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Roteiros

Cinesioterapia
Manual de Estágio

Disciplina: Cinesioterapia
AULA 1
Título da Aula: Mobilizações articulares
ROTEIRO 1
Instituto de Ciências da Saúde dos membros superiores e inferiores

As técnicas descritas neste roteiro visam diferentes objetivos terapêuticos, como


manutenção da mobilidade ou ganho de amplitude, alívio da dor, aquecimento corporal ou
estimular o retorno venoso.
A amplitude de movimento fisiológico a ser trabalhada em cada técnica será
determinada pelas características anatômicas articulares, as quais estabelecem os
movimentos osteocinemáticos e artrocinemáticos possíveis em cada articulação. É essencial
o conhecimento prévio da anatomia e da cinesiologia articular para o entendimento das
técnicas descritas neste roteiro.
As mobilizações articulares podem ser realizadas de forma passiva, ativo assistida, ativa
ou como automobilização. A mobilização passiva é uma forma de mobilização articular na
qual o movimento é executado sem a contração voluntária do paciente. Na mobilização
ativo-assistida o movimento é realizado pelo paciente e é auxiliado por uma força externa
(manual ou mecânica) para completar o movimento, devido à fraqueza muscular. A
mobilização ativa é realizada através do movimento produzido pela contração voluntária
do paciente sem auxílio externo. Na automobilização o paciente se automobiliza utilizando
o membro normal para mobilizar o membro lesado.
As mobilizações incluem técnicas artrocinemáticas e osteocinemáticas, as quais podem
ser trabalhadas de forma complementar para recuperar um determinado movimento, por
exemplo, para aumentar a amplitude de extensão do joelho podem ser aplicadas técnicas
de deslizamento anterior da tíbia.
Serviço Social

Para a mobilização articular é usado um sistema de graduação baseado em graus por


meio de técnicas de oscilação graduada. As oscilações podem ser realizadas associadas aos
movimentos fisiológicos osteocinemáticos ou artrocinemáticos. As dosagens de movimento
são divididas em cinco graus, conforme demonstrado no gráfico:
Grau I: oscilações rítmicas de pequena amplitude são feitas no início da amplitude.
Grau II: oscilações rítmicas de larga amplitude são feitas dentro da amplitude, sem
atingir o limite do movimento.
Grau III: oscilações rítmicas de larga amplitude até o limite do movimento disponível e
forçadas dentro resistência do tecido.
Grau IV: oscilações rítmicas de pequena amplitude são feitas no limite da mobilidade
disponível e forçadas além da resistência do tecido.
Grau V: técnica de manipulação brusca de pequena amplitude e alta velocidade para
romper com as aderências no limite da amplitude disponível.

As mobilizações no início da amplitude visam a analgesia. A mobilização realizada até


o ponto de resistência do tecido mantém a amplitude e, se realizada além da resistência
do tecido, gera alongamento para ganhar amplitude. Nesta disciplina serão executados do
Grau I ao IV.
Manual de Estágio

Diagrama que representa as técnicas de oscilação graduada (Adaptado de Maitland, 1991).


Fonte: KISNER C; COLBY LA. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6. ed. São
Paulo: Manole, 2016, p.127.

As mobilizações articulares podem ser realizadas com 5 a 10 repetições por movimento,


enquanto as oscilações graduadas podem ser mantidas por 30 a 60 segundos (ou dependendo
dos objetivos do programa de reabilitação e das respostas ao tratamento).

Vamos praticar:

1. Técnicas de mobilização articular passivas, baseadas na osteocinemática dos


membros superiores
Formar duplas e iniciar com as mobilizações articulares com o paciente deitado na maca.
Simular uma situação clínica, na qual o paciente necessite receber amplitudes passivas para
manter as amplitudes fisiológicas de movimento (exemplos: paciente acamado no leito,
pós-operado, paciente em coma ou com histórico de lesões neurológicas que impossibilitem
movimentos ativos ou ativo-assistidos).
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Um dos alunos representará o papel de paciente enquanto o outro, o de terapeuta.


Realizar toda a sequência de movimentos a seguir e, em seguida, trocar de paciente para
sentir diferentes biótipos corporais. Em um segundo momento, o aluno que inicialmente
foi terapeuta trocará com o aluno que representou o paciente e o ciclo será repetido.

Mobilizações para treinar:


ƒƒ Flexão da articulação glenoumeral.
ƒƒ Extensão da articulação glenoumeral.
ƒƒ Abdução da articulação glenoumeral.
ƒƒ Adução horizontal da articulação glenoumeral.
ƒƒ Rotação interna da articulação glenoumeral.
ƒƒ Rotação externa da articulação glenoumeral.
ƒƒ Mobilizações da cintura escapular: elevação, depressão, protração, retração e rota-
ções escapulares.
ƒƒ Flexão e extensão do cotovelo.
ƒƒ Pronação e supinação do antebraço.
ƒƒ Flexão e extensão do punho.
ƒƒ Abdução e adução do punho.
ƒƒ Mobilização intrínseca da mão.
ƒƒ Flexão e extensão das articulações interfalangeanas e metacarpofalangeanas.
ƒƒ Abdução e adução das articulações metacarpofalangeanas.
Manual de Estágio

2. Técnicas de mobilização articular passiva, baseadas na osteocinemática dos


membros inferiores
Iniciar com as mobilizações articulares com o paciente deitado na maca. Simular uma
situação clínica na qual o paciente necessite receber amplitudes passivas para manter as
amplitudes fisiológicas de movimento (exemplos: paciente acamado no leito, pós-operado,
paciente em coma ou com histórico de lesões neurológicas que impossibilitem movimentos
ativos ou ativo-assistidos).
Um dos alunos representará o papel de paciente enquanto o outro, o de terapeuta.
Realizar toda a sequência de movimentos a seguir e, em seguida, trocar de paciente para
sentir diferentes biótipos corporais. Em um segundo momento o aluno que inicialmente foi
terapeuta trocará com o aluno que representou o paciente e o ciclo será repetido.

Mobilizações para treinar:


ƒƒ Flexão da articulação do quadril.
ƒƒ Extensão da articulação do quadril.
ƒƒ Abdução da articulação do quadril.
ƒƒ Adução da articulação do quadril.
ƒƒ Rotação interna da articulação do quadril.
ƒƒ Rotação externa da articulação do quadril.
ƒƒ Flexão do joelho.
ƒƒ Extensão do joelho.
ƒƒ Dorsiflexão da articulação do tornozelo.
ƒƒ Flexão plantar da articulação do tornozelo.
ƒƒ Inversão da articulação subtalar.
ƒƒ Eversão da articulação subtalar.
ƒƒ Mobilização intrínseca do pé.
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ƒƒ Flexão e extensão das articulações interfalangeanas e metatarsofalangeanas.


ƒƒ Abdução e adução das articulações metatarsofalangeanas.

3. Técnicas de mobilização articular ativoassistidas baseadas na osteocinemática


dos membros superiores:
Manter o aluno que representa o paciente deitado na maca e solicitar que os alunos
realizem alguns movimentos listados no item 1 para membros superiores de forma
ativoassistida. O aluno que representa o terapeuta deverá auxiliar a realização do movimento
realizado pelo aluno no papel de paciente.

4. Técnicas de mobilização articular ativoassistidas baseadas na osteocinemática


dos membros inferiores:
Manter o aluno que representa o paciente deitado na maca e solicitar que os alunos
realizem alguns movimentos listados no item 2 para membros inferiores de forma
ativoassistida. O aluno que representa o terapeuta deverá auxiliar a realização do movimento
feito pelo aluno no papel de paciente.

5. Técnicas de mobilização articular ativas para membros superiores:


Reproduzir alguns movimentos fisiológicos para membros superiores listados no item 1
de forma ativa, sem auxílio do terapeuta. Pode-se estimular a realização dos movimentos
em posições variadas: decúbito, sedestação ou em pé e associar com recursos disponíveis
no laboratório, como bolas e bastões.
Manual de Estágio

6. Técnicas de mobilização articular ativas para membros inferiores:


Reproduzir os movimentos fisiológicos para membros inferiores listados no item 2 de
forma ativa, sem auxílio do terapeuta. Pode-se estimular a realização dos movimentos em
posições variadas: decúbito, sedestação ou em pé e associar com recursos disponíveis no
laboratório.

7. Técnicas de mobilização para estimular o retorno venoso:


Os alunos posicionam o colega que representa o paciente em decúbito dorsal, com os
membros inferiores apoiados sobre uma cunha ou travesseiros, de forma que os membros
inferiores permaneçam elevados acima do nível do coração. Solicitar movimentos ativos
livres de dorsiflexão alternada com flexão plantar e circundução do tornozelo.

8. Movimentos ativos para aquecimento:


Convidar os alunos para participar de uma vivência de aquecimento corporal comandada
pelo professor, de forma a estimular os movimentos fisiológicos de todas as articulações
do corpo em múltiplas repetições. Esta prática pode ser realizada com o acompanhamento
de músicas em diferentes ritmos, de acordo com a preferência do professor ou em comum
acordo com a turma.

9. Técnicas de automobilização articular:


Orientar para que os alunos, em diferentes posicionamentos (decúbito, sentado, em pé),
realizem automobilizações com o auxílio do membro contralateral. A automobilização pode
ser realizada com recursos externos como bastões, cordas, bolas, aparelhos recíprocos ou
outros recursos disponíveis nos laboratórios.
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10. Técnicas de mobilização intra-articular baseadas na artrocinemática para os


membros superiores:
Formar duplas, de forma que o aluno que receberá as mobilizações permanecerá deitado
na maca para o treinamento das mobilizações de ombro e cotovelo, e sentado para punho
e mão. As técnicas que trabalham a artrocinemática deverão ser treinadas de forma que o
aluno entenda qual a indicação de cada procedimento e executadas dentro dos diferentes
graus de oscilação graduada. Realizar toda a sequência de movimentos a seguir e, em
seguida, trocar de paciente para sentir diferentes biótipos corporais. Em um segundo
momento o aluno que inicialmente foi terapeuta trocará com o aluno que representou o
paciente e o ciclo será repetido.
Mobilizações para treinar:
ƒƒ Tração – separação articular glenoumeral.
ƒƒ Deslizamento caudal glenoumeral.
ƒƒ Deslizamento posterior glenoumeral.
ƒƒ Deslizamento anterior glenoumeral.
ƒƒ Tração – separação articular do cotovelo.
ƒƒ Tração – separação articular da articulação radiocárpica.
ƒƒ Deslizamento palmar da articulação radiocárpica.
ƒƒ Deslizamento dorsal da articulação radiocárpica.
ƒƒ Deslizamento dos ossos do carpo.
ƒƒ Trações – separações articulares metacarpofalangeanas e interfalangeanas.
ƒƒ Deslizamentos – articulações metacarpofalangeanas.
ƒƒ Deslizamentos – articulações interfalangeanas.
Manual de Estágio

11. Técnicas de mobilização intra-articular baseadas na artrocinemática para os


membros inferiores:
Formar duplas, de forma que o aluno que receberá as mobilizações permanecerá deitado
na maca. As técnicas que trabalham a artrocinemática deverão ser treinadas de forma
que o aluno entenda qual a indicação de cada procedimento e executadas dentro dos
diferentes graus de oscilação graduada. Realizar toda a sequência de movimentos a seguir
e, em seguida, trocar de paciente para sentir diferentes biótipos corporais. Em um segundo
momento o aluno que inicialmente foi terapeuta trocará com o aluno que representou o
paciente e o ciclo será repetido.

Mobilizações para treinar:


ƒƒ Tração separação articular do quadril.
ƒƒ Deslizamento posterior do quadril.
ƒƒ Deslizamento anterior do quadril.
ƒƒ Tração separação articular da articulação tibiofemoral.
ƒƒ Deslizamentos patelares.
ƒƒ Deslizamento anterior da articulação tibiofemoral.
ƒƒ Deslizamento posterior da articulação tibiofemoral.
ƒƒ Deslizamento anterior da articulação tibiofibular proximal.
ƒƒ Tração separação articular da articulação tibiotalar.
ƒƒ Deslizamento posterior da articulação tibiotalar.
ƒƒ Deslizamento anterior da articulação tibiotalar.
ƒƒ Deslizamento medial da articulação subtalar.
ƒƒ Deslizamento lateral da articulação subtalar.
ƒƒ Trações – separações articulares metatarsofalangeanas e interfalangeanas.
ƒƒ Deslizamentos – articulações metatarsofalangeanas.
ƒƒ Deslizamentos – articulações interfalangeanas
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Disciplina: Cinesioterapia
AULA 2
Título da Aula: Alongamento muscular
ROTEIRO 1
Instituto de Ciências da Saúde dos membros superiores e inferiores

O alongamento é uma modalidade de exercício que tem como objetivo terapêutico o


desenvolvimento ou a manutenção da flexibilidade.
A elaboração de um exercício de alongamento dependerá de um conhecimento prévio
de anatomia e cinesiologia. Você deverá ter em mente que o exercício de alongamento
deverá colocar em afastamento a origem e inserção muscular, de forma a envolver todas
as articulações por onde o músculo passa.
Na fisioterapia, o alongamento poderá ser inserido nas condutas de tratamento como
uma forma de aumentar a amplitude de movimento de músculos e articulações que
permaneceram por tempo prolongado imobilizados ou como forma de manutenção da
amplitude de movimento ou aquecimento muscular.
Os tipos de alongamento incluem desde abordagens passivas ou ativas, estáticas ou
dinâmicas e também técnicas com facilitação neuromuscular proprioceptiva. O alongamento
passivo é realizado pelo fisioterapeuta enquanto o paciente permanece relaxado. O
alongamento ativo é realizado ativamente pelo paciente. Quando a postura é mantida, o
alongamento é classificado como estático e quando é realizado associado a movimento é
denominado dinâmico. As técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva envolvem
a utilização dos mecanismos neurofisiológicos de inibição reflexa e recíproca para
potencializar os efeitos de relaxamento muscular. É importante o fisioterapeuta entender
que o alongamento não envolve apenas um tecido sendo distendido, mas também um
conjunto de mecanismos neurais que modulam a flexibilidade muscular por meio do
relaxamento muscular.
Manual de Estágio

A escolha da técnica de alongamento vai variar com a condição clínica e física de cada
indivíduo, com o tipo de população trabalhada e com os objetivos terapêuticos pretendidos.
Pacientes em fases iniciais de tratamento dependerão mais das abordagens passivas de
alongamento, já que as posturas ativas exigem maior amplitude, além de controle de
equilíbrio e força. O alongamento estático e as técnicas de facilitação neuromuscular
proprioceptivas apresentam maior efeito sobre o ganho de flexibilidade, enquanto os
alongamentos dinâmicos, além de trabalharem a manutenção e o ganho de flexibilidade,
visam principalmente o aquecimento muscular antes da prática de uma atividade esportiva,
por meio da simulação de movimentos que serão exigidos nos gestos esportivos para
otimizar o desempenho muscular.
Quanto aos parâmetros do alongamento, o Colégio Americano de Medicina do Esporte
recomenda, para ganho de flexibilidade, cinco repetições por posição realizadas pelo menos
duas vezes por semana. A manutenção do alongamento estático é recomendada por entre
15 a 30 segundos para adultos jovens, tempo maior de alongamento (60 segundos) é
recomendado para a população com mais de 60 anos. Não há consenso na literatura sobre
o número de repetições (15 repetições em média) e o tempo total de duração ideal dos
alongamentos dinâmicos. Para as técnicas de inibição neuromuscular coloca-se o músculo-
alvo passivamente na posição de alongamento máximo, em seguida, solicita-se a contração
isométrica deste mesmo músculo (3 até 10 segundos), após o término da contração
aproveita-se o relaxamento do músculo e movimenta-se a articulação passivamente ou
associada à contração do músculo agonista do movimento trabalhado até a nova amplitude
disponível.
Serviço Social

Vamos praticar:

1. Exercícios de alongamentos estáticos passivos dos membros superiores:


Formar duplas e iniciar com alongamentos passivos dos MMSS com o paciente deitado
na maca. Simular uma situação clínica na qual o paciente necessite receber exercícios
passivos para manter ou ganhar flexibilidade. (exemplos: paciente acamado no leito, pós-
operatório, paciente em coma ou com histórico de lesões neurológicas, fases iniciais de
tratamento...). Um dos alunos representará o papel de paciente enquanto o outro, o de
terapeuta. Realizar toda a sequência de alongamentos para os músculos descrita a seguir
e, em seguida, trocar de paciente para sentir diferentes biótipos corporais. Em um segundo
momento, o aluno que inicialmente foi terapeuta trocará com o aluno que representou o
paciente e o ciclo será repetido.

Músculos:
ƒƒ Latíssimo do dorso.
ƒƒ Adutores do ombro.
ƒƒ Abdutores do ombro.
ƒƒ Flexores do ombro.
ƒƒ Extensores do ombro.
ƒƒ Rotadores internos do ombro.
ƒƒ Rotadores externos do ombro.
ƒƒ Peitoral maior.
ƒƒ Flexores do cotovelo (neste caso exemplificar a questão do flexo de cotovelo).
ƒƒ Tríceps braquial.
ƒƒ Flexores do punho.
ƒƒ Extensores do punho.
Manual de Estágio

2. Exercícios de alongamentos estáticos passivos dos membros inferiores:


Formar duplas e iniciar com alongamentos passivos dos MMII com o paciente deitado
na maca. Simular uma situação clínica na qual o paciente necessite receber exercícios
passivos para manter ou ganhar flexibilidade (exemplos: paciente acamado no leito, pós-
operatórios, paciente em coma ou com histórico de lesões neurológicas, fases iniciais de
tratamento...). Um dos alunos representará o papel de paciente enquanto o outro, o de
terapeuta. Realizar toda a sequência de alongamentos para os músculos descrita a seguir
e, em seguida, trocar de paciente para sentir diferentes biótipos corporais. Em um segundo
momento o aluno que inicialmente foi terapeuta trocará com o aluno que representou o
paciente e o ciclo será repetido.

Músculos:
ƒƒ Glúteo máximo.
ƒƒ Ílio psoas (neste caso exemplificar também a questão do flexo de quadril).
ƒƒ Glúteo médio.
ƒƒ Tensor da fáscia lata.
ƒƒ Adutores do quadril.
ƒƒ Rotadores internos do quadril.
ƒƒ Rotadores externos do quadril.
ƒƒ Isquiostibiais (neste caso exemplificar também a questão do flexo de joelho).
ƒƒ Quadríceps.
ƒƒ Tríceps sural.
ƒƒ Dorsiflexores do tornozelo.
ƒƒ Inversores da articulação subtalar.
ƒƒ Eversores da articulação subtalar.
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3. Técnicas de inibição neuromuscular ou facilitação neuromuscular proprioceptiva


(FNP) para membros superiores:
Realizar as técnicas contração-relaxamento, contração do agonista e contrair-relaxar
com contração do agonista na sequência, explicando ao aluno as diferenças entre elas e os
fundamentos neurofisiológicos envolvidos.
O aluno que representa o paciente permanece deitado na maca, solicitar aos alunos no
papel de terapeutas que realizem os alongamentos de alguns músculos listados no item 1
para membros superiores associados às técnicas de inibição neuromuscular.

4. Técnicas de inibição neuromuscular ou facilitação neuromuscular proprioceptiva


(FNP) para membros inferiores:
Realizar as técnicas de contração-relaxamento, contração do agonista e contrair-relaxar
com contração do agonista na sequência, explicando ao aluno as diferenças entre elas e os
fundamentos neurofisiológicos envolvidos.
O aluno que representa o paciente permanece deitado na maca, solicitar aos alunos no
papel de terapeutas que realizem os alongamentos de alguns músculos listados no item 2
para membros inferiores associados às técnicas de inibição neuromuscular.

5. Alongamentos dinâmicos para membros superiores:


Convidar os alunos para participar de uma vivência de alongamento dinâmico dos
membros superiores comandada pelo professor, de forma a estimular os movimentos ativos
livres das articulações dos MMSS em múltiplas repetições na amplitude máxima disponível.
Esta prática pode ser realizada com o acompanhamento de músicas em diferentes ritmos, de
acordo com a preferência do professor ou em comum acordo com a turma. Os movimentos
podem simular um preparo de aquecimento para uma atividade esportiva específica
escolhida pelo professor.
Manual de Estágio

6. Alongamentos dinâmicos para membros inferiores:


Convidar os alunos para participar de uma vivência de alongamento dinâmico dos
membros superiores comandada pelo professor, de forma a estimular os movimentos ativos
livres das articulações dos MMII em múltiplas repetições na amplitude máxima disponível.
Esta prática pode ser realizada com o acompanhamento de músicas em diferentes ritmos de
acordo com a preferência do professor ou em comum acordo com a turma. Os movimentos
podem simular um preparo de aquecimento para uma atividade esportiva específica
escolhida pelo professor.

7. Alongamentos estáticos ativos para os membros superiores:


Convidar os alunos para participar de uma vivência de alongamento estático ativo dos
membros superiores comandada pelo professor, de forma a trabalhar o alongamento de
todos os músculos dos MMSS. Sugere-se realizar duas a três repetições de cada alongamento,
mas por questões de tempo, manter cada posição por um tempo menor que o recomendado
pela literatura. Esta prática pode ser realizada com o acompanhamento de músicas de
relaxamento de acordo com a preferência do professor ou em comum acordo com a turma.

8. Alongamentos estáticos ativos para os membros inferiores:


Convidar os alunos para participar de uma vivência de alongamento estático ativo dos
membros inferiores comandada pelo professor, de forma a trabalhar o alongamento de
todos os músculos dos MMII. Sugere-se realizar duas a três repetições de cada alongamento,
mas por questões de tempo, manter cada posição por um tempo menor que o recomendado
pela literatura. Esta prática pode ser realizada com o acompanhamento de músicas de
relaxamento de acordo com a preferência do professor ou em comum acordo com a turma.
Serviço Social

Disciplina: Cinesioterapia
AULA 3
Título da Aula: Fortalecimento muscular
ROTEIRO 1
Instituto de Ciências da Saúde dos membros superiores e inferiores

Os elementos fundamentais do desempenho muscular relacionados à aptidão física


incluem força, potência e resistência muscular. A força muscular é a capacidade de
gerar tensão muscular com picos de força. A resistência muscular à fadiga é a capacidade
de realizar ou sustentar esforços por períodos prolongados. A potência muscular envolve
a associação de força com velocidade e resistência. A potência explosiva ou instantânea
é a associação de picos de força com velocidade. Quando uma ou mais dessas áreas está
comprometida podem se desenvolver as limitações funcionais. Lesões, doenças, cirurgias,
imobilização, desuso ou inatividade podem resultar em comprometimento do desempenho
muscular e levar à fraqueza e à atrofia muscular.
Para elaborar qualquer exercício de fortalecimento o ponto de partida é o conhecimento
da anatomia muscular associado à cinesiologia para que o aluno seja capaz de entender
a ação primária ou principal de um músculo para elaborar o posicionamento correto
do exercício. A biomecânica possibilita que o exercício seja realizado respeitando-se a
integridade das estruturas articulares a fim de se evitar lesões durante o treinamento. Os
fatores que influenciam a produção de torque muscular, como variação de alavancas e
amplitudes de movimento precisam ser dominados para a elaboração dos exercícios.
Para produzir força, diferentes tipos de contração muscular podem ser trabalhados,
de forma estática, em isometria ou dinâmica (concêntrica e excêntrica) em exercícios
nos quais a contração muscular sustente ou movimente uma sobrecarga (força externa).
A força externa que se opõe ao movimento poderá ser somente a força da gravidade, a
resistência manual do fisioterapeuta, elásticos, pesos livres como halteres e tornozeleiras,
anilhas dos aparelhos de musculação ou molas.
Manual de Estágio

É importante incluir nos programas de fortalecimento exercícios em cadeias abertas


e fechadas, de acordo com as características da função que se deseja reabilitar. Em um
sistema de cadeia cinética aberta, o segmento distal está livre para se mover no espaço,
enquanto que a cadeia cinética fechada é uma condição na qual o segmento distal encontra
considerável resistência externa, que impede ou restringe seu movimento livre.
Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte, os princípios mais importantes da
progressão de um treinamento resistido são: especificidade, sobrecarga (intensidade) e
variação. A especificidade determina que os exercícios deverão simular padrões funcionais
e as demandas exigidas quanto ao desempenho muscular. Para relembrar as diretrizes
do Colégio Americano de Medicina do Esporte que devem ser seguidas para treinar os
diferentes tipos de desempenho muscular, consulte as tabelas do livro-texto.
A intensidade do exercício resistido refere-se à quantidade de sobrecarga (resistência)
imposta sobre o músculo. Os testes de repetições máximas são normalmente aplicados com
a finalidade de determinar os valores das cargas que serão usadas nas sessões de treino.
O princípio da variação implica em uma sistemática alteração de uma ou mais variáveis
de um programa de treinamento resistido ao longo do tempo para permitir a geração de
estímulos que tornem os exercícios mais desafiadores e eficazes.
Para organizar as sessões de treinamento, o programa de treinamento incluirá as
seguintes variáveis: volume, repetições, séries, frequência, duração e intervalo de repouso,
seleção do tipo de exercício, intensidade (%) e sequência dos exercícios. A forma como
estes componentes serão organizados no treinamento dependerá do objetivo terapêutico,
se voltado para treino de força, resistência ou potência muscular (consultar as diretrizes
descritas no livro-texto).
Serviço Social

Vamos praticar:

Os recursos que serão utilizados para a execução dos exercícios dependerão do


contexto e do material disponível em cada laboratório. É importante que durante a prática
o professor diferencie e exemplifique as variáveis de desempenho muscular (resistência,
força e potência).

1. Demonstração da realização de um teste de repetições máximas:


De acordo com os recursos ou equipamentos disponíveis no laboratório o professor
poderá selecionar dois testes de repetições máximas, aplicados ao membro superior e
inferior.

2. Exercícios de fortalecimento para os membros superiores:


Os exercícios podem ser realizados variando-se os posicionamentos (decúbito,
sedestação, em pé), tudo dependerá do contexto, dos recursos disponíveis e da criatividade
do fisioterapeuta (consultar exemplos do livro-texto). Em todos os exercícios podem ser
realizados os três tipos de contração muscular (isométrica, concêntrica e excêntrica)
e o professor responsável pela prática poderá selecionar exemplos de exercícios de
fortalecimento dos MMSS em cadeia aberta e fechada. É fundamental que o professor
explore as variações de alavancas e amplitudes de movimento que influenciarão a produção
de torque muscular durante os exercícios.

Músculos:
ƒƒ Rotadores laterais do ombro.
ƒƒ Rotadores mediais do ombro.
Manual de Estágio

ƒƒ Flexores do ombro.
ƒƒ Extensores do ombro.
ƒƒ Abdutores do ombro.
ƒƒ Adutores do ombro.
ƒƒ Adutores da escápula e abdutores horizontais do ombro.
ƒƒ Serrátil anterior.
ƒƒ Trapézio inferior.
ƒƒ Flexores do cotovelo.
ƒƒ Extensores do cotovelo.
ƒƒ Flexores do punho.
ƒƒ Extensores do punho.
ƒƒ Flexores dos dedos.
ƒƒ Extensores dos dedos.
ƒƒ Músculos intrínsecos da mão.

3. Exercícios de fortalecimento para os membros inferiores:


Os exercícios podem ser realizados variando-se os posicionamentos (decúbito,
sedestação, em pé), tudo dependerá do contexto, dos recursos disponíveis e da criatividade
do fisioterapeuta (consultar exemplos do livro-texto). Em todos os exercícios podem ser
realizadas os três tipos de contração muscular (isométrica, concêntrica e excêntrica) e o
professor responsável pela prática poderá selecionar exemplos de exercícios de fortalecimento
dos MMII em cadeia aberta e fechada. É fundamental que o professor explore as variações
de alavancas e amplitudes de movimento que influenciarão a produção de torque muscular
durante os exercícios.
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Músculos:
ƒƒ Abdutores do quadril.
ƒƒ Adutores do quadril.
ƒƒ Extensores do quadril.
ƒƒ Flexores do quadril.
ƒƒ Rotadores laterais do quadril.
ƒƒ Extensores do joelho (destacar ângulos de proteção).
ƒƒ Flexores do joelho.
ƒƒ Flexores plantares do tornozelo.
ƒƒ Dorsiflexores do tornozelo.
ƒƒ Inversores da articulação subtalar.
ƒƒ Eversores da articulação subtalar.
ƒƒ Músculos intrínsecos do pé.

4. Dinâmica de fortalecimento em circuito:


Sugere-se, de acordo com os recursos, espaço e tempo disponíveis, convidar os alunos
a participar de um circuito com estações alternadas para membros superiores e inferiores,
que pode ser organizado pelo professor ou pelos próprios alunos ao final da aula.
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Disciplina: Cinesioterapia
AULA 4
Título da Aula: Treinamento
ROTEIRO 1
Instituto de Ciências da Saúde sensório-motor

O controle sensório-motor envolve todo o gerenciamento da postura e do movimento


por meio do Sistema Nervoso Central, associado ao sistema de feedback sensorial periférico
para manter, corrigir ou refinar as tarefas motoras funcionais. As lesões podem levar à
instabilidade funcional e à perda da eficiência dos movimentos e tais alterações poderão
ser trabalhadas por meio do treinamento sensório-motor específico.
O objetivo do treinamento sensório-motor é prevenir lesões ou a reincidência das
lesões, além de melhorar o desempenho funcional em atividades de vida diária, laborais ou
esportivas.
Para a elaboração do treinamento sensório-motor é importante lembrar que o
movimento depende da percepção, a qual está diretamente relacionada à propriocepção.
As informações sensoriais se originam nos receptores presentes nas articulações, pele,
músculos e sistema vestibular e se conectam ao Sistema Nervoso Central por meio das vias
aferentes, influenciando as respostas reflexas e o controle motor voluntário para garantir
a estabilização estática e dinâmica.
Diante do conhecimento da localização e das respectivas funções dos receptores é
possível estimulá-los, de forma específica, de acordo com as características da tarefa motora
a ser reabilitada e com a fase em que o paciente se encontra da reabilitação para evoluir às
etapas do treinamento sensório-motor, passando por exercícios básicos, intermediários e
avançados, buscando o aperfeiçoamento da coordenação motora, da precisão, da velocidade
de movimento, do equilíbrio e o automatismo. No início, o controle do movimento é mais
consciente e, ao longo do tempo, com a repetição da tarefa, se torna mais automático.
Serviço Social

As condutas terapêuticas incluem abordagens passivas (bandagens, texturas e terapia


manual), exercícios ativos de reposicionamento articular (sentido de posição e movimento),
técnicas de estabilização dinâmica para estimular o controle muscular reativo em
superfícies estáveis e instáveis, estabilização rítmica associada à facilitação neuromuscular
proprioceptiva e os exercícios avançados de pliometria, sempre buscando evoluir para o
treinamento funcional específico.
Para que o treinamento sensório-motor possa ser evoluído de forma segura, deverão ser
avaliadas as condições clínicas do paciente quanto à amplitude de movimento articular,
força, resistência e flexibilidade muscular, as quais devem evoluir concomitantemente com
os níveis de dificuldade dos exercícios.

Vamos praticar:
De acordo com os recursos disponíveis no laboratório, os exercícios poderão ser
trabalhados com os alunos divididos em grupos dentro de um circuito com estações visando
os diferentes objetivos a seguir. Caso não seja possível montar um circuito, os exercícios
poderão ser demonstrados pelo professor em alguns alunos voluntários.

1. Exercícios ativos de reposicionamento articular:


Uma posição inicial em um determinado ângulo articular e uma posição-alvo são
determinados e o treinamento envolve solicitar ao colega, de olhos fechados, mover de um
ponto a outro, chegando o mais próximo possível das amplitudes determinadas inicialmente,
mantendo, por um período curto de tempo, cada posição.
Um dos alunos é solicitado a permanecer de olhos fechados enquanto movimenta um
membro. Cargas baixas também podem ser acrescentadas (5-10% do peso corporal, medicine
balls, halteres, tornozeleiras) para melhorar a acurácia das tarefas de reposicionamento
articular.
Manual de Estágio

Estes exercícios podem ser feitos para qualquer articulação do corpo e para todos os
movimentos. Consultar exemplos no livro-texto.

2. Estabilização dinâmica:
O controle neuromuscular será trabalhado através de exercícios que gerem situações
inesperadas, como perturbações em superfícies estáveis ou instáveis em diferentes apoios.
Variando-se o tamanho da base de sustentação, aferência visual, deslocamento do centro
de gravidade corporal em relação à base de sustentação, equilíbrio estático ou dinâmico
e menor ou maior combinação de movimentos no exercício para melhora da ativação
preparatória e reativa dos músculos. Consultar exemplos no livro-texto.

Treinamento em superfície estável


Treinamento em superfície instável (pranchas de equilíbrio oscilatórias, colchonetes,
bolas suíça, Bosu R, camas elásticas, Dyna Disc.
Treino de estabilização dinâmica em superfície vibratória (se disponível no laboratório)
ou usar vídeos, imagens para demonstrar.
Estabilização rítmica.

3. Padrões motores funcionais:


Escolher padrões funcionais que simulem algum gesto esportivo ou atividade de vida
diária para MMSS, MMII e coluna para os alunos treinarem. A tarefa deve respeitar o
princípio da especificidade.
Serviço Social

4. Pliometria: exercícios pliométricos para membros superiores:


Arremesso: sequência de evolução de exercícios pliométricos em rotação de ombro.
Amplitudes menores para maiores com medicine balls e/ou elásticos.
Exercícios de arremesso contra a cama elástica.
Flexões de braços intercaladas com palmas (parede e solo).
Exercícios pliométricos para punho.

Consultar exemplos no livro-texto.

5. Pliometria: exercícios pliométricos para membros inferiores:


Saltos bipodais verticais.
Saltos alternados entre os MMII.
Saltos laterais.
Saltos a partir de caixas.
Saltos sobre obstáculos.
Corrida, deslocamentos com mudanças de direção.

Consultar exemplos no livro-texto.

6. Pliometria em exercícios funcionais de vida diária:


Tarefa de sentar e levantar de uma cadeira em diferentes velocidades.
Podem ser criados outros exemplos pelo professor responsável.
Manual de Estágio

7. Exercícios pliométricos para o tronco:


Exercício pliométrico para extensores de tronco com os dois MMSS (com halteres ou
Kettlebell®).
Exercício pliométrico para flexores de tronco com bolas ou medicine ball, bola suíça.
Exercício pliométrico para flexores de tronco e rotadores abdominais com bolas ou
medicine ball, bola suíça.
Exercício pliométrico para rotadores de tronco em pé ou semiajoelhado com medicine
ball, elásticos.
Exercício pliométrico em inclinação da coluna na bola suíça.

Consultar exemplos no livro-texto.

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