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NOTAS DE AULAS
ARITMÉTICA
1
Estamos apresentando um roteiro de estudos com teoria e exercícios para os
alunos da Graduação em Matemática e para os Professores que fazem a
Pós – Graduação “Matemática para os Professores dos Ensinos Fundamental e
Médio”, das Faculdades Integradas Campo-Grandenses.
Não temos a pretensão em desenvolver todos os conteúdos e exercícios de
aritmética. Isto não é possível.
Esperamos que as notas de aula tenham os objetivos de alinhar os
programas e indicar as atividades dos nossos cursos de Teoria dos Números e
Aritmética.
2
BASE NUMÉRICA
Uma quantidade pode ser representada por um numeral na base dez, mas pode ser,
também, representada em outra base numérica.
No ábaco:
7 ( Na base 10)
Na base dois temos, para cada duas representações, uma representação na ordem
seguinte, no ábaco.
Queremos deixar claro que estamos falando de ordem para fazermos o entendimento,
mas, na realidade, a ordem só existe no sistema decimal. Ordem (de ordenação): u, d, c
simples; u, d, c de milhar, etc.
Temos:
1 1 1 ( Na base 2)
3
No algoritmo:
7 2
1 3 2
1 1
12 3
0 4 3 R: (110) 3
1 1
145 11
2 13 11 R: (122) 11
2 1
67523 12
11 5626 12
10 468 12
0 39 12
4
COMO PASSAR UM NUMERAL PARA BASE DECIMAL, SENDO DADO
NUMA OUTRA BASE NUMÉRICA?
Passar para nosso sistema de numeração decimal.
(1001) 2 (Explicação do Professor através do ábaco e do algoritmo)
No ábaco:
1 0 0 1 ( Na base 2)
9 ( Na base 10)
5
No algoritmo:
1 0 0 1
23 22 21 20
1 0 2
32 31 30
1 x 32 + 0 x 31 + 2 x 30 = 11 R: 11
1 2 3 4
53 52 51 50
1 x 53 + 2 x 52 + 3 x 51 + 4 x 50 = 194 R: 194
Justificativa no ábaco:
6
Agora vamos agrupar, na dezena simples, 3 e 4.
8 2
Justificativa no algoritmo:
1
3 7 3 7
+ 4 5 + 4 5
7 12 8 2
Justificativa no ábaco:
7
Representamos 403 no ábaco.
1 7 9
Daí termos 279 como o resto da subtração.
Justificativa no algoritmo:
4 0 3 3 10 3 3 9 13
- 1 2 4 - 1 2 4 - 1 2 4
2 7 9
8
c) Como podemos justificar a multiplicação 123 x 12 no ábaco e no algoritmo.
No ábaco:
No algoritmo:
123
x12
246
1230
1476
Ao fazer, por exemplo, 123 x (232) teremos 123 x ( 2 + 30 + 200) = 246 + 3690 +
24600 = 28536
Não podemos dividir duas representações por 3. Então vamos passar para a ordem
seguinte inferior. Duas representações indicam 20 e teremos 24. Agora podemos dividir
24 por 3 dando 8. Veja que não podemos dividir uma representação por 3. Passamos
esta representação para a ordem inferior seguinte. Logo teremos 10 + 8 = 18, que
dividido por 3 dá 6.
Veja o resultado da
divisão:
0 8 0 6
No algoritmo:
9
24’18 3
0 1’
18 806
0
EXERCÍCIOS
10
4) Escrever (2312)4 para base 6. R: (502)6
5) Efetue:
a) (1034)5 + (243) 5 R: ( 1332) 5
b) 12551 = ( 30407) b R: b = 8
11
7) O cubo de (12) b é ( 1750) b. Qual a base b? R: 8
10) Se (A) 10 = (888. . .8) 9 ( k algarismos 8) e (B)10 = (222. . .2)3 ( k algarismos 2),
A B
então quanto é ? R: 3 k
B
12
11) Suponha vários números consecutivos escritos em ordem crescente, na base 5, a
partir de (304) 5. Determinar o 360 número dessa sucessão. R: (424)5
13
15) Prove que:
a) em todo sistema de numeração de base b>2 o número ( 121 ) b é , na base
10, um quadrado perfeito.
NÚMEROS NATURAIS
14
QUANTOS NÚMEROS, COM X ALGARISMOS, PODEMOS FORMAR COM
OS ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS?
Neste caso devemos usar o princípio fundamental da contagem.
Se um evento é composto por duas possibilidades sucessivas e independentes de tal
maneira que o número de possibilidades na primeira etapa é m e o número de
possibilidades na segunda etapa é n, então o número total de possibilidades de o evento
ocorrer é dado pelo produto m.n.
15
QUANTIDADE DE ALGARISMOS, NA SUCESSÃO DOS NÚMEROS
NATURAIS, DE 1 ATÉ N.
Devemos verificar a quantidade de números existentes e observarmos que de 1 a 9 são
números escritos com 1 algarismo; de 10 a 99 são números escritos com 2 algarismos;
de 100 a 999 são números escritos com 3 algarismos.
Justificativa da regra:
16
Nas dezenas:
030; 031;032;033;034;035;036;037;038;039;
130;131,132;133;134;135;136;137;138;139;
230;231;232;233;234;235;236;237;238;239;
Em cada centena aparece 10 vezes.
10 n / 100 dá o número de centenas.
n–1
Como em cada centena aparece 10 vezes temos 10 x 10 n / 100 que resulta 10 .
Nas dezenas aparece 10 n – 1 vezes.
Nas centenas:
0300;0301;0302;0303;0304;0305;0306;0307;0308;0309.................0399;
1300;1301;1302;1303;1304;1305;1306;1307;1308;1309.................1399;
2300;2301;2302;2303;2304;2305;2306;2307;2308;2309.................2399;
Em cada milhar aparece 100 vezes.
10 n/ 1000 dá o número de milhares.
Como em cada milhar aparece 100 vezes temos 100 x 10 n/ 1000 que resulta 10 n – 1.
Nas centenas aparece 10 n – 1 vezes.
Assim podemos generalizar para as outras unidades.
n–1
Podemos concluir que em cada ordem aparece 10 vezes.
Então em 10n temos n ordens. Logo o algarismo 3 aparece n . 10 n-1 vezes. Se for 1,
devemos contar o algarismo 1 da potência 10 n.
17
COMO DETERMINAR A QUANTIDADE DE UM FATOR PRIMO ESCRITO
NUM PRODUTO 1 x 2 x 3 x 4 x 5 x ....... x n.
Justificativa da regra:
De 1 a 9 empregamos 9 x 1 algarismos.
De 10 a 99 empregamos 90 x 2 algarismos.
De 1 a 99 empregamos 189 algarismos.
Sobram 1275 – 189 = 1086 algarismos que empregamos para escrever os números de 3
algarismos que serão 1086 : 3 = 362 números.
Assim chegaremos ao número 99 + 362 = 461.
O algarismo que ocupa a posição 1275 º lugar é o algarismo 1 do número 461.
EXERCÍCIOS
18
4) Com os algarismos indo – arábicos (0, 1, 2, 3, 4 ,5, 6, 7, 8, 9):
a) Quantos números de 3 algarismos podemos formar? R: 900
7) Qual o total de algarismos usados para numerar as páginas de um livro que tem 2748
páginas? R: 9885
19
8) Calcular o número de algarismos necessários para escrever todos os números naturais
de cinco algarismos? R: 450 000
11) Calcular quantos números naturais foram escritos a partir de um, se empregarmos
21729 algarismos na sua escrita? R: 5709
20
12) Determinar o número de vezes que o algarismo 3 aparece na sucessão dos números
naturais de 1 até 100 000? R: 50 000
13) Determinar o número de vezes que o algarismo 4 aparece na sucessão dos números
naturais de 1 até 10 000? R : 4 000
14) Determinar o número de vezes que o algarismo 4 aparece na sucessão dos números
naturais de 1 a 400? R: 81
15) Quantas vezes o algarismo 5 aparece na sucessão dos naturais de 1 até 2006?
R: 601
21
16) Quantas vezes o algarismo 2 aparece nas dezenas, na sucessão dos naturais de 1 até
2222, inclusive? R: 223
17) Quantas vezes o algarismo 8 ocupa a posição das dezenas na sucessão dos números
naturais de 1 a 10 000? R: 1000
18) Determinar o número de vezes que o algarismo 7 aparece na sucessão dos números
naturais de 1 até 5966 ? R:1786 vezes
20) Ao escrevermos o produto 1x2x3x4x . . .x 100 com fatores primos, qual o número
de vezes que o fator primo 7 aparece? R: 16
22
21) Ao escrevermos o produto 1x2x3x4x . . .x 100 com fatores primos, qual o número
de vezes que o fator primo 2 aparece? R: 97
23
26) Qual a soma dos algarismos na base 10 de ( 10 n 3) 2 , onde n é Natural maior que
3
zero? R: 16
24
REGRAS DE DIVISIBILIDADE
RESTO: O número par deixa resto zero e o número ímpar deixa resto 1.
25
Podemos escrever abcd como ax1000 + bx100 + cx10 + d = a(999+1) + b(99 +
1) + c(9+1) + d = 999a + a + 99b + b +9c + c + d = 999a + 99b + 9c + a + b + c
+ d.
Para que abcd seja divisível por 3 devemos ter 999a + 99b + 9c + a + b + c + d
divisível por 3.
Daí:
999a 99b 9c a b c d 999a 99b 9c a b c d
3 3 3
999a 99b 9c
Veja que é divisível por 3.
3
Então a + b + c + d deve ser divisível por 3.
Para se divisível por 9 devemos ter
999a 99b 9c a b c d 999a 99b 9c a b c d
9 9 9
999a 99b 9c
Veja que é divisível por 9.
9
Então a + b + c + d deve ser divisível por 9.
26
Este procedimento é o mesmo para verificação da divisibilidade por 25. ( Veja
que 100 é divisível por 25, levando ao mesmo procedimento de justificação).
Veja que ao termos um número ab00, c=0 e d=0, teremos cx10+d=0x10+0=0.
Daí resta ax1000+bx100 que é divisível por 4. Logo, números que terminam com dois
zeros são divisíveis por quatro.
OUTRO CRITÉRIO:
10 = 6 + 4 = m6 + 4.
100 = 96 + 4 = m6 + 4.
1000 = 996 + 4 = m6 + 4.
10000 = 9996 + 4 = m6 + 4.
10 n = m6 + 4
27
a x 104 + b x 103 + c x 102 + d x 10 + e = a ( m6 + 4) + b( m6 + 4 ) + c( m6 + 4 )
+ d ( m6 + 4) + e = a m6 + 4a + b m6 + 4b + c m6 + 4c + d m6 + 4d + e = a m6
+ b m6 + c m6 + d m6 + 4a + 4b + 4c + 4d + e.
Veja que a m6 + b m6 + c m6 + d m6 é divisível por 6
Então 4a + 4b + 4c + 4d + e tem que ser divisível por 6.
RESTO: É o resto da divisão, do número formado pela soma dos algarismos das
unidades com o quádruplo da soma dos demais algarismos por 6.
(abc) x 106 + (def) x 103 + (ghi) x 100 = (abc) x (m7 + 1) + (def) x (m7 – 1) +
(ghi) x (m7 +1) = (abc) x m7 + (abc) + (def) x m7 – (def) + (ghi) x m7 + ghi.
Veja que (abc) x m7, (def) x m7 e (ghi) x m7 são divisíveis por 7. Logo devemos
verificar se + (abc) – (def) + (ghi) é divisível por sete.
RESTO: É o resto da divisão da soma das classes ímpares subtraída da soma das
classes pares por sete.
28
Como 10000a + 1000b é divisível por oito devemos ter 100c + 10d + e também
divisível por oito.
Veja que 100c + 10d + e representa o número cde.
Este número cde representa o número formado pelos três últimos algarismos do
número abcde. O número cde tem que ser divisível por oito.
Veja que ao termos um número ab000, c = 0, d = 0, e = 0 teremos
c 100 + d 10 + e = 0 x 100 + 0 x 10 + 0 = 0. Daí resta a10000 + b1000, que é divisível
por 8. Logo, números que terminam com três zeros são divisíveis por 8.
29
feito apenas para facilitar, pois podemos dividir -12 por 11 e encontraremos 10 de
resto. ( Explicação do Professor).
Por exemplo:
4867 + 8895 = 13762.
Na parcela 4867 fazemos:
4 + 8 = 12
12 noves fora é 3.
3 + 6 = 9.
9 noves fora é 0.
0 + 7 = 7.
30
Regra do quatro.
4867 dividido por 4 deixa resto 3.
8895 dividido por 4 deixa resto 3.
3+3 dividido por 4 deixa resto 2.
Encontramos o resto da adição ( 4867 + 8895) por 4 igual a 2.
13762 dividido por 4 deixa o mesmo resto 2. Isto nos garante que a conta está correta.
EXERCÍCIOS
1- Substituir a letra “a” pelo algarismo de menor valor absoluto de modo que 57a4
seja divisível por 3? R: a = 2
31
3- Qual o menor número de 5 algarismos diferentes que é múltiplo de 4?
R: 10236
5- Determinar os valores de “a” e “b” em 43a7b para que ele seja divisível por 4 e
11. R: 43472 e 43076
32
10- Determine os restos das divisões por 2, 6 e 11 da soma : 32107 + 40353 + 51249
sem efetuar a adição.
R: 1; 1; 3
11- Achar o resto da divisão por 9 da expressão 275 x 3834 + 170 x 31509 x 1746 .
R: 2
NÚMEROS PRIMOS
33
Seja “ k ” um inteiro composto positivo.
Então k admite divisores inteiros positivos.
Seja o conjunto A com os divisores x de k, exceto 1 e k.
A = { x Z , x divide k tal que 1<x<k}.
Pelo princípio da boa ordenação existe um número p pertencente ao conjunto A que é o
menor (mínimo). Assim, p divide k.
Supor p número composto.
Então p admite divisores d inteiros positivos.
Então p tem um divisor d, exceto 1 e p. Daí 1< d< p.
Logo como d divide p e p divide k, então d divide k e d < p, o que é uma contradição,
pois p é o elemento mínimo do conjunto A.
Assim, p não é composto. Logo p divide k e p é primo.
Todo número que não é primo é um produto de fatores primos. (A fatoração é única)
Supor que existem n (uma quantidade finita) números primos, denotados por 2, 3, 5, 7,
11, 13, . . .p. Considere o número x = 2x3x5x7x11x13...x p + 1.
Para ser um número composto, x tem que ser divisível por um dos fatores primos, pois
temos todos os fatores primos enumerados.
Mas o número x não é divisível por nenhum dos fatores primos pois a divisão dá sempre
resto 1. Logo x não é número composto. Então x é primo.
34
Supor que n>1, n Natural, seja um número composto.
Então n = a.b, 1<a<n e 1<b<n.
Supor a b.
Multiplicar por a:
a2 ab.
Sendo ab= n temos a2 n e a n .
“a” tem pelo menos um divisor primo p (caso “a” seja primo).
Como p divide a e sendo n = ab, então p é divisor de n.
Se p divide a então p a. Como a n , logo p a n .
Então p n .
Se n é composto então n possui um divisor primo p e p n .
Caso contrário n é primo.
Primos gêmeos- São dois inteiros positivos ímpares consecutivos que são ambos
primos.
3 e 5 ; 5 e 7; 17 e 19; 29 e 31.
Existe apenas um terno de inteiros positivos ímpares e consecutivos que são todos
primos: 3, 5, 7.
EXERCÍCIOS
35
2- Verifique se são primos ou não os números 269, 287 e 409.
R: Sim; Não; Sim
DIVISORES:
ALGORITMO PARA ACHAR OS DIVISORES DE UM INTEIRO.
Um número é divisor de outro número quando contém, desse outro número, fatores
primos com expoentes iguais ou menores.
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COMO DETERMINAR QUANTOS DIVISORES TEM UM NÚMERO
INTEIRO?
Justificativa da regra:
Vamos ver, como exemplo, 200.
200 = 2 3 x 5 2
2 0, 21, 2 2, 2 3
5 0, 51, 5 2
Os produtos abaixo geram os divisores:
2 0 x 5 0; 2 0 x 5 1; 2 0 x 5 2
2 1 x 5 0; 2 1 x 5 1; 2 1 x 5 2
2 2 x 5 0; 2 2 x 5 1; 2 2 x 5 2
2 3 x 5 0; 2 3 x 5 1; 2 3 x 5 2
Pelo princípio fundamental de contagem temos 4 x 3 = 12.
O expoente de 2 é 3. Para formar os divisores foi acrescido 2 0, daí 3 +1.
O expoente de 5 é 2. para formar os divisores foi acrescido 5 0, daí 2 + 1.
Então ao fatorar 200 teremos 2 3 x 5 2 e o número de divisores será (3+1) x ( 2+1) = 12.
Prova:
Veja:
Os divisores de 12:
12 = 22 x 31.
A soma dos divisores é dada por S = ( 20 + 21 + 2 2 x ( 30 + 3 1).
Seja N = am x bn x cp
Divisores de am:
a0, a1, a2, a3 . . . .
Soma dos divisores de am : S = 1 + a1 + a2 + a3 . . . a m – 1 + a m.
Multiplicando por a:
S a = a + a2 + a3 . . . a m + a m + 1
Somando 1 aos dois membros:
37
1 + S a = 1 + a + a2 + a3 . . . a m + a m + 1
1 + S a = S + a m+1
S a – S = a m+1 – 1
S ( a – 1) = a m+1 – 1
a m 1 1
S=
a 1
Então teremos:
a m 1 1 b m 1 1 c m 1 1
S= x x
a 1 b 1 c 1
A condição necessária e suficiente para que um número natural seja um cubo perfeito
e´que os expoentes obtidos na decomposição em fatores primos do mesmo sejam
múltiplos de 3.
Determinar o menor número pelo qual devemos multiplicar 9000, a fim de obtermos um
quadrado perfeito. ( Explicação do professor).
38
Achar o menor número pelo qual devemos multiplicar 8x27x625, a fim de obtermos um
produto que seja, simultaneamente, quadrado e cubo perfeitos. Dica: Os expoentes
devem ser múltiplos de 6.
EXERCÍCIOS
1 - Dê os divisores de 36.
2- Dê os divisores de 120.
39
5- Calcular o número de divisores de N sendo N = 242 x 152 x 92. R: 189
40
12 - Calcular os valores de a e b afim de que o número 2a x 3b admita 8 divisores.
R: a = 1 e b = 3 ; a = 3 e b = 1; a = 0 e b = 7 ; a = 7 e b = 0
41
50 51 52 53
4k 4k 4k
2 2 2 2
17- Prove que os números da forma 4 k são sempre
múltiplos de 17.
O algoritmo de Euclides é um dos mais antigos algoritmos ainda em uso. Surge na sua
obra Os Elementos ( 300 aC), especificamente nos Livros 7 (Proposições 1–2) e 10
(Proposições 2–3). No Livro 7, o algoritmo é formulado para inteiros, enquanto no
Livro 10 é formulado para comprimentos de segmentos lineares (dir-se-ia hoje que
estaria formulado para números reais.
Teorema
Seja a = bq + r.
mdc (a,b) = mdc (b,r)
Demonstração:
Supor mdc (a,b) = d
Então d divide a e d divide b.
Se a = bq + r, então, como d divide a temos que d divide bq + r.
Daí: d divide b e d divide r.
42
d é divisor comum de b e r .
Temos que verificar se é o maior.
Supor que exista um divisor comum c de b e r.
Então c divide b e r.
Então c divide bq + r.
Então c divide a.
Então c divide a e b.
Então c<d pois d é o maior divisor comum de a e b.
R1 R2 R3 ... .... 0
mdc (a,b) = mdc (b, R1) = mdc (R1, R2) = mdc (R2, R3)= .......= mdc (Rn – 1, Rn) =
mdc( Rn, 0) = Rn
Calcular o mdc entre 468 e 396 pelo processo das divisões sucessivas. (Explicação do
Professor)
Calcular o mdc entre 468 e 396 pelo processo da decomposição em fatores primos.
(Explicação do Professor)
43
COMO DETERMINAR O MMC PELO PROCESSO DA DECOMPOSIÇÃO EM
FATORES PRIMOS SEPARADA.
Calcular o mmc entre 3600 e 7560 pelo processo da decomposição em fatores primos
separada. (Explicação do Professor)
EXERCÍCIOS
x
4- Calcule os valores de x, y, z sabendo que : A = 2 .3 .5 2,B=2 3
.3 y
.5eo
mmc ( A, B) = 2 4 . 3 3 . 5 z . R: x = 4; y = 3; z = 2
44
5- Calcular o maior número que divide 396 e 341 e encontra-se respectivamente
restos 4 e 5. R: 56.
6- Determinar o menor número que dividido por 12, 15, 18 e 24, deixa sempre resto 7.
R: 367.
7- Determinar o menor número que, dividido por 8; 18 e 20, deixa os restos 1, 11 e 13,
respectivamente. R: 353.
45
9- Calcular o menor número que dividido por 18, 32 e 54 deixe sempre resto 11. R: 875.
10- Calcular o menor número que dividido por 10, 16 e 24 deixa, respectivamente, os restos
3, 9 e 17. R 233
11- O produto de dois números é igual a 3584 e o mdc 16. Ache o mmc. R: 224
12- Calcule B, sabendo que o mdc (A,B) = 18, mmc (A,B) = 1260 e A=180. R: 126
13- Do Rio de Janeiro, partem ônibus para a cidade A de 10 em 10 minutos; para a cidade
B de 6 em 6 minutos e para a cidade C de 5 em 5 minutos. Sabendo-se que às 10 horas e 20
minutos partiram juntos os ônibus dessas três linhas, a que horas partirão juntos novamente?
R: 10 horas e 50 minutos
46
14- Para cercar um terreno retangular de 1680 m de comprimento e 480 m de largura, com
árvores que tenham a mesma distância entre elas e que seja a maior possível. Quantas
árvores serão necessárias? R: 18 árvores
15- Calcular m, no número A = 2 m-1. 32. 5m, de modo que o MDC entre o número A e o
número 9000 seja 45. R: m = 1
Exemplos:
3
a) gera uma decimal finita.
5
A fração é irredutível e o denominador é 5.
3 3x 2 6
0,6
5 5x 2 10
41
b) gera uma decimal finita.
20
A fração é irredutível e o denominador 20 = 2 2 x 5 é formado pelos fatores 2
e 5.
41 41x5 205
2,05
20 20x5 100
47
Se o denominador da fração, na forma irredutível, tiver algum fator primo diferente de 2
ou 5 a decimal resultante será uma dízima periódica.
Exemplos:
5
a) gera uma dízima periódica. Divida 5 por 7 e encontre a dízima.
7
7
b) gera uma dízima periódica. Divida 7 por 6 e encontre a dízima.
6
EXERCÍCIOS
5
1) Prove que a dízima periódica 0,555. . . é igual a .
9
23
2) Prove que a dízima periódica 0,232323 . . . é igual a .
99
135
3) Prove que a dízima periódica 0,135135135 . . . . é igual a .
999
1251
4) Prove que a dízima periódica 1, 252525 . . é igual a .
99
48
32425 32
5) Prove que a dízima periódica 32,425425. . . é igual a .
999
12312
6) Prove que a dízima periódica 1,23333. . . é igual a .
90
221507 221
7) Prove que a dízima periódica 2,21507507 . . .é igual a
99900
Números irracionais são números cujas representações decimais não são finitas e não
são periódicas, isto é, não podem ser escritos na forma de fração irredutível.
1) 2 é número irracional.
Demonstração:
Supor, por hipótese, 2 racional. Então pode ser escrito na forma de fração irredutível
p
.
q
p
2 = . Quadrando os dois membros.
q
p2
( 2 )2 = .
q2
49
p2
2= .
q2
p 2 = 2 q 2.
p 2 é múltiplo de 2, então p 2 é par. Logo p é par. ( O professor deve explicar a
razão).
Daí p = 2 k.
Vamos substituir p = 2 k em p 2 = 2 q 2.
(2k) 2 = 2 q 2.
4k 2
q2= .
2
q 2 = 2 k 2.
p
Se p e q são pares, não está na forma irredutível, o que é absurdo, pois por hipótese
q
p
está na forma irredutível.
q
Logo 2 não é racional, logo é irracional.
2) p , p primo. p é irracional.
Demonstração:
Supor, por hipótese, p racional. Então pode ser escrito na forma de fração irredutível
m
.
n
m
p = . Quadrando os dois membros.
n
m2
( p )2 = 2 .
n
2
m
p= 2 .
n
m 2 = p n 2.
Daí m = p k, k Z. .
Vamos substituir m = p k em m 2 = p n 2.
(pk) 2 = p n 2.
n 2 = p k 2.
50
m
Se m e n são múltiplos de p, então não está na forma irredutível, o que é absurdo,
n
m
pois por hipótese, está na forma irredutível.
n
Logo p não é racional, logo é irracional.
EXERCÍCIOS
1) Prove que 3 é irracional.
51
2) Prove que o produto de um número racional diferente de zero por um número
irracional é um número irracional.
52
b) O produto de dois números irracionais é um número irracional.
Vamos ver um retângulo que tem uma propriedade interessante. Ele é chamado de retângulo
áureo ou retângulo de ouro e é o preferido dos artistas e arquitetos.
BF = CD = AB = AE = a
FC = ED= b
ab a
Então
a b
a
A razão é chamada razão áurea.
b
ab
b a
a b
b
53
a b a
b b b
a 1
b
2
a a
1 0
b b
a
Fazer =
b
( )2 - - 1 = 0
1 5
= ( é positivo, razão de segmentos).
2
a 1 5
= 1,618...
b 2
Exercício resolvido:
a
Dê a condição para que a razão no segmento abaixo seja razão áurea.
x
a
54
x a–x
a x
Condição:
x ax
x2 = a2 – ax
x2 + ax – a2 = 0
a a 2 4a 2
x=
2
a 5a 2
x=
2
a a 5
x= , x é positivo.
2
a (1 5)
x=
2
a a 2a (1 5) 2(1 5) 1 5 1 5
Logo
x a (1 5) a (1 5)(1 5) 1 5 2 2
2
a 1 5
Daí é a razão áurea e vale .
x 2
EXERCÍCIOS
55
Isto significa que é possível obter um ponto D e permite obter um segmento áureo
neste segmento AB. O objetivo é encontrar um ponto D entre A e B tal que a razão
entre o segmento AB e o segmento AD seja =(1,61803...).
56
Una este ponto que acabou de encontrar com o ponto
A da primeira reta para formar um triângulo ABC;
AC2=AB2+BC2=1+1/4=5/4
5
AC =
2
5 1
AE=
2
57
5 1
AD = AE =
2
EXERCÍCIOS
2) Mostre que o produto de dois números pares é sempre par e que o produto de
dois números ímpares é sempre ímpar.
NÚMEROS POLIGONAIS
58
Lei de formação dos números quadrangulares. ( Explicação do Professor)
Números quadrado: Qn = n2
n(3n 1)
Números pentagonais: Pn =
2
Lei de formação dos números pentagonais. ( Explicação do Professor)
(1 3n 2)n n(3n 1)
Pn = .
2 2
59
EXERCÍCIOS
NÚMEROS PERFEITOS
Um inteiro positivo n diz-se um número perfeito se e somente se é igual à soma de
todos os seus divisores positivos, exceto o número n.
Os números perfeitos são raros: 6, 28, 496, 8128, 33550336, ...
60
Mostrar que 496 é número perfeito.
NÚMEROS AMIGOS
Dois inteiros m e n são amigos se e somente se a soma dos divisores positivos de m,
exceto o divisor m, é igual a n, e a soma dos divisores positivos de n, exceto n, é igual a
m.
EXERCÍCIOS
Mostrar que 220 e 284 são números amigos.
TERNOS PITAGÓRICOS
Chama-se terno pitagórico todo terno de inteiros positivos ( a, b, c) tais que a2+b2 = c2
2k + 1, 2k2 + 2k e 2k2 + 2k + 1 onde k é um inteiro positivo qualquer dão uma
infinidade de ternos pitagóricos.
EXERCÍCIO
2 2
Prove que 2k + 1, 2k + 2k e 2k + 2k + 1 formam ternos pitagóricos.
61
NÚMEROS PROPORCIONAIS
1
Um número x varia inversamente proporcional a um número y, se x = k .
y
1
Então 50 = k e a constante de proporcionalidade é k = 400.
8
Uma tarefa envolvendo pessoas e dias. Uma atividade é feita envolvendo um número
de pessoas e um número de dias. Se aumentarmos o número de pessoas, será necessário
menos dias para cumprir a tarefa. Essas duas grandezas são inversamente proporcionais.
Quando uma grandeza A for proporcional a duas outras B e C, ou mais, será também
proporcional ao produto dessas duas.
Certa quantidade Q1 de máquinas produzem P1 peças num tempo T1. Veja que máquina
e tempo são inversamente proporcionais. Veja que máquina e peça são diretamente
proporcionais. Veja que a grandeza máquina é ao mesmo tempo diretamente
proporcional à grandeza peça e inversamente proporcional à grandeza tempo.
Vamos supor que certa quantidade Q1 de máquinas produzem P1 peças num tempo T1.
Como determinar o número de máquinas x necessárias para produzir P2 peças num
tempo T2?
62
Máquina Peça Tempo
Q1 P1 T1
X P2 T2
Máquina Peça
Q1 P1
X1 P2
Veja que enquanto X relaciona Máquina, Peça e Tempo, X1 relaciona apenas Máquina e
Peça.
Q1 P1
, onde X1 é o valor a ser determinado de máquinas relacionado com P 2 peças.
X 1 P2
X1P1= Q1P2
Agora ao relacionarmos Máquina e Tempo, passando pela grandeza peça, devemos usar
X1 relacionado com T1 e, agora sim, X relacionado com T2.
X 1 T1
X T2
X1P1= Q1P2
X T2 = X1 T1
P1 X T2= Q1P2 T1
Q1 P1T2
Podemos escrever , onde X está relacionando as grandezas máquina, peça e
X P2T1
tempo.
63
TEOREMA:
a c e ace a c e
Se k , então .
b d f bd f b d f
Demonstração :
a c e
k ; k ; k.
b d f
a bk ; c dk ; e fk
Somando membro a a membro :
a c e k (b d f )
ace
k
bd f
ace a c e
bd f b d f
EXERCÍCIOS.
64
4- Uma grandeza A é diretamente proporcional às grandezas B e C, e A recebe o valor 9
quando B e C forem respectivamente 5 e 7. Determinar o valor de A, quando B for igual
a 3 e C for igual a 2. R : 54/35
65
7- Sabe-se que a, b,c são inversamente proporcionais a 3, 4, 5, respectivamente, e que
a + b = 70, calcule a – b + c. R: 34
8- Certo concreto é obtido misturando-se uma parte de cimento, dois de areia e quatro
de pedra. Qual será ( em m3) a quntidade de areia a ser empregada, se o volume a ser
concretado é 378 m3 ? R: 108 m3
1
10- Seja y a soma de duas partes: uma proporcional a x e a outra proporcional a .
x2
1
Sabe-se que para x=1, y=6, e que para x=2, y=5. Determine o valor de y para x = .
2
R: 17
66
11- Suponha que s varie diretamente proporcional com t e inversamente proporcional com
r2. Se s = 5, então r = 1 e t = 2. Qual é o valor de s quando r = 3t ? R: 5/6
h M1 m1 t1
X M2 m2 t2
h M2 m1 t2
X M1 m2 t1
67
Agora vamos relacionar grandeza com grandeza, de forma
separada:
h M 2 x1 m1 x 2 t 2
; ;
x1 M 1 x 2 m2 X t1
hx1 x 2 M 2 m1t 2
x1 x 2 x M 1 .m2 .t1
h M 2 m1t 2 hM 1 .m2 .t1
;X .
X M 1 .m2 .t1 M 2 m1t 2
Exercícios:
1- Em 06 dias de trabalho, 12 confeiteiros fazem 960 tortas. Em quantos
dias 04 confeiteiros poderão fazer 320 tortas. R: 6
68
PROBLEMAS DAS TORNEIRAS
PROBLEMA 1
Enchimento do tanque:
tanque horas
Primeira torneira 1 tanque t1 h
1
do tanque 1h
t1
Tanque horas
t1 t 2
do tanque 1h
t1 t 2
t1 t 2
t1 t 2 1
do tanque da hora.
t1 t t t1 t t
tt t 2 tt t 2
t1 t 2
1 tanque da hora.
t1 t 2
t1 t 2
Então um tanque enche num tempo .
t1 t 2
Para esvaziamento simultâneo o procedimento é o mesmo e chegaremos a
mesma fórmula.
69
EXERCÍCIOS
2 x3 6
Tempo = h 1h 12 min
23 5
2 x4 8 4
h h
24 6 3
Vamos dividir 4/3 h por 4:
Cada ¼ esvaziará em 1/3 h.
1
Para o nível d’água atingir ¼ do tanque teremos o tempo de 3x
h = 1 hora.
3
4- Um reservatório é alimentado por duas torneiras. A primeira pode
enchê-lo em 15 horas e a segunda em 12 horas. Que fração deste
reservatório as duas encherão em 1 hora?
15 x12 180 20
T= h h
15 12 27 3
1 tanque 20/3 h
X tanque 1h
3 3
X = 1x do tan que .
20 20
70
5- Duas torneiras enchem um tanque em 4 horas. Uma delas, sozinha,
enchê-lo-ia em 7 horas. Em quanto tempo a outra sozinha, encheria o
tanque?
7 xt 2
4 ;
7 t2
PROBLEMA II
Sabe-se que uma torneira enche um tanque em t1 horas e um registro
consegue esvaziá-lo em t2 horas. Enchimento do tanque vazio e
esvaziamento do tanque cheio.
1 t1 1 t2
1 1 1 1
t1 t2
t t
Em 1 hora as duas irão encher 1 1 do tanque, ou seja, 2 1 .
t1 t 2 t 2 t1
Tanque horas
t 2 t1
do tanque 1
t 2 t1
1
1
t 2 t1
t 2 t1
t 2 t1
Logo 1 tanque enche em da hora.
t 2 t1
71
t 2 t1
.
Se t1 > t2, de forma análoga, o tanque esvazia no tempo t1 t 2
t 2 t1
Sem muitas preocupações devemos fazer t = .
t1 t 2
EXERCÍCIO
Uma torneira enche um tanque em 4 horas. O tanque pode ser esvaziado
em 6 horas. Se abrirmos a torneira e esvaziarmos o tanque,
simultaneamente, em quanto tempo ele ficará cheio?
Tempo de enchimento: 4h
Tempo de esvaziamento: 6h.
Pergunta-se: tempo para encher o tanque se as duas torneiras forem abertas:
Veja abaixo um desenho esquemático de nosso problema:
T= 4 x6 12horas
64
PROBLEMA III
Três torneiras podem encher um tanque, separadamente em t1, t2, t3 horas
respectivamente. Supondo o mesmo vazio e abrindo-as simultaneamente,
determinar em quanto tempo irão enchê-lo.
t1t 2 t 3
T=
t1t 2 t1t 3 t 2 t 3
EXERCÍCIO
2 x 4 x6 48
T= 1,09h 1h54 min
2 x4 2 x6 4 x6 44
72
PROBLEMA IV
PROBLEMA DO TIPO:
Um reservatório é constituído por cinco torneiras e dois ralos que
conseguem enchê-lo e esvaziá-lo, completamente, em: 2 horas; 3 horas; 4
horas; 6horas; 8 horas; 12 horas e 24 horas, respectivamente. Se
abrirmos, simultaneamente, todo o conjunto, em que tempo ele ficará
totalmente cheio?
Resolução:
Veja abaixo o croqui de nosso problema:
V V V V V V V
Volume de vazão do enchimento do tanque = ( )=
2 3 4 6 8 12 24
12V 8V 6V 4V 3V 2V V 30V
=
24 24
Volume do tan que
Tempo de enchimento =
Volume da vazãodo enchimento
73
V 24
Tempo de enchimento = 0,8h 48 min
30V 30
24
EXERCÍCIOS
1) A soma dos elementos de uma subtração é 780 e o resto excede o subtraendo de 30.
Calcular o minuendo, subtraendo e o resto.
3) Que alteração sofre um produto de dois fatores quando se soma o mesmo número a
cada um dos fatores?
74
5) O produto de dois números é 1200. Somando-se 5 ao multiplicador, o produto
aumenta de 240. Achar o multiplicando e multiplicador.
75
10) Dois trens partem no mesmo instante de duas estações A e B distantes a 500 Km
uma da outra e se dirigem em sentido contrário (de A para B e de B para A). O
primeiro tem velocidade de 60 Km/h e o segundo 80 Km/h. Qual a distância entre os
dois no fim de 4 h?
12) Uma caixa d’água comporta 1000 litros e tem uma torneira que a enche em 20 h e
outra que a esvazia em 25 h. Abrindo-se as duas torneiras ao mesmo tempo em
quantas horas a caixa ficará cheia?
13) Um pai tem 40 anos e seu filho 15 anos. Daqui a quantos anos a idade do pai será o
dobro da idade do filho?
76
14) Três caixas contêm o mesmo número de maçãs. Passou-se para a terceira caixa 13
maçãs da primeira e 15 da segunda. Com quantas maçãs mais que cada uma das
ouras ficará a terceira caixa?
EQUAÇÕES DIOFANTINAS
2x + 3y = 7
- 4x + 7y = - 6
- 3x – 5 y = 4
Diofanto foi um matemático grego que viveu entre 200 e 290 dC.
77
esse motivo é chamado o pai da álgebra e as equações do primeiro grau e segundo grau
em duas variáveis, envolvendo os números inteiros, são chamadas Equações
Diofantinas.
ax0 + b y0 = c
Seja mdc ( a, b) = d
a b
r; s ( r e s são números inteiros)
d d
Logo a = dr; b = ds
c
rx0 + sy0 =
d
Logo d divide c. ( se d não dividir c, rx0 + sy0 não será número inteiro, mas
rx0 + sy0 tem que ser número inteiro)
Seja mdc(a, b) = d.
78
mdc(a, b) = d, então:
a b
k1 ; k 2 ; k1 e k 2 números primos entre si; mdc(k1 , k 2 .) 1
d d
ax’-ax0=by0-by’
a ( x ' x 0 ) b( y 0 y )
'
d d
a b
Como k1 ; k 2
d d
k1(x’-x0)=k2(y0-y’)
k1 ( x' x0 )
yo y'
k2
Veja que y0 – y’ é número inteiro. ( y0 e y’ são números inteiros).
Veja que k1 e k2 são números primos entre si, logo k2 não divide k1,
consequentemente, k2 divide (x’-x0).
x' x0
t , t inteiro.
k2
x’- x0=k2t
b
como k2
d
b
x’-x0= t
d
b
x’ = x0 + t
d
b
Substituindo x’ = x0 + t em a(x’-x0)=b(y0-y’).
d
b
a(x0 + t - x0) = b(y0-y’)
d
79
abt
b( y o y ' ) ; Dividindo por b.
d
at
yo y'
d
a
y’= y0 - t
d
Logo as soluções de uma equação diofantina é dada por:
b a
x’ = x0 + t e y’= y0 - t , onde x0 e y0 é uma solução particular, d é o mdc
d d
entre a e b, t são números inteiros que, ao serem colocados, vão gerar as soluções.
3.0
2.0
1.0
x
-4.0 -3.0 -2.0 -1.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0
-1.0
-2.0
-3.0
-4.0
80
RESOLUÇÕES DE EQUAÇÕES DIOFANTINAS.
Resolução:
mdc ( 6, 4 ) = 2
Resolução a)
Verificar a condição de existência das soluções.
mdc ( 3, 2 ) = 1
9 3y
Tirar o valor de x : x .
2
b a
A solução geral é dada por x = x0 + t e y = y0 - t , t números inteiros.
d d
Resolução b)
Atribuir t = 0; t = 1; t = - 1; t = 2
Para t = 0 temos x = 3 e y = 1;
Para t = 1 temos x = 6 e y = - 1
Para t = - 1 temos x = 0 e y = 3
81
Para t = 2 temos x = 9 e y = -3
( faça a verificação, de cada solução encontrada, na equação 2x + 3 y = 9)
Resolução c)
3 2
x=3+ t ey=1- t
1 1
3 + 3t > 0
3t > -3
t>-1
1–2t>0
-2t>-1
2t < 1
1
t<
2
1
-1 < t < ( t número inteiro)
2
Resolução d)
3 2
x=3+ t ey=1- t
1 1
3 + 3t < 0
3t < -3
t<-1
1–2t<0
-2t<-1
2t > 1
82
1
t>
2
1
Não existe t inteiro que satisfaça t > e t < -1.
2
3 - Escrever o mdc entre 143 e 17 como combinação linear entre esses dois
números, isto é, mdc ( 143, 17) = 143 a + 17 b.
8 2 2 3
143 17 7 3 1
7 3 1 0
143 = 17 x 8 + 7 7 = 143 – 17 x 8
17 = 7 x 2 + 3 3 = 17 – 7 x 2
7=3x2+1 1=7–3x2
1 = 7 – 3 x 2 ; substituir 3 = 17 – 7 x 2.
1 = 7 – ( 17 – 7 x 2) x 2 = 7 x 1 – 17 x 2 + 7 x 4 = 7 x 5 – 17 x 2
substituir 7 = 143 – 17 x 8.
1 = ( 143 – 17 x 8) x 5 – 17 x 2.
1 = 143 x 5 – 17 x 40 – 17 x 2
1 = 143 x 5 – 17 x 42
Logo a = 5 e b = - 42.
4 - Escrever o mdc entre -345 e 215 como combinação linear entre esses
números, isto é, mdc ( - 345, 215) = - 345 a + 215 b.
83
Abaixo, o algoritmo do mdc:
1 1 1 1 1 8
345 215 130 85 45 40 5
130 85 45 40 5 0
130 = 85 x 1 + 45 45 = 130 – 85 x 1
85 = 45 x 1 + 40 40 = 85 – 45 x 1
45 = 40 x 1 + 5 5 = 45 – 40 x 1
5 = 45 – 40 x 1; substituir 40 = 85 – 45 x 1.
5 = 45 – (85 - 45 x 1) x 1= 45 – 85 x 1 + 45 x 1 = 45 x 2 – 85 x 1
Substituir 45 = 130 – 85 x 1
345 x 5 – 215 x 8.
5 = 345 x 5 – 215 x 8.
Logo a = -5 e b = -8
84
Vamos verificar se tem solução.
mdc (143, 17) = 1. 1 divide 132, logo tem solução.
Solução geral:
17 143
x = 660 + t e y = - 5554 - t
1 1
Soluções particulares:
t = 0 : x = 660 e y = -5554.
t = 1 : x = 677 e y = - 5697
t = 2 : x = 694 e y = - 5840
1 4 2
11 9 2 1
2 1 0
11 = 9x1+2 2 = 11 – 9x1
9 = 2x4 +1 1 = 9 – 2x4
85
1 = 9 – 2x4 = 9 – (11 – 9x1)x4 = 9 – 11 x 4 + 9x4 = -11x4 + 9x5.
A solução geral é:
x = -1080 + 9 t e y = 1350 – 11 t.
- 1080 + 9t >0
9t > 1080
1080
t>
9
t > 120
1350 – 11 t > 0
- 11 t > - 1350
11 t < 1350
1350
t<
11
t < 122,7
Para t = 121.
171 dá 270.
Para t = 122.
72 dá 270.
CONGRUÊNCIA ARITMÉTICA
Por exemplo:
Em 17 5 ( mod 2) temos 17/2 restando 1 e 5 /2 restando 1.
Em -10 23 (mod 3) temos – 10/3= - 4, restando 2. Ao multiplicarmos - 4 por
3 devemos encontrar um número que seja menor que o divisor -10. Se – 10 / 3 desse – 3
teríamos (– 3) x 3 = - 9 que é maior que -10, não servindo. Ao dividirmos 23 por 3
teremos resto 2.
Veja que -10 dividido por 3 deixa o mesmo resto que 23 dividido
por 3 ( resto 2). Daí -10 23 (mod 3).
Se a dividido por m deixa o mesmo resto que b dividido por m podemos escrever
a b (mod m).
Suponha que a, b sejam números inteiro e m seja número inteiro maior que zero.
Dizemos que a é congruente de b módulo m se m dividir a - b. Escrevemos isto
como: a b (mod m).
Prova:
a/m=q1 e resta r; b/m=q2 e resta r. ( No conjunto dos Inteiros)
a = mq1 + r
b = mq2 + r
Subtraindo termo a termo:
a – b = mq1 + r – (mq2 + r) = mq1 + r – mq2 - r = mq1 – mq2 =
m ( q 1 – q 2 ). Daí (a - b)/ m = q 1 – q 2. Como q1 e q 2 são inteiros, q1–q2é
inteiro. Isto significa que (a - b)/ m dá um inteiro, indicando que o resto é zero. Então m
divide a – b. ( Provado)
Por exemplo:
20 14 (mod 6) //// 20 – 14 é divisível por 6.
-1 9 (mod 5)/// -1 – 9 é divisível por 5.
1100 2 (mod 9) /// 1100 – 2 é divisível por 9.
87
Prova:
a – a = 0 é divisível por m, para qualquer m (zero é sempre divisível por
qualquer número).
Exemplo:
5 5 (mod 71)
-43 -43 (mod 37)
Outras Propriedades:
ac bd (mod m)
Prova:
Temos de provar que (bd – ac) é divisível por m.
Se a b (mod m) então b - a = m k 1
Se c d ( mod m) então d – c = m k 2
Multiplicando por c : c (b - a) = c k1 m; cb – ca = c k1 m
88
Multiplicando por b : b (d–c ) = c k2 m; bd – bc = c k2 m
Somando termo a termo:
cb – ca + bd – bc = c k1m + c k2 m.
Então bd – ac = m ( c k1 + c k 2) e (bd – ac)/ m = ( c k1 + c k 2). Isto significa que (bd –
ac) é divisível por m ( Provado).
D S T Q Q S S
0 1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30 32 33 34 35 36
31
EXERCÍCIOS
89
Veja que 121 – 1 é divisível por 3.
d) 5 -1 ( mod 6) e -1 - 7 ( mod 6) então 5 -7 (mod 6)
Estamos fazendo a propriedade transitiva. A proposição é verdadeira.
90
3 1234 2187x2187 ( mod 100) e 2187 x 2187 69 ( mod 100).
Então os dois últimos algarismos de 3 1234 são 6 e 9;
91