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Índice

i. Introdução.................................................................................................................................3

ii. Objectivos.................................................................................................................................4

iii. Metodologia..........................................................................................................................4

1. Aplicação Inversa – Definição.................................................................................................5

2. Aplicação Identidade. Restrição e Prolongamento de uma Aplicação e Aplicações


Monótonas.......................................................................................................................................6

2.1. Restrições e Prolongamentos de uma Aplicação..................................................................7

2.2. Aplicações Monótonas.........................................................................................................7

3. Operações, Homomorfismos – Isomorfismo, Monoides, Semigrupos e Grupos.....................8

3.1. Operações.............................................................................................................................8

3.1.1. Propriedades das operações........................................................................................8

3.2. Grupos................................................................................................................................10

3.3. Subgrupos.........................................................................................................................11

3.4. Homomorfismo de grupos............................................................................................11

3.5. Isomorfismo......................................................................................................................12

4. Grupos cíclicos....................................................................................................................12

iv. Conclusão...........................................................................................................................15

v. Bibliografia.............................................................................................................................16

i. Introdução
O presente trabalho sintetiza um resumo das unidades VII a XIV, onde aborda sobre as
aplicações inversas, aplicação identidade, restrição e prolongamento de uma aplicação,
aplicações monótonas, operações, homomorfismos – isomorfismo, monóides, semigrupos.
Grupos, grupos cíclicos e geradores. O conceito de grupo surgiu dos estudos de Évariste
Galois com equações de polinómios, em 1832. Embora Galois tenha utilizado a ideia de
grupo em todo o seu trabalho com equações, ele não deu explicitamente uma definição de
grupo. A definição ocorreu, pela primeira vez, na publicação do trabalho de Galois, feita
por Liouville em 1846. Um ano antes, porém, Cauchy apresentou o conceito, ao qual
denominou de “sistema conjugado de substituições”. Durante algum tempo, esses dois
termos “grupo” e “sistema conjugado de substituições” foram utilizados. Contudo, em
1863, Jordan escreveu um comentário sobre o trabalho de Galois, em que usou o termo
“grupo”, e a partir de então esta expressão passou a ser a mais utilizada, embora o termo
“sistema conjugado de substituições” também tenha sido utilizado por alguns
autores até por volta de 1880. Tanto Galois como Cauchy definiam grupos somente em
termos da propriedade de fecha- mento, sem que aparecesse a associatividade e os
elementos neutro e inverso.

ii. Objectivos

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Geral:

 Compreender os conteúdos das unidades VII a XIV.

Específicos:

 Definir uma Aplicação Inversa;


 Determinar funções compostas.
 Definir uma Aplicação Identidade;
 Determinar funções restrições e funções Prolongamento.
 Definir uma operação binária e operação induzida;
 Mostrar que estruturas binárias são isomórficas;
 Mostrar que dadas estruturas binárias não são isomórficas.
 Definir um mónoide, semi – grupo e grupo;
 Resolver exercícios envolvendo mónoide, semi – grupo e grupo;
 Definir um Sub - grupos, sub - grupos cíclicos;
 Definir um Subgrupo cíclico;
 Enumerar e aplicar as propriedades elementares de grupos cíclicos.

iii. Metodologia

Para a realização deste trabalho, foram usados vários manuais, inclusive o modulo da cadeira.

1. Aplicação Inversa – Definição

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Seja a aplicaçãof : E → F. Por definicao, f e uma relacao de E emF com certas particularidades:

i) D( f )=E
ii) Todo x ∈ E tem imagem única f (x)∈ F

Seja f −1 a relação inversa de f . Pode acontecer que f −1 não seja uma aplicação de E em F.
Voltando aos exemplos do item anterior, temos:

1º) f ={(a , 1),( b ,2),(c ,3),(d , 4)}

f −1={(1 , a),(2, b) ,(3 , c),( 4 , d )}

f −1 não é aplicação de F em E, pois D( f )={1 , 2 ,3 , 4 }≠ F


−1

2º) f ={ ( a , 0 ) , ( b , 1 ) , ( c , 2 ) , ( d , 2 ) }

f −1={(0 , a) ,(1 ,b),(2 , c ),(2 , d )}

f −1 não é aplicação de F em E, pois (2 , c) ∈ D( f ) e(2 , d) ∈ D( f ), sendo c ≠ d.


−1 −1

O teorema seguinte estabelece em que condições f −1 é uma aplicação:

Teorema 1: Seja f : E → F uma aplicação. Uma condição necessária e suficiente para que f −1
seja uma aplicação de F em E é que f seja bijectiva.

Demonstração:

I. Provemos que, se f −1 é aplicação, então f é bijectiva.


a) Sejam x 1 , x 2 ∈ E, tais que f (x 1)= y =f ( x2 ). Então ( x 1 , y )∈ f e ( x 2 , y )∈ f e, daí, ( y , x 1)∈ f −1 e

( y , x 2)∈ f −1 . Como f −1 é aplicação, podemos escrever x1 = f -1(y) e x2 = f -1(y) e concluir, uma


vez que f −1 ( y )é único, que x 1=x 2. Está provado que f e injectiva.

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b) Seja y ∈ F. Como f −1 é aplicação de F em E, existe x ∈ E tal que f −1 ( y )=x e, portanto,
f (x)= y . Está provado que f é sobrejectiva.

II. Provemos que, se f é bijectiva, então f −1é aplicação.


a) Como f é sobrejectiva, dado y ∈ F, existe x ∈ E tal que f (x)= y e, portanto, ( y , x)∈ f −1. Está
provado que D( f −1 )= y .
b) Seja y ∈ F e suponhamos ( y , x 1)∈ f −1 e ( y , x 2)∈ f −1 . Então ( x 1 , y )∈ f e ( x 2, y )∈ f , ou
considerando que f é aplicação, f (x 1)= y=f (x 2). Como, porém, f é bijectiva, conclui-se dessas
igualdades que x 1=x 2. Isso mostra que, para cada y ∈ F, há um único elemento x tal que
( y , x)∈ f −1. De a) e b) segue que f −1 é uma aplicação de F em E.

Exemplo:
Já vimos que a aplicação f : R → R tal que f (x)=3 x – 1 bijectiva. Determinemos a aplicação f −1 ,
inversa de f .
x+ 1
f −1= {( y , x ) ∈ R 2|( x , y ) ∈ f }={ {( y , x ) ∈ R2| y=3 x−1 }={ {( x , y ) ∈ R2|x=3 y−1 }={( x , y )∈ R 2∨ y= }
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−1 x +1
Portanto, f −1 é aplicação de R para R dada pela lei f (x)=
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2. Aplicação Identidade. Restrição e Prolongamento de uma Aplicação e Aplicações


Monótonas
Definição 1. Dado E ≠ ∅, chama-se aplicação idêntica de E a aplicação :i E : E → E dada pela lei
i E ( x)=x, para todo x ∈ E.
Notemos que para cada E existe uma aplicação idêntica f E e ainda que, se E ≠ F, então i E ≠ i F , por
terem diferentes domínios.
Proposição 1: Se f : E → F é bijectiva, então:
fo f −1=i F e f −1 of =i E
Proposição 2: Se f : E → F e g : F → E, então
a) fo i E =f , i F of =f , go i F =g e i E og=g ;
b) Se gof =i E e fog=i F , então f e g são bijectivas e g=f −1 .

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2.1. Restrições e Prolongamentos de uma Aplicação

Definição 2. Seja f : E → F e seja A ⊂ E, com A ≠ ∅. Chama-se restrição de f ao subconjunto A


a aplicação f ∨ A : A → F, assim definida:
( f |A ) ( x ) =f ( x )
para todo x ∈ A
Definição 3. Seja f : E → F e sejam B⊃ E e C ⊃ F. Chama-se prolongamento de f ao conjunto B
toda aplicação g :B → C tal que g( x )=f ( x) para todox ∈ E.

Exemplos:
1
1º) Consideremos f : R ¿ → R dada por f ( x )=
x

Se A={2 , 4 , 6 , … },então f ∨ A= 2 ,({ 12 ) ,( 4 , 14 ) ,(6 , 16 ) , ⋯} é a restrição de f ao conjunto A.


A função g : R → R dada por g ( 0 )=1 e g ( x )=f (x), ∀ x ∈ R , é um prolongamento de f ao conjunto
¿

R.

2º) Consideremos f :C → R, dada por f ( x + yi )= √ x 2+ y 2.


Note que f associa a cada número complexo ao seu módulo.
Seja g : R → R+¿ ¿ dada por g ( x )=¿ x∨¿
Então g é a restrição de f ao conjunto R, pois, para todo x ∈ R, temos
f ( x )=f ( x+ 0i )= √ x 2 +02= √ x 2=|x|=g (x)

2.2. Aplicações Monótonas


Definição 4. Sejam E e F dois conjuntos parcialmente ordenados e seja f : E → F. Por
comodidade, indicamos com o mesmo símbolo (¿) as relações de ordem sobre E e sobre F, mas
pode não se tratar da mesma relação.
Dizemos que f é uma aplicação crescente em E se f(x) < f(x’) sempre que x < x’. Ou seja, f é
crescente se para quaisquer x , x’ ∈E com x < x’, valer f(x) < f(x’).
Definição 5. Uma aplicação f : E → F é dita aplicação estritamente monótona em E quando
satisfaz a uma das seguintes proposições:

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a) f é estritamente crescente, isto é, se x ≤ x’, então f(x) < f(x’) quaisquer que sejam x, x’∈ E
b) f estritamente decrescente, isto é: se x < x’, então f(x’)< f(x) quaisquer que sejam x, x’∈ E

Exemplos:
1º) A aplicação f : ℜ→ℜ dada por f (x)=2x é estritamente crescente, pois:
x < x ' ⇒2 x <2 x' , ∀ x , x ' ∈ R
2º) A aplicação g : R → R dada por g( x )=1 – x é estritamente decrescente, pois,
x < x ' ⇒−x ' ← x ⇒ 1−x ' <1−x ⇒ g ( x ' ) < g(x)

3. Operações, Homomorfismos – Isomorfismo, Monoides, Semigrupos e Grupos


3.1. Operações
São as operações e as propriedades partilhadas pelas operações que determinam as
estruturas algébricas. Recordemos então alguns aspectos das operações, que são casos
particulares de funções.
Uma operação binária sobre um conjunto A é uma função ∗ : A × A → A.
Assim, uma operação binária em A associa a cada par de elementos de A um outro
elemento de A.
Exemplo 1. A adição é uma operação em R, pois a soma de números reais é ainda um
número real.
Exemplo 2. Do mesmo modo, a adição é uma operação em N, Z, Q, R e C.

3.1.1. Propriedades das operações


Sejam ∗ e # operações sobre um conjunto A.
 Propriedade associativa: a operação ∗ é associativa se para todos x, y, z ∈ A, tem-
se: x ∗ (y ∗ z) = (x ∗ y) ∗ z.
 Propriedade comutativa: a operação ∗ é comutativa quando para todos x, y ∈ A,
tem-se: x ∗ y = y ∗ x.
 Elemento Neutro: a operação ∗ admite um elemento neutro e ∈ A se para todo x
∈ A tem-se: x ∗ e = x = e ∗ x.
 Elemento Inverso ou Simétrico: um elemento x de A tem um inverso segundo a

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operação ∗, quando existe x′ ∈ A tal que x ∗ x′ = e = x′ ∗ x, em que e é o elemento
neutro de A em relação à operação ∗.

Se o elemento tem um inverso (ou simétrico) ele é chamado de invertível (ou


simetrizável). Algumas vezes o elemento simétrico de um elemento segundo uma
operação de adição é chamado de oposto; e o elemento simétrico segundo uma
operação de multiplicação é chamado de inverso.

 Lei do Cancelamento: a lei do cancelamento vale para a operação ∗ se para


todos x, y, z ∈ A tem-se: x ∗ y = x ∗ z ⇒ y = z e y ∗ x = z ∗ x ⇒ y = z.
 Propriedade Distributiva: a operação # é distributiva em relação à operação ∗
quando, para todos x, y, z ∈ A, valem:
x#(y ∗ z) = (x#y) ∗ (x#z) e (y ∗ z)#x = (y#x) ∗ (z#x).

Exemplo 3. As operações usuais de adição e multiplicação de números reais são associativas


e comutativas.
Exemplo 4. A subtração sobre Z não é associativa nem comutativa, pois: (9 − 3) − 5 = 1
= 7 = 9 − (5 − 3) e 4 − 2 = 2 = −2 = 2 − 4.
Exemplo 5. A adição e a multiplicação de matrizes reais n × n
Consideraremos o conjunto dos números inteiros Z, com as suas operações usuais de
adição + e multiplicação · que satisfazem as propriedades:
Adição: Para todos a, b, c ∈ Z valem:
A1 Associatividade: a + (b + c) = (a + b) + c;
A2 Comutatividade: a + b = b + a;
A3 Elemento neutro: para todo a existe o 0 tal que a + 0 = 0 + a = a;
A4 Elemento oposto: para todo a existe −a ∈ Z tal que (−a) + a = a + (−a) =
0;
Multiplicação: Para todos a, b, c ∈ Z valem:
M1 Associatividade: a · (b · c) = (a · b) · c;
M2 Comutatividade: a · b = b · a;
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M3 Elemento neutro: para todo a existe o 1 tal que a · 1 = 1 · a = a;

M4 Multiplicação por zero: 0 · a = 0;


M5 Produto nulo: a · b = 0 ⇒ a = 0 ou b = 0;
M6 Regra do sinal: (−a) · b = a · (−b) = −(a · b) e (−a) · (−b) = a · b;

Distributividade e desigualdades: Para todos a, b, c ∈ Z valem:


D0 Distributividade: a · (b + c) = a · b + a · c;
D1 a < b ⇔ a + c < b + c;
D2 a < b e c > 0 ⇒ a · c < b · c;
D3 a < b e c < 0 ⇒ a · c > b · c.

3.2. Grupos
Definição 6. Um grupo é uma estrutura algébrica (G, ∗, e), em que G é um conjunto não
vazio, ∗ é uma operação binária em G e e é um elemento de G tal que:
(G1 ) para todos a, b, c ∈ G: a ∗ (b ∗ c) = (a ∗ b) ∗ c (Propriedade associativa)

(G2 ) o elemento e ∈ G é tal que para todo a ∈ G: a ∗ e = e ∗ a = a (Elemento neutro)


(G3 ) para todo a ∈ G, existe b ∈ G tal que: a ∗ b = e = b ∗ a (Elemento inverso).

Como vimos, como ∗ é uma operação em G, então é uma função ∗ : G × G → G, em


que ∗(a, b) = a ∗ b. Assim, se a, b ∈ G, então a ∗ b ∈ G e, naturalmente, vale a condição do
fechamento.

Desde que introduzimos um conceito, então vejamos muitos exem- plos de grupos.
Exemplo 1. (Z, +, 0), (Q, +, 0), (R, +, 0), (C, +, 0).
Estes são grupos aditivos sobre os respectivos conjuntos numéricos.
Exemplo 2. (Zn , +, 0). Ver as congruências módulo n, nas noções preliminares.

Exemplo 3. (R∗ , · , 1), (Q∗ , · , 1), (C∗ , · , 1).

Estes são grupos multiplicativos sobre os respectivos conjuntos numé- ricos. Temos, em
cada caso, de excluir o 0, pois este elemento, em cada conjunto, não tem o inverso para a
multiplicação.

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Definição 7. Um grupo (G, ∗, e) é finito quando G possui uma quantidade finita de
elementos.
Exemplo 2.4. ({1, −1}, · , 1), ({1, −1, i, −i}, · , 1) são exemplos de grupos finitos.

3.3. Subgrupos

Definição 8. Seja (G, ∗, e) um grupo. Um subgrupo de (G, ∗, e) é um grupo (H, ∗, eH ), em


que H ⊆ G, a operação ∗ é a mesma de (G, ∗, e).
Como já observamos, usualmente indicamos um grupo apenas pelo seu domínio.
Assim, escrevemos H < G para indicar que H é um subgrupo de G.

Exemplo 1. Se G é um grupo, então G < G e {e} < G são subgrupos de G. Estes


subgrupos são chamados subgrupos triviais de G.

Exemplo 2. Z < Q < R < C.

Exemplo 3. Q∗ < R∗ < C∗ .

Exemplo 4. R∗ não é um subgrupo de R, pois as operações são distintas: multiplicação e


adição, respectivamente.
Exemplo 5. Z2 não é um subgrupo de Z3 .
Proposição 1. Sejam (G, ∗, e) um grupo e H ⊆ G. Então H é um subgrupo de G se, e
somente se, as seguintes condições são satisfeitas:
(i) e ∈ H;
(ii) para todos a, b ∈ H, a ∗ b ∈ H;

(iii) para todo a ∈ H, a′ ∈ H.

3.4. Homomorfismo de grupos


Nessa seção estudamos algumas funções especiais definidas entre dois grupos para
investigar propriedades que podem ser preservadas de um grupo ao outro através
dessas funções.
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Definição 8. Sejam (G1 , #, u) e (G2 , ∗, e) grupos e f : G1 → G2 uma função. A função f
é um homomorfismo do grupo G1 no grupo G2 quando, para todos a, b ∈ G1 , vale f (a#b)
= f (a) ∗ f (b).
Para diversas outras estruturas algébricas temos os seus respectivos homomorfismos. A

condição da definição de homomorfismo nos indica que a função f é compatível com as


estruturas dos dois grupos.

Exemplo 1. A função identidade iG : G → G, em que iG (a) = a, para todo a ∈ G, é um


homomorfismo, pois iG (ab) = ab = iG (a)iG (b).
Exemplo 2. A função constante f : G1 → G2 , definida por f (a) = e, em que e é o
elemento neutro de G2 , é um homomorfismo de grupos, pois f (a#b) = e = e ∗ e = f (a) ∗ f
(b).
Exemplo 3. A função f : Z → Z definida por f (a) = na, em que n é um inteiro fixo, é um
homomorfismo, pois f (a + b) = n(a + b) = na + nb = f (a) + f (b).

Exemplo 4. A função f : Z → R∗ , dada por f (n) = 2n é um homo- morfismo, pois f (n

+ m) = 2n+m = 2n · 2m = f (n) · f (m).

3.5. Isomorfismo
Definição 2.26. Um isomorfismo de G em G é denominado um automorfismo de G.

Proposição 2.18. Se f : (G1 , #, u) → (G2 , ∗, e) é um isomorfismo então: (i) f −1 é um


isomorfismo;
(ii) G1 é abeliano se, e somente se, G2 é abeliano; (iii) G1 é cíclico se, e
somente se, G2 é cíclico;
(iv) Se a ∈ G e |a| está definida, então também |f (a)| está definida e |a| = |f (a)|;
(v) Se H < G1 , então f (H) < G2 ;
(vi) Se H > G1 , então f (H) > G2 .
Devemos observar que se dois grupos são isomorfos, então, do ponto de vista da teoria
dos grupos, eles não diferem um do outro, pois existe uma bijeção entre eles que
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preserva as estruturas dos grupos e identifica as suas propriedades.

4. Grupos cíclicos
Como é usual em ciência, a expressão cíclico indica que após um certo período, tudo se
repete.
Definição 9. Sejam (G, ·, e) um grupo multiplicativo, a ∈ G e n ∈ N. A potência de a é

definida recursivamente por: a0 = e, an+1 = an · a e os seus inversos são a′ = a−1 e (an )′

= (a−1 )n .

Com isso, definimos a potência de an , para todo n ∈ Z e muitas das regras usuais sobre
potências podem ser verificadas, isto é, para todos

inteiros m e n tem-se: (i) am · an = am+n (ii) (an )−1 = a−n (iii) (a−n )−1 = an (iv)

(am )n = amn .

Na notação aditiva, a · b significa a + b, a′ significa −a, e an significa, para n > 0, na = a +


a + ... + a, a soma com n parcelas de a; para n < 0, na = (−a) + (−a) + ... + (−a), a soma
com −n parcelas de −a e para n = 0, na = 0. Logo, ma + na = (m + n)a e n(ma) = (mn)a.

n
Definição 10. Sejam (G, ·, e) um grupo e a ∈ G. O conjunto gerado por a é ⟨a⟩ = {a : n ∈
Z}.

n ′
Como a0 = e, am · an = am+n = an · am , (am · an ) · ap = am · (an · ap ) e (a ) =

a−n , então (⟨a⟩ , ·, e) é um grupo abeliano.

Definição 11. O grupo (⟨a⟩ , ·, e) é denominado grupo cíclico gerado por a.


Na notação aditiva teríamos que ⟨a⟩ = {na : n ∈ Z}.

Exemplo 1. Seja G = Z. Então:


⟨1⟩ = {n.1 : n ∈ Z} = {n : n ∈ Z} = Z.
⟨−1⟩ = {n.(−1) : n ∈ Z} = {−n : n ∈ Z} = Z .

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⟨t⟩ = {n.t : n ∈ Z} é o conjunto dos inteiros múltiplos de t.
Diante disso, Z é um grupo cíclico e podemos tomar como gerador 1 ou −1.

Exemplo 2. Para n > 0 inteiro, Zn é um grupo cíclico gerado por 1.

Exemplo 3. O grupo Z6 pode ser gerado por 1 e 5.

3 = (1,
Exemplo 4. O grupo S3 não é cíclico pois (1, 2)2 = (1, 3)2 = (2, 3)2 = e e (1, 2, 3)

3, 2)3 = e. Logo, nenhum elemento gera S3 .

Exemplo 5. O grupo R∗ não é cíclico. Para verificar isso, suponha que sim, isto é, que existe
m
a ∈ R∗ tal que R∗ = ⟨a⟩. Considere então 2 = an e 3 = a e, a partir disso, chegue em um
absurdo.

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iv. Conclusão
Apos a conclusão do trabalho, pude perceber bastante acerca dos grupos, aplicações inversas,
homomorfismo, isomorfismos, entre outros, onde, vi que um subconjuntos não-vazio H de um
grupo G é um subgrupo de G se pelos seus axiomas.
Depois vi o conceito de um subgrupo gerado por um elemento a∈ G. Vi que a ordem do
elemento a ∈ G é a ordem do subgrupo < a >. Em seguida, vi que um grupo G é um grupo
cíclico se existe a ∈ G.

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v. Bibliografia
Domingues, H. H., & Iezzi, G. (1697). Algebra Moderna (4 ed.). Sao Paulo.

Mateus, P. (s.d.). Manual de Estruturas Algébrica e Teoria de Números. Beira: UCM.

Nascimento, M. C., & Feitosa, H. d. (2013). ESTRUTURAS ALGÉBRICAS. São Paulo:


Universidade Estadual Paulista.

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