos dias para cumprir a tarefa. Essas duas grandezas são inversamente proporcionais.

Quando uma grandeza A for proporcional a duas outras B e C, ou mais, será também
proporcional ao produto dessas duas.

Certa quantidade Q1 de máquinas produzem P1 peças num tempo T1. Veja que máquina
e tempo são inversamente proporcionais. Veja que máquina e peça são diretamente
proporcionais. Veja que a grandeza máquina é ao mesmo tempo diretamente
proporcional à grandeza peça e inversamente proporcional à grandeza tempo.

Ao relacionarmos máquina, peça e tempo, devemos fazer separadamente máquina e


peça, para depois fazermos máquina e tempo.

Vamos supor que certa quantidade Q1 de máquinas produzem P1 peças num tempo T1.
Como determinar o número de máquinas x necessárias para produzir P2 peças num
tempo T2?

62
Máquina Peça Tempo

Q1 P1 T1

X P2 T2

Vamos ver máquina e peça.

Máquina Peça

Q1 P1
X1 P2

Veja que enquanto X relaciona Máquina, Peça e Tempo, X1 relaciona apenas Máquina e
Peça.

Como são diretamente proporcionais podemos escrever:

Q1 P1
 , onde X1 é o valor a ser determinado de máquinas relacionado com P 2 peças.
X 1 P2

X1P1= Q1P2

Agora ao relacionarmos Máquina e Tempo, passando pela grandeza peça, devemos usar
X1 relacionado com T1 e, agora sim, X relacionado com T2.

X 1 T1

X T2

Como as grandezas X1, X e T1, T2 são inversamente proporcionais teremos


X1 T1 = X T2

Veja que temos:

X1P1= Q1P2
X T2 = X1 T1

Multiplicando membro a membro teremos:

X1P1 X T2= Q1P2 X1 T1

P1 X T2= Q1P2 T1

Q1 P1T2
Podemos escrever  , onde X está relacionando as grandezas máquina, peça e
X P2T1
tempo.

63
TEOREMA:
a c e ace a c e
Se    k , então    .
b d f bd  f b d f
Demonstração :
a c e
 k ;  k ;  k.
b d f
a  bk ; c  dk ; e  fk
Somando membro a a membro :
a  c  e  k (b  d  f )
ace
k
bd  f
ace a c e
  
bd  f b d f

EXERCÍCIOS.

1-Uma grandeza x é diretamente proporcional à grandeza y, e assume o valor 40 quando


y for 8. Achar o valor de x para y igual a 12. R: 60

2- Uma grandeza y é inversamente proporcional à grandeza x, e quando x for 4 o valor


de y é 48. Determinar y para x igual a 10. R: 19,2

3- Uma grandeza x varia diretamente proporcional em relação à grandeza y e


inversamente proporcional à grandeza z. Quando y for 15 e z for 6, x assume o valor 10.
Calcular o valor de x para z igual a 2 e y igual a 8. R: 16

64
4- Uma grandeza A é diretamente proporcional às grandezas B e C, e A recebe o valor 9
quando B e C forem respectivamente 5 e 7. Determinar o valor de A, quando B for igual
a 3 e C for igual a 2. R : 54/35

5 - Dividindo-se o número 316 em partes diretamente proporcionais a 11; 9 e 7,5 ao


mesmo tempo, inversamente proporcionais a 18, 12 e 9, respectivamente, qual a
diferença da parte maior e a menor? R: 32

6- Divida o número 930 em partes que sejam, ao mesmo tempo, diretamente


2 4 1
proporcionais aos números , e , e inversamente proporcionais aos números 2, 4 e
3 5 2
1, respectivamente. R: 300, 180, 450

65
7- Sabe-se que a, b,c são inversamente proporcionais a 3, 4, 5, respectivamente, e que
a + b = 70, calcule a – b + c. R: 34

8- Certo concreto é obtido misturando-se uma parte de cimento, dois de areia e quatro
de pedra. Qual será ( em m3) a quntidade de areia a ser empregada, se o volume a ser
concretado é 378 m3 ? R: 108 m3

9- A pressão do vento sobre um veleiro varia diretamente proporcional a área da vela,


assim como ao quadrado da velocidade do vento. A pressão em 1 m2 é igual a 1 libra
quando a velocidade for 16 milhas por hora. Qual será a velocidade do vento, quando a
pressão numa vela de 9 m2 for 36 libras? R: 32

1
10- Seja y a soma de duas partes: uma proporcional a x e a outra proporcional a .
x2
1
Sabe-se que para x=1, y=6, e que para x=2, y=5. Determine o valor de y para x = .
2
R: 17

66
11- Suponha que s varie diretamente proporcional com t e inversamente proporcional com
r2. Se s = 5, então r = 1 e t = 2. Qual é o valor de s quando r = 3t ? R: 5/6

12- Um conjunto P é formado por três elementos respectivamente proporcionais a 2, 3 e 7.


Sabendo-se que o menor mais o triplo do maior, menos o dobro do outro é igual a 34,
qual é a soma desses três elementos? R: 24

TEORIA DA REGRA DE TRÊS

M1 máquinas trabalhando h horas por dia fazem m1 metros de peças de fazenda


em t1 dias. Determinar o número de horas por dia que deverão trabalhar M2
máquinas para fazerem m2 metros de fazenda em t2 dias.

h/dia Máquinas metros dias

h M1 m1 t1
X M2 m2 t2

Veja que horas/dia e máquinas são inversamente proporcionais; horas/ dia e


metros são diretamente proporcionais, horas/ dia e dias são inversamente
proporcionais.

Podemos transformar essas grandezas em diretamente proporcionais:

h/dia Máquinas metros dias

h M2 m1 t2
X M1 m2 t1

67
Agora vamos relacionar grandeza com grandeza, de forma
separada:
h M 2 x1 m1 x 2 t 2
 ;  ; 
x1 M 1 x 2 m2 X t1

hx1 x 2 M 2 m1t 2

x1 x 2 x M 1 .m2 .t1
h M 2 m1t 2 hM 1 .m2 .t1
 ;X  .
X M 1 .m2 .t1 M 2 m1t 2

Exercícios:
1- Em 06 dias de trabalho, 12 confeiteiros fazem 960 tortas. Em quantos
dias 04 confeiteiros poderão fazer 320 tortas. R: 6

2- Com 16 máquinas de costura aprontaram 720 uniformes em 6 dias de


trabalho. Quantas máquinas serão necessárias para confeccionar 2.160
uniformes em 24 dias? R: 12

3- Numa campanha de divulgação do vestibular, o diretor mandou


confeccionar cinqüenta mil folhetos. A gráfica realizou o serviço em
cinco dias, utilizando duas máquinas de mesmo rendimento, oito horas
por dia. O diretor precisou fazer nova encomenda. Desta vez, sessenta
mil folhetos. Nessa ocasião, uma das máquinas estava quebrada. Para
atender o pedido, a gráfica prontificou-se a trabalhar 12 horas por dia,
executando o serviço em :

a) 5 dias b) 8 dias c) 10 dias d) 12 dias R: Letra A

68
PROBLEMAS DAS TORNEIRAS

Desenvolvido pelo Prof. Alzir fourny Marinhos.

PROBLEMA 1

Uma torneira enche um tanque em t1 horas e uma outra, separademente,


em t2 horas. Determinar em quanto tempo irão enchê-lo, se forem abertas
simultaneamente?

Enchimento do tanque:

tanque horas
Primeira torneira 1 tanque t1 h
1
do tanque 1h
t1

Segunda torneira tanque horas


1 tanque t2 h
1
do tanque 1 h
t2

As duas torneiras juntas:


1 1 t t
Em 1 hora enche   1 2 do tanque.
t1 t 2 t1t 2

Enchimento do tanque pelas duas torneiras:

Tanque horas

t1  t 2
do tanque 1h
t1 t 2
t1  t 2
t1 t 2 1
do tanque da hora.
t1  t t t1  t t
tt t 2 tt t 2

t1 t 2
1 tanque da hora.
t1  t 2
t1 t 2
Então um tanque enche num tempo .
t1  t 2
Para esvaziamento simultâneo o procedimento é o mesmo e chegaremos a
mesma fórmula.

69
EXERCÍCIOS

1- Uma torneira enche um tanque em 2 horas e uma outra,


separadamente, em 03 horas. Abrindo-as simultaneamente, determinar
em quanto tempo ambas enchê-lo-ão.

2 x3 6
Tempo =  h  1h 12 min
23 5

2- Um registro esvazia um tanque em 06 horas e um outro,


separadamente, em 03 horas. Se forem abertas simultaneamente,
calcular em quanto tempo o esvaziarão.
6 x3 18
Tempo =  h  2h
63 9
3- Um registro esvazia um tanque em 2 horas e um outro registro em 4
horas. Estando cheio e abrindo-os simultaneamente, determine o tempo
em que o nível da água atingirá ¼ do mesmo.

Tempo para esvaziar o tanque:

2 x4 8 4
 h h
24 6 3
Vamos dividir 4/3 h por 4:
Cada ¼ esvaziará em 1/3 h.

Esvaziamento de ¼ do tanque - 1/3 h


Esvaziamento de ¼ do tanque - 1/3 h
Esvaziamento de ¼ do tanque - 1/3 h
Tanque em ¼.

1
Para o nível d’água atingir ¼ do tanque teremos o tempo de 3x
h = 1 hora.
3
4- Um reservatório é alimentado por duas torneiras. A primeira pode
enchê-lo em 15 horas e a segunda em 12 horas. Que fração deste
reservatório as duas encherão em 1 hora?

Tempo para encher:

15 x12 180 20
T=  h h
15  12 27 3

1 tanque 20/3 h
X tanque 1h

3 3
X = 1x  do tan que .
20 20

70
5- Duas torneiras enchem um tanque em 4 horas. Uma delas, sozinha,
enchê-lo-ia em 7 horas. Em quanto tempo a outra sozinha, encheria o
tanque?

7 xt 2
4 ;
7  t2

28 + 4 t2 = 7 t2; t2= 28/3 h; t2 = 9h 20 min.

PROBLEMA II
Sabe-se que uma torneira enche um tanque em t1 horas e um registro
consegue esvaziá-lo em t2 horas. Enchimento do tanque vazio e
esvaziamento do tanque cheio.

t2 > t 1 enche; t1 > t2 esvazia.

a) Torneira enchendo b) Registro esvaziando

Tanque horas Tanque horas

1 t1 1 t2
1 1 1 1
t1 t2

Se t2 > t1 ( tanque enchendo) teremos 1  1 .


t 2 t1

t t
Em 1 hora as duas irão encher 1  1 do tanque, ou seja, 2 1 .
t1 t 2 t 2 t1

Tanque horas

t 2  t1
do tanque 1
t 2 t1

1
1
t 2  t1
t 2 t1
t 2 t1
Logo 1 tanque enche em da hora.
t 2  t1

71
t 2 t1
.
Se t1 > t2, de forma análoga, o tanque esvazia no tempo t1  t 2

t 2 t1
Sem muitas preocupações devemos fazer t = .
t1  t 2
EXERCÍCIO
Uma torneira enche um tanque em 4 horas. O tanque pode ser esvaziado
em 6 horas. Se abrirmos a torneira e esvaziarmos o tanque,
simultaneamente, em quanto tempo ele ficará cheio?

Tempo de enchimento: 4h
Tempo de esvaziamento: 6h.
Pergunta-se: tempo para encher o tanque se as duas torneiras forem abertas:
Veja abaixo um desenho esquemático de nosso problema:

T= 4 x6  12horas
64

PROBLEMA III
Três torneiras podem encher um tanque, separadamente em t1, t2, t3 horas
respectivamente. Supondo o mesmo vazio e abrindo-as simultaneamente,
determinar em quanto tempo irão enchê-lo.

t1t 2 t 3
T=
t1t 2  t1t 3  t 2 t 3

EXERCÍCIO

Três torneiras enchem um tanque, separadamente em 2h, 4h e 6h


respectivamente. Supondo o tanque vazio e abrindo as torneiras
simultaneamente determinar em quanto tempo o tanque ficará cheio?

2 x 4 x6 48
T=   1,09h  1h54 min
2 x4  2 x6  4 x6 44

72
PROBLEMA IV
PROBLEMA DO TIPO:
Um reservatório é constituído por cinco torneiras e dois ralos que
conseguem enchê-lo e esvaziá-lo, completamente, em: 2 horas; 3 horas; 4
horas; 6horas; 8 horas; 12 horas e 24 horas, respectivamente. Se
abrirmos, simultaneamente, todo o conjunto, em que tempo ele ficará
totalmente cheio?

Resolução:
Veja abaixo o croqui de nosso problema:

Volume de vazão das torneiras - Vt


Tempo – T
Volume do tanque – V
Volume de vazão do ralo – Vr

Volume do tan que


Volume de vazão de uma torneira =
tempo de vazão da torneira

Volume do tan que


Volume de vazão de um ralo =
tempo de vazão do ralo
Volume do tan que
Tempo de enchimento =
Volume da vazão do enchimento
V V V V V
Volume de vazão das torneiras =    
2 3 4 6 8
V V
Volume de vazão dos ralos = 
12 24

V V V V V V V
Volume de vazão do enchimento do tanque =      (  )=
2 3 4 6 8 12 24
12V  8V  6V  4V  3V  2V  V 30V
= 
24 24
Volume do tan que
Tempo de enchimento =
Volume da vazãodo enchimento

73
V 24
Tempo de enchimento =   0,8h  48 min
30V 30
24

OPERAÇÕES ARITMÉTICAS FUNDAMENTAIS

ESTA UNIDADE SERÁ APRESENTADA EM FORMA DE EXERCÍCIOS.

EXERCÍCIOS

1) A soma dos elementos de uma subtração é 780 e o resto excede o subtraendo de 30.
Calcular o minuendo, subtraendo e o resto.

2) Que alteração sofre um produto de dois fatores quando se soma um número a um


dos fatores?

3) Que alteração sofre um produto de dois fatores quando se soma o mesmo número a
cada um dos fatores?

4) Que alteração sofre um produto de dois fatores quando se soma um número m ao


multiplicando e um número n ao multiplicador?

74
5) O produto de dois números é 1200. Somando-se 5 ao multiplicador, o produto
aumenta de 240. Achar o multiplicando e multiplicador.

6) Achar um número composto de 2 algarismos cuja soma é 13, sabendo-se que,


trocando-se a ordem desses algarismos, o número aumenta de 45.

7) Numa divisão, a soma do dividendo, do divisor, do quociente e do resto é 333.


Sendo o quociente 5 e o resto 20, pede-se determinar o dividendo e o divisor.

8) A soma de dois números é 215. O quociente da divisão do maior pelo menor é 10 e


o resto o maior possível. Ache esses números.

9) Numa divisão exata o quociente é 15. Somando-se 6 ao divisor, e efetuando-se


novamente a divisão, obtém-se quociente 12 e resto zero. Achar o dividendo e o
divisor.

75
10) Dois trens partem no mesmo instante de duas estações A e B distantes a 500 Km
uma da outra e se dirigem em sentido contrário (de A para B e de B para A). O
primeiro tem velocidade de 60 Km/h e o segundo 80 Km/h. Qual a distância entre os
dois no fim de 4 h?

11) As 12 h sai um trem de A para B com a velocidade de 50Km/h. às 16 h sai outro de


B para A, com velocidade de 80 Km/h. A que horas se encontram e a que distância
de B, sabendo-se que entre as duas cidades são 980 Km.

12) Uma caixa d’água comporta 1000 litros e tem uma torneira que a enche em 20 h e
outra que a esvazia em 25 h. Abrindo-se as duas torneiras ao mesmo tempo em
quantas horas a caixa ficará cheia?

13) Um pai tem 40 anos e seu filho 15 anos. Daqui a quantos anos a idade do pai será o
dobro da idade do filho?

76
14) Três caixas contêm o mesmo número de maçãs. Passou-se para a terceira caixa 13
maçãs da primeira e 15 da segunda. Com quantas maçãs mais que cada uma das
ouras ficará a terceira caixa?

15) Colocando-se o algarismo 3 à direita de um número, este aumenta de 237 unidades.


Calcule esse número

EQUAÇÕES DIOFANTINAS

A equação ax + by = c, tal que a, b, c, x, y pertencem ao conjunto dos números


inteiros é chamada Equação Diofantina.

Exemplos de Equações Diofantinas:

2x + 3y = 7

- 4x + 7y = - 6

- 3x – 5 y = 4

Diofanto foi um matemático grego que viveu entre 200 e 290 dC.

Escreveu “ A aritmética ” com a resolução de problemas de álgebra que foram


resolvidos utilizando equações do primeiro e segundo graus e sistemas de equações. Por

77
esse motivo é chamado o pai da álgebra e as equações do primeiro grau e segundo grau
em duas variáveis, envolvendo os números inteiros, são chamadas Equações
Diofantinas.

CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DA SOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO


DIOFANTINA.

Seja a equação diofantina ax + by = c, com solução.

a, b, c, x, y pertencem ao conjunto dos números inteiros.

Existe (x0, y0) que satisfaz a equação ax + by = c, x0 e y0 números inteiros.

(x0, y0) é uma solução da equação.

ax0 + b y0 = c

Seja mdc ( a, b) = d

a b
 r;  s ( r e s são números inteiros)
d d

Logo a = dr; b = ds

ax0 + by0 = drx0 + dsy0 = d ( rx0 + sy0) = c

rx0 + sy0 é número inteiro

c
rx0 + sy0 =
d
Logo d divide c. ( se d não dividir c, rx0 + sy0 não será número inteiro, mas
rx0 + sy0 tem que ser número inteiro)

Para existir solução na equação diofantina ax + by = c, o mdc entre a e b tem que


dividir c.

SOLUÇÃO GERAL DA EQUAÇÃO DIOFANTINA.

Seja a equação ax + by = c, no conjunto dos inteiros.

Seja (x0, y0) uma solução particular.

Seja mdc(a, b) = d.

Seja a solução, qualquer, (x’, y’).

ax0 + by0 = ax’+by’=c.

78
mdc(a, b) = d, então:
a b
 k1 ;  k 2 ; k1 e k 2 números primos entre si; mdc(k1 , k 2 .)  1
d d

ax0 + by0 = ax’+by’

ax’-ax0=by0-by’

a(x’-x0)=b(y0-y’) ; dividindo por d.

a ( x '  x 0 ) b( y 0  y )
'


d d

a b
Como  k1 ;  k 2
d d

k1(x’-x0)=k2(y0-y’)

k1 ( x' x0 )
 yo  y'
k2
Veja que y0 – y’ é número inteiro. ( y0 e y’ são números inteiros).

Veja que k1 e k2 são números primos entre si, logo k2 não divide k1,
consequentemente, k2 divide (x’-x0).

x' x0
 t , t inteiro.
k2

x’- x0=k2t

b
como  k2
d

b
x’-x0= t
d

b
x’ = x0 + t
d

b
Substituindo x’ = x0 + t em a(x’-x0)=b(y0-y’).
d

b
a(x0 + t - x0) = b(y0-y’)
d

79
abt
 b( y o  y ' ) ; Dividindo por b.
d

at
 yo  y'
d

a
y’= y0 - t
d
Logo as soluções de uma equação diofantina é dada por:

b a
x’ = x0 + t e y’= y0 - t , onde x0 e y0 é uma solução particular, d é o mdc
d d
entre a e b, t são números inteiros que, ao serem colocados, vão gerar as soluções.

REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DAS SOLUÇÕES DE UMA EQUAÇÃO


DIOFANTINA.

Veja que ax + by = c, com a, b, c, x, y pertencente ao conjunto dos números reais


representa uma reta. Os infinitos pontos que vão gerar a reta são as soluções desta
equação. Neste caso seria simples achar as soluções. Bastaria atribuir valores arbitrários
para x e achar, na equação, os valores correspondentes para y.
Nas equações diofantinas as coordenadas dos pontos são números inteiros. Ao
atribuir para x um número inteiro, pode ocorrer que y não seja inteiro. Neste caso o par
(x, y) não é solução. Pode ocorrer que uma reta não tenha nenhum ponto com
coordenadas inteiras. Neste caso a equação diofantina não tem solução.

Veja a equação 18 x + 5 y = 48 representada pela reta abaixo


y
4.0

3.0

2.0

1.0

x
-4.0 -3.0 -2.0 -1.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0
-1.0

-2.0

-3.0

-4.0

Somente os pontos de coordenadas inteiras da reta serão soluções da equação


diofantina 18x + 5y = 48.
Veja que o ponto (6, -12) não representado na figura pertence à reta, pois
18 x 6 + 5 x ( -12 ) = 48. O par x = 6 e y = -12 é uma das soluções da equação
diofantina.

80
RESOLUÇÕES DE EQUAÇÕES DIOFANTINAS.

1- Mostre que a equação diofantina 4x + 6y = 9 não tem solução.

Resolução:

Verificar a condição de existência das soluções.

mdc ( 6, 4 ) = 2

2 não divide 9, logo, não há solução.

2- a) Resolver a equação diofantina 2x + 3y = 9.


b) Determine quatro soluções particulares.
c) Determine os valores de t para que as soluções sejam positivas.
d) Determine os valores de t para que as soluções sejam negativas.

Resolução a)
Verificar a condição de existência das soluções.

mdc ( 3, 2 ) = 1

1 divide 9, logo tem solução.

Vamos, por tentativa, achar uma solução particular.

9  3y
Tirar o valor de x : x  .
2

Atribuir valores inteiro para y, até encontrarmos o x correspondente também


inteiro.
Veja que y = 1 teremos x = 3.

Uma solução particular será x0 = 3 e y0 = 1.

b a
A solução geral é dada por x = x0 + t e y = y0 - t , t números inteiros.
d d

Solução geral da equação diofantina.


3 2
x = 3 + t e y = 1 - t , t números inteiros.
1 1

Resolução b)

Atribuir t = 0; t = 1; t = - 1; t = 2

Para t = 0 temos x = 3 e y = 1;
Para t = 1 temos x = 6 e y = - 1
Para t = - 1 temos x = 0 e y = 3
81
Para t = 2 temos x = 9 e y = -3
( faça a verificação, de cada solução encontrada, na equação 2x + 3 y = 9)

Resolução c)

3 2
x=3+ t ey=1- t
1 1

3 + 3t > 0

3t > -3

t>-1

1–2t>0

-2t>-1

2t < 1

1
t<
2

1
-1 < t < ( t número inteiro)
2

t = 0 ( a única solução inteira positiva é x = 3 e y = 1)


(Verifique para outros valores de t, fazendo uma análise na solução geral da
equação)

Resolução d)

3 2
x=3+ t ey=1- t
1 1

3 + 3t < 0

3t < -3

t<-1

1–2t<0

-2t<-1

2t > 1

82
1
t>
2

1
Não existe t inteiro que satisfaça t > e t < -1.
2

Não há soluções inteiras, com x e y ambos negativos.


(Verifique fazendo uma análise na solução geral da equação)

3 - Escrever o mdc entre 143 e 17 como combinação linear entre esses dois
números, isto é, mdc ( 143, 17) = 143 a + 17 b.

Abaixo, o algoritmo do mdc:

8 2 2 3
143 17 7 3 1
7 3 1 0

mdc ( 143, 17) = 1

143 = 17 x 8 + 7 7 = 143 – 17 x 8

17 = 7 x 2 + 3 3 = 17 – 7 x 2

7=3x2+1 1=7–3x2

1 = 7 – 3 x 2 ; substituir 3 = 17 – 7 x 2.

1 = 7 – ( 17 – 7 x 2) x 2 = 7 x 1 – 17 x 2 + 7 x 4 = 7 x 5 – 17 x 2

substituir 7 = 143 – 17 x 8.

1 = ( 143 – 17 x 8) x 5 – 17 x 2.

1 = 143 x 5 – 17 x 40 – 17 x 2

1 = 143 x 5 – 17 x 42

Logo 1 = 143 x 5 + 17 x ( - 42) . Veja que é verdade.

Logo a = 5 e b = - 42.

4 - Escrever o mdc entre -345 e 215 como combinação linear entre esses
números, isto é, mdc ( - 345, 215) = - 345 a + 215 b.
83
Abaixo, o algoritmo do mdc:

1 1 1 1 1 8
345 215 130 85 45 40 5
130 85 45 40 5 0

mdc ( - 345, 215) = mdc ( 345 , 215 ) = 5

345 = 215 x 1 + 130 130 = 345 – 215 x 1

215 = 130 x 1 + 85 85 = 215 – 130 x 1

130 = 85 x 1 + 45 45 = 130 – 85 x 1

85 = 45 x 1 + 40 40 = 85 – 45 x 1

45 = 40 x 1 + 5 5 = 45 – 40 x 1

5 = 45 – 40 x 1; substituir 40 = 85 – 45 x 1.

5 = 45 – (85 - 45 x 1) x 1= 45 – 85 x 1 + 45 x 1 = 45 x 2 – 85 x 1

Substituir 45 = 130 – 85 x 1

5 = (130 – 85 x 1) x 2 – 85 x 1= 130 x 2 – 85 x 2 – 85 x 1 = 130 x 2 – 85 x 3.

Substituir 85 = 215 – 130 x 1.

5 = 130 x 2 – ( 215 – 130 x 1 ) x 3.

5 = 130 x 2 – 215 x 3 + 130 x 3 = 130 x 5 – 215 x 3.

Substituir 130 = 345 – 215 x 1.

5 = (345 – 215 x 1) x 5 – 215 x 3 = 345 x 5 – 215 x 5 – 215 x 3 =

345 x 5 – 215 x 8.

5 = 345 x 5 – 215 x 8.

Vamos escrever a combinação linear entre – 345 e 215.

5 = - 345 x ( -5) + 215 x ( -8 ). Veja que é verdade.

Logo a = -5 e b = -8

5) Resolver a equação diofantina 143 x + 17 y = 132.


Dê três soluções particulares.

84
Vamos verificar se tem solução.
mdc (143, 17) = 1. 1 divide 132, logo tem solução.

Se fizermos a combinação linear entre o mdc (143 e 17) e os números 143 e 17


encontraremos 1 = 143 x 5 + 17 x ( - 42). Veja o exercício 3 acima.

Como a equação é 143 x + 17 y = 132, teremos:

143 x 5 + 17 x ( - 42 ) = 1. Multiplicando os dois membros por 132.

143 x 5 x 132 + 17 x ( - 42 ) x 132 = 1 x 132

143 x 660 + 17 x ( - 5544) = 132.

Solução particular : x0 = 660 e y0 = - 5544

Solução geral:

17 143
x = 660 + t e y = - 5554 - t
1 1

x = 660 + 17 t e y = - 5554 – 143 t.

Soluções particulares:

Substituir t inteiro, arbitrário, na solução geral:

t = 0 : x = 660 e y = -5554.

t = 1 : x = 677 e y = - 5697

t = 2 : x = 694 e y = - 5840

6) Determinar todos os múltiplos de 11 e de 9 cuja soma seja 270.


Resolução:

11 x + 9 y = 270 , x e y são inteiros.


Abaixo, o algoritmo do mdc( 11, 9)

1 4 2
11 9 2 1
2 1 0

mdc ( 11, 9 ) = 1. A equação admite solução.

11 = 9x1+2 2 = 11 – 9x1

9 = 2x4 +1 1 = 9 – 2x4
85
1 = 9 – 2x4 = 9 – (11 – 9x1)x4 = 9 – 11 x 4 + 9x4 = -11x4 + 9x5.

11x(-4) + 9x5 = 1 . Multiplicando os dois membros por 270 temos:

11x(-4)x270 + 9x5x270 = 1x270.

11x ( -1080) + 9x1350 = 270

Logo x0= -1080 e y0=1350 é uma solução particular.

A solução geral é:

x = -1080 + 9 t e y = 1350 – 11 t.

- 1080 + 9t >0

9t > 1080

1080
t>
9

t > 120

1350 – 11 t > 0

- 11 t > - 1350

11 t < 1350

1350
t<
11

t < 122,7

Logo t = 121 e t =122

Para t = 121.

Daí x = - 1080 + 9 x 121 = 9

Daí y = 1350 – 11 x 121 = 19

Os múltiplos de 11 e 9 serão 11x9 = 99 e 9 x 19 = 171. Veja que a soma de 99 e

171 dá 270.

Para t = 122.

Daí x = - 1080 + 9 x 122 = 18


86
Daí y = 1350 – 11 x 122 = 8

Os múltiplos de 11 e 9 serão 11x18 = 198 e 9 x 8 = 72. Veja que a soma de 198 e

72 dá 270.

Resposta: 99 e 171; 198 e 72

CONGRUÊNCIA ARITMÉTICA

Congruência é a relação entre dois números inteiros que, divididos por um


terceiro chamado módulo de congruência, deixam o mesmo resto. Por exemplo, 20 é
côngruo ou congruente de 14 com relação a 6 (20/6=3 restando 2 e 14/6=2 restando 2).
Podemos escrever 20 14 (mod 6).

Por exemplo:
Em 17 5 ( mod 2) temos 17/2 restando 1 e 5 /2 restando 1.
Em -10 23 (mod 3) temos – 10/3= - 4, restando 2. Ao multiplicarmos - 4 por
3 devemos encontrar um número que seja menor que o divisor -10. Se – 10 / 3 desse – 3
teríamos (– 3) x 3 = - 9 que é maior que -10, não servindo. Ao dividirmos 23 por 3
teremos resto 2.
Veja que -10 dividido por 3 deixa o mesmo resto que 23 dividido
por 3 ( resto 2). Daí -10 23 (mod 3).

Se a dividido por m deixa o mesmo resto que b dividido por m podemos escrever
a b (mod m).

Suponha que a, b sejam números inteiro e m seja número inteiro maior que zero.
Dizemos que a é congruente de b módulo m se m dividir a - b. Escrevemos isto
como: a b (mod m).
Prova:
a/m=q1 e resta r; b/m=q2 e resta r. ( No conjunto dos Inteiros)
a = mq1 + r
b = mq2 + r
Subtraindo termo a termo:
a – b = mq1 + r – (mq2 + r) = mq1 + r – mq2 - r = mq1 – mq2 =
m ( q 1 – q 2 ). Daí (a - b)/ m = q 1 – q 2. Como q1 e q 2 são inteiros, q1–q2é
inteiro. Isto significa que (a - b)/ m dá um inteiro, indicando que o resto é zero. Então m
divide a – b. ( Provado)
Por exemplo:
20 14 (mod 6) //// 20 – 14 é divisível por 6.
-1 9 (mod 5)/// -1 – 9 é divisível por 5.
1100 2 (mod 9) /// 1100 – 2 é divisível por 9.

Propriedades das congruências


 A propriedade reflexiva: Se a é qualquer inteiro, a a (mod m).

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Prova:
a – a = 0 é divisível por m, para qualquer m (zero é sempre divisível por
qualquer número).
Exemplo:
5 5 (mod 71)
-43 -43 (mod 37)

 A propriedade simétrica: Se a b (mod m), então b a (mod m).


Prova:
Se a b (mod m) então a – b é divisível por m.
Se b a (mod m) então b – a = - ( a – b ) é divisível por m ( difere apenas pelo
sinal de menos).
Logo a b (mod m) e b a (mod m) ( provado).

 A propriedade transitiva: Se a b (mod m) e b c (mod m), então a c (mod m)


Prova:
Devemos provar que m divide c – a, partindo das hipóteses a b (mod
m) e b c (mod m).
Se a b (mod m) então ( b-a ) / m = k1.
Se b c (mod m) então ( c – b) / m = k2.
Daí: b-a = m k1
c-b = m k2
Somando termo a termo temos:
b – a + c – b = m k1 + m k 2 .
c – a = m k1 + m k 2 .
c – a = m ( k1 + k 2).
( c – a ) / m = k1 + k 2 .
Daí m dividir c – a. (Provado)

Outras Propriedades:

Se a, b, c e d são inteiros quaisquer com a b (mod m) e c d (mod m), então a + c


b + d (mod m).
Prova:
Temos de provar que b + d – (a+ c) é divisível por m.
Se a b (mod m) então b - a m k 1
Se c d ( mod m) então d – c = m k 2
Somando termo a termo temos:
b – a + d – c = m k 1 + m k2 = m ( k1 + k2).
b + d – (a+ c) = m ( k1 + k2).
Então b + d – (a+ c) dividido por m dá k1 + k2. Isto significa que b + d – (a+ c)
é divisível por m. ( Provado)

 ac bd (mod m)
Prova:
Temos de provar que (bd – ac) é divisível por m.
Se a b (mod m) então b - a = m k 1
Se c d ( mod m) então d – c = m k 2
Multiplicando por c : c (b - a) = c k1 m; cb – ca = c k1 m

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Multiplicando por b : b (d–c ) = c k2 m; bd – bc = c k2 m
Somando termo a termo:
cb – ca + bd – bc = c k1m + c k2 m.
Então bd – ac = m ( c k1 + c k 2) e (bd – ac)/ m = ( c k1 + c k 2). Isto significa que (bd –
ac) é divisível por m ( Provado).

 Se a b ( mod m) então a + c b + c ( mod m) e ac bc ( mod m).


Prova:

Veja que se fizermos a b ( mod m) e c c ( mod m) podemos escrever a + c


b + c ( mod m) e ac bc ( mod m) ( Pelas propriedades anteriores).
 an b n ( mod m ), n inteiro positivo.
Prova:
Se fizermos a b ( mod m); a b ( mod m); a b ( mod m), várias vezes,
teremos a.a.a.a....a b.b.b.b.....b ( mod m) que dá a n b n onde n é o número de
fatores ( inteiro positivo).

4 - Uma aplicação prática da relação de congruência:


Se hoje é sexta-feira, que dia da semana será daqui a 1520 dias?

D S T Q Q S S
0 1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30 32 33 34 35 36
31

Em que coluna da tabela se encontra o número 1520?


Não temos que nos preocupar se o mês tem 28, 30 ou 31 dias.
Devemos observar que dois números a e b estão na mesma coluna se sua diferença a – b
é divisível por 7. Isto significa dizer a b ( mod 7). Daí 1520 b ( mod 7).
Veja que b pode ser 0, 1, 2, 3, 4, 5 ou 6. O b só pode ser 1. Dá 1520 1 (mod
7), pois 1520 – 1 é divisível por 7. Este 1 determina que o dia é sábado. Veja que sexta é
zero ( não conta), sábado 1, domingo 2, segunda 3, terça 4, quarta 5, quinta 6. Então,
cai no sábado.
Se você vê que 1520 dividido por 7 deixa resto 1 e busca o dia de sábado no calendário,
você está fazendo congruência também.

EXERCÍCIOS

1- Verificar se é verdadeiro ou falso:


a) 91 0 ( mod 7)
Veja que 91 – 0 é divisível por 7.
b) -2 2 ( mod 8)
Veja que 2 – ( -2 ) = 4 não é divisível por 8.
c) 112 1 ( mod 3)

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Veja que 121 – 1 é divisível por 3.
d) 5 -1 ( mod 6) e -1 - 7 ( mod 6) então 5 -7 (mod 6)
Estamos fazendo a propriedade transitiva. A proposição é verdadeira.

2-Determine o resto da divisão de 5 1000 por 18.


Veja:
51 = 5
52 = 25
53 = 125
54 = 625
55 = 3125
56 = 15625
Veja que 15625 – 1 é divisível por 18, isto é, 56 - 1 é divisível por 18.
Então 56 1 ( mod 18).
6 166
Então (5 ) 1 166 ( mod 18);
996 166
(5 ) 1 ( mod 18);
5 996 x 5 4 1 166 x 5 4 ( mod 18);
(5 1000) 54 ( mod 18);
54 13 ( mod 18);
Então (5 1000) 13 ( mod 18).
O resto da divisão é 13.

3 - Verifique se 100 divide (1110 - 1).


Queremos provar que 1110 1 ( mod 100).
112 21 ( mod 100);
114 441 ( mod 100) e 441 41 ( mod 100);
114 41 ( mod 100);
118 41 2 ( mod 100) e 41 2 81 ( mod 100);
11 8 81 ( mod 100)
11 8 x 11 2 81 x 11 2 ( mod 100);
11 10 10501 ( mod 100) e 10501 1 ( mod 100);
Então 11 10 1 ( mod 100)

4 – Ache os dois últimos algarismos de 3 1234.


3 2 9 ( mod 100);
34 81 ( mod 100);
38 81x81 ( mod 100)
81x81 61 ( mod 100);
38 61 ( mod 100);
38 x 3 2 61 x 3 2 ( mod 100);
3 10 549 ( mod 100);
549 49 ( mod 100);
3 10 49 ( mod 100);
(3 10) 2 (49) 2 ( mod 100);
(49) 2 1 ( mod 100);
3 20 1 ( mod 100);
(3 20)61 1 61 ( mod 100);
3 1220x 3 14 3 14 ( mod 100)

90
3 1234 2187x2187 ( mod 100) e 2187 x 2187 69 ( mod 100).
Então os dois últimos algarismos de 3 1234 são 6 e 9;

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