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Profissional de Educação Física Priscila Mayara Teixeira Sousa - Cref: 008109-G/CE


E-mail: priscilamayara0820@gmail.com
Apresentação

Para a Educação Física, este material tem muita importância: primeiro, por
constituir-se em um material produzido para representar um momento histórico para a
disciplina, pois, pela primeira vez, um material didático subsidia a prática docente,
trazendo reflexões sobre diversos assuntos que constituem o corpo teórico-prático desta
área de conhecimento, buscando atender as necessidades dos alunos quanto à prática
desportiva e desenvolvimento sócio motor contemplando as diretrizes da educação básica
atendendo as orientações oferecidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais em
concomitância com a Secretaria de Educação, de forma a contribuir com o processo de
construção da cultura corporal, por meio da participação de atividades que valorizem a
realização do homem, respeitando todos os aspectos da dimensão humana e do meio
ambiente.
O material de Educação Física tem por objetivo principal desenvolver uma
abordagem histórica de como, por que e a partir de que interesses o conhecimento que
compõe o campo de estudos desta disciplina foi produzido e validado.
Vale ressaltar que este não se trata de um documento definitivo, mas apenas de um
instrumento inicial de estudo dos conteúdos contemplados em nossa proposta
pedagógica. Esperamos, contudo, que o interesse pelas práticas corporais possa fazer
parte da rotina de nossos alunos.
Desafiados a abrir uma trilha própria para o estudo e a pesquisa, entregamos aos
professores, este material de ensino-aprendizagem, para suas consultas, reflexões e
formação contínua. Comemoramos juntamente com o grupo docente esta feliz e acertada
realização, propondo, com esta apostila, a socialização do conhecimento e dos saberes.
Profissional de Educação Física: Priscila Mayara Teixeira Sousa
Cref: 008109-G/CE

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO ........................................ 4


Ginástica de academia, Step, Ginastica Localizada, Bike Indoor, ginastica aeróbica ,
musculação, Pilates, hidroginástica, treinamento funcional.
CAPITULO 2 – GINASTICA DE CONSCIENTIZAÇÃO CORPORAL ..................... 27
Atividade física, tai chi chun, ioga, padrões de beleza,
CAPÍTULO 3 – DANÇAS ........................................................................................
Danças urbanas, hause dence, hip hop, funk, forró, samba de gafieira, salsa, valsa,
quizomba, ritmo musical, importância da dança e a influência da música na sociedade.
CAPÍTULO – 4 LUTAS E ESPORTE DE COMBATE ............................................ 60
Conceito de brigas, conceito de lutas, benefícios da prática da luta, Kung Fu, Karatê,
Boxe, Muay Thai, Taekwondo, capoeira, Judo, Jiu-Jutsu, MMA
CAPÍTULO 5 – PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA .................................... 100
Meio ambiente, Sustentabilidade, esportes radicais urbanas, esportes praticados
na terra, ar e água.

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CAPITULO 1 – GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO

Ginástica de Condicionamento Físico

É a ginástica indicada para manutenção da boa forma e do bom desempenho das


funções orgânicas. Praticada em academias ou na
forma de atividade física livre, respeitando uma
frequência, intensidade e duração adequadas.
Englobam todas as modalidades que tem por
objetivo a aquisição ou a manutenção da aptidão
física do indivíduo normal e/ou atleta.
Ao longo da história a atividade física sempre
esteve presente na rotina da humanidade sempre
associada a um estilo de época, a caça dos
homens das cavernas para a sobrevivência, os
Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito ou de cunho militar
como o exemplo na formação das legiões romanas com suas longas marcha e treinos,
mas essa relação entre a atividade física e o homem em sua rotina diária parece ter
diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução.
A tecnologia e o progresso trouxeram facilidades, mas junto vieram as doenças
silenciosas formando uma epidemia que se estabelecem sem maiores sintomas em suas
primeiras fases e vão gradativamente se desenvolvendo ao longo dos anos, identificadas
como doenças degenerativas, que tem sua origem em uma série de fatores como a
genética, influência do meio externo e maus hábitos de vida.
O incentivo a prática de atividade física tem acontecido através de todos os meios
de comunicação, mas, ainda assim cada vez mais a população apresenta problemas
relacionados com a falta de exercícios, a desculpa mais frequente é a falta de tempo ou
falta de condições para prática que é agravada pela economia de movimentos em nossa
rotina, como a comodidades do controle remoto, telefone celular, elevadores e escadas
rolantes sem falar nas horas diárias dedicadas a televisão ou ao computador e
infelizmente parece ser um fenômeno de dimensões mundial, pois uma das doenças
associadas a falta de exercícios como a obesidade tem ocorrido em quase todo planeta.
Para ressaltar o papel da atividade física basta comparar uma pessoa ativa
fisicamente de 60 anos com um inativo de mesma idade, quando comparados a diferença
são grandes, mas o que reflete em termos de qualidade de vida é que o ativo
provavelmente terá maior facilidade de se movimentar, maior força muscular, flexibilidade
e condicionamento tão importantes em sua vida diária.

Capacidades Motoras e Qualidades Físicas

Em 1968, um estudioso alemão propôs a expressão "Capacidades Motoras" para


substituir a usada universalmente "Qualidades Físicas", visto que este termo
"qualidade" já indica um valor elevado em qualquer âmbito. O termo "capacidade" indica
uma medida de potencial e por isso tem um valor amplamente modelável ou treinável. A
procura da melhor forma de desenvolvimento das capacidades, ou seja, do melhor
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treinamento, levou os investigadores a olharem de uma forma cada vez mais atenta e
sistemática para algo que está por detrás do movimento.
Quando vemos um movimento, observamos mudanças de posição no espaço e no
tempo que foram produzidas pela aplicação de forças. Mas não vemos força nem
velocidade, o que observamos é o aspecto exterior do movimento. A busca do
entendimento do que está por detrás do movimento tem sido fundamentada na fisiologia
do exercício, e o treinamento físico tem avançado, sobretudo; nesta área do
conhecimento.
A denominação "Capacidades Motoras" tem sido introduzida gradativamente na
terminologia da Ciência do Esporte e a maior parte dos países já faz uso dela para definir
os pressupostos necessários para a execução e aprendizagem das ações motoras.
Para que qualquer movimento seja executado com êxito, temos que pressupor a
existência de um certo número de capacidades baseadas em predisposições genéticas e
que se desenvolvem pelo treino. Não são qualidades do movimento, mas sim
pressupostos para que elas existam. O termo "física" que é bastante genérico e
problemático foi substituído pelo termo "motora", para reportar‐se ao movimento. A
expressão "Capacidades Motoras" substitui então "Qualidades Físicas", passando a
ser a expressão mais correta e precisa na terminologia internacional para definir os
pressupostos dos movimentos, desde os mais simples aos mais complexos. Para que
qualquer atividade motora possa ser executada com êxito necessita‐se das capacidades
motoras, e no esporte o desenvolvimento do rendimento está intimamente ligado ao
desenvolvimento das diferentes capacidades motoras.

As Capacidades Condicionantes

As Capacidades Condicionais são capacidades fundamentadas na eficiência do


metabolismo energético. Elas são determinadas pelos processos que conduzem à
obtenção e transformação de energia, isto é, os processos metabólicos nos músculos e
sistemas orgânicos. Elas são basicamente quatro capacidades: Força, Resistência,
Flexibilidade e Velocidade.
Força: é a característica humana com a qual se move uma massa (o próprio
corpo, ou um implemento esportivo), sua capacidade de dominar ou reagir a uma
resistência (oposição) pela ação muscular.

Resistência: é a capacidade de executar um movimento durante um longo


tempo, sem perda aparente da efetividade do movimento. A qualidade da resistência é
determinada pelo sistema cardiorrespiratório, pelo metabolismo, pelo sistema nervoso,
pelo sistema orgânico, pela coordenação dos movimentos e pelos componentes
psíquicos.

Flexibilidade: Capacidade Motora que expressa pela maior amplitude possível


do movimento voluntário de uma articulação ou combinações de articulações num
determinado sentido, dentro dos limites morfológicos e sem provocar lesão.

Velocidade: Expressa pela rapidez de execução de uma contração muscular.

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GINÁSTICA DE ACADEMIA
Academia

O termo academia tem sua origem em 387 a.C. na Grécia Antiga em Akademus ‐
jardins consagrados ao herói ateniense Academo ‐ e que, embora destinada oficialmente
ao culto das musas era local dos ensinamentos filosóficos de Platão a seus discípulos.
Com o passar dos tempos o povo romano passou a atribuir o termo academia a todo e
qualquer tipo de escola.

Uma academia desportiva, ginásio ou apenas academia é um local (que pode ser
fechado ou aberto) destinado ao ensino e à prática de esportes (natação, musculação
e/ou ginástica com exercícios aeróbicos ou anaeróbios), e dotados de equipamento
específico para o trabalho do corpo humano.
Existem também academias especificas para uma modalidade, tais como academias
de dança, de ballet, de karatê, de artes marciais, ginástica, musculação entre outras.
Histórico da Ginástica de Academia

Ginástica de Academia, surge no Brasil a partir de 1930, no estado do Rio de


Janeiro, na Rua Duvivier (Copacabana), sob a responsabilidade da Profª Gretch Hillefeld,
que se fundamentava no método de Ginástica Analítica, com adaptações às
necessidades e características do povo brasileiro.
Como os primeiros professores de Ginástica de Academia no Brasil eram
estrangeiros, por muito tempo a tendência foi que os primeiros trabalhos sofressem
influências europeias da Ginástica Rítmica de Dalcroze, do ballet e da dança moderna.
Com o passar dos anos, foram fundamentados trabalhos de acordo com as necessidades
do povo brasileiro, desenvolvendo‐se métodos próprios voltados aos valores estéticos.
Alguns métodos de origem estrangeira influenciaram diretamente a Ginástica de
Academia até ela tomar o formato atual. Nos anos 60 e 70 foi a Calistenia. Nos anos 80 a
Ginástica Aeróbica (Alto e Baixo Impacto), seguidos nos anos 90 pelo Step Training.
Atualmente a Ginástica Localizada tem sua base na musculação. Vários fatores, tais
como cinesiológicos, anatômicos e de melhoria de performance são comuns nestas duas
atividades, o que aumenta a correlação entre elas.

Como escolher uma boa academia?

Academias de ginásticas são instituições sociais que parecem ganhar a cada dia
mais e mais relevância em nossa sociedade.
As academias foram se transformando em muito mais do que apenas um local
reservado a prática de atividade física e sim em ponto de convergência de grupos sociais.
Frequentar uma academia passou a representar muito mais do que realizar um
treinamento físico e sim um marcador social que atualmente é transversal a várias classes
sociais, o que podemos perceber pelo número de academias que não param de crescer
em diversos bairros de nosso município.
A academia de ginástica é um local voltado para a saúde, para adquirir ou melhorar
sua qualidade de vida. Portanto, um local onde você deve se sentir bem. Por isso, antes
de se matricular numa delas, é interessante que se observe alguns itens.

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Localização: Acredite se quiser, mas o local da sua academia pode afetar os
Seus resultados. Imagine um longo dia de trabalho, estudos ou qualquer outro tipo de
atividade, no final do dia você tem que se locomover por quilômetros para chegar na
academia, lá gastar o resto das suas energias e depois ter que voltar para casa.
Qualquer imprevisto em sua rotina normal pode fazer com que você desista de
ir a academia, pois não se torna conveniente.
O que não aconteceria se a academia fosse perto da sua casa, onde você
pode ir até de à pé, neste caso você não irá gastar sua paciência ou energia para chegar
em um local onde você vai ter que sofrer mais ainda atrás de resultados.

Recepção: A recepção deve ser agradável, o funcionário deve ser atencioso e


lhe passar o máximo de informações sobre o funcionamento, regulamentos, horários,
aulas de seu interesse, etc.
Se logo de cara a academia não conseguir atender bem seus clientes, é porque não
primam pela organização.
Horários: Visite o local no horário em que pretende frequentá‐lo e veja como é
o movimento. ―Fique um pouco na sala de musculação e preste atenção no atendimento.
O ideal é que um professor atenda, no máximo, vinte alunos‖.
Instalações: Peça para conhecer as instalações e observe a qualidade e o
estado de conservação em que se encontram os materiais e aparelhos.
Esses não precisam ser luxuosos ou ultra modernos, mas devem estar em perfeitas
condições de uso.
É uma questão de segurança. Recomenda‐se ficar de olho na quantidade de
aparelhos que a academia possui, checando se o número é compatível com a quantidade
de alunos.
Higiene: A higiene é fundamental, tanto nos banheiros, vestiários, como nas
salas de aula.
Limpeza: analise a higiene e ventilação do local, inclusive dos banheiros e
vestiários.
Ponto para as academias que oferecem álcool e paninho para o aluno limpar o suor
que fica nos aparelhos depois de utilizá‐los.
Observe por exemplo se são colocados separados os colchões usados dos colchões
limpos, se funcionários constantemente limpam e secam os pisos, os assentos e encostos
dos aparelhos. Isso evita uma série de doenças de pele, que podem não ser graves, mas
desagradáveis.

Preço e Horas: Todos sabemos que uma hora de treino é o suficiente para
gerar resultados, porém cheque este detalhe antes de pagar qualquer coisa.
Qual é o preço a ser pago, quantas e quais horas a academia estará disponível
para você.
Veja se o valor e o horário combinam com seu estilo de vida e situação
financeira, a academia tem que ser algo positivo em sua vida e não um estorvo financeiro
e social.

O Professor de Academia

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Muitas pessoas começam a lembrar de praticar atividade física quando chega o
verão, e aí é aquela correria para se livrar das ―gordurinhas‖ indesejadas. São esses
casos, os chamados ―atletas de verão‖.
As academias como segmento da atividade física em ascensão e que representa
uma parcela significativa do mercado da educação física no país, necessita de mão de
obra qualificada, embora se perceba que muitas academias pareçam cada vez mais se
utilizar dos serviços de estagiários cumprindo papel de professores. Parece ser comum
também a utilização de profissionais jovens e inexperientes, porém dispostos a receber
valores de hora aula cada vez mais baixos se comparados aos que eram praticados na
década de 1990, por exemplo.
O profissional de educação física que atua neste segmento do mercado da atividade
física parece ter estabelecido características particulares, sendo de certa forma
estereotipada pela nossa sociedade, recebendo muitas vezes alguns rótulos que
marcaram sua imagem negativamente. Um famoso programa humorístico da TV brasileira
chegou a ter entre seus personagens cômicos um professor de ginástica de academia,
que embora tivesse características agradáveis, como bom humor, porte atlético e repetir
uma frase enaltecendo a necessidade de se ter boa saúde, por outro lado reduzia este
tipo de profissional a um elemento mais próximo a comédia e ao folguedo do que da
seriedade que também deveria envolver este segmento da educação física.

A conscientização e orientações seguras dos benefícios da atividade física são


importantes para evitar problemas de saúde como: lesões na coluna, nos ombros e
pescoço, distensão muscular, tendinites, desmaios, paradas respiratórias e até infartos.
É preciso ter muito cuidado na hora de escolher como e onde malhar. Quando mal
orientados os exercícios físicos podem ter efeitos contrários, podendo acometer o
indivíduo de sérios danos à sua saúde.
Segundo a lei 9696/98, que regulamenta a profissão de Educação Física, todos os
que atuam na área, devem ter faculdade de Educação Física. Não fique orgulhoso por ter
aulas com um campeão de determinada modalidade. Ele é o 'melhor' na prática, mas é
um atleta e não um professor. Por isso, pode não ter os conhecimentos necessários em
fisiologia, anatomia, biomecânica, didática do ensino... elementos essenciais para
ministrar aulas. Você se consultaria com um 'médico' sem faculdade de medicina?
Segundo o CREF (Conselho Regional de Educação Física) o primeiro passo é
escolher academias registradas no Conselho, que só possuem autorização para funcionar
se tiverem todos os profissionais registrados e devidamente habilitados.
Pergunte se os professores são formados, se tem especializações e se todos são
credenciados no conselho regional de Ed. Física (CREF). Alguns donos de academia
também tem o costume de contratar somente estagiários cursando Educação Física para
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economizar dinheiro, estes geralmente com
pouquíssimo ou nenhum conhecimento.
Estagiários não podem dar aulas sem
acompanhamento de um profissional formado.
É preciso contar com o apoio de profissionais
de Educação Física, nutricionistas, médicos e
enfermeiras e outros que estarão disponibilizando
vários exames para avaliação de saúde e física (ECG, ergométrico, aferição de pressão,
exames de glicemia, diabetes e outros, avaliação antropométrica, nutricional, etc.) É
fundamental que as pessoas façam esse tipo de avaliação.
O conhecimento técnico e a uma das maiores ferramentas que um profissional
competente deve ter para poder oferecer um atendimento ótimo a seus alunos.
Avaliação Física: Veja se existe na academia um Departamento de Avaliação
e Orientação Física. Ele é importante para que os exercícios sejam adequados aos seus
objetivos e aos limites do seu corpo. ―Se você está há muito tempo parada(a), não se
matricule antes de passar pela avaliação‖. Algumas academias também contam com
departamentos de fisioterapia e nutrição, o que é ótimo para se ter uma avaliação
completa dos alunos, cercando‐os de todos os cuidados.

Planilha de Exercícios: Ter uma planilha de exercícios que


objetive os princípios dos exercícios físicos: Diferenças individuais,
elevação progressiva de carga, continuidade e periodização.

Contrato: Solicitar um contrato que formalize a matrícula. O documento


deve discriminar as atividades que serão exercidas, horários de aula, valor da
mensalidade, multas por atraso de pagamento e a cláusula de rescisão, para não ter
problemas caso haja desistência.
Finalmente: Não se esqueça que a prática regular de exercícios deverá ser sobretudo o
fator determinante de uma mudança de hábitos de vida. Não faça expectativas
exageradas dos benefícios que os exercícios poderão trazer isoladamente. Procure
paralelamente se reeducar para uma vida mais saudável.
Lembre‐se, nenhum aparelho ou modalidade faz milagres no seu corpo, o que conta
é seu empenho, assiduidade e determinação, acompanhados de boa orientação.
MODALIDADES DE GINÁSTICA DE ACADEMIA Alongamento
Uma aula de alongamento em academias de ginástica é uma boa estratégia para
aumentar os níveis de flexibilidade de alunos de variados níveis de aptidão física.
É o conjunto de técnicas utilizadas para se manter ou para se
aumentar a amplitude de movimentos.
O termo flexibilidade deriva‐se do latin flectere ou flexibilis, que
significa curvar‐se. ―Capacidade motora determinada pela
genética e pelo meio ambiente. É expressa pela maior medida
possível de movimento de um grupo musculo articular, sem
provocar lesões.‖ (Achour, Jr 1999)
A flexibilidade trata‐se de uma capacidade motora básica,

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que segundo Tubino (2003) pode ser evidenciada através da amplitude dos
movimentos do nosso corpo em um determinado sentido.
A flexibilidade está relacionada a mobilidade articular e a elasticidade muscular e os
níveis de flexibilidade de um indivíduo estão diretamente ligados a sua mobilidade
corporal geral, portanto através disto percebe‐se a relevância desta valência físicas nas
atividades da vida diária (AVD) de uma pessoa, o que mostra a importância de das aulas
de alongamento que muitas vezes parecem não ser tratadas com a devida seriedade por
muitos professores e coordenadores de academias de ginástica, delegando estagiários e
professores iniciantes para ministrar estes tipos de aula.
No caso das aulas de alongamento torna‐se difícil fazer uma grande diferenciação
do aquecimento para as outras fases da aula, porém devemos lembrar que embora a
nível fisiológico não haja muitas alterações no aquecimento deste tipo de aula
especificamente, não podemos esquecer que por tratar‐se de uma fase inicial devemos
respeitar as características desta fase, adequando exercícios e atitudes condizentes com
o início de uma aula.
Existem inúmeros exercícios e aparelhos desenvolvidos com o intuito de aumentar
os níveis de flexibilidade de um indivíduo, Alter (1999) apresenta inicialmente uma
classificação ampla dos exercícios e técnicas, dividindo‐os em duas categorias amplas:
balísticos e estáticos. Neste mesmo livro Alter apresenta algumas classificações
adicionais que não abordaremos aqui. Fleck (1999) coloca quatro técnicas de
alongamento: estático, dinâmico ou balístico, movimentos lentos e FNP (facilitação
neuromuscular proprioceptiva).
Vejamos as características de cada um destes:
‐ Alongamento Estático: Trata‐se da técnica mais comum de alongamento, em
uma posição estática o músculo é alongado na extensão desejada.
O tempo que o músculo enfatizado será alongado na posição escolhida é bem
variado, porém em aulas de alongamento de academias este tempo normalmente parece
variar de 15 segundos a 1 minuto, o que pode ser repetido duas ou três vezes.
A variação do tempo de cada alongamento e número de repetições deste irá
variar de acordo com os objetivos do treinamento e também o nível de condicionamento
do aluno, A técnica de alongamento estático parece ser o mais utilizado em academias de
ginástica devido a sua simplicidade e segurança.
‐ Dinâmico ou Balístico: Esta técnica ao contrário da anterior envolve
movimentação. O objetiva‐se o alongamento através de um movimento de balanço ou
lançamento da musculatura objetivada.
Nesta técnica a posição final do movimento não é mantida, normalmente
voltando aposição inicial após o lançamento. Está técnica parece ser muito utilizada como
uma estratégia de aquecimento em algumas modalidades esportivas, não é recomendável
para alunos iniciantes devida ao risco de lesões que este tipo de alongamento
proporciona em alunos com baixo condicionamento físico. Muito utilizado em artes
marciais, o alongamento balístico ajuda a desenvolver a flexibilidade dinâmica (ALTER,
1999)
‐ Movimentos Lentos: Menos dinâmico que o anterior, esta técnica também envolve
movimentação da musculatura. Rotação de quadril, cabeça, ombros e outros. Devida a
sua simplicidade e segurança também parece ser muito utilizado em aulas coletivas,
também é pode ser utilizado como uma estratégia de aquecimento.

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‐ Técnicas de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva ‐ FNP: Segundo Alter
(1999) a FNP foi desenvolvida no final da década de 1940 e início da década de 1950 por
Herman Kabat.
Fleck (1999) coloca que a base teórica deste tipo de alongamento está
relacionada a ação voluntária de um músculo agonista provocando uma ativação neural
que resultará na inibição do músculo antagonista, o que possibilitará uma maior amplitude
de movimento.
Está técnica não exige necessariamente a ajuda de um parceiro para que ele
seja realizado, porém esta ajuda extra parece ser bem relevante nesta técnica de
alongamento, o que a torna menos indicada para ser realizada em aulas coletivas de
academias de ginásticas devida a dinâmica das aulas e também ao número, muitas
vezes, elevados de alunos nas classes. As técnicas de facilitação neuromuscular
proprioceptiva são utilizadas tanto em reabilitação de lesões como em diversas áreas do
treinamento esportivo.
Como exemplo de alguns benefícios de um bom treinamento de flexibilidade,
alguns autores citam o alívio da dor muscular tardia (DMT) comumente apresentada em
iniciantes em atividade física, alívio de dores lombares, alívio de cãibras musculares (a
nível agudo), prevenções de lesões, além é claro de uma melhora na qualidade de vida
pelo aumento na qualidade na realização de atividades da vida diária (AVD).

Step

O Step é uma modalidade de ginástica de academia


que teve muito sucesso no nosso país a partir da década de
1990 tendo ainda aceitação em algumas academias atuais
embora não mais como o fenômeno de público que foi.
Estimativas apontam que em 1998, 11 milhões de pessoas
em mais de 40 países praticavam esta modalidade (JUCÁ,
2004).

Segundo Novaes (1991), uma professora chamada Gim Miller, após sofrer uma
lesão em um dos seus joelhos em 1986 devido ao constante impacto das aulas de
ginástica aeróbica que ministrava, recebeu a recomendação de subir e descer de uma
plataforma para ajudar no fortalecimento da musculatura da envolvida na articulação
lesionada. Vejamos o que Novaes diz a respeito:
Miller verificou que a atividade de subida e descida da plataforma, embora fosse
muito monótona, era exatamente eficiente quanto a solicitação orgânica‐muscular exigida.
Além disso, constatou que essa atividade quando comparada à ginástica aeróbica,
possibilitava uma sensível diminuição do impacto nas articulações com o solo.
Consequentemente, Miller começou a introduzir na atividade de subida e descida do
banco a movimentação de braços podendo ser acrescentados halteres de mão, a medida
que surgisse necessidade de uma sobrecarga. Aplicou em sua academia o novo trabalho,
obtendo então resultados positivos em termos de aceitação dos alunos. Rapidamente,
esta atividade começou a se proliferar em outras academias americanas com o nome de
Step Training. (p. 72)

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A partir desta repercussão, em 1989, a Reebok University, utilizando‐se das técnicas
da ginástica aeróbica, adaptou o exercício de subir em uma plataforma, já amplamente
utilizado pelo treinamento desportivo para testes de avaliação do condicionamento
cardiovascular de indivíduos. (JUCÁ, 2004). A Reebok convidou os professores Peter
Francis e Lorna Francis para pesquisar o a nova modalidade de atividade física que ainda
possuía nenhuma comprovação científica dos resultados que oferecia, ambos contaram
com a colaboração da professora Gim Miller. (NOVAES. 1991).
Akiau (Apud. NOVAES, 1991) colocou que os autores da pesquisa, Lorna e Peter
Francis concluíram que: "... em termos fisiológicos o Step Training é equivalente a uma
corrida executada a uma velocidade de 12 km/h (mediante ao gasto de calorias) que o
classifica como um trabalho aeróbico de alta intensidade, "(p. 73)
Posteriormente a esta fase de implantação norte‐americana, o Step ultrapassa as
fronteiras dos Estados Unidos vindo desembarcar em terras brasileiras. O Step consiste
simplesmente no ato de subir e descer em uma plataforma de altura variável utilizando‐se
de música para marcação do ritmo. Daí a importância da utilização de CDs com músicas
remixadas com um mesmo Bpm, assim como nas Aerolutas e Aerodanças. Marcos Jucá
considera ideal para as aulas com alunos avançados músicas com o Bpm entre 122 e 128
para esta modalidade. Bpms acima de 132 parecem não ser recomendados, pode‐ se
observar no mercado professores que se utilizam de Bpms bem superiores, deve se
observar o custo benefício desta opção, pois se há um ganho em motivação, pode haver
perda em relação a segurança dos alunos, principalmente em se tratando de iniciantes.
Segundo Conti (1999), a altura do step varia entre 10 e 30 cm, atendendo assim aos
variados níveis de aptidão física dos alunos, para Jucá (2004) a plataforma deve ter
aproximadamente 1 metro de comprimento por 40 cm de largura e 10 cm de altura,
acrescentando bases adicionais de 5 cm para atender aos diferentes níveis de
condicionamento físico e altura dos participantes das aulas. Observações técnicas da
prática do Step:
‐ Sempre subir de frente para a plataforma.
‐ A descida do Step jamais deverá ser feita de frente.
‐ Pisar com toda a sola do pé sobre a plataforma e no centro dela.
‐ Ao descer pise sempre primeiro com a ponta do pé, tocando posteriormente com o
calcanhar.
‐ Mantenha‐se sempre há uma distância razoável para subir na plataforma, evitando
ficar muito distante do Step.

‐ Ao descer mantenha‐se próximo ao Step.


‐ Evite hiperextender os joelhos.
‐Evite coreografias complexas para iniciantes, principalmente as que possuam giros.
‐ Sempre que realizar uma seqüência ou coreografia utilizando, por exemplo, a
perna direita como líder, realizar a mesma com a outra perna.
Exercícios de Step
‐ Passo Básico (Subida e descida)
‐ Passo em V;
‐ Passo em Reversão;
‐ Lunge Frontal;
‐ Lunge Lateral;
‐ Montaria;
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‐ Passa;
‐ Meio giro;
‐ Galope;
‐ Toque no joelho;

Ginástica Localizada
A Ginástica Localizada (GL) é uma modalidade de ginástica de academia que
parece atrair um grande número de participantes em academias espalhadas pelo país.
Com sessões de treino normalmente com duração de uma hora, esta modalidade tem
como característica principal o aumento dos níveis de força do aluno e de resistência
muscular localizada (RML), parecendo que os objetivos estéticos são buscados nesta
modalidade através da conquista de hipertrofia muscular e diminuição do percentual de
gordura corporal. Esta modalidade, também conhecida como Local ou Localizada, parece
ser uma opção interessante de treinamento contra resistência em academias de ginástica
espalhadas pelo país.
Numa sala de Local, normalmente não existe a presença de aparelhos com pesos
para a realização dos exercícios, como vemos nas salas de musculação. Halteres de
barras curtas (HBC) e de barras longas (HBL), caneleiras, steps e colchonetes são os
principais materiais utilizados por professores desta modalidade, que preferencialmente é
realizada em uma sala espelhada para auxiliar na correção dos exercícios executados
pelos alunos.

Objetivos do Treinamento
Embora encontremos muitos praticantes de
GL afirmando que frequentam as aulas apenas
como uma forma de manutenção da saúde e
consequentemente melhora da qualidade de vida,
muitas pesquisas realizadas com este público
mostram que a busca de uma melhora estética
parece ser majoritariamente o objetivo dos
praticantes desta modalidade. As aulas de GL
podem propiciar aumento da força muscular e/ou
resistência muscular.
Assim como nas salas de musculação, nas aulas de Local também é montado um
programa de treinamento onde se evita o treinamento diário de um determinado
grupamento muscular. O número de séries para cada exercício pode variar de acordo
com o estilo de cada professor, mas normalmente, duas a três séries parecem a ser
quantidade mais utilizada no município do Rio de Janeiro. Quanto ao número de
repetições para cada série, também se verifica grande variações entre os professores da
modalidade, variando de oito até 30 repetições, porém parece que a maioria dos
professores das principais academias cariocas, utilizam entre oito a 15 repetições para
cada série, ao contrário da década de 1980, onde este tipo de ginástica caracterizava‐se
pela ênfase na resistência muscular localizada, sendo neste período muito comum
observar‐se professores utilizando‐se de um número de repetições muito superior aos
praticados atualmente.
A Localizada, assim como a musculação, pode‐se utilizar de métodos de
treinamento de força variados, sendo difícil definir qual é o melhor deles. Super set, Pré‐
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exaustão, Combinado, Agonista‐ antagonista, são alguns exemplos de métodos de
treinamento de força muito utilizados no mercado, cabe ao professor a sensibilidade de
escolher os métodos que melhor atendam a sua turma, levando‐se em consideração
variáveis como, nível de condicionamento, faixa etária, objetivos da turma etc.
A Ginástica Localizada, além de todos os benefícios físicos oferecidos pelo
treinamento contra resistência como, aumento de massa muscular, diminuição do
percentual de gordura, auxílio na prevenção da osteoporose e outros, também é uma
modalidade de ginástica de academia que parece promover um alto índice de fidelização
de clientes. Muito comum observarmos nesta modalidade, professores com turmas com
anos de prática, muitas vezes alguns professores de Local ao migrarem de uma empresa
para outra, levam consigo dezenas e em alguns casos até centenas de alunos consigo.
Talvez seja por isso que pode se observar que dentre as modalidades de aulas coletivas
de academia a Ginástica Localizada parece ser uma das que oferece melhores valores de
hora/aula, por isso o mercado parece oferecer uma boa oferta de emprego para bons
professores desta modalidade.
Bike Indoor
O ato de se exercitar em bicicletas estacionárias não é uma prática nova, na década
de 1980 era muito comum encontrarmos em inúmeras residências da classe média
carioca este tipo de aparelho, ainda muito rudimentar, para treinamento
cardiorrespiratório. Segundo Hartman et ali (2007) o número de praticantes de mountain
bike aumentou em 512% nos Estados Unidos da América, enquanto que o aumento do
uso de bicicletas estacionárias foi pífio perante os números de crescimento desta
modalidade de ciclismo, vejamos.
[...] "o número de americanos participando mountain bike aumentou de 1,5
milhão em 1987 para 9,2 milhões em 1994 (um aumento de 512%)". Por outro
lado, segundo um forte, período de tempo, a participação no uso de bicicletas
estacionárias no período de 7 anos parece confirmar as informações dos
profissionais das academias de ginástica de que o ciclismo sem qualquer forma
de guia ou encorajamento é visto por muitas pessoas como monótono.
(Hartmann et al, 2007, p. 165)
Às aulas de Bike Indoor em academias de ginástica parecem vir a atender esta
lacuna entre a eficiência que pode se obter no treinamento cardiorrespiratório em
bicicletas estacionárias e a monotonia deste tipo de treinamento.
O ciclismo indoor ou Bike Indoor parece ter sido criado pelo ciclista sul‐
africano chamado John Goldenberg mais conhecido como Johnny G, sob o nome
de Spinning e chega ao Brasil na década de 1990. Trata‐se de uma modalidade
de aula coletiva realizada em bicicletas estacionárias, porém com uma
modificação em sua geometria, pois as bicicletas para a prática do ciclismo indoor
desenvolvidas pelo sul‐africano Johnny G, traziam as dimensões e angulações
semelhantes as bicicletas de ciclismo de estrada ou road cycle.
Esta modalidade de ginástica de academia proporciona um programa de
treinamento visando à manutenção e melhora do sistema cardiovascular em
aulas acompanhadas por um repertório musical que normalmente parece ser motivante
para os participantes.

Os métodos de treinamento desportivo utilizados em outras modalidades como


ciclismo de estrada, natação e corrida são amplamente utilizados no Bike Indoor, o
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treinamento contínuo, intervalado anaeróbio e aeróbio, fartlek , podem ser observados na
maioria das aulas de ciclismo indoor em renomadas academias de ginástica do Rio de
Janeiro.
O Bike Indoor possui dois posicionamentos básicos, o praticante pode pedalar
sentado ou em pé, sem contato com o selim. Existem variações de pegadas no guidom,
conhecidas como pegada um (as mãos ficam bem próximas ao centro do guidon) pegada
dois (as mãos ficam um pouco mais afastadas em relação a pegada um), pegada três
(segura‐se nas extremidades do guidon). Destes posicionamentos, combinados com
implementações de carga, surgem as variações de estilos de aula, o que alguns
professores costumam chamar de diferentes terrenos ou Ali Terrains. Estes seriam
analogias com terrenos verdadeiros que o ciclista "outdoor" encontra em seus
treinamentos, denominação que acho incoerente pelo fato de termos nas aulas de
ciclismo indoor, basicamente dois tipos de terrenos, subidas e planos. Os diferentes
posicionamentos na bike, associado a variação de cargas possibilitam diversas
estratégias de treinamento.
Levando‐se em consideração estes dois tipos de terrenos citados acima, teremos
algumas técnicas que nortearam todas as aulas desta modalidade.
‐ Plano sentado: Esta seria a primeira técnica executada por um iniciante na
modalidade, consistindo simplesmente no ato de pedalar sentado na bicicleta estacionaria
com uma carga leve ou moderada.
‐ Ladeira sentado ou escalada sentado: Esta técnica simula a pedalada em
ladeiras, ainda com o apoio do selim, aumenta‐se a resistência na roda o que tornará a
pedalada mais difícil. É importante que haja um aumento progressivo da carga para que
haja uma melhor adaptação por parte dos alunos e também para evitar o risco de lesões.
‐ Ladeira fora do banco ou escalando em pé: Uma variação da técnica de subida
simulando o ciclista escalando uma íngreme estrada é a saída do banco. A carga pesada
será mantida ou incrementada e o praticante não mais utilizará o apoio dos glúteos no
selim. Normalmente esta técnica parece ser mais estimulante para os alunos do que a
anterior.
- Running ou correndo: Nesta técnica o aluno, utilizando uma carga leve ou moderada,
pedalará fora do banco, o tronco ereto num ângulo de 90 graus em relação a bicicleta
parece ser a posição corporal mais confortável e utilizada por alunos experientes e por
muitos professores desta modalidade, a pegada que melhor permite essa postura corporal
é a número dois. Está técnica exige um nível maior de coordenação motora por parte do
praticante, recomenda‐se um cuidado especial com as primeiras vezes que o aluno venha
executá‐la.
‐ Saltos ou jumps: Está técnica é recomendada para alunos mais avançados ou
que não tenham muito tempo de prática, mas que já executem bem as técnicas citadas
anteriormente, demonstrando uma predisposição natural para o desempenho da
modalidade. Os saltos consistem em alternar a posição sentada com a fora do banco em
pequenos intervalos de poucos segundos, aumentando o ritmo da pedalada na hora da
saída do selim. Apesar desta técnica, em relação as outras aqui apresentadas, ser talvez
a que menos seja coerente com as técnicas utilizadas nos treinamentos de ciclismo
outdoor, ela parece agradar bastante por parecer desafiante para os alunos, parecendo
aumentar a motivação da aula.
‐ Sprints: Oriunda do inglês esta palavra significa corrida de curta distância. Tanto no
ciclismo como na corrida a pé, o sprint consiste em um aumento repentino da velocidade,
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normalmente utilizado nos metros finais de uma competição. No caso do ciclismo, o
ciclista utiliza a relação de marchas mais potente que haja em sua bike, tornando a sua
pedalada o mais forte possível. Este raciocínio me leva discordar de algumas literaturas
que sugerem que se utilizem cargas leves a moderadas na bicicleta estacionaria para
realização de um sprint, acredito que para uma melhor simulação de um sprint real em
uma competição de ciclismo, se deveria usar uma carga de moderada a pesada, jamais
uma carga leve.
Alguns equipamentos desenvolvidos para uma melhor performance e conforto do
ciclista de estrada e de Mountain Bike, são também utilizados nas aulas de Bike Indoor.
Sapatilhas, bermudas com forros especiais, pedais com clipe, blusas que absorvem o
suor e caramanholas (garrafas) são alguns exemplos de materiais utilizados por atletas
de ciclismo e também por praticantes de Bike Indoor. Muitos praticantes utilizam apenas
uma capa para bancos de bicicletas, estas capas são preenchidas por uma espécie de
gel e são conhecidas no mercado como "capas de gel",
são muito utilizadas, pois evitam o desconforto gerado
pelo contato prolongado do praticante com o banco,
tornando‐se uma alternativa as tradicionais bermudas
de ciclismo.
Ginástica Aeróbica
É um tipo de treinamento aeróbico que utiliza
grande variedade de movimentos dos membros
inferiores e superiores repetidos, provocando, constantemente, uma sobrecarga no
sistema cardiovascular. Isso aumenta a necessidade de absorção de oxigênio, realizando
uma espécie de treinamento ao coração, os pulmões e o sistema cardiovascular, que irá
proporcionar o transporte desse oxigênio mais rápido e eficaz a todas as partes do corpo
(AFAA ‐ Aerobic and Fitnes Association of America).
Origem
No final dos anos 60, o Dr. Kenneth Cooper desenvolveu, junto à Força Aérea
Americana, uma avaliação para medir a condição cardiovascular dos militares, conhecido
como teste dos 12 minutos. O teste correspondia à distância percorrida correndo ou
caminhando nesse espaço de tempo.
No início da década de 70, Jack Sonensen desenvolveu um programa denominado
"aerobic dancing‖, já preocupado com as divisões da aula: flexibilidade, aquecimento,
rotinas de dança aeróbica e esfriamento.
A parte principal da aula compreendia
pequenas coreografias com música, utilizando
passos simples, que duravam cerca de 15 a 30
minutos, enfatizando a continuidade. Porém, a
proposta apresentada com maior fundamentação
fisiológica e pedagógica foi desenvolvida pela Dra.
Phillys C. Jacobson, denominado "Hookes on
Aerobics‖.
Na década de 80, houve um incremento
significativo de programas de ginástica aeróbica e a sua implantação em clubes,
academias e centros esportivos. No final da década de 80 a ginástica aeróbica se
transformou em um esporte competitivo de alto nível.

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A ginástica aeróbica de competição caracteriza‐se por ser uma atividade intensa,
alegre, com movimentos e expressões corporais diversificados e bem marcados, com um
acompanhamento rítmico e musical. Os atletas precisam demonstrar muito dinamismo,
força, flexibilidade, coordenação e ritmo sincronizados com o acompanhamento musical.
Seus eventos são divididos em cinco: individual feminino e masculino, pares mistos, trios
e grupos de seis.
Em 1994, a FIG (Federação Internacional de Ginástica) decidiu organizar os
campeonatos mundiais de Ginástica Aeróbica Esportiva e estruturar o esporte de acordo
com as outras modalidades da ginástica. O primeiro Campeonato Mundial oficial foi
realizado em 1995 em Paris e contou com a participação de 34 países.
O Brasil é, segundo a FIG, o país com o maior número de participantes – há aqui
mais de 500 mil pessoas envolvidas com a ginástica aeróbica. Outros países de alto nível
no esporte são: Argentina, Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Japão, Alemanha,
Itália, Espanha e Romênia.
A ginástica aeróbica é uma atividade física realizada em grupo e tem um ritmo
determinado pela música escolhida pelo professor.
Os passos básicos da ginástica aeróbica são usados na construção das coreografias
e rotinas que são responsáveis pela manutenção da intensidade do exercício.

Outras modalidades da ginástica aeróbica:


 Aerofight: Aula que reúne os movimentos da ginástica aeróbica com os de luta;
 Aerojazz: É uma aula de ginástica aeróbica, embalada pela música e combinação
de passos do jazz;
 Aerojumping: Nessa aula, os exercícios são desenvolvidos em cima um
minitranpolim;
 Aerosalsa: Composta por movimentos da ginástica aeróbica, da dança e música
latina;
 Aeroaxé: Combina exercícios da aeróbica, com a música e dança baiana.

Materiais e Equipamentos para a Ginástica Aeróbica


‐ Halteres;
‐ Barras com anilhas;
‐ Caneleiras;
‐ Elásticos;
‐ Steps;
‐ Barras fixas e paralelas;
‐ Colchonetes.

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Musculação

A musculação é uma atividade física


versátil, geralmente com a utilização de pesos
nos treinos. Não pode ser considerado um
esporte, mas é um instrumento para o
condicionamento físico das pessoas, sejam
atletas ou não.
A musculação é a base de esportes como
o Fisiculturismo (musculação de competição) e
o levantamento de peso (básico e olímpico).
Além disso, atletas de inúmeras modalidades
utilizam a musculação para o preparo físico
específico em seus esportes.
A musculação pode ser praticada por
pessoas a partir dos 14 anos, sendo indicada
inclusive para os idosos. As academias devem dar todo o suporte aos usuários, em
relação aos exercícios e pesos específicos para sua idade, condição física e objetivos
desejados com o treinamento.
Os principais benefícios da musculação são:
‐ Aumento da massa muscular
‐ Redução da gordura corporal
‐ Mantem a pele esticada em caso de emagrecimento
‐ Aumento da densidade óssea
‐ Alivia os sintomas da artrite
‐ Previne dores nas costas e melhora a postura
‐ Elevar a taxa metabólica
‐ Melhora a circulação e pode diminuir a pressão arterial
Em academias, o treino que visa o condicionamento físico é realizado em séries,
que trabalham partes do corpo em separado, como a porção inferior do corpo, a porção
superior do corpo, braços e cintura. A quantidade de pesos utilizados é definida pelo
instrutor da academia, considerando as condições físicas da pessoa. Uma série inicial
normalmente é utilizada por três meses. Após esse tempo, a série é modificada
aumentando alguns pesos e modificando alguns exercícios, trabalhando outros músculos.
Para evitar lesões musculares, é fundamental o alongamento antes e depois dos
exercícios físicos.
Quanto à origem da musculação, existem registros em paredes de Capelas
Funerárias no Egito que datam de 4.500 anos, e que mostram homens levantando pesos
como uma atividade física.

GINÁSTICA MÉDICA OU CINESIOTERAPIA

A ginástica médica ou cinesioterapia é


definida etimologicamente como a arte de curar,
utilizando todas as técnicas do movimento. Licht
(1965) definiu exercício terapêutico como

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―movimento do corpo ou das partes corporais para alívio de sintomas ou melhorar a
função‖.

Auguste Georgii (1847), ao utilizar o termo cinesioterapia, propunha esta definição:


―O tratamento das doenças através do movimento‖; a cinesioterapia ativa é assim a parte
da fisioterapia que utiliza o movimento provocado pela atividade muscular do paciente
com uma finalidade precisamente terapêutica. É o que há muito tempo se chamou de
ginástica médica em oposição à ginástica geral, cujos propósitos são essencialmente
higiênicos ou estéticos. Entretanto essa noção de movimento é muito restritiva, portanto
se incluem inteiramente no quadro da cinesioterapia ativa solicitações musculares de
estabilizações que não induzem nenhum deslocamento das alavancas ósseas.
Ginástica Laboral
É a ginástica que acontece em pequenos espaços do trabalho, com finalidade de
prevenir lesões por esforços repetidos e se caracteriza com exercícios compensatórios à
atividade repetida.
Embora as primeiras manifestações de atividades físicas em empresas datem de
mais de 100 anos, a Ginástica Laboral é um ramo relativamente novo para a maioria das
empresas.
A Ginástica Laboral começou a ser compreendida como um grande instrumento na
melhoria da saúde física do trabalhador, reduzindo e prevenindo problemas ocupacionais,
através de exercícios específicos que são realizados no próprio local de trabalho.
A Ginástica Laboral não sobrecarrega nem cansa o funcionário, porque é leve e de
curta duração. O objetivo da Ginástica Laboral é promover adaptações fisiológicas, físicas
e psíquicas, por meio de exercícios dirigidos que:

‐ Trabalham a reeducação postural,


‐ Aliviam o estresse,
‐ Diminuam o sedentarismo;
‐ Aumentam o ânimo para o trabalho;
‐ Promovam a saúde e uma maior consciência corporal;
‐ Aumentam a integração social;
‐ Melhoram o desempenho profissional;
‐ Diminuam as tensões acumuladas no trabalho;
‐ Previnam lesões e doenças por traumas cumulativos, como as LER (Lesões por
Esforços Repetitivos) e os DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho).
‐ Diminuam a fadiga visual, corporal e mental por meio das pausas para os
exercícios.
Dentre as lesões mais frequentes podemos citar:

‐ Na coluna cervical: síndrome da tensão cervical e síndrome do desfiladeiro


torácico;
‐ No ombro: tenossinovite do bíceps e tendinite do músculo supra espinhoso;
‐ No cúbito (cotovelo): epicondilites;
‐ No punho: tenossinovite dos flexores do punho e dedos, tenossinovite dos
extensores do carpo e dedos, tendinite de Dequervain e síndrome do túnel do carpo;
‐ Na mão: fascite palmar e miosite dos lumbricais.
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‐ Outros problemas na coluna como: hipercifose torácica, hiperlordose, escoliose, entre
outros.
‐ Encurtamentos musculares.
Para as empresas, a incorporação da Ginástica Laboral pode trazer muitos
benefícios como:
‐ Redução de faltas dos funcionários;
‐ Aumento da produtividade;
‐ Redução de quedas;
‐ Maior integração da equipe etc.

Tipos de Ginástica Laboral


Existem dois tipos de Ginástica Laboral:
a Preparatória e a Compensatória.
1‐ A Ginástica Preparatória é realizada antes ou logo nas primeiras horas do início do
trabalho. Na maioria das vezes não é possível implantar em todos os setores antes de
iniciar a jornada, mas logo no seu início e isso não descaracteriza como preparatória. Ela
constituída de aquecimentos e ou alongamentos específicos para determinadas estruturas
exigidas. O objetivo é aumentar a circulação sanguínea, lubrificar e aumentar a
viscosidade das articulações e tendões. Geralmente tem duração de 5 a 10 minutos.
2‐ A Ginástica Compensatória é realizada no meio da jornada de trabalho, como uma
pausa ativa para executar exercícios específicos de compensação. Praticada junto às
máquinas, mesas do escritório e eventualmente no refeitório ou em espaço livre,
utilizando exercícios de descontração muscular e relaxamento, visando diminuir a fadiga e
prevenir as enfermidades profissionais crônicas.
De que forma a Ginastica laboral é definida?
A Ginástica Laboral compreende exercícios específicos de alongamento, de
fortalecimento muscular, de coordenação motora e de relaxamento, realizados em
diferentes setores ou departamentos da empresa, tendo como objetivo principal prevenir e
diminuir os casos de LER/DORT
Termos importantes:

L.E.R. (Lesões por Esforços Repetitivos) – foi criada para identificar um conjunto de
doenças que atingem músculos, tendões e articulações dos membros superiores e
eventualmente membros inferiores, e que têm relação direta com as tarefas, ambientes e
organização do trabalho. De acordo com a Organização Mundial de Saúde as L.E.R.s são
a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil. A cada 100 trabalhadores na
região Sudeste, por exemplo, um é portador de L.E.R. A maior incidência da doença
acontece na faixa etária de 30 a 40 anos.
D.O.R.T. (Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho) ‐ é a mais nova
terminologia adotada pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e tenta ampliar
o conceito da doença para distúrbios inflamatórios e ou oriundos da compressão de
nervos, provocados por atividades que exigem do trabalhador uma sobrecarga física ou
atividades que demandam uma sobrecarga psíquica.
Ergonomia ‐ conjunto de ciências e tecnologias que buscam a adaptação entre o ser
humano e seu trabalho. O objetivo básico da Ergonomia é adaptar as condições de
trabalho (máquinas, locais, ferramentas) às características do ser humano. Quando a

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sintonia entre trabalho e trabalhador é alcançada, os benefícios são rapidamente
percebidos.
Corporate Fitness ou Academia Corporativa ‐ academias dentro das empresas. Há
alguns anos, as empresas vêm criando espaços, dentro de seu ambiente, destinados ao
treinamento físico de seus colaboradores, o que melhora a qualidade de vida individual e
por consequência os níveis de saúde da população da empresa, diminuindo os custos
com assistência médica e aumentando a produtividade.

Ginástica Corretiva
É a ginástica que possui exercícios definidos para corrigir defeitos posturais e
desvios da coluna vertebral, também conhecida como cinesioterapia, é ministrada por
fisioterapeutas, fisiatras e/ou professores de Educação Física especializados.
A Ginástica Corretiva é uma atividade de caráter preventivo e terapêutico, indicada a
pessoas de todas as idades que apresentem problemas de coluna como: cifose, escoliose
e lordose, hérnias de disco e diversos tipos de artrose.
Proporcionando o alívio das tensões e estresse, a Ginástica Corretiva Postural
diminui e até elimina dores e facilita os movimentos corporais.
A Ginástica Corretiva Postural complementa as técnicas de Pilates e RPG
proporcionando consciência corporal nas atividades físicas de fortalecimento muscular
sem riscos de lesão.

Pilates

Joseph Pilates (1880‐1967) foi um alemão que sofreu, durante a infância, de


raquitismo, asma e febre reumática. Tais acontecimentos levaram‐ no a interessar‐se pelo
estudo da anatomia e fisiologia humana e dos fundamentos de medicina oriental.
Utilizando seus conhecimentos e para evitar passar o resto da vida dependente de uma
cadeira de rodas, Pilates desenvolveu cerca de
500 exercícios que o ajudaram, bem como aos
seus seguidores, a levar uma vida longa e sã.
Dessa maneira, o Método Pilates surgiu
como uma excelente opção de fisioterapia para
qualquer tipo de problemas ou deficiência física.
Mas não é necessário ter uma doença concreta
para praticar Pilates: é um tipo de exercício que
faz bem a qualquer pessoa e, além disso, ajuda a
equilibrar a mente, pois atua a nível psíquico, melhorando o autoconhecimento e
diminuindo os níveis de ansiedade e stress.
Entre as inúmeras vantagens que o Pilates oferece, devemos destacar o aumento
da flexibilidade, a ativação dos músculos do tronco e a melhoria da estabilidade pélvica e
lombar, o que contribui para uma melhor postura, sem dores nas costas.
Desenvolve os músculos mais profundos do abdômen e das costas, o Pilates atua
diretamente na sustentação da postura, e por consequencia melhora o alinhamento
postural. Porém, sem uma avaliação individualizada, com objetivos definidos de forma
criteriosa, o Método Pilates pode até piorar a postura pois os músculos mais fracos serão
vencidos pelos mais fortes.

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O Método Pilates consiste em um conjunto de exercícios controlados, pausados e
metódicos, através dos quais se exercitam todos os músculos do corpo. Quem pratica
Pilates ganha elasticidade e flexibilidade (possibilita movimentos mais harmoniosos),
define e tonifica o corpo além de ter melhor consciência corporal.
O método Pilates não escolhe gênero nem idade. Conta com um grande número de
exercícios de intensidade e dificuldade muito
variáveis, que tanto se podem adaptar a
crianças como a adultos.
No Pilates é preciso ter concentração,
tanto na respiração como na realização correta
dos exercícios, para, assim, conseguir desligar‐
se de todos os problemas e atingir a
neutralidade mental. Mas, mesmo se não conseguir, o exercício ajuda a relaxar tanto
física como mentalmente.
Cada sessão de Pilates dura uma hora. Praticá‐lo três vezes por semana é o ideal,
mas, com apenas duas sessões por semana já se verificam algumas mudanças.
As aulas de Pilates são ideais para mulheres que procuram um exercício tranqüilo,
mas que as mantenha em forma, para homens que pretendam complementar outros
exercícios e ganhar flexibilidade ou para idosos que queiram aumentar a sua resistência
face aos desafios do cotidiano e fazer exercício sem correrem o risco de se lesionar.

R.P.G. (Reeducação Postural Global)


A R.P.G. (Reeducação Postural Global) é uma técnica muito usada para correção de
escoliose, hipercifose, gibosidade (corcunda) ou
quaisquer desvios da coluna vertebral ou membros
(pernas ou braços).

A técnica da RPG foi desenvolvida pelo Dr. Philippe


E. Souchard na França, no início dos anos 70 baseia‐se
na teoria do campo fechado. Esta teoria esclarece que o
ser humano para conseguir permanecer em pé, correr e
realizar a infinidade de movimentos diários, depende da
harmonia das cadeias musculares, da dinâmica e cadeias musculares da estática , que
com suas contrações e descontrações constantes e precisas permite‐nos realizar uma
infinidade de movimentos com equilíbrio e graça. Somente o fato de ficarmos em pé, já é
algo maravilhoso.

História da hidroginástica

A hidroginástica surgiu na Alemanha, para atender inicialmente um grupo de


pessoas com mais idade, que precisava praticar uma atividade física, segura, sem causar
riscos ou lesões articulares e que lhes proporcionassem bem estar físico e mental.
A 460 – 375 a.C. em épocas remotas já se utilizavam de banhos de contrastes para
o tratamento de doenças. Os romanos utilizavam 4 tipos de banhos:
1. Banho frio (recreação) – frigidarium;
2. Banho tépido (local contendo ar aquecido) – tepidarium;

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3. Outro banho – (ambiente fechado, saturado de ar úmido quente) – provocar
sudorese => este tipo de ambiente lembra as atuais saunas seca e úmidas atualmente
existentes;
4. Banho quente – caldarium.
Na alemanha, por volta de 1722, os banhos mornos eram utilizados para aliviar
espasmos musculares e nos pacientes necessitados de relaxamento.
Aproximadamente 57 anos depois (1779), em Edimburgo, foi empregado o banho
frio em várias condições febris. De acordo com alguns documentos por volta do ano de
1830, Vincent Pressnitz, iniciou o uso da água fira e exercícios vigorosos. Este cidadão
acreditava que essa atividade trazia inúmeros benefícios para o corpo, embora sua tese
fosse considerada empírica nos meios clínicos da época.
Por volta de 1835, o Dr. Winternitz de Viena mais Wright e Currie, tomando o
assunto à nível de pesquisa, chegaram à conclusão que havia ciência sobre as reações
dos tecidos na água, em suas várias temperaturas e os benefícios proporcionados no
tratamento de várias doenças.
Daí, estabeleceu bases fisiológicas aceitas, nascendo, então, a hidroterapia como
alternativa de cura recomendada pela medicina e que se alastrou pela Alemanha,
Inglaterra, Estados Unidos e foi ganhando seu espaço pelo mundo.
No Brasil, a hidroginástica chegou a 27 anos, sendo desenvolvida em vários locais
como: clubes, academias, spas, etc...,
Atualmente sua prática possui várias finalidades como emagrecimento,
principalmente para pessoas obesas, melhora da saúde, ganho de massa muscular,
interação com outras pessoas, preparação ao parto para as futuras mães e a sensação
de prazer durante e após a atividade.
Com o passar do tempo, vertentes surgiram a partir da Hidroginástica como
Acquagym, Ginástica Aquática, Hidroatividade e Aquaeóbica. Perceberam que poderiam
adaptar diferentes tipos de atividades na água e criaram a Hidroioga, Hidrodança,
Hidrocapoeira, Hidro Power e Hidro local. Além de aulas onde os alunos não tocam no
fundo da piscina como Deep water e Deep runner (corrida na água). Essa são apenas
algumas das possibilidades desenvolvidas, existe uma infinidade delas.
Para o professor aproveitar ao máximo o ganho no aluno e evitar qualquer tipo de
lesão é necessário um amplo conhecimento do setor aquático, que se dividem em:
 Flutuação: Resultado da força contrária a gravidade chamada de empuxo
para cima.
 Pressão hidrostática: A tensão exercida sobre o corpo que quanto mais
profundo estiver maior será. Causa a resistência na execução do movimento.
 Viscosidade: Atrito provocado na água, que pode variar entre alto e baixo
conforme a velocidade do exercício ou temperatura da piscina.
 Densidade: Cálculo da massa com o volume. Se o corpo for mais denso que
a água ele afunda. O peso dos ossos com o nível de gordura e massa magra
de indivíduo interferem em sua capacidade de flutuação.
 Temperatura: As piscinas variam em média de 27 a 29ºC.
Uma aula de hidroginástica tem duração de 40 minutos ou até mesmo uma hora,
isso vai depender do cronograma e regras do estabelecimento. O ideal é que o professor
separe a aula em três partes: a inicial como aquecimento, a principal com os exercícios
de aumento da intensidade e a última com relaxamento e volta a calma.

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Os movimentos realizados pelos alunos são feitos justamente contra a força
exercida pela água que é de baixo para cima. Essa forma de sobrecarga pode contar com
materiais para aumentar a resistência, como halter, acquatubo ou macarrão, caneleira,
luva, colete, bola, prancha ou qualquer outro material aquático.
A música é o fator principal durante a atividade, já que os alunos estão lá muitas
vezes para se sociabilizar e se divertir. O ritmo proporciona o estímulo necessário para os
praticantes.
Os benefícios adquiridos com a hidroginástica são:
 Melhora cardiorrespiratória e vascular;
 Ganho de força e massa magra;
 Melhora da coordenação motora e equilíbrio;
 Proporciona prazer e qualidade de vida.

TREINAMENTO FUNCIONAL

A funcionalidade física do ser humano é testada desde a antiguidade e já foi questão


de sobrevivência. Portanto, o treinamento funcional não é uma novidade.
Na mitologia grega é observada a importância de uma plena funcionalidade para
sucesso de desafios propostos,
como "Os doze trabalhos de
Hércules". Na Grécia Antiga
encontramos os Jogos Olímpicos.
Para melhoria da performance os
atletas gregos desenvolveram
equipamentos e métodos de
treinamento específicos para
superação de resultados. Esta
prática, também foi aplicada na
Roma Antiga, entre os gladiadores.
Hoje em dia, o treinamento funcional mantém a sua essência como um método de
treinamento físico, com conceito básico de melhoria da aptidão física relacionada à saúde
ou a performance e prevenção de lesão músculo esquelético. Tem como característica
realizar a igualdade das habilidades biomotoras fundamentais do ser humano, para
produção de movimentos mais eficientes. Este método de treinamento atende tanto o
indivíduo mais condicionado como o menos condicionado, criando um ambiente dinâmico
de treino.
Paul Chek desenvolveu um sistema de treinamento funcional focado nos
movimentos fundamentais do homem primitivo e que são executados também no
cotidiano do homem moderno, são eles os movimentos de: agachar, avançar, abaixar,
puxar, empurrar, levantar e girar.
Algumas linhas de pesquisa sobre treinamento funcional referem-se ao treinamento
com instabilidade e/ou treinamento do core. Pode-se entender como treinamento do core
um programa de exercícios físicos que visa melhorar a capacidade de controlar a posição
e o movimento do tronco sobre a pelve e as pernas para permitir uma ótima produção,
transferência e controle da força e movimento para o segmento distal, numa cadeia

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integrada de atividades. Desta forma o produto do controle motor e da capacidade
muscular do complexo lombo-pélvico-quadril é a estabilidade do centro corporal (core).
O que é o treinamento funcional?
O treinamento funcional é um tipo de treino o qual tem como base os movimentos
naturais do corpo, como pular, correr, puxar, abaixar (agachar), levantar, saltar, girar etc.
Sendo assim, este treino visa aprimorar essas funções, otimizando capacidades como a
força, o equilíbrio, a coordenação motora, a agilidade, o sistema cardiovascular e
cardiorrespiratório e etc.
De uma forma geral, por ser extremamente natural, ele faz com que o individuo fuja
daqueles mesmos movimentos propostos com a prática da musculação. Dito de maneira
simplória, não considero que ele ―substitua‖ os movimentos da musculação, pois ela
também busca o reaprendizado de movimentos básicos, como agachar ou levantar.
Entretanto, com a inserção de métodos muito atualizados, os exercícios se tornaram
limitados a eixos específicos e é justamente nisso que o treinamento funcional se
diferencia, por utilizar outros eixos e outros padrões de movimentos.
O treinamento funcional também tem a capacidade de, em grande escala e talvez
mais do que a musculação, trabalhar a musculatura profunda e estabilizadora de regiões
do corpo, especialmente dos músculos do core. Mas, óbvio que outras regiões também
podem ser trabalhadas de maneira profunda e, não é incomum a musculação tradicional
ser completada com alguns desses exercícios funcionais justamente com esta finalidade.

O treinamento funcional proporciona bons resultados? Quem pode praticá-lo?

Sem sombra de dúvidas, o treinamento funcional é muito interessante,


especialmente para alguns grupos de pessoas as quais tem de utilizar a musculação com
certa restrição e que buscam o emagrecimento (visto que, incontestavelmente, quando o
assunto é o ganho de massa magra, a musculação tradicional ainda leva vantagem sob
quaisquer outras práticas).
De uma forma geral, existem métodos de treinamentos funcionais os quais chegam
a queimar cerca de 700kcal em um mesmo período de tempo da musculação (45-50
minutos), sendo que, assim como na musculação, ainda temos um significativo aumento
nos níveis de EPOC.
Geralmente, a intensidade dos treinamentos funcionais tende a aumentar de acordo
com o desenvolvimento da pessoa. Isso quer dizer que, pouco a pouco, a tendência é a
de que seus treinos fiqem cada vez mais intensos, gerando resultados cada vez mais
expressivos.
O treinamento funcional pode ser interessante, especialmente para alguns grupos de
pessoas as quais possuem certas restrições na musculação. Entre esses grupos,
podemos mencionar mulheres em estágio avançado de gravidez (as quais necessitam de
exercícios para o fortalecimento corpóreo e mesmo para auxiliar no trabalho de parto e no
período pós-parto), pessoas com lesões específicas as quais necessitam de
fortalecimentos específicos, pessoas as quais não gostam da musculação, entre outras.
Obviamente, todo o protocolo de treinamento funcional deve ser individualmente
projetado, uma vez existentes inúmeras vertentes e sistemas de treino, assim como no
caso da musculação tradicional. Os limites individuais devem ser prioritariamente
respeitados.
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Benefícios do Treinamento Funcional
O que muitas pessoas querem saber é se o treino funcional possui benefícios e
quais são esses benefícios, em relação a musculação ou a qualquer outro tipo de
atividade física.
A verdade é que ele possui benefícios
sim, como já dito em algumas partes deste
artigo. Vamos fazer uma lista dos grandes
benefícios que o treino funcional possui:
 Treinar diversas habilidades motoras;

 Treino vai além dos músculos… Treine


os movimentos corporais;

 Treino variado, com infinidades de


exercícios e possibilidades;

 Desenvolve e Melhora a percepção dos


movimentos;

 Melhora a postura durante os exercícios;

 Fortalece os músculos do core;

 Trabalha o corpo todo de uma vez só;

 Melhora o equilibro do corpo;

 Melhora da força e tonificação muscular;

 Auxilia na reabilitação de lesões.

O treinamento funcional pode trazer diversos benefícios para a sua vida. Portanto se você
precisava de algum empurrão para começar, esse é o que posso te dar! Não fique
parado, procure hoje mesmo uma academia e comece a se movimentar.

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CAPÍTULO 2 – GINÁSTICA DE CONSCIENTIZAÇÃO
CORPORAL

ATIVIDADES FÍSICAS

Atividades físicas são os movimentos corporais


produzidos pelos músculos esqueléticos, que tem como
resultado um gasto de energia maior do que os níveis de
repouso. Sendo assim, não são apenas os exercícios
praticados dentro de uma academia, ou durante uma corrida,
eles estão presentes no nosso dia a dia ao varrer a casa, ao
caminhar até a parada de ônibus...é importante tentar integrar
de uma forma mais abrangente a vida diária às atividades
físicas, por exemplo: utilizar as escadas ao invés do elevador,
passear com o cachorro, ir ao supermercado a pé, fazer
jardinagem, entre outras formas.
Para que as atividades físicas se tornem mais benéficas
e realmente melhorem a qualidade de vida, é ideal ter um
tempo reservado para exercícios físicos de uma forma mais
direcionada, como caminhada, musculação, natação, etc. A atividade física é fundamental
para todos, independente da idade, e quando combinada com uma alimentação saudável,
é possível garantir um corpo saudável e um grande bem-estar.
Importância das Atividades Físicas
As atividades físicas, sem dúvida alguma proporcionam uma alta qualidade de vida.
Praticar exercícios regularmente ajuda a manter uma boa saúde mental e corporal, em
qualquer idade.
Mas, infelizmente essa não é a realidade que estamos vivendo, ao mesmo tempo
que existem pessoas preocupadíssimas com a alimentação e com o corpo, existem outras
que se entregam cada vez mais ao sedentarismo. Pesquisas afirmam que mais de 60%
dos adultos que vivem em áreas urbanas, não praticam exercícios regularmente. É
possível observar um grande índice de aumento do sedentarismo, e consequentemente
da obesidade, que está diretamente ligado ao estilo da vida moderna. Hoje os exercícios
estão cada vez mais reduzidos, por conta da tecnologia que substitui práticas que antes
dependiam do nosso esforço, e também pelo tempo, que é cada vez mais acelerado e
escasso, as refeições precisam ser mais rápidas, e o tempo para as atividades físicas é
substituído pela televisão, computador, videogame etc.
Desde o seu surgimento, o homem já foi condicionado à diversas práticas físicas e
sempre foi ativo. Antigamente tudo o levava a se exercitar com grande frequência, andava
muito de um lugar ao outro, não tinha a ajuda dos transportes, o trabalho era braçal, tudo
era fruto do esforço. Com o passar do tempo, e principalmente com a Revolução
Industrial, a troca do campo pela cidade e o surgimento de máquinas e transportes,
passaram a favorecer a diminuição dessas atividades, que estão cada vez mais
reduzidas.

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No Brasil, esse modo de vida acelerado e sedentário, é responsável por, em média,
54% do risco de morte por infarto, e 50% do risco de morte por derrame cerebral, duas
das principais causas de morte no país.
Benefícios das Atividades Físicas
As atividades físicas são benéficas para todo o organismo, a começar pela
importantíssima função de fortalecer os ossos, articulações e músculos, proporcionando
mais resistência, flexibilidade, equilíbrio corporal, agilidade, e principalmente, um bom
condicionamento físico, melhorando as condições de funcionamento do sistema
cardiorrespiratório.
A qualidade de vida é muito maior quando se tem o hábito de praticar exercícios,
pois aumenta a disposição, a facilidade para certas coisas, melhora o sono, a
alimentação, o humor, o aspecto da pele, ajuda na superação de limites, na vida sexual,
entre outros milhares de benefícios.
Outro fator muito importante, é o controle ou a perda de peso e a redução da
gordura corporal através dos exercícios. Pessoas com o peso inadequado, e com um alto
índice de gordura possuem grandes riscos de contraírem graves doenças, principalmente
as cardiovasculares. Quem possui hábitos corretos e uma rotina de atividades físicas,
diminui cerca de 40% do risco de problemas no coração, pois ele trabalha de forma muito
mais eficaz e segura. Proporcionam também a redução da pressão arterial, do colesterol,
e melhora a diabetes. Alguns problemas respiratóriostambém podem ser resolvidos com a
prática de atividades físicas, pois ajudam a fortalecer os pulmões, fornece mais energia,
fôlego, oxigênio e nutrientes aos tecidos.
A atividade física ajuda o corpo a usar as calorias de forma eficaz e aumenta a taxa
metabólica nasal, portanto faz com que o organismo use mais calorias do que o normal ao
ser exercitado. Essa taxa metabólica, é baseada nas funções do organismo, como a
respiração, digestão, frequência cardíaca e função cerebral.
Além de ser importante em diversos aspectos do corpo, essas tarefas beneficiam
também a saúde mental, pois melhoram o fluxo de sangue para o cérebro, levando mais
oxigênio e nutrientes, regula as substâncias que estão ligadas ao sistema nervoso,
diminui o estresse, pois é relaxante para a mente e faz com que algumas substâncias
relacionadas à esse comportamento, sejam eliminadas.
Por auxiliar no comportamento do indivíduo, elas fazem com que o convívio social
seja melhor e mais tranquilo, aumentando também a disposição e a produtividade no
trabalho.
Os exercícios físicos são importantes também para cuidar da ansiedade, depressão,
auto-estima e até para o tratamento de abstinência de drogas. Realizar essas atividades é
uma alternativa saudável para que o corpo e a mente elimine aos poucos a necessidade
de determinada substância.

Exercícios por Idade

Atividades Físicas para Crianças

As atividades físicas para crianças são extremamente importantes para um bom


crescimento e desenvolvimento do corpo e da mente. É importante que a criança comece
a criar resistência, coordenação, força, equilíbrio, agilidade, velocidade, percepções tátil,
auditiva e visual, noções de espaço, de tempo e de ritmo... e todos os outros benefícios
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que podem ser adquiridos através das atividades
físicas. A atenção precisa ser especial nessa fase,
pois é durante toda a infância que novas sensações
são descobertas, e são os exercícios que auxiliam e
proporcionam o início de uma vida saudável.

Atualmente, há uma preocupação muito grande


com o alto índice de obesidade durante a infância.
Antigamente as brincadeiras proporcionavam uma
queima de calorias muito maior, as crianças eram acostumadas a correr mais, pular
mais...hoje muitas praticam atividades físicas apenas na educação física da escola, pois
no tempo livre tudo gira em torno da televisão, do computador e do vídeo-game! Esses
hábitos tem proporcionado menos qualidade de vida para as crianças e aumentando o
índice de sedentarismo.

A prática correta e regular de exercícios precisa começar na infância, ou seja, é


importante que os pais incentivem, busquem saber quais são as atividades preferidas da
criança, e proporcione a realização. Normalmente as crianças preferem atividades que
sejam divertidas e que tenham contato com outras crianças. Veja algumas dicas de
atividades físicas para crianças e quais os principais benefícios:

 Natação: é indicada a partir dos primeiros meses de vida, para que desde cedo
haja uma adaptação com a água. Durante os primeiros anos, a natação ocorre de
forma recreativa e lúdica, e é importantíssima para que novos movimentos sejam
descobertos pela criança, sem nenhum trauma (tombo, batida, dor). É um grande
auxílio para o desenvolvimento motor, assim como os aspectos cognitivos,
emocionais e sociais. Além disso, melhora a resistência do organismo e ajuda em
casos de problemas respiratórios e ortopédicos.
 Ballet: ajuda muito na coordenação motora, concentração, disciplina, postura,
memória, criatividade, lateralidade, ritmo, flexibilidade, musicalidade, e proporciona
uma sensibilidade às artes e às expressões corporais.
 Futebol, vôlei e basquete: normalmente são os três esportes que utilizam bola que
são mais praticados pelos "pequenos". Ajudam a criança a criar uma certa
resistência física, capacidade cardiorespiratória, coordenação motora e incentiva o
trabalho em equipe.
Atividades Físicas para Adolescentes
Por anteceder a fase adulta é importante criar um hábito ainda maior de exercícios.
Pesquisas comprovam que os adultos sedentários, na maior parte das vezes são assim,
porque na adolescência já não tinham o costume
de se exercitar.
Durante a adolescência, um período
complicado, cheio de dúvidas, altos e baixos,
onde a preocupação com a aparência triplica, a
atividade física além de todos os benefícios
oferecidos em qualquer fase, proporciona

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também um estímulo à socialização, à inclusão, aumenta a auto-estima, o bom-humor, a
disciplina, estimula a busca por objetivos, elimina a preguiça, exercita a independência, o
relacionamento em grupo, dentre outros.
A adolescência é um momento de mudanças no corpo, pois há uma grande
concentração de hormônios, e as atividades físicas ajudam a enfrentar de um jeito mais
agradável estes efeitos psicossociais, e ao gastar mais energia, o corpo e o psicológico
tendem a ficar mais equilibrados. Também é durante a adolescência que o apetite
aumenta é muito comum ouvir comentários de que eles comem demais, principalmente os
garotos, por isso é fundamental manter uma atividade física regular, para evitar a
obesidade. Outro ponto a ser comentado é a ajuda que o esporte oferece, para que os
jovens se afastem de possíveis vícios, como o álcool e drogas.
A musculação na adolescência é um tema difícil a se tratar, muitos dizem que não é
recomendado, pois atrapalha no crescimento e desenvolvimento do corpo, mas não há
comprovação desse fato. Porém, o que é totalmente inadequado, é fazer musculação
trabalhando com carga máxima, pois desse forma é possível atrofiar ou atrapalhar o
desenvolvimento dos músculos. O ideal é visar apenas a resistência muscular, e não a
força, fazendo um programa que intercale exercícios aeróbicos e anaeróbicos com cargas
mais leves.

Atividades Físicas para Adultos

Na faixa etária de 20 a 30 anos, não há restrição de exercícios, o corpo já se


desenvolveu ao máximo e ainda permite muito esforço. A atenção precisa ser focada na
postura, para que não tenha problemas. Por ser uma fase onde as responsabilidades são
muito maiores, o tempo é curto, então é necessário achar uma atividade que dê prazer e
encaixá-la na agenda.

A partir dos 30 anos a preocupação com a saúde e com a


estética aumenta, pois as respostas metabólicas e fisiológicas
não são mais as mesmas, ficam lentas, e as ―marcas do
tempo‖ começam a aparecer. É comum ouvir queixas de
mulheres que a partir dos 30 anos, possuem mais dificuldade
para emagrecer, diferente de antes, que rapidamente perdiam
peso. Durante esse período também não há restrições de
exercícios, mas a musculação é ainda mais indicada, pois
ajuda nos resultados estéticos, na articulação e fortalece o
corpo.
Com 40 anos ou mais, começam a aparecer algumas
restrições, e de acordo com essas retrições, é necessário que
o programa seja feito de uma forma mais específica e com acompanhamento. Os
exercícios aeróbicos precisam ser mais intensos do que a musculação, pois o peso
corporal tende a aumentar pela grande dificuldade de emagrecer e o coração precisa
ganhar ainda mais resistência.
A partir do 50 anos algumas dificuldades já são visíveis e determinadas patologias já
se manifestaram. Mas a atividade física é uma obrigação ainda maior nessa fase por
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causa da diminuição de massa óssea, vulnerabilidade aos problemas cardíacos, aumento
da gordura corporal, a piora na postura, entre outros fatores.

Atividades Físicas para Idosos

As atividades físicas aumentam a expectativa e a qualidade de vida dos idosos,


melhora a auto-estima, disposição, autoconfiança, memória, independência, etc. Porém, o
cuidado precisa ser redobrado, pois já existem muitas limitações, as articulações e a
agilidade não são mais as mesmas, a disposição é menor, o cansaço e as dores estão
mais presentes, o metabolismo basal está mais reduzido, aumento dos problemas
cardiovasculares como o aparecimento de doenças cardíacas, pressão arterial elevada,
normalmente, concentração de gordura no tronco e abdômen, e outras diversas
restrições.
Mas nada disso, a não ser determinadas limitações físicas, impedem o idoso de se
exercitar. Pelo contrário, precisam ser um estímulo para melhorar a saúde, pois as
atividades físicas diminuem o risco de diversas doenças, incapacidades, melhora a
mobilidade, aumenta o nível de energia, ausência de dores, além de auxiliar na
minimização das alterações biológicas do envelhecimento.
Há idosos que pela grande dedicação aos esportes durante a vida inteira, chegam à
―melhor idade‖ com disposição e boas condições físicas, pois o envelhecimento
cronológico não acompanha o envelhecimento fisiológico no mesmo ritmo. Mas há
também os que perdem grande resistência e precisam começar do zero. Os exercícios
mais indicados são a caminhadas, aulas de alongamento, hidroginástica e musculação
(pesos leves, sequências curtas).
Mas independente da atividade, é fundamental ir ao médico, fazer uma avaliação
física, todos os exames necessários, e escolher atividades de acordo com as limitações e
com o que for indicado. Em academias, os idosos tem uma atenção especial, os
treinadores verificam a pressão antes, durante e depois do programa, acompanham, e
auxiliam em todos os exercícios.

TAI CHI CHUAN

O Tai Chi Chuan é uma arte marcial interna, de origem chinesa. Seu estilo é suave,
e favorece o relaxamento muscular, ao
contrário da maioria das artes marciais, que
tem como objetivo a agilidade e a maior
tensão dos músculos. O Tai Chi Chuan
pode ser considerado uma meditação em
movimento.

Os movimentos no Tai Chi Chuan são


circulares. Quando combinados com um
ritmo respiratório, levam a
um alongamento do corpo e conseqüente
relaxamento do mesmo. Os movimentos são contínuos e delicados.

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O Tai Chi Chuan tem, em seus princípios, traços da filosofia Taoísta e da Alquimia
Chinesa. Foi ―fundado‖ pela Família Yang, mais precisamente por Yang Lu Chang, um
chinês que viveu entre 1789 e 1872. Mas o grande responsável que difundiu o Tai Chi
Chuan da Família Yang por toda a China, foi o Mestre Yang Cheng Fu, que viveu entre
1883 e 1936. O estilo Yang tem 103 posturas diferentes.

Tendo como base a filosofia Taoísta, o Tai Chi Chuan busca o equilíbrio entre o Yin
e o Yang, o que gera a energia "KI", que é a energia vital de todo ser vivo. Yin e Yang são
os extremos opostos de energia. Num exemplo um tanto grosseiro, claridade e escuridão
seriam os extremos Yang e Yin da energia luminosa. São indissociáveis e ao mesmo
tempo contrários. O ideal seria encontrar o equilíbrio entre eles.

O Tai Chi Chuan faz com que o praticante tenha maior consciência de seu corpo e
do equilíbrio. Tem efeito sobre o corpo e a mente, aumentando o relaxamento e
combatendo o estresse.

Os benefícios que traz a saúde também são inúmeros: torna as articulações mais
flexíveis, rejuvenesce a pele, favorece a circulação sanguínea, e o coração.

Como tem ação sobre o sistema nervoso central, é benéfico inclusive para os
sistemas: digestivo, eliminatórios, respiratórios e imunológicos. Por esses motivos é
sinônimo de longevidade em alguns países.

Por envolver a arte marcial, a saúde e a meditação, o Tai Chi Chuan é, atualmente,
praticado pelo mundo todo, sobretudo no ocidente, e é inclusive aplicado na medicina
oriental, no tratamento de reumatismos, artroses, burcites, artrites e no equilíbrio da
pressão arterial.

Na China, é comum as pessoas praticarem o Tai Chi Chuan nas praças, no período
da manhã. Pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive às pessoas na terceira
idade.

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IOGA

A ioga, que teve origem na Índia, é uma forte disciplina imposta sobre o corpo e a
mente do homem. Há diferentes tipos de ioga, cada uma com uma ênfase.

O termo ioga significa: unir, juntar, atrelar

Embora muitas pessoas escrevam o termo yoga iniciando com a letra ―y‖, esta
palavra já está incorporada ao dicionário Aurélio desde a década de 60, de modo que, no
Brasil, ela é iniciada com a letra ―i‖. Esta foi apenas uma ressalva, pois importa muito
menos como o termo é grafado e muito mais o que ele significa. O termo ioga significa
unir, juntar, atrelar, a partir do sânscrito. No entanto, enquanto prática, esse termo
significa muito mais do que isso: trata-se de uma forte disciplina imposta sobre o corpo e
a mente do homem, cuja origem se deu na Índia, e com fortes vínculos com a prática da
meditação tanto budista quanto hinduísta.

Há diferentes tipos de ioga, porém citarei apenas as mais comuns: hata-ioga, bacti-
ioga, jnana-ioga, raja-ioga e carma-ioga. Cada uma delas apresenta ênfase em algum
aspecto específico, como se pode ver:

 Hata-ioga: Pretende a transcendência da consciência a partir do fortalecimento do corpo.


Esse corpo, assim, estaria forte o suficiente para conseguir atingir a elevação espiritual;
 Bacti-ioga: Esse tipo de ioga tem como objetivo maior a conexão com o divino por meio
da devoção do praticante;
 Jnana-ioga: Parte do pressuposto que existe um conhecimento imutável e, portanto,
anterior ao homem. Por isso, a prática da Jnana-ioga requer muito estudo e dedicação;
 Raja-ioga: Apropriada para pessoas muito racionais, pois a sua prática pretende o
domínio das atividades mentais;
 Carma-ioga: parte da noção de que todas as ações feitas pelo ser humano devem ser
desinteressadas, de modo a entregar todos os benefícios conquistados à divindade.

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Atualmente, o nosso estilo de vida moderno tem ocasionado muitos problemas físicos e
psicológicos não apenas nos adultos, como também em crianças. E é nesse sentido que
a prática da ioga se faz importante: ao procurar um equilíbrio entre o corpo, a mente e a
parte espiritual, a ioga se torna praticamente uma saída para a boa saúde e o bom estilo
de vida. Além disso, a ideia que perpassa todas as práticas iogues de que você é
responsável pelos seus atos, e que, portanto, a sua felicidade só depende de você,
incentiva a autonomia para o praticante.

Outros benefícios dessa prática são: aumento da concentração nas atividades;


maior equilíbrio emocional; aumento da força muscular e da flexibilidade; melhora do
sistema imunológico; redução do estresse e da ansiedade.

CONHEÇA A HISTÓRIA DOS PADRÕES DE BELEZA E SUA EVOLUÇÃO

Das curvas mais avantajadas à barriga de tanquinho, é possível identificar, desde a


Pré-História, os diversos padrões de beleza, tanto em
homens quanto em mulheres.
Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, o
tempo não é a única variável dessa mudança. As questões
culturais também são fatores consideráveis. Por exemplo:
algo que se enquadra nos conceitos de beleza no Brasil
pode ―não valer‖ em outros países.
Em outras palavras, os padrões de beleza estão em
constante processo de mutação, não sendo representado
por um modelo universal e sofrendo influências de
variáveis sociais, culturais e até mesmo biológicas.

As grandes transformações dos padrões de beleza, da


Pré-História ao Renascimento

A Pré-História

Durante a Pré-História, o corpo era considerado a arma de sobrevivência dos indivíduos,


tanto para a caça quanto para a fuga dos predadores. Mesmo assim, os padrões de
beleza já tinham notoriedade quando o homem começou a viver em grupos.
Criou-se uma hierarquia, e os homens que estavam no topo utilizavam elementos como
as garras e os dentes de animais para a diferenciação dos demais.
Enquanto isso, a obesidade representava o ideal estético perfeito para as mulheres.
Nesse caso, ela era associada à fertilidade e à disponibilidade de recursos.

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A Idade Média

Desde então, a única época que não houve o domínio de algum padrão de beleza se deu
na Idade Média. Graças à forte influência da Igreja, os hábitos de higiene dos gregos e
dos romanos foram deixados de lado. Pregava-se que os cuidados com corpo era algo
profano, imoral e indecente, já que contradiziam as leis divinas.
Acreditava-se que a beleza era uma consequência da sua obediência, devoção, pureza e
castidade, assim como a Virgem Maria. Para o sexo masculino, essas questões estavam
ligadas ao poder, tanto que a maior referência para os homens era o rei.
O Renascimento
No período Renascentista, os valores humanistas retornaram, assim como a adoção de
padrões de beleza da Antiguidade.
As pinturas se tornaram mais sedutoras, com os corpos à mostra. Nos quadros, as
mulheres exibiam os cabelos longos e formas avantajadas, enquanto os homens se
apresentavam um corpo sem pelos e com músculos.
Os ideais greco-romanos também voltam a imperar nessa época. A obesidade
representava status, riqueza e ostentação — o que só estava disponível para um seleto
grupo da nobreza.

A mutação dos padrões de beleza e os seus reflexos dentro do comportamento


social

O século XVII

Já no século XVII, a apreciação deu lugar a corpos mais delicados e a cinturas mais
afuniladas, que surgiram após muito esforço com o uso dos espartilhos.

O século XIX

Mais tarde, no século XIX, corpos avantajados voltaram a ser valorizados, especialmente
entre a classe burguesa. O contexto histórico, a Revolução Industrial, também contribuiu
para a distinção entre as classes e a propagação da riqueza por parte de um grupo seleto
na sociedade.

O século XX

Vale ressaltar que somente no século XX, a partir das mudanças culturais, as mulheres
conseguiram conquistar mais emancipação e independência — sendo essa uma
importante vitória para a classe.

Os espartilhos foram extintos e os sutiãs passaram a ser usados. A famosa marca Coco
Chanel investiu na produção em 1ª mão de saias na altura do joelho, além da confecção
de roupas mais leves e soltas, sem a exigência da marcação na cintura.

Nesta época, o modelo de homem ideal era modulado por esportistas e celebridades. A
característica marcante é que inteligência passa a ser sinônimo de riqueza. Os homens
ricos são referenciados pelo seu poder e pela sua liderança.

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Os anos 1940 e 1950

Nos últimos 50 anos, especialmente, após a popularização de concursos de beleza, os


ideais tornaram-se uma grande diversidade. Inúmeros biotipos inspiraram o imaginário, e,
entre eles, encontrava-se o de grandes artistas influenciadores da época.
Especificamente nos anos 1940 e 1950, os astros de Hollywood — como Marilyn Monroe
— foram uma das principais referências para instituir padrões de beleza e chamavam
atenção pela sua sensualidade, com quadris largos e seios fartos, acentuados pelos
sutiãs com enchimento.
Depois, a modelo, atriz e cantor britânica Twiggy se tornou uma inspiração com o seu
corpo magro, esquálido e com ausência de curvas.
O ritmo marcante da época é rock n‘ roll e o artista influente era Elvis Presley, que
chamava atenção pelo o seu rosto liso e pelo seu topete brilhante — moda que foi
adotada pelos homens naqueles tempos.
Os anos 1970
Os anos 1970 foram marcados pela liberação sexual e pela igualdade de direito entre os
gêneros.
Em decorrência disso, os ideais de beleza masculino passaram por grandes
transformações, tanto em relação ao corpo quanto ao modo de se vestir e de se
comportar socialmente.
Houve a ampliação dos mais diversos estilos, que iam desde os cabelos mais soltos e
naturais até o estilo punk.

Os anos 1980

Na década de 1980, a era fitness começou a imperar. Os músculos volumosos e definidos


eram o principal objetivo para os milhares de fisiculturistas existentes. Isso aconteceu por
causa da ginástica em casa, possível depois da democratização do videocassete.

O incentivo ao culto do corpo perfeito na era contemporânea

Os anos 1990

Nos anos 1990, surgiu Kate Moss, que veio com o intuito de redefinir a ideia de sex
appeal a partir da valorização da sua beleza andrógina (aquela que possui traços
marcantes de ambos os gêneros, feminino e masculino).
Isso se tornou muito marcante, especialmente, para protagonização de grandes
campanhas de grifes, já que uma pessoa consegue reproduzir as peças para homens
quanto para mulheres.
As características altas, magras, curvilíneas sem exageros foram referenciadas por
grandes modelos da época. Nesse momento, a beleza deixa de ser associada à saúde
para se tornar um padrão social. Surgiu, assim, o aumento significativo de distúrbios
alimentares, como bulimia e anorexia.
Novas tendências também começaram a ter mais visibilidade, como os piercings e as
tatuagens.

O Brasil contemporâneo

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Também houve a consolidação do corpo perfeito no Brasil — que sofreu influência,
especialmente, dos bailarinos e de Carnaval. A preocupação com corpos sarados, dietas
e cirurgias plásticas se tornaram foco.
Como você pode notar, os padrões de beleza, que remetem o ideal de felicidade, são
consagrados por grandes influenciadores, como os estilistas e os demais membros da
indústria da moda, que compartilham o que não é acessível para grandes massas, sendo
restrita um seleto grupo social.

A EVOLUÇÃO DOS PADRÕES DE BELEZA FEMININA AO LONGO DA HISTÓRIA


Divertido e interessante
Os padrões de belezas da sociedade tem mudado imensamente ao longo do tempos. A
busca da beleza tem feito parte da maioria das civilizações existentes no nosso planeta,
apesar do conceito de beleza ser algo altamente subjetivo e cultural. Muitas soluções de
beleza estranhas já fizeram parte da vida das mulheres para que pudessem se encaixar
nos padrões da época.
Hoje em dia, cirurgias plásticas e
exercícios físicos conseguem
proporcianar quase todas as mudanças
desejadas, desde que a pessoa tenha
recursos financeiros suficientes. Você
pode conseguir os recursos necessários
nas loterias dos
EUA Powerball e Megamillions.
O quanto você mudaria a sua aparência se ganhasse na loteria Powerball ou
Megamillions? Para muita gente a resposta pode ser nada, enquanto outras pessoas iriam
fazer inúmeras mudanças no rosto e no corpo, no cabelo e no guarda-roupa. Diz o poeta
que a beleza está nos olhos de quem a vê, mas para muita gente as mudanças são vistas
como uma forma de melhorar sua auto-estima.
Os padrões de beleza atuais são muito diferentes daqueles do passado. Vamos dar uma
olhada no já foi considerado atraente nas mulheres.
Testa grande
No século XIV, durante o período renascentista na Itália, além das
grandes descobertas artísticas, cinetíficas e políticas, surgiu a moda
da testa grande. Diversas pinturas e esculturas da época
comprovam a tendência no mínimo estranha. Muitas mulheres
arrancavam os cabelos da testa ou usavam uma solução química
perigosa para remover os cabelos e obter uma testa maior,
constituída de vinagre, cal e fezes de animais, o que muitas vezes
resultava em cicatrizes.
Biotipo

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Nos séculos XIV e XV, mulheres gordinhas eram consideradas belas. No entanto, a partir
daí o padrão de magreza foi tomando conta aos poucos, sendo representado hoje em
grande parte pelas modelos famosas. Fazer dieta é uma das formas mais comuns de se
atingir este padrão. Por mais estranhas que as dietas atuais pareçam, nada chega perto
das dietas de antigamente. Na Inglaterra do século XVIII surgiu o que poderia ser a dieta
mais maluca que já existiu, a dieta da tênia. Para emagrecer, as mulheres ingeriam os
vermes vivos, os quais passavam a viver em seus estômagos, aproveitando as calorias
ingeridas. Quando os vermes cresciam além da conta, precisavam ser removidos do
estômago.
Cintura fina
Durante o século XVI, a moda na Europa era ter curvas
acentuadas e uma cintura desproporcionalmente fina.
Para tal fim, as mulheres usavam espartilhos e corpetes
por baixo dos vestidos, os quais eram tão apertados que
causavam desmaios frequentes devido à falta de
oxigênio, havendo até relatos de fratura de costelas.
Cor da pele
Ao contrário da atualidade, onde uma pele dourada de sol é considerada como o padrão
de beleza, no passado as peles brancas eram consideradas como símbolo de beleza.
Desde o século VI até o século XVIII, as mulheres mais pálidas eram
consideradas as mais belas. A palidez também era símbolo de status, já
que uma pele bronzeada era indicativa de trabalho ao relento, o que era
associado às classes mais baixas. Ao que tudo indica, as mulheres
sempre encontram uma forma de atingir seu objetivo de beleza: as
mulheres da época muitas vezes se cortavam, para que pudessem perder
sangue e conseguirem aquele visual de palidez quase mortal.
Pés pequenos
Na época da dinastia de Tang na China surgiu o hábito grotesco de
amarrar os pés de meninas a partir dos 4 anos de idade para que eles não crescessem
propriamente. Uma chinesa com pés pequenos era considerada muito atraente e teria
mais chances de ter um bom casamento.
Infelizmente, por baixo das ataduras, os pés
terminavam pequenos mas bastante deformados.
O que nos parece estranho hoje já foi considerado
não apenas normal, mas belo no passado; da
mesma forma, no futuro provavelmente
condenaremos muitas das práticas de beleza atuais.
Mas cada um é que decide o que o faz sentir melhor.
E se você sonha em poder investir na sua
aparência como os artistas da televisão, sua melhor
chance é tentar tirar a sorte grande nas loterias dos EUA. Com os 115 milhões da
Megamillions e os 90 milhões da Powerball, há pouca coisa que não poderá ser feita....

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O PADRÃO DE BELEZA IMPOSTO PELA MÍDIA

Temos vivido a era dos direitos humanos, mas por desconhecer o poder de
influência que a mídia, através dos meios de comunicação,
exerce em nossas vidas, em como penetra em nossa mente, não
percebemos que nossos direitos jamais foram tão violados como
nos dias de hoje. Temos visto um verdadeiro massacre humano,
de mulheres, adolescentes se matando para atingir um inatingível
padrão de beleza imposto pela mídia. Em uma sociedade
democrática, as mulheres tornaram-se escravas da indústria da
beleza, tão difundida pelos meios de comunicação, os quais tem
dilacerado a nossa juventude, pessoas que estão perdendo o
prazer de viver, tornando-se solitárias, por estarem inconformadas com sua forma física,
controlam alimentos que ingerem, para não engordar; esta escravidão assassina a
autoestima, produz uma guerra contra o espelho e gera uma auto rejeição terrível.

Diante disso, procuramos mostrar através de pesquisas, o que estas influências tem
feito com nossa juventude, sendo estes os motivos que levaram o rumo desta pesquisa, a
não conformação com esta situação, este massacre, de pessoas se matando para
estarem como os meios de comunicação difundem que tem que ser para se dar bem na
vida. O que leva uma pessoa a se destruir dessa forma? A perder o prazer de viver? Tudo
isso para atingir um padrão de beleza? Estas indagações não nos deixa calar diante
dessa fábrica de pessoas doentes e frustradas que tem sido nossa sociedade.

Padrão de beleza e sociedade


Ao longo dos anos e mais precisamente depois da Segunda Guerra Mundial, a
mulher vem adquirindo direitos e mudando sua forma de atuação na sociedade. Elas
estão se especializando, através de estudos e qualificações profissionais, promovendo,
assim, um melhor planejamento familiar e conquistando maior respeito e admiração, pois
estão conquistando uma posição atuante e fora de casa.

Hoje, podemos ver mulheres independentes, confiantes e distribuindo confiança,


temos no Brasil uma mulher no comando do país, Dilma Rousseff, entre tantos outros
exemplos de mulheres no comando de empresas, na chefia de cargos públicos, entre
outros.

O conceito de mulher, dona de casa, mãe e esposa, mudou. As mulheres ainda são
mães, esposas e dona de seu lar, porém, junto a tudo isso, estão no mercado de trabalho
atuando de forma efetiva diversas funções. As conquistas são constantes, e as quebras
de tabus são diárias, em meio a esta avalanche cultural que temos vivido.

Descarte, em meio a todas essas conquistas, temos vistos, também um verdadeiro


massacre humano, onde pessoas, principalmente mulheres, dilaceraram seu prazer de
viver e sua liberdade para atingir o inatingível padrão de beleza, pregado pelas mídias em
nossas vidas.
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As cobranças que as mulheres tem feito a si mesma para atingir o padrão de beleza
imposto pela mídia, tem lhes prejudicado em todos os sentidos, tanto psicológicos, como
em seu corpo. A sociedade exige uma dupla ou tripla jornada de trabalho (cuidar da casa,
do marido, das crianças, do emprego, do curso de especialização, do cabelo da estética,
entre outros). Diante de tudo isso vem o stress, a não aceitação de seu corpo, as dietas
malucas, distúrbios alimentares e mais tarde doenças como bulimia e anorexia nervosa.

Os meios de comunicações tem imposto um estereotipado padrão de beleza


feminina, os comerciais, desfiles, novelas, propagandas tem mostrado que para ser aceito
na sociedade deve ser magra, vestir manequim 36. Nas capas das revistas vemos belos
corpos de modelos magérrimas, a pura perfeição. Diante disso vem a cobrança de ser
assim, para se sentir bonita e atraente, sexy, bem vista e aceita pela sociedade, assim
como afirma Bohm:

―O padrão estético de beleza atual, perseguido pelas mulheres, é


representado imageticamente pelas modelos esquálidas das passarelas e
páginas de revistas segmentadas, por vezes longe de representar saúde,
mas que sugerem satisfação e realização pessoal e, principalmente, aludem
à eterna juventude‖ (BOHM, 2004, p.19).

As mulheres, que ao longo dos anos vêm lutando por sua liberdade de expressão,
independência financeira e direito de voto, consideradas por muitos anos como o sexo
forte, mostram-se hoje como o sexo frágil e escravas do padrão de beleza imposto pela
mídia.

Indústria da beleza
O discurso da mídia decorre de uma pluralidade de produtos e avanços tecnológicos
a fim de aprimorar a estética e forma física. Vemos todos os dias surgirem novos produtos
de emagrecimento, são pílulas, sucos, comidas diet, light e zero, parelhos de ginásticas,
academias com uma imensidão de aparelhos, vídeos com séries de exercícios pra se
fazer em casa e perder medidas, revistas especializadas em perda de peso em tantos
dias, cosméticos, cirurgias plásticas, redução de estômago.

O país pode está na maior crise financeira de todos os tempos, mas a indústria da
moda não para de crescer. Para todos os lugares que se olha, se ver a influencia ao culto
de um corpo perfeito, uma barriga saradinha, uma constante luta contra a balança, uma
conta de calorias presente em cada refeição. Os meios de comunicação apresentam
diariamente o glamour da glória e do sucesso, de pessoas magras e em forma se dando
bem em tudo que fazem, sem sofrer nenhum tipo de preconceito, apenas bem e com
intensa ascensão social.

Obsessão pela forma física e os transtornos


A perda de peso já se tornou o objetivo da maioria das mulheres e a indústria da
beleza mostra que é algo possível de se alcançar, basta ter vontade, pois todos os dias
surgem novas formas, tecnologia que permitem uma rápida e satisfatória perda de peso.
A mídia, em sua forma escrita e televisiva, prega o poder, honra, beleza, mobilidade
social, através das modelos, top moldes, e as mulheres em especial da faixa adolescente,
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sentem a necessidade de estarem com o corpo de modelo. Recorrem constantemente a
indústria da beleza para satisfazer esta necessidade que a mídia mostra que ela teve ter.
O ideal de corpo perfeito. Mas assim como diz Cury em seu livro, a ditadura da beleza e a
revolução das mulheres, que gostaria que as pessoas descobrissem a beleza única que
cada uma tem e não procurasse ser igual a ninguém:

―Aprenda diariamente a ter um caso de amor com a pessoa bela que você é,
desenvolva um romance com a sua própria história. Não se compare a
ninguém, pois cada um de nós é um personagem único no teatro da vida‖
(CURY, 2005, p.1).

Em contraste a essa ideia, temos os meios de comunicações, como, por exemplo,


blogs, sites de relacionamentos, incentivando as pessoas a serem iguais as modelos, se
sacrificarem para ficar magra, encontramos termos como Ana e Mia, para designar as
doenças, anorexia e bulimia, respectivamente. Onde muitas adolescentes se identificam e
aprendem a como perder peso, como passar horas sem se alimentar, a como controlar a
ansiedade. Estes blogs tem influenciado meninas de todo o mundo, ensinando com ser
uma pessoa anoréxica e em como enganar os pais, para que não percebam de imediato o
que elas estão fazendo consigo mesmas, se matando, desistindo da vida para atingir o
inatingível padrão de beleza.

As pessoas que tem estes transtornos alimentares, costumam enfrentar uma guerra
todos os dias com o espelho, todas as vezes que se olham no espelho, se veem gordas,
deformadas, não gostam do que ver em sua frente, nunca conseguem se sentir bem
consigo mesma. Isso acontece muitas vezes com pessoas que já estão abaixo do peso
considerado saudável. O pior de tudo isso é que temos visto milhares de pessoa sofrendo
dilaceradas pelo mal que tem assolado famílias ricas e pobres, muitas meninas morrendo
de fome tendo de tudo em casa para comer, parece utopia, mas é realidade de muitas
pessoas, é um imenso contraste, enquanto a indústria de alimentos vendem gorduras
exuberantes, a indústria da beleza luta com regimes e defende o uso de alimentos de
baixo valor calórico ou nenhuma caloria.

O resultado é uma paulatina deterioração física e mental, que começa com sintomas
leves, como tonturas, tremedeiras, fraquezas, gastrites, variações de humor,
complicações cardiovasculares e renais, podendo levar a morte.

Diante disso, é uma missão impossível compreender o que leva uma pessoa a fazer
isso consigo mesma, desistir de lutar pela vida, querer muitas vezes a morte, do que ter
uns quilos a mais. A maior indignação e por que não dizer revolta que nos dar, é que todo
esse sofrimento poderia ser evitado se as pessoas acreditassem na sua beleza genuína e
singular, que não quisessem ser iguais as modelos dos desfiles e comerciais.

Indústria do consumo
O século 19 foi o século das maiores conquistas que as mulheres tiveram ao longo
de sua história; a luta pelo direito de votar, opinar, igualdade de trabalho, frequentar
universidades. A sociedade abriu espaço para as mulheres serem livres, mas no século

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20, vimos que a indústria do consumo, que tanto ajudamos a construir, tem feito as
mulheres escravas de um padrão inatingível de beleza.

A indústria do consumo tem o objetivo de vender seus produtos, sejam eles:


Cigarros, carros, cervejas, roupas, calçados, ou até mesmo comidas, com o corpo da
mulher. Hoje o corpo feminino vende tudo, mas esta imagem de corpo perfeito, esta
espetacularização da moda, tem trazido consequências drásticas à nossa sociedade,
milhares de pessoas insatisfeitas consigo mesmas e seus corpos em frente ao espelho só
lhes mostra defeitos, as pessoas não enxergam mais sua beleza interior, existe sim um
vazio enorme em seu interior, pois querem ser o que não são, querem ser como as
modelos das capas de revistas e comerciais.

Estes efeitos causados pela indústria do consumo, na sociedade, só lhes trás mais
crescimento e sucesso, por que pessoas insatisfeitas correm às lojas para comprarem
objetos afim de satisfazerem seus desejos, acabar com a ansiedade, aumentar sua auto
estima. Mas esses prazeres são passageiros, pois logo após alguns segundos, já querem
outro produto, pois o que comprara a pouco tempo já se tornou obsoleto, tudo isso devido
a vida líquida em que vivemos nessa sociedade moderna, onde nada se firma, não dar
tempo as coisas tomarem forma, os avanços são constantes, as modas passageiras, a
cada minuto surge uma nova tecnologia. Assim como nos diz Cury: ―Estamos mais ricos
financeiramente hoje, mais muito mais miseráveis e infelizes interiormente‖ (CURY, 2005,
p. 39). A indústria do consumo tem o objetivo de promover inconscientemente a
insatisfação e não a satisfação, como muitas pessoas pensam e se deixam influenciar.
Pessoas satisfeitas, bem humoradas, com auto estima não precisam da paranoia de viver
comprando desenfreadamente, ou viver correndo atrás das coisas que estão na moda, a
qual muda todo dia, trazendo assim um desgaste constante, viver trocando carro, celular,
roupas, calçados; Pessoas bem resolvidas consomem mais ideias do que estética. A cada
dia as pessoas estão sendo vistas por essa indústria de consumo, como mais um número
de cartão de crédito, mais um comprador em potencial, e não como uma pessoa que deve
ser valorizada por sua inteligência, capacidades e beleza interior.

Não importa o que as indústrias da moda, da beleza, do consumo e os meios de


comunicações nos impõem, ou os produtos que colocam no mercado, prometendo
milagres da beleza, do rejuvenescimento, dizendo que isso fará ser bem aceito na
sociedade e ter ascensão social, não adianta está se matando para atingir o inatingível,
pois cada pessoa tem uma beleza única, e deve serem aceitas como são, se cuidar e ser
vaidosa faz parte da natureza de cada mulher, mas não chegar ao ponto de se deixar
escravizar por isso. O envelhecer é nosso destino, viver feliz e com dignidade deve ser
nossa meta.

Considerações finais
Pretendeu-se neste trabalho, proporcionar de forma sintética, mas objetiva, uma
familiarização com as influencias e consequências que o padrão de beleza impõe em
nossa sociedade. Para satisfazer este objetivo, optou-se por uma descrição sequencial
dos componentes típicos de um documento desta natureza. O resultado obtido satisfaz os
requisitos de objetividade e a pequena dimensão que pretendia atingir, que era mostrar
como a sociedade paga caro por ceder as influências dos meios de comunicações através
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da indústria da beleza. Ele também constituirá um auxílio útil, para o leitor que pretenda
reagir às influencias e padrões que a mídia impõe em nossos jovens em especial. Faz-se
notar, todavia, que a complexidade e abrangência dos assuntos crescem e constroem-se
dia-a-dia, através das experiências e da cultura.

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CAPÍTULO 3 – DANÇAS

DANÇAS URBANAS (STREET DANCE)

Street Dance é um rótulo que os americanos criaram para identificar os estilos de


dança que surgiram nos guetos e centros urbanos. Muito pensam que Street Dance é um
único estilo de dança, mas na verdade é apenas um termo que engloba vários estilos de
dança.
A primeira vez que o termo surgiu foi nos anos 30 com o surgimento do Tap
Americano (Sapateado)
Os negros americanos, influenciados pelo
sapateado clássico Irlandês, criaram uma dança
nova com a técnica percussiva dos sons dos pés
somada a estrutura e movimentação corporal das
danças africanas, uma vez que estas eram sua
herança cultural. Por ser uma dança Urbana e
que não tinha mais relação com o clássico deram
o rótulo de Street Dance.
Depois do Tap se estabilizar na América e se tornar uma dança popular entre anos
30 e 60 nada de novo apareceu e o termo Street Dance ficou em desuso. Somente em
69 esse termo ressurgiu quando Don Campbellock criou a dança Locking. Em seguida
nos anos 70 várias outras danças surgiram nos Estados Unidos com a mesma origem,
uma dança Urbana e popular.

Apesar de Street em português significar "rua", para os americanos ela não tem
exatamente essa conotação, porque, neste caso, Street Dance significa "Dança Urbana
do Povo" que não veio acadêmico. Não quer dizer exatamente que ela foi inventada ou
dançada nas Ruas.
Entre os estilos de dança urbana, apenas o B. Boying foi criado exatamente nas
ruas, durante as Block Partys (testas de rua), que deram origem à Cultura Hip Hop. Os
demais estilos de dança tiveram diferentes ambientes para sua criação como Clubs
(danceterias), programas de TV, concurso de talentos estudantis etc.. É das ruas porque
veio de pessoas que vivem nas cidades.
Nos dias de hoje quando se diz Street Dance ou Dança Urbana Americana você
entende por:
Locking, Wacking/Punking, Vogue, Up Rocking, Popping, Waving, Scare Crow,
Animation, King Tut, Boogalooing, B. Boying, Hip Hop Freestyle, House Dance, etc

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HAUSE DENCE

A cultura house surgiu primeiramente com a música house. No início dos anos 80
quando os DJ‘s de Chicago (Estados Unidos) começaram a
mixar músicas da Disco em programas de bateria eletrônica.
Uma danceteria chamada Warehouse onde surgiram esses DJ‘s
deu origem ao nome do estilo de música. No final dos anos 80
as pessoas começaram a se mover de uma maneira diferente
ao som daquela batida. Esse movimento corporal ficou
conhecido como Jacking.
Os Clubs de Chicago e Nova Iorque desenvolveram essa cultura. A dança House
não teve apenas um criador, pois foi de certa forma uma dança coletiva. Porém há nomes
muito importantes que deram uma grande contribuição para esse estilo como Brian Green
e Space Capitol.
Características do House Dance:
Jacking: a origem da dança house está nesse passo, pois marca o ritmo e dá a
essência dessa dança. Os passos são executados no Up Tempo (contra tempo), dentro
da batida típica do house e sempre usa o HiHat (chimbal) como guia rítmico. O House tem
uma grande influência da Salsa e do Tap (sapateado americano). Nos anos 90 muitos
movimentos de chão foram introduzidos e uma grande influência da Capoeira está
presente hoje em dia nesse estilo de dança.

HIP HOP

O que é Hip Hop:


Hip Hop é uma cultura popular que surgiu entre as comunidades afro-americanas do
subúrbio de Nova York na década de 1970. A música é a
principal manifestação artística do hip hop, que também
tem na dança e no grafite forte representação.
Dos Estados Unidos, a cultura hip hop se espalhou pelo
mundo. No Brasil, a cidade de São Paulo é aquela com
maior número de adeptos e com uma relevante produção
artística.

Embora existam algumas traduções da expressão hip hop


como balançar dos quadris, neste caso o vocábulo hip em
inglês tem a conotação de "o que está na moda,
acontecendo neste momento", e hop seria um movimento de
dança.
E ainda de acordo com registros norte-americanos, o termo hip hop é na verdade o som
da cadência da marcha dos soldados, que foi comparado ao ritmo dos MCs no palco, ao
lado dos DJS, ao proferir o rap. O hip hop teria sido registrado pela primeira vez em 1979,
na gravação da música "Rapper’s Delight", do grupo Sugarhill Gang.

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Mas a expressão hip hop não tem uma única fonte e diversas figuras tenham alegado a
sua criação, como o DJ Lovebug Starski, Afrika Bambaataa, Keith ‗Cowboy‘ Wiggins e
Grandmaster Flash.

Com a sua origem nas periferias de Nova York, o hip hop americano acabou se tornando
a expressão mais famosa em termos musicais.

O hip hop gospel é um dos estilos provenientes desta cultura de rua, com forte
perpetuação entre os jovens evangélicos de periferia. As letras das músicas do hip hop
gospel discutem a realidade social, mas sempre com uma lição e mensagem de fé.

Origem do Hip Hop


O Hip Hop enquanto cultura urbana surgiu na periferia de Nova York, entre as
comunidades caribenhas, afro-americanas e latino-americanas na década de 1970. O
contexto social era de violência e criminalidade nesses bairros, e a única forma de lazer
possível para os jovens era nas ruas. Eles encontraram na música, poesia, dança e na
pintura uma forma de manifestação de sua realidade e contestação.

O fundador do hip hop teria sido Clive Campbell, ou DJ Kool Herc. O primeiro evento da
história do hip hop ocorreu no dia 11 de Agosto de 1973, na festa de aniversário da irmã
do Dj, Cindy Campbell, no número 1520 da Sedgwick Avenue, no Bronx em Nova York.

Outra data que é marco na história do hip hop é o dia 12 de novembro de 1973, dia da
fundação da ONG Zulu Nation que promovia a cultura hip hop como forma de manter os
jovens longe do crime e da violência.

Aos poucos a poesia na música, representada pelo rap, ganhou o espaço nas discotecas,
que até então não cansavam de tocar os hits da era disco. As duplas de DJs e
MCs ganhavam destaque e travavam competições entre si, as batalhas de rap, feitas só
pela manifestação cultural e sem conotação de violência. O grafite nos muros era a
expressão da pintura na cultura hip hop, e o break era a dança que saía das ruas para as
festas em toda a cidade.

História do Hip Hop no Brasil


O disco Hip-Hop Cultura de Rua é o que marca a chegada do movimento no Brasil. São
vários os rappers que participam do álbum, entre eles Thaíde e Dj Hum, até hoje dos
principais nomes do hip hop nacional.

Mas a cultura hip hop chegou primeiro ao Brasil através do break dance. Antes do álbum,
o hip hop brasileiro tinha seu espaço nas ruas de São Paulo, mais precisamente no metrô
São Bento, em que os artistas faziam sua performance para quem passasse pela rua e
estivesse disposto a contribuir.

Características e elementos do Hip Hop


O hip hop tem quatro elementos principais: o rap, o DJing, o breaking (praticado pelos b-
boys e b-girls) e a arte do grafite.

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Quando o hip hop surgiu, concentrava-se nos disc jockeys que criavam batidas rítmicas,
eram pequenos trechos de música com ênfase em repetições, posteriormente, foi
acompanhada pelo rap, identificado como um estilo musical de ritmo e poesia, junto com
as danças improvisadas, como a breakdance, o popping e o locking.

A relação entre o grafite e o hip hop surgiu quando novas formas de pintura foram sendo
realizadas em áreas onde a prática do rap, do dj e da dança. Entre as diferentes
manifestações artísticas do movimento hip hop, a música se insere como papel principal,
com DJs, MCs (mestre de cerimônias) e do Rap.

FUNK

Funk, gênero musical no Brasil que gera polêmicas. Apesar de estar presente na
maioria das festas, inclusive no próprio baile funk, ele é alvo de críticas, seja por causa
das letras, roupas ou danças. Quer saber como ele se tornou o que é hoje?

HISTÓRIA DO FUNK NO BRASIL

O funk nem sempre foi como conhecemos hoje em dia. Inicialmente derivado da soul
music – gênero musical inspirado no Rhythm and blues e no gospel dos EUA, entre o fim
dos anos 1950 e início dos anos 1960, especialmente entre os negros – o gênero, com o
passar dos anos, sofreu diversas transformações.
Trazido para o Brasil no final dos anos 1970, os primeiros bailes funks eram realizados
na Zona Sul do Rio de Janeiro (área nobre da cidade). Apenas com o crescimento da
MPB e do uso do ―Canecão‖ – local onde os bailes aconteciam – para shows desse
gênero que os ―Bailes da Pesada‖ começaram a adentrar o subúrbio. Esses encontros
aconteciam semanalmente, mas em clubes diferentes, como descritos na obra ―DJ
Malboro no funk‖, de Suzana Macedo. No final dessa mesma década, com
a imprensa descobrindo o funk, ele começa a se espalhar por todo o país. Trata-se da
popularização de um movimento que, até então, era produzido na periferia e para a
periferia.
Já nos anos 1980, a ideia que dominava o funk no Brasil era o Miami bass. Gênero similar
ao eletro e que possui batidas comandadas pelo DJ, porém, com letras em inglês. Como
podemos perceber, o funk em nosso país ainda era predominantemente estadunidense.
Mas como ele se tornou o que conhecemos?
Fernando Luís Mattos da Matta, conhecido como DJ Marlboro, foi o principal responsável
por fazer o gênero se tornar o que é hoje. Ele quem introduziu a bateria eletrônica no
gênero musical, recurso esse que perdura até os dias atuais.
No final da década de 1980, o DJ lança seu primeiro disco, intitulado ―Funk Brasil‖. Dali
em diante, a maioria das produções no país eram inteiramente nacionais, desde a batida
até as letras. Foi a chamada fase de consolidação do funk.
Anos 2000
Na troca de milênio, o funk também passou por mudanças. Não somente em seu
lugar de origem (periferia), agora ele toma conta das casas noturnas, academias e tantos
outros lugares frequentados, em sua maioria, pela classe média. Nessa mesma época os
―bondes‖ começavam a fazer sucesso, como, por exemplo, o Bonde do Tigrão. Apesar

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de não ter sido criado nos anos 2000, essa foi a época em que o grupo alavancou,
chegando a conquistar, em 2001, seu disco de platina pela Pró-Música Brasil.
Em seguida, as mulheres também entraram no gênero. Tati Quebra-Barraco, como é
conhecida a MC, foi uma das precursoras do funk cantado por mulheres. Seus principais
sucessos da época são ―Boladona‖ e ―Sou feia, mas tô na moda‖. As letras de suas
músicas falam de sexo, empoderamento e liberdade.

FUNK COMO PRODUTO CULTURAL


Atualmente, o funk movimenta milhões na indústria da música. O principal canal do
YouTube brasileiro – com mais de 36 milhões de inscritos –, por exemplo, é o Canal
Kondzilla, da Kondzilla Filmes, produtora de clipes que são, em sua maioria, de funk. Não
sendo coincidência, o clipe brasileiro mais acessado da plataforma também é do mesmo
canal. Prestes a atingir um bilhão de visualizações, ―Bum bum tam tam‖, de MC Fioti,
mistura a música erudita de Partita de la menor, de Johann Sebastian Bach, com a batida
do funk.
Não é raro vermos pessoas que em um dia estão cantando na internet e, na semana
seguinte, já participam de programas de TV, registram suas músicas em gravadoras
profissionais e afins. Quando esse tipo de situação acontece, as próprias produtoras
buscam trazer essas novas celebridades para seu meio. Contudo, para ter uma aderência
maior, esse ―produto‖ (música + cantor) passa por algumas alterações. Desde a letra e
batida da música como a própria figura do cantor (tratamentos estéticos, troca de
vestuário…). O funk, assim como tantos outros gêneros musicais, busca sempre trazer
novidades e se manter atrativo.
Um exemplo de funk como produto cultural é a cantora MC Loma. Garota jovem, da
periferia, que publica seu vídeoclipe nas redes sociais sem imaginar que, em pouco
tempo, seria dona de um dos funks mais tocados no país. Após seu vídeo original atingir
grande sucesso na internet, a produtora Kondzilla a convidou para uma regravação do hit.

PRINCIPAIS SUBGÊNEROS DO FUNK


Se no início o funk brasileiro surgiu como uma variante do soul, hoje ele já possui suas
próprias vertentes. Vamos conferir quais são?
Funk carioca
O funk carioca, na verdade, é o ―funk tradicional‖, já que as primeiras melodias desse
gênero no Brasil vieram do Rio de Janeiro. A maioria dos funks mais tocados no Brasil
integra esse subgênero. Vale lembrar que, apesar de ser denominado ―carioca‖, ele não
precisa, necessariamente, ser produzido na região.
Dentro do funk carioca também existe o 150bpm. Esse que, apesar de recente, é
bastante popular por quem ouve o gênero musical constantemente e também nas
comunidades. A sigla ―bpm‖ significa ―batidas por minuto‖. Ou seja, o 150bpm é mais
rápido do que o comum – de 130bpm. Também é conhecido por ―ritmo louco‖ ou ―putaria
acelerada‖.
Funk ostentação (funk paulista)
Com certeza você já deve ter ouvido aquelas canções que falam sobre carros de luxo,
joias e dinheiro, certo? Pois bem. Essas músicas constituem o funk ostentação, também
chamado de funk paulista. Ele, ao exaltar o consumismo desenfreado, sugere o desejo da
população periférica de ―melhorar de vida‖, saindo das favelas e adquirindo os produtos
que lhes são mostrados nas propagandas e novelas.
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Oriundo dos subúrbios de São Paulo, o subgênero obteve mais espaço na mídia com a
crescente dos ―rolezinhos‖, em 2013, e com o assassinato do MC Daleste, ocorrido
durante uma apresentação do cantor no mesmo ano.
Funk consciente
Este subgênero muitas vezes é comparado ao rap, já que o objetivo desta categoria é
denunciar os problemas sociais e, principalmente, o descaso com os moradores de
favelas.
Contudo, ele não está tão em alta. O funk carioca e o funk pop, como falaremos a seguir,
estão cada vez mais populares e, por consequência, o espaço para outras produções
acaba sendo menor.
Funk pop
O funk pop costuma ser o destino final dos artistas que desejam conquistar espaço
nacional e internacional na música. Essa vertente traz canções mais populares, com
letras mais suaves quando comparadas com o funk no geral e batidas semelhantes ao
pop. Muitos dos cantores do funk carioca e do funk ostentação migram para esse
subgênero, deixando até de usar a nomenclatura ―MC‖, como foi o caso de Anitta e
Ludmilla (antiga MC Beyoncé).

Funk proibidão

O funk proibidão, dentre todos os citados, é o mais cercado de polêmicas,


especialmente por causa de suas letras, que falam, principalmente, da vida no crime.
Porém, a categoria também faz uso de palavrões, fala de sexo de forma explícita e
sobre drogas. Entretanto, apesar das letras falarem sobre todos esses temas, o funk
proibidão não necessariamente faz apologia à criminalidade, por exemplo.
POLÊMICAS ENVOLVENDO O FUNK
O funk, assim como outros gêneros musicais, possui elementos controversos. O principal
ponto de debate, de certo, são as letras. Porém, elas não são a única razão das
divergências quanto este gênero musical. Aqui, separamos as principais polêmicas do
funk.
Dança
A dança no funk, no geral, é diversificada. Os principais passos são o ―passinho do
romano‖, o ―passinho dos maloca‖ e o ―passinho‖ – clique em cada um caso queira ver um
exemplo. Este último, inclusive, foi declarado patrimônio cultural imaterial do Rio de
Janeiro, em 2018. Quem se recorda de ―Todo mundo aperta o play‖, uma das trilhas
sonoras da Copa do Mundo FIFA de 2014?
Entretanto, a principal contestação quanto à dança é o fato de ela possuir uma certa
sensualidade, sendo, muitas vezes consideradas vulgar por algumas pessoas. As
mulheres dançando funk, geralmente, movimentam o quadril e bumbum de forma sensual
e movimentos similares aos realizados durante o sexo também são comuns.
Erotização infantil
É comum na indústria do entretenimento pessoas de várias idades buscarem sucesso,
incluindo as crianças. Contudo, a erotização em que boa parte dessas crianças é exposta
é um assunto que está em alta, inclusive sobre as crianças que estão no funk.
Melody (ex MC Melody) por exemplo, começou sua carreira aos oito anos de idade.
Porém, seu vestuário e as letras de suas canções são frequentemente contestadas,
justamente por sua idade. O Ministério Público chegou a abrir inquérito contra seu pai –
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quem gerencia a carreira de Melody – por causa de suas roupas consideradas adultas, o
que influenciou com que ele reformulasse toda a sua carreira da filha.
Letras
As letras dos funks atuais, em sua maioria, falam sobre o corpo feminino, bem como
relacionamentos, ostentação e sexo. Entretanto, a forma com que esses assuntos são
abordados é o que gera vários questionamentos. Recentemente, a canção ―Surubinha de
leve‖ foi alvo de denúncias por fazer apologia ao estupro. Como resultado de tamanha
repercussão, a música original foi retirada do YouTube, bem como de serviços
de streaming, como o Spotify.
Além disso, o fato de a mulher ser constantemente objetificada nas músicas também faz
com que o gênero receba mais críticas. Natália Duarte – que cursou Publicidade e
Propaganda na Universidade Federal Fluminense (UFF) – analisou letras de funk e suas
visões a respeito da mulher. O estudo foi exposto em seu trabalho de conclusão de curso,
intitulado ―As questões de gênero e as representações da mulher na música funk‖. A
autora argumenta:
“Então nos deparamos com o funk. Com letras hipersexualizadas, pregam-se o uso da
mulher como objeto sexual e a exploração de seu corpo. Vemos valores como o adultério
masculino positivamente expressos. Enquanto a mulher “boa” que fica em casa cuidando
dos afazeres domésticos e dos filhos, o homem sai com os amigos e dorme com outras
mulheres. Essas letras costumam produzir asco em algumas mulheres.”
Vestuário
O funk, assim como outros gêneros musicais, possui sua ―roupa a caráter‖. O ponto
ostentação também entra nessa categoria: jóias caras, roupas de marca e assim por
diante. Entretanto, a principal controvérsia é sobre as roupas que as mulheres usam.
Aliás, as ―poucas‖ roupas que usam.
Shorts ou saia curta, às vezes algum decote, roupa colada… O fato de a mulher usar
roupas que podem chamar a atenção para suas curvas gera desconforto para alguns. No
país em que vivemos, muitas situações envolvendo mulheres, como o assédio,
são ―justificadas‖ por suas roupas.
O FUNK VAI SER CRIME?
No ano de 2017, uma sugestão de projeto de lei criminalizando o funk atingiu 20 mil
assinaturas, número mínimo para que uma proposta seja encaminhada para a Comissão
de Direitos Humanos e Legislação Participativa e debatida pelos senadores. O projeto, de
autoria do empresário Marcelo Alonso, classifica o gênero musical como crime de saúde
pública à criança, ao adolescente e à família.
Entretanto, a CDH decidiu por não transformar a sugestão em projeto de lei. De acordo
com a comissão, a matéria iria contra a cláusula pétrea – que não pode ser alterada –
da Constituição (localizadas no Art. 60, § 4).
“Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.”
O funk, sendo um gênero musical como qualquer outro, busca trazer alguma mensagem
inspirado no meio em que é inserido. Entretanto, ele também está condicionado à
diferentes interpretações. Será que o gênero irá passar por mais mudanças? Seria essa
era mais calma para o funk ou suas polêmicas ainda estão no começo?
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Conseguiu entender a história do funk no Brasil? Concorda com as polêmicas?
Acredita que ele deva ser considerado crime? Deixe suas dúvidas e sugestões nos
comentários!

FORRÓ

O Forró é um ritmo contagiante. A paixão dos


brasileiros por esse estilo musical pode ser explicado
por dois motivos. Primeiro, porque ele é capaz de
animar qualquer festa. Além disso, o Forró também é
muito bom para a saúde, pois reduz calorias e
fortalece os músculos das pernas, do abdômen e dos
glúteos. Geralmente uma hora de Forró é capaz de
queimar 200 calorias ou mais.

Mas, onde surgiu este ritmo que conquistou os


brasileiros? Quais são os tipos de Forró mais conhecidos? Conheça essas e outras
curiosidades logo abaixo!

Significado

A princípio é possível destacar que o termo ―Forró‖ se refere a festa onde, normalmente,
as pessoas dançam, tocam e se divertem. No entanto, o termo não é designado para todo
tipo de festa ou para qualquer música. É necessário ter uma sequência de ritmos
nordestinos como, por exemplo, o xaxado, coco, baião, xote, entre outros. Hoje em dia,
muitas pessoas acreditam que o Forró pode ser definido como um gênero musical e como
uma dança.

Etimologia da palavra

Atualmente, existem três versões para a origem histórica do termo ―Forró‖. Entre elas, a
mais conhecida afirma que o termo apareceu, pela primeira vez, no fim do século XIX. Ele
surgiu nas construções das estradas de ferro no Nordeste, onde alguns ingleses
moravam.

Naquela época, os ingleses faziam várias festas, porém poucas eram abertas à
população. Quando o acesso era liberado para o público geral, na entrada havia um
cartaz com a seguinte frase: ―For All‖, ou seja, ―para todos‖. Acredita-se que o termo Forró
surgiu como variação da pronúncia dessa expressão.

A segunda versão é muito semelhante a primeira. No entanto, a principal diferença é em


relação aos responsáveis pela festa que, nesse caso, eram os soldados norte
americanos. Os eventos ocorriam durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945).

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A terceira versão é a mais antiga. Nela, o termo forrobodó, de origem africana, ficou
conhecido. Acredita-se que este termo significa ―algazarra‖, ―festa para a ralé‖ e ―arrasta-
pé‖.

Tipos de Forró
Forró Pé de Serra

Em meados da década de 1940, no Nordeste, surgiu o famoso Forró Pé de Serra. A


principal característica desse ritmo é que ele possui como fonte de inspiração o universo
rural do sertanejo. Geralmente, esse ritmo é tocado por trios de zabumba, além de
sanfona e triângulo. A maioria das danças tem passos básicos e variações simples, entre
elas, podemos destacar: o giro simples da dama. No Brasil, o Forró Pé de Serra é
representado por vários artistas. É possível destacar: Luiz Gonzaga, Jackson do
Pandeiro, Dominguinhos, Genival Lacerda e Adlemario Coelho.

Forró Universitário

O Forró Universitário surgiu, entre as décadas de 1990 e 2000, quando jovens da região
Sul do nosso país começaram a tocar e a dançar o Forró de Pé de Serra com
coreografias diferentes das que eram conhecidas até então. Os novos estilos tinham
influências do Rock`n Roll, Samba, Funk e Reggae.

As influências que o Forró Universitário recebeu foram responsáveis por introduzir novos
passos como, por exemplo, giros mais complexos. Este ritmo tem três das várias danças
que compõe o Forró Pé de Serra. São elas: baião, xote e xaxado (menos comum). Na
música, são utilizados violão, contrabaixo e percussão.

Várias bandas universitárias como, por exemplo, Fala Mansa, Rastapé e Forróçacana,
agitam as festas pelo país afora.

Forró Eletrônico

Este ritmo surgiu na década de 1990. Tem uma linguagem estilizada e um visual muito
chamativo. Utiliza instrumentos eletrônicos como guitarra, contrabaixo e, especialmente o
órgão eletrônico, que substitui a sanfona. A dança é mais sofisticada e não possui passos
pequenos como ocorre em outros tipos de Forrós que citamos. Entre os artistas, podemos
destacar: Frank Aguiar e as bandas Mastruz com Leite, Magnificos, Calcinha Preta e
Calypso.

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SAMBA DE GAFIEIRA

Origem do Samba de Gafieira


O Samba de Gafieira é um estilo de dança de salão,
oriundo do Maxixe. A dança surgiu no Rio de Janeiro no
século XX como um ritmo urbano, e se desenvolveu em
sua origem como forma de dançaacompanhada de versos e
refrões criada anonimamente.
O Samba de Gafieira foi propagado pelos negros que
migraram da Bahia para o Rio de Janeiro na segunda
metade do século XX, se instalando nos bairros cariocas da
Gamboa e da Saúde. Outros gêneros faziam parte da cidade
como o Maxixe, a Polca, O Xote e o Lundu, esses ritmos
foram se agregando à dança. Nessa época surgiu o termo
―Partido Alto‖ que indicava de maneira informal aqueles que
possuíam grande conhecimento e qualidade dos antigos
formatos do samba.
De origem africana, ritmo forte, envolvente e característico, o samba se tornou um
símbolo no Brasil. O Samba de Gafieira não era bem visto pela sociedade, pois não
correspondia à moral e aos bons costumes da época, talvez por ressaltar a sensualidade
e o gingado da mulher, ou por ser costumeiramente dançado em cabarés naquele tempo.
Habitualmente esses locais que começaram a aparecer no século XIX e início do século
XX em diante, eram destinados a pessoas de classe mais humildes. Os locais onde se
dançavam passou a se chamar Gafieira, hoje se dança também em salões. O Samba de
Gafieira, como ficou conhecido, é a maneira de se dançar a dois que diferencia do Samba
no Pé.
Características do Samba de Gafieira
A dança sofreu várias transformações, e nos dias de hoje a dança é considerada elegante
e técnica, porém se mantém a ―malandragem‖ e desenvoltura do bailarino e
a bailarina esbanja sensualidade e molejo dos quadris.
A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado. Uma
das principais características a ser observadas no estilo Samba de Gafieira, é a atitude do
bailarino frente a sua dama: malandragem, proteção, exposição à elegância e ritmo. No
momento da dança o homem conduz a sua dama e nunca o contrário.

Dançando, o citado ―malandro‖ sempre protege a dama, dá a ela espaço, exibindo-a ao


salão e ao mesmo tempo impedindo que outro homem venha tirá-la para dançar.

Como gênero musical o Samba de Gafieira, é composto pensando nos passos dos
dançarinos. Esses gêneros incluem: o Samba-Choro (especialmente o chamado Choro
de Gafieira), o Samba de Breque e o Samba Sincopado.

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SALSA

A Salsa nasceu na Ilha de Cuba, mais propriamente em Havana, no interior dos


famosos cabarets cubanos, na década de 40. Ela é uma mescla de vários temperos
musicais, daí ser batizada com o termo que se
refere aos condimentos gastronômicos que dão
mais sabor ao alimento.
Ela une sua musicalidade básica, o son
cubano, ao mambo e à rumba, provenientes
também de Cuba, à bomba e à plena, originários de
Porto Rico, ao samba brasileiro, enfim, compõe-se
de uma fusão de vários ritmos afro-caribenhos, pois
é igualmente inspirado pelo merengue que irradia
da República Dominicana, pelo calipso que chega
direto de Trinidad e Tobago, pela cumbia
tipicamente colombiana, pelo rock enviado dos EUA
e pelo representante jamaicano, o reggae. Versátil,
atualmente ela aceita cadências mais recentes
como o rap ou a música eletrônica.
O son cubano, esteio rítmico da Salsa, teve sua origem na área rural de Cuba
localizada na porção oriental da ilha, em meados do século XVIII, marcado pelo influxo
das cadências hispânicas, francesas e africanas. Essa mistura explosiva transformou-se
logo em sucesso estrondoso nas cidades, em princípios do século XIX. Sua entrada
triunfal na capital cubana se deu em 1909, através dos soldados do exército cubano. Mas
é apenas na década de 20 que surge o Sexteto Habanero, conjunto que se destaca no
estilo que se diferenciaria do som original.
Despontam no cenário musical, nesta mesma época, outras bandas, como o
Septeto Nacional de Ignácio Piñeiro, nascido em 1927, o famoso Trio Matamoros, criado
em 1925, que legou sucessos como El son de La Loma, El que Siembra su Maiz, La
Mujer de Antonio e Lágrimas Negras, entre outras, aos amantes da salsa. Neste momento
ainda se utilizam como instrumentos: Contrabaixo, Três (guitarra que tem três pares de
cordas), Guitarra, Cravo, Maracas, Voz e um Trompete, que é opcional.
Mas logo surge na década de 40 o músico Arsênio Rodríguez, que imediatamente
muda a forma consagrada do septeto e adiciona ao seu conjunto o piano, a tumbadora e
três ou quatro trompetes, aproximando este formato ao dos dias de hoje. Na década de
50 ele segue para Nova York e cria outra orquestra, prenunciando o futuro movimento
salseiro dos EUA. Este é desencadeado pela união de alguns rapazes em grupos juvenis
musicais que passam a misturar diversas sonoridades que compõem um certo tempero
latino-americano.
Este ritmo estréia oficialmente em terras norte-americanas no hotel Saint-George, no
Brooklyn, bairro de NovaYork, em princípios da década de 70, com a apresentação do
conjunto Lebron Brothers, migrantes porto-riquenhos, que encantou a platéia dos EUA.
Daí este movimento se disseminou por todos os grupos da América Latina residentes em
solo americano, para Porto Rico, seguido de Cuba, Venezuela, Colômbia e outros países
latinos. Enveredam pelas trilhas da fama músicos como Tito Puente, Celia Cruz, Johny
Pacheco e outros.
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Na década de 50, a salsa atinge o auge em Cuba, com o aparecimento do
incomparável músico Benny Moré, acompanhado pela Banda Gigante. Até hoje ele é o
ícone salseiro entre os adeptos deste estilo musical. Depois da vitória de Fidel Castro, em
1959, e do bloqueio econômico à ilha, a salsa segue adiante em dupla jornada – no
interior de sua terra natal e fora de Cuba, especialmente em Nova York.
Com o tempo, ela se transforma em mais um produto comercial nas terras
americanas. Na década de 80 ela é praticamente absorvida pelo merengue proveniente
da República Dominicana e pela discoteca. Aparecem então músicos como Frankie Ruiz,
Eddie Santiago e Luis Henrique, que transformam este cenário ao elaborarem uma
espécie de ‗salsa erótica‘, considerada por muitos fãs uma traição ao estilo original, mas
esta modalidade mais sensual revigora, de certa forma, o ritmo salseiro. Nesta época ela
atinge inclusive o Japão, onde se forma a Orquestra de La Luz, integrada apenas por
japoneses.
Atualmente a Colômbia se destaca na produção da salsa, com músicos como Joe
Arroyo, o grupo Niche e o conjunto Guayacán. Hoje, os mais recentes frutos salseiros são
o mereng-house, a salsa merengue e a salsa gorda.

VALSA

O que é a Valsa:

A valsa é um gênero musical clássico, que também se desdobra em um estilo de dança


clássica, originados na Áustria e na Alemanha no início do século XII.

Normalmente a valsa, seja como gênero musical ou estilo de dança, possui o compasso
ternário, ou seja, tem três tempos, sendo o primeiro tempo forte e os demais fracos.

A palavra valsa tem origem na palavra alemã waltzen, que traduzida quer dizer ―dar
voltas‖. Ela é marcada principalmente pelo ritmo lento e pelo movimento de torções em
par, que se movem pelo salão em círculos, como se estivessem dando voltas.
Embora a valsa seja considerada clássica, sua origem é campestre e surgiu
primeiramente como um estilo de dança inspirado no minueto, dança na qual os pares
dançavam separados, e no laendler, dança campestre alemã.
A valsa era vista em princípio como vulgar pelas classes sociais mais altas e pela
aristocracia. Alguns países europeus chegaram a proibir a valsa, por considerarem uma
dança imoral. Entretanto, ela ganhou força nas camadas mais populares da sociedade.

Ao longo dos anos, muitas variantes, inclusive composições musicais da valsa foram
desenvolvidas, de acordo com a região geográfica.

Os compositores mais famosos da valsa são os membros da família Strauss, Josef e


Johann Strauss.
Depois, ela foi reinterpretada por compositores como Frédéric Chopin, Johannes Brahms
e Maurice Ravel. Johann Strauss II compôs mais de duzentas valsas, que tornou o estilo
uma dança independente com contato mais próximo entre os parceiros. Dentre elas,

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destaca-se a valsa “Danúbio Azul”, considerada a composição mais tocada e conhecida
dele.
No fim do século XVI a dança passou a ser aceita pela alta sociedade, transformando-se
em um gênero clássico.

Valsa no Brasil
No Brasil, a valsa pode ser encontrada no repertório de alguns compositores importantes,
como Villa Lobos, Carlos Gomes, Ernesto Nazaré, Chiquinha Gonzaga e alguns outros.

É comum no Brasil a tradição da valsa ser dançada em comemorações


importantes como bailes de debutantes (festas de 15 anos), formaturas
e casamentos.

A valsa também surge em algumas expressões brasileiras, como "pé


de valsa", que caracteriza a pessoa que é um excelente dançarino.

KIZOMBA
Kizomba é um género musical e de dança originário de Angola. O
termo "kizomba" provém da expressão linguística Kimbundo, que
significa "festa".
Kizomba como dança nasceu nos anos 80 em Luanda, após grandes influências
musicais do Zouk (das Antilhas) e tem na sua origem o Semba. É relevante dizer que as
grandes festas entre amigos já eram chamadas de "Kizombadas" nos anos 60, visto que
nesta altura não existia kizomba como dança ou género musical.
Já nos anos 50/60 as pessoas dançavam Semba e outras danças tradicionais em Angola.
Eram dançados também muitos outros estilos de dança de outros continentes, visto que
Angola e o resto de África receberam a influência de muitas outras culturas após a
colonização em África por volta do século XIV e XV. Isto resultou numa fusão entre os
ritmos africanos com a forma de dançar em pares importado da sociedade europeia.
Estas influências europeias juntamente com as influências que vieram da América do Sul,
como por exemplo Argentina e Cuba (Tango e Merengue), alteraram a forma como as
pessoas dançavam nas "Kizombadas".
Hoje em dia, para além de ser extremamente popular em Angola, Cabo
Verde e Portugal, o Kizomba tem se espalhado para
paísescomo França, Espanha, Inglaterra, Polónia, Dinamarca, Finlândia, Bélgica, Sué
cia, Bielorrússia, Lituânia, Egipto, Suiça, Sérvia, Canadá e os EUA.
Em Portugal a palavra "kizomba" é usada para qualquer tipo de música derivada do Zouk,
mesmo que não seja de origem angolana. Em Cabo Verde este estilo de música é
também conhecido por Cabo Love ou Cabo Zouk.
Kizomba é uma dança extremamente linda e sensual, sendo também explosiva e
contagiante, que conquistou o mundo nos últimos anos como um som que fica no ouvido
e uma dança que seduz as nossas almas. Kizomba é para muitos dos dançarinos latinos
uma lufada de ar fresco, trazendo algo novo e excitante, e perfeito para qualquer um que
queira entrar no mundo da Dança devido à sua suavidade e fáceis passos base,
permitindo a qualquer iniciante evoluir gradualmente para passos mais complexos, e mais

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importante ainda permitindo a um iniciante desfrutar do prazer da dança social bem mais
cedo que em qualquer outro tipo de dança a dois.
Kizomba é uma dança que permite ao par interpretar a música à qual estão a dançar e,
de acordo com a intimidade do casal, torna-se uma dança extremamente próxima com
movimentos lentos e sensuais, requerendo grande habilidade de condução e
cumplicidade entre homem e mulher, ou uma dança mais aberta com passos mais
rápidos, trabalho de pés e truques. Em ambos os casos, dançar Kizomba providencia uma
experiência quente e única que irás querer repetir uma e outra vez...
Existem vários estilos no kizomba.

 Passada — estilo clássico - Tarraxinha – Quadradrinha - Ventoinha

RITMO MUSICAL

Ritmo pode ser descrito como um movimento coordenado, uma repetição de


intervalos musicais regulares ou irregulares, fortes ou fracos, longos ou breves, presentes
na composição musical. O termo ritmo tem origem na palavra grega rhytmos, que significa
qualquer movimento regular, constante, simétrico.
Apesar de ser aparentemente simples, o conceito de ritmo guarda vários outros
pontos, definições e componentes, e acaba por se revelar deveras complexo. Uma boa
forma de exemplificar o ritmo musical é falar de outro tipo de ritmo, o ritmo cardíaco, que
consiste no movimento do coração, impulsionado pelo fluxo constante de sangue ao longo
do organismo. O meio com que o coração impulsiona o sangue através do corpo é
chamado de sístole, operação onde o músculo se contrai. O batimento complementar ao
da sístole chama-se diástole, no qual o coração relaxa, permitindo que o sangue volte a
encher o coração, para ser expelido novamente pela sístole seguinte. Caso esses
movimentos não ocorram em um ritmo adequado ou harmônicos, ocorre a arritmia, que
pode levar a um consequente infarto e morte do dono daquele coração.
Toda peça musical é composta por necessariamente três elementos: a melodia
(forma como os sons se desenrolam no tempo), a harmonia (forma como os sons soam
em simultâneo) e o ritmo. O ritmo é importante para determinar a duração de cada som na
música e também a duração dos silêncios. Uma mesma sequencia de três notas iguais
pode dar origem a três composições musicais diferentes apenas pela variação do ritmo.
Não é apenas na atividade humana que podemos encontrar o ritmo, ela está
presente também na natureza, nas mais diversas ocasiões e basta uma simples
observação, como por exemplo, do movimento das marés, da simples alternância entre
dia e noite, da mudança das estações ou na medida do tempo.
Os componentes básicos do ritmo são o som e o silêncio, que são combinados para
formar padrões sonoros. Tais padrões sonoros são repetidos ao longo de uma melodia,
dando assim, origem ao ritmo, que pode ter uma batida constante ou variável. As batidas
podem ser fortes, extensas, breves ou suaves, que são aplicadas à composição musical
conforme à necessidade.
Um outro conceito importante vinculado ao ritmo é o do compasso. De acordo com o
tipo de compasso empregado se definirá o acento que as notas musicais assumirão
dentro da composição musical. Na partitura ou pentagrama, o compasso aparece na
forma da fração que surge no início da pauta, determinando como se dará a velocidade, a
divisão e agrupamento das notas.
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A IMPORTÂNCIA DA DANÇA NA VIDA DA HUMANIDADE

Quando se começa estudar sobre esse assunto


vemos o quanto é importante a dança na vida da
humanidade. Por esse motivo trago até vocês essa
reflexão da "importância da dança" em nossas vidas
como um todo.
A dança sempre esteve presente em todos os
grandes momentos da história, mas também ela faz
parte do nosso cotidiano e está marcada também nas
pequenas coisas, muitas vezes até imperceptíveis.
Faz parte de um dos aspectos mais íntimos do ser humano - a cultura. É através da
cultura que carregamos a grande carga de tradição e história de um povo. Então esta aí a
grande responsabilidade que a dança tem como precursora disso.
Desenvolvimento Cognitivo.
Segundo (STENBERG, 2000, p.22) a psicologia cognitiva trata do modo como as
pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação.
A dança tem uma grande contribuição no desenvolvimento cognitivo do ser humano,
trazendo uma carga de sociabilidade e relacionamento enquanto pessoa no meio. Isso é
muito importante quando aplicado como ferramenta da educação.
Desenvolvimento Coordenação Motora.
A dança bem aplicada, na forma de trabalhar o corpo, faz com que a coordenação
motora seja inserida no aprendizado de quem a pratica. Isso traz uma grande vantagem,
pois toda carga de técnica nos movimentos mecânicos se reflete em ganho para o
individuo que dança. Ficando assim com uma excelente coordenação motora.
Informação Corporal.
Nosso corpo fala, e isso é muito fácil de comprovar. Usamos no mecanismo de
comunicação mais de 80% do corpo para nos expressarmos. Quem dança tem facilidade
de se comunicar porque esta acostumado a lidar com o corpo de forma íntima. Conhece o
corpo que tem e quais são suas capacidades. Então a dança traz uma facilidade
extremamente boa para o corpo, enchendo ele de uma informação que carregaremos
para toda a vida.
Saúde Orgânica e Mental.
Dançar por si só já é um exercício e compõe uma atividade reguladora do
metabolismo e funcionamento do organismo como um todo. Traz uma melhora
significativa para quem a pratica. Quem realmente ama a dança se preocupa em cuidar
do corpo como um todo, porque necessita dele como ferramenta para executar o que
gosta - "dançar".
Além do mais quando se faz uma atividade dessas com prazer, isso traz uma saúde
mental bastante boa. Quando dançamos estamos interagindo com a sociedade, com o
meio, colocando nossa mente para trabalhar de maneira positiva, fazendo amizades e
colocando uma química boa que o organismo libera, tais como a adrenalina.

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A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA SOCIEDADE

A música é a principal arte em todo o mundo. Desde tribos indígenas, até em


grandes cidades, a música é em especial uma forte presença artística na cultura.
A música é a principal arte em todo o mundo. Desde tribos indígenas, até em
grandes cidades, a música é em especial uma forte presença artística na cultura.
O feito de cantar ou escutar uma canção pode
desencadear efeitos emocionais numa pessoa. Tristeza,
alegria, nostalgia, raiva, muitos são os sentimentos que veem
aos ouvintes da música. Estes sentimentos, quando contidos
em várias pessoas, podem gerar movimentos sociais. Como
exemplo, os movimentos: punk, grunge, alternativo e emotivo
(este, o mais popular no Brasil). Muitos movimentos buscavam,
como meta, uma maior liberdade de expressão e uma melhor
qualidade de vida na sociedade.
Portanto, a música pode ser considerada uma das artes
que mais influenciam na sociedade. Por isso, muitas mídias
optam pela monopolização do mercado fonográfico. Se há décadas era a censura a
principal vilã, agora é a alienação, o controle do que vai ou não fazer sucesso. Isso
somado ao descaso pela qualidade musical atual na sociedade brasileira, especialmente
nas classes mais pobres, provocando um declínio cultural.
Ocorrendo o declínio cultural, ocorre juntamente o declínio da educação, com o
declínio da educação, aumenta a facilidade de alienação. Situação perfeita para os
políticos, burgueses e outros monopolizadores da nossa sociedade. É só observar em
volta, liga o rádio e escuta o que está tocando, liga a TV no domingo e vê os grupos
convidados para tocar nos programas, provavelmente não são grupos tocando canções
com letras bem elaboradas e que falem sobre questões sociais, certo?
No Brasil, é predominante o movimento cultural emotivo. Isso porque são produzidas
em exagero músicas que só falam de amor, isso é visto em todos os estilos. Não que falar
de amor seja algo ruim, o problema é que as grandes emissoras só colocam obras com
esse tipo de tema para tocar, parecendo até que estamos num filme de amor, onde tudo
são flores.
A população tem que entender como é preciso uma melhoria na arte nacional, pois
através dessa melhoria poderão ocorrer efeitos muito significativos na educação. Projetos
sociais com o intuito de incentivar as crianças a trabalhar com a música e a arte em geral,
especialmente nas favelas, facilidade ao acesso a instrumentos musicais, e entre outras
ações que podem, juntais, modificar aos poucos a cultura da nossa sociedade,
melhorando assim, a nossa qualidade de vida.

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CAPÍTULO 4 – LUTAS E ESPORTE DE COMBATE

CONCEITO DE BRIGAS

Uma briga é um confronto entre duas ou mais pessoas, grupos de indivíduos,


corporações ou outra classe de entidades. As brigas
podem ser físicas, verbais ou mesmo simbólicas,
consoante o caso.
Exemplos: ―Ao ouvir o insulto, o Martim não
hesitou: virou-se, olhou o Jorge nos olhos e
começou a briga com um soco no queixo‖, ―Uma
briga num estádio de futebol acabou com dois
mortos e catorze feridos na Indonésia‖, ―A briga
entre as duas empresas acentuou-se depois da nova
publicidade‖.
As brigas costumam ser a resolução violenta de
uma discussão ou de um conflito. Quando o diálogo
não prospera e as pessoas não entram em acordo, é
provável que alguma tome a decisão de provocar uma briga com socos ou murros com a
intenção de impor o seu ponto de vista através da força.
No entanto, há brigas que ocorrem em forma de competição. É o caso de desportos
como o boxe ou as artes marciais mistas, que consistem na realização de brigas entre os
atletas.

Uma briga, por outro lado, pode ser um distanciamento provocado por um problema
entre dois ou mais sujeitos. Um homem pode discutir com um amigo e, depois de trocar
insultos, afastar-se dele sem haver agressões físicas pelo meio. O período que se inicia
então e que se estende até à reconciliação recebe o nome de briga: ―Já passaram três
meses desde a briga com o Aníbal e continuamos sem nos falar‖.

Noutro sentido, uma briga pode entender-se como sendo uma competição: duas
empresas que brigam pelo primeiro posto do mercado, jogadores de ténis que brigam por
encabeçar o ranking mundial, etc.

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LUTAS - CONCEITOS BÁSICOS

ARTES MARCIAIS E LUTAS - BREVES CONCEITOS


INTRODUÇÃO

As lutas e as artes marciais apresentam, em suas origens, características atribuídas à


sobrevivência, ao exercício físico, ao treinamento
militar, à defesa e ao ataque pessoal, além das
implicações das tradições culturais, religiosas e
filosóficas.
Com o surgimento de outras necessidades e o
desenvolvimento de novas técnicas, o ser
humano atribuiu outro significado às lutas, e hoje
assistimos a um processo de esportivização
das mesmas.
As lutas orientais são originárias de países como
Índia, China, Japão e Coréia. Em sua formação,
tinham um caráter voltado tanto para a defesa da nação, quanto para a do próprio
praticante. Com o passar dos anos, principalmente após o contato dessas lutas com o
Ocidente, surgiram alguns mestres que perceberam nelas potenciais possibilidades
educativas, como autodomínio, superação de limites, aumento de concentração, exercício
físico e atividades de lazer, situações que vão muito além dos preceitos formados em sua
origem.
Alguns aspectos podem ser utilizados para diferenciar luta e artes marciais. As artes
marciais são práticas corporais de ataque e defesa, podendo ser também caracterizadas
como lutas. A principal diferença entre as duas é que os praticantes de artes marciais,
principalmente as de origem oriental, consideram que os conteúdos da cultura de origem
da atividade teriam uma orientação filosófica que determinaria a sua diferença com as
lutas.
Atualmente, percebemos que em boa parte dos filmes a que assistimos sobre lutas de
origem oriental é preservada a imagem do mestre, o qual, por sua vez, possui uma
postura de educador, e ensina aos seus ―discípulos‖ vários preceitos que vão além da
própria prática da luta, ou seja, lições que serviriam para a vida.
A expansão do caratê e de outras lutas é percebida em desenhos animados,
brinquedos, jogos de cartas, torneios de combate, jogos de vídeo game e tabuleiros e
nos mangás, histórias em quadrinhos conhecidas pelo público adolescente que aprecia o
gênero.
Nesse sentido, as artes marciais possuem um caráter introspectivo que pode ser muito
benéfico à educação. As metas sempre dizem respeito aos limites, às possibilidades e
peculiaridades de cada indivíduo em ação. Apesar de aparentemente o foco estar no
oponente, o objetivo dessa prática é olhar e transformar a si mesmo, independentemente
do outro. Para o praticante, é como se o ―inimigo‖ fosse ele mesmo, com seus limites,
medos, defeitos e fraquezas.
A evolução desse ―eu‖ depende do treinamento contínuo, da ação ininterrupta
de lapidar a integralidade do ser.
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AS LUTAS COMO COMPONENTE DA CULTURA DO MOVIMENTO HUMANO
A seleção das lutas como conhecimento a ser ensinado e discutido na escola ainda é
recente, e muitas discussões surgem em relação à forma ideal que o assunto deve ser
tratado. Mas as lutas apresentam muitas possibilidades para o seu desenvolvimento na
escola, mediante uma abordagem intencional, de caráter pedagógico, já que esse é um
dos espaços onde os alunos experimentam, vivenciam, criticam, compreendem
e atribuem significados às suas experiências no âmbito da Cultura de Movimento.
Esses conhecimentos variam, mas existem conceitos que são iguais em todas elas,
como os conceitos de esquiva, ataque, defesa, rounds, entre outros.
Cada luta possui uma época e um local onde se originou, bem como uma evolução
histórica própria. No entanto, o desenvolvimento de algumas modalidades cruza no tempo
e espaço com outras. Em algumas a origem é difícil de ser definida.
Os termos ARTES MARCIAIS e LUTAS fazem parte da cultura do movimento
humano. Podemos reconhecê-los tanto nas culturas milenares, quanto nos movimentos
de proteção e defesa encontrados desde a pré-história.
O substantivo luta, do latim lucta, significa ―combate, com ou sem armas, entre
pessoas ou grupos; disputa”.
A expressão artes marciais é uma composição do latim arte, (―conjunto de preceitos
ou regras para bem dizer ou fazer qualquer coisa”), e martiale(―referente à guerra;
bélico”, “relativo a militares ou a guerreiros”).
Portanto é importante distinguir estes dois termos, de significado e emprego muito
próximos, mas que nem sempre devem ser usados para a mesma finalidade.
ARTES MARCIAIS
O termo “artes marciais” antigamente era utilizado para referir-se às artes de guerra
e as luta de origem militar. Entende-se como sistema de combate o conjunto de regras,
regulamentos e preceitos filosóficos.
Podiam definir as técnicas de combate de origem milenar utilizadas para ataque e
defesa. Eram usada também para definir as lutas de origem oriental.
Arte marcial é um termo mais abrangente, utilizado para definir um conjunto de
conhecimentos com finalidade de combate entre guerreiros ou militares. É uma forma de
lutar que foi aprimorada visando melhor desempenho contra um adversário.
As artes marciais não compreendem somente um apanhado de técnicas (golpes com
as mãos, pés, etc), mas também um conjunto de filosofias e tradições de combate.
Outra característica é que as artes marciais foram praticadas de forma restrita entre
familiares ou ensinada para poucos discípulos.
Nas artes marciais orientais são comuns preceitos filosóficos dando sentido aos
movimentos técnicos e a conduta dos lutadores:

No ―TAEKWONDO‖, são utilizados alguns conceitos norteadores para a arte marcial:


cortesia, integridade, perseverança e autocontrole e espírito indomável. "Tae", refere-se
ao "pé" ; "Kwon", refere-se a "mão" ; "Do", refere-se a "arte" ou ao "caminho". Por
tanto, coletiva e literalmente, "Taekwon-Do" significa "O caminho do pé e da mão".
No AIKIDO, o princípio é o de lutar sem lutar. A técnica do Aikido engloba torções e
imobilização do oponente através dos membros superiores, e movimentos de
lançamento. Ai = Harmonia; Ki = Energia; Do = Caminho.

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No JUDÔ, usa-se a força do oponente contra ele mesmo. "JU" = gentil,
suave; "DO" = caminho, princípio; "JUDÔ" -quer dizer, portanto, princípio ou
caminho da suavidade.
O CARATÊ é uma arte onde uma pessoa aprende a utilizar as suas mãos ou outros
membros do corpo (pés, joelhos, …) para se defender. TE significa em
japonês Mão; KARA significa em japonês Vazio.Deste modo KARATE = KARA +
TE significa então“Mão vazia”.
O MUAY THAI, é uma luta originária da Tailândia, também conhecido como boxe
tailândes. Arte marcial tailandesa com mais de 2000 anos de existência usada como
forma de defesa nas guerras. MU = marcial; AY = arte; THAI = referente ao povo
tailândes. Na Tailândia também é chamada de "LUTA DA LIBERDADE", pois era com
ela que o povo tailandês se defendia dos inimigos que tentavam ocupar o seu territória.

É conhecida mundialmente como a Arte das Oito Armas, pois se caracteriza pelo uso
combinado dos dois punhos + dois cotovelos + dois joelhos + duas 'canelas e
pés‗. Basicamente seriam os movimentos do boxe acrescidos de joelhadas, cotoveladas
e caneladas.
A ESGRIMA (do antigo provençal escrima do vocábulo germânico skirmjan,
significa "proteger") é um desporto que evoluiu da antiga forma de combate, em que o
objetivo é tocar o adversário com uma lâmina ao mesmo tempo que se evita ser tocado
por ele. A ESGRIMA é considerada uma arte marcial de origem militar com utilização de
arma, que poder ser o florete, a espada e o sabre.
O KRAV MAGÁ (em hebraico: ‫מגע קרב‬, significa "combate próximo/de contato") é
um sistema de combate corpo a corpo, desenvolvido em Israel, que envolve técnicas de
luta, agarramento e golpeamento. O KRAV MAGÁ é um sistema de combate, utilizado
basicamente para defesa pessoal.
Na CAPOEIRA utiliza-se movimentos de tem um número relativamente pequeno de
golpes que podem, no entanto, atingir uma harmoniosa complexidade através de suas
variações. O contexto da capoeira ainda é uma discussão entre autores tentando
contextualizá-la como Luta, Dança e Jogo, por vários conceitos inseridos como religião,
cultura e arte do movimento.
Ao chegarem no ocidente, as lutas orientais perderam a conotação filosófica
fundamentada em crenças e religiões que preparavam o praticante fisicamente e
espiritualmente, sendo enfatizados os aspectos competitivos e o de defesa pessoal.
Hoje em dia o termo é utilizado generalizadamente tanto para todos os sistemas de
combate de origem oriental como ocidental, com ou sem o uso de armas
tradicionais, visando diferentes finalidades como desporto, lazer, participação de um
grupo social, defesa pessoal, disciplina da mente, condicionamento físico.
LUTAS
As lutas foram adaptadas para serem desenvolvidas na forma de competições sendo
viabilizadas para serem praticadas por pessoas alheias aos preceitos filosóficos e aos
significados culturais relacionados. A maioria das modalidades dos esportes de luta que
conhecemos hoje estão elevadas a um estado esportivo que descaracteriza o próprio
conceito de arte marcial.
Entende-se que ―luta‖ é um termo que pode ser empregado de forma geral a todo
combate entre dois ou mais indivíduos, dotados estes de treinamento especial para luta
ou não.
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É provável que a luta tenha surgido nos primórdios da civilização humana, junto com a
necessidade do homem de defender-se de inimigos ou animais, ou ainda, de atacar ou
caçar com mais eficácia.

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LUTAS
CONCEITOS

Acreditamos ser de fundamental importância diferenciar lutas de artes marciais.

Lutas são disputas em que os oponentes se utilizam de técnicas e estratégias de


desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão, de uma área de combate,
caracterizando‐se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência
e deslealdade para o desenvolvimento de ações de ataque e defesa (PCN‘s 1998).
O termo arte marcial se refere as técnicas de combate ligadas à guerra. O termo
marcial vem do deus Marte, deus da guerra para os romanos.
As artes marciais mais conhecidas tanto no Brasil como no mundo são o Judô, o
Karatê, o Taekondô, o Kung‐fú, e o Jui‐jistú. A Capoeira tem diversas interpretações.
Pode ser vista como dança, folclore, jogo, mas sem dúvida sua maior e mais expressiva
representação é a de luta. Seus movimentos são tipicamente de ataque e defesa.
O boxe embora também seja uma luta, atualmente tem uma imagem mais ligada a
uma prática desportiva.
Com o grande desenvolvimento das armas de guerra, os combates físicos foram
rareando e as Artes Marciais foram ―migrando‖ para o desporto, perdendo inclusive muitas
de suas características.
O Judô (que significa caminho da suavidade) não tem praticamente mais nada de
suave. O atleta quando golpeado, em vês de utilizar as técnicas de queda e
amortecimento que foram criadas para diminuir o impacto da queda, tenta de toda forma
apoiar uma mão, o ombro ou outras partes do corpo para descaracterizar o ―hipom‖ que é
o nocaute do judô; daí surgem as graves contusões de clavícula, antebraço, punho entre
outras.
A grande diferença entre as lutas na escola para as artes marciais seria que não
existem técnicas pré‐estabelecidas. Conforme o aluno vai lutando vai desenvolvendo sua
própria técnica. Para atingirmos esse objetivo da criança ser um ser ativo, descobrindo
suas próprias técnicas, se faz necessário que desvincule as lutas escolares das artes
marciais, com exceção da capoeira a qual trataremos mais adiante.
Outra grande diferença entre as lutas escolares e as artes marciais é que o
resultado do combate não tem grande relevância; a competitividade deve perder
importância em relação às vivências corporais. Seria semelhante a algumas concepções
de jogo que diferiam dos esportes, ou seja, um baixo grau de competitividade.
Mais uma característica que difere as duas práticas, é que nas atividades
escolares os golpes de percussão devem ser abolidos. Entende‐se como golpes de
percussão os movimentos de impacto como os socos e pontapés,
por exemplo.
A História das Lutas e Artes Maciais

A origem das lutas continua sendo uma incógnita, mas o


homem primitivo já lutava para sobreviver, caçar e garantir seu
espaço. Observamos o seu aparecimento em diversas nações no
mundo e com diversos objetivos, os gregos tinham uma forma de

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lutar, conhecida como ―pancrácio‖, modalidade presente nos primeiros jogos olímpicos da
era antiga.

Em Roma os gladiadores eram escravos de terras conquistadas e que participavam


de torneios de luta que serviam de entretenimento para os Imperadores de Roma. Já
naquela época, faziam o uso de técnicas de luta a dois.
Na Índia e na China, surgiram os primeiros indícios de formas organizadas de
combate, informações relatam que os sistemas de lutas chegaram à China e à Índia, no
século V a.C. Muitos artistas marciais consideram a China como o berço desta cultura.
Países europeus após o século XIV começaram suas expansões e descobertas de
territórios, tendo contato com a cultura de outros países, assim conseguiram trazer
desses locais descobertos alguns tipos de lutas, onde reproduziram as mesmas no seu
continente e em alguns casos adaptaram técnicas que pudessem sem melhoradas.
As artes maciais tiveram sua origem com o desenvolvimento da civilização, quando,
logo após o desenvolvimento da onda tecnológica agrícola, alguns começam a acumular
riqueza e poder, desejando o surgimento de cobiça, inveja, e seu corolário, a agressão.
A necessidade abriu espaço para a profissionalização da proteção pessoal.
Embora a versão mais conhecida da arte marcial, principalmente a história oriental,
tenha como foco principal Bodhidharma ‐ monge indiano que, em viagem à China,
orientou os monges chineses na prática do yoga e rudimentos da arte marcial indiana, o
que caracterizou posteriormente na criação de um estilo próprio pelos monges de shaolin
‐, é sabido, historicamente, através da tradição oral e escavações arqueológicas, que o
kung fu já existia na China há mais de cinco mil anos. Da China, estes conhecimentos se
expandiram por quase toda a Ásia. Japão e Coréia também têm tradição milenar em artes
marciais.

Sistemas de Classificações dos Estilos de Luta e Artes Maciais

Existem diversos sistemas distintos de classificação dos estilos de lutas e arte


marcial, adotados por diferentes culturas em momentos históricos específicos.

Quando vamos falar em classificação das lutas podemos dividi‐las em lutas de


corpo a corpo e lutas de distância.

As lutas de corpo a corpo o contato corporal é mais prolongado, utilizando


técnicas de desequilíbrio, projeções, imobilizações e torções, além de outros. Como
exemplos podemos citar: Judô, Jiu‐ Jitsu, Sumô, Greco –Romana e Ai‐ki‐Dô.

Nas lutas de distância, o contato corporal é mais breve, podendo até mesmo não
existir contato, utilizam técnicas de contusão, socos, chutes, joelhadas e outros. Como
exemplos podemos destacar: Capoeira, karatê, Kung‐Fu, Esgrima, Boxe, Taekwondo.

Fundamentos

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Os fundamentos são práticas que auxiliam no desenvolvimento das lutas tanto de
corpo a corpo quanto as de distância.

Fundame
nto Características
Conseguir pegar, prender,
Agarrar deter,
segurar com força
Derrubar Deixar ou fazer cair
Cair Tombar, descer sobre a terra
Desequilib Desestabilizar, perder o
rar equilíbrio
Imobilizar Impedir de mover‐se, prender
Bater Dar pancadas ou golpes
Proteger‐se ou resguadar‐se
Defender contra
um ataque
Desviar o corpo para evitar
Esquivar um golpe

Benefícios da Prática da Luta (Desenvolvimento Motor)

No domínio motor, a prática dos esportes de luta exige e consequentemente,


desenvolve habilidades motoras e qualidades físicas, tais como:
Coordenação motora – em função da necessidade de realizar movimentos rápidos,
precisos, muitas vezes com distintos segmentos corporais atuando independentemente
uns dos outros, nas diversas ações de ataque e defesa.
Equilíbrio – dinâmico, estático e recuperado. O sucesso nas lutas depende muito da
capacidade de manter a estabilidade, a base.
Percepção espaço‐temporal – necessária para se ter domínio sobre as ações na área
de luta e com oponentes de diferentes dimensões corporais, sendo desenvolvida nos
treinos com adversários diferentes, com áreas de luta e tempos de combates
diversificados.
Conhecimento do corpo e de suas potencialidades – capacidade necessária para
poder estabelecer as estratégias adequadas que conduzam ao sucesso.
Flexibilidade – a amplitude de movimentos possibilita a execução de movimentos com
menor gasto energético, com mais facilidade e colabora na prevenção da ocorrência de
lesões.
Agilidade – a capacidade de mudar a direção e/ou sentido do movimento do corpo, ou de
segmentos corporais é extremamente importante para a eficiência nas ações de ataque e
defesa que caracterizam as lutas.
Força ‐ nas disputas que caracterizam as lutas, se faz necessário diversas manifestações
da força (estática, dinâmica, explosiva ou potência). Em cada modalidade de luta há uma
preponderância, por exemplo, nas lutas contundentes a força explosiva é muito utilizada,

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em lutas imobilizantes, como a luta livre olímpica, observa‐se uma considerável exigência
do componente estático da força. Portanto, seja nas disputas em si, ou nos exercícios
preparatórios, a prática da luta favorece o desenvolvimento desta qualidade física.
Aptidão cardiorrespiratória / resistência à fadiga – de maneira geral, nas diversas
modalidades de luta, as disputas esportivas são realizadas em períodos regulamentares
que duram entre 2 e 10 minutos, de acordo com a modalidade, nível de habilidade ou
graduação, categoria de peso, idade e gênero. Algumas são realizadas em apenas um
período de tempo, como o judô, que tem lutas de 5 minutos, outras têm sequências
intervaladas de embates, como o boxe profissional que pode ser disputado entre 4 e 12
round de 3 minutos cada. Portanto, é possível dizer que as diversas formas de lutas
exigem a capacidade de resistir a esforços que variam aleatoriamente de intensidade,
conforme as ações desenvolvidas, por períodos relativamente longos (acima de dois
minutos). Consequentemente, a prática da luta pode favorecer o desenvolvimento desta
capacidade, útil não só para o sucesso na atividade, mas também necessária para um
bom nível de aptidão para a saúde.
Benefícios da Prática da Luta (Domínio Afetivo – Valor Pedagógico)
É provável que ao domínio afetivo, seja atribuído o maior VALOR PEDAGÓGICO
das lutas. Nas lutas de origem oriental, como o judô, o karatê, o tae‐ kwon‐do, este é um
aspecto marcante e em seus países de origem estas práticas são inseridas no currículo
escolar.
Também não é raro nos depararmos com relatos de pais e com orientações
profissionais, ressaltando o valor da prática das lutas no desenvolvimento da disciplina, do
respeito, do controle emocional, da autoestima, da auto‐ confiança, do autoconhecimento,
da desinibição e da perseverança.
Cabe ressaltar a importância do professor, através de sua conduta e suas
orientações, para a efetiva consolidação dos possíveis benefícios obtidos com a prática
da luta nesta área.

Benefícios da Prática da Luta (Domínio Cognitivo e Interdisciplinaridade)

A prática da luta também proporciona o contato, o conhecimento com a cultura de


outros povos e países, como no caso da lutas de origem oriental (jiu‐jitsu, judô, karatê,
kempo,), como a do próprio país, no caso a capoeira e o huka‐huka).
No âmbito escolar, se for aplicado este bloco de conteúdos (lutas) na Educação
Física, é possível a interdisciplinaridade, relacionado os conteúdos da história, geografia,
artes com a modalidade de luta abordada.

ESTUDO DAS MODALIDADES DE LUTAS Kung


Fu

O Kung‐Fu é originário da China e nasceu


da necessidade de sobrevivência dos antepassados
na luta contra animais ferozes e contra inimigos.
Kung Fu é uma expressão antiga que,
genericamente, no dialeto cantonês, significava
"tempo e esforço desprendido numa atividade" ou "grau de perfeição alcançado em
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qualquer área de atuação", ou ainda "conhecimento profundo de um assunto". Na década
de 70 essa expressão cantonesa, utilizada para caracterizar as artes marciais chinesas,
ficou mundialmente conhecida através dos filmes de artes marciais. Entretanto, a
expressão gramaticamente correta para designar arte marcial é Wushu, originária do
mandarim (vale lembrar que, após 1945, Mao Tse Tung designou o mandarim como
língua oficial chinesa).
Alguém poderia perguntar: "por que, então, foi escolhida a palavra 'Kung Fu', e não
'Kuoshu' ou 'Wushu', para representar a arte marcial?" Muito simples: os primeiros
imigrantes chineses eram de Cantão, uma região ao sul da china e litorânea (como
santos, por exemplo). O acesso ao mar, para estes imigrantes, era mais fácil que para
outras regiões da China. Estas pessoas espalharam‐se por todo o mundo: Europa, África,
Oceania e Américas, para tentar ganhar a vida e ter melhores condições de sobrevivência
do que as que possuíam em seu país de origem. Só eles mesmos compreendiam o
idioma chinês, pois era um idioma complicado. Em sua vida diária, sempre reservavam
um tempo de lazer, para treinar os movimentos e exercícios de lutas que aprenderam na
China. Por outras vezes, eram perseguidos, por serem de origem oriental, e provocados
para brigas. Com uma estrutura geralmente franzina, na maioria das vezes, ganhavam
lutas com homens maiores do que eles.
Conta a lenda que certa vez, um monge chinês ‐Ta Mo ‐ subiu numa montanha e se
pôs a contemplar o movimento dos animais, as posições que tomavam para a luta e a
maneira como se defendiam dos ataques. Observando tais movimentos, desenvolveu um
trabalho de adaptação desses animais para o homem, estruturando‐os de acordo com as
possibilidades físicas do homem. Assim nasceu o Kung‐Fu, como chamam os ocidentais
esta luta chinesa.
Esta arte marcial milenar vem orientando as pessoas, bem como ajudando os jovens
a se direcionarem em disciplina, respeito com os colegas.
De um modo geral, estrutura o corpo físico, em combinação com a mente,
extravasando as ansiedades, angústias e stresses acumulados no dia a dia, fortalecendo‐
os.
Pode ser praticado por adultos e crianças de ambos os sexos.
Combina‐se ginástica completa de todo o corpo, bem como movimentos,
denominados Katis, onde compila‐se, em sequências baseadas em movimentos de
animais, mãos e pernas.
Decorrentes das observações dos ataques dos animais, de onde originou‐se o
Kung‐fu, surgiram os vários estilos praticados no mundo, consequentes das mutações e
adaptações para o ocidente.
Hoje a realidade brasileira mostra uma arte marcial chinesa (Kung‐fu), voltada para o
bem estar físico e mental do praticante. Não há
para o seguidor, na medida em que passa a
conhecer o fundamento da doutrina, aspirações de
ser um "lutador profissional", seu treinamento é
voltado para o relaxamento da mente e o
desenvolvimento corpóreo, atribuindo‐lhe saúde e
bem estar.
Estilos de kung fu

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Com o passar dos anos o kung fu propriamente dito foi se dividindo em vários
estilos. Isso se deu principalmente em função de cada povo inserir novos movimentos e
aprimorar outros já existentes – tudo é claro, baseado nas condições geográficas e
culturais do local além das características físicas dos praticantes.
A grande maioria dos estilos imita o movimento dos animais. Há, porém, alguns
estilos que são mais inspirados em lutas e mitologias chinesas.
Os estilos dividem‐se em dois grandes grupos – os estilos do Norte e os estilos do
Sul. A linha divisória entre o Norte e o Sul dentro das artes marciais chinesesas é o Rio
Azul (rio Yangtze). Os estilos do sul enfatizam os chutes e suas posturas são mais duras
com golpes diretos e fortes. É de onde surgiu o karatê, por exemplo.
Já os estilos do Norte possuem mais movimentos associados aos membros
superiores e são mais fluidos e acrobáticos. Como principal exemplo podemos citar o tai
chi chuan.
Dragão: neste estilo os movimentos são longos e contínuos e os praticantes
costumam atacar com o cotovelo, joelho e tornozelo.
Garça Branca: estilo de movimentos ágeis que combinam chutes e torções.
Leopardo: os praticantes deste estilo utilizam o punho para atacar pontos vitais do
adversário, como se o punho fosse um machado.
Louva‐a‐Deus: pode ser dividido em Louva‐a‐Deus do
Norte e Louva‐a‐Deus do Sul. No estilo Louva‐a‐Deus do Norte
os praticantes movimentam os pés de maneira complexa e são
muito velozes. Já no estilo Louva‐a‐Deus do Sul os praticantes
atacam com os braços e o combate é realizado a uma distância
bem curta.
Macaco: neste estilo os praticantes desenvolvem
principalmente força nas pernas para saltar de forma agressiva.
Shaolin Quan: as técnicas deste estilo foram desenvolvidas
pelos monges do tradicional Templo Shaolin.
Alguns destes estilos usam armas enquanto em outros o uso é proibido. Na próxima
página conheça as principais armas utilizadas pelos praticantes de kung fu.
Conheça alguns dos principais estilos de kung fu:

Águia: baseado no movimento das águias, este estilo procura fortalecer os dedos e seus
praticantes são especialistas em torções.

Bêbado: este é um dos estilos mais famosos e exige de seus praticantes muita
flexibilidade e agilidade. Os praticantes posicionam suas mãos como se estivessem
segurando um copo.
As armas do kung fu
São várias as armas que podem ser utilizadas pelos praticantes de kung fu. Há
armas para golpear, cortar, esmagar e apunhalar o adversário – e se forem bem usadas
podem até mesmo matar.
No kung fu as armas são consideradas uma extensão natural do corpo e são tão
importantes como suas armas naturais – pernas e mãos. De qualquer maneira, um atleta
de kung fu só pode praticar com arma quando possuir uma certa habilidade com as mãos.

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Bastão – é considerada a mais importante arma do kung fu. Este instrumento é
fundamental para a defesa e pode ser de cera branca, madeira e até mesmo de ferro. Os
praticantes só podem erguer o bastão até a altura da sobrancelha. Muitas vezes os
atletas colocam pontos de metal no bastão para aumentar o peso do mesmo.
Lança – é a principal arma longa do kung fu. Os praticantes precisam ser flexíveis e ágeis
para saltar e dar cambalhotas com a lança na mão. Os golpes focam os pontos vitais do
adversário.
Facão – as técnicas do facão incluem cortar, bloquear, empurrar, bater e perfurar o
adversário.
Espada Imperial – também conhecida por espada reta, inclui técnicas que buscam girar,
erguer, saltar, cortar e principalmente bater no adversário.

San Tie Kan – conta a lenda que esta arma foi criada por um imperador chinês.
Durante uma batalha seu bastão acabou quebrando em três pedaços. Mesmo assim o
imperador continuou lutando e venceu a batalha. O San Tie Kan atual é feito por três
cabos que são ligados por uma corrente.
Além destas, outras armas são usadas pelos praticantes de
kung fu como: cudgel, broadsword, forquilha do tigre, faca da
borboleta, chicote de nove seções, dardo, tridente de nove dragões,
chicote de aço e gancho.
Curiosidades do kung fu
Bruce Lee é considerado o lutador de arte marcial mais famoso
do século 20 e um dos maiores responsáveis por divulgar a arte
marcial chinesa ao redor do mundo. Coincidência ou não, o "lutador
ator" nasceu no dia e ano do Dragão (27 de novembro de 1940) na Califórnia, EUA. Aos
13 anos iniciou seus estudos de kung fu e aos 20 já dava aulas. Lee estrelou diversos
filmes sobre artes marciais que fizeram muito sucesso como ―O Dragão Chinês‖, ―A Fúria
do Dragão‖, ―O Vôo do Dragão‖, ―Operação Dragão‖ e ―O Jogo da Morte‖. Vários
personagens de videogames e desenhos animados foram inspirados em Bruce Lee, como
Rock Lee do Naruto e Himontlee do Pokémon.
sonha em ser um grande lutador de kung fu apesar de ser bastante desajeitado. O filme
fez muito sucesso e faturou mais de US$ 600 milhões no mundo todo.

A China bem que tentou incluir o kung fu no programa olímpico


dos Jogos de 2008, mas não deu certo. De qualquer maneira o país
realizou um grande torneio mundial paralelo exatamente na mesma
época das Olimpíadas.
Reality show de kung fu? Isso mesmo. O kung fu conta com mais
de um milhão de praticantes nos Estados Unidos e muitos deles
participaram dos testes que selecionaram 108 atletas para ingressarem
no Templo Shaolin, o mais famoso e tradicional templo e local de
ensinamento de artes marciais chinesas. Além da arte marcial propriamente dita os
estudantes passaram um bom tempo aprendendo o estilo de vida e a cultura oriental. O

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programa ―K‐Star‖ foi transmitido de março a setembro de 2006 pelo canal chinês
"Shenzen TV".
A Federação Paulista de Kung Fu comemora em 2010 os 50 anos de ensino do
kung fu no Brasil por um dos mais respeitados mestres desta arte no mundo: Chan Kowk
Wai. Chan nasceu em 1936 na cidade de Taishan, província de Cantão, e iniciou seus
treinamentos aos quatro anos de idade. Em 1949 Chan e sua família se mudaram para
Hong Kong por ocasião da proclamação da República Popular da China. O mesmo
aconteceu com o grão‐mestre Yim Sheung Mo que acabou se hospedando na casa da
família de Chan e transmitiu todo o seu conhecimento do estilo Shao Lin do Norte para o
talentoso menino. Em 1960 Chan veio para o Brasil e passou a difundir o kung fu e seus
diversos estilos por aqui.
Kung fu também já foi uma série de televisão. Estrelada por David Carradine a série
foi apresentada entre 1972 e 1975 e fez muito sucesso recebendo inclusive diversos
prêmios.

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Karatê

Karatê é uma palavra japonesa que significa ―mãos vazias‖. Consiste em uma arte
marcial japonesa e um método de ataque e defesa pessoal que inclui diversas técnicas
executadas com as mãos desarmadas.
Em Português do Brasil, a grafia correta da palavra é ―caratê‖ (com ―c‖ e com acento
circunflexo), contudo é comum encontrar escrita com "k".
O método de defesa pessoal foi possivelmente originado na China, mas se
desenvolveu e evoluiu no Japão, na província de Okinawa, com base em uma luta já
existente na época.
No Japão também se acrescentou a partícula ―do‖ (karate‐do), que significa
―caminho‖, para acrescentar à luta os aspectos filosóficos e físicos,
cujas técnicas visam disciplinar o corpo e a mente.
Gichin Funakoshi (1868‐1957). Fundador do estilo shotokan e
considerado o pai do karatê moderno. Funakoshi nasceu em Shuri,
Okinawa, em 1868, filho de um samurai. Quando garoto foi treinado
na clandestinidade pelos dois maiores mestres da época:
Yasutsune Azato e Yasutsune Itosu. A prática de artes marciais
era, então, proibida. Levou a arte para o Japão nos anos 20.
Como eram proibidos de usar armas no local, os habitantes de
Okinawa criaram a arte marcial como forma de defesa contra o ataque de possíveis
inimigos.
Os praticantes de caratê são denominados ―caratecas‖. Nas lutas, os caratecas só
podem usar as armas de combates naturais, ou seja, o próprio corpo (mãos, braços, pés,
pernas, etc.), incluindo os bons reflexos de visão e a inteligência.
O primeiro Campeonato Mundial de caratê foi disputado em 1970, em Tóquio. Desde
então, o torneio passou a se realizado a cada dois anos.
Nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, o Karatê estará presente apenas como
modalidade demonstrativa. A primeira conquista foi o reconhecimento da arte marcial pelo
Comitê Olímpico Internacional (COI). Situação comemorada pelos adeptos de uma
modalidade que ao longo dos anos vem passando por atualizações em suas regras para
seguir em busca de confirmação efetiva.
O nível atingido por cada carateca é classificado através de um sistema de faixas
coloridas (classe Kyu), na seguinte ordem: branca, amarela, vermelha, laranja, verde,
roxa, marrom. A faixa branca é indicativa de principiante.
A faixa preta é conseguida por quem atingiu todos os conhecimentos da classe Kyu
e domina a arte marcial (classe Dan). No Sistema Shotokan são definidos mais 10 níveis
exclusivos para serem alcançados pela classe Dan (faixas‐pretas).
As modalidades de competição:

É Kata: execução de sequências pré‐determinadas de defesa e ataque, com


aplicações (para equipes).
É Kumitê: combate individual ou por equipes.

Os 26 Kata do Karate‐do
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Pronúncia Significado
1. Heian Shodan: Paz e tranquilidade (nível inicial)
2. Heian Nidan: Paz e tranquilidade (nível dois)
3. Heian Sandan: Paz e tranquilidade (nível três)
4. Heian Yondan: Paz e tranquilidade (nível quatro)
5. Heian Godan: Paz e tranquilidade (nível cinco)
6. Tekki Shodan: Cavaleiro de ferro (nível inicial)
7. TEKKI NIDAN: Cavaleiro de ferro (nível dois)
8. Tekki Sandan: Cavaleiro de ferro (nível três)
9. Bassai Daí: Romper a fortaleza
10. Kanku Daí: Contemplar o céu
11. Jitte: Dez mãos (ou dez técnicas)
12. Hangetsu: Meia lua
13. Enpi: Vôo da Andorinha
14. Gankaku: Grou (tsuru) sobre a rocha

15. Jion: Amor e gratidão (Jion é o nome de um templo)

16. Bassai Sho: Romper a fortaleza


17. Kanku Sho: Contemplar o céu
18. Chinte: Mãos estranhas (ou técnicas estranhas)
19. Unsu: Mãos de nuvens (ou separando as nuvens)
20. Sochin: Espírito inabalável
21. Nijushiho: 24 passos
22. Gojushiho Daí: 54 passos
23. Gojushiho Sho: 54 passos
24. Meikyo: Espelho limpo
25. Jiin: Amor e proteção
26. Wankan: Coroa real

No kumitê, a vitória é dada ao lutador que somar mais pontos, distribuídos de acordo
com o grau de dificuldade dos golpes. Caso um dos competidores abra oito pontos de
vantagem sobre o adversário durante a luta, ele será considerado vencedor.
Um golpe pode valer, no máximo, três pontos. Isso acontece quando um carateca
acerta um chute no rosto do adversário ou consegue derrubá‐lo com um golpe qualquer.
Dois pontos são computados quando o atleta acerta um chute no abdome ou um soco nas
costas.
Um carateca não pode, em hipótese alguma, acertar o braço, as pernas, as
genitálias, as articulações, o tornozelo e o peito do pé do adversário.
Se houver empate na pontuação ao fim do combate, será disputada uma
prorrogação de um minuto, e, nesse caso, vencerá aquele que marcar o primeiro ponto.
Caso a igualdade persista, caberá à arbitragem decidir quem será o ganhador do
confronto.

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Boxe

O boxe ou pugilismo é um esporte de combate, no qual os lutadores usam apenas


os punhos, tanto para a defesa, quanto para o ataque. A
palavra deriva do inglês to box, que significa bater, ou
pugilismo (bater com os punhos), expressão utilizada na
Inglaterra entre 1000 e 1850.
Na Antiguidade, antes mesmo das civilizações grega
e romana, há indícios arqueológicos que indicam que o
homem praticava lutas usando as mãos, desferindo
golpes uns contra os outros. Os gregos e romanos
também praticavam lutas deste tipo com objetivos esportivos (caso dos gregos) ou de
simples diversão (caso dos romanos). A modalidade fez parte das primeiras Olimpíadas,
disputadas na Grécia Antiga.
O boxe só ganhou algumas regras, aproximando se do que é hoje, no século XVII,
no Reino Unido. Foi no ano de 1867, o marquês de Queensberry criou as luvas
acolchoadas, limitou a disputa aos socos e criou os rounds (ou assaltos), com o objetivo
de atrair novos praticantes ao esporte e foram criadas as regras oficiais.
O resultado foi bom. A modalidade cresceu e ganhou adeptos. Deveria ser incluída
no programa dos primeiros Jogos Olímpicos modernos, em Atenas, em 1896, mas o
comitê organizador decidiu cortá‐la por achá‐la muito perigosa.
Sua estreia aconteceria em 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos,
principalmente porque o esporte era muito popular no país‐sede. A influência dos
organizadores seria mais uma vez decisiva oito anos depois, em Estocolmo, na Suécia,
quando o boxe foi novamente retirado do programa porque sua prática era proibida
naquele país.
Depois da Primeira Guerra Mundial, porém, a alta popularidade do boxe
praticamente obrigou os organizadores a recolocarem o esporte nos Jogos. Assim, a
modalidade voltou a valer medalhas em 1920, na Antuérpia, Bélgica.

A ―nobre arte‖, como o esporte ficou conhecido, ganhou cada vez mais espaços, e o
grande número de fãs fez com que o boxe se profissionalizasse, com disputas nacionais e
internacionais, novas federações e limites de assaltos.
Regras
Para tornar as lutas mais competitivas, as regras do
boxe definiram categorias que variam de Acordo
com o peso do lutador (boxeador
ou pugilista).

As lutas profissionais possuem, no máximo 12


assaltos com 3 minutos cada. Porém, em determinadas
competições, o número de assaltos e o tempo pode ser
menor. Nas Olimpíadas, por exemplo, são 3 rounds de 3
minutos cada. Já na disputa amadora, o confronto se
estende em quatro assaltos, no máximo, com dois
minutos cada.

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Outra diferença é que os amadores usam um protetor de borracha na cabeça,
dispensável no esporte profissional. Além disso, nas Olimpíadas
e em Pan‐Americanos, as luvas do boxeador possuem uma
marca branca, a qual determina a parte da mão que deve ser
utilizada para golpear os adversários.
No final de cada assalto, os lutadores ganham pontos, que
são atribuídos por cinco jurados da luta. Estes pontos, definidos
por golpes e defesas, servem para definir o ganhador em caso
da luta chegar até o fim. Quando um lutador consegue derrubar
o adversário e este permanece por 10 segundos no chão ou não apresentar condições de
continuidade na luta, ela termina por nocaute. Não são permitidos golpes baixos (na linha
da cintura ou abaixo dela).
No boxe, o objetivo dos atletas é alcançar o nocaute ou knockout (KO) na língua
inglesa. Ocorre quando um dos lutadores aplica um golpe que derruba seu adversário no
chão, incapacitado o de terminar o combate. Caso o lutador esteja visivelmente atordoado
pelos golpes do adversário, mas ainda permaneça de pé, o juiz pode interromper a luta, o
que configura um nocaute técnico, no inglês technical knockout (TKO).
O boxeador pode, no entanto, ser ―salvo pelo gongo‖. Ao fim de todo assalto, soa
uma campainha indicando o intervalo entre os rounds. Nas lutas profissionais, caso o
atleta esteja caído ao soar do gongo, ele poderá levantar‐se após os dez segundos que,
mesmo assim, não será considerado nocaute. No esporte amador, a regra é a mesma,
mas só é válida para o fim do quarto e último assalto.
Quanto às punições da modalidade, existem três tipos: o aviso, a advertência e a
desqualificação. Uma advertência equivale a dois avisos, e uma desqualificação a três
advertências. As faltas mais comuns que levam a essas punições são os golpes abaixo
da cintura, o agarramento e o golpe desferido com a mão aberta.

Os golpes mais usados no boxe são:

‐ Jab ou jabe: golpe frontal com o punho que está a frente na guarda. Embora seja
geralmente usado para afastar o oponente ou para medir a distância, ele pode nocautear;
‐ Direto: golpe frontal com o punho que está atrás na guarda. É um golpe muito
rápido e forte;
‐ Cruzado (cross): tão potente quanto o direto, porém o alvo é a lateral da cabeça
do adversário. O cruzado termina seu movimento com o braço flexionado, diferentemente
do direto;
‐ Hook ou gancho: desferido em movimento curvo do punho, atingindo lateralmente
a cabeça ou abdome, dificultando a defesa do oponente. Difere do cruzado pela distância
que é aplicado, próximo e contornando a guarda adversária;
‐ Uppercut: golpe desferido de baixo para cima visando atingir o queixo do oponente.
‐ Jab‐direto: desfere se socos com ambas as mãos ao mesmo tempo.
Local
As lutas de boxe acontecem em locais fechados e devem ocorrer sobre um ringue,
tablado revestido de materiais macios, como borracha ou feltro. Sua superfície superior

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tem lados de 4,9 m a 7 m. Nas Olimpíadas, a medida oficial é de 6,1 m. O ringue deve
estar posicionado de 91 cm a 1,22 m acima do chão.

A plataforma deve ter quatro postes revestidos de borracha em cada canto, que
servem para segurar as quatro cordas elásticas que delimitam a área da disputa. As
cordas devem ter diâmetro entre 3 cm e 5 cm e precisam estar penduradas nos postes a
41 cm, 71 cm, 102 cm e 132 cm de altura em relação à superfície.

Equipamentos
Um boxeador deve lutar sempre sem camisa. Seu uniforme consiste em um par de
luvas de borrachas e com uma marca branca (no esporte amador), calção, bandagens
amarradas às mãos (que ficam por baixo das luvas), coquilha (protetor genital que fica
sob o calção), protetor bucal de plástico e sapatilhas feitas de couro, com cano alto e
amarrados com cordões.
Boxe no Brasil
Como muitos outros esportes, o boxe se estabeleceu no Brasil por influência de
imigrantes europeus que chegaram ao país no fim do século XIX. O problema inicial foi a
aceitação da modalidade no país.
O boxe era visto como prática de marginais, e mesmo com o crescente número de
praticantes, as lutas não eram legalizadas. Isso só aconteceu na década de 1920, com o
esforço de Luis Sucupira e o apoio do então presidente Rodrigues Alves. A partir daí,
começaram a surgir academias em todo o país, e o esporte foi ganhando projeção. O
resultado foi que o boxe brasileiro se tornou importante no cenário mundial e produziu
alguns campeões mundiais.
O primeiro, e talvez o mais importante de todos, foi Éder Jofre. O pugilista foi
campeão mundial (pela Associação Americana de Boxe) da categoria peso galo
derrotando o mexicano Eloy Sanchez em 1960. Dois anos depois, ele unificaria o título da
categoria vencendo o torneio da União Europeia de Boxe contra o irlandês Jhonny
Caldwell, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Depois dele, surgiram outros nomes. Servílio de Oliveira ganhou, em 1968, na
Cidade do México, a única medalha do Brasil em Jogos Olímpicos
‐ um bronze na categoria mosca.
Miguel de Oliveira, na mesma época, também alcançaria sucesso no boxe
profissional. Foi campeão mundial pela Organização Mundial de Boxe na categoria médio‐
ligeiro, contra o espanhol José Duran.
Na década de 1980, o Brasil veria seu maior peso‐pesado. Na época em que as
redes abertas de televisão transmitiam lutas ao vivo, Adílson José Rodrigues, o Maguila,
foi campeão brasileiro e saiu do país para tentar o título mundial. Suas chances
acabaram, porém, ao perder para Evander Holyfield, que depois conquistaria o cinturão.
Já no fim da década de 1990, outro fenômeno surgiu para igualar os feitos de Éder
Jofre. O baiano Acelino de Freitas, conhecido como Popó, conquistou o título dos
superpenas da Organização Mundial de Boxe contra o russo Anatoly Alexandrov. Popó
conquistaria o cinturão da Associação Mundial de Boxe (unificando, assim, seu título) em
luta contra o cubano Joel Casamayor. Em 2004, tentou, e conseguiu ‐ o título do peso
leve, ao vencer Artur Gregorian, do Uzbequistão.

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Outro baiano, Valdemir Pereira, conhecido como
Sertão, conquistaria um título mundial. Sertão venceu o
cinturão da Federação Internacional de Boxe na
categoria pena em janeiro de 2006.
Pan‐americano
O boxe é disputado em Jogos Pan‐ Americanos
desde sua edição de estreia, em 1951, na Argentina.
Desde então, o Brasil tem obtido um bom desempenho
na competição, tendo conquistado medalhas em todas as
demais ocasiões.

São 52 medalhas no total, sendo sete de ouro, 17 de prata e 28 de bronze.


No Pan do Rio de Janeiro o brasileiro Pedro Lima quebrou um jejum de 44 anos e
conquistou uma medalha de ouro para o Brasil na categoria meio‐médio. Desde o Pan de São
Paulo, em 1963, o Brasil não conquistava uma medalha de ouro na modalidade em Jogos Pan‐
americanos. No Rio de Janeiro o boxe brasileiro conquistou oito medalhas, sendo uma de ouro,
uma de prata e seis de bronze.

Muay Thai

Muay Thai ou Boxe Tailandês é uma das artes marciais mais antigas de que se tem notícia.
Sua origem está extremamente ligada à Tailândia, estando a história dessa arte muitas vezes
misturada com a própria história da Tailândia. O
muaythai é tão popular por lá, que é considerado o
―futebol‖ dos tailandeses.
As raízes são ainda tão fortes que, pelo mundo
todo, a arte é também conhecida como thai boxing e, aqui
no Brasil, como boxe tailandês. Mas o muaythai vai
muito além dos golpes de boxe ‐ a arte é famosa por
utilizar o que os praticantes chamam de ―as oito armas‖, que
incluem os dois pés, os dois joelhos, os dois cotovelos e os
dois punhos.

A história do Boxe Tailandês está ligada

‐ migração, nos séculos XII e XIII da nossa época, das tribos Thai (cuja tradução é "Livres"),
das Províncias de Jiangxi, Sichuan e Hubel, no sul da China, para região que hoje é a Tailândia.
A maioria dos autores concorda que Muay Thai teve sua origem no Kung Fu chinês; o que não o
desmerece nem diminui sua fama no panorama das artes marciais. O Kung Fu chinês provém de
uma cultura ancestral e tem seu registro histórico datado de 2.674 antes de Cristo.
Depois da Tailândia, a Holanda é considerada o celeiro do muaythai. Aliás, os lutadores
holandeses têm se destacado mais do que os tailandeses em categorias acima de 70 kg. Já nas
categorias abaixo de 70 kg, os tailandeses levam a melhor.
Como técnica básica o Muay Thai é uma técnica de luta de contato muito eficiente em
função de sua prática ser o mais próximo do combate real possível. Durante os treinos, o
praticante não aprende só a dar golpes como também a recebê‐los.
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O Muay Thai é uma técnica eficiente porque é dinâmica, durante sua prática a defesa de um
golpe é um novo ataque ou uma defesa seguida de um ataque seguidamente. O praticante de
Muay Thai visa o nocaute e não marcar pontos.
Outra importante característica do muaythai é o acompanhamento musical (ram muay), além
do ritual executado pelos lutadores antes do início da luta. Em competições oficiais, a luta é
acompanhada por uma orquestra de tambores e flautas que seguem, geralmente, até o segundo
ou o terceiro round.
Já a mais forte tradição tailandesa mantida é o Wai Kru. Trata‐se de um ritual praticado
pelos lutadores pouco antes do combate ter início. Inicialmente o lutador cumprimenta o público
presente, fazendo uma reverência com as mãos. Em seguida o lutador saúda o seu técnico e
inicia uma série de movimentos que assemelham‐se a uma dança, buscando a sua concentração.
Após o término do ritual, o lutador aproxima‐se de seu técnico para receber as últimas
orientações antes da luta, retira o mongkon (testeira feita de corda trançada e usada pelo lutador
durante o ritual) e aguarda o início da luta.

Praciat
Os lutadores de muaythai costumam usar também uma corda trançada que é colocada em
um ou nos dois braços. Ao contrário do mongkon, o praciat não é retirado após o ritual. Seu
objetivo é dar proteção ao lutador.
Um dos pontos fracos da grande maioria de lutadores de muaythai é não estar preparado
para a luta no chão. Por isso, muitos deles treinam também o jiu‐jitsu, com o intuito de aprimorar
as técnicas de chão.
Os golpes são dados sequencialmente e não isolados.

Quando o Muay Thai se tornou uma forma esportiva de luta, ele englobou técnicas de boxe
ocidental (boxe inglês) ao seu arsenal de técnicas devastadoras. Eis algumas técnicas básicas.

Golpes

JAB, DIREITO: Jab é um soco lançado com a mão da frente tendo como o alvo o queixo do
oponente. O direto é lançado com a mão detrás tendo como o alvo o queixo também.
CRUZADO: O cruzado é um golpe que cruza a linha frontal da guarda do oponente. É executado
a média distância.
UPPER: O upper é um golpe que é executado de baixo para cima, tendo como alvo o queixo do
oponente. É executado a média distância.
COTOVELADAS: As cotoveladas são golpes impulsionados pelos quadris utilizando as pontas
dos cotovelos como armas. Podem ser lançados de todas as direções possíveis.
CHUTE FRONTAL: O chute frontal é um golpe que tem por função parar o ataque de um
adversário ou de preparação para um segundo golpe.

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CHUTE CIRCULAR: Esta é uma das técnicas de chute mais usadas no boxe tailandês. Utiliza se
da tíbia (canela) para golpear o adversário com força. Este é chamado de o "rei de todos os
chutes".
JOELHADAS: Nenhuma outra modalidade de luta asiática utiliza os joelhos com tanta eficiência
como o Muay Thai. As joelhadas podem ser aplicadas em clinche ou não, em diferentes partes do
corpo.
‐ kao dode: o lutador pula para cima com um pé e dá o golpe certeiro com o joelho dessa
mesma perna.
‐ kao loi: o lutador pula para o lado com um pé e dá o golpe certeiro com o joelho dessa
mesma perna.
‐ kao tom: o lutador dá uma joelhada para cima em linha reta, acertando o adversário.
‐ GUARDA: As mãos devem ficar mais ou menos na altura das sobrancelhas, fechadas ou semi‐
fechadas. Os cotovelos devem ficar quase encostados no corpo. As pernas ficam ligeiramente
flexionadas e o pés não devem nunca ficar na mesma direção, ou seja, em linha reta. Os pés
devem também ficar mais ou menos na largura dos ombros.
O queixo deve ficar quase encostado no peito, para ficar protegido. Um bom lutador de
muaythai deve procurar ―calejar‖ as suas canelas, já que elas servem tanto para aplicar um golpe
(chute de canela) ou para a defesa. Para isso, existem técnicas de ―calejamento‖ que incluem
chutes em pneus, esfregar garrafas nas canelas e por último, quebrar tacos de beisebol e cabos
de vassoura com a canela.
No muaythai amador, cada luta possui 4 rounds com duração de 2 minutos de combate. Já
no profissional, as lutas possuem 5 rounds de 3 minutos de combate. Tanto no amador como no
profissional, a recuperação entre um round e outro é de apenas 1 minuto.
A cobra naja é o símbolo que representa o muaythai. De acordo com os ancestrais da luta, a
naja é o único réptil capaz de representar um lutador de muaythai, já que ela possui o bote veloz
e preciso como os golpes de muaythai, além de um excelente reflexo instintivo.
Taekwondo
Existe muita divergência quanto à criação do taekwondo. Sabe‐se que a modalidade nasceu
na Coréia do Sul, mas há indícios de que chineses praticavam a arte antes deles. A história mais
aceita, porém, é a de que ela realmente teria surgido entre os
sul‐coreanos há aproximadamente 2 mil anos.
A luta com os punhos e os pés seria uma forma de
defesa para um grupo chamado de ―Silla‖, que impedia a
entrada de inimigos dentro de seu próprio reino. Com o
passar do tempo, a modalidade foi sofrendo algumas
mudanças pontuais.
No século XIX, quando a Coréia foi invadida pela
China, o so‐back‐do (como era chamada a luta) sofreu
influência do kung‐fu e passou a ser denominada tang‐soo‐ du.
Posteriormente, a Coréia seria novamente invadida, dessa vez pelos japoneses, durante a
Segunda Guerra Mundial. Nesse período, a prática de artes marciais foi proibida em solo
coreano.
Só que a limitação não acabou com a luta, e assim que os japoneses deixaram o país, a
arte marcial voltou a ser praticada. Foi aí que surgiu o taekwondo dos moldes atuais, com a
criação de regras pelo general Choi Hong Hi.

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Aos poucos, então, a modalidade foi se espalhando pelo mundo. Primeiramente nos
Estados Unidos; na sequência, pelo restante da Ásia e Europa. Em 1966, foi fundada a
Federação Internacional de Taekwondo (FIT).
A entrada do esporte no programa dos Jogos Olímpicos aconteceu em 1988, em Seul, na
Coréia do Sul, ainda na condição de exibição. A primeira vez em que as medalhas entraram em
disputa foi em 2000, em Sydney, na Austrália.

Regras
O objetivo do taekwondo, praticado tanto por
homens quanto por mulheres, é simples: tentar acertar o
corpo do adversário o maior número de vezes. Os golpes
podem ser desferidos com os punhos (socos) ou com as
pernas (chutes). Os socos podem ser dados apenas no
peito do adversário, enquanto o chute pode acertar
qualquer parte protegida do corpo do oponente acima da
cintura.

Local

O taekwondo normalmente é praticado em


ginásios fechados sobre um tatame, que é uma
superfície feita de material sintético com área de
12m². As únicas demarcações que existem dentro do
referido espaço são dois traços coloridos, que indicam
onde os atletas devem se posicionar no início do
combate.
Cada luta tem três assaltos, com duração de três
minutos cada, e um atleta pode vencer o combate de
três formas: por nocaute (mesma regra do boxe, ou seja, uma contagem até dez aberta quando
um atleta cai no chão), por pontos (se não houver nocaute, os pontos são contados no fim da luta,
e o que tiver mais vence) e desclassificação (quando um atleta é eliminado por conduta
antidesportiva). Caso o atleta acerte partes proibidas do corpo do adversário, ele poderá ser
desclassificado pelo árbitro do combate.
Os pontos contam de maneira diferente, de acordo com a região acertada pelo lutador. Um
acerto no protetor de tórax vale um ponto, enquanto na cabeça vale dois.
Assim como acontece em outros tipos de artes marciais, os atletas do taekwondo são
divididos de acordo com seu peso. Existem diferenças, porém, entre as categorias utilizadas para
ordenar as competições internacionais (oito) e aquelas utilizadas nas Olimpíadas (quatro ‐ veja
tabela completa).
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Táticas

Ao contrário do judô, por exemplo, o taekwondo é uma arte marcial mais simples, com
menos variações de golpes. Os mais básicos são os socos e os chutes, que, desferidos no local
certo, rendem pontos ao lutador.
Para que o atleta absorva melhor a característica dos golpes, eles treinam movimentos
predeterminados contra adversários imaginários. Essa prática é comum em outras artes marciais,
como o judô e o caratê. A diferença é a denominação que cada uma recebe. No taekwondo, o
nome é poom‐se, enquanto no caratê e no judô o nome é kata.

Equipamentos
Para lutar, o atleta de taekwondo precisa de um equipamento básico: o dobok, que é a
vestimenta utilizada, similar ao quimono de judô e de caratê. Além disso, deve trajar protetores de
tórax e cabeça (feitos de borracha, para diminuir o impacto dos choques). Para competições, é
preciso usar proteção genital e para o antebraço.

Taekwondo no Brasil
O início do taekwondo no Brasil data de 1970, quando o mestre sul‐coreano Sang Min Cho
começou a ministrar aulas da modalidade no bairro da Liberdade, tradicional reduto oriental de
São Paulo. Ao mesmo tempo, o esporte começava a despontar em outros locais, como na Bahia
e no Rio de Janeiro.
O resultado foi a organização do primeiro campeonato brasileiro, em 1973. A criação da
Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTkd) aconteceria mais de uma década depois, em
1987.
O Brasil conquistou sua primeira medalha nos Jogos Pan‐
americanos de 1987. Gilberto Medeiros conquistou a medalha de
bronze na categoria pesada.
Em Jogos Olímpicos, a primeira participação do país na
modalidade aconteceu logo que o esporte passou a valer
medalhas: no ano 2000, em Sydney, na Austrália. O Brasil,
entretanto, só obteria algum resultado de destaque quatro anos mais
tarde, em Atenas, na Grécia. A médio‐ligeiro Natália Falavigna e o
peso pena Diogo Silva ficaram na quarta posição de suas
respectivas categorias.
Em 2005, Falavigna ainda conquistaria seu principal título na carreira. Na categoria até
72 kg, ela sagrou‐se campeã mundial de taekwondo, tornando‐se, assim, o principal nome da
história do esporte no país. Depois disso, Falavigna ainda conquistou a medalha de bronze nos
Jogos de Pequim na categoria até 69 kg ‐ primeira medalha olímpica do taekwondo brasileiro.
No Pan do Rio de Janeiro 2007, o taekwondo brasileiro conquistou quatro medalhas,
sendo uma de ouro, duas de prata e uma de bronze. O país com mais medalhas em
Campeonatos Mundiais em todos os tempos é, disparado, a Coréia do Sul, que liderou todos os
quadros gerais de medalhas até hoje, tanto entre as mulheres quanto entre os homens.

Capoeira

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A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura
luta, dança, cultura popular, música esportes, artes marciais e talvez até
brincadeira. Uma característica que a distingue da maioria das outras
artes marciais é o fato de ser acompanhada por música.
A música é fundamental na capoeira e é ela que define o
estilo do ―jogo‖. Sim, isso mesmo. Capoeira não se ―luta‖, capoeira se
―joga‖. Os movimentos podem ser lentos ou rápidos, de ataque ou
defesa, mas estão sempre sendo realizados no ritmo da música, que é
tocada pelos próprios capoeiristas.
Acredita‐se que a palavra capoeira seja originária do tupi e
refere‐se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. As teorias indígenas apontam tanto o tupi
quanto o guarani nos termos kapwera ou tupwera, relacionando‐a à vegetação devastada pela
prática.
A capoeira é a junção de várias etnias do povo africano que foram trazidos para o
Brasil para trabalharem como escravos. Porém, são os negros nascidos no Brasil, os
responsáveis pelo aperfeiçoamento da luta que passou a chamar‐se ―capoeira‖, é caracterizada
por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos,
cotovelos, elementos ginástico‐ acrobáticos e golpes desferidos com bastões e facões, estes
últimos provenientes do Maculelê.
Juramento e Saudação
De acordo com o Código Desportivo Internacional da
Capoeira, criado pela Federação Internacional, antes do início de
um jogo, um atleta previamente escolhido pelos organizadores do
evento deve proferir o ―juramento da capoeira‖, que diz o seguinte:
‐ Eu juro competir com lealdade, respeitar os demais
jogadores, as tradições e os fundamentos do jogo, para a
salvaguarda da cultura e a glória do desporto internacional.
Em seguida o atleta leva a mão direita ao peito e fala: ―Salve a capoeira‖. Esse gesto é
repetido pelos demais participantes, com a palavra: ―Salve‖.
Capoeira no Brasil
O Brasil foi o maior receptor da migração de escravos, com 42% de todos os escravos
enviados através do Oceano Atlântico, por Portugal. Eles trouxeram com eles as suas tradições
culturais, religião e a capoeira. A capoeira foi desenvolvida pelos escravos do Brasil, como forma
de elevar o seu moral, transmitir a sua cultura e principalmente como forma de resistir aos seus
escravizadores.
Geralmente era praticada nas capoeiras e, à noite, nas senzalas onde os escravos ficavam
acorrentados pelos braços. Praticava‐se capoeira nos quilombos principalmente em palmares, há
registros da prática da capoeira nos séculos XVIII e XIX em Pernambuco, Rio de Janeiro e
Salvador, ela por anos ela foi proibida e reprimida.

Repressão
O caminho até os dias atuais foi longo e penoso para os amantes dessa arte. No início, era
tida como sinônimo de malandragem, sofrendo forte discriminação durante séculos.
Muitos praticantes passaram a andar em bandos e a provocar arruaças nas grandes
cidades. Sua prática então, foi proibida no país.

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Em 1824, os escravos que fossem pegos praticando capoeira recebiam trezentas
chibatadas e eram enviados para a ilha das cobras para realizar trabalhos forçados durante três
meses.
Extinta no Rio de Janeiro, onde os grupos de capoeiristas eram conhecidos como maltas, e
no Recife, onde segundo alguns a capoeira deu origem à dança do frevo, conhecida como o
passo.
Decretado por Marechal Deodoro da Fonseca o Decreto Lei 487 dizia que: A partir de 11 de
outubro de 1890 todo capoeira pego em flagrante seria desterrado1 para a Ilha de Fernando de
Noronha por um período de dois a seis meses de prisão.

Parágrafo único: É considerada circunstância agravante pertencer o capoeira, a


‐ Aquele que foi banido ou está ausente da pátria; exilado alguma banda ou Malta, aos
chefes impor‐se‐á a pena em dobro.
Os capoeiristas costumavam usar calças boca de sino e no período em que a capoeira ficou
proibida por lei (1890‐1937) a polícia, para detectar os capoeiristas, colocava um limão dentro das
calças do indivíduo. Se o limão saísse pela boca das calças, a pessoa era considerada
capoeirista.
Apenas na década de 1930 é que a capoeira foi liberada. Naquela época o que se praticava
já era uma variação da capoeira, que já estava muito mais para esporte do que para uma
manifestação cultural.
Em 1932, o Mestre Bimba fundou a primeira academia de capoeira do Brasil, em Salvador.
Mestre Bimba criou o que ficou conhecido como estilo regional, em referência à Capoeira
Regional Baiana. Já em 1941 foi fundado o Centro Esportivo de Capoeira de Angola, pelo
Mestre Pastinha.
Mestre Bimba e Mestre Pastinha tiveram uma participação fundamental na história da
capoeira. Ambos criaram e desenvolveram a prática de dois diferentes estilos de capoeira,
disseminando a arte nas suas mais diversas formas pelo Brasil.
Atualmente a capoeira é praticada no Brasil inteiro, por todas as faixas etárias e pelas mais
diferentes classes sociais.
Capoeira Fora do Brasil
Artur Emídio foi provavelmente o primeiro capoeirista a executar uma performance no
exterior; " nos anos 1950 e 60. Na Europa a partir de 1970 com o mestre camisa Roxa.
E logo depois, em 1971, a capoeira é ensinada na Europa (Nestor Capoeira no "London
School of Contemporary Dance"); e, em 1975, nos Estados Unidos (Jelon Vieira e Loremil, em
Nova Iorque). Hoje em dia, estimamos uns 1.000 professores de capoeira na Europa; outros
1.000 nos Estados Unidos e Canadá; uns 500 espalhados por todos os outros continentes; e uns
25.000 professores de capoeira no Brasil.

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Estilos de Capoeira
Angola

A Angola é o estilo mais próximo de como os negros


escravos jogavam a Capoeira. Caracterizada por ser mais lenta,
porém rápida, movimentos furtivos executados perto do solo,
como em cima, ela enfatiza as tradições da Capoeira, que em sua
raiz está ligada aos rituais afro‐brasileiros, caracterizado pelo
Candomblé, sua música é cadenciada, orgânica e ritualizada, e o
correto é estar sempre acompanhada por uma bateria completa de 08 instrumentos.
Vicente Ferreira Pastinha (1889‐1982) ‐ Mestre Pastinha, Grande defensor da preservação
da Capoeira Angola, inaugurou em 23 de fevereiro de 1941 o Centro Esportivo de Capoeira
Angola (CECA).
Ele estabeleceu um método de ensino com base nas antigas tradições e ainda escreveu o
primeiro livro do gênero, onde expõe a sua concepção filosófica.
Foi com o Mestre Pastinha que foram instituídas as cores amarelo e preto para o uniforme
dos angoleiros e a constituição da bateria composta por três berimbaus, dois pandeiros, um
atabaque, um reco‐reco e um agogô.
Designação "Angola" aparece com os negros que vinham para o
Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que,
independente de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil
de "Negros de Angola―.
comum a primeira vista ver o jogo de Angola como não
perigoso ou não elaborado, contudo o jogo Angola se assemelha ao
xadrez pela complexidade dos elementos envolvidos. Durante uma
roda, quem está assistindo não participa do coro. É considerado muito
mais uma dança do que uma luta.
Em 1930, Bimba criou sequências de ensino e metodizou o ensino de capoeira, que
auxiliavam o aluno a desenvolver os movimentos fundamentais da capoeira.
Em 1932, foi fundada por Mestre Bimba a primeira academia de capoeira registrada
oficialmente, em Salvador, com o nome de "Centro de Cultura Física e Capoeira Regional da
Bahia", por isso, Bimba chamou sua capoeira de "Luta regional baiana", de onde surgiu o nome
regional.
Foi criado com o intuito de ser mais forte como luta.
Incorporado golpes traumáticos e desequilibrantes principalmente do batuque
Das muitas apresentações que Mestre Bimba fez, talvez a mais conhecida tenha sido a
ocorrida em 1953, para o então presidente Getúlio Vargas, ocasião em que teria ouvido do
presidente: "A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional."
Os movimentos da capoeira regional são mais rápidos e o jogo é considerado como uma
modalidade esportiva. Os alunos, que usam abadás (calça e camiseta brancas), são batizados
por mestres. Os capoeiristas regionais passam por oito cordões de acordo com sua graduação e
nível técnico. Na roda, os assistentes podem bater palmas e também participam do coro.

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Regional

A capoeira regional foi criada por Manuel dos Reis Machado, (Mestre Bimba ‐ 1900‐ 1974).
Capoeira Contemporânea
Foi criada na década de 1970 por rapazes do Rio de Janeiro que certa vez viram um
capoeirista brigando numa festa e ficaram fascinados. Tentaram então aprender a arte na
periferia carioca, único lugar onde poderiam encontrar capoeiristas, porém não foram aceitos por
serem de classe média. Decidiram, então, uma vez por ano, viajar para a Bahia e cada um
começou a treinar com um mestre diferente.
Decidiram, então, uma vez por ano, viajar para a Bahia e cada um começou a treinar com
um mestre diferente. Na volta passavam os conhecimentos adquiridos uns para os outros e
criaram um novo estilo conhecido como Contemporâneo. Os rapazes montaram um grupo com
nome de Senzala e participaram de um campeonato com vários capoeiristas, vencendo‐o.
Sistema Oficial de Graduação da Confederação Brasileira de Capoeira Regional
A‐ GRADUAÇÃO INFANTIL (ATÉ 14 ANOS)
1º Iniciante: sem corda ou sem cordão
2º Batizado infantil: cinza claro e verde
3º Graduado infantil: cinza claro e amarelo
4º Graduado infantil: cinza claro e azul
5º Intermediário infantil: cinza claro, verde e amarelo
6º Avançado infantil: cinza claro, verde e azul
7º Estagiário infantil: cinza claro, amarelo e azul
8º Formado infantil: cinza claro, verde, amarelo e azul
B‐ GRADUAÇÃO ADULTA (A PARTIR DE 14 ANOS)
9º Iniciante: sem corda ou cordão
10º Batizado: verde
11º Graduado: amarelo
12º Graduado: azul
13º Intermediário: verde e amarelo
14º Avançado: verde e azul
15º Estagiário: amarelo e azul
C‐ DOCENTE DE CAPOEIRA
16º estágio ‐ Formado: verde, amarelo e azul
17º estágio ‐ Monitor: verde e branco
18º estágio ‐ Professor: amarelo e branco
19º estágio ‐ Contra‐mestre: azul e branco
20º estágio ‐ Mestre: branco
Obs.: Após a 8º graduação o aluno formado infantil passa para a 10º graduação que é a primeira
corda adulta, corda verde, em alguns casos (dependendo de seu desempenho) pode pegar a 11º
que é a corda amarela, segunda corda adulta.

Para a Confederação Brasileira de Capoeira, um capoeirista alcança o 12º estágio,


considerado o máximo. Neste estágio ele é considerado um Mestre e usa um cordão branco.
Música
A Capoeira é a única modalidade de luta marcial que se faz acompanhada por instrumentos
musicais. Foi introduzida como forma de ludibriar os escravizadores, fazendo‐os acreditar que os
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escravos estavam dançando e cantando, quando na verdade também estavam treinando golpes
para se defenderem.
Roda de Capoeira.
Ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado durante a roda de capoeira. A roda de
capoeira é um círculo de pessoas em que é jogada a capoeira. Os instrumentos são tocados
numa linha chamada bateria. A ginga é o movimento básico da capoeira, é um movimento de
pernas no ritmo do toque que lembra uma dança.
Instrumentos
Berimbau

Instrumento cordofono, é o principal instrumento da capoeira. Pode até


acompanhar sozinho o jogo. É um arco feito de madeira específica, ligado pelas
extremidades por um fio de aço. Na ponta inferior do arco está amarrada uma cabaça
ou cuia bem seca que funciona como aparelho de ressonância, aplicada contra o
ventre nú do tocador.

Tipos de Berimbau
‐ Gunga (mais grave): tem o som mais grave e que faz a marcação do toque, tem uma
cabaça maior;
‐ Médio (médio): tem um som regulado entre o grave do Gunga e o agudo do Viola, tem
uma afinação mediana que permite ao tocador executar a melodia fazendo o solo da música.
‐ Viola (mais agudo): cabaça pequena e bem raspada por dentro para ficar bem fina, tem
um som agudo e faz apenas o papel de executar as viradas dentro da melodia.
Vaqueta
É uma vareta de madeira de aproximadamente 40 cm, com uma extremidade um pouco
mais grossa. Normalmente, é feita de biriba ou bambu.
Caxixi
‐ um instrumento em forma de pequena cesta de vime com alça, usado como
chocalho pelo tocador de berimbau, que segura a peça com a mão direita, juntamente com a
vaqueta, executando o toque e marcando o ritmo.
Dobrão
Usado para auxiliar as variações de toques do
berimbau, geralmente é uma pedra, mas também utilizam moeda.
Pandeiro

‐ instrumento de percussão, composto de um aro


circular de madeira, guarnecido de soalhos e sobre o qual se estica
uma pele, de preferencia de cabra ou bode. Se tange batendo o
compasso da dança com a mão. Acompanha o canto pela marcação do compasso.
Atabaque
De origem africana, são tambores primários, cobertos com pele de animal, distendida em
uma estrutura de madeira com formato de cone vazado na extremidade superior. São utilizados
para marcar com as mãos o ritmo da dança.
Agogô

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Instrumento de percussão de origem africana é formado por duas
campânulas de ferro, que são percutidas com uma vareta do mesmo metal,
produzindo dois sons, um de cada campânula. O nome
‐ da lingua gegenagô. É também usado nos candomblés, baterias de escola
de samba, maracatu, conjuntos musicais e grupos folclóricos.

Toques da Capoeira
Os diferentes ritmos utilizados na capoeira, como tocados no berimbau,
são conhecidos como toques; estes são alguns dos toques mais comumente utilizados:

1‐ TOQUE DE ANGOLA: É o toque específico do jogo de Angola. É um toque lento, cadenciado,


bem batido no atabaque, tem um sentido triste. É feito para o jogo de dentro, jogo baixo, perigoso,
rente ao chão, bem devagar.
2‐ ANGOLINHA: É uma variação pouco mais rápida do toque de angola, serve para aumentar o
ritmo quando vai mudar o jogo.
3‐ SÃO BENTO PEQUENO: É o toque para jogo solto, ligeiro, ágil,
jogo de exibição técnica. Também conhecida como ANGOLA
INVERTIDA.
4‐ SÃO BENTO GRANDE: É o toque mais original da capoeira
Regional. É muito usado em apresentações públicas, rodas de
rua, batizados e outros eventos e também nas rodas técnicas das
academias para testar o nível de agilidade dos alunos.
5‐ TOQUE DE IÚNA: É usado apenas para o jogo dos mestres. Neste toque, aluno é platéia, não
joga nem bate palmas, jogam apenas os mestres e contra‐ mestres e algum instrutor, professor
ou aluno graduado se, por ventura, seu mestre autorizar e lhe ceder a vez de jogar. No toque de
Iúna não há canto.
6 ‐ AMAZONAS: É o toque festivo, usado para saudar mestres visitantes de outros lugares e seus
respectivos alunos. É usado em batizados e encontros.
7 ‐ SANTA MARIA: É o toque usado quando o jogador coloca a navalha no pé ou na mão.
Estimula o jogo, mas não incentiva a violência.
8 ‐ CAVALARIA: É o toque de alerta máximo ao capoeirista. É usado para avisar o perigo no jogo,
a violência e a discórdia na roda. Na época da escravidão, era usada para avisar aos negros
capoeiras da chegada do feitor e na República, quando a capoeira foi proibida, os capoeiristas
usavam a "cavalaria" para chegar da chegada da polícia montada, ou seja, da cavalaria.

9 ‐ BENGUELA: É o mais lento toque de capoeira regional, usado para acalmar os ânimos dos
jogadores quando o combate aperta.
10 ‐ SÃO BENTO GRANDE DE BIMBA: Como o nome já diz, é o toque de Bimba, pois é um tipo
de variação diferente que mestre Bimba criou em cima do toque original de São Bento Grande. É
o hino da Capoeira Regional Baiana.
11 ‐ SAMBA DE RODA: É o toque original da roda de samba, geralmente feita depois da roda de
capoeira, para descansar e descontrair o ambiente. É no Samba de Roda que o capoeira mostra
que é bom de samba, bom de cintura e bom de olho em sua companheira.
12 ‐ IDALINA: É um toque lento, mas de batida forte, que também é usado para o jogo de faca ou
facão.

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Na capoeira, Camará é uma expressão para companheiro, camarada.
Movimentos da capoeira.
Embora os nomes dos golpes de capoeira variem de grupo para grupo, alguns dos
principais são:
A ginga
A ginga é o movimento básico da capoeira. E um movimento de pernas, no ritmo do toque,
que lembra uma dança. A movimentação de pés do capoeira, durante a ginga, segue o traçado
de um triângulo imaginário no chão.

Golpes de Ataque
Armada

A armada é um movimento de capoeira que pode ser


aplicado pulando com as duas pernas ou apenas com
uma. É uma pernada giratória, aplicada com o tronco
ereto. O capoeirista, partindo da ginga, executa um giro de todo
o corpo, aparentemente dando as costas ao adversário.
Posicionando‐se sobre a perna que se encontra à frente e
arremessando a outra perna, em um movimento que
completa o giro do corpo, varre a horizontal, atingindo o
adversário com a parte lateral externa do pé.

Antes de iniciar a vivência da ginga, forneça aos


alunos estas dicas:
A ginga é a movimentação mais importante da capoeira, ela deve acompanhar o ritmo dos
instrumentos da roda de capoeira;
Lembre‐se sempre de olhar para o companheiro de jogo,
nunca tire os olhos dele;
Os braços e as pernas devem seguir uma certa sequência
na hora da ginga. Os braços protegerão a parte da frente do
tronco e a cabeça, enquanto as pernas vão se alternar para as
diagonais e para frente e para trás, como se fossem um triângulo;
Lembre‐se sempre de alternar os braços e as pernas
durante a ginga, ou seja, quando a perna esquerda está apoiada à frente, o braço direito fica à
frente do corpo e vice‐versa;
A ginga da capoeira regional é realizada em pé e a ginga da capoeira angola, na posição
agachada.
Queixada
Pode ser lateral ou frontal.
Na queixada lateral, a perna de trás da ginga cruza com a da frente fazendo um meio
círculo.
Na queixada frontal, a perna de trás da ginga faz um movimento circular de dentro para fora
visando acetar o rosto do adversário com a parte externa do pé.

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Meia‐lua de compasso
É um golpe praticado nas duas modalidades de capoeira. Neste movimento, o capoeirista
sai da ginga, abaixa‐se até o solo, onde apoia as duas mãos, e desfere um giro com a perna de
trás, arremessando‐a na altura do tronco ou do rosto do adversário, acertando‐o com o calcanhar.
Esse giro é executado sobre a perna de base, como se fosse um compasso. Durante todo o
movimento, a cabeça se encontra entre os braços, os olhos atentos ao adversário.
Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Meia lua de compasso.htm.
Cabeçada
Golpe de ataque da capoeira regional e da angola. Em uma posição semelhante à da
esquiva, o capoeirista projeta o tronco para frente, sobre uma perna flexionada servindo como
base, busca atingir o adversário com a cabeça, sempre protegendo o rosto e a nuca com os
braços. No caso da cabeçada rasteira, não se protege o rosto e a nuca, pois as mãos estão no
chão.

Fonte:

http://companero.tr.gg/Capoeira_Animasyonlar.htm.
Bênção
A bênção é um movimento da capoeira que visa acertar o adversário do abdome para cima.
A perna de trás é esticada para a frente, em linha reta, visando empurrar ou deslocar o
adversário.

Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Bencao.htm.
Chapa
Neste golpe, o capoeirista se apoia em um dos pés, lateralmente, e executa uma abertura
lateral da outra perna, com a qual atinge o adversário, com a sola do pé, lateralmente, na
horizontal (paralelo ao solo).

Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Chapa.htm.
Chapa de costas

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Neste movimento, o capoeirista se abaixa até o solo, contando com o apoio das duas mãos
no solo e, aproveitando‐se do fato de estar de costas para o adversário, estende a perna como
um "coice", atingindo o oponente com a planta do pé.

Fonte: http://companero.tr.gg/Capoeira_Animasyonlar.htm.
Martelo
O martelo é um golpe em que o capoeirista impulsiona a perna na direção da cabeça do
adversário. É mais comum na capoeira regional. É um chute lateral, com a ponta ou o peito do pé.

Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Martelo.htm.
Golpes de defesa
Au
Movimento de deslocamento e fuga, realizado nas duas capoeiras. É um golpe parecido
com a estrela, só que, na estrela, as pernas ficam estendidas para cima. No au, as pernas ficam
recolhidas, protegendo o corpo. Pode‐se fazer com as pernas estendidas, mas é mais perigoso,
pois expõe o corpo para o oponente.

Cocorinha
Este movimento é característico da capoeira regional. É um movimento de defesa ou
esquiva. O capoeirista agacha com as pernas paralelas, com um dos braços, vai proteger o rosto,
colocando o antebraço à frente; o abdome e o
peitoral serão protegidos com os joelhos. A outra
mão será utilizada para apoiar no chão, se
necessário, no caso de desequilíbrio.

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Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Cocorinha.htm.
Negativa
Movimento de defesa no qual o capoeirista desce sobre uma perna, que flexionará sob o
peso do corpo, ao abaixar‐se. Com isso, temos o corpo sobre uma perna, apoiado no calcanhar,
enquanto a ponta do pé (flexionada) firma a base no chão. A outra perna é lançada ao lado ou à
frente, estendida. Os braços apóiam as mãos ao solo, garantindo ao capoeirista três pontos de
apoio e uma posição que permite locomoção rápida.

Fonte: http://capoeira.kourou.free.fr/Page/Negativa.htm.

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Judô

O judô é uma arte marcial esportiva. Surgiu no


Japão no ano de 1882, criada pelo professor de Educação
Física Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Kano tinha
como objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além
de desenvolver o físico, espírito e mente. O significado de
Judô é ―o caminho da suavidade‖.
O judô teve uma grande aceitação no Japão,
espalhando, posteriormente, para o mundo todo, pois
possui a vantagem de unir técnicas do jiu‐ jitsu (arte
marcial japonesa) com outras artes marciais orientais.
Chegou ao Brasil através da imigração japonesa no ano de 1922; pelo professor Mitsuyo
Maeda.
Lutas e Regras:
As Lutas são praticadas em um TATAME de formato quadrado de 14 a 16 metros de lado. A
área de segurança é o local fora da área de combate em que não é válido nenhum tipo de golpe.
Cada luta dura 5 minutos, vence quem conquistar o Ippon primeiro. Se até o final não houver um
vencedor (conseguido realizar o Ippon), ganha quem tiver obtido mais vantagens durante a luta.
O objetivo da luta de Judô é alcançar o Ippon (chamado ponto completo); Ou seja, quando
um judoca consegue derrubar e imobilizar o seu adversário com as costas ou os ombros no chão;
Quando o Ippon é realizado o combate
se encerra.
As outras formas de alcançar o Ippon são:
Wazari;
Yuko;
Koka;
Wazari é o Ippon de forma incompleta, ou seja, quando o judoca consegue derrubar seu
adversário sem ficar com os dois ombros no tatame; São necessários dois Wazari para conquistar
a vantagem; Cada dois Wazari custam meio ponto (vantagem)
Yuko é quando o adversário vai ao solo de lado; Cada Yuko valem um terço do ponto.
O koka é a pontuação menos importante do judô. Ocorre quando um lutador derruba o
adversário sobre sua coxa, ombro ou nádegas ou imobiliza‐o de dez a 14 segundos.
Proibições
No Judô não é permitido golpes no rosto ou que possam provocar lesões no pescoço
ou vértebras. Quando acontecem esses tipos de golpes o judoca é penalizado e em reincidência
chega a ser desclassificado.
Penalizações
Shido ‐ Infrações leves de regras. Ele é tratado como um aviso. O primeiro Shido é um
aviso, o segundo shido é uma pontuação para o adversário que lave um Yuko, o terceiro é um
Wazari para o adversário.
Hansoku‐Make ‐ Uma violação de regras séria, resultando na desqualificação do
competidor. Hansoku‐make também é dado pela acumulação de quatro shidos.

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No fim da luta, se a mesma estiver empatada, vence quem tiver menos shidos.
Se a luta estiver no golden score (devido a empate), o primeiro a receber um shido perde, ou
o primeiro a fazer um ponto, vence.
Antes haviam dois níveis de penalização entre o shido e o hansoku‐make: chui, equivalente
a um yuko e keikoku, equivalente a um wazari.
Formas de saudação (Hei)
A prática do judô é regida por cortesia, respeito e amabilidade. A saudação é o expoente
máximo dessas virtudes sociais. Através dela expressamos um respeito profundo aos nossos
companheiros. No judô, há duas formas de expressarmos: tati‐rei ou ritsu‐rei (quando em pé) e
za‐rei (quando de joelhos). Esta última é conhecida por saudação de cerimônia. Efetua‐se as
seguintes saudações:
Tachi‐rei ou Ritsu‐rei
Ao entrar no dojô bem como ao sair; Quando subir no tatami para cumprimentar o professor
ou seu ajudante; Ao iniciar um treino com um companheiro, assim como ao terminá‐lo.
Za‐rei
Ao iniciar, bem como ao terminar o treinamento; Em casos especiais, por exemplo, antes e
depois dos KATA; Ao iniciar um treino no solo com o companheiro, bem como ao terminá‐lo.
Graduações:
Os judocas são classificados em duas graduações: kiu e dan .
As promoções no judô baseiam‐se em exames que incidem sobre requisitos tais como:
duração de tempo de treino, idade, caráter moral, execução das técnicas especificadas nos
regulamentos e comportamento em competições. No caso de promoção de kiu (classificação),
faixa branca a marrom é outorgada pela associação, no caso de promoção as graduações de
dan, até 5º dan são realizadas pela banca examinadora da Liga ou Federação Estadual, as
outras graduações superiores pela Confederação Nacional.
Os praticantes de judô se classificam em dois grandes grupos ‐ kiú (iniciantes) e dan
(peritos) ‐, subdivididos, respectivamente, em seis e dez graduações, e identificados por faixas
coloridas (Obi) que usam na cintura. Para os kiú a ordem de graduação é decrescente e as faixas
têm cores branca (6°), amarela (4°), verde (3°), roxa ou azul (2°) e marrom (1°). A numeração dos
dan cresce de acordo com o seu valor: 1° a 5°, faixa‐preta; 6° a 8, vermelha e branca, rajada; 9° e
10°, faixa vermelha.
Jigoro Kano, criador do judô, ainda é o único homem a ter alcançado o 13º dan.
Categorias de Pesos
Atualmente há sete categorias de peso no masculino – até 60 kg(Ligeiro), até 66 kg, até 73
kg(Leve), até 81 kg, até 90 kg(Médio), até 100 kg(M. Pesado) e mais de 100 kg(Pesado), e igual
número no feminino, distinguidas por peso – até 48 kg, até 52 kg(M.Leve), até 57 kg(Leve), até
63 kg(m. Médio), até 70 kg(Médio), até 78 kg(M. Pesado) e mais de 78 kg(Pesado). Para os
homens havia a categoria absoluto (sem distinção de peso corporal), mas esta foi retirada depois
dos Jogos de 1984, em Los Angeles.

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Técnicas
Na aplicação de waza (técnicas), tori é quem aplica a técnica e uke é aquele em que a
técnica é aplicada. As técnicas do judô classificam‐se em:

Técnica Descrição
1. Nage‐Waza técnicas de arremesso
2. Tachi‐Waza técnicas em pé
3. Te‐Waza técnicas de braço
4. Koshi‐Waza técnicas de quadril
5. Ashi‐Waza técnicas de perna
Sutemi‐
6. Waza técnicas de sacrifício
técnicas de sacrifício
7. Mae‐sutemi‐ para frente
Waza
Yoko‐ técnicas de sacrifício
8. sutemi‐ para o lado
Waza
Katame‐ técnicas de domínio no
9. Waza solo
10
. Ossaekomi‐ técnicas de imobilização
Waza ou
Ossae‐
Waza
11 Shime‐ técnicas de
. Waza estrangulamento
12 técnicas de luxação ou
. Kansetsu‐ chave de
Waza braço
13 técnicas de ataque nos
. Atemi‐Waza pontos
vitais
Federações e Confederações:
As competições internacionais de judô são organizadas pela IJF (Federação Internacional
de Judô), criada em 1952.
No Brasil, a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) organiza os campeonatos nacionais e
no Maranhão é organizado pela Federação Maranhense de Judô.
Curiosidades do Judô: Surgiu no Pan‐americano no ano de 1963, realizado no Brasil na
cidade de São Paulo. O Brasil é uma força do Judô nas Américas. Sempre conquistou medalhas
em sua participação nos jogos Pan‐americanos.
O judô começou a fazer parte das olimpíadas em 1964, em Tókio. O Judô é a forma ideal de
Educação Física e Mental. É considerado como a melhor forma de utilizar o corpo e o espírito.

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Aurélio Miguel ganhou duas medalhas em jogos olímpicos. Em
1988, em Seul, o judoca ficou com o ouro e, em 1996, em Atlanta, ficou
com bronze.
O judô feminino é esporte olímpico desde os Jogos Olímpicos de
Barcelona (1992).
Nas Olimpíadas de Londres 2012 o Brasil teve uma ótima participação no judô. A judoca
Sarah Menezes conquistou medalha de ouro. O país também ganhou três medalhas de bronze
com Felipe Kitadai, Mayra Aguiar e Rafael Silva.

Jiu‐Jitsu

O jiu jitsu ou jiu jítsu (em japonês jū, "suavidade", "brandura", e jutsu, "arte", "técnica") é uma
arte marcial japonesa, porém de origem indiana, que utiliza alavancas e pressões para derrubar,
dominar e submeter o oponente, tradicionalmente sem usar golpes traumáticos.
No Japão, o termo judô foi usado para se diferenciar do antigo ju jitsu, quando Jigoro Kano
desenvolveu um método pedagógico reunindo as técnicas do ju jitsu. Os ideogramas Kanji
japoneses de Ju jitsu, podem receber diferentes pronúncias. O ideograma "jiu" de jiu jitsu e "ju" de
judô, são na verdade o mesmo.
A sua definição, em japonês, procura explicar um pouco sobre a mais antiga das artes
marciais. No jiu‐jitsu tudo pode acontecer, e por isso ele é um dos esportes mais intrigantes que
existem. Essa é uma das poucas lutas onde os mais fracos têm possibilidade de derrotar os mais
fortes, bastando para tal, aplicar a técnica e o golpe correto.

Os primeiros indícios do jiu‐jitsu surgiram na Índia, antes mesmo do nascimento de Jesus


Cristo. Naquela época os monges indianos eram proibidos (de acordo com a sua religião) de
utilizar armas, porém, durante as suas longas caminhadas, eram constantemente atacados por
bandidos das tribos mongóis do norte da Ásia.
Já que não podiam defender‐se com armas, os monges criaram um método de defesa
corporal. Como eles conheciam muito bem os pontos vitais do corpo, desenvolveram um tipo de
defesa baseada nesses pontos. Sua técnica baseava‐se no sistema de articulação do corpo e nos
princípios do equilíbrio.
Depois da Índia, o Japão foi o primeiro país a ter praticantes de jiu‐jitsu. Isso se deu em
função da expansão do budismo, fazendo com que muitos monges migrassem para o Japão. E foi
lá, no Japão, que o jiu‐jitsu passou a ser conhecido como ―arte suave‖ e tornou‐se popular, sendo
praticado não mais apenas pelos monges, mas até mesmo por nobres.

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Muitas pessoas também se especializaram nessa arte marcial e tornaram‐se mestres. No
final do século XIX, alguns mestres do jiu‐ jitsu partiram do Japão para outros lugares e passaram
a viver do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.
No Brasil, o Jiu Jitsu chegou através de Esai Moeda Koma, mais conhecido como Conde
Koma, foi um desses mestres que deixou o Japão para trás e seguiu em busca de divulgar a arte
nos quatro cantos do mundo.
Depois de viajar e lutar em vários países da Europa e da América, Koma chegou ao Brasil
em 1915, em Belém do Pará. No ano seguinte ele conheceu Gastão Gracie que era pai de
oito filhos, cinco homens e três mulheres. Logo os dois ficaram muito amigos e Conde Koma
passou a ensinar o jiu‐ jitsu para o filho mais velho de Gastão – Carlos Gracie. O jiu‐jitsu mudou
radicalmente a vida de Carlos Gracie. Aos 19 anos ele mudou‐se para o Rio de Janeiro
juntamente com sua família e tornou‐se lutador profissional e professor de jiu‐jitsu. Durante
alguns anos, Carlos viajou para São Paulo e Belo Horizonte ministrando cursos e disputando
lutas.
Em 1925 ele voltou ao Rio de Janeiro e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu‐Jitsu. Ao
lado de seus irmãos Oswaldo e Gastão, Carlos assumiu a criação dos menores, George e Hélio,
que na época estavam com 14 e 12 anos, respectivamente.
Desde então, Carlos passou a transmitir todos os ensinamentos do jiu‐jitsu para os seus
irmãos. E as aulas não ficavam apenas na arte marcial. Carlos fazia questão de transmitir sua
filosofia de vida, que incluía uma alimentação bastante saudável para os padrões da época.
Carlos chegou até mesmo a criar a Dieta Gracie, cujo princípio básico era reduzir o excesso de
acidez na alimentação. Juntos eles aprimoraram e desenvolveram novas técnicas do jiu‐ jitsu que
tornavam a luta possível para o tipo físico de qualquer pessoa ‐ até mesmo para os ―franzinos‖
Gracie.

Hélio e Royce Gracie


Ao enfrentar e derrotar adversários 20 e até mesmo 30 quilos mais pesados, os Gracie
ficaram famosos em todo o Brasil. A luta praticada pelos Gracie era diferente. Os japoneses
praticavam e davam ênfase às quedas, enquanto que o jiu‐jitsu dos Gracie buscava a luta no
chão e os golpes de finalização.
Assim, nasceu o ―jiu‐jitsu dos Gracie‖ que mais tarde tornou‐se o jiu‐jitsu brasileiro, luta e
arte marcial reverenciada em todo o mundo. Dizem os praticantes que o jiu‐jitsu brasileiro é o
melhor do mundo, pois a luta inclui muita ginga e jogo de quadril, coisa que poucos povos, além
dos brasileiros, possuem.
E foi o jiu‐jitsu brasileiro, por sua vez, que deu origem ao MMA – Mixed Martial Arts. Para
provar a eficiência do jiu‐jitsu, Hélio Gracie lutou contra oponentes muito mais fortes e pesados do
que ele e em lutas sem regra alguma (o chamado ―vale‐ tudo‖). As lutas terminavam quase

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sempre no chão, com a vitória de Hélio, sem que o lutador tenha aplicado qualquer golpe
traumático, como um chute ou pontapé, as lutas eram finalizadas (o adversário desiste).
Hélio foi muito feliz em sua estratégia de divulgação do jiu‐jitsu. Rapidamente todos os
lutadores de Vale‐Tudo passaram a treinar o jiu‐jitsu e se aperfeiçoaram na luta de chão.
Atualmente não vale tudo no Vale‐Tudo e o esporte é conhecido mundialmente como MMA –
Mixed Martial Arts, onde quase sempre vence aquele que domina, e muito bem, as técnicas do
jiu‐jitsu da família Gracie.
Algumas diferenças entre o jiu‐jitsu e o MMA são bem perceptíveis. Em uma luta oficial de
jiu‐ jitsu, por exemplo, os lutadores devem vestir quimonos. Já no MMA os quimonos não são
necessários. Dizem que o jiu‐jitsu é um MMA sem pancada e com quimono, enquanto que o MMA
é um jiu‐jitsu sem quimono e com pancada!

Técnicas e golpes de jiu‐jitsu


Os estudiosos das artes marciais dizem que o jiu‐jitsu é a mais pura aplicação científica em
uma arte marcial. Aqui, se aplicam literalmente as leis da física, como sistema de alavanca,
momento de força, equilíbrio, centro de gravidade ‐ tudo isso aliado a um amplo estudo dos
pontos vitais do corpo humano.
O praticante de jiu‐jitsu aprende golpes que forçam o seu adversário a desistir da luta, sem
machucá‐lo. Para tanto, os lutadores de jiu‐jitsu treinam golpes que imobilizam os seus
oponentes. A ideia básica no jiu‐jitsu é utilizar o peso e a força de seu adversário contra ele
mesmo. E, um dos pontos que mais o diferem das outras artes marciais está no fato de que, no
jiu‐jitsu, a grande maioria das finalizações acontece no chão.
Os golpes de jiu jitsu mais frequentes envolvem as articulações, estrangulamentos,
imobilizações, torções e alavancas. Os golpes válidos são aqueles que procuram neutralizar,
imobilizar, estrangular, pressionar, torcer articulações e lançar o adversário ao solo através de
quedas. Existem, porém, golpes que não são válidos e são considerados desleais no jiu jitsu,
como morder, puxar cabelo, enfiar os dedos nos olhos, atingir os órgãos genitais ou ainda torcer
dedos.

Projeção/Queda

Projeção ou queda, é qualquer desequilíbrio do adversário que faça‐o ser projetado ao chão,
tanto de costas como de lado. Na luta em pé, válido quando o adversário cai na área de
segurança, desde que o atleta que aplicou o golpe tenha dado início ao mesmo com os dois pés
dentro da área de combate.
Ao conseguir a projeção, o atleta que aplicou o golpe recebe 2 pontos.
Baiana
O atleta agarra nas pernas do adversário
levando‐o ao chão.
Guarda
A posição de guarda no jiu‐jitsu é dividida de
duas formas, a guarda aberta e a guarda fechada.
Guarda fechada é quando o atleta está por baixo, com
as costas no chão e prendendo o seu oponente com as
suas pernas.

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Guarda aberta também é representada pelo lutador com as costas no chão ou sentado, porém o
seu oponente não está preso entre suas pernas.
Joelho na barriga
Ocorre quando o atleta que está por cima do adversário
coloca o joelho na barriga dele. Nesse momento a outra perna
deve estar flexionada, com os pés no solo. Além disso, é
necessário segurar o braço, a gola ou a faixa do adversário,
dominando‐o completamente.

Montada
Acontece quando o atleta monta em cima de seu adversário,
deixando seus joelhos e pés no chão. O adversário poderá estar de
frente, de lado ou até mesmo de costas. A montada poderá acontecer
sobre um dos braços do adversário, mas nunca sobre os dois – nesse
caso não será considerada válida.

Passagem de guarda
É quando o atleta fica por cima do adversário. Ele pode até mesmo estar entre as pernas do
adversário, preso ou não. Se ele estiver por cima de apenas uma perna e preso pela outra, é
considerada ―meia guarda‖. A passagem de guarda propriamente dita ocorre quando o atleta
toma o lugar do adversário, mantendo‐o dominado e deixando‐o de lado ou de costas para o
chão.
Pegada pelas costas
Ocorre quando o atleta pega seu adversário pelas costas, apoiando os seus calcanhares
nas coxas do adversário. Para valer ponto, os dois calcanhares devem obrigatoriamente estar
pressionado a parte interna da coxa do adversário.
Raspagem
Ocorre quando o atleta que está por baixo (fazendo
guarda), consegue prender o seu adversário sobre o controle das
suas pernas e desequilibra‐o para o lado, invertendo a posição. Só é
considerado válido como raspagem se o golpe tiver início na
guarda ou meia guarda, inversões na posição de 100kg ou
montada, não são consideradas raspagens.

Finalização
Finalização é o objetivo maior de uma luta de jiu‐jitsu, a
finalização é quando um atleta consegue fazer com que o outro desista da luta, em geral isso
ocorre quando o mesmo recebe um golpe de estrangulamento ou de torção tão bem executado
que acredita que não conseguirá sair.
A qualquer momento um atleta pode dar os famosos ―três tapinhas‖ no tatame, indicando
que está desistindo da luta e dando a vitória para o seu oponente.
Kuatsu ‐ a arte da ressurreição
Trata‐se de uma técnica ensinada a especialistas para que eles ―ressuscitem‖ seus
adversários. Essa técnica é passada para muitos militares e policiais que praticam o jiu‐jitsu.
Dizem que ela foi criada para que os inimigos possam ser ressuscitados e interrogados após
receberem golpes não fatais, mas que estejam desmaiados.
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Durante as competições os golpes podem ou não ser aplicados de acordo com a faixa etária
e/ou graduação do lutador. São eles: bate estaca, chave de bíceps, mão de vaca, triângulo
puxando a cabeça, chave de pé, chave de joelho (leg‐ lock), cervical, mata leão de frente,
ezequiel, chave de panturrilha, omoplata, gravata técnica de frente, kanibassami, chave de
calcanhar, entre outros.
Para aplicar os golpes, os lutadores precisam de muito treino. Um lutador de jiu‐jitsu precisa
ser muito rápido, flexível e ágil. Normalmente as aulas têm início com aquecimento, explicação da
técnica/golpe e, em seguida, os alunos de jiu‐jitsu lutam uns com os outros procurando aprimorar
o golpe.
Jiu‐jitsu x Judô
Enquanto o jiu‐jitsu significa ―técnica suave‖, o judô, por sua vez é considerado o ―caminho
suave‖ para os japoneses. Ambos tiveram origem na arte de defesa pessoal desenvolvida pelos
monges. Nenhum dos dois permite golpes traumatizantes e que comprometam a saúde dos
atletas. E um complementa o outro. O jiu‐jitsu para ser completo precisa aplicar em pé os
conceitos do judô. Já os judocas, por sua vez, também precisam treinar a técnica de chão e
imobilização do jiu‐jitsu.
Regras e competições
A modalidade de jiu‐jitsu na qual os praticantes lutam contra adversários durante uma
competição é chamada de jiu‐jitsu desportivo. No jiu‐ jitsu desportivo não se aplicam golpes
traumáticos, e sim torções, imobilizações, projeções, etc.
Quem organiza as competições de jiu‐ jitsu em território nacional é a Confederação
Brasileira de Jiu‐Jitsu, que foi fundada em 1994, por Carlos Gracie Júnior. Em março de 2007 foi
fundada também a Confederação Brasileira de Jiu‐Jitsu Esportivo.
Juntas, elas criaram o regulamento de competições que já está bastante consolidado e serve de
modelo também para competições internacionais.
Conheça alguns importantes tópicos das regras de jiu‐jitsu:

Área de competição

Também denominada de ringue, a área deve ter entre 64 e 100 m 2, sendo que
obrigatoriamente 36 m2 devem ser de área interna (área de combate). O restante é chamado de
área de segurança. Os tatames da área de segurança devem ser de cor diferente dos tatames
da área de combate.

Sistema de graduação
Branca iniciante, qualquer idade
Cinza 4 a 6 anos
Amarela 7 a 15 anos

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Laranja 10 a 15 anos
Verde 13 a 15 anos
Azul 16 anos e acima
Roxa 16 anos e acima
Marrom 18 anos e acima
Preta 19 anos e acima
Vermelh
a
e preta
Vermelh
a
As faixas branca, cinza, amarela, laranja, verde, azul, roxa e marrom são divididas em 5
níveis de graduação ‐ faixa lisa e mais 4 graus, sendo de responsabilidade do professor conceder
esses graus em cada uma dessas faixas. Já a faixa preta é subdividida em sete diferentes níveis
de graduação: faixa preta lisa e mais 6 graus que são concedidos exclusivamente pela IBJJF
(International Brazilian Jiu‐ Jitsu Federation).
Um atleta que é faixa preta só pode requerer a faixa vermelha e preta após 7 anos no 6º
grau da faixa preta. O mesmo vale para o atleta da faixa vermelha e preta requerer faixa apenas
vermelha. A faixa vermelha 10º grau é conferida apenas aos pioneiros do jiu‐jitsu: Carlos,
Oswaldo, George, Gastão e Hélio Gracie ‐ os irmãos Gracie.

Arbitragem e placar
Cada combate é conduzido por um árbitro central, que por sua vez é supervisionado por
uma comissão de arbitragem. De acordo com a técnica e golpe aplicado, o árbitro faz
determinado gesto que é interpretado pelo mesário, que por sua vez lança a pontuação no placar.
Não há empate no jiu‐jitsu – toda luta é decidida por desistência, desclassificação, perda dos
sentidos, pontos ou vantagem. Veja como funciona a pontuação:
‐ Vantagem: após o término do tempo da luta o árbitro poderá dar uma vantagem para o
atleta que estiver em posição que vale ponto, ou para o atleta que estiver em uma posição de
finalização encaixada.
‐ Ponto: para o atleta receber um ponto, é necessário que ele domine o adversário por 3
segundos na mesma posição.
Pontos

Equipamento

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Os competidores de jiu‐jitsu devem obrigatoriamente utilizar quimono. Os quimonos podem
ser de cor preta, azul ou branca e não podem ser misturados, ou seja, a calça tem que ser da
mesma cor do paletó. A faixa deve ter entre 4 e 5 cm de largura e deve ser amarrada na cintura
com um nó duplo, impedindo o paletó de ser aberto.
Não é permitido o uso de camiseta sob o paletó, assim como sapatilhas e protetores de
orelha. As unhas devem estar curtas. Isso mesmo, antes do início da luta o medidor verifica o
tamanho do comprimento das unhas dos lutadores assim como o estado da faixa e do quimono,
que devem estar devidamente limpos.
Categorias e duração
das lutas

Categori
a Faixa etária Duração
Pré
mirim 4, 5 e 6 anos 2 min
Mirim 7, 8 e 9 anos 3 min
Infantil 12 a 14 anos 4 min
Infanto 15 a 17 anos 5 min

Competições

O Campeonato Brasileiro é o evento mais tradicional da CBJJ, pois engloba todas as


faixas etárias e graduações. Outro evento bastante consagrado no Brasil é o Campeonato
Brasileiro em Equipes, no qual cada academia pode inscrever uma equipe com sete atletas,
sendo cinco titulares e dois reservas. O técnico de cada equipe enumera seus lutadores de 1 a 5
e na hora do confronto, luta o 1 com o 1, o 2 com o 2 e assim por diante. A academia que obtiver
três vitórias em cinco confrontos avança na chave.

Outras competições também são famosas no esporte, como o Campeonato Mundial de Jiu‐
Jitsu, que desde a sua criação, em 95, só não foi realizado no Brasil uma única vez (2007). Além
do Mundial, outros torneios reúnem grandes lutadores como o Campeonato Europeu,
Campeonato Asiático, Campeonato Pan‐Americano, além do Campeonato Internacional de
Masters e Sêniors.
Curiosidades
Em 17 de março de 2007 foi criada a Confederação Brasileira de Jiu‐Jitsu Esportivo
(CBJJE). Entre os objetivos da CBJJE está o lançamento de um projeto que contemple
competições internacionais, visando os Jogos Olímpicos.

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Jiu‐jitsu também é para mulheres. As artes
marciais estão cada vez mais sendo praticadas por
mulheres e o jiu‐jitsu, não fica atrás. Entre os
benefícios procurados pelas mulheres estão a defesa
pessoal e excelente gasto calórico – em uma aula de
uma hora de jiu‐jitsu uma praticante pode gastar
entre 750 e 1500 calorias. Algumas brasileiras
destacam‐se em competições internacionais de jiu‐
jitsu, como Hellen Bastos, faixa roxa tetracampeã brasileira, Ana Maria ―índia‖ Soares, Michelle
Tavares e Vanessa Porto.
As categorias de peso para competições de jiu‐jitsu dividem‐se em: galo, pluma, pena, leve,
médio, meio pesado, pesado, super pesado, pesadíssimo, absoluto. Clique aqui e confira a
tabela de peso masculina e feminina utilizada pela CBJJE.
Os lutadores de jiu‐jitsu sofrem diversos preconceitos. Um deles está no fato de serem
confundidos com os famosos ―pitboys‖ – caras fortes, tatuados e que andam ao lado de seus
cachorros da raça pitbull e que se dizem lutadores de jiu‐jitsu. De acordo com os lutadores e
seguidores da filosofia do jiu‐jitsu, os ―pitboys‖ não tem nada a ver com o esporte. "O sujeito
quando não tem moral, ou não é bem formado mentalmente, faz o que quiser, bate e até mata.
Isso é uma questão moral e infelizmente não tem como controlar. Uns têm mais educação do
que outros." Hélio Gracie, sobre os pitboys.
Recentemente uma tragédia abateu‐se sobre a família Gracie. Ryan Gracie, 33 anos, foi
encontrado morto em uma cela em uma delegacia de São Paulo, em dezembro de 2007. Ryan
havia sido preso por tentativa de roubo, porém, como estava bastante agitado, foi medicado na
própria delegacia por um médico que já havia tratado‐o anteriormente. Desta vez, porém, o
médico ministrou uma dosagem exagerada que acabou potencializando o efeito das drogas
como cocaína e maconha, encontradas no sangue do lutador em exame toxicológico realizado
posteriormente. Ryan Gracie era bisneto de Gastão Gracie e filho de Carlos Robson Gracie.
Ryan foi campeão de cinco Prides, um pan‐americano e uma etapa do brasileiro de jiu‐jitsu.
O Brasil é um celeiro de grandes atletas de jiu‐jitsu. Entre os destaques podemos citar os
campeões mundiais, Roger Gracie, Ronaldo Jacaré e Marcelo Garcia.
Além da tradição de praticar artes marciais, os Gracie seguem à risca outras duas: ter
muitos filhos e batizá‐los com nomes que iniciam com as letras R ou S. Carlos Gracie teve 21
filhos e Hélio Gracie teve nove filhos. Robson Gracie, filho de Carlos, tem 11 filhos enquanto que
Rórion Gracie, filho de Hélio tem sete. Royler Gracie, um dos nove filhos de Hélio, tem quatro
filhas que possuem a letra R nas iniciais de seus nomes: Rainá, Raísa, Rauane e Rarine.
Atualmente, existem 147 descendentes dos Gracie.

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MMA
Hoje, no mundo das lutas, destacamos uma que nos últimos anos vem ganhando destaque
no mundo e também no Brasil, o MMA. MMA é a sigla para Mixed Martial Arts, ou em português,
artes marciais mistas. MMA são artes marciais que incluem golpes de luta em pé e técnicas de
luta no chão. As artes marciais mistas podem ser
praticadas como um esporte de contato de maneira
regular ou em torneios, em que dois concorrentes tentam
derrotar um ao outro.
As artes marciais mistas utilizam uma grande
escala de técnicas permitidas, como golpes utilizando os
punhos, pés, cotovelos, joelhos, além de técnicas de
imobilização, como lances e alavancas. Um exemplo de
organização que organiza torneios de artes marciais
misturas, é o UFC Ultimate Fighting Championship.
O UFC foi criado por Rorion Gracie, em 1993, nos Estados Unidos. Anos após a sua
criação, o UFC entrou em crise sendo proibido em vários cidades dos Estados Unidos. Em 2001,
o ex empresário de boxe Dana White convenceu os amigos de infância Lorenzo e Frank Fertitta,
donos da rede de Cassinos Station, a comprarem o UFC.
Os três fundaram uma empresa chamada Zuffa e compraram o UFC por dois milhões de
dólares. Após várias mudanças nas regras conseguiram legalizar o esporte em praticamente
todos os estados americanos.
Em 2007 O UFC compra o PRIDE (competição japonesa de lutas), levando vários atletas do
Japão para os EUA e transformando o UFC na maior organização de MMA do planeta. Hoje, o
UFC tem um preço estimado de mais de 1 bilhão de dólares e domina mais de 90% do mercado
mundial de MMA. No MMA, apesar da mistura de artes marciais, há regras que o diferencia do
também conhecido vale tudo, são elas:
1. Os lutadores devem usar luvas de dedo aberto fornecidas pelo evento.
2. Obrigatório o uso de coquilha equipamento de proteção genital e protetor bucal.
3. É permitido – porém, não obrigatório o uso de sapatilhas, protetores para joelhos, protetores
para cotovelos e bandagem para tornozelos e punhos.
4. Lutadores que não demonstrarem agressividade ou combatividade, serão advertidos e a luta
reiniciada.

É Proibido
1. Cabeçada, dedos nos olhos, morder, puxar cabelo, beliscar, arranhar e cuspir no adversário;
2. Ataque à boca do adversário com a mão, à região genital ou ao rim com o calcanhar;
3. Introduzir o dedo em qualquer orifício, corte ou laceração, e manipular as articulações do
adversário;
4. Ataques à coluna ou parte de trás da cabeça, golpear de cima para baixo usando a ponta do
cotovelo, qualquer tipo de ataque à garganta e agarrar a clavícula;
5. Chutar ou atingir com o joelho a cabeça do adversário que está no chão;
6. Arremessar o adversário de cabeça no chão ou atirá‐lo para fora do ringue;
7. Segurar calção ou luvas do adversário, assim como agarrar a grade do octógono;
8. Utilizar linguagem imprópria ou abusiva no ringue ou ser flagrado desrespeitando as instruções
do árbitro;

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9. Atacar o adversário que esteja sob cuidados do juiz, nos intervalos, ou após a campainha ter
anunciado o fim do round;
10. Sem limitação, evitar contato com adversário, cair de forma intencional, derrubar
insistentemente o protetor bucal ou fingir lesão;
11. Interferência do corner ou jogar toalha durante a luta;
12. Usar alguma substância escorregadia no corpo.
No MMA é necessário que um atleta tenha domínio de mais de uma arte marcial, para que
ele possa se sair bem durante as lutas. As artes mais utilizadas são boxe, muay thay e jiu jitsu.

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CAPÍTULO 5 – PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA

MEIO AMBIENTE

O meio ambiente é o local onde se desenvolve a vida na


terra, ou seja, é a natureza com todos os seres vivos e não vivos
que nela habitam e interagem.
Em resumo, o meio ambiente engloba todos os elementos
vivos e não-vivos que estão relacionados com a vida na Terra. É
tudo aquilo que nos cerca, como a água, o solo, a vegetação, o
clima, os animais, os seres humanos, dentre outros.

Preservação Ambiental
A preservação do meio ambiente faz parte dos temas transversais presentes nos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN's).
O seu objetivo é incitar nos estudantes a importância de preservar o meio ambiente e os
problemas causados pela intervenção humana na natureza.
Qual a diferença entre Preservação e Conservação Ambiental?
Os termos preservação e conservação ambiental são constantemente confundidos. Porém, cada
um deles possui um significado e objetivos diferentes.
 Preservação Ambiental: É a proteção sem a intervenção humana. Significa a natureza
intocável, sem a presença do homem e sem considerar o valor utilitário e econômico que possa
ter.
 Conservação Ambiental: É a proteção com uso racional da natureza, através do manejo
sustentável. Permite a presença do homem na natureza, porém, de maneira harmônica.
Um exemplo de áreas de conservação ambiental são as unidades de conservação. Elas
representam espaços instituídos por lei que objetivam proteger a biodiversidade, restaurar
ecossistemas, resguardar espécies ameaçadas de extinção e promover o desenvolvimento
sustentável.
Meio Ambiente e Sustentabilidade
Atualmente, as questões ambientais envolvem a sustentabilidade. A sustentabilidade é um termo
abrangente, que envolve também o planejamento da educação, economia e cultura para
organização de uma sociedade forte, saudável e justa.
A sustentabilidade econômica, social e ambiental é um dos grandes desafios da humanidade.
O termo sustentabilidade surge da necessidade de aliar o crescimento econômico com a
preservação ambiental.
A essa nova forma de desenvolvimento, damos o nome de desenvolvimento sustentável. Ele tem
como conceito clássico ser aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.
Para que o desenvolvimento sustentável seja uma realidade é necessário o envolvimento de
todas as pessoas e nações do planeta. As ações vão desde atitudes individuais até acordos
internacionais.

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Meio Ambiente no Brasil
No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981, define os
instrumentos para proteção do meio ambiente. É considerada o marco inicial das ações para
conservação ambiental no Brasil.
Através dela, o meio ambiente é definido como:

"o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas".

A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação
da qualidade ambiental propícia à vida.
Também visa assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
A Constituição Federal Brasileira também possui um artigo que trata exclusivamente do Meio
Ambiente. O artigo 225 cita que:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida...”

Outras leis ambientais importantes que protegem os recursos naturais brasileiros e promovem
ações voltadas à conservação e melhoria da qualidade de vida são:
 Política Nacional da Educação Ambiental - Lei nº 9.795 de 1999.
 Lei de Crimes Ambientais - Lei n.º 9.605 de 1998.
 Política Nacional de Recursos Hídricos - Lei nº 9.433 de 1997.
O órgão responsável pelas ações e políticas ambientais no Brasil é o Ministério do Meio
Ambiente (MMA).
Acordos Internacionais
Dada a urgência e a preocupação mundial com os problemas ambientais e os impactos dele
decorrentes, surgiram vários acordos e tratados internacionais. Eles propõem novos modelos de
desenvolvimento, redução da emissão de gases poluentes e conservação ambiental.
A preocupação ambiental vem sendo tratada no âmbito internacional desde a realização
da Conferência de Estocolmo, em 1972. Após isso, ganhou novamente destaque na Conferência
das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO-92 ou ECO-92), com a
aprovação da Agenda 21.
Outros importantes tratados e acordos internacionais voltados ao meio ambiente são:
 Protocolo de Montreal: objetivo de reduzir a emissão de produtos que causam danos à
camada de ozônio
 Protocolo de Kyoto: objetivo de mitigar o impacto dos problemas ambientais, por exemplo,
das mudanças climáticas do planeta terra.
 Rio +10 - Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável: definição de ações
voltadas para a preservação ambiental e aspectos sociais, especialmente de países mais
pobres.
 Rio +20 - Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável: reafirmação do
desenvolvimento sustentável aliado à preservação ambiental.
 Acordo de Paris: objetivo de conter o aquecimento global e reduzir as emissões de gases do
efeito estufa.
 Agenda 2030: objetiva orientar as nações do planeta rumo ao desenvolvimento sustentável,
além de erradicar a pobreza extrema e reforçar a paz mundial.
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Saiba mais sobre o Efeito Estufa e o Aquecimento Global.
Educação Ambiental
A educação ambiental corresponde aos processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas à
conservação do meio ambiente.
O seu objetivo é a compreensão de conceitos sobre o meio ambiente, sustentabilidade,
preservação e conservação.
Além da construção de novos valores sociais, aquisição de conhecimentos, atitudes,
competências e habilidades para a conquista e a manutenção do direito ao meio ambiente
equilibrado.
Problemas Ambientais
Nas últimas décadas, o meio ambiente vem sofrendo cada vez mais com a ação humana, uma
delas é a prática da queimada. Como essa intervenção nem sempre é harmônica e de forma
sustentável, surgem os problemas ambientais.
Os principais problemas ambientais da atualidade são:
 Mudanças Climáticas
 Efeito Estufa
 Aquecimento Global
 Poluição da água
 Poluição do ar
 Destruição da Camada de Ozônio
 Extinção de espécies
 Chuva Ácida
 Desflorestação
 Desertificação
 Poluição
Conceitos Relacionados ao Meio Ambiente
Alguns conceitos importantes relacionados ao meio ambiente são:
 Ecossistema: Conjuntos de seres vivos (Bióticos) e não vivos (Abióticos).
 Seres Bióticos: Seres autótrofos (produtores) e heterótrofos (consumidores), ou seja, as
plantas, os animais e os microrganismos.
 Seres Abióticos: São os fatores físico-químicos presentes num ecossistema, como a água,
os nutrientes, a umidade, o solo, os raios solares, ar, gases, temperatura, etc.
 Biomas: Conjunto de Ecossistemas. Vale lembrar que os biomas que compõem o Brasil
são: Biomas Amazônia, Bioma Caatinga, Bioma Cerrado, Bioma Mata Atlântica, Bioma
Pantanal e o Bioma dos Pampas.
Curiosidades
 O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 05 de junho, data inspirada na
―Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano‖, realizada em Estocolmo,
Suécia, no ano de 1972.
 O Dia do Combate à Poluição é comemorado no dia 14 de agosto.

Composição do meio ambiente


Para as Organização das Nações Unidas (ONU) o meio ambiente é o conjunto de
elementos físicos, químicos, biológicos e sociais que podem causar efeitos diretos ou
indiretos sobre os seres vivos e as atividades humanas.
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O meio ambiente é o conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema
natural. Assim, o meio ambiente é composto por toda a vegetação, animais, micro-organismos,
solo, rochas, atmosfera. Também fazem parte do meio ambiente os recursos naturais, como a
água e o ar e os fenômenos físicos do clima, como energia, radiação, descarga elétrica e
magnetismo.
O meio ambiente é composto por quatro esferas
diferentes: atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera.
A atmosfera é a camada ar que envolve o planeta, formada por gases como oxigênio, gás
carbônico, metano e nitrogênio. A litosfera é a camada mais externa do planeta, formada pelo
solo e por uma superfície rochosa, também chamada de crosta terrestre.
Já a hidrosfera inclui todas as águas do planeta (rios, mares, lagos, oceanos e etc) e a
biosfera é a camada referente à vida e engloba todas as formas de vida que existem na Terra.

Meio ambiente e ecologia

Na ecologia o meio ambiente é o ecossistema em que se desenvolve a vida de um tipo


organismo, ou seja, existem diversos tipos de ecossistema em que os organismos vivem.

No meio ambiente existem vários fatores externos que têm influência sobre a vida dos
organismos. Assim, a ecologia é uma área que tem como objeto de estudo as relações existentes
entre os organismos e o ambiente que os envolve.

Como preservar o meio ambiente?


A preservação do meio ambiente depende muito da sensibilização e participação de todos os
indivíduos de uma sociedade. A cidadania para a preservação do meio ambiente deve contemplar
atividades e noções que contribuem para a conservação do meio ambiente.

Desta forma é importante instruir e educar os cidadãos de várias idades, através de formação de
consciência nas escolas e em outros locais.

Além da educação ambiental, a sustentabilidade é um dos fatores mais importantes para garantir
a preservação do meio ambiente.

Preservação ambiental através da sustentabilidade


A sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do planeta
Terra, é manter a qualidade de vida e manter o meio ambiente em harmonia com a existência
das pessoas.

O próprio conceito de sustentabilidade é para longo prazo, significa cuidar e preservar todo
o sistema para que as gerações futuras também possam aproveitá-lo.

A sustentabilidade se refere às diversas medidas e estratégias que podem ser adotadas


pela sociedade para que o meio ambiente seja preservado e seja considerado sustentável. Isso
significa que devem ser encontradas formas de ação que permitam a coexistência das pessoas
com a preservação do meio ambiente para que os recursos naturais não se esgotem.

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Exemplos de como preservar o meio ambiente
São algumas medidas de sustentabilidade e preservação do meio ambiente:

 evitar todo tipo de poluição nas águas dos rios, mares, oceanos e lagos,

 separar o lixo orgânico do lixo reciclável e os diferentes tipos de lixo reciclável,

 fazer o consumo consciente de recursos como água e energia elétrica,

 evitar desastres ecológicos, como queimadas, derramamentos de óleo nas


águas, desmatamentos e morte de animais,

 diminuir a poluição e a emissão de gases poluentes,

 usar energias reaproveitáveis e renováveis, como a solar, eólica (do vento) e hidrelétrica (das
águas),

 diminuir o consumo de alimentos e de produtos industrializados,

 usar meios de transporte alternativos e menos poluentes, como a bicicleta e os transportes


públicos,

 construção de casas sustentáveis, que sejam


preparadas para o uso de energias alternativas e
renováveis.

Moinhos em parque eólico: transformação do vento em


energia útil

Além dessas medidas, que podem ser adotadas por toda a


sociedade, faz parte da conscientização da
sustentabilidade a educação ambiental. A educação sobre
a proteção do meio ambiente deve ser proporcionada aos cidadãos e às crianças para garantir a
preservação do meio ambiente para as gerações futuras.

É importante que a sustentabilidade do meio ambiente seja cada vez mais uma prioridade para os
políticos e para a sociedade em geral, para que a conservação do meio ambiente possa ser
alcançada.

A importância da reciclagem para o meio ambiente


A reciclagem é um processo de grande importância para a preservação do meio ambiente.
Através da reciclagem e da diminuição do lixo é possível reduzir a poluição do ar, da água e do
solo

O processo de reciclagem engloba a separação do lixo por categorias para que os resíduos
possam ser reutilizados, dando origem a novos produtos. Podem ser usados na reciclagem
materiais como plástico, papel, vidro, papelão, madeira e metais em geral.

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Os resíduos de lixo orgânico (lixo doméstico) podem ser utilizados para o processo de
compostagem, que os transforma em adubo que pode ser usado no plantio de vegetais, legumes
e frutas.

Uma das maneiras eficazes de ajudar na reciclagem é participar dos sistemas de coleta seletiva.
A coleta seletiva faz a recolha do lixo orgânico e do não orgânico, que deve ser separado nas
casas, empresas e indústrias.
Depois que o lixo é recolhido, é encaminhado para os locais adequados para que a reutilização
seja feita de acordo com os tipos de materiais separados.

Separadores de lixo reciclável


Um dos maiores desafios relativos à reciclagem é conseguir educar os cidadãos para que
compreendam que cada esforço, por menor que seja, tem um impacto positivo na preservação
do meio ambiente.

O meio ambiente e as políticas públicas ambientais


As políticas públicas relativas ao meio ambiente e sua preservação são da responsabilidade
do Ministério do Meio Ambiente (Governo Federal), das Secretarias de Meio Ambiente dos
estados e dos municípios.
Esses órgãos são responsáveis por tomar medidas práticas relativas ao que é previsto na Política
Nacional do Meio Ambiente e em outras leis que tratam do assunto. Eles fazem a fiscalização das
atividades poluidoras, da extração de minerais e de outras atividades que possam prejudicar a
conservação dos ecossistemas e das áreas de reserva ecológica do país.

Para atingir esses objetivos existem programas ligados à preservação e recuperação do meio
ambiente, à avaliação da qualidade da água e à fiscalização do uso dos recursos naturais.

Estes órgãos também são responsáveis por promover ações educativasem relação à educação
ambiental, conceitos de ecologia e aumento da sustentabilidade das cidades.
Política Nacional do Meio Ambiente
No Brasil existe a PNMA - Política Nacional do Meio Ambiente (lei nº 6.938/81). Esta política
define o meio ambiente como um conjunto de condições, leis, influências e interações físicas,
químicas e biológicas que permitem a existência de vida nas suas mais diferentes formas (artigo
3º, inciso I).
O objetivo da PNMA é definir critérios e mecanismos de ação que devem ser tomados pelos
governos para garantir a preservação do meio ambiente.

São exemplos de objetivos previstos na lei:

 fiscalização do uso e consumo dos recursos naturais,

 controle da emissão de poluição no ambiente,

 controle o uso consciente do solo, da água e do ar,

 incentivo ao estudo e pesquisa na área ambiental,

 proteção dos ecossistemas,


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 proteção, preservação e recuperação de áreas ameaçadas.

A PNMA também define quais devem ser as ações implementadas pelos governos para
garantir a preservação do meio ambiente a partir da avaliação de impactos ambientais ocorridos
e da definição de prioridades de ação.

São algumas medidas adotadas pela Política Nacional do Meio Ambiente: previsão de que o
agente causador de poluição deve reparar e indenizar os danos causados ao meio ambiente,
criação de um cadastro de dados sobre a qualidade do meio ambiente e a criação de espaços
de proteção e reserva ambiental.

SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade é um conceito relacionado ao desenvolvimento sustentável, ou seja,


formado por um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas,
economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas.

A sustentabilidade serve como alternativa para garantir a sobrevivência dos recursos


naturais do planeta, ao mesmo tempo que permite aos seres humanos e sociedades soluções
ecológicas de desenvolvimento.

Existem diversos conceitos ligados a sustentabilidade, como ocrescimento sustentado,


que é um aumento na economia constante e seguro; e a gestão sustentável, que é dirigir uma
organização valorizando todos os fatores que a englobam, e é essencialmente ligado ao meio
ambiente.

Vários desses conceitos incluem as palavras "sustentável" ou "sustentado". A diferença


entre os dois termos é que o "sustentável" indica que há a possibilidade de sustentação,
enquanto que o termo "sustentado" expressa que essa sustentação já foi alcançada.

Etimologicamente, a palavra sustentável tem origem no latim sustentare, que significa


"sustentar", "apoiar" e "conservar".

Tipos de Sustentabilidade
Sustentabilidade Ambiental e Ecológica
Sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do planeta Terra,
mantendo a qualidade de vida e os ecossistemas em harmonia com as pessoas.
A sustentabilidade ambiental ainda é cuidar para não poluir as águas, separar o lixo, evitar
desastres ecológicos, como queimadas e desmatamentos, entre outras ações.
O próprio conceito de sustentabilidade é para longo prazo, trata-se de encontrar uma forma de
desenvolvimento que atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
próximas gerações de suprir as próprias necessidades.
O desafio da humanidade é preservar seu padrão de vida e manter o desenvolvimento
tecnológico sem exaurir os recursos naturais do planeta.
Sustentabilidade Empresarial
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Cada vez mais as empresas se preocupam com o meio ambiente, mas como parte de uma
estratégia comercial e de marketing. Nas empresas, o conceito de sustentabilidade está ligado
diretamente com responsabilidade social, tornou-se inclusive uma vantagem competitiva.
A empresa que se preocupa com a sustentabilidade é aquela que cuida do planeta, se preocupa
com a comunidade, com o meio ambiente e é sempre louvável aos olhos do público.
A sustentabilidade nas empresas está também ligada à sustentabilidade econômica, que é
alcançada através de um modelo de gestão sustentável, ou seja, um modo que incentiva
processos que permitam a recuperação do capital financeiro, humano e natural da empresa.
Sustentabilidade Social
A sustentabilidade social é o conceito que descreve o conjunto de medidas estabelecidas para
promover o equilíbrio e o bem-estar da sociedade, através de várias iniciativas que têm como
objetivo ajudar membros da sociedade que enfrentam condições desfavoráveis.
Outra meta importante é garantir a diminuição das desigualdades sociais, da violência, e a
ampliação o ensino público de qualidade.

Entre alguns dos principais exemplos de medidas direcionadas para a sustentabilidade social,
destaque para: incentivo aos programas de inclusão social; investimento em saneamento básico;
incentivo aos projetos de qualificação profissional; incentivo aos programas culturais gratuitos e
de educação pública para pessoas com baixa renda; entre outros.

Sustentabilidade econômica
Busca garantir o desenvolvimento econômico levando em consideração estratégias que não
provoquem impactos ambientais ou que diminuam a qualidade de vida das pessoas em
sociedade.
Entre algumas das ações que podem ser consideradas economicamente sustentáveis, destaque
para a utilização de energias renováveis; fiscalização constante para evitar que outras empresas
ou pessoas cometam crimes ambientais; entre outras.
Exemplos de ações para a sustentabilidade
Entre algumas das principais atitudes que podem ser tomadas para incentivar os ideais da
sustentabilidade então:
 Evitar o desperdício de água;
 Usar fontes de energias renováveis e limpas (geotérmica, eólica e hidráulica, por exemplo);
 Manter preservadas áreas verdes, salvas de atividades de exploração com fins econômicos;
 Racionalizar e controlar a exploração de recursos minerais (carvão mineral, petróleo, minérios,
etc), criando estratégias que permitam o menor impacto possível para o meio ambiente;
 Priorizar a produção e consumo de alimentos orgânicos;
 Priorizar a utilização de tecnologias que usam fontes de energias renováveis;
 Reciclagem e coleta seletiva do lixo;
 Priorizar o consumo de produtos biodegradáveis.

Quais são os principais benefícios da sustentabilidade?


A aplicação de estratégias e ações sustentáveis é de extrema importância para garantir uma
melhor qualidade de vida da população.

Alguns dos principais exemplos dos resultados que a sustentabilidade pode trazer para o planeta
a médio e longo prazo são:
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 a diminuição da poluição nos rios, terra e atmosfera;
 a preservação dos recursos naturais (oceanos, florestas, lago, etc);
 a manutenção da vida terrestre com qualidade e dignidade sem agredir ao meio ambiente;
 evitar grandes catástrofes naturais provocadas pelos impactos ambientais.
O debate sobre a importância da sustentabilidade virou um tema essencial e recorrente a partir da
última década do século XX. Como consequência, a procura por produtos e serviços que
seguissem os padrões estabelecidos pelo conceito da sustentabilidade aumentaram.

Da mesma forma, a sustentabilidade passou a ser muito explorada pelas empresas para mostrar
ao público que os seus produtos foram fabricados sem danificar ou prejudicar o meio ambiente.
Assim, passa a ser rotulada como uma empresa ecologicamente correta e isso funciona como
uma campanha de marketing positiva para a marca.

Tripé da sustentabilidade

O conceito da sustentabilidade é sustentado por três pilares principais, que estão divididos em
aspectos ambientais, sociais e econômicos. Alguns estudos sobre o assunto também consideram
os aspectos culturais e tecnológicos importantes complementos para a manutenção da
sustentabilidade.
Somente unindo todas essas diferentes dimensões é que será possível atingir plenamente o
conceito proposto pela sustentabilidade.

O tripé da sustentabilidade também é conhecido como Triple Bottom Lineou People, Planet,
Profit.

Dimensão
Dimensão Social Dimensão Econômica
Ambiental

Valorização Direitos
Educação ambiental Competitividade de mercado
Humanos

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Dimensão
Dimensão Social Dimensão Econômica
Ambiental

Conservação dos
Envolvimento comunitário Transparência
recursos naturais

Redução do Valorização do bem-estar


Prosperidade econômica
desperdício social

Criar laços de respeito com


Uso de energia
Bases éticas funcionários, fornecedores e
limpa e renovável
sociedade

Investimento em políticas Estratégias de crescimento com


Biodiversidade públicas e de inclusão base na preservação ambiental e
social bem-estar social

Eliminar impactos
ambientais

O que é ser ecologicamente correto?


Está relacionado com o aspecto ambiental do tripé da sustentabilidade. Ou seja, a importância
de levar em consideração o meio ambiente ao longo do desenvolvimento da humanidade.
Qualquer tipo de atividade que tenha como consequência impactos ambientais negativos deve
ser evitado. Neste sentido, o grupo social deve pensar de modo a evitar o desgaste dos recursos
naturais, por exemplo.

O que é ser economicamente viável?


Este ponto se refere ao aspecto econômico do tripé. Neste caso, as empresas, por exemplo,
devem investir economicamente em prol do bem-estar social e, principalmente, ambiental.

A sustentabilidade prevê não apenas a preservação ambiental e bem-estar da sociedade, mas


também o desenvolvimento econômico. Ou seja, para que isso ocorra as empresas precisam
continuar a gerar lucros. No entanto, a obtenção do resultado econômico positivo não deve
estar alinhado com métodos e estratégias que devastem o meio ambiente.
O que é ser socialmente justo?
É referente ao âmbito social do tripé da sustentabilidade. Aqui o importante é o modo como o ser
humano é tratado, seja pela sociedade ou por uma empresa, por exemplo.

A prioridade é a valorização da qualidade de vida das pessoas, concomitante a manutenção


dos outros dois aspectos: ambiental e econômico.
No caso de uma empresa que deseja agir de acordo com o conceito da sustentabilidade, ser
socialmente justo significa valorizar não apenas o público-alvo, mas também garantir o
desenvolvimento pessoal dos funcionários, fornecedores e todas as pessoas que fazem parte
(direta ou indiretamente) da companhia.

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ESPORTES RADICAIS URBANOS

Todo mundo em algum momento já viu ou ouviu falar em esportes radicais urbanos. Quem é
que já não viu algum garoto ou garota andando de skate pelas
ruas da cidade?

Bem, esses são tipos de esportes que injetam uma boa


quantidade de adrenalina no sangue e deixam o nosso
coração batendo nas alturas.

Os esportes radicais exigem bastante do físico do indivíduo.

A ideia é de se arriscar e experienciar emoções intensas que podem ser bem interessantes e
viciantes. Então, se você é do time que curte esse tipo de esporte, ou quer se aventurar, então
fica aqui com a gente porque você vai ficar alucinado.

História dos esportes radicais urbanos

Os esportes radicais urbanos e também os esportes de aventura podem ter como marco de sua
origem a década de 80 ou mais precisamente o finalzinho da década de 1980 e início da de 90.

Muitos desses esportes já existem enquanto práticas aleatórias ou então associadas a


determinadas funcionalidades e esportes.

Esses esportes surgiram de maneira simples e despretensiosa. Os praticantes elaboraram


práticas esportivas que permitissem a ele vivenciar certas situações e experiências dentro de
determinados ambientes, correndo riscos ainda maiores que os esportes comuns.

Inicialmente, a prática se resumia a um grupo pequeno de pessoas, que se reuniam e realizavam


suas atividades. Aos poucos, tais esportes foram se popularizando e aumentou o número de
adeptos a tais práticas.

A segurança é essencial na prática do motocross.

Na década de 90 esses esportes tomaram mais corpo e ganharam organizações mais bem
elaboradas, assim como competições, não só no Brasil, mas no mundo todo. Certos esportes são
mais populares em determinados lugares do que em outros, mas em todos os esportes radicais
como um todo sempre atraem as pessoas.

Diversos desses esportes possuem existência que remonta há décadas. Outros, por sua vez, são
mais recentes. Há ainda aqueles que são originados a partir de um outro esporte, porém com
modificações distintas. Além disso, vale lembrar que há esportes que contam com subcategorias
internas, variando ainda mais os estilos.

É importante colocar que, no século XVIII e XIX, com a Primeira e Segunda Revolução Industrial,
respectivamente, a vida humana em sociedade transformou-se profundamente. Isso ressignificou

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não só como as pessoas organizavam as relações de trabalho, mas também a própria
subjetividade.

O espaço urbano mudou e assim modificou a forma como o indivíduo lida com ele. Os esportes
radicais urbanos são um excelente exemplo de como a vida humana nas cidades foi vivida
diferentemente.

Por que fazer esportes radicais?

Os esportes radicais urbanos estão no gosto de pessoas de idades diversas. Certamente que é
bem mais comum eles serem praticados por pessoas entre 16 e 30 anos de idade. Contudo, é
possível vislumbrar pessoas das mais variadas idades.

Não há necessariamente contraindicações para a prática dos diversos tipos de esportes de


aventura e tipos de esporte urbanos. O cuidado que é preciso tomar é que, devido ao grau de
riscos oferecidos e a exigência física feita por essas práticas esportivas, pessoas com algum
problema de saúde precisam ter maiores cuidados.

Uma excelente razão para fazer esses esportes de ação é devido à saúde. Alguns especialistas
apontam que os esportes radicais fazem um bem enorme ao corpo e à mente dos indivíduos.
Eles ajudam a desenvolver maior capacidade cardiovascular, além de propiciar uma boa dose de
força muscular, agilidade e rapidez.

É importante colocar que não se recomenda a prática desses esportes a pessoas que já possuem
algum tipo de problema cardíaco, hipertensão ou problemas associados a vertigens, equilíbrios e
afins. Toda atividade desse tipo pode e deve ser monitorada por profissionais devidamente
capacitados, evitando, assim, maiores problemas.

O skateboarding é um esporte radical derivado do surf.

Você ganha muita agilidade e habilidade corporal com esses esportes. Pelas características dos
mesmos, será preciso realizar uma série de movimentos e ações que fazem com que você
desenvolva novas capacidades e potencialidades motoras.

Além disso, esporte radical como a escalada, o skate, o surf, entre tantos outros, dão uma
enorme sensação de liberdade, de uma vida vivida com muito mais intensidade e melhor
aproveitada. Eles geram uma gostosa sensação de bem estar.

A ideia de superar obstáculos e dificuldades fomentam um aumento na autoconfiança do


indivíduo, na sua autoestima. O ato de buscar a transposição de limites instiga as pessoas a
buscarem sempre mais e o melhor.

E se você curte um conteúdo mais denso, recomendamos que você baixe o nosso e-book com as
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Modalidades de esportes radicais

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Há uma grande variedade de modalidades de esportes de aventura e esportes radicais urbanos.

A classificação dos esportes radicais pode ser definida como: esportes com prancha,
motorizados, de escalada, aquáticos, queda livre, voo/aéreos, sobre rodas e diversos (aqui
entram esportes que não se encaixam nas categorias anteriores).

Reinventar os espaços urbanos pelo esporte é um bem necessário.

Vamos citar abaixo alguns esportes radicais urbanos bem interessantes.

1. Skate

Um dos mais conhecidos e praticados esportes urbanos. Consiste em percorrer as ruas da cidade
ou ambientes fechados, sobre um ―carrinho‖ com 4 rodas, o famoso skate. Ele é oriundo do surf,
no qual os surfistas, para treinar na ausência de ondas, criaram uma ―prancha sobre rodas‖.

2. Rapel

O rapel consiste na descida em alturas. No caso dos ambientes urbanos, essa descida é feita em
paredões artificiais ou mesmo prédios diversos, com a ajuda de corda, luvas, mosquetão e
cadeirinha.

3. Parkour

Esporte originário da França, seu funcionamento reside basicamente no deslocamento entre


pontos diferentes de um ou mais locais na cidade, de forma rápida e usando habilidades
corporais diversas. Aqui se aprende a superar obstáculos variados que estejam presentes no
ambiente.

4. Base Jumping

É uma atividade na qual efetuam-se saltos a partir de prédios, antenas, pontes e afins, utilizando-
se paraquedas específicos para baixas altitudes.

5. Paintball

Essa é uma prática esportiva que tem se popularizado bastante. Reside na elaboração de
pequenos circuitos, em que pessoas, portando uma espécie de arma munida com pequenas
bolinhas cheias de tinta brincam atirando umas nas outras.

6. Buildering

É um esporte de escalada, porém feito em prédios, edifícios e pontes.

7. Slackline

O slackline consiste em uma espécie de corda elástica presa a dois pontos distintos, a uma certa
altura do chão.
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8. BMX

É um esporte praticado em uma bicicleta de pequeno porte, na qual o praticante faz inúmeras
manobras em pontos diversos da cidade ou então em pistas específicas para isso.

Importância da segurança nos esportes radicais

Os esportes radicais são muito divertidos, principalmente em razão da liberação de


adrenalina. Ainda assim, é importante ter segurança nos esportes radicais!
O risco é sempre evidente para quem pratica esportes radicais ou de aventura, mas
ninguém imagina que qualquer situação mais drástica possa realmente acontecer. Ninguém quer
ou gostaria de se acidentar praticando qualquer modalidade de esporte, mas nem sempre isso
acontece.
Recentemente, temos assistido pelo noticiário vários acidentes e muitos deles, fatais com
atletas, professores e técnicos em equipamentos que usavam toda a segurança que o esporte
exigia. Isso mostra que mesmo assim o risco ainda é muito grande.

Risco de acidentes

No Brasil, existe o registro de acidentes fatais em que atletas ou indivíduos se arriscaram na


pratica de esportes de aventura ou radicais como rapel, rafting, asa-delta, parapente, banana boat
e andar de bugue. Imaginem, então, o risco que não se corre quando se escala uma montanha ou
quando atletas participam de competições
arriscadas, como é o caso da brasileira Laís Souza,
que sofreu acidente grave de esqui no último dia 27
de janeiro.

Os esportes radicais oferecem ao seu


participante, além de correr riscos (e principalmente
o risco de morte), a emoção da adrenalina
(hormônio que o organismo libera diante das
situações de medo e excitação). Quem pratica, descreve sentimentos de liberdade, de emoção,
de aventura, de êxtase e de superação de seus limites. Mas limites e cuidados é o que requer
qualquer atividade física, ainda mais para quem pratica esportes radicais. É importante manter-se
ativo, mas sempre com cautela.

Legislação

No Brasil, existe a Lei do Turismo, criada e aprovada em 2010, que explora o turismo de aventura
e dita normas de gestão e segurança da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT).
Muitas empresas que prestam serviços na área de turismo e esportes de aventura não são
afiliadas a essa associação, descumprindo assim as normas e técnicas de segurança. Claro que
mesmo as que são filiadas ainda podem cometer deslizes no quesito em segurança no que diz
respeito aos equipamentos e ao treinamento de instrutores. Para que você possa praticar o seu
esporte radical de forma mais segura e menos perigosa, verifique rigorosamente escolas e
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instrutores com experiências e que sejam recomendados por outros profissionais reconhecidos ou
de pessoas que já utilizaram esse serviço anteriormente.

A vida, certamente, vale muito mais a pena ser vivida com muita adrenalina em território certo,
explorando os nossos limites com respeito e superando a cada obstáculo. Pratique esportes
radicais com segurança.

ESPORTES DA TERRA

Mountain bike

A bike é com certeza um dos meios de locomoção mais


conhecidos e utilizados em todo o mundo. A criatividade dos
ciclistas misturada com a evolução das bikes fez nascer várias
modalidades de esportes radicais.

O ciclismo, o mountain-bike e o bmx são algumas das


categorias do esporte. O tipo dos equipamentos muda de
acordo com as exigências de cada modalidade, mas o princípio
é sempre o mesmo: pedalar.

"Quem andou de bicicleta uma vez, não esquece jamais". Com certeza você já ouviu essa frase.
Não existe nenhuma restrição ao esporte, qualquer pessoa pode pegar uma bike e sair por ai
pedalando. O custo do esporte é baixo e as peças e mecânicas podem ser encontradas em todos
os cantos do país. O que você está esperando para começar?

Equipamentos do mountain bike

O mais importante na bike é o conjunto. Não importa você ter metade das peças de boa
qualidade e o resto ruim, pois você não obterá um bom resultado. Abaixo vão algumas dicas das
principais peças da bicicleta.

Freios: Existem quatro modelos de freios, que são: cantilevers (mais antigos), v-brakes,
hidráulicos e a disco. Nunca escolha um acessório pelo preço. Lembre-se que a bicicleta é um
conjunto.

Quadros: Com certeza é a parte mais importante da bicicleta. É ele quem determina para que tipo
de competição você estará apto a participar. Apesar de existirem vários tipos de quadros (aço,
cromo, alumínio, fibra de carbono, metal matrix e titânio), o que vale realmente é a forma.

Suspensões: existem dois modelos de suspensão. A traseira e a dianteira. O mais importante


nesse equipamento é ver o peso, a resistência, rigidez e a compressão.

Câmbio: Popularmente conhecido como marcha, o câmbio é dividido em três partes: câmbio
traseiro, câmbio dianteiro e passador. O câmbio faz com que a corrente mude de peão ou coroa.
Já o passador é quem realiza a mudança.

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Rodas: As rodas dividem-se em quatro componentes: aro, cubo, raios e pneu. Cada um tem uma
função diferente. O importante é buscar a qualidade dos equipamentos, pois uma peça que não
se adapte as outras pode prejudicar todo o equipamento

História do mountain bike

O Mountain Bike surgiu no final dos anos 70, quando um grupo de ciclistas começou a freqüentar
as trilhas das montanhas da Califórnia, nos Estados Unidos. Os ciclistas queriam basicamente
buscar um novo estilo no ciclismo. As trilhas e estradas de terra logo conquistaram o grupo de
jovens.

Como não existiam quadros apropriados, para poderem descer morro abaixo, eles começaram a
utilizar quadros de bikes cruisers. Eles só acrescentaram alguns componentes, como câmbio,
pneus maiores e freios mais eficientes, para iniciarem esse novo esporte.

Com o tempo, os grupos de praticantes do mountain bike foram aumentando e aos poucos,
algumas provas foram sendo organizadas. Uma das primeiras competições do mountain bike de
que se tem registro foi o Repack Downhill, um tipo de downhill realizado aos finais de semana em
Mount Tamalpais, na Califórnia.

Um divisor de águas no esporte foi a criação da Mountain Biker, a


primeira empresa a produzir bicicletas especiais. As bicicletas eram
fabricadas no Japão e o sucesso de vendas foi mundial.

No Brasil o esporte começou a surgir nos anos 80, quando surgiram os


primeiros campeonatos. Muitas disputas acontecem pelo país, com um
nível técnico cada vez melhor. Hoje, o mountain bike é um esporte
praticado em quase todas as regiões do mundo. O esporte se espalhou
rápido, talvez pelo fato de aproximar as pessoas cada vez mais da
natureza, do prazer e da adrenalina.

Canyoning

Apesar de se ter uma idéia de que o canyoning é apenas uma escalada em cachoeiras, por esta
ser a modalidade mais conhecida, o esporte busca explorar de maneira plena os canyons e rios.

Tudo começou com a necessidade de transpor obstáculos naturais. Dessas dificuldades foram
criadas novas técnicas que possibilitaram aos aventureiros desbravar locais antes inacessíveis.
Do prazer de conhecer o novo é que nasceu o canyoning.

O esporte em si é novo e suas competições são organizadas a pouco mais de 20 anos. Mas o
grande aumento no número de praticantes e as muitas possibilidades fazem do canyoning uma
atividade promissora.

Segundo o instrutor Anderson Errero, a procura tem sido muito grande. "Nos últimos cinco anos,
com a divulgação do esporte, tem crescido bastante o número de praticantes. Com isso o número
de competições e a especialização no esporte também aumentaram".
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Equipamentos do canyoning

A lista de equipamentos para o canyoning é extensa e deve estar adequada ao roteiro que você
irá percorrer. Mas alguns itens são fundamentais e devem estar sempre na mochila. Aí vai uma
lista com alguns deles:

A mochila deve ser adequada ao tipo de caminhada que você está fazendo. Ela deve ter um
material resistente e impermeável, além de abrigar todos os itens que você irá levar.

Um mapa detalhado do percurso é fundamental. Ele é um dos quesitos básicos para toda
caminhada. Sem ele, não adianta nem tentar.

A bússola é quem dá a direção e vai te orientar durante a prática.

Nunca se sabe o que irá acontecer no percurso. Por isso é necessário sempre estar prevenido
para qualquer imprevisto. Além de estar com o kit é necessário que se saiba utilizá-lo da maneira
correta. O mau uso não adiantará em nada.

As lanternas são essenciais e devem ser utilizadas mesmo se o percurso for durante o dia. Pelo
caminho podem existir locais com pouca iluminação, nos quais o uso da lanterna é obrigatório.
Não esqueça de levar pilhas e lâmpadas de reserva.

Uma alimentação adequada durante a caminhada é fundamental para o sucesso do percurso.


Alimentos leves e de fácil digestão são os mais indicados. Sempre leve um pouco a mais do que
o necessário caso tenha que ficar mais tempo na trilha.

É indicado que você leve pelo menos um conjunto de roupas extras para que possa trocar
durante o percurso. Os fósforos e os iniciadores de fogo são outros objetos fundamentais.

O canivete sempre é utilizado e deve ser cuidado com todo o carinho. Ele deve estar afiado e
pronto para ser utilizado. A sua importância é grande e ele é utilizado praticamente durante todo o
percurso.

O ideal é que antes de realizar qualquer percurso você procure obter informações com quem já
fez o trajeto. Essa pessoa poderá ajudá-lo e dará dicas do que é necessário ou não.

Historia do canyoning

O canyoning começou a ser praticado no início do século com as expedições de Edouard Alfred
Martel, um explorador francês que foi contratado pelo governo da França para explorar canyons,
gargantas e cavernas entre a França e a Espanha. Martel acabou desenvolvendo técnicas de
canyoning e é considerado o precursor do esporte.

Como esporte, o canyoning tem pouco mais de 30 anos, já que as primeiras competições foram
realizadas no final da década de 70. No Brasil, o canyoning teve início em 1990, através de um
grupo chamado "Grupo H2Omem", que se tornou a maior referência dessa prática no país. Em
dez anos, o grupo cadastrou mais de 2 mil cachoeiras em 12 estados brasileiros.

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Atualmente o Brasil está entre os 10 maiores
praticantes de canyoning do mundo. Mas o
canyoning não é reconhecido no país como
atividade esportiva e sim recreativa. As principais
competições de canyoning foram realizadas e 1992
e 1993 nos Pirinues, na Espanha e na Ilha da
Reunião, uma possessão francesa na costa africana
do Índico, em 1995. No Brasil, foi realizada uma
competição de cascading em Minas Gerais, em
1998.

Escalada

A escalada esportiva é uma prática que utiliza as técnicas e movimentos de montanhismo e que
tem como objetivo exigir o máximo de força e concentração do atleta. A técnica, a coragem, a
adrenalina, juntamente com a força, são os fatores fazem da Escalada um esporte apaixonante.

Para quem pensa que o esporte se resume a "homens-aranha" que ficam escalando grandes
arranha-céus pelo mundo, está enganado. A escalada é muito mais importante que isso e quem
pratica quer antes de tudo desenvolver uma atividade que irá livrá-los do stress do dia-a-dia.

O atleta da escalada deve encontrar diferentes soluções para ultrapassar os obstáculos, não
importando se está em uma cadeia de famosas montanhas européias ou na parede de uma
academia.

Um dos principais atrativos da escalada é o fato de ela poder ser praticada em qualquer cidade,
bastando para isso uma parede em qualquer academia. Hoje já é muito difundida a prática da
Escalada nos grandes centros.

Para o diretor técnico da Associação Paulista de Escalada Esportiva, Tom Papi, o crescimento do
esporte se deu principalmente por esse motivi. "Hoje qualquer um pode praticar a escalada com
toda a segurança em clubes e academias, nas principais cidades brasileiras", diz Papi.

Equipamentos de escalada

Os equipamentos básicos para a prática da escalada são: cordas, sapatilha para escalada,
capacete e pó de magnésio para passar nas mãos.

A segurança do esporte é um dos quesitos mais importantes, que atrai um grande número de
praticantes. E as cordas têm exatamente essa função, já que sem elas os tombos são inevitáveis.

Para transpor os obstáculos a utilização de uma sapatilha especial pode facilitar muito sua vida.
Ela tem o formato ideal para propiciar maior equilíbrio e segurança.

O pó de magnésio é esfregado na mão e aumenta o atrito com a parede. Dessa maneira fica mais
difícil escorregar.

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Por último tem o capacete que é o item de segurança mais comum nos esportes radicais. A sua
função e importância todos conhecem, portanto nunca esqueça de utilizá-lo.

Segundo o diretor técnico da Associação Paulista de Escalada Esportiva, Tom Papi, esses
equipamentos são fundamentais. "Como todo esporte radical a escalada oferece riscos. Porém,
com a utilização de todos os equipamentos de segurança esse risco cai praticamente a zero".

Historia da escalada

A história da escalada esportiva começou em um rigoroso inverno ucraniano. Foi nos anos 70 que
um ucraniano teve a idéia de durante a fase mais fria do ano pendurar pedras em sua parede
para que pudesse treinar. A idéia foi tão boa que logo todos os outros escaladores locais
copiaram a idéia. Surgia aí a escalada esportiva.

Em 1985, na Itália, foi realizado o primeiro campeonato mundial. Que teve como obstáculo uma
parede natural. Em 1987, pela primeira vez um campeonato foi realizado em uma parede artificial.

A copa do mundo de Escalada Esportiva foi criada em 1990. E,


dois anos mais tarde, na Olimpíada de Barcelona, finalmente veio a
consagração do esporte, quando foi praticado como demonstração.

No Brasil o esporte começou a ser praticado no final da década de


80. O grande divisor de águas no país foi a realização, em 1989,
do I Campeonato Sul Americano de escalada Esportiva, em
Curitiba. A partir daí novos atletas e patrocinadores passaram a
apoiar e a praticar o esporte.

Montanhismo

O montanhismo é uma atividade esportiva que se baseia no ato de


atravessar montanhas, com ou sem a utilização de equipamentos.
O termo geralmente é confundido com alpinismo, devido às famosas conquistas dos Alpes
europeus. A atividade é um gênero dentro do excursionismo, que nada mais é do que a
convivência pacífica com ambientes naturais.

Quem pratica o esporte deseja entrar em perfeito contato com a natureza usufruindo tudo o que
ela pode oferecer, sem prejudicá-la. No Brasil, o marco inicial da atividade foi durante a primeira
metade do século XIX, quando já eram registradas subidas à Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro.

Hoje o montanhismo vem ganhando cada vez mais espaço entre os esportes, sendo muito
procurado principalmente por quem para fugir do stress e deseja ter um contato maior com a
natureza.

Para o presidente do Centro Excursionista Brasileiro, Francesco Berardi, o fator do crescimento é


mesmo a paz que o esporte traz. "O montanhismo é antes de tudo uma maneira de esquecer os
problemas das grandes cidades".

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Equipamentos do montanhismo

A lista de equipamentos para o montanhismo é extensa e deve estar adequado ao roteiro que
você irá percorrer. Mas alguns itens são fundamentais e devem estar sempre na mochila. Aí vai
uma lista com alguns deles:

Mochila: a mochila deve ser adequada ao tipo de caminhada que você está fazendo. Ela deve ter
um material resistente e impermeável, além de abrigar todos os itens que você irá levar. Existem
marcas especializadas para a modalidade e geralmente são as mais indicadas para a prática do
montanhismo.

Mapa: Um mapa detalhado do percurso é fundamental. Ele é um dos quesitos básicos para toda
caminhada. Sem ele, não adianta nem tentar.

Bússola: é com elas que você irá se orientar e seguir as instruções do mapa.

Kit de primeiros socorros: nunca se sabe o que irá acontecer no percurso. Por isso é necessário
sempre estar prevenido para qualquer imprevisto. Além de estar com o kit é necessário que se
saiba utilizá-lo da maneira correta. O mau uso não adiantará em nada.

Lanternas: as lanternas são essenciais e devem ser utilizadas mesmo se o percurso for durante o
dia. Pelo caminho podem existir locais com pouca iluminação, nos quais o uso da lanterna é
obrigatório. Não esqueça de levar pilhas e lâmpadas de reserva.

Comida extra: Uma alimentação adequada durante a caminhada é fundamental para o sucesso
do percurso. Alimentos leves e de fácil digestão são os mais indicados. Sempre leve um pouco a
mais do que o necessário caso tenha que ficar mais tempo na trilha.

Roupa extra: É indicado que você leve pelo menos um conjunto de roupas extras para que possa
trocar durante o percurso.

Fogo: Os fósforos e os iniciadores de fogo são outros objetos fundamentais. São utilizados para
acender a fogueira e esquentar a comida.

Canivete: O canivete sempre é utilizado e deve ser cuidado com todo o carinho. Ele deve estar
afiado e pronto para ser utilizado. A sua importância é grande e ele é utilizado praticamente
durante todo o percurso.

O ideal é que antes de realizar qualquer percurso você procure obter informações com quem já
fez o trajeto. Essa pessoa poderá ajudá-lo e dará dicas do que é necessário ou não.

História do montanhismo

As primeiras técnicas de montanhismo foram desenvolvidas em Chamonix, na França. Em 1760,


o estudante Horace Bénédicte de Saussure, estudando as feições do Mont Blanc, descobriu que
se cume poderia ser conquistado. Durante muitos anos, ele percorreu aldeias da redondeza

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oferecendo uma recompensa para quem conseguisse tal conquista. Horace só foi encontrar quem
ousasse o desafio, no ano de 1786.

O médico Paccarde e o caçador Jacques Balmar venceram os obstáculos e alcançaram o topo. A


partir de então, o caminho estava aberto. As dificuldades técnicas
começaram a crescer, já que os adeptos do montanhismo se
multiplicavam e, com eles a vontade de alcançar altitudes cada vez
maiores. Mas foi em 1953 que o homem chegou ao topo do
mundo. O alpinista Edmund Hilary e seu companheiro Tensing
Norgay pisaram pela primeira vez o cume do Monte Everest.

O primeiro clube de montanha do mundo, o Clube Alpino de Londres, foi criado em 1857. Com
ele, o esporte passou a se organizar e ganhar adeptos. Em 1879 ocorreu a conquista do
Aconcágua; em 1889, do Kilimanjaro, na África; em 1907 do Trisul, no Himalaia e em 1913, do
Mckinley, no Alasca.

No Brasil, a primeira conquista foi em 1817 com a escalada da faze leste do Pão de Açúcar pela
inglesa Henriqueta de Carsteirs, em companhia de seu filho. Depois de diversas tentativas, o topo
do Dedo de Deus foi conquistado em 1912, por um grupo de amigos de Teresópolis. Em 1919, foi
fundado o Centro Excursionista Brasileiro, que serviu para difundir o montanhismo no Brasil.

Off-Road

O Off-Road é um esporte que mistura a adrenalina da velocidade e o contato com a natureza.


Essa combinação atrai cada vez mais adeptos e a evolução das competições e da organização
tem proporcionado um grande crescimento.

Mas o Off-Road, que é utilizado como esporte e terapia pelos praticantes, nasceu de uma
necessidade de guerra. É isso mesmo! Os primeiros veículos foram criados durante a 2ª Guerra
Mundial com o objetivo de penetrar em locais de difícil acesso.

Hoje em dia já existem outras categorias que disputam o off-road, como é o caso das motos e
caminhões. O presidente da Federação Paulista de Motocross, Décio Fantozzi, acredita que a
maior dificuldade para praticar esse tipo de esporte é mesmo o lado financeiro.

"É muito difícil para a maioria dos atletas estar sempre com os melhores equipamentos. Às vezes
um piloto muito habilidoso que não tem as melhores condições pode não obter bons resultados",
disse Fantozzi.

Equipamentos do off-road

Para quem pensa que off-road é apenas o carro, a moto ou o caminhão, está muito enganado. Os
equipamentos variam de acordo com a categoria. É necessário antes de tudo escolher o seu
veículo, aí sim ir atrás de outros equipamentos que também fazem parte do esporte.

O fator principal para quem vai começar no Off-Road é saber utilizar os equipamentos de forma
adequada. Não importa você ter o que há de melhor, sem saber utilizá-lo da forma correta.
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Outra dica é que nem sempre o que é mais barato é melhor. Como o esporte exige muita
qualidade dos aparelhos, eles têm de ser de boa qualidade.

Abaixo vai uma lista com os principais objetos:

Capacete
Roupas especiais
Botas
Luvas
Joelheiras
Cotoveleiras
Colete

História do off-road

A história do off-road está ligada à história da guerra. Os jipes foram os meios de transporte de
soldados durante a Segunda Guerra Mundial e foram criados justamente para facilitar travessias
em lama, erosões, piadas e outros trechos de acesso mais dificultado, que um carro normal não
passaria com a mesma facilidade.

Os jipes antigos, que hoje são objetos de


colecionadores, já tinham a tecnologia para
enfrentarem todo tipo de terreno. O primeiro jipe a ser
fabricado foi para o uso do Exército americano, em
1941. No ano seguinte, a fábrica Willyes, que fazia
carros para o governo norte-americano, lançou a marca
Jeep.

O off-road chegou no Brasil na década de 80. Os


primeiros rallyes começaram a ser disputados e, em 1983, foi fundado o Jeep Clube de São
Paulo. Atualmente, os modelos Willys ainda são bastante utilizados. Mas, com a abertura do
mercado de importados, no início da década de 90, a venda dos jipes 4x4 subiu
consideravelmente.

Orientação

Orientação é um esporte que tem como objetivo encontrar um determinado local no menor tempo
possível, passando por pontos determinados, com a ajuda de mapas e bússolas.

As principais habilidades que o praticante deve ter é com relação a leitura de mapas e orientação
territorial, além da escolha do melhor terreno a seguir.

Existe um órgão que regulamenta o esporte, que é a Federação Internacional de Orientação (IOF)
com sede em Helsinque - Finlândia. Ela é quem determina a nível mundial todas as regras das

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quatro categorias de orientação: Pedestre, Mountain Bike (MTB), Esquis e Trail Orienteering
(portadores de necessidades especiais).

Equipamentos de orientação

Existem alguns equipamentos básicos para o bom desenvolvimento do montanhismo. Entre eles
a roupa que deve ser usada. O material deve ser leve e não reter líquidos. O tecido mais utilizado
é o nylon. Geralmente os competidores utilizam calça e camisa.

O tênis deve ser especifico para caminhada em diversos terrenos. Ele também não pode reter
muito líquido e deve ser resistente.

A bússola é fundamental. Mas é necessário que saiba utilizá-la de maneira correta. O mau uso
pode ser fatal na hora da corrida. O cartão de designação é o alicerce do atleta. É nele que você
vai encontrar as determinações e os pontos de controle.

O mapa é quem indica as variações de terreno do percurso. Ele é um auxiliar fundamental e é


através dele que você irá poder determinar a melhor rota.

Os picotadores são utilizados para você certificar que passou por determinado posto de controle.
Ele é utilizado para furar o cartão que se encontra no local.

História da orientação

A orientação surgiu juntamente com a aparição dos primeiros mapas topográficos modernos, no
século XIX. Na Europa, foram os exércitos que organizaram as primeiras competições.

A primeira prova oficial de orientação foi realizada em 17 de outubro de 1890, na Noruega. As


regras passaram por grandes mudanças com o tempo. A partir da década de 60 foram criados
novos mapas especialmente para a prática da orientação. Com isso, aumentou a possibilidade de
exploração de novas rotas.

Atualmente, as competições atuais buscam percursos com grande variação de terrenos e


distâncias. Cada vez mais é exigida do atleta maior habilidade e o esporte vem caminhando para
uma grande evolução.

No Brasil, as primeiras competições militares foram organizadas pelo Coronel Tolentino Paz, em
1971. Em 1984, foi realizado em Curitiba, Paraná, a 17 º Campeonato Mundial Militar de
orientação, que contribuiu para o desenvolvimento do esporte entre os militares e civis brasileiros.

Em 1996 foi realizado o 1º Troféu Brasil de Orientação, na cidade de São José dos Campos, no
estado de São Paulo. O campeonato foi o precursor e antecessor dos 5 dias de Orientação do
Brasil. Esta competição culminou com uma reunião, onde foram definidos os primeiros passos
para a criação da Confederação Brasileira de Orientação, a CBO.

Rapel
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Uma técnica de descida que o praticante utiliza para transpor obstáculos como prédios, paredões,
cachoeiras, entre outros, com o uso de cordas ou cabos.

O termo "rappel" vem do francês e significa trazer e recuperar. Apesar de não se saber
exatamente quando a técnica foi criada, ela foi utilizada por espeleólogos, que usavam desse
recurso para explorar cavernas.

Existe uma grande discussão sobre se o rapel é um esporte ou apenas uma técnica. os que
acreditam se tratar do esporte encaram como uma atividade divertida e que é utilizada sem outros
fins, apenas por diversão. Já os que acreditam se tratar de uma técnica, geralmente a utilizavam
como um meio de realizar outra modalidade, outro esporte ou mesmo a trabalho.

Segundo o instrutor de rapel, Saulo Roberto, a prática tem crescido muito nos últimos anos. "O
número de pessoas interessadas na modalidade aumentou muito graças a grande divulgação que
o esporte tem conseguido junto à mídia".

Equipamentos do rapel

Os equipamentos de tem de ter qualidade e apresentarem um bom estado de conservação.


Segundo o instrutor de rapel, Saulo Roberto, a qualidade é fundamental. "Você é dependente do
equipamento, portanto preste muita atenção se ele é certificado para o esporte e seu estado de
conservação é bom".

As cordas geralmente fabricadas de Poliamida, uma fibra sintética resistente ao atrito.

Elas são classificadas em dinâmicas e estáticas, as dinâmicas são utilizadas para escaladas e as
estáticas para rapel, canyoning, (resgate).

Os mosquetões são peças feitas de duralumínio, uma


liga especial que proporciona grande resistência. A
função desse objeto é fazer ancoragens, costuras,
prender o escalador a corda, etc.

Os freios oito são fabricados com o mesmo material


dos mosquetões e são a ligação do atleta com a
corda. As cadeirinhas que são feitas de nylon
resistente com costuras especiais. O anel é de
poliamida e é usado para ancoragens, resgate e como fitas guias.
História do rapel

A técnica do rapel foi "inventada" em 1879 por Jean Charlet-Stranton e seus companheiros
Prosper Payot e Frederic Folliguet durante a conquista do Petit Dru, um paredão de rocha coberta
de gelo e neve, perto de Chamonix, na França.

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Por ser uma atividade de risco, eles viram-se obrigados a trocarem suas cordas de algodão, que
muitas vezes não duravam e se rompiam com facilidade, por equipamentos especializados e de
maior resistência, surgindo assim algumas empresas pioneiras em materiais de exploração.

O rapel foi se tornando uma forma de atividade praticada nos fins de semana, à medida que as
explorações e técnicas foram se popularizando,
surgindo assim novas modalidades.

Até hoje, o rapel é usado nas forças armadas para


resgates, ações táticas e explorações, por ser a
forma mais rápida de descer algum obstáculo.

No Brasil, o rapel apareceu há 15 anos com os


primeiros espeleólogos, pessoas que exploram
cavidades naturais, tais como a formação das
grutas, cavernas, fontes e águas subterrâneas.
Somente nos últimos anos ele tem sido visto como
esporte.

Os rapeleiros, como são chamados os praticantes, descem grutas, cachoeiras e até prédios
utilizando um material que garante a segurança e o sucesso da descida. Durante o trajeto, é
possível realizar algumas manobras na cadeirinha, como balançar e até ficar de cabeça para
baixo.

Sandboard

Deslizar por dunas de areia realizando manobras radicais a bordo de uma prancha. Esse é o
sandboard, um esporte que mistura as manobras do surfe, do skate e do snowboard,
proporcionando muita adrenalina aos praticantes. A mistura de todos esses ingredientes fazem do
sandboard uma ótima opção para os amantes da aventura.

Para o bi-campeão mundial e tri-campeão sul-americano, Digiácomo Dias, o sandboard


representa tudo. "Pratico desde os 15 anos e não pretendo mais largar. Quem nunca
experimentou não sabe o que está perdendo".

Equipamentos do sandboard

A Prancha: Sem dúvida o acessório mais importante para a prática do sandboard é a prancha.
Adaptada do snowboard, ela possui um tamanho aproximadamente entre 1,20m e 1,70m de
comprimento. É geralmente feita de madeira ou de fibra (de vidro ou de carbono), revestida na
face inferior com uma placa de fórmica, aço inox ou plástico, o que permite um maior
deslizamento. As presilhas, que aumentam o domínio sobre a prancha e auxiliam na hora da
descida e das manobras.

Existem vários tipos de pranchas, uma delas é a de velocidade, que tem a parte da frente menor
que a de trás, o que possibilita uma maior velocidade. Já a prancha de manobras tem borda nos
dois lados, o que permite uma maior variação na hora da descida.
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Deck: O deck é uma proteção de borracha que se coloca em baixo das presilhas, protegendo os
tornozelos do impacto dos saltos. Eles ainda evitam que os pés escorregarem na hora da
descida.

Vela: Sem as velas o sandboarder não consegue escorregar. Em contato com a areia, a vela faz
com que a prancha deslize. Ela deve ser passada na parte inferior da prancha. Mas tem que
tomar cuidado para não passar demais, pois ela pode ter o efeito contrário quando passada em
excesso. Já existem velas com pó de grafite, que garantem uma maior velocidade. Outros atletas
preferem utilizar o giz de cera, já que garantem que tem uma maior durabilidade.

Botas de Sandboard: As botas funcionam como as botas de esqui e snowboard e diminuem a


chance do snowboarder torcer o tornozelo, além de darem maior estabilidade ao atleta.

Capacete: Segundo o bi-campeão mundial e tri-campeão sul-americano, Digiácomo Dias, a


utilização dessa proteção é fundamental. "O capacete evita maiores problemas em caso de queda
e estará sempre te ajudando".

Historia do sandboard

O sandboard surgiu no Brasil e é um esporte


relativamente recente: foi inventado em 1986, em
Florianóppolis. A idéia partiu de alguns surfistas que
procuravam alguma coisa pra fazer quando as ondas não
estavam boas para a prática do surf.

No início, os praticantes usavam pedaços de pranchas


quebradas, de madeira e até de papelão para descer
pelas dunas. Hoje em dia, as pranchas do sandboard se parecem bastante com a prancha de
snowboard, e já existem algumas feitas com fibra de carbono, o material mais avançado do
mercado.

Nos últimos anos o esporte vem crescendo bastante, ganhando novos adeptos a cada dia,
principalmente após a veiculação de matérias na mídia. Atualmente, o esporte é praticado em
diversos países do mundo: Argentina, Uruguai, Estados unidos, África, Austrália, entre outros.

Trekking

Caminhar por trilhas naturais, desfrutando do contato com a natureza e, ainda por cima, cercado
de belas paisagens em locais pouco conhecidos. Quem pratica o trekking ou Caminhada, tem
essa oportunidade, e esse é sem dúvidas o principal motivo que faz do esporte um dos que mais
cresce.

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Os praticantes da modalidade aliam o prazer em contemplar a natureza com os benefícios da
atividade física, tentando fugir do stress do dia-a-dia. Os percursos podem ser curtos ou longos,
importando apenas o prazer em caminhar.

O baixo custo da atividade, aliado com os vários níveis de dificuldades, proporciona ao praticante
toda a segurança necessária e, é um dos principais motivos para o desenvolvimento do esporte.
"Nos últimos anos o crescimento tem sido muito grande. As provas cada vez contam com mais
equipes", disse o Diretor do Departamento de Trekking da ABEA (Assossiação Brasileira de
Esportes de Aventura), Esdras Martins.

Equipamentos do trekking

Os equipamentos necessários para o Trekking são mais baratos que o de outros esportes de
aventura, mas mesmo assim precisam ser escolhidos com todo o cuidado, já que podem ser tanto
os melhores aliados como os maiores inimigos.

Por se tratar de uma caminhada, os tênis são de fundamental importância. As botas, por
oferecem segurança ao tornozelo nos diversos terrenos, são as mais recomendadas.

O ideal é que se utilize duas meias, uma fina com outra de lã por cima. Dessa maneira estará
diminuindo o atrito dos pés com o calçado. As meias de algodão, por encharcarem facilmente,
são desaconselhadas para o esporte.

Outro objeto indispensável é a bússola. Para garantir o sucesso na prova é recomendável que se
leve mais de uma. É necessário saber utilizar a bússola da maneira correta, já que um erro de
direção pode acabar com as chances da equipe.

Todo praticante vai ter sede e precisa se hidratar durante a prova. É por isso que um cantil, de no
mínimo 1 litro, deve estar sempre com o competidor.

Para calcular as distâncias entre os percursos são necessárias calculadoras. É importante que a
equipe possua mais de uma, em caso de quebra. As pilhas não podem ser deixadas de lado e o
ideal é que se tenham pilhas reservas em caso de falta.

Os relógios individuais são os maiores aliados para que o tempo estipulado em cada parte do
percurso seja cumprido. Os modelos digitais facilitam a visualização e oferecem maiores
possibilidades.

Os bonés ou chapéus também são de grande utilidade, pois protegem do sol e da chuva,
facilitando a leitura das planilhas durante o percurso.

Para a conservação e proteção dos objetos e planilhas, os plásticos são fundamentais. Além
disso, para guardar todos os objetos acima, mais canetas, lanterna pequena, kit de primeiros
socorros e alimentos energéticos, é necessário uma mochila ou pochete.

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História do trekking

A história do trekking é antiga e teve origem no início do século XIX. A palavra trek tem sua
origem na língua africâner e passou a ser empregada pelos vortrekkers, os primeiros
trabalhadores holandeses que colonizaram a África do Sul.

O verbo trekken significa migrar e carregava uma conotação de sofrimento e resistência física,
numa época em que o único meio e locomoção era a caminhada.

Quando os britânicos invadiram a região, a palavra foi absorvida pela língua inglesa e passou a
designar as longas caminhadas realizadas pelos exploradores em direção ao interior do
continente.

Atualmente utiliza-se a palavra também em português, significando caminhadas em trilhas


naturais em busca de lugares interessantes para conhecer, possibilitando um contato com a
natureza. No Brasil, o trekking surgiu em 1992 em São Paulo, por amantes da natureza, que
resolveram adaptar as regras dos enduros de moto e jipe à caminhada ecológica.

Skate

O Skate é, sem dúvida, um dos esportes radicais mais conhecidos atualmente. Sua popularidade
vem dos grandes ídolos do esporte e da grande cobertura da imprensa. Nos últimos anos o
crescimento do skate trouxe um grande número de patrocinadores e os campeonatos são cada
vez mais disputados.

O skate deixou de ser apenas um esporte e, hoje, é


um estilo de vida. Os principais skatistas além de
viverem do esporte, ditam moda. O esporte
movimenta milhões de dólares todos os anos e sua
indústria é uma das mais prósperas indústrias do
esporte no mundo.

No Brasil o skate tem se desenvolvido a passos largos


e os maiores ídolos do esporte são os campeões mundiais Bob Burnquist e Sandro Dias, mais
conhecido como Mineirinho.

Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Skate, Alexandre Viana, o Brasil é a


segunda maior potência do esporte no mundo. "Só ficamos atrás dos americanos. Mesmo com
toda estrutura que eles tem, competimos de igual para igual".

Equipamentos do skate

O skate é composto basicamente por quatro partes. São elas: shape, truck, rolamento e roda. O
shape é a tábua de madeira na qual o skatista apóia os pés. Hoje em dia a evolução dos modelos
proporciona maior equilíbrio e facilidade na hora de dar as manobras.

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Geralmente os shapes são iguais dos dois lados, aumentando a variedade de manobras. A lixa é
colocada sobre a parte superior e prende o pé do skatista.

O truck funciona como um elo de ligação entre o shape e as rodas. Ele é preso ao shape e tem
grande importância. Os melhores são os que apresentam grande resistência e flexibilidade.

O rolamento é essencial para um bom desempenho do skate e quem determina a velocidade que
o mesmo irá ter. Geralmente um rolamento mais resistente é utilizado para o street e os mais
rápidos para o half pipe.

Por último vêm as rodas. São elas que tem todo o contato com o chão e proporcionam a
estabilidade além da velocidade ao atleta. Uma boa qualidade das rodinhas faz muita diferença
na hora de andar.

História do skate

O skate surgiu nos anos 60, na Califórnia, Estados Unidos, inventado por surfistas como uma
brincadeira para os dias que o mar estava sem ondas. Eles juntaram as rodinhas dos patins com
um shape, e criaram, assim, o skate.

Apesar do equipamento precário, o esporte conquistou logo os jovens, que se tornariam os


primeiro skatistas. Em 1965 foram fabricados os primeiros skates, juntamente com a organização
dos primeiros campeonatos.

Nos anos 90, o esporte se consolidou e surgiu o maior skatista de todos os tempos, o norte-
americano Tony Hawk. O atleta revolucionou o skate com seus aéreos e flips e trouxe
definitivamente novos ares ao skate moderno. Suas manobras são até hoje espelho para os
principais skatistas e seu nome já é tema de jogo de vídeo-game.

Atualmente os skatistas norte-americanos e brasileiros são os melhores do mundo e os que


geralmente ganham a marioria dos campeonatos.

O Brasil conta com dois grandes nomes de destaque: Sandro "Mineirinho" Dias e Bob Burnquist.
O tetracampeão mundial Mineirinho é considerado o rei do 540, e foi o terceiro skatista do mundo
a acertar a manobra 900º.

Bob Burnquist nasceu no Brasil, mas mudou-se aos 13 anos para os Estados Unidos buscando
se profissionalizar no skate. O auge de sua carreira foi em 2000, quando conquistou o Münster
Monster Mastership e o Circuito Mundial de Skate.

O Circuito Brasileiro de Skate Profissional foi inaugurado há 16 anos e realizado pela UBS (União
Brasileira de Skate). A disputa conta com provas passando por estados como São Paulo, Rio de
Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Brasília, realizadas pela CBSK
(Confederação Brasileira de Skate).

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O Circuito Mundial é organizado pela WCS (World Cup of Skateboarding) e conta com um
calendário com provas que passam por países como Canadá, Inglaterra, Alemanha, Suíça,
Estados Unidos e Brasil.

Snowboard

Deslizar com uma prancha sobre a neve mandando manobras radicais. Esse é o snowboard, um
esporte reconhecido internacionalmente e que atualmente é
praticado em qualquer ponto de neve do mundo.

O snowboard ganhou notoriedade ao ser veiculado em


comerciais de TV e filmes dos anos 80, principalmente no
clássico filme de James Bond. A partir daí, o grande público
passou a conhecer e admirar o esporte.

Apesar de só ser praticado na neve, o Brasil já conta com um campeonato nacional, disputado
anualmente em Valle Nevado, no Chile. Se você curte adrenalina, está no caminho certo. O surf
chegou para mudar a sua vida.

Equipamentos do snowboard

O snowboard utiliza três equipamentos básicos. São eles: as botas, os bindings (presilhas) e a
prancha. É importante na hora em que você for comprar o equipamento que experimente todos os
produtos, para não se arrepender depois. Não é porque seu ídolo utiliza um tipo de material que
você vai usar também. Escolha aquele que melhor se encaixa em seu perfil, de acordo com suas
características.

Antes de comprar, pesquise bastante. Como o material é relativamente caro, não compre logo na
primeira loja. O primeiro item a escolher deve ser a bota, pois é de acordo com o tamanho dela
que o ateleta escolherá os outros equipamentos.

Os bindings e a prancha devem ser escolhidos depois. Aquele que se adaptar melhor a você é o
modelo ideal. Sempre antes de comprar teste os materiais.

Historia do snowboard

Existem muitas discussões sobre quem seria o verdadeiro pai do snowboard. Seja Sherman
Poppen, Dimitrije Milovich, Jake Burton ou Tom Sims, todos tiveram grande importância para o
desenvolvimento e crescimento do esporte.

No dia de Natal em 1966, o engenheiro norte-americano Sherman Poppen juntou dois esquis
para sua filha brincar. Sherman prendeu os dois esquis lado a lado, colocou tiras de couro e um
pedaço de madeira em forma de cruz para servir de apoio para os pés. A esposa dele sugeriu o
nome de Snurfer, uma mistura de snow e surf.

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As crianças começaram a pedir que Sherman fizesse mais snurfers. Foi então que a empresa
Brunswick comprou os direitos do engenheiro e passou a comercializar o produto. A primeira
competição de snurfer aconteceu em 1968, em Michigan e consistia apenas em uma descida em
linha reta.

Em 1969 o surfista esquiador Dimitrije Milovich começou a fabricar pranchas com desenho
inspirados nas pranchas de surf. Assim nasceu o Winterstick, desenhado com uma largura três
vezes maior para ser usada sobre a neve fofa.

Em 1972, Bob Webber conseguiu patente para a sua criação: o Skiboard, que apresentava um
formato mais parecido com os usados atualmente. Por volta de 1977, Tom Sims e Jake Burton
Carpenter criaram suas próprias empresas e começaram a vender seus modelos. A contrinuição
de Jeff Grell também foi determinante: ele criou a primeira fixação para os pés.

Apesar de praticamente não ter neve no Brasil, milhares de brasileiros viajam todo ano ao exterior
para praticar ski e snowboard. O esporte vem crescendo rapidamente entre os jovens, atraindo
atletas do skate, wakeboard e do surf. Muitos esquiadores migraram para o snowboard, pois
encontraram um esporte com mais ação, já que oferece uma quantidade muito superior de
manobras.

Em 1995 realizou-se o 1º Campeonato Brasileiro de Snowboard em Valle Nevado, no Chile.


Desde então, o campeonato ocorre anualmente. No inverno de 2000 a neve chegou em São
Paulo, mas ela não veio do céu, e sim do equipamento que fabricava para o Big Air, uma
competição/demonstração no Pacaembu.

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ESPORTES DE AR

Acrobacia aérea

A acrobacia aérea é, sem dúvidas, um dos mais belos


esportes radicais, tanto pela sua plasticidade quanto pela
dificuldade. Até porque são poucos os que conseguem
pilotar um avião com tanta perícia e habilidade.

O esporte sempre atrai multidões para as suas


apresentações. Misturando a técnica com a audácia e a
arte com a adrenalina, a acrobacia aérea conquista
qualquer um a primeira vista.

A prática surgiu após o término da 1ª Guerra Mundial, quando os pilotos mais habilidosos
começaram a realizar manobras com as aeronaves que se encontravam sem função.

Hoje em dia os aviões são projetados especialmente para o esporte, e as competições


acontecem em todos os cantos do mundo.

Segundo o piloto e membro da Associação Brasileira de Acrobacia Aérea (ACRO), Augusto


Pagliacci, o Brasil é uma das potências do esporte. "Atualmente somos a 6ª maior potência da
Acrobacia Aérea no mundo, tanto em número de pilotos quanto de aviões", diz Pagliacci.

Historia da acrobacia aérea

O marco inicial da acrobacia aérea foi o término da Primeira Guerra Mundial. Com o final dos
combates, sobraram muitos aviões, que não tinham mais utilidade. Alguns pilotos começaram
então a realizar acrobacias com os aviões, que, como não eram construídos com essa finalidade,
sempre ofereceram grande risco aos pilotos. A técnica aprendida durante os combates, fez com
que eles adquirissem grande habilidade.

Hoje, o risco é menor, já que as aeronaves são projetadas com um maior nível de conhecimento
e seguindo uma série de normas que dão maior segurança ao piloto de acrobacia aérea.

No Brasil, as primeiras referências de acrobacia aérea são de 1922, quando os irmãos italianos
Robba, iniciaram as instruções acrobáticas na primeira escola de aviação do Campo de Marte em
São Paulo, com uma aeronave Bleriot.

Logo depois dos irmãos Robba, surgiram grandes nomes que se tornaram verdadeiros mitos,
entre eles os Comandantes Camargo e Pedroso, que, segundo os mais antigos, disputavam a
mais bela passagem por debaixo do Viaduto do Chá, no centro de São Paulo.

Um nome que também marcou a acrobacia aérea brasileira foi Alberto Berteli, que começou
formando acrobatas na década de 40 no Aeroclube de São Paulo e nunca mais parou. Berteli foi
o responsável pelo surgimento da acrobacia esportiva na década de 70, através de seus alunos e
seguidores.

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A Associação Brasileira de Acrobacia Aérea (ACRO) começou a surgir com a criação do
Departamento de Acrobacia Aérea do Aeroclube de São Paulo, que estabeleceu a idéia de se
organizar a acrobacia no país. Com a ACRO, também veio o 1º Campeonato Paulista de
Acrobacia Aérea, que foi realizado em Itu, em 1983. A ACRO só foi criada oficialmente em 1988,
na sede do Departamento de Aviação Civil (DAC), no Rio de Janeiro.

Asa delta

O vôo livre vem colorindo os céus do Brasil há quase 30 anos. Do primeiro vôo no Alto do
Corcovado, até hoje, muito se passou. O esporte cresceu, ganhou notoriedade e popularidade.

A arte de domar os ventos proporciona a quem


pratica uma sensação única de liberdade.
Quem nunca quis poder voar como os
pássaros? Pois é, quem faz asa delta sabe
muito bem como é isso.

Desde a mitologia com Édipo, a humanidade


tentou buscar essa conquista. Agora que
conseguimos, por que você vai ficar de fora?

A segurança do esporte é uma das principais características que mais chamam a atenção e é a
mola propulsora do desenvolvimento.

Equipamentos do asa delta

O equipamento básico da asa delta consiste em algumas partes fundamentais que não devem
pesar mais que 15 kg. São elas: asa delta, cinto de vôo, pára-quedas de emergência, capacete e
2 mosquetões.

O preço do equipamento é alto para os padrões brasileiros. Existem equipamentos já usados,


mas nem sempre é a melhor saída. Se você tiver condições o ideal mesmo é investir e um bom
equipamento.

Pára-quedas de emergência na asa delta

Historia da asa delta

A história da Asa Delta não é tão antiga quanto o desejo do homem de conquistar o céu. Desde a
mitologia de Édipo, esse desejo persegue o homem e foram realizadas muitas tentativas com o
objetivo de voar.

Mas foi depois da II Guerra Mundial que a asa delta, de fato, surgiu. Um pesquisador chamado
Francis Rogallo foi o primeiro a registrar a patente das asas flexíveis, em 1951. Essa descoberta

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foi fundamental para o surgimento do esporte. Na mesma época a NASA utilizou a invenção de
Rogallo para auxiliar na aterrissagem de foguetes.

O primeiro desenho de uma asa delta como conhecemos atualmente foi realizado por Al Hartig
em 1966. A história no Brasil começou quando um piloto francês fez um vôo do alto do Corcovado
no Rio de Janeiro em 1974.

O primeiro piloto brasileiro a voar foi Luiz Cláudio, que entrou por acaso na história. Algumas
pessoas buscando um morro ideal para iniciar as aulas, encontraram Luiz, que tinha um terreno
de acordo com as necessidades para o curso.

Seu primeiro vôo foi realizado no dia 7 de setembro de 1974 no topo da Pedra da Agulhinha, em
São Conrado. Em 1975, o número de pilotos já era mais de uma dezena e resolveram, então,
realizar o 1º Campeonato Brasileiro de Vôo Livre.

No final de 1975, foi fundada então a Associação Brasileira de Vôo Livre (ABVL) com o objetivo
de controlar o acesso à rampa de vôo livre em São Conrado, que acabou sendo definitivamente
cedida aos pilotos e utilizada até hoje.

Atualmente a asa delta evoluiu bastante e os equipamentos do passado, deram lugar a asas mais
modernas, projetadas por engenheiros aeronáuticos. Alguns modelos chegam à custar mais de
10.000 dólares.

Balonismo

Ficar mais próximo do céu. É essa a sensação


que o balonismo proporciona aos praticantes do
esporte. A eterna vontade do homem de conquistar o
céu ganhou força e hoje em dia é uma realidade.

Toda a evolução das técnicas de vôo fez com


que a utilização do balão ficasse segura e, quem quer
se aventurar tem toda a certeza de que vai apenas
curtir o passeio, sem nenhum risco.

O verdadeiro nascimento do balonismo aconteceu quando dois irmãos franceses, Etiene e


Joseph Montgofier, em 1783, realizaram o primeiro teste com um balão. O teste foi um sucesso e
a partir daí novos vôos foram programados.

Atualmente existem campeonatos de balonismo por todo o mundo. No Brasil, em 1987 foi
fundada a Associação Brasileira de Balonismo (ABB), entidade máxima do esporte no Brasil.

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―O campeão brasileiro de balonismo, Rubens Kalousdian, acredita que qualquer um pode
praticar. "Apesar do custo ser relativamente alto, as equipes se juntam e dividem os custos.
Dessa maneira todos conseguem participar e estamos tendo um crescimento no número de
equipes".

equipamentos do balonismo

O balão é dividido em algumas partes independentes, cada uma com uma função diferente.
Vamos a elas:

Envelope: o Envelope é com certeza a parte do balão que mais chama a atenção, pelo seu
tamanho. É também quem dá a forma ao equipamento. Geralmente feitos de nylon, são
preparados para agüentar um calor de até 400ºC e realizar vôos de até 700 horas.

Maçarico: O maçarico é como se fosse o motor do balão. É ele quem transforma o gás em chama
e faz com que o envelope mantenha-se cheio. É a partir do maçarico que o balão é controlado.

Cilindro: O cilindro guarda o gás utilizado para a combustão. Funciona como o tanque do
automóvel. A quantidade de gás varia de acordo com o tamanho do balão e com o tempo de vôo.

Cesto: Conhecido também como gôndola é utilizado para o transporte dos passageiros. É feito de
um material leve e resistente, já que muito peso pode atrapalhar.

Combustível: o combustível utilizado pelos balões é o propano, um gás derivado do petróleo


usado pela indústria.

Ventoinha: é utilizada para encher o balão com ar frio.

Historia do balonismo

O balonismo existe há cerca de 2 mil anos. A primeira demonstração foi feita pelo brasileiro Padre
Bartholomeu de Gusmão que em 1709, com 23 anos, demonstrou ao Rei João V de Portugal um
balão que subiu cerca de 4 metros, mas se incendiou.

O verdadeiro nascimento das atividades aéreas foi com o vôo do balão dos irmãos franceses,
Joseph e Etienne Montgolfier, que chegou a atingir cerca de 2.000m de altura.

Alguns brasileiros se sobressaíram no desenvolvimento do balonismo, como Júlio César Ribeiro


de Souza em 1881, com o "Victória", Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, em 1893 com o
"Bartholomeu de Gusmão" e, finalmente, Alberto Santos Dumont, com sua série de dirigíveis.

No começo, os balões prestavam bons serviços à espionagem nas guerras. Napoleão Bonaparte
usava-os para observar as movimentações na retaguarda do inimigo e estudar o terreno da
batalha. Chegou a criar o primeiro Corpo Militar de Balões. Durante a Guerra Civil Americana,
ambos os lados utilizaram balões ancorados, como postos de observação. Também, na Guerra
do Paraguai, o Brasil aproveitou os balões para observação militar.

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Os balões foram também o berço de outras atividades: o
fotógrafo Félix Nadar, em 1858, tirou a primeira fotografia
aérea da cidade de Paris, onde tudo havia começado. O
primeiro campeonato de balonismo ocorreu em 1963 e o
primeiro campeonato mundial em 1973. A partir daí, o
crescimento do balonismo foi grande.

O Brasil, que foi pioneiro com Bartholomeu de Gusmão,


teve seu renascimento com Victorio Truffi, que construiu um
balão e voou em Araraquara, São Paulo, em 1970. Este foi
o primeiro vôo da América do Sul de um balão de ar quente moderno.

O Primeiro Encontro Brasileiro de Balonismo aconteceu em 1986, em Casa Branca, São Paulo.
Com ele, iniciou a organização da atividade no país, que levou à criação da Associação Brasileira
de Balonismo, no mesmo ano.

Parapente

O parapente é um esporte que mistura toda a adrenalina com a tranqüilidade, em uma sintonia
perfeita. É uma modalidade na qual o piloto e o parapente entram em total sintonia com a
natureza.

A principal recomendação do paraglidingé respeitar todas as normas de segurança. Dessa


maneira você poderá desfilar pelos ares sem a menor preocupação.

A história do esporte está diretamente relacionada com a conquista do espaço. É que os


primeiros modelos de parapente foram confeccionados especialmente para as espaçonaves
norte-americanas.

Hoje o esporte é praticado por mais de 100 mil pessoas em todo o mundo. O Brasil ocupa
atualmente a 7ª colocação do ranking.

Equipamentos do parapentes

O equipamento de parapente apresenta algumas características diferentes dos outros


esportes, sendo basicamente composto de quatro itens: o velame, o selete, o pára-quedas de
emergência e o capacete. O velame constitui a maior parte do equipamento e, é dividido em três
partes: a vela, a linha e os tirantes.

A vela é feita de um tipo de nylon especial e funciona como uma asa. Uma de suas
características principais é a resistência e a deformação, ou seja, o tecido muda de forma,
alterando as características originais do parapente.

O Selete funciona como um casulo e é onde o atleta fica durante o vôo. É importante que
seja ajustada a cada piloto, pois seu conforto depende disso.

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Para casos de emergência utiliza-se um para-quedas. Ele está acoplado o Selete e só é
utilizado caso aconteça algo de muito grave.

História do parapente

A história do parapente começou nas pesquisas para retorno


de cápsulas espaciais à Terra. O pára-quedista norte-
americano e engenheiro em aerodinâmica, David Barish,
dedicou-se à criação de um novo pára-quedas especialmente
destinado ao projeto Apolo, da NASA.

David produzia alguns protótipos, até que, em 1965, ele construiu uma espécie de pára-quedas.
Para realizar alguns ajustes, o americano decolou do monte Hunter, nos Estados Unidos. Logo
após esse vôo, David colocou o nome de slope soaring na nova atividade. O equipamento
possuía uma forma diferente dos parapentes atuais.

O tecido inferior cobria um terço da corda e ele composto inicialmente de três e, logo em seguida,
de cinco grandes gomos. Em 1973, David escreveu o primeiro manual de paragliding, que já
mostrava o esporte como uma variante do vôo livre. O manual depois viria a ser considerado
como guia para o parapente atual.

Paraquedismo

Voar, voar e voar. Esse é o resumo do paraquedismo, um esporte que possibilita ao homem
sentir toda a liberdade de voar. Até o momento de abrir o paraquedas, é uma queda livre sem
nada para atrapalhar, literalmente como o vôo dos pássaros.

A adrenalina de ficar solto ar nasceu praticamente junta com os primeiros balões. É que o
primeiro homem a saltar de pára-quedas foi o balonista francês Andre-Jacques Garverin, em
1798.

A sensação de voar logo fez com que as técnicas e equipamentos se desenvolvessem, o


que facilitou, em muito, o seu crescimento. Hoje a grande divulgação e a segurança são as
principais características do paraquedismo.

Segundo o instrutor Osmar da Silva, quem procura o paraquedismo está decidido. "É difícil
encontrarmos pessoas que desistem na hora. Geralmente quem vem procurar uma escola
especializada já está com a idéia amadurecida, até porque não é uma decisão nada fácil".

Equipamentos de paraquedismo

O principal equipamento é mesmo o paraquedas. Parece óbvio falar, mas você depende dele. O
principal cuidado que deve ser tomado é com a dobragem. Caso você não se sinta seguro para
realizar, existem profissionais especializados. O cuidado com a manutenção e conservação do
paraquedas também deve ser grande.

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Em caso de problema com o paraquedas principal, o uso obrigatório do paraquedas de segurança
evita qualquer tipo de acidente. O capacete, os óculos e o macacão são também equipamentos
fundamentais.

Historia do paraquedismo

A história do paraquedismo está diretamente ligada a da


conquista dos céus. É que o primeiro homem a saltar de
um paraquedas foi o balonista francês Andre-Jacques
Garverin. O francês e sua esposa foram os primeiros a
saltar no ano de 1798.

Depois de muitos saltos, a maioria com condições precárias, as forças armadas passaram a
utilizar a técnica para invadir os territórios inimigos. O desenvolvimento dos paraquedas tornou
possível uma maior segurança e por volta da década de 50 o paraquedismo começou a ser visto
como uma forma de esporte.

A dirigibilidade e a praticidade do equipamento foi conseguida através da evolução dos materiais


utilizados. Hoje em dia o praticante tem todo o controle sobre a direção que quer seguir. Então
quem quer começar no esporte não tem desculpa.

ESPORTES DE ÁGUA

Bodyboard

Dropar altas ondas em uma prancha bem menor e mais flexível que a do surf, proporcionando
manobras radicais e muita adrenalina. Esse é o bodyboard, um esporte que já é reconhecido em
todo o mundo e que vem tendo um grande crescimento a cada ano.

O número de praticantes também tem crescido e a indústria do bodyboard hoje já é uma das
maiores do esporte. A organização e os grandes eventos favorecem esse crescimento.
Atualmente o bodyboard conta com mais de 1 milhão de praticantes em todo o mundo.

O Brasil é uma das maiores potências no esporte e já consagrou diversos campeões mundiais,
entre eles o hexacampeão mundial, Guilherme Tâmega. No feminino, o Brasil dominou o Circuito
Mundial de Bodyboard de 1988 a 2004.

Mariana Nogueira venceu três vezes o circuito mundial, em 1988, 1992 e em 1998. Glenda
Koslovski venceu em 1989 e em 1991. Stephanie Pettersen foi a que venceu o circuito mundial
mais vezes, em 1990, 1993, 1994 e em 2002, sendo que nessa última, a atleta já estava
naturalizada australiana.

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Claudia Ferrari ganhou em 1995. Em 1996 e 1997 foi Daniela Freitas quem conquistou o mundial.
Karla Costa venceu em 1999. Soraia Rocha ganhou em 2000 e 2001 e Neymara Carvalho
conquistou o título em 2003 e 2004.

Equipamentos do bodyboard

O principal equipamento do bodyboard é, sem dúvidas, a prancha. Ela é a ligação do atleta com o
mar e o instrumento que possibilita o contato com as ondas, a aventura e a adrenalina. Por isso
todo cuidado é pouco.

A escolha de um bom equipamento é fundamental. Uma boa prancha auxilia, e muito, o surfista.
Quando você está pegando altas ondas, ela é sua única aliada e faz muita diferença.

É preciso tomar alguns cuidados com a conservação do material. A capa para proteger a prancha
é essencial e sempre deve ser utilizada. Outro ponto importante é evitar a prancha de bodyboard
para outras atividades, como o sandboard. O atrito com a areia danifica o material.

As nadadeiras ou pé de pato completam a lista dos materiais necessários para a prática do


bodyboard. Elas auxiliam o atleta a pegar as ondas, dando uma força maior no momento de
entrar na onda.

Como não são baratas (as nacionais ficam a partir de R$ 30,00) deve-se tomar cuidado com a
conservação do material. Quando sair do mar limpe as nadadeiras com água doce, assim você
estará evitando que ela se deteriore antes do tempo.

Para o Presidente da Federação Paulista de Bodyboard, Washington Teixeira, uma maneira de


não jogar dinheiro fora é praticando o esporte. "Antes de fazer um investimento você tem que
saber se realmente curte pegar onda. Então antes de comprar uma prancha pratique o
bodyboard, mesmo que seja com uma prancha emprestada".

Historia do bodyboard

O bodyboard é um esporte bem antigo. Alguns desenhos e relatos do século XV mostram que na
Polinésia já se surfava deitado. Nessa época, apenas os reis podiam surfar em pé e o povo só
podia se divertir surfando de peito.

Em 1971, Tom Morey foi consagrado o criador do bodyboard moderno no Havaí, graças à sua
invenção: a prancha Morey Boogie. A construção dessa prancha foi de extrema importância para
o desenvolvimento do bobydoard e até hoje é comum o esporte ser conhecido como morey
boogie.

Durante muito tempo, Tom Morey tentou imaginar uma prancha que pudesse ser surfada de uma
maneira diferente da habitual. Depois de ter introduzido várias inovações em pranchas de surf,
tentou inovar com um bloco de polietileno e desenhou algo totalmente diferente: a primeira
prancha de bodyboard.

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Os modelos começaram a ser vendidos e, em pouco tempo, o bodyboard conquistou os surfistas
e foi ganhando novos adeptos. Com a expansão do bodyboard e a criação de entidades
reguladoras, o esporte alcançou um alto reconhecimento, fazendo com que a indústria de
bodyboard seja uma das maiores do esporte.

O Brasil é uma das maiores potências do bodyboard e já consagrou diversos campeões mundiais,
entre eles o hexacampeão mundial, Gulherme Tâmega. Entre as mulheres a situação é ainda
melhor: o Brasil praticamente domina o Mundial desde 1988, com as conquistas de Mariana
Nogueira, Glenda Koslovski, Stephanie Pettersen, Claudia Ferrari, Daniela Freitas, Karla Costa,
Soraia Rocha e Neymara Carvalho.

Canoagem

A partir da necessidade do homem nasce um esporte. Essa é a história da canoagem, um esporte


olímpico que por toda sua tradição e organização é tido como um dos principais no mundo dos
esportes.

A habilidade com as canoas é uma técnica que vem sendo aperfeiçoada por muitos povos, mas o
esporte canoagem é recente e tem sua origem na América.

A canoagem participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos na Alemanha, em 1936, se
mantendo até hoje.

No Brasil quem regulamenta o esporte é a CBC (Confederação Brasileira de Canoagem). Ela é a


responsável por organizar as competições e determinar os campeões de cada modalidade.

Para o presidente da Federação Paulista de Canoagem, Oswaldo Roman Espósito, o esporte tem
tido um grande crescimento nos últimos anos apesar do pouco investimento. "Temos grandes
atletas, mas ainda falta um apoio maior dos patrocinadores. Competimos com potências que
estão no topo há 50 anos, como Hungria, Itália e Alemanha. Mesmo assim estamos fazendo um
bom papel".

Remo

―Remo é o ato de deslocar um barco com ou sem timoneiro pela força muscular de um ou mais
remadores, usando remos como alavancas e sentados de costas para a direção do movimento do
barco‖. Essa definição é dada pela Associação Brasileira de Remo, órgão máximo do esporte no
País.

Toda a tradição do remo não é por acaso. O esporte


foi utilizado como arma de guerra e grande aliado do
comércio durante muitos séculos, além de ser um
dos esportes prediletos entre a nobreza.

Equipamentos da canoagem e remo

Existem diferentes tipos de material para a

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canoagem e o remo, variando de acordo com cada categoria. Na Slalom, por exemplo, o caiaque
tem que ter uma grande resistência além de uma boa hidrodinâmica para enfrentar as descidas.
Nessa categoria são utilizados canoas e caiaques.

Já na categoria velocidade, a embarcação é feita para conseguir chegar à linha de chegada o


mais rápido possível. Os materiais são mais leves e toda a hidrodinâmica é feita pensando na
velocidade. Também competem canoas e caiaques.

Historia da canoagem

A canoagem nasceu na Groelândia, onde canoas serviam de veículo de pesca e trabalho aos
esquimós. Existem registros também de que no século XVI índios americanos utilizavam canoas
feitas de madeira e peles para retirar seu alimento dos rios e lagos.

Caiaque, na língua local da Groelândia, significa "barco de caçador", e seu uso era permitido
somente aos homens, que empregavam ossos de baleia, peles e tripas de focas para a
construção da embarcação.

Posteriormente, na América do Norte, surgiram as versões conhecidas como "canoas


canadenses", embarcações feitas com troncos vazados. A canoagem como é conhecida hoje tem
influência de 1864, quando o escocês MacGregor percorreu os rios da Inglaterra com seu caiaque
Rob Roy.

No Brasil, a canoagem surgiu como esporte informal no ano de 1943, através de um imigrante
alemão, José Wingen, que construiu uma embarcação de madeira parecida com as que ele
utilizava durante sua infância quando competia num clube da Alemanha. Mas foi nas décadas de
70 e 80 que a canoagem teve um avanço com a chegada dos primeiros caiaques em fibra de
vidro trazidos da Europa e da Argentina.

A Confederação Brasileira de Canoagem foi fundada em 1988 e apesar de ser uma confederação
relativamente nova já está conseguindo resultados expressivos na esfera internacional.

Historia do remo

Apesar de toda a história, desde os egípcios, o remo só passou a ser considerado um esporte a
partir da metade do século XIX.

Algumas regatas aconteceram antes dessa data, mas foi mesmo nessa época que o esporte
tomou forma. As universidades inglesas de Cambrigde e Oxford adotaram o remo e, em 1829,
realizaram a tradicional regata que anualmente revive, no Rio Tâmisa, os primórdios do remo.

A partir daí o desenvolvimento foi rápido e as novas tecnologias aperfeiçoaram a maneira de


como o esporte é praticado. Novas categorias foram surgindo, de acordo com o número de
competidores.

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O remo se tornou um esporte olímpico em 1900. Na América do Sul, o Brasil e a Argentina
disputam a hegemonia do esporte. Nos campeonatos olímpicos os argentinos têm melhores
resultados e levam ligeira vantagem.

O que é Iatismo e Vela

A vela tem sua história diretamente ligada as grandes


navegações e a necessidade do homem de comércio, expansão
de território e guerra. Foi com elas que as técnicas se
desenvolveram e os adeptos foram surgindo.

Mas a transformação da técnica em esporte só foi acontecer no século XVIII, na Holanda.

As provas eram tidas como uma recreação aos comandantes e capitães de barcos. Hoje em dia o
esporte olímpico Vela é conhecido como um dos mais tradicionais de todos os esportes. O Brasil
é uma das potências do esporte no mundo e ganha muitas medalhas nos principais
campeonatos.

Historia do Iatismo e Vela

A vela tem sua história diretamente ligada as grandes navegações e a necessidade do homem de
comércio, expansão de território e guerra. Foi com elas que as técnicas se desenvolveram e os
adeptos foram surgindo.

Mas a transformação da técnica em esporte só foi


acontecer no século XVIII, na Holanda.

As provas eram tidas como uma recreação aos


comandantes e capitães de barcos. Hoje em dia o esporte
olímpico Vela é conhecido como um dos mais tradicionais
de todos os esportes. O Brasil é uma das potências do
esporte no mundo e ganha muitas medalhas nos principais campeonatos.

Jet ski

O esporte é praticado com motos aquáticas, popularmente conhecidas como Jet Skis. Elas foram
criadas pela marca japonesa Kawasaki com o objetivo de presentear os principais investidores da
empresa. A idéia deu tão certo que a fabricação passou a ser industrial e o Jet Ski virou um
esporte.

Desde 1992 existe a BJSA (Associação Brasileira de Jet Ski), que organiza as competições do
esporte no Brasil, e tem como principal função normalizar, regulamentar e defender a imagem do
esporte.

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A principal dificuldade para quem quer iniciar é o fato do Jet Ski ter um valor muito alto. Não é
qualquer um que tem dinheiro para comprar uma embarcação de aproximadamente R$ 20 mil.
Mas mesmo assim nota-se um crescimento no número de praticantes.

Segundo o presidente da BJSA, David Haddad Jr., o Brasil é a segunda maior potência do
esporte no mundo. "Só ficamos atrás dos americanos. Em todos os anos que levamos todos os
competidores ficamos na segunda colocação. O que falta é mais apoio aos nossos atletas".

Equipamentos do Jet ski

Como o próprio nome já diz, o Jet Ski é fundamental. Um bom equipamento é essencial para
quem deseja competir. Mas para aqueles que querem iniciar no esporte, qualquer Jet Ski serve
para se aperfeiçoar.

Os equipamentos de segurança também são muito importantes. O colete salva-vidas e o


capacete são peças fundamentais para todos que querem se aventurar de Jet.

E para completar tem os auxiliares, que também fazem a diferença e dão o maior conforto. São
eles: roupa de neoprene, botas pra jet ski, luvas, óculos e perneiras.

Historia do Jet ski

O jet ski é um produto com marca registrada da Kawasaki, uma das fábricas que produzem
embarcações do tipo moto-aquática. O primeiro jet ski foi concebido pela Kawasaki Motors do
Japão, quando um dos diretores solicitou ao departamento de desenvolvimento de produtos que
criasse um "brinquedo" a motor para ser oferecido de presente aos melhores clientes.

Durante vários anos a Kawasaki foi a única a fabricar motos-aquáticas e só depois de pelo menos
dez anos é que surgiram outros modelos produzidos por outras fábricas, como a Bombardier,
Yamaha e Polaris.

Há pelo menos duas décadas as pessoas que estavam envolvidas com o jet ski decidiram
promover pequenas corrias e gincanas, que foram apoiadas pela própria Kawasaki, já que
naquela época ela era a única fabricante de jet skis.

Criou-se também a Associação Internacional de Jet Ski (IJSBA), que passou a cuidar dos
interesses das pessoas que possuíam jet skis e a promover as competições. Com a entrada de
novos fabricantes no mercado, a Associação passou a se chamar Internacional Jet Sports
Boating Association.

A sigla continuou a mesma, mas a Associação passava a cuidar dos interesses dos competidores
e adeptos de moto-aquáticas de qualquer marca e modelo. Atualmente, a IJSBA conta com mais
de 30 países filiados que divulgam e promovem o esporte dentro das normas e regras
internacionais e uniformes.

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No Brasil, o jet ski é representado pela Associação Brasileira de Jet Ski (BJSA), que foi fundada
em 1992 e tem como principal objetivo normalizar, regulamentar e defender a imagem do esporte,
dentro das regras internacionais ditadas pela IJSBA.

Kitesurf

Voar sobre a água puxado por uma pipa. Esse é o princípio do kitesurf, um esporte relativamente
novo, mas que vem ganhando novos adeptos ao redor do mundo. O equipamento do kite é
basicamente a pipa e a prancha.

O esporte é uma mistura de surfe, windsurf e wakeboard, e surge como uma opção aos
praticantes desses esportes em dias onde as condições do tempo não são favoráveis.

A pipa é feita do mesmo material utilizado na fabricação de uma asa-delta. Já a prancha pode ser
tanto uma especial para o kite, como também uma prancha de surf. A segurança é um fator
primordial no esporte, já que qualquer vacilo pode trazer sérios prejuízos ao praticante.

Equipamentos do kitesurf

Kite - O Kite (pipa) é feito com o mesmo tecido de um pára-


quedas, projetado de uma maneira que seja simples de
usar por todas as pessoas. Sem a pipa, não existe o
kitesurf, portanto é o principal equipamento do esporte. O
formato de asa em arco facilita o vôo.

Linhas - As linhas são o elo de ligação do kite com o


surfista. Existem três tipos de linhas que exercem diferentes
funções. A linha de vôo, que mede aproximadamente 30
metros, liga o kite a barra de controle. A linha de freio serve
para frear e as linhas principais, conhecidas por Kevlar, apresentam alta resistência e elasticidade
mínima para o controle do kite.

Barra controle - A barra é utilizada para controlar o kite. O atleta tem nela a possibilidade de
comandar a direção e a velocidade. Com aproximadamente 90 cm de comprimento vem
acompanhada de um sistema para frear a pipa em caso de emergência.

Prancha - O estilo da prancha vai depender do estilo do atleta. Existem pranchas parecidas com
as de surf e também com as de wakeboard. O diferencial é o tipo de material do qual ela é feita.
Como os saltos são freqüentes, as pranchas têm que ser mais resistentes.

Cinto - O cinto tem a função de conectar o atleta ao kite. Existem modelos que além das funções
básicas propiciam maior conforto durante a velejada.

Historia do kitesurf

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O kitesurf moderno, como é praticado hoje, foi inventado por dois irmãos franceses: Bruno e
Dominique Legaignoix. Os irmãos, que eram navegadores, surfistas e windsurfistas,
desenvolveram uma pipa com câmaras de ar em 1984. Uma vez infladas, o ar não escaparia
delas, o que permitia que fossem erguidas novamente da água toda vez que caíssem, sem
precisar de ajuda de terceiros.

A invenção dos irmãos Legaignoix foi patenteada e eles participaram de uma série de regatas
internacionais de velocidade com esquis aquáticos para desenvolver o invento nos anos de 1985
e 1986. Em 1993, as pipas, já então desenvolvidas, começam a ser vendidas.

Antes da invenção dos irmãos Legaignoix o kitesurf já existia. A maioria das versões sobre o
surgimento das pipas (em inglês, kites) aponta a China como seu lugar de origem, há mais de 2
mil anos. As pipas ajudavam a navegação de barcos e o transporte de materiais pesados de
construção.

Em 1964, Domina Jalbert, dos Estados Unidos, criou a primeira pipa que era inflada de ar. Na
década de 70, alguns americanos começaram a usar pára-quedas para puxá-los sobre esquis
aquáticos. O holandês Gijsbertus Panhuise, em 1977, conseguiu patentear um equipamento em
que uma pessoa é puxada por um pára-quedas em uma prancha e, em 1978, um barco movido à
pipa, desenvolvido pelo americano Ian Day, ultrapassa a velocidade de 40 km/h.

Na década de 80, algumas tentativas de combinar pipas com canoas, patins, patins de gelo,
esquis, esquis aquáticos, entre outros, foram feitas. Uma delas foi a do suíço Andréas Kuhn, que
levantava da água sobre uma prancha similar à de wakeboard e impulsionado por um
equipamento de parapente de aproximadamente 25 m². Ele foi o primeiro a saltar a grandes
alturas com ventos fracos e foi mostrado pela TV européia.

Em 1998, em Maui no Havaí, foi disputado o que foi chamado de 1º Campeonato Mundial, nas
modalidades de longa distância, wave e slalom. Dos 24 competidores, apenas dois optaram pelo
kiteski e o resto usou as pipas infláveis. O americano Marcus Flahs Austin foi o campeão na
classificação geral, com a pipa inflável. Cory Roeseler, com seu kiteski, ficou em segundo.

No ano de 2000, foi criado o Kiteboard Pro World Tour, o primeiro Circuito Mundial de Kitesurf. O
campeonato passou por países como Cabo Verde, República Dominicana, França e Rio de
Janeiro. Na praia da Barra da Tijuca, no Rio, o francês Christopher Tasti e a neo-zelandesa
Stephanie Gamble se tornaram os primeiros campeões mundiais. Os franceses Franz Olry e
Anne Laure Pegon venceram a etapa do Rio.

Em 2001, no segundo ano do Kiteboard Pro World Tour, o Rio encerrou mais uma vez o circuito e
ganhou o status de Campeonato Mundial feminino. Os atletas fundaram a Kiteboard World
Association (KWA) e nesse ano também foi criada a Associação Brasileira de Kitesurf (ABK), que
promoveu o 1º Desafio Brasileiro de Kitesurf, na cidade de Araruama, vendido por Marcelo Cunha
e Daniela Monteiro.

Mergulho

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O mergulho nasceu da vontade do homem de explorar o mundo submarino. Apesar de estar tão
presente em nossa vida, o mar ainda é o maior, mais intrigante e desconhecido habitat terrestre.

Milhares de descobertas realizadas através dos séculos por mergulhadores, além de ajudarem a
contar a história do homem, criaram um esporte que hoje em dia é muito praticado no mundo
todo.

Das técnicas milenares, utilizadas para a busca de alimentos e armamentos, até as modernas
tecnologias empregadas em mergulhos cada vez mais profundos, muitas vidas ficaram pelo
caminho. Mas, com certeza, o sonho desses mergulhadores não foi em vão.

Hoje em dia quem quiser se arriscar no mergulho tem todas as condições de explorar a vida
marinha com toda a segurança. Para a atleta de mergulho livre detentora de 4 recordes mundiais
e 8 sul americanos, Karol Meyer, o mergulho é um esporte como qualquer outro. "Para mergulhar
não precisamos ser um Pelizari, uma Tanya Streeter, basta termos vontade de estarmos na água,
alguns minutos a mais sem respirar para podermos descer nas profundezas, ficar mais tempo na
piscina, ou então, percorrer uma grande distância submersa".

Equipamentos do mergulho

O Snorkel é o que permite a respiração quando o mergulhador se encontra na superfície da água.


As nadadeiras auxiliam e dão mais força aos movimentos.
O colete é que controla a flutuação do mergulhador.
Os reguladores, como o próprio nome já diz, são feitos para regular a pressão do cilindro.
O cilindro armazena o ar respirável.
A máscara protege os olhos e permite a visibilidade.
O cinto de lastro é muito importante pois é utilizado para compensar a flutuação.
A roupa isotérmica mantém o calor natural do corpo dentro da água.
O profundímetro indica a profundidade.
Outros acessórios são: lanternas, bússola, facas, capuz, meias, botas, luvas, etc...

Segundo a atleta de mergulho livre detentora de 4 recordes mundiais e 8 sul americanos, Karol
Meyer, os gastos com os equipamentos podem variar. "Se o atleta morar em um local de clima
quente durante todo o ano, não precisará de roupa de neoprene. Caso necessite o custo total
deve ficar entre R$ 300,00 e 600,00".

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Rafting

Desbravar belas corredeiras descendo a bordo de um bote.


Esse é o rafting, um esporte que mistura adrenalina com
segurança, e que pode ser praticado por qualquer pessoa.

Por ser praticado em equipe, proporciona a toda a família ou a


um grupo de amigos o prazer de desenvolverem uma atividade
juntos. A amizade e o companheirismo são as grandes armas
do rafting.

Existem vários graus de dificuldade, para todos os gostos, por


isso qualquer um pode se arriscar de acordo com sua vontade.

O grande aumento no número de praticantes de rafting é resultado do crescimento de empresas


especializadas e da grande veiculação do esporte na mídia.

Além de tudo, o Brasil ainda garantiu um excelente resultado com a Equipe Bozo D'água, no
campeonato mundial de 2003. Os jovens de Brotas ficaram na terceira colocação, na
classificação geral.

Equipamentos do rafting

O bote tem de estar de acordo com os objetivos do grupo. Com características diferentes, os
vários tipos de bote possibilitam ao grupo escolher qual o modelo mais indicado para cada tipo de
corredeira.

Ele é feito de um material resistente, o hypalon. Esse tecido é uma mistura de fibra de poliéster e
neoprene. O tamanho varia entre 3,65m até 5,50m. Quanto maior o tamanho do bote melhor a
estabilidade.

Os itens de segurança são fundamentais no rafting. Os capacetes devem apresentar regulagem


interna, para acomodar os diversos tamanhos de cabeça.

O modelo ideal de colete salva-vidas para o rafting deve ter uma alta flutuação, sistema de
fechamento com presilhas reguláveis, um flutuador para cabeça.

Os remos utilizados devem ser o mais leve e resistente possível.

O comprimento dos remos é de 60 polegadas. Outro item fundamental é o cabo de resgate, que é
uma corda elástica com aproximadamente 20 metros.

Historia do rafting

A primeira viagem de barco em corredeiras foi registrada em 1869, quando John Wesley Powel
organizou a primeira expedição no Rio Colorado, nos Estados Unidos. Os aventureiros não
tinham técnica para manobrar os barcos nas corredeiras e tiveram problemas de capotamentos e
choques em pedras.
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A história moderna do rafting teve início em 1842, quando Lieutenant John Fremont, do exército,
fez suas primeiras expedições utilizando um barco desenhado por Horace H. Day. O barco
possuía quatro compartimentos separados. O nome desse bote era Air Army Boats.

Em 1986, Nataniel Galloway revolucionou as técnicas de rafting mudando a direção do assento


do bote, que passou a ficar virado para frente possibilitando encarar de frente as corredeiras e
facilitando as manobras.

Durantes as duas grandes guerras mundiais, o exército americano passou a reutilizar os botes de
borracha, mas dessa vez como botes salva-vidas. Mas foi depois da II Guerra que o rafting teve
um grande impulso. Aventureiros na América do Norte passaram a usar os botes excedentes no
exército, muito similares aos botes de hoje.

No Brasil, a história do rafting é mais recente. Os primeiros botes para corredeiras chegaram em
1982, quando foi montada a primeira empresa brasileira de rafting: a TY-Y expedições, que no
início operava no Rio Paraibuna do Sul e Rio Paraibuna, ambos em Três Rios, Rio de Janeiro.

Surf

O surf é o mais praticado de todos os esportes radicais. A total interação com o mar, o contato
com as ondas, a arte de domar a natureza fascinam os surfistas e simpatizantes. Esse é o surf,
um esporte praticado pelos Deuses e Reis, que conquistou milhares de adeptos por todo o
mundo, criando uma legião de fiéis e apaixonados
seguidores.

Para iniciar no surf é necessário apenas uma prancha e


muita coragem, para desafiar as ondas. O surf, hoje,
deixou de ser apenas um esporte, e é uma filosofia de
vida, exercendo grande influência na moda, na música,
no cinema. O praticante do esporte possui um estilo
próprio e pode facilmente ser identificado em qualquer
lugar.

Os negócios do esporte atingem uma grande fatia do mercado e por todo o país já existem lojas
especializadas que oferecem uma grande variedade de produtos, com todas as novidades do
mundo do surf. Se você curte adrenalina, está no caminho certo. O surf chegou para mudar a sua
vida.

Equipamentos de surf

A prancha é o elo entre o surfista e o mar. Uma boa prancha é essencial para quem quer ter um
bom desempenho. Ela tem que estar adaptada ao tamanho e as características físicas do atleta.

O desenvolvimento do material utilizado nas pranchas foi tão grande, que as velhas (de madeira),
foram substituídas por modernas placas de poliuretano.
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Além das conhecidas pranchinhas, mais velozes e utilizada pelos principais surfistas, existem as
Fun e Long Boards.

A Fun Board é uma intermediária entre a pranchinha e o Long. Já as Long Boards são as mais
clássicas e trazem consigo o peso e a responsabilidade de toda a história do surf.

Para completar a lista de materiais necessários para a prática do surf, tem o leash, a parafina e o
neoprene.

O leash é a famosa cordinha. Ela é geralmente amarrada junto ao calcanhar e prende o atleta a
prancha. Verifique sempre se o lash está bem preso, pois caso se solte você terá muito trabalho
para pegar a prancha novamente.

A parafina que é feita do mesmo material da vela é passada na prancha e tem como objetivo
segurar os pés do surfista durante a onda. Não exagere na hora da parafina e sempre lembre de
utilizar o raspador.

O neoprene é a roupa de borracha utilizada principalmente no inverno ou em mares frios. Se você


quer surfar por mais tempo então não esqueça do neoprene. Apesar de prender um pouco o
movimento do atleta ele é essencial nas épocas mais frias do ano.

Historia do surf

Os primeiros relatos do surf dizem que o esporte foi introduzido no Havaí pelo rei polinésio Tahito.
Mas em 1778, quando o navegador James Cook descobriu o arquipélago, ele afirmou que já
existiam surfistas na ilha. Até o início do século 20 o surf permaneceu em baixa até conhecer seu
pai, Duke Paoa Kahanamoku, que manteve o esporte vivo graças a sua persistência.

A primeira vez que o mundo ouviu falar do Havaí e do surf foi depois das Olimpíadas de 1912, em
Estocolmo, onde Duke ganhou uma medalha de ouro na natação. Duke fez o mundo saber que
ele era um usrfista e que o surf era o ato de cavalgas as ondas do mar. Após sua vitória, Duke
introduziu o surf na América em 1913 e na Austrália em 1915.

No Brasil, as primeiras pranchas foram trazidas por turistas. A primeira prancha brasileira foi feita
em 1938 pelos paulistas Osmar Gonçalves, João Roberto e Júlio Putz, a partir da matéria de uma
revista americana, que dava medidas e o tipo de madeira a ser usada.

Em 1950, os cariocas Jorge Grande, Bizão e Paulo Preguiça construíram uma prancha que não
tinha flutuação nem envergadura. Em 1962, no Rio de Janeiro o Sr. Moacir criou uma técnica
para dar envergadura aos pranchões, em São Paulo, Homero Naldinho, com 14 anos, fazia suas
madeirites.

Atualmente a Associação dos Surfistas Profissionais (ASP) é quem regulamenta e traça as


diretrizes do esporte. Os maiores surfistas do mundo disputam anualmente o WCT (World
Championship Tour) que consagra o campeão mundial.

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Windsurf

Um pouco de surf , um pouco de vela. Esse é o windsurf, um esporte olímpico que pode ser
praticado em qualquer lugar e que por essa facilidade vem atraindo um grande número de novos
praticantes.

Apesar do pouco tempo desde sua criação,


aproximadamente 25 anos, o esporte tem grande aceitação
por ser uma alternativa tanto para surfistas, que em dias de
ondas fracas podem surfar, tanto para os velejadores, que
em dias de ventos fracos podem praticar um esporte mais
radical.

Hoje em dia o esporte tem grande espaço na mídia, devido a sua beleza e plasticidade. Toda
essa divulgação só facilita o crescimento da modalidade.
As competições possuem várias modalidades de windsurf, desde as mais radicais, como o
Freestyle e Wave, até as mais tradicionais como a Classe olímpica e Slalom.

Equipamentos de windsurf

O conjunto dos materiais para a prática do windsurf é chamado de rig. A evolução do esporte nas
últimas décadas proporcionou grandes mudanças nos tipos de materiais utilizados e o rendimento
do equipamento cada vez é maior.

A qualidade dos equipamentos é fundamental. "Um bom equipamento além de propiciar ao atleta
uma melhor eficiência no esporte, ainda evita lesões e outros problemas como a deterioração
rápida do equipamento", disse o instrutor e competidor, Leonardo Mulin Rebello.

A vela funciona como um motor. É ela que tem a função de captar o vento e mover a prancha.
Para a proteção da vela o rig conta com uma retranca. É ela quem mantém o formato da vela e
dá a direção para a prancha. O mastro também tem a função de manter o formato da vela. E a
extensão que é utilizada para estender o mastro para a medida certa.

Historia do windsurf

A origem do windsurf está diretamente ligada ao casal Newman e Naomy Darby. A idéia de criar o
primeiro modelo do que depois viria a ser chamado de windsurf foi desenvolvida por eles. A
remadora Naomy foi a primeira pessoa a ser fotografada com uma prancha de windsurf.
Porém não foi nessa época que o esporte se tornou popular. Devido aos altos custos para a
fabricação das pranchas, foram suficientes para que o casal abandonasse a idéia.
Os amigos Hoyle Schweitzer e Jim Drake, quatro anos mais tarde resolveram unir as
características do surf com o velejo e possibilitar o surf em lagos ou em praias sem ondas. Os
dois desenvolveram conceitos que são aplicados até hoje. Em 1968 eles patentearam este
equipamento chamado de windsurf. A partir daí o esporte começou o seu desenvolvimento.
Em 1973 foi produzida a primeira prancha em série. Depois disso, o sucesso foi tão grande que
em 1984 o esporte já estava participando dos Jogos Olímpicos.

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Hoje em dia as competições são organizadas pela PWA Professional Windsurf Association, que
determina todas as regulamentações do esporte.

REFERÊNCIAS

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Acesso 11 de fevereiro 2019.
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Acesso 11 de fevereiro 2019.
https://www.grandesloterias.com/pt/lottery-news/article/3540/a-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-
padr%C3%B5es-de-beleza-feminina-ao-longo-da-hist%C3%B3ria.html Acesso 11 de fevereiro
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Pesquisa:
Priscila Mayara Teixeira Sousa
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Profissional de Educação Física Priscila Mayara Teixeira Sousa - Cref: 008109-G/CE
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