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Cálculo Diferencial e Integral II

Rui F. Vigelis
rfvigelis@gmail.com

Universidade Federal do Ceará – UFC

Versão:
2022-05-12 14:44:19

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Ementa

Objetivos:
Continuação da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I.
Capacitar o aluno a identificar e enfrentar os problemas de
Engenharia que possam ser resolvidos com técnicas de Cálculo
Diferencial e Integral de uma variável.

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Cálculo II
Ementa

Frequência:
≥ 75%, que equivale a um máximo de 16 horas em faltas.

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Cálculo II
Ementa

Avaliação:
3 avaliações progressivas distribuídas durante o semestre.
Critério de aprovação:
Se 7 ≤ MAPs, o aluno é aprovado por média.
Se 4 ≤ MAPs < 7, o aluno faz a prova de avaliação final.
MAPs + NAF
Se 4 ≤ NAF e 5 ≤ MAF = , o aluno é aprovado.
2
Caso contrário, o aluno é reprovado.

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Cálculo II
Ementa

Bibliografia básica:
Leithold, Louis. O Cálculo com Geometria Analítica. Vol. 1,
3a. ed. São Paulo: Harbra, 2002.
Bibliografia complementar:
Stewart, James.Cálculo. Vol. 1, 8a. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2017.
Guidorizzi, Hamilton Luiz. Um Curso de Cálculo. Vol. 1, 6a. ed.
Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos, 2018.

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Cálculo II
Ementa

Conteúdo:
Seções 7.1 a 7.6, 8.1 a 8.4, 9.1 e 2.4 (AP1)
Seções 11.1–11.3, e capítulo 9 (AP2)
Capítulo 6 (AP3)

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Cálculo II
Funções inversas

Definição
Dizemos que uma função f é injetiva se cada número em sua imagem
corresponder exatamente a um número em seu domínio; ou seja, para
todos x1 , e x2 no domínio de f ,

se x1 ̸= x2 , então f (x1 ) ̸= f (x2 ),

ou, equivalentemente,

se f (x1 ) = f (x2 ), então x1 = x2 .

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Cálculo II
Funções inversas

Exemplo
(a) Prove que f (x) = 4x − 3 é injetiva.
(b) Prove que g (x) = 4 − x 2 não é injetiva.

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Cálculo II
Funções inversas

Teorema
Uma função que seja crescente ou decrescente em um intervalo é injetiva
no intervalo.

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Cálculo II
Funções inversas

Exemplo
Mostre que a função
2x + 3
f (x) =
x −1
é injetiva em cada um dos intervalos (−∞, 1) e (1, ∞).

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Cálculo II
Funções inversas

Definição
Se f for uma função injetiva, então existirá uma função f −1 , chamada de
inversa de f , tal que

x = f −1 (y ) se e somente se y = f (x).

O domínio de f −1 é a imagem de f e a imagem de f −1 é o domínio de f .

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Cálculo II
Funções inversas

Teorema
Se f for uma função injetiva tendo f −1 como sua inversa, então f −1 será
uma função injetiva tendo f como sua inversa. Além disso,

f −1 (f (x)) = x, para x no domínio de f ,

e
f (f −1 (y )) = y , para y no domínio de f −1 .

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Cálculo II
Funções inversas

Exemplo
Encontre a inversa da função
2x + 3
f (x) =
x −1

e verifique as igualdades f −1 (f (x)) = x e f (f −1 (y )) = y .


y +3
R.: f −1 (y ) = y −2 .

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Cálculo II
Funções inversas

Teorema
Suponha que o domínio da função f seja o intervalo fechado [a, b].
Então
(i) se f for contínua e crescente em [a, b], f terá uma inversa f −1 que
estará definida em [f (a), f (b)];
(ii) se f for contínua e decrescente em [a, b], f terá uma inversa f −1
que estará definida em [f (b), f (a)].

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Cálculo II
Teorema da Função Inversa

Teorema da Função Inversa


Vamos supor que a função f seja contínua e crescente (decrescente) no
intervalo fechado [a, b]. Seja f −1 sua inversa, que está definida em
[f (a), f (b)] (em [f (b), f (a)]). Então
(i) f −1 é crescente (decrescente), e
(ii) f −1 é contínua.

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Cálculo II
Derivada da função inversa

Teorema
Suponha que a função f seja monótona e contínua no intervalo fechado
[a, b], e seja x = f −1 (y ). Se f for derivável em [a, b], e se f ′ (x) ̸= 0 para
todo x ∈ [a, b], então a derivada da função inversa f −1 , definida por
x = f −1 (y ), será dada por

1
(f −1 )′ (y ) = ′ (f −1 (y ))
.
f

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Cálculo II
Derivada da função inversa

Exemplo

Verifique o teorema anterior para a função f (x) = x.

R.: (f −1 )′ (y ) = 2y .

Exemplo
Encontre a derivada da inversa da função
2x + 3
f (x) = ,
x −1
usando o teorema anterior.
R.: (f −1 )′ (y ) = − (y −2)
5
2.

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Cálculo II
Derivada da função inversa

Exemplo
Determine se a função
f (x) = x 3 + x
tem uma inversa. Se tiver, ache a derivada da função inversa em y = 2.

R.: (f −1 )′ (2) = 41 .

Exemplo
Determine se a função

f (x) = x 5 + 5x 3 + 2x − 4

tem uma inversa. Se tiver, ache a derivada da função inversa em y = 4.

R.: (f −1 )′ (4) = 1
22 .

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Cálculo II
A função logarítmica natural

Definição
A função logarítmica natural é a função definida por
Z x
1
ln(x) = dt, para x > 0.
1 t

Teorema
A função ln(x) tem derivada

d 1
ln(x) = , para x > 0.
dx x

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Cálculo II
A função logarítmica natural

Exemplo
Calcule a derivada f ′ (x) para:
(a) f (x) = ln(3x 2 − 6x + 8);
(b) f (x) = ln[(4x 2 + 3)(2x − 1)];
 x 
(c) f (x) = ln .
x +1
24x 2 −8x+6
R.: (a) f ′ (x) = 6x−6
3x 2 −6x+8 ; (b) f ′ (x) = (4x 2 +3)(2x−1) ; (c) f ′ (x) = 1
x(x+1) .

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Cálculo II
A função logarítmica natural

Teorema
Sejam a e b números reais positivos quaisquer, e r um número racional
qualquer. Então
(i) ln(1) = 0;
(ii) ln(a · b) = ln(a) + ln(b);
(iii) ln(a/b) = ln(a) − ln(b);
(iv) ln(ar ) = r ln(a).

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Cálculo II
A função logarítmica natural

Exemplo
Use as propriedades da função ln(·) para calcular a derivada f ′ (x) se
(a) f (x) = ln[(4x 2 + 3)(2x − 1)];
 x 
(b) f (x) = ln ;
x +1
(c) f (x) = ln[(2x − 1)3 ].
24x 2 −8x+6
R.: (a) f ′ (x) = (4x 2 +3)(2x−1) ; (b) f ′ (x) = 1
x(x+1) ; (c) f ′ (x) = 6
2x−1 .

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Cálculo II
Derivadas e integrais envolvendo ln(·)

Teorema
A função ln |x| tem derivada

d 1
ln |x| = , para x ̸= 0.
dx x

Teorema
A função 1/x tem primitiva
Z
1
dx = ln |x| + C .
x

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Cálculo II
Derivadas e integrais envolvendo ln(·)

Exemplo
Ache f ′ (x) se
(a) f (x) = ln |x 4 + x 3 |;
√3
x +1
(b) f (x) = √ .
(x + 2) x + 3
−7x 2 −23x−12
R.: (a) f ′ (x) = 4x+3
x 2 +x ; (b) f ′ (x) = 6(x+1)2/3 (x+2)2 (x+3)3/2
.

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Cálculo II
Derivadas e integrais envolvendo ln(·)

Exemplo
Calcule as integrais indefinidas:
x2
Z
(a) dx;
x3 + 1
Z 2
x +2
(b) dx;
x +1
Z
ln x
(c) dx.
x
1
R.: (a) 3 ln |x 3 + 1| + C ; (b) 12 x 2 − x + 3 ln |x + 1| + C ; (c) 12 (ln x)2 + C .

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Cálculo II
Derivadas e integrais envolvendo ln(·)

Teorema
Z
(i) tg xdx = ln | sec x| + C ;
Z
(ii) cotg xdx = − ln | cosec x| + C ;
Z
(iii) sec xdx = ln | sec x + tg x| + C ;
Z
(iv) cosec xdx = ln | cosec x − cotg x| + C .

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Cálculo II
Derivadas e integrais envolvendo ln(·)

Exemplo
Calcule Z π/6
(cosec 4x − cotg 4x)dx.
π/8

1
R.: 4 ln(2).

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Cálculo II
A função exponencial natural

Definição
A função exponencial natural é a inversa da função logarítmica
natural; assim sendo, ela é definida por

exp(x) = y se e somente se x = ln y .

Definição
Se a for um número positivo qualquer e x for um número real qualquer,
definimos
ax = exp(x ln a).

Teorema
Se a for um número positivo qualquer e x um número real qualquer,
então
ln ax = x ln a.

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Cálculo II
A função exponencial natural

Definição
O número e é definido pela fórmula

e = exp 1.

Teorema
ln e = 1.

Teorema
Para todos os valores de x,

exp(x) = e x .

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Cálculo II
A função exponencial natural

Teorema
Se a e b forem números reais quaisquer, então
(i) e 0 = 1;
(ii) e a · e b = e a+b ;
(iii) e a /e b = e a−b ;
(iv) (e a )b = e ab .

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Cálculo II
A função exponencial natural

Teorema
A função e x tem derivada

d x
e = e x , para x ∈ R.
dx

Teorema
A função e x tem primitiva
Z
e x dx = e x + C .

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Cálculo II
A função exponencial natural

Exemplo
2
Ache dy /dx se y = e 1/x .
1/x 2
R.: −2 e x 3 .

Exemplo
Ache dy /dx se y = e 2x+ln x .

R.: e 2x + 2xe 2x .
Exemplo
Ache √
e x
Z
√ dx.
x

x
R.: 2e + C.

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Cálculo II
Outras funções exponenciais e logarítmicas

Definição
Se a for um número real positivo qualquer e x for qualquer número real,
então a função f definida por

f (x) = ax

será chamada de função exponencial de base a.

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Cálculo II
Outras funções exponenciais e logarítmicas

Teorema
Se a for um número real positivo qualquer,

d x
a = ax ln a, para x ∈ R.
dx

Teorema
Se a for qualquer número real positivo diferente de 1,

ax
Z
ax dx = + C.
ln a

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Cálculo II
Outras funções exponenciais e logarítmicas

Exemplo
2
Se y = 3x , calcule dy /dx.
2
R.: 2(ln 3)x3x .

Exemplo
Calcule Z √
103x dx.

2

R.: 3 ln 10 103x + C .

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Cálculo II
Outras funções exponenciais e logarítmicas

Definição
Se a for um número positivo qualquer diferente de 1, a função
logarítmica de base a será a inversa da função exponencial de base a;
escrevemos
y = loga x se e somente se ay = x.

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Cálculo II
Outras funções exponenciais e logarítmicas

Teorema
Se a for um número real positivo qualquer,

d 1
loga x = , para x > 0.
dx (ln a)x

Teorema
Se n for um número real qualquer e a função f for definida por
f (x) = x n , para todo x > 0, então

f ′ (x) = nx n−1 .

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Cálculo II
Outras funções exponenciais e logarítmicas

Exemplo
x +1
Ache dy /dx se y = log10
x2 + 1
1 1−2x−x 2
R.: ln(10) (x+1)(x 2 +1) .

Exemplo
Ache dy /dx se y = x x , em que x > 0.

R.: (1 + ln x)x x .

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Cálculo II
Funções trigonométricas inversas

Definição
A função inversa do seno, denotada por sen−1 (·) ou arcsen(·), é assim
definida:
π π
y = sen−1 (x) se e somente se x = sen(y ) e − ≤y ≤ .
2 2

Definição
A função inversa do cosseno, denotada por cos−1 (·) ou arccos(·), é
assim definida:

y = cos−1 (x) se e somente se x = cos(y ) e 0 ≤ y ≤ π.

A funções inversas sen−1 (·) e cos−1 (·) satisfazem a relação


π
cos−1 (x) = − sen−1 (x), para |x| ≤ 1.
2

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Cálculo II
Funções trigonométricas inversas

Definição
A função inversa da tangente, denotada por tg−1 (·) ou arctg(·), é
definida da seguinte forma:
π π
y = tg−1 (x) se e somente se x = tg(y ) e − <y < .
2 2

Definição
A função inversa da cotangente, denotada por cotg−1 (·) ou arccotg(·),
é definida por

y = cotg−1 (x) se e somente se x = cotg(y ) e 0 < y < π.

A funções inversas tg−1 (·) e cotg−1 (·) satisfazem a relação


π
cotg−1 (x) = − tg−1 (x), para x ∈ R.
2

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Cálculo II
Funções trigonométricas inversas

Definição
A função inversa da secante, denotada por sec−1 (·) ou arcsec(·), é
definida da seguinte forma:

0 ≤ y < 21 π, se x ≥ 1,

−1
y = sec (x) se e somente se x = sec(y ) e
π ≤ y < 32 π, se x ≤ −1.

Definição
A função inversa da cossecante, denotada por cosec−1 (·) ou
arccosec(·), é definida por

0 < y ≤ 12 π,

se x ≥ 1,
y = cosec−1 (x) ⇔ x = cosec(y ) e
−π < y ≤ − 21 π, se x ≤ −1.

A funções inversas sec−1 (·) e cosec−1 (·) satisfazem a relação


π
cosec−1 (x) = − sec−1 (x), para |x| ≥ 1.
2
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Cálculo II
Derivadas das funções trigonométricas inversas

Teorema
d 1
(i) sen−1 (x) = √ ;
dx 1 − x2
d 1
(ii) cos−1 (x) = − √ ;
dx 1 − x2
d −1 1
(iii) tg (x) = ;
dx 1 + x2
d 1
(iv) cotg−1 (x) = − ;
dx 1 + x2
d 1
(v) sec−1 (x) = √ ;
dx x x2 − 1
d 1
(vi) cosec−1 (x) = − √ .
dx x x2 − 1

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Cálculo II
Derivadas das funções trigonométricas inversas

Exemplo
Ache dy /dx se
(a) y = sen−1 (x 2 );
 1 
(b) y = tg−1 ;
x +1
(c) y = x 3 cotg−1 ( 31 x);
(d) y = sec−1 (3e x );
1
(e) y = x cosec−1 .
x
−1 3x 3
R.: (a) √ 2x ;
1−x 4
(b) x 2 +2x+2 ; (c) 3x 2 cotg−1 ( 13 x) − 9+x 2 ; (d) √ 1
9e 2x −1
;
−1 1 |x|
(e) cosec ( x ) + √
1−x 2
.

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Cálculo II
Integrais que resultam em funções trigonométricas inversas

Teorema
Z
1
(i) √ dx = sen−1 (x) + C ;
1 − x2
Z
1
(ii) dx = tg−1 (x) + C ;
1 + x2
Z
1
(iii) √ dx = sec−1 (x) + C .
x x2 − 1

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Cálculo II
Integrais que resultam em funções trigonométricas inversas

Teorema
Z
1 x 
(i) √ dx = sen−1 + C , em que a > 0;
a2 − x 2 a
Z
1 1 −1  x 
(ii) dx = tg + C , em que a ̸= 0;
a2 + x 2 a a
Z
1 1 x 
(iii) √ dx = sec−1 + C , em que a > 0.
x x 2 − a2 a a

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Cálculo II
Integrais que resultam em funções trigonométricas inversas

Exemplo
Calcule:
Z
1
(a) √ dx;
4 − 9x 2
Z
1
(b) 2
dx;
3x − 2x + 5
Z
2x + 7
(c) dx;
x 2 + 2x + 5
Z
3
(d) √ dx.
(x + 2) x 2 + 4x + 3

R.: (a) 13 sen−1 ( 3x


2 ) + C ; (b)
√1 tg−1 ( 3x−1
14

14
) + C;
(c) ln |x + 2x + 5| + 2 tg ( 2 ) + C ; (d) 3 sec−1 (x + 2) + C .
2 5 −1 x+1

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Cálculo II
Funções hiperbólicas

Definição
A função seno hiperbólico é definida por

e x − e −x
senh(x) = .
2

O domínio e a imagem são o conjunto de todos os números reais.

Definição
A função cosseno hiperbólico é definida por

e x + e −x
cosh(x) = .
2

O domínio é o conjunto de todos os números reais e a imagem é o


conjunto de todos os números no intervalo [1, ∞).

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Cálculo II
Funções hiperbólicas

O seno hiperbólico é uma função ímpar e o cosseno hiperbólico é uma


função par:

senh(−x) = − senh(x), cosh(−x) = cosh(x).

Teorema
d
(i) senh(x) = cosh(x);
dx
d
(ii) cosh(x) = senh(x).
dx

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Cálculo II
Funções hiperbólicas

Definição
As funções tangente, cotangente, secante e cossecante
hiperbólicas são definidas da seguinte forma:

senh(x)
tgh(x) = ;
cosh(x)
cosh(x)
cotgh(x) = ;
senh(x)
1
sech(x) = ;
cosh(x)
1
cosech(x) = .
senh(x)

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Cálculo II
Funções hiperbólicas

As funções hiperbólicas satisfazem às identidades:

1
tgh(x) = ,
cotgh(x)
cosh2 (x) − senh2 (x) = 1,
1 − tgh2 (x) = sech2 (x),
1 − cotgh2 (x) = − cosech2 (x),

e
senh(x + y ) = senh(x) cosh(y ) + cosh(x) senh(y ),
cosh(x + y ) = cosh(x) cosh(y ) + senh(x) senh(y ).

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Cálculo II
Funções hiperbólicas

Teorema
d
(i) tgh(x) = sech2 (x);
dx
d
(ii) cotgh(x) = − cosech2 (x);
dx
d
(iii) sech(x) = − sech(x) tgh(x);
dx
d
(iv) cosech(x) = − cosech(x) cotgh(x).
dx

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Cálculo II
Funções hiperbólicas

Exemplo
Ache dy /dx para:
(a) y = tgh(1 − x 2 );
(b) y = ln(senh x).

R.: (a); −2x sech2 (1 − x 2 ); (b) cotgh x.

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Cálculo II
Funções hiperbólicas

Teorema
Z
(i) senh(x)dx = cosh(x) + C ;
Z
(ii) cosh(x)dx = senh(x) + C ;
Z
(iii) sech2 (x)dx = tgh(x) + C ;
Z
(iv) cosech2 (x)dx = − cotgh(x) + C ;
Z
(v) sech(x) tgh(x)dx = − sech(x) + C ;
Z
(vi) cosech(x) cotgh(x)dx = − cosech(x) + C .

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Cálculo II
Funções hiperbólicas

Exemplo
Calcule:
Z
(a) senh(x) cosh2 (x)dx;
Z
(b) tgh2 (x)dx.

R.: (a); 1
3 cosh3 x + C ; (b) x − tgh x + C .

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Cálculo II
Integração por partes

Se f e g são funções diferenciáveis, então vale a fórmula de integração


por partes:
Z Z
f (x)g ′ (x)dx = f (x)g (x) − f ′ (x)g (x)dx.

Denotando u = f (x) e v = g (x), obtemos du = f ′ (x)dx e dv = g ′ (x)dx,


e assim podemos escrever
Z Z
udv = uv − vdu.

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Cálculo II
Integração por partes

Exemplo
Calcule:
Z
(a) x ln(x)dx;
Z
2
(b) x 3 e x dx;
Z
(c) x cos(x)dx.

2 2
R.: (a) 12 x 2 ln(x) − 41 x 2 + C ; (b) 12 x 2 e x − 12 e x + C ;
(c) x sen(x) + cos(x) + C .

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Cálculo II
Integração por partes

Exemplo
Calcule:
Z
(a) x 2 e x dx;
Z
(b) tg−1 (x)dx;
Z
(c) e x sen(x)dx.

R.: (a) x 2 e x − 2xe x + 2e x + C ; (b) x tg−1 (x) − 1


2 ln(1 + x 2 ) + C ;
(c) 12 e x [sen(x) − cos(x)] + C .

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Cálculo II
Limites infinitos

Definição
Seja f uma função definida num intervalo aberto I contendo a, exceto
possivelmente no próprio a. A função f (x) cresce indefinidamente, com x
tendendo a a, o que denotamos por

lim f (x) = ∞,
x→a

se, para todo N > 0, existir δ > 0 tal que

se 0 < |x − a| < δ, então f (x) > N.

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Cálculo II
Limites infinitos

Definição
Seja f uma função definida num intervalo aberto I contendo a, exceto
possivelmente no próprio a. A função f (x) decresce indefinidamente, com
x tendendo a a, o que denotamos por

lim f (x) = −∞,


x→a

se, para todo N < 0, existir δ > 0 tal que

se 0 < |x − a| < δ, então f (x) < N.

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Cálculo II
Limites infinitos

Definição
Seja f uma função definida num intervalo (a, c). A função f (x) cresce
indefinidamente, com x tendendo a a pela direita, o que denotamos por

lim f (x) = ∞,
x→a+

se, para todo N > 0, existir δ > 0 tal que

se 0 < x − a < δ, então f (x) > N.

Os limites lim− f (x) = ∞, lim+ f (x) = −∞ e lim− f (x) = −∞ são


x→a x→a x→a
definidos analogamente.

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Cálculo II
Limites infinitos

Exemplo
Usando a definição de limite, mostre:
2x
(a) lim+ = ∞;
x→1 x − 1
2x
(b) lim− = −∞.
x→1 x − 1

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Cálculo II
Limites infinitos

Teorema
Se r for um inteiro positivo qualquer, então
1
(i) lim+ r = ∞;
x→0 x
(
1 ∞, se r for par,
(ii) lim r =
x→0− x −∞, se r for ímpar.

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Cálculo II
Limites infinitos

Teorema
Se limx→a f (x) = c e limx→a g (x) = ±∞, onde c é uma constante
qualquer, então
lim [f (x) + g (x)] = ±∞.
x→a

O teorema também será válido se “x → a” for substituído por “x → a+ ”


ou “x → a− ”.

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Cálculo II
Limites infinitos

Teorema
Se limx→a f (x) = c e limx→a g (x) = ±∞, onde c é uma constante
qualquer, então
(i) se c > 0,
lim [f (x) · g (x)] = ±∞;
x→a

(ii) se c < 0,
lim [f (x) · g (x)] = ∓∞.
x→a

O teorema também será válido se “x → a” for substituído por “x → a+ ”


ou “x → a− ”.

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Cálculo II
Limites infinitos

Teorema
Se a for um número real qualquer e se limx→a f (x) = c e
limx→a g (x) = 0, onde c é uma constante não nula, então
(i) se c > 0 e se g (x) → 0 por valores positivos de g (x),

f (x)
lim = ∞;
x→a g (x)

(ii) se c > 0 e se g (x) → 0 por valores negativos de g (x),

f (x)
lim = −∞;
x→a g (x)

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Cálculo II
Limites infinitos

Teorema
(iii) se c < 0 e se g (x) → 0 por valores positivos de g (x),

f (x)
lim = −∞;
x→a g (x)

(iv) se c < 0 e se g (x) → 0 por valores negativos de g (x),

f (x)
lim = ∞;
x→a g (x)

O teorema também será válido se “x → a” for substituído por “x → a+ ”


ou “x → a− ”.

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Cálculo II
Limites infinitos

Exemplo
Mostre:
2x
(a) lim+ = ∞;
x→1 x −1
2x
(b) lim− = −∞.
x→1 x − 1

Exemplo
Encontre os seguintes limites:
x2 + x + 2
(a) lim+ 2 ;
x→3 x − 2x − 3
x2 + x + 2
(b) lim− 2 .
x→3 x − 2x − 3

R.: (a) ∞; (b) −∞.

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Cálculo II
Limites infinitos

Exemplo
Calcule os seguintes limites:

x2 − 4
(a) lim+ ;
x→2 x −2

4 − x2
(b) lim− .
x→2 x −2

R.: (a) ∞; (b) −∞.

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Cálculo II
Integração de potências de seno e cosseno

Z Z
n
Caso 1: sen (x)dx ou cosn (x)dx, em que n é um número inteiro
ímpar.

Exemplo
Calcule:
Z
(a) cos3 (x)dx;
Z
(b) sen5 (x)dx.

R.: (a) sen(x) − 31 sen3 (x) + C ; (b) − cos(x) + 23 cos3 (x) − 51 cos5 (x) + C .

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Cálculo II
Integração de potências de seno e cosseno

Z
Caso 2: senn (x) cosm (x)dx, em que pelo menos um dos expoentes é
ímpar.

Exemplo
Calcule:
Z
(a) sen3 (x) cos3 (x)dx;
Z
(b) sen3 (x) cos4 (x)dx.

1 1
R.: (a) 6 cos6 (x) − 4 cos4 (x) + C ; (b) − 15 cos5 (x) + 1
7 cos7 (x) + C .

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Cálculo II
Integração de potências de seno e cosseno

Z Z
Caso 3: senn (x)dx ou cosn (x)dx, em que n é um número inteiro
par.
Usaremos as seguintes relações trigonométricas:

1 − cos(2x) 1 + cos(2x)
sen2 (x) = , cos2 (x) = .
2 2

Exemplo
Calcule:
Z
(a) sen2 (x)dx;
Z
(b) sen4 (x)dx.

R.: (a) 12 x − 1
4 sen(2x) + C ; (b) 38 x − 1
4 sen(2x) + 1
32 sen(4x) + C .

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Cálculo II
Integração de potências de seno e cosseno

Z
Caso 4: senn (x) cosm (x)dx, em que ambos m e n são pares.
A solução deste caso é semelhante à do Caso 3.

Exemplo
Calcule:
Z
(a) sen2 (x) cos4 (x)dx;
Z
(b) sen4 (x) cos4 (x)dx.

1 1 1
R.: (a) 16 x + 48 sen3 (2x) − 64 sen(4x) + C ;
1 1 1
(b) 128 3x − 128 sen(4x) + 1024 sen(8x) + C .

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Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Z Z
Caso 1: tgn (x)dx ou cotgn (x)dx, em que n é um número inteiro
positivo.
Usaremos:

tgn (x) = tgn−2 (x) tg2 (x)


= tgn−2 (x)(sec2 (x) − 1),

cotgn (x) = cotgn−2 (x) cotg2 (x)


= cotgn−2 (x)(cosec2 (x) − 1).

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Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Exemplo
Calcule:
Z
(a) tg3 (x)dx;
Z
(b) cotg4 (3x)dx.

R.: (a) 12 tg2 (x) + ln | cos(x)| + C ;


(b) − 91 cotg3 (3x) + 13 cotg(3x) + x + C .

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Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Z Z
Caso 2: secn (x)dx ou cosecn (x)dx, em que n é um número inteiro
par positivo.
Usaremos:

secn (x) = secn−2 (x) sec2 (x)


= (tg2 (x) + 1)(n−2)/2 sec2 (x),

cosecn (x) = cosecn−2 (x) cosec2 (x)


= (cotg2 (x) + 1)(n−2)/2 cosec2 (x).

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Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Exemplo
Calcule: Z
cosec6 (x)dx.

R.: − 51 cotg5 (x) − 2


3 cotg3 (x) − cotg(x) + C .

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Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Z Z
Caso 3: secn (x)dx ou cosecn (x)dx, em que n é um número inteiro
ímpar positivo.
Usaremos integração por partes com

u = secn−2 (x),
dv = sec2 (x)dx,

ou

u = cosecn−2 (x),
dv = cosec2 (x)dx.

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Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Exemplo
Calcule: Z
sec3 (x)dx.

1 1
R.: 2 sec(x) tg(x) + 2 ln | sec(x) + tg(x)| + C .

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Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Z Z
Caso 4: tgm (x) secn (x)dx ou cotgm (x) cosecn (x)dx, em que n é
um número inteiro par positivo.
Usaremos:

tgm (x) secn (x) = tgm (x) secn−2 (x) sec2 (x)
= tgm (x)(tg2 (x) + 1)(n−2)/2 sec2 (x),

cotgm (x) cosecn (x) = cotgm (x) cosecn−2 (x) cosec2 (x)
= cotgm (x)(cotg2 (x) + 1)(n−2)/2 cosec2 (x).

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Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Exemplo
Calcule: Z
tg5 (x) sec4 (x)dx.

1 1
R.: 8 tg8 (x) + 6 tg6 (x) + C .

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Z Z
Caso 5: tgm (x) secn (x)dx ou cotgm (x) cosecn (x)dx, em que m é
um número inteiro impar positivo.
Usaremos:

tgm (x) secn (x) = tgm−1 (x) secn−1 (x) sec(x) tg(x)
= (sec2 (x) − 1)(m−1)/2 secn−1 (x) sec(x) tg(x)

cotgm (x) cosecn (x) = cotgm−1 (x) cosecn−1 (x) cosec(x) cotg(x)
= (cosec2 (x) − 1)(m−1)/2 cosecn−1 (x) cosec(x) cotg(x).

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Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Exemplo
Calcule: Z
tg5 (x) sec7 (x)dx.

1 2 1
R.: 11 sec11 (x) − 9 sec9 (x) + 7 sec7 (x) + C .

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Cálculo II
Integração de potências de tg(·), cotg(·), sec(·) e cosec(·)

Z Z
m n
Caso 6: tg (x) sec (x)dx ou cotgm (x) cosecn (x)dx, em que m é
um número inteiro par positivo, e n é um número inteiro ímpar positivo.
Expressamos o integrando em termos de potências ímpares de
secante ou cossecante

Exemplo
Calcule: Z
tg2 (x) sec3 (x)dx.

1 1 1
R.: 4 sec3 (x) tg(x) − 8 sec(x) tg(x) − 8 ln | sec(x) + tg(x)| + C .

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Cálculo II
Integração por substituição trigonométrica


Caso 1: O integrando contém uma expressão da forma a2 − x 2 , em
que a > 0.
Usaremos a mudança de variáveis x = a sen(θ), com θ ∈ (− π2 , π2 ).
Como cos(θ) > 0 para θ ∈ (− π2 , π2 ), podemos escrever
p p
a2 − x 2 = a2 − (a sen(θ))2
p
= a2 (1 − sen2 (θ))
p
= a2 cos2 (θ)
= a cos(θ).

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Cálculo II
Integração por substituição trigonométrica

Exemplo
Calcule:√
9 − x2
Z
(a) dx;
x2
Z p
(b) 1 − x 2 dx.

9−x 2

R.: (a) − sen−1 ( x3 ) − x + C ; (b) 1
2 sen−1 (x) + 21 x 1 − x 2 + C .

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Cálculo II
Integração por substituição trigonométrica


Caso 2: O integrando contém uma expressão da forma a2 + x 2 , em
que a > 0.
Usaremos a mudança de variáveis x = a tg(θ), com θ ∈ (− π2 , π2 ).
Como sec(θ) > 0 para θ ∈ (− π2 , π2 ), podemos escrever
p p
a2 + x 2 = a2 + (a tg(θ))2
q
= a2 (1 + tg2 (θ))
p
= a2 sec2 (θ)
= a sec(θ).

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Cálculo II
Integração por substituição trigonométrica

Exemplo
Calcule:
Z p
(a) x 2 + 5dx;
Z
2
(b) √ dx.
4
x x + 25
√ √ √ 4
R.: (a) 12 x x 2 + 5 + 25 ln |x + x 2 + 5| + C ; (b) 1
5 ln x +25−5
x2
+ C.

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Cálculo II
Integração por substituição trigonométrica


Caso 3: O integrando contém uma expressão da forma x 2 − a2 , em
que a > 0.
Usaremos a mudança de variáveis x = a sec(θ), com
θ ∈ (0, π2 ) ∪ (π, 3π
2 ).
Como tg(θ) > 0 para θ ∈ (0, π2 ) ∪ (π, 3π
2 ), podemos escrever
p p
x 2 − a2 = (a sec(θ))2 − a2
p
= a2 (sec2 (θ) − 1)
q
= a2 tg2 (θ)
= a tg(θ).

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Cálculo II
Integração por substituição trigonométrica

Exemplo
Calcule:
Z
1
(a) √ dx;
x x2 − 9
3
Z
1
(b) √ dx;
2
x − 25
Z
1
(c) dx.
(6 − x 2 )3/2

x 2 −9

1
R.: (a) 54 sec−1 ( x3 ) + 1
18 x2 + C ; (b) ln |x + x 2 − 25| + C ;
1√ x
(c) 6 6−x 2 + C .

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Para calcularmos integrais de funções racionais, ou seja, integrais na


forma
Z
P(x)
dx,
Q(x)

em que P(x) e Q(x) são polinômios, usaremos divisão de


polinômios e expansão em frações parciais.

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Dividindo P(x) por Q(x), podemos escrever

P(x) = A(x)Q(x) + R(x),

em que A(x) e R(x) são polinômios, e o grau de R(x) é menor que


o grau de Q(x).
Se o grau de P(x) é menor que o grau de Q(x), então A(x) = 0 e
não é necessário realizar o procedimo de divisão de polinômios.
Como resultado da divisão, temos
Z Z Z
P(x) R(x)
dx = A(x)dx + dx.
Q(x) Q(x)

A integral envolvendo o polinômio A(x) é facilmente calculada. Já


para calcularmos a integral de R(x)/Q(x), usaremos a técnica de
expansão em frações parciais.

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Exemplo
Realize a divisão de P(x) por Q(x) para
(a) P(x) = x 4 − 10x 2 + 3x + 1, Q(x) = x 2 − 4;
(b) P(x) = x 5 − x 2 + 10x + 1, Q(x) = x 3 − 3x + 1;
(c) P(x) = x 6 − 3x, Q(x) = x 3 + 1;
(d) P(x) = x 7 , Q(x) = x 2 − 1;

R.: (a) A(x) = x 2 − 6, R(x) = 3x − 23; (b) A(x) = x 2 + 3,


R(x) = −2x 2 + 19x − 2; (c) A(x) = x 3 − 1, R(x) = −3x + 1;
(d) A(x) = x 5 + x 3 + x, R(x) = x.

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Consideremos a fatoração

Q(x) = a(x − r1 )l1 (x − r2 )l2 · · · (x − rn )ln


· (x 2 + b1 x + c1 )p1 (x 2 + b2 x + c2 )p2 · · · (x 2 + bm x + cm )pm ,

em que
a ∈ R;
(x − ri )li corresponde à raiz real ri ∈ R de multiplicidade li ∈ N;
(x 2 + bi x + ci )pi é um termo quadrático irredutível (bi2 − 4ci < 0) de
multiplicidade pi ∈ N.
Acima assumimos que as raízes reais são distintas assim como os
termos quadráticos, i.e.,
ri ̸= rj para i ̸= j, e
(bi , ci ) ̸= (bj , cj ) para i ̸= j.

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Se o grau do polinômio P(x) é menor que o grau do polinômio


Q(x), então podemos escrever

1 l n l
P(x) X A1,i X An,i
= + · · · +
Q(x) (x − r1 )i (x − rn )i
i=1 i=1
p1 pm
X B1,i x + C1,i X Bm,i x + Cm,i
+ 2
+ ··· + ,
(x + b1 x + c1 )i (x 2 + bm x + cm )i
i=1 i=1

em que Ak,i , Bk,i , Ck,i ∈ R são constantes.


Usaremos as notações:
Ak = Ak,1 se lk = 1, e
Bk = Bk,1 e Ck = Ck,1 se pk = 1.

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Caso 1: As raízes de Q(x) são todas reais com multiplicidade 1.


Neste caso, a expansão em frações parciais é dada por

P(x) A1 A2 An
= + + ··· + .
Q(x) (x − r1 ) (x − r2 ) (x − rn )

As constantes Ai podem ser encontradas usando a fórmula


h P(x) i
Ai = lim (x − ri ) .
x→ri Q(x)

Alternativamente, podemos encontrar as contantes Ai desenvolvendo


a expansão em frações parciais e comparando os coeficientes dos
polinômios envolvidos.

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Exemplo
Calcule
x2
Z
dx.
x2 + x − 6
4 9
R.: x + 5 ln |x − 2| − 5 ln |x + 3| + C .

Exemplo
Calcule Z
1
dx, para a > 0.
x 2 − a2
1
R.: 2a ln | x−a
x+a | + C .

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Exemplo
Calcule
4x − 11
Z
dx.
2x 2 + 7x − 4

R.: 3 ln |x + 4| − ln |x − 21 | + C .

Exemplo
Calcule
x −1
Z
dx.
x 3 − x 2 − 2x
1 1 2
R.: 2 ln |x| + 6 ln |x − 2| − 3 ln |x + 1| + C .

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Caso 2: As raízes de Q(x) são todas reais com multiplicidade não


necessariamente igual a 1.
Neste caso, a expansão em frações parciais é dada por
1 l n l
P(x) X A1,i X An,i
= i
+ · · · + .
Q(x) (x − r1 ) (x − rn )i
i=1 i=1

As constantes Ak,i podem ser encontradas usando a fórmula

d lk −i
 
1 lk P(x)
Ak,i = lim (x − rk ) .
x→rk (lk − i)! dx lk −i Q(x)

Alternativamente, podemos encontrar as contantes Ak,i


desenvolvendo a expansão em frações parciais e comparando os
coeficientes dos polinômios envolvidos.

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Exemplo
Calcule:
Z
1
(a) dx;
x + 3x 2
3

3x 2 − x + 1
Z
(b) dx;
x3 − x2
x 2 − 3x − 7
Z
(c) dx;
(2x + 3)(x + 1)2
Z
1
(d) dx.
x 2 (x + 1)2

R.: (a) − 19 ln |x| − 13 x1 + 19 ln |x + 3| + C ; (b) 3 ln |x − 1| + 1


x + C;
(c) − 12 ln |x + 32 | + ln |x + 1| + 3 x+1
1
+ C;
1 1
(d) −2 ln |x| − x + 2 ln |x + 1| − x+1 + C.

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Caso 3: Na fatoração do polinômio Q(x), todos os termos quadráticos


irredutíveis têm multiplicidade 1.
Neste caso, a expansão em frações parciais é dada por

1 l n l
P(x) X A1,i X An,i
= + · · · +
Q(x) (x − r1 )i (x − rn )i
i=1 i=1
B1 x + C1 Bm x + Cm
+ 2 + ··· + 2 ,
x + b1 x + c1 x + bm x + c m
As constantes Ak,i são encontradas como no caso 2.
Determinamos as contantes Bk e Ck desenvolvendo a expansão em
frações parciais e comparando os coeficientes dos polinômios
envolvidos.

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Exemplo
Calcule:
x2 + x
Z
(a) dx;
x 2 − 2x − 3
Z
x3 − x2 + x − 1
(d) dx;
(x − 1)(x 2 + 2x + 2)
Z
1
(b) dx;
2x 3 + x
Z
1
Z (e) dx.
1 x3 + x2 + x
(c) 4
dx;
16x − 1

R.: (a) ln |x − 1| + tg−1 (x) + C ; (b) ln |x| − 12 ln |x 2 + 12 | + C ;


(c) 81 ln |x − 21 | − 18 ln |x + 12 | − 14 tg−1 (2x);
(d) 109
ln |x 2 + 2x + 2| − 52 tg−1 (x + 1) − 45 ln |x − 1| + C ;
(e) ln |x| − 12 ln |x 2 + x + 1| − √13 tg−1 2x+1 √
3
+ C.

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Caso 4: Na fatoração do polinômio Q(x), existem termos quadráticos


irredutíveis com multiplicidade não necessariamente igual a 1.
Neste caso, a expansão em frações parciais é dada por

1 l n l
P(x) X A1,i X An,i
= + · · · +
Q(x) (x − r1 )i (x − rn )i
i=1 i=1
p1 pm
X B1,i x + C1,i X Bm,i x + Cm,i
+ 2
+ ··· +
(x + b1 x + c1 )i (x 2 + bm x + cm )i
i=1 i=1

As constantes Ak,i são encontradas como no caso 2.


Determinamos as contantes Bk,i e Ck,i desenvolvendo a expansão
em frações parciais e comparando os coeficientes dos polinômios
envolvidos.

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Cálculo II
Integração de funções racionais por frações parciais

Exemplo
Calcule
x −2
Z
dx.
x(x 2 − 4x + 5)2
2
−4x+5
R.: 1
25 ln | x x2 | − 3
50 tg−1 (x − 2) + x−4
10(x 2 −4x+5) + C.

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Cálculo II
Outras substituições

Se um integrando envolver potências fracionárias de uma variável x , o


integrando poderá ser simplificado pela substituição

x = z n,

onde n é o menor múltiplo comum entre os denominadores dos expoentes.

Exemplo
Calcule: √
Z
x
(a) √ dx;
1+ 3x
Z p
(b) x 5 x 2 + 4dx.

R.: (a) 67 x 7/6 − 65 x 5/6 + 2x 1/2 − 6x 1/6 + 6 tg−1 (x 1/6 ) + C ; (b)


1 2 3/2
105 (x + 4) (15x 4 − 48x 2 + 128) + C .

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Cálculo II
Outras substituições

Se um integrando for uma função racional de sen(x) e cos(x) ele poderá


ser reduzido a uma função racional de z pela substituição

z = tg( 21 x).

Teorema
Se z = tg( 12 x), então

2z 1 − z2 2
sen(x) = , cos(x) = , dx = dz.
1 + z2 1 + z2 1 + z2

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Cálculo II
Outras substituições

Exemplo
Calcule:
Z
1
(a) dx;
1 − sen(x) + cos(x)
Z
(b) sec(x)dx.
1+tg( 1 x)
R.: (a) − ln |1 − tg( 12 x)| + C ; (b) ln 1−tg( 21 x) + C .
2

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Cálculo II
Limites no infinito

Definição
Seja f uma função definida num intervalo (a, ∞). O limite de f (x), com
x crescendo indefinidamente, é L, o que denotamos por

lim f (x) = L,
x→∞

se, para todo ε > 0, existir M > 0 tal que

se x > M, então |f (x) − L| < ε.

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Cálculo II
Limites no infinito

Definição
Seja f uma função definida num intervalo (−∞, a). O limite de f (x),
com x decrescendo indefinidamente, é L, o que denotamos por

lim f (x) = L,
x→−∞

se, para todo ε > 0, existir M < 0 tal que

se x < M, então |f (x) − L| < ε.

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Cálculo II
Limites no infinito

Definição
Seja f uma função definida num intervalo (a, ∞). A função f (x) cresce
indefinidamente, com x crescendo indefinidamente, o que denotamos por

lim f (x) = ∞,
x→∞

se, para todo N > 0, existir M > 0 tal que

se x > M, então f (x) > N.

Os limites lim f (x) = ∞, lim f (x) = −∞ e lim f (x) = −∞ são


x→−∞ x→∞ x→−∞
definidos analogamente.

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Cálculo II
Limites no infinito

Exemplo
Usando a definição de limite, encontre:
x
(a) lim ;
x→∞ x + 1
2x
(b) lim .
x→−∞ 1 − x

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Cálculo II
Limites no infinito

Teorema
Se r for um inteiro positivo qualquer, então

1
lim = 0.
x→±∞ xr

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Cálculo II
Limites no infinito

As regras para soma, produto, quociente e raiz n-ésima envolvendo o


limite ordinário também são válidas se “x → a” for substituído por
“x → ∞” ou “x → −∞”.
Teorema
Se limx→±∞ f (x) = L e limx→±∞ g (x) = M, então
limx→±∞ [f (x) + g (x)] = L + M;
limx→±∞ f (x) · g (x) = L · M;
f (x) L
limx→±∞ g (x) = M, se M ̸= 0.

Teorema
Se n for um inteiro positivo e limx→±∞ f (x) = L, então
p √
n
lim n f (x) = L,
x→±∞

com a restrição de que se n for par, L > 0.

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Cálculo II
Limites no infinito

O teorema do quociente para limites infinitos também será válido se


“x → a” for substituído por “x → ∞” ou “x → −∞”.

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Cálculo II
Limites no infinito

Exemplo
Calcule os limites:
4x − 3
(a) lim ;
x→∞ 2x + 5
2x 2 − x + 5
(b) lim ;
x→−∞ 4x 3 − 1
3x + 4
(c) lim √ ;
x→∞ 2x 2 + 5
3x + 4
(d) lim √ .
x→−∞ 2x 2 + 5
√ √
R.: (a) 2; (b) 0; (c) 3/ 2; (d) −3/ 2.

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Cálculo II
Coordenadas polares

No sistema de coordenadas polar, as coordenadas consistem em uma


distância orientada, e na medida de um ângulo relativo a um ponto
fixo e a um semi-eixo fixo.
O ponto fixo é chamado de pólo (ou origem), sendo designado pela
letra O.
O semi-eixo fixo é chamado de eixo polar (ou reta polar) e vamos
designá-lo por OA.
O semi-eixo OA, normalmente colocado na horizontal, é orientado
para a direita e se estende indefinidamente.

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Cálculo II
Coordenadas polares

Seja P um ponto qualquer do plano, distinto de O.


Seja θ a medida em radianos do ângulo AOP, positiva quando
considerada no sentido anti-horário e negativa quando no sentido
horário, tendo como lado inicial OA e como lado final OP.
Então, se r for a distância não orientada de O a P (isto é,
r = |OP|), o conjunto de coordenadas polares de P será dado por r
e θ, e escrevemos essas coordenadas como (r , θ).

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Cálculo II
Coordenadas polares

Um dado ponto tem um número ilimitado de conjuntos de


coordenadas polares.
As coordenadas (r , θ + 2nπ), onde n é um inteiro qualquer, são do
mesmo ponto, designado com (r , θ).
Se r = 0 e θ é qualquer número real, temos a origem, que é
designada por (0, θ).

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Cálculo II
Coordenadas polares

Podemos considerar coordenadas polares com r negativo.


Nesse caso, o ponto estará no prolongamento do lado terminal do
ângulo, que é a semi-reta que parte da origem, estendendo-se no
sentido oposto ao lado terminal.
Assim, se P estiver sobre o prolongamento do lado terminal do
ângulo de medida θ, o conjunto de coordenadas polares de P será
(r , θ), em que r = −|OP|.

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Cálculo II
Coordenadas polares

Se o ponto P não for a origem e se restringirmos r e θ de tal forma


que r > 0 e 0 ≤ θ < 2π, então existirá um único par ordenado de
coordenadas polares para P.

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Cálculo II
Coordenadas polares

Suponha que P seja o ponto que tenha (x, y ) como representação


num sistema de coordenadas cartesianas retangulares e seja (r , θ) a
representação de P em coordenadas polares.
Podemos obter as coordenadas cartesianas retangulares de um ponto
cujas coordenadas polares são conhecidas:

x = r cos θ,


y = r sen θ.

Já para obter o conjunto das coordenadas polares de um ponto


quando as coordenadas retangulares são conhecidas:
p
r = ± x 2 + y 2,
(
y
tg θ = .
x

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Cálculo II
Coordenadas polares

Exemplo
Encontre as coordenadas cartesianas retangulares do ponto cujas
coordenadas polares são (−6, 74 π).
√ √
R.: (−3 2, 3 2).

Exemplo
Ache (r , θ) se r √> 0 e 0 ≤ θ < 2π para o ponto cuja representacão
cartesiana é (− 3, −1).

R.: (2, 67 π).

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Cálculo II
Coordenadas polares

Se a equação de um gráfico for dada em coordenadas polares, ela


será chamada de equação polar para podermos distingui-la da
equação cartesiana que é o termo usado quando uma equação é
dada em coordenadas cartesianas retangulares.

Exemplo
Dado que a equação polar de um gráfico é r 2 = 4 sen(2θ) ache a equação
cartesiana.
R.: (x 2 + y 2 )2 = 8xy .

Exemplo
Ache a equação polar do gráfico cuja equação cartesiana é
x 2 + y 2 − 4x = 0.

R.: r = 4 cos θ.

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

A equação
θ = C,
onde C é uma constante, está satisfeita por todos os pontos tendo
coordenadas polares (r , C ), qualquer que seja o valor de r . Logo, o
gráfico dessa equação é uma reta que passa pela origem e faz com o
eixo polar um ângulo de medida C .

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

O gráfico da equação polar

r sen θ = b

é uma reta paralela ao eixo polar.


A equação cartesiana equivalente corresponde a y = b.

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

O gráfico da equação polar

r cos θ = a

é uma reta perpendicular ao eixo polar.


A equação cartesiana equivalente corresponde a x = a.

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

O gráfico da equação
r = C,
onde C é uma constante qualquer, é uma circunferência cujo centro
está na origem e cujo raio é |C |.

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

O gráfico da equação polar

r = 2a cos θ

é uma circunferência, de raio |a|, com seu centro sobre o eixo polar
ou em sua extensão, e tangente ao semi-eixo π2 .
Se a > 0, a circunferência está à direita da origem, e se a < 0, a
circunferência está à esquerda da origem.

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

O gráfico da equação polar

r = 2b sen θ

é uma circunferência, de raio |b|, com seu centro sobre o semi-eixo


π
2 ou em sua extensão, e tangente ao eixo polar.
Se b > 0, a circunferência está acima da origem, e se b < 0, está
abaixo dela.

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

O gráfico de uma equação da forma

r = a ± b cos θ ou r = a ± b sen θ

é chamada de limaçon.
Existem quatro tipos de limaçon e cada tipo depende da razão a/b,
onde a e b são positivos.
Vamos mostrar os quatro tipos obtidos da equação

r = a + b cos θ, com a > 0 e b > 0.

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

a
Limaçon com um laço: 0 < <1
b
a
Cardioide: =1
b
a
Limaçon com um dente: 1 < <2
b
a
Limaçon convexa: 2 ≤
b

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

As limaçons obtidas da equação

r = a + b sen θ, com a > 0 e b > 0,


π
têm o semi-eixo 2 como eixo de simetria.
Se a limaçon tiver a equação

r = a − b cos θ, com a > 0 e b > 0,

ela apontará na direção π.


Se tiver a equação

r = a − b sen θ, com a > 0 e b > 0,


apontará na direção de 2 .

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

O gráfico de uma equação da forma

r = a cos(nθ) ou r = a sen(nθ)

será uma rosácea com n folhas se n for ímpar e 2n folhas se n for


par.

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Cálculo II
Gráficos de equações em coordenadas polares

Exemplo
Ache os pontos de intersecção das duas curvas

r = 2 − 2 cos θ e r = 2 cos θ.

Faça esboços de seus gráficos.

R.: O, (1, π3 ), (1, − π3 ).

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Cálculo II
Área de uma região em coordenadas polares

Seja f uma função contínua e não negativa no intervalo fechado


[α, β]. Seja R a região limitada pela curva cuja equação é r = f (θ)
e pelas retas θ = α e θ = β.
Consideremos uma partição P de [α, β] definida por

P = {α = θ0 < θ1 < · · · < θn = β}.

Temos, portanto, n subintervalos da forma [θi−1 , θi ], para


i = 1, . . . , n.
Seja ξi ∈ [θi−1 , θi ].

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Cálculo II
Área de uma região em coordenadas polares

A área do setor circular de raio f (ξi ) e ângulo (θi − θi−1 ) é dado por

1 2
f (ξi )(θi − θi−1 ).
2
Há um desses setores circulares para cada um dos n subintervalos.
A soma das medidas das áreas desses n setores circulares é
n
X 1
f 2 (ξi )(θi − θi−1 ).
2
i=1

A área A da região R é definida como o limite da soma acima com


||P|| → 0.

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Cálculo II
Área de uma região em coordenadas polares

Definição
Seja R a região limitada pelas retas θ = α e θ = β, e a curva cuja
equação é r = f (θ), onde f é contínua e não negativa no intervalo
fechado [α, β]. A área A da região R é definida como
n
X 1
A = lim f 2 (ξi )(θi − θi−1 )
||P||→0 2
i=1
Z β
1
= f 2 (θ)dθ.
2 α

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Cálculo II
Área de uma região em coordenadas polares

Exemplo
Ache a área da região limitada pelo gráfico de

r = 2 + 2 cos θ.

R.: 6π.

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Cálculo II
Área de uma região em coordenadas polares

Consideremos a região limitada pelas retas θ = α e θ = β, e pelas


curvas cujas equações são r = f (θ) e r = g (θ), onde f e g são
contínuas no intervalo fechado [α, β] e f (θ) ≥ g (θ) em [α, β].
A área dessa região é
Z β Z β
1 2 1
A= f (θ)dθ − g 2 (θ)dθ
2 α 2 α
Z β
1
= [f 2 (θ) − g 2 (θ)]dθ.
2 α

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Cálculo II
Área de uma região em coordenadas polares

Exemplo
Ache a área da região interior à circunferência r = 3 sen θ e exterior à
limaçon r = 2 − sen θ.

R.: 3 3.

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Cálculo II
Retas tangentes a curvas em coordenadas polares

Seja r = f (θ). Derivando x = r cos θ e y = r sen θ com respeito a θ,


obtemos
dx dr


 = cos θ − r sen θ,
dθ dθ
 dy = dr sen θ + r cos θ.

dθ dθ
Assim, encontramos
dy dr
dy dθ dθ sen θ + r cos θ
= dx
= dr
.
dx dθ dθ cos θ − r sen θ

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Cálculo II
Retas tangentes a curvas em coordenadas polares

Se cos θ ̸= 0, dividimos o numerador e o denominador por cos θ,


resultando em
dr
dy tg θ + r
= dθ
dr
.
dx dθ − r tg θ

Se cos θ = 0, obtemos

dy 1 dr
=− .
dx r dθ

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Cálculo II
Retas tangentes a curvas em coordenadas polares

Exemplo
Ache a inclinação da reta tangente à curva r = 2 − sen θ no ponto em
que (a) θ = 0 e (b) θ = 5π
6 .

3
R.: (a) −2, (b) 3 .

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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Seja A(x) a área da seção plana do sólido S que é perpendicular ao


eixo x em x.
Assumimos que A(x) é contínua em [a, b].
Consideremos uma partição P de [a, b] definida por
P = {a = x0 < x1 < · · · < xn = b}.
Temos, portanto, n subintervalos da forma [xi−1 , xi ], para
i = 1, . . . , n.
Seja ξi ∈ [xi−1 , xi ].
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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Consideremos cilindros retos com altura (xi − xi−1 ) e


a área das secções planas igual a A(ξi ).
A soma das medidas dos volumes desses n cilindros
retos é
X n
A(ξi )(xi − xi−1 ).
i=1
O volume V do sólido S é definido como o limite da soma acima
com ||P|| → 0.

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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Definição
Seja S um sólido tal que S esteja entre planos perpendiculares ao eixo x
em a e b. Seja a área da secção plana de S no plano perpendicular ao
eixo x em x dada por A(x), em que A(x) é contínua em [a, b]. Então o
volume V do sólido S será dado por
n
X
V = lim A(ξi )(xi − xi−1 )
||P||→0
i=1
Z b
= A(x)dx.
a

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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Exemplo
Ache o volume de uma pirâmide reta cuja altura é h e cuja base é um
quadrado com lado igual a s.
1 2
R.: 3 s h.

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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Um sólido de revolução é um sólido obtido pela rotação de uma


região num plano em torno de uma reta no plano, chamada de eixo
de revolução.
Se a região limitada por um semi-círculo e seu diâmetro for girada
em torno do diâmetro, obteremos uma esfera.
Um cone circular reto é gerado se a região limitada por um triângulo
retângulo for girada em torno de um de seus catetos.

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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Consideremos, em primeiro lugar, o caso em que o eixo de revolução


é uma fronteira da região que gira.
Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a, b] e suponha
que f (x) ≥ 0 para todo x em [a, b].
Seja R a região limitada pela curva y = f (x), pelo eixo x e pelas
retas x = a e x = b.

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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Consideremos uma partição P de [a, b] definida por

P = {a = x0 < x1 < · · · < xn = b}.

Temos, portanto, n subintervalos da forma [xi−1 , xi ], para


i = 1, . . . , n.
Seja ξi ∈ [xi−1 , xi ].
Consideremos n retângulos com base (xi − xi−1 ) e altura f (ξi ).

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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Quando o i-ésimo retângulo é girado em torno do


eixo x, obtemos um sólido que é um disco cuja base é
um círculo de raio f (ξi ) e altura (xi − xi−1 ).
Se Vi for o volume desse disco, então

Vi = πf 2 (ξi )(xi − xi−1 ).

A soma dos volumes desses n discos circulares será


n
X n
X
Vi = πf 2 (ξi )(xi − xi−1 ).
i=1 i=1

O volume V do sólido de revolução será o limite dessa soma com


||P|| → 0.

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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Teorema
Seja f uma função contínua em [a, b] e suponha que f (x) ≥ 0 para todo
x em [a, b]. Se S for o sólido de revolução obtido pela rotação efetuada,
em torno do eixo x, da região limitada pela curva y = f (x), pelo eixo x e
pelas retas x = a e x = b, então o volume V de S será
n
X
V = lim πf 2 (ξi )(xi − xi−1 )
||P||→0
i=1
Z b
=π f 2 (x)dx.
a

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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Exemplo
Encontre o volume do sólido de revolução gerado quando a região
limitada pela curva y = x 2 , pelo eixo x e pelas retas x = 1 e x = 2 for
rotacionada em torno do eixo x.
31
R.: 5 π.

Exemplo
Ache o volume do sólido gerado pela rotação em torno da reta x = 1, da
região limitada pela curva

(x − 1)2 = 20 − 4y ,

e pelas retas x = 1, y = 1 e y = 3 e à direita de x = 1.

R.: 24π.

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Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Teorema
Sejam f e g funções contínuas no intervalo fechado [a, b] e suponha que
f (x) ≥ g (x) ≥ 0 para todo x em [a, b]. Então, se V for o volume do
sólido de revolução gerado com a rotação, em torno do eixo x, da região
limitada pelas curvas y = f (x) e y = g (x) e pelas retas x = a e x = b,
n
X
V = lim π[f 2 (ξi ) − g 2 (ξi )](xi − xi−1 )
||P||→0
i=1
Z b
=π [f 2 (x) − g 2 (x)]dx.
a

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Volumes de sólidos por cortes, discos e anéis circulares

Exemplo
Ache o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo x, da
região limitada pela parábola y = x 2 + 1 e pela reta y = x + 3.
117
R.: 5 π.

Exemplo
Ache o volume do sólido gerado pela rotação, em torno da reta x = −4,
da região limitada pelas parábolas x = y − y 2 e x = y 2 − 3.
875
R.: 32 π.

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Cálculo II
Volumes de sólidos por invólucros cilíndricos

Veremos agora um procedimento alternativo para calcular o volume


de um sólido de revolução, que envolve tomar elementos
retangulares de área, paralelos ao eixo de revolução.
Quando um elemento de área for rotacionado em torno do eixo de
revolução, obteremos um invólucro cilíndrico, ou seja, um sólido
contido entre dois cilindros, com o mesmo centro e eixo.

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Cálculo II
Volumes de sólidos por invólucros cilíndricos

Seja R a região limitada pela curva y = f (x), pelo eixo x e pelas


retas x = a e x = b, onde f (x) é contínua no intervalo fechado [a, b]
e f (x) ≥ 0 para todo x em [a, b]. Além disso, suponha que a ≥ 0.
Se R girar em torno do eixo y , um sólido de revolução S será gerado.
Para encontrar o volume de S quando os elementos de área são
tomados paralelamente ao eixo y , prosseguimos da seguinte maneira:

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Cálculo II
Volumes de sólidos por invólucros cilíndricos

Seja P uma partição de [a, b] definida por

P = {a = x0 < x1 < · · · < xn = b}.

Seja mi = 12 (xi−1 + xi ) o ponto médio do i-ésimo subintervalo


[xi−1 , xi ].
Considere o retângulo tendo altura f (mi ) e comprimento (xi − xi−1 ).
Se esse retângulo girar em torno do eixo y , um invólucro cilíndrico
será obtido.

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Cálculo II
Volumes de sólidos por invólucros cilíndricos

Se Vi for o volume desse invólucro cilíndrico, então

Vi = πxi2 f (mi ) − πxi−1


2
f (mi )
= π(xi2 − xi−1
2
)f (mi )
= π(xi − xi−1 )(xi + xi−1 )f (mi )
= 2πmi f (mi )(xi − xi−1 ),

onde foi usado que (xi−1 + xi ) = 2mi .


A soma dos volumes dos n invólucros cilíndricos será
n
X n
X
Vi = 2πmi f (mi )(xi − xi−1 ).
i=1 i=1

O volume V do sólido de revolução será o limite dessa soma com


||P|| → 0.

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Volumes de sólidos por invólucros cilíndricos

Teorema
Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a, b], onde a ≥ 0.
Suponha que f (x) ≥ 0 para todo x em [a, b]. Se R for a região limitada
pela curva y = f (x), pelo eixo x e pelas retas x = a e x = b, se S for o
sólido de revolução obtido pela rotação da região R em torno do eixo y ,
então o volume V de S será
n
X
V = lim 2πmi f (mi )(xi − xi−1 )
||P||→0
i=1
Z b
= 2π xf (x)dx.
a

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Cálculo II
Volumes de sólidos por invólucros cilíndricos

Exemplo
A região limitada pela curva y = x 2 , pelo eixo x e pela reta x = 2 gira
em torno do eixo y . Ache o volume do sólido gerado. Tome os elementos
de área paralelos ao eixo de revolução.

R.: 8π.

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Cálculo II
Volumes de sólidos por invólucros cilíndricos

Exemplo
Ache o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo y , da
região limitada pelo gráfico de y = 3x − x 3 , pelo eixo y e pela reta y = 2.
2
R.: 5 π.

Exemplo
A região limitada pela curva y = x 2 e pelas retas y = 1, x = 2 gira em
torno da reta y = −3. Ache o volume do sólido gerado, tomando
elementos de área retangulares, paralelos ao eixo de revolução.
66
R.: 5 π.

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Cálculo II
Comprimento de arco do gráfico de uma função

Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a, b].


Seja P uma partição de [a, b] definida por

P = {a = x0 < x1 < · · · < xn = b}.

Associado a cada ponto xi no eixo x está um ponto Pi (xi , f (xi ))


sobre a curva.

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Cálculo II
Comprimento de arco do gráfico de uma função

O comprimento do segmento de reta de Pi−1 a Pi é


p
|Pi−1 Pi | = (xi − xi−1 )2 + (f (xi ) − f (xi−1 ))2 .

A soma dos comprimentos desses segmentos de reta é escrita como


n
X
|Pi−1 Pi |.
i=1

Definimos o comprimento de arco como sendo o limite da soma


acima com ||P|| → 0.
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Cálculo II
Comprimento de arco do gráfico de uma função

Definição
Suponhamos que a função f seja contínua no intervalo fechado [a, b].
Além disso, suponhamos que exista um número L tendo as seguintes
propriedades: Para todo ε > 0, existe um δ > 0 tal que para toda
partição P do intervalo [a, b] seja verdade que se ||P|| < δ então
n
X

|P P
i−1 i | − L < ε.

i=1

Assim, escrevemos
n
X
L = lim |Pi−1 Pi |
||P||→0
i=1

e L é chamado de comprimento de arco da curva y = f (x) do ponto


A(a, f (a)) ao ponto B(b, f (b)).

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Cálculo II
Comprimento de arco do gráfico de uma função

Suponha f ′ (x) seja contínua em [a, b].


Pelo Teorema do Valor Médio existe um número zi no intervalo
aberto (xi−1 , xi ) tal que

f (xi ) − f (xi−1 )
f ′ (zi ) = .
xi − xi−1

Assim, podemos escrever


p
|Pi−1 Pi | = (xi − xi−1 )2 + (f (xi ) − f (xi−1 ))2
s
 2
f (xi ) − f (xi−1 )
= 1+ · (xi − xi−1 )
xi − xi−1
p
= 1 + [f ′ (zi )]2 · (xi − xi−1 ).

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Cálculo II
Comprimento de arco do gráfico de uma função

O somatório dos comprimentos de reta |Pi−1 Pi |, com ||P|| → 0,


resulta em
n
X
L = lim |Pi−1 Pi |
||P||→0
i=1
Xn p
= lim 1 + [f ′ (zi )]2 · (xi − xi−1 )
||P||→0
i=1
Z b p
= 1 + [f ′ (x)]2 dx.
a

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Cálculo II
Comprimento de arco do gráfico de uma função

Teorema
Se a função f e sua derivada f ′ forem contínuas no intervalo fechado
[a, b], então o comprimento do arco da curva y = f (x) do ponto (a, f (a))
ao ponto (b, f (b)) será dado por
Z b p
L= 1 + [f ′ (x)]2 dx.
a

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Cálculo II
Comprimento de arco do gráfico de uma função

Exemplo
Ache o comprimento de arco da curva y = x 2/3 do ponto (1, 1) ao ponto
(8, 4).
1 3/2
R.: 27 (40 − 133/2 ).

Exemplo
Ache√o comprimento do arco da curva 9y 2 = 4x 3 da origem ao ponto
(3, 2 3).
14
R.: 3 .

Exemplo
1√
Ache o comprimento de arco da curva y = 3 x(3x − 1) do ponto onde
x = 1 ao ponto onde x = 4.
22
R.: 3 .

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Cálculo II
Forma indeterminada 0/0

Definição
Se f e g forem duas funções tais que limx→a f (x) = 0 e limx→a g (x) = 0,
então a função f /g tem a forma indeterminada 0/0 em a.

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Cálculo II
Forma indeterminada 0/0

Teorema (Regra de L’Hôpital)


Sejam f e g funções diferenciáveis num intervalo aberto I , exceto
possivelmente em a ∈ I . Suponha que g ′ (x) ̸= 0, para todo x ̸= a em I .
Se limx→a f (x) = 0 e limx→a g (x) = 0, e se

f ′ (x)
lim = L,
x→a g ′ (x)

então
f (x)
lim = L.
x→a g (x)
O teorema é válido se ambos os limites forem laterais à direita ou à
esquerda.

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Cálculo II
Forma indeterminada 0/0

Exemplo
Calcule os limites:
x
(a) lim ;
x→0 1 − e x
1 − x + ln x
(b) lim 3
x→1 x − 3x + 2

R.: (a) −1; (b) − 16 .

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Cálculo II
Forma indeterminada 0/0

Teorema (Regra de L’Hôpital)


Sejam f e g funções diferenciáveis para todo x > N, em que N é uma
constante positiva, e suponha que g ′ (x) ̸= 0, para todo x > N. Se
limx→∞ f (x) = 0 e limx→∞ g (x) = 0, e se

f ′ (x)
lim = L,
x→∞ g ′ (x)

então
f (x)
lim = L.
x→∞ g (x)

O teorema continua válido se trocarmos x → ∞ por x → −∞.

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Cálculo II
Forma indeterminada 0/0

Exemplo
Calcule o limite 1
sen
lim x
x→∞
1,
tg−1
x
se existir.
R.: 1.
Exemplo
Considere a função
 x
e − 1
, se x ̸= 0,
f (x) = x
1, se x = 0.

(a) Prove que f é contínua em 0. (b) Prove que f é diferenciável em 0


calculando f ′ (0).

R.: (b) 1 . © R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Outras formas indeterminadas

Teorema (Regra de L’Hôpital)


Sejam f e g funções diferenciáveis num intervalo aberto I , exceto
possivelmente em a ∈ I . Suponha que g ′ (x) ̸= 0, para todo x ̸= a em I .
Se limx→a f (x) = ∞ ou −∞ e limx→a g (x) = ∞ ou −∞, e se

f ′ (x)
lim = L,
x→a g ′ (x)

então
f (x)
lim = L.
x→a g (x)
O teorema é válido se ambos os limites forem laterais à direita ou à
esquerda.

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Outras formas indeterminadas

Exemplo
Calcule o limite
ln x
lim ,
x→0+ 1
x
se existir.
R.: 0.

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Outras formas indeterminadas

Teorema (Regra de L’Hôpital)


Sejam f e g funções diferenciáveis para todo x > N, em que N é uma
constante positiva, e suponha que g ′ (x) ̸= 0, para todo x > N. Se
limx→∞ f (x) = ∞ ou −∞ e limx→∞ g (x) = ∞ ou −∞ , e se

f ′ (x)
lim = L,
x→∞ g ′ (x)

então
f (x)
lim = L.
x→∞ g (x)

O teorema continua válido se trocarmos x → ∞ por x → −∞.

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Outras formas indeterminadas

Exemplo
Calcule o limite
ln(2 + e x )
lim ,
x→∞ 3x
se existir.
1
R.: 3.

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II


Cálculo II
Outras formas indeterminadas

Exemplo
Calcule os limites, caso existam:
sec2 (x)
(a) lim − ;
x→(π/2) sec2 (3x)

(b) lim+ sen−1 (x) cosec(x);


x→0
1 1 
(c) lim 2 − 2 ;
x→0 x x sec(x)
(d) lim+ (x + 1)cotg(x) .
x→0

R.: (a) 9; (b) 1; (c) 21 ; (d) e.

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Cálculo II
Integrais impróprias

Definição
Se f for contínua para todo x ≥ a, então
Z ∞ Z b
f (x)dx = lim f (x)dx,
a b→∞ a

se esse limite existir.

Definição
Se f for contínua para todo x ≤ b, então
Z b Z b
f (x)dx = lim f (x)dx,
−∞ a→−∞ a

se esse limite existir.

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Cálculo II
Integrais impróprias

Exemplo
Calcule a integral, se ela convergir:
Z 2
1
dx.
−∞ (4 − x)2
1
R.: 2.

Exemplo
Calcule a integral, se ela convergir:
Z ∞
xe −x dx.
0

R.: 1.

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Cálculo II
Integrais impróprias

Definição
Se f for contínua para todo x ∈ R, e c for um número real qualquer,
então Z ∞ Z c Z b
f (x)dx = lim f (x)dx + lim f (x)dx,
−∞ a→−∞ a b→∞ c

se esses limites existirem.


Nas três definições anteriores, se os limites existirem, diremos que a
integral imprópria é convergente. Se os limites não existirem, diremos
que a integral imprópria é divergente.

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Cálculo II
Integrais impróprias

Exemplo
Calcule, se existirem:
Z ∞
(a) xdx;
−∞
Z r
(b) lim xdx.
r →∞ −r

R.: (a) não existe; (b) 0.

Exemplo
Calcule a integral, se ela convergir:
Z ∞
1
dx.
−∞ x2 + 6x + 12
π
R.: √
3
.

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Cálculo II

© R. F. Vigelis Cálculo Diferencial e Integral II

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