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Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva

Método Kabat

Acadêmicos: Cíntia Oliveira, Daniel Alves, Kailane, Leandro Rodrigues.


Professor: Andre Petrolini.
Paulo Afonso- 2023
DESENVOLVIDO POR:

ESTE EBOOK FOI DESENVOLVIDO POR ALUNOS DO 8º PERIODO DO CURSO DE


FISIOTERAPIA E PROFESSOR DAS DISCIPLINAS NEUROFUNCIOMAL E PROTESES
E ORTESES. CENTRO UNIVERCITARIO DO RIO SÃO FRANCISCO| PAULO AFONSO |
BA 2023.2
Introdução:

• Método Kabat, concebido pelo DR.HERMAN KABAT na década de 1940

• Inicialmente denominados como "técnica de facilitação


proprioceptiva" e "reabilitação neuromuscular".

• Atualmente, adota-se a terminologia "facilitação neuromuscular


proprioceptiva (FNP)" (VOSS et al., 1987).

• Abordagem, centrada na facilitação do movimento, engloba aspectos


neuromusculares, que envolvem nervos e músculos, e
proprioceptivos, relacionados à ativação de receptores sensoriais
como mecanorreceptores, fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi
(REICHEL, 1998).
Introdução:

Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) Muito utilizada em:


• Acidente Vascular Encefálico
• Doença de Parkinson,
• Paralisia Facial Periférica
• Traumatismo Raquimedular
(ALENCAR et al., 2010; BOSO; SANTOS,
2007; FRANCO et al., 2012; GESTER; SILVA, 2009).
Objetivo:
• Promover ou aprimorar a contração muscular, coordenação, equilíbrio e
relaxamento muscular.
(COSTOSO et al. 2007)
Introdução:

Objetivo especifico segundo Reichel (1998)

• Aumentar a amplitude do movimento;

• Melhorar a estabilidade

• Direcionar movimentos ativos introduzindo resistência ideal de


maneira adequada

• Estimular movimentos coordenados por meio da sincronização correta


dos estímulos

• Ampliar a resistência.
Diversas técnicas específicas são empregadas para otimizar a
aplicabilidade do Método Kabat, tais como:

• Contrações Musculares Concêntricas, Excêntricas E Isométricas, com


ou sem a aplicação de resistência gradual.
• Iniciação Rítmica, tem como princípio realizar uma transição da
amplitude de movimento passiva para o movimento ativo resistido.
• Combinação De Isotônicos que integra contrações concêntricas,
excêntricas e estabilização muscular.
• Reversão de antagonistas direciona o movimento primeiro no sentido
do grupamento muscular agonista e depois no sentido antagonista,
sem intervalos de relaxamento entre os movimentos
(ADLER; BECKERS; BUCK, 2007).
Diversas técnicas específicas são empregadas para otimizar a
aplicabilidade do Método Kabat, tais como:

 Reversão De Estabilizações: Consiste em contrações isotônicas alternadas com a aplicação de


resistência oposta ao movimento.

 Estabilização Rítmica: Realiza contrações isométricas alternada contra uma resistência,


proporcionando aumento da amplitude de movimento, redução da dor e maior estabilidade
muscular.

 Técnicas De Relaxamento
• Contrair-relaxar: Que envolve contrações isotônicas resistidas dos músculos antagonistas
seguidas de relaxamento muscular
• Manter-relaxar: Que realiza contrações isométricas dos músculos sinérgicos da musculatura
encurtada ou dolorida, seguidas de relaxamento muscular.

 Técnica de Estiramento Repetido


• Empregada para alongar os músculos por meio do reflexo de estiramento, sendo uma estratégia
útil para melhorar a conscientização do movimento e reduzir a rigidez articular
(ADLER; BECKERS; BUCK, 2007).
Introdução:

Técnicas de relaxamento
• Contrair-relaxar: Que envolve contrações isotônicas resistidas dos
músculos antagonistas seguidas de relaxamento muscular
• Manter-relaxar: Que realiza contrações isométricas dos músculos
sinérgicos da musculatura encurtada ou dolorida, seguidas de
relaxamento muscular.

Técnica de estiramento repetido


• Empregada para alongar os músculos por meio do reflexo de
estiramento, sendo uma estratégia útil para melhorar a
conscientização do movimento e reduzir a rigidez articular
(ADLER; BECKERS; BUCK, 2007).
Procedimentos básicos para a facilitação:

Os procedimentos básicos para a facilitação fornecem ao terapeuta as


ferramentas necessárias para ajudar seus pacientes a atingir uma função
motora eficiente. Essa eficiência não depende necessariamente da
colaboração consciente do paciente. Os procedimentos são usados para:
*Aumentar a habilidade do paciente em se mover e permanecer
estável. *Guiar o movimento com a utilização de contatos manuais
adequados e resistência apropriada.
*Ajudar o paciente a obter coordenação motora e sincronismo.
*Aumentar a capacidade de resistência do paciente e evitar a fadiga.
Esses procedimentos podem ser usados no tratamento de pacientes com
qualquer diagnóstico ou qualquer condição; porém, algumas adaptações
podem ser necessárias em determinadas situações.
Basicamente, qualquer situação em que haja dor deve ser evitada pela
terapeuta. Outras contra-indicações são, na maioria, de “senso comum”. Por
exemplo: não utilizar aproximação em extremidade com fratura sem
consolidação; na presença de instabilidade articular, o terapeuta deve ser
cauteloso ao utilizar a tração ou o reflexo de estiramento.
Os procedimentos básicos para facilitação são:
Resistência: auxilia a contração muscular e o controle motor, aumenta a
força e incrementa a aprendizagem motora.
Irradiação e Reforço: propagação da resposta muscular a partir do
estímulo da resistência, que pode ser de aumento ou de inibição da
facilitação.
Contato Manual: uso das mãos para guiar, controlar e estimular o
movimento com toque através dos receptores cutâneos e de pressão.
Posição Corporal e Biomecânica: guiam e controlam o movimento ou a
estabilização
Estímulo verbal (Comandos): uso de palavras e tom de voz adequados
para direcionar, motivar e corrigir o paciente.
Estiramento: alongamento muscular e reflexo de estiramento para
facilitar a contração e diminuir a fadiga muscular.
Sincronização de Movimentos: uso de movimentos simultâneos e
coordenados entre as partes do corpo, para melhorar a qualidade e a
eficiência do movimento.
Padrões de facilitação: uso de padrões de movimento em diagonal e
espiral, que envolvem múltiplas articulações e planos, para estimular os
receptores proprioceptivos e facilitar o movimento funcional.
Tração e Aproximação: uso de alongamento ou compressão nas
articulações, para facilitar o movimento e a estabilidade, através dos
receptores articulares.
Visão: uso da visão para guiar o movimento e aumentar o empenho,
podendo promover uma contração muscular mais potente.
Técnicas específicas
As técnicas de PNF são métodos de exercício terapêutico que usam diferentes
tipos de contrações musculares, resistência e estímulos facilitadores para
melhorar o movimento funcional dos pacientes. As técnicas têm vários
objetivos, como aumentar a amplitude do movimento, fortalecer os músculos,
aliviar a fadiga muscular e aumentar a estabilidade e o controle. As técnicas
são classificadas de acordo com suas funções e ações, e têm novas
terminologias que descrevem a atividade ou o tipo de contração muscular
envolvido.
Segundo os autores ADLER, S. S.; BECKERS, D.; BUCK, M,2007 as técnicas
descritas são:
Iniciação rítmica
Combinação de Isotonia
Reversão de Antagonista
Estiramento Repetido
Contrair-Relaxar

Manter-Relaxar

Réplica
Iniciação rítmica

É o movimento rítmico dos membros ou do corpo, realizado por meio da


amplitude desejada; começa com um movimento passivo e progride para
movimento ativo com resistência.
1º inicie o movimento passivamente – solicita que o paciente inicie o
trabalho ativo – o terapeuta resiste o movimento – o terapeuta retorna o
movimento passivamente. 2º Até que consiga fazer todo o movimento de
forma ativa e 3º todo movimento ativo-resistido.
Combinação de Isotonia:

Esta técnica combina contrações concêntricas, excêntricas e estáveis de


grupos musculares (agonista) sem relaxamento.Para o tratamento,
comece onde o paciente tem maior força ou melhor coordenação.
TÉCNICA: inicie no local onde o paciente tem maior força ou melhor
coordenação. • Terapeuta resiste o movimento ativo do
paciente(contração concêntrica) – ao final do movimento o terapeuta
solicita ao paciente que mantenha a contração (contração de
estabilização) – o terapeuta solicita que o membro seja movido
lentamente à posição inicial (contração excêntrica).
• Não há relaxamento entre as contrações e a mão do terapeuta
mantém-se na mesma superfície.
• Indicações:
• Perda da coordenação
• Diminuição da ADM ativa
Reversão de Antagonista

Nesta técnica o movimento ativo, é alternado de uma direção (agonista)


para a direção oposta (antagonista), sem interrupção ou relaxamento.
Na vida cotidiana, frequentemente encontramos esse tipo de atividade
muscular: jogar uma bola, andar de bicicleta, caminhar etc.
O terapeuta oferece resistência do movimento em uma direção – ao final
da ADM o terapeuta inverte o contato manual.
Indicações:
• Diminuição da ADM ativa
• Fraqueza de antagonistas
• Diminuição da habilidade de modificar a direção do movimento
Estiramento Repetido

O estiramento repetitivo no início da amplitude é o reflexo de estiramento


provocado por músculos sob tensão de alongamento, lembrando que somente
os músculos devem estar sob tensão; deve-se tomar cuidado para não estirar
as estruturas articulares.
No estiramento repetido durante a amplitude o reflexo de estiramento
provocado por músculos sob tensão de contração.
Contrair-Relaxar

No tratamento direto são isotônicas dos músculos encurtados (antagonista),


seguidos de relaxamento e movimento na amplitude.
• O terapeuta move o segmento até o final de sua ADM – o terapeuta solicita
que o paciente realize uma forte contração do músculo antagonista –
mantém esta contração de 5 a 8 segundos – o terapeuta pede para o
paciente relaxar – o terapeuta posiciona o segmento passivamente até uma
nova ADM.
• Indicações:
• Diminuição da ADM passiva
Manter-relaxar

No tratamento direto usa-se contrações isométricas dos músculos


antagonistas (músculos encurtados) seguida de relaxamento.
No tratamento indireto resiste-se aos músculos sinérgicos dos músculos
encurtados ou com dor, e não aos músculos e movimentos dolorosos. Se
ainda assim houver dor, resista, então aos músculos sinérgicos do padrão
oposto.
Indicações:
• Quando a contração do músculo encurtado é muito dolorosa
• Diminuição da amplitude passiva de movimento.
Réplica

É uma técnica que ajuda a facilitar a aprendizagem motora das atividades


funcionais. Ensinando ao paciente os resultados dos movimentos ou de uma
atividade que são importantes para o trabalho funcional (em esportes, por
exemplo) e para atividades de autocuidado.

• O terapeuta coloca o paciente na posição final do movimento – o


terapeuta resiste o movimento – pede para o paciente relaxar – move o
segmento passivamente a uma pequena distância na direção oposta –
solicita que ele retorne ativamente para a posição final.

• Indicações; reeducar o movimento – ganhar confiança


Princípios de tratamento

Avaliação:
Na filosofia de PNF, olhamos inicialmente as áreas de função do paciente:
Isenta de dor;
Com força muscular;
Capaz de mover-se e estabilizar-se;
Apresenta movimento coordenado e controlado.
Já nas Disfunções:
Estética e Dinâmica
- Na estática: perda da habilidade de manter-se em uma posição.
- Na dinâmica: perda de habilidade de mover-se ou controlar um movimento.

Déficits específicos: Seriam eles, a dor; diminuição da amplitude de movimento


causada por: restrições articulares ou encurtamento muscular ou contratura; Fraqueza;
perda de sensação ou da proprioceptivo; deficiência de visão e audição; deficiência do
controle motor; falta de resistência.
Objetivos do tratamento:
Os objetivos gerais são expressos como atividades funcionais, não são limitados
e são modificados à medida que os pacientes melhoram.
Os objetivos específicos são traçados para cada atividade terapêutica e sessão de
tratamento.

Planejamento e Esboço do tratamento:


A técnica de PNF utiliza contrações musculares para trabalhar o corpo.
Se elas não são apropriadas às condições do paciente ou se os objetivos
desejados não são alcance com o emprego de PNF, deve-se usar outros métodos.
Sendo algumas modalidades como calor e frio, movimentações articular passiva
e mobilização de tecidos moles, podem ser combinadas com PNF, para um
tratamento mais efetivo.
A escolha do tratamento mais eficaz depende das condições musculares e
articulares do paciente e do quadro clínico presente.
Necessidades específicos do paciente:
- Diminuir a dor;
- Aumentar a amplitude de movimento;
- Aumentar a força muscular, melhorar a coordenação e o controle de
movimento;
- Aumentar a resistência;
- Desenvolver um equilíbrio apropriado entre movimento e estabilidade.
Traçando o plano de tratamento:
Tratamento direto e indireto, atividades apropriadas (estabilidade ou
movimento), melhor posição para o paciente.
Técnicas e procedimentos
Tarefas funcionais e com objetivos orientados
Processo de avaliação:
O processo de Avaliação e de reavaliação do tratamento do paciente
deve ser contínuo. Por meio da avaliação dos resultados após cada
tratamento, o fisioterapeuta pode medir a eficácia da atividade e da
sessão terapêutica, modificando o tratamento se necessário, para atingir
os objetivos estipulados.
Tratamento direto e indireto:

O tratamento direto deve envolver: uso da técnica de tratamento no membro,


músculo ou movimento afetado, por exemplo para aumentar a amplitude do
movimento de flexão, abdução e rotação externa do ombro, o fisioterapeuta
trata o ombro afetado usando a técnica de contrair-relaxar no músculo.
O direcionamento da atenção do paciente para estabilizar ou mover o
segmento afetado.

Tratamento indireto:
Esse tratamento inicia-se nas partes do corpo mais potentes e isentas de dor.
Para beneficiar ao máximo o paciente por meio de tratamento indireto, a
fisioterapia resiste aos movimentos e padrões mais potentes.
Envolvendo o uso de técnicas nas áreas do corpo não afetadas ou menos
afetadas. Direcionando a irradiação para a área afetada com a finalidade de
atingir os resultados desejados.
Exemplos de tratamento:
Dor: (Tratamento indireto, contração muscular isométrico, trabalho
bilateral).
Técnicas específicas: estabilização rítmica, manter-relaxar, reversão de
estabilizações.
Estabilidade e equilíbrio:
Aproximação, visão, contato manual.
Técnicas de reversão de estabilizações, combinação de isotônicas e
estabilização rítmica.

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