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Sumário
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3
4. CONTROLE DO TREINAMENTO......................................................... 21
8. REFERÊNCIAS .................................................................................... 42
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NOSSA HISTÓRIA
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1. INTRODUÇÃO
As origens das bases teóricas do treinamento físico não são recentes. Grandes
pensadores da antiguidade já propunham teorias acerca do treinamento em seus
trabalhos. Galeno de Pérgamo (século segundo d.C.) já ensaiava sobre conceitos que
se assemelham ao que se entende atualmente por periodização. No seu tratado
"Preservação da Saúde", ele discorre sobre sequências de treinamento para o
desenvolvimento específico da força rápida, passando pelo uso de exercícios que
priorizavam a força em detrimento da velocidade, culminando com o uso de exercícios
intensos que combinavam as duas capacidades motoras. Já Filóstrato, o Atenienese,
propunha também no século segundo d.C., um período preparatório para as
competições Olímpicas, inclusive com a sugestão de um período destinado à
preparação específica em um centro de treinamento um mês antes da competição.
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físico-esportivo humano. Ainda segundo o autor, a ciência do esporte pode ser vista
como o processo científico usado para guiar a prática esportiva e, em última análise,
melhorar o desempenho físico. Neste sentido, a ciência do esporte tem cada vez mais
contribuído para o aperfeiçoamento dos programas de treinamento físico-esportivo,
através principalmente de um aumento na qualidade do treinamento proposto.
1) avaliação do treinamento;
2) controle do treinamento;
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2. OS PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO: CONCEITOS,
DEFINIÇÕES, POSSÍVEIS APLICAÇÕES E NOVOS OLHARES
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Segundo Benda & Greco, uma das Capacidades do Rendimento Esportivo é a
Capacidade Biotipológica, que está dividida em Capacidade constitucional Fenótipo e
Capacidade constitucional Genótipo:
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2. O Princípio da Adaptação
Weineck diz que, no esporte, devido aos múltiplos fatores de influência, raramente
o genótipo é completamente transformado em fenótipo, mesmo com o treinamento
mais duro. Para este autor, fases de maior adaptabilidade, encontram-se em
diferentes períodos para os fatores de desempenho de coordenação e condicionados,
são designadas “fases sensitivas”. A zona limite destas fases sensitivas, isto é, o
período em que justamente ainda é possível uma melhor expressão das
características, geralmente é chamada de “período crítico”.
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do Treinamento Esportivo está intimamente ligado ao fenômeno do stress. As
investigações sobre o stress tiveram início em 1920 com Cânon e Hussay, tendo uma
grande ênfase no período entre 1950 e 1970, onde praticamente surgiu uma literatura
científica básica sobre este fenômeno. Segundo Tubino:
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“Stress ou Síndrome de Adaptação Geral (SAG), segundo SELYE (1956) é a
reação do organismo aos estímulos que provocam adaptações ou danos ao mesmo,
sendo que esses estímulos são denominados agentes stressores ou stressantes.”
A síndrome de adaptação geral (SAG) é dividida em três fases, até que o agente
stressante na sua ação atinja o limite da capacidade fisiológica de compensação do
organismo:
“Sendo o choque a resposta inicial do organismo a estímulos aos quais não está
adaptado, provocando a diminuição da pressão sanguínea, enquanto
o contrachoque ocasiona uma inversão de situação, isto é, ocorre um aumento da
pressão sanguínea. ”
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Mas não só de modo pragmático deve-se enxergar o Princípio da Adaptação.
Em termos de treinamento, o critério adaptação pode ser estendido a vários outros
fatores além do treinamento fisiológico propriamente dito. Um bom exemplo são as
capacidades de adaptações emocionais, ambientais, entre outras, além da comum
capacidade do treinador ou professor se adaptar, às vezes com um “jeitinho
brasileiro”, às péssimas condições de trabalho ou dificuldades encontradas em
condições sociais desfavorecidas. O treinador ou professor deve ter em mente que é
preciso se adaptar à atitude de adaptação, uma atitude consciente e crítica, pois, com
a velocidade da dinâmica das mudanças hodiernas e a possível e quase certa
aceleração que deve vir adiante em tempos futuros, a capacidade de adaptação será
cada vez mais necessária e requisitada.
3. O Princípio da Sobrecarga
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Assim, sabe-se que não só são reconduzidas as energias perdidas como também são
criadas maiores reservas de energia de trabalho. A primeira fase, isto é, a que
recompões as energias perdidas, chama-se período de restauração, o qual permite a
chegada a um mesmo nível de energia anterior ao estímulo. A segunda fase é
chamada de período de restauração ampliada, após o qual o organismo possuirá uma
maior fonte de energia para novos estímulos”.
Estímulos mais fortes devem sempre ser aplicados por ocasião do final da
assimilação compensatória, justamente na maior amplitude do período de restauração
ampliada para que seja elevado o limite de adaptação do atleta. Este é o princípio da
sobrecarga, também chamado princípio da progressão gradual, e será sempre
fundamental para qualquer processo de evolução desportiva. Tubino (1984) cita
algumas indicações de aplicação do Princípio da Sobrecarga, referenciado nas
variáveis: Volume (Quantidade) e Intensidade (Qualidade); em vários Tipos de
Treinamento, como: Contínuo, Intervalado, em Circuito, de Musculação, de
Flexibilidade e Agilidade, e Técnico.
4. O Princípio da Continuidade
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interatuantes. Em outras palavras, considerando um tempo maior, o princípio da
continuidade é aquela diretriz que não permite interrupções durante esse período. ”
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6. O Princípio da Especificidade
“Isto serve, cada vez mais, para firmar na consciência do treinador que o treino,
principalmente na fase próxima à competição, deve ser estritamente específico, e que
a realização de atividades diferentes das executadas durante a performance com a
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finalidade de preparação física, se justifica se for feita para evitar a inibição reativa (ou
saturação de aprendizagem). ”
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7. O Princípio da Variabilidade
“Quanto maior for a diversificação desses estímulos – é obvio que estes devem estar
em conformidade com todos os conceitos de segurança e eficiência que regem a
atividade – maiores serão as possibilidades de se atingir uma melhor performance. ”
8. O Princípio da Saúde
Baseado na citação acima posso colocar que este princípio está fundamentado na
interdisciplinaridade. No entanto, nem sempre o Princípio da Saúde tem sido o
principal norteador, ou mesmo um dos princípios norteadores. Em práticas de
atividades físicas hodiernas, verificamos não somente aquelas ligadas à aquisição e
manutenção da saúde do praticante, mas também aquelas de alta performance, que
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podem trazer malefícios devido ao compromisso com o alto rendimento e resultados,
e ainda, as atividades que não têm compromisso algum com o aspecto saúde.
Atualmente pessoas colocam a vida em risco em esportes extremamente radicais,
quando tentam ultrapassar os limites físicos. Portanto, cabe perguntar: os
treinamentos destas atividades estariam sob o Princípio da Saúde? De certo modo,
em relação ao preparo para a execução da atividade sim, pois, é necessário um certo
nível de condicionamento e saúde para tais práticas, e também, pelo fato dos
praticantes estarem fazendo algo que gostam, que é importante para a vida delas e
lhes dá prazer. A correlação entre este princípio e outras perspectivas do esporte é
um ponto interessante para ampliar os estudos.
De acordo com Gomes da Costa (1996), se faz lógico e transparente que essas leis
não existem apenas por existir. Cada princípio, considerado individualmente, possui
seu valor e função próprios, entretanto, a integração entre esses princípios adquire
inestimável importância. “Aqui acontece aquela “historinha” de que o todo é sempre
maior do que a soma de suas partes. ” Assim cada Princípio assume uma importância
maior, um papel mais destacado quando associado aos outros princípios, segundo
este autor, que ainda comenta:
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saberes e respectivas aplicações, e uma constante reformulação desta inter-relação,
pois, este conceito de reformulação está embutido nos próprios princípios.
3. AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO
Quanto mais complexa for a estrutura da atividade esportiva (ex: corrida de 100
m vs. basquetebol), mais importante é a interação entre as capacidades motoras. Por
isso, a avaliação deve compreender o diagnóstico de todas as capacidades
envolvidas na modalidade esportiva alvo e, se possível, em condições que simulem a
prática da atividade. Desta forma, muitas pesquisas têm se dedicado ao
desenvolvimento de métodos que permitam identificar as capacidades motoras
envolvidas em diversas modalidades esportivas. Além dos métodos mais usuais
encontrados na literatura, uma contribuição muito grande vem sendo dada por
sistemas de vídeo, os quais têm sido utilizados para descrever as atividades motoras
realizadas durante as competições esportivas de modalidades como o futebol, o
basquetebol e o voleibol.
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Adicionalmente, grande atenção tem sido dada à elaboração de testes que
sejam válidos (i.e. o protocolo assemelhe-se o tanto quanto possível ao desempenho
esportivo que está sendo simulado), tenham uma elevada reprodutibilidade (i.e. os
resultados são consistentes ao longo do tempo) e sejam sensíveis para detectar
mesmo pequenas alterações no desempenho provocadas pelo processo de
treinamento. A avaliação da força motora, por exemplo, tem sido amplamente utilizada
tanto para inferências sobre o desempenho esportivo quanto para a obtenção de
parâmetros para a prescrição do treinamento. Em relação ao desempenho esportivo,
pode citar estudos que identificaram o tempo, a magnitude e a direção da força
aplicada nas diversas fases da corrida de velocidade. Foram também investigadas as
forças produzidas na decolagem do flic-flac e do salto mortal, além do giro gigante
nas argolas, e na ginástica olímpica. No tocante à prescrição do treinamento, o teste
de força dinâmica máxima (1 RM) ilustra bem o avanço tecnológico na avaliação do
treinamento.
Embora este teste não seja específico à grande maioria das modalidades
esportivas, ele pode ser usado para avaliar o perfil inicial de um determinado atleta
antes do início do programa de treinamento, fornecendo parâmetros para a prescrição
do treino de força deste atleta e posteriormente verificando a eficácia do programa
elaborado. Os dinamômetros isocinéticos também são amplamente utilizados para a
avaliação da força. Tais equipamentos apresentam elevada reprodutibilidade entre
avaliações, além de fornecerem estimativas do torque, do trabalho e da potência
produzidos na tarefa motora. Contudo, eles têm uma limitação muito grande, já que
normalmente só utilizam movimentos monoarticulares e com uma velocidade de
movimento constante. Células de carga também têm sido utilizadas para avaliar a
força muscular máxima em condições isométricas (i.e. em que não há movimento
externo aparente). Uma informação muito interessante obtida nos testes isométricos
balísticos, nos quais a força é produzida o mais rapidamente possível, é a
determinação da taxa de desenvolvimento de força (TDF). A TDF é considerada uma
variável importante para o desempenho físico-esportivo, já que indica a capacidade
do indivíduo aplicar força o mais rapidamente possível contra uma determinada
resistência.
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Variações do salto vertical (em semi-agachamento, com contra-movimento e em
profundidade) são comumente empregadas em avaliações indiretas da potência
muscular de membros inferiores. Esta é normalmente inferida pela altura do salto, ou
seja, quanto maior a altura, maior a produção de potência. Porém, os avanços
tecnológicos permitem hoje avaliações mais completas, contemplando outras
variáveis de interesse para a compreensão do desempenho. Por exemplo, o uso de
plataformas de força permite avaliar tanto o efeito de diferentes históricos de
treinamento quanto de modelos de treinamento na mecânica externa do salto vertical,
a fim de selecionar os meios e métodos de treinamento mais eficientes para aumentar
a potência de acordo com as características da modalidade esportiva em questão. Já
a combinação dos dados provenientes de plataformas de força e de filmagens permite
quantificar, através de modelos matemáticos, as forças internas que incidem sobre o
aparelho locomotor durante o movimento, a velocidade angular das articulações
envolvidas no salto, a velocidade no instante da decolagem e a sincronia dos
movimentos articulares entre outros parâmetros de interesse.
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do consumo de oxigênio em condições mais próximas da prática da modalidade
esportiva, como nas provas de atletismo e em jogos coletivos, entre outros. Já a
potência anaeróbia tem sido inferida a partir da mensuração do trabalho máximo
realizado em um determinado tempo. Como as medidas de trabalho têm sido alvos
de avanços tecnológicos, as inferências sobre a potência anaeróbia têm se
beneficiado deste fato.
1) pelo rápido fornecimento de informações para uma análise em tempo real, que
permite a tomada de decisões durante o jogo;
2) pela criação de uma base de dados de caracterização das ações táticas de ataque
e defesa dos adversários que norteiam processos de treinamento específicos
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3) pela a análise tática e técnica individuais e de grupo, permitindo intervenções sobre
a estratégia de uma determinada equipe.
4. CONTROLE DO TREINAMENTO
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fisiológica e as mudanças no desempenho decorrentes do processo de treinamento.
Frente a isso, tanto os técnicos e preparadores físicos quanto os cientistas têm
buscado determinar parâmetros que sejam capazes de controlar a carga de
treinamento imposta aos atletas.
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A frequência cardíaca (FC) também tem sido utilizada como parâmetro de carga
interna, dada a proposição de uma relação linear entre está e a taxa de incremento
de trabalho. Como a FC varia de acordo com a idade e o estado de treinamento, entre
outros fatores, a FC de reserva é mais utilizada para prescrição da intensidade do
treinamento (FCreserva = FCmax - FCrepouso). Contudo, apesar de ela poder ser
mensurada de forma acurada durante o exercício (através de monitores de FC), ela
não é um bom indicador para atividades intermitentes, nas quais a relação linear entre
trabalho e FC deixa de ocorrer, afetando assim, a sua eficácia como marcador do
estresse fisiológico imposto pelo exercício.
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físico intenso, os danos musculares resultantes deste contato podem influenciar a
PSE, criando um viés na avaliação.
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4.1 O Treinamento Esportivo
O termo passou a ser utilizado no remo, e com isso foi transferido para o ser
humano. A partir do século XX, o termo foi incorporado ao Esporte, além de outras
áreas como a Psicologia, Economia, Pedagogia, etc. De acordo com Dantas, a
evolução do treinamento esportivo está ligada à história dos jogos olímpicos,
dividindo-se em sete períodos:
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Período do marketing esportivo (a partir da XXV até as atuais).
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infância até a terceira idade. No Brasil, Ghorayeb & Barros editaram um livro sobre
diferentes aspectos de atividades físicas e esportivas.
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Atualmente, esta é considerada como diretamente relacionada com a aptidão
fisiológica, e composta por aspectos relacionados com a saúde (a saber: força e
resistência musculares, flexibilidade, resistência cardiorrespiratória e composição
corporal), e por aspectos relacionados com as destrezas e ou habilidades esportivas
(a saber: velocidade, agilidade, equilíbrio, potência, tempo de reação). Se o indivíduo
possui uma boa aptidão física, terá a capacidade de realizar suas atividades físicas
diárias apresentando um desempenho físico adequado, evitando desse modo, o
surgimento precoce do cansaço. Nos modelos de desempenho esportivo propostos
na literatura, a aptidão física junto com a condição física, assim como a técnica e a
tática esportiva são considerados como condições pessoais internas diretas de
desempenho esportivo, pois têm a possibilidade de serem avaliadas diretamente.
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manifestações – participativo, educativo ou de rendimento, o indivíduo poderá dispor
de um meio, pelo treinamento esportivo adequadamente planejado que atenda a seus
objetivos, de melhorar sua aptidão física, seja nos aspectos relacionados com a
saúde, assim como nos aspectos relacionados com as habilidades esportivas. Se
optar pela prática de atividades esportivas como o tipo de atividade física escolhida
para melhorar sua aptidão física, poderá alcançar dois objetivos: a melhoria de sua
aptidão física e de seu desempenho esportivo na modalidade e forma de manifestação
esportiva que optar por praticar.
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seus adversários, o Prof. Yuri Verkhoshansky desenvolveu um novo modelo de
"periodização" chamado de treinamento em blocos.
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competitivo e que possam treinar de diferentes formas, dentro do mesmo período de
tempo, o que nem sempre é possível no cenário científico.
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mesmo período de treinamento, os pesquisadores deveriam investigar os efeitos da
interação do desenvolvimento/treinamento de diversas capacidades motoras de
maneira simultânea no desempenho esportivo. Além disso, pouco se sabe a respeito
dos efeitos da periodização e do treinamento simultâneo de diferentes capacidades
motoras em componentes mais determinantes do rendimento esportivo, como o
técnico e o tático.
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Os métodos de treinamento da flexibilidade podem ser genericamente divididos
em três tipos: estático, dinâmico e combinados (e.g. alongamento-contração-
relaxamento). Vários estudos têm relatado que esses três métodos são eficientes em
aumentar o grau de flexibilidade. Em relação à duração do estímulo no treinamento
de flexibilidade estática, o tempo total que o músculo permanece alongado parece ser
mais importante que a duração de cada série (seis séries de 10 segundos vs. duas
séries de 30 segundos). Na comparação entre o método estático ativo (i.e. realizado
pelo próprio executante), estático passivo (i.e com auxílio externo) e combinado, os
pesquisadores demonstraram que o método estático realizado por um ajudante
externo foi mais eficiente em aumentar a flexibilidade dos flexores do joelho. Porém,
outros pesquisadores não têm encontrado diferenças entre os métodos estático e
combinado em estudos crônicos com seis semanas de treinamento.
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no atletismo, os saltos, a corrida de velocidade, em algumas modalidades de luta e
na ginástica artística. Já a força rápida ou potência é ainda mais abrangente, sendo
de fundamental importância para as modalidades esportivas coletivas, nas
modalidades de velocidade na natação e no atletismo, nas modalidades de luta,
enquanto a resistência de força se faz importante em algumas modalidades como o
ciclismo, o "ski cross-country", etc.
A utilização de uma ação isolada pode ser interessante quando esta estratégia
representar uma especificidade significativa com o gesto esportivo em questão. Por
exemplo, para o treinamento do salto vertical para o bloqueio no vôlei de areia, dada
a característica do piso, a força necessária para o salto vertical virá fundamentalmente
dos componentes contráteis do músculo esquelético, já que a velocidade de transição
entre a flexão e extensão dos joelhos é diminuída, fazendo com que a ação
concêntrica deva ser enfatizada durante o treinamento.
A ação excêntrica, por sua vez, é sabidamente mais eficiente na indução dos
ganhos de massa muscular. Desta forma, pode-se optar por usar exercícios
puramente excêntricos, ou de se enfatizar a ação excêntrica durante um dado
exercício a fim de se aumentar a tensão na musculatura, induzindo maior ganho de
hipertrofia. A combinação de ambas as ações musculares é, contudo, o método mais
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comumente utilizado, contemplando ambos os benefícios. O treino complexo é outro
método bastante utilizado no desenvolvimento da potência muscular. Este método se
baseia na combinação de cargas altas com cargas mais baixas, na tentativa de
promover a potencialização pós-ativação (PPA). Embora alguns estudos tenham
mostrado efeito positivo a partir do uso do treinamento complexo, o melhor modelo de
atividade condicionante para induzir a PPA ainda não está estabelecido, já que está
parece depender de diferentes fatores como o estado de treinamento do indivíduo e
a relação potencialização/fadiga.
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desempenho no movimento desejado, enfatizando a importância do conteúdo
específico na transferência do treinamento para a tarefa de campo. A resistência
motora, por sua vez, é definida como a capacidade de sustentar uma determinada
velocidade, ou produção de potência, pelo maior tempo possível. A melhoria dessa
capacidade motora envolve adaptações nos sistemas pulmonar, cardiovascular e
neuromuscular.
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ciclo alongamento encurtamento) poderiam aumentar a eficiência mecânica da
corrida, tornado-a mais econômica. De fato, alguns autores demonstram efeitos
positivos do treinamento de força e potência sobre a economia de corrida, criando um
novo paradigma de treino para atletas de resistência.
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7. O que é a Psicologia do Esporte?
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na dinâmica dos grupos esportivos e sua relação com o indivíduo é uma outra área
extremamente fértil no campo da psicologia dos esportes (Carron & Hausenblas,
1998).
Uma das áreas da psicologia que mais tem contribuído para a Psicologia do
Esporte é a psicologia clínica, através de investigações nos campos da ativação, do
stress, da ansiedade e com o desenvolvimento de técnicas de relaxamento,
biofeedback, estudos da relação do exercício com a saúde mental, entre outros.
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A psicologia social, como campo mais amplo de estudo do comportamento e
da experiência social, é também uma das mais importantes fontes de conhecimento
para a compreensão do que acontece no campo esportivo, na medida em que, salvo
algumas exceções, o esporte envolve interação social. O interesse é focado no
conhecimento de atribuição (cognição social), comportamento dos espectadores,
violência e agressão no esporte, redução dos esforços individuais, quando
trabalhando como parte de um grupo, coesão grupal.
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(1) diagnóstico e acesso (ex. detecção de talento, testagem de habilidades
cognitivas ou sensório-motoras, avaliação das necessidades dos participantes); e
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8. REFERÊNCIAS
BENDA, Rodolfo Novellino & GRECO, Pablo Juan. Iniciação Esportiva Universal:
Da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo horizonte, MG: Editora UFMG,
2001.
BARBANTI, V.J. Treinamento físico – bases científicas, São Paulo, CLR, 1986.
BARBANTI, V.J. Aptidão física - um convite à saúde. São Paulo: Editora Manole,
1990
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um mestre da capoeiragem graduado em educação física. Universidade Cândido
Mendes, Pós-Graduação “Lato Sensu”, Projeto A vez do Mestre. Rio de Janeiro: 2004.
MATTOS, Mauro Gomes de; ROSSETO JÚNIOR, José; BLECHER, Shelly. Teoria e
prática da metodologia da pesquisa em educação física: construindo seu
trabalho acadêmico: monografia, artigo científico e projeto de ação. São Paulo:
Phorte, 2004.
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