É estabelecido como o exercício que mobiliza a articulação de maneira
passiva (executada por outra pessoa, no caso o fisioterapeuta) até os pontos terminais da amplitude de movimento fisiológica de cada articulação, em seus planos e eixos. Destinado a pessoas que não podem participar ativamente do exercício. Não é necessário que elas façam esforço. O terapeuta move os membros para prevenir contraturas (a rigidez permanente dos músculos que resulta na falta de movimento).
2. Quais as principais indicações?
Suas principais indicações são:
• Redução da dor na fase de reparo do processo de cicatrização: elemento que acelera a melhora do paciente e permite o retorno da função.
• Avaliação das estruturas articulares e contráteis: utilizada também
como método de avaliação, destacando sua variabilidade de utilizações.
• Prevenção de complicações artrocinemáticas: por manter a função de
toda a articulação, que é permitir o movimento humano.
• Recuperação da amplitude de movimento: necessária para a
execução de atividades de vida diária
• Aumento da flexibilidade muscular: aperfeiçoando o comprimento da
unidade musculotendínea, permitindo que a amplitude de movimento seja normalizada e as atividades de vida diária sejam executadas normalmente.
• Prevenção de lesões secundárias provocadas pela imobilização ou
redução da amplitude de movimento. • Estabelecimento de um retorno gradual do funcionamento articular e redução do impacto provocado pela lesão nas estruturas articulares, em casos de lesões ligamentares.
• Instabilidade funcional, promovendo a ativação dos
mecanorreceptores e permitindo que as estruturas articulares sejam trabalhadas.
• Melhora da circulação local, mantendo e até amplificando o
movimento, em casos de entorses. • Geração de movimento a fim de vencer as barreiras de movimentos provocadas pela fibrose.
• Interrupção dos problemas provocados pela imobilização prolongada,
tais como o edema, a retração e a dor.
• Estímulo dos elementos da unidade musculotendínea, favorecendo a
redução do impacto provocado pela dor e pela inflamação decorrentes da tendinopatia.
• Aderências entre a pele e as camadas fasciais subjacentes,
provocadas por incisões cirúrgicas.
• Encurtamento, espasmo e contraturas da unidade musculotendinosa.
• Rigidez dos tecidos conjuntivos
3. Quais são os principais exercícios passivos utilizados na coluna
vertebral e membros superiores?
Na coluna vertebral:
São realizados movimentos de flexão, extensão, flexão lateral para a direita,
flexão lateral para a esquerda, rotação para a direta e rotação para esquerda. • Nos membros superiores: Ombro: movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa. Cotovelo: movimentos de flexão, extensão, pronação e supinação. Punho: movimentos de flexão, extensão, desvio radial e desvio ulnar. Eles podem ser realizados passivamente pelas mãos do fisioterapeuta ou por meio de recursos como bola suíça e toalhas. Também são utilizadas as técnicas de tração, que são bem aplicadas nos membros superiores pela facilidade para executá-la. 4.Quais são os principais exercícios passivos utilizados nos membros inferiores? É necessário trabalhar a restrição da amplitude de movimento por meio de técnicas de mobilização articular passiva que utilizem tanto os movimentos fisiológicos das articulações do quadril (flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa), do joelho (flexão e extensão), do tornozelo (flexão plantar, flexão dorsal, inversão e eversão) e do pé (flexão dos dedos, extensão dos dedos, abdução dos dedos e adução dos dedos). Além dos movimentos acessórios dessas articulações (distrações e deslizamentos).
5. Como os exercícios passivos devem permitir uma excursão completa,
eles podem utilizar recursos que facilitem sua realização e o alcance dos objetivos, quais?
Temos como exemplos de equipamentos e elementos externos os seguintes
itens: • Polias. • Dispositivos para movimento passivo contínuo. • Membros da família. • Objetos domésticos, como assoalhos, bancadas ou cadeiras. • O próprio paciente
1. A aplicação de exercícios passivos serve principalmente para três
fundamentais programa de tratamento, quais?
• Redução da dor. • Restauração rápida do movimento e da força. • Retorno precoce à função
7. Esses exercícios de mobilização passiva podem ser classificados em
graus, que são: R: Movimentos acessórios, é geralmente leve e utiliza movimentos de pequena amplitude, por meio de deslizamento das superfícies articulares dentro de um limite específico da amplitude de movimento. Esses exercícios de mobilização passiva podem ser classificados em graus, que são: • Grau I: pequena amplitude de movimento no começo do arco de movimento, utilizada quando a limitação ocorre por dor e espasmo. • Grau II: grande amplitude de movimento dentro da amplitude média do arco de movimento, utilizada quando o espasmo limita o movimento mais precocemente, principalmente nos movimentos que tenham uma oscilação rápida, ou quando a dor aumentada lentamente restringe o movimento na metade da amplitude. • Grau III: grande amplitude de movimento além do ponto de limitação em um arco de movimento, usada quando a dor e a resistência do espasmo limitam o movimento próximo ao fim da amplitude do arco • Grau IV: movimento de pequena amplitude no final da amplitude de movimento, usada quando a resistência limita o movimento na ausência de dor ou espasmo. • Grau V: pequena amplitude de movimento de impulso rápido (thrust) dado ao final da amplitude de movimento, acompanhado por um estalido denominado manipulação. Recomenda-se que essas manipulações sejam usadas apenas por indivíduos treinados e com grande habilidade.
8.A tração é uma técnica que tem como premissa?
R: A TRAÇÃO é uma técnica que tem como premissa “puxar” um segmento
articular para separar as duas superfícies articulares, realizada perpendicular ao plano de tratamento. Ela é utilizada tanto para o tratamento da dor, quanto para melhorar a mobilidade articular. A tração pode ser combinada com a mobilização para redução da dor ou mobilização de articulações hipomóveis.
9. Os exercícios passivos na articulação do quadril são utilizados tanto
em situações em que existam dores quanto em condições que apresentem um padrão capsular de restrição de movimento, tendo como diferenciais as características dessas mobilizações e sendo as de graus I e II para condições dolorosas, e as de graus III e IV para restrições de movimento. Essas mobilizações passivas podem ser? R: Mobilização de flexão (FX) do quadril e joelho: o paciente fica em posição decúbito dorsal (DD), o fisioterapeuta aplica uma força sobre o joelho e com a mão auxilia na FX do quadri. Deslizamento inferior da articulação do quadril: técnica de tração ou distração que auxilia na recuperação do “jogo” articular, no alívio da dor e no aumento da mobilidade de abdução (AB) e flexão (FX) do quadril. O paciente fica em posição DD, o fisioterapeuta segura a porção distal da tíbia e da fíbula e inclina-se para trás. Deslizamento lateral: indicado para aumentar a adução (AD) do quadril e a mobilidade geral. O paciente fica em DD, o fisioterapeuta se posiciona ao lado da coxa com uma correia presa nos quadris e na porção proximal da coxa do paciente, transferindo seu peso da perna da frente para a perna de trás e empurrando seu corpo sobre a correia. Deslizamento posterior: indicado para aumentar a FX e a rotação medial (RM) do quadril. O paciente fica em DD com o quadril e o joelho em FX, e o fisioterapeuta aplica seu peso corporal sobre a perna. Deslizamento medial: indicado para aumentar a AB e a FX do quadril. O paciente fica em decúbito lateral (DL) sobre o quadril oposto ao do tratamento, o fisioterapeuta apoia a porção distal da coxa e do joelho e posiciona a coxa em leve AB e FX, a mão de mobilização é colocada sobre a porção proximal da coxa e a força é aplicada para baixo.
Deslizamento anterior: indicado para aumentar a extensão (EX) do quadril e a
RL. O paciente fica em DV com o joelho flexionado, o fisioterapeuta estabiliza na porção distal da coxa e a mobiliza com força descendente com o cotovelo estendido
10. Quais as limitações da cinesioterapia passiva?
Não previne atrofias Não aumenta força Não aumenta resistência a fadiga Não melhora circulação como a contração ativa