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RESUMO DO LIVRO DE KISNER – EXERCICIOS TERAPEUTICOS

Músculos

1. Músculos Fibras musculares miofibrilas sarcômeros (ficam em


serie dentro de uma miofibrila) miofilamentos sobrepostos de actina e miosina
(que formam pontes transversas)
2. O sarcômero dá ao musculo sua capacidade de contrair e relaxar. Quando uma
unidade motora estimula um musculo para que se contraia, os filamentos de actina-
miosina deslizam juntos e o musculo se encurta de forma ativa. Quando um musculo
relaxa, as pontes transversas se separam levemente e o musculo retorna ao
comprimento de repouso.

Tipos de alongamentos

1. Alongamentos leva as estruturas de tecidos moles além de seu comprimento


disponível para aumentar ADM. Já os exercícios de ADM permanecem dentro dos
limites de extensibilidade do tecido para manter o comprimento dos tecidos.
2. Estático – são aqueles que realizamos parados, sem sair do lugar, por um período
estipulado de 20 a 30 segundos.
3. Cíclico/intermitente – Uma força de alongamento com duração relativamente curta,
que é aplicada de modo repetido, porem gradual, então liberada e depois replicada. É
descrito como alongamento intermitente.
4. Balístico – Um alongamento intermitente rápido e forçado, ou seja, um alongamento
com alta velocidade e alta intensidade. É caracterizado por movimentos rápidos e em
alta velocidade que criam um impulso para conduzir o segmento do corpo pela ADM
ate alongar as estruturas encurtadas. Apesar de aumentar a flexibilidade igual ao
estático, acredita-se que o balístico causa um trauma maior aos tecidos alongados e
mais dor muscular residual do que o alongamento estático. A base teórica para esta
argumentação é que: tecidos enfraquecidos pela imobilização ou por desuso são
facilmente lesionados; o tecido conjuntivo denso encontrado em contraturas crônicas
não cede com facilidade mediante um alongamento de curta duração e alta
intensidade, em vez disso, torna-se mais quebradiço e rompe-se mais prontamente
5. Procedimentos de alongamento com facilitação neuromuscular proprioceptiva
(alongamento FNP) – Chamada também de alongamento ativo, ou facilitativo,
integram de proposito contrações musculares ativas nas manobras de alongamento,
para facilitar ou inibir a ativação muscular e aumentar a possibilidade de que o
musculo a ser alongado permaneça o mais relaxado possível durante o procedimento.
Há vários tipos de procedimentos de alongamentos FNPetodos resultam na melhora
da ADM. Eles incluem: manter-relaxar ou contrair relaxar; contração do
agonista;Manter-relaxar com contração do agonista
6. Manual – alongamento em que o profissional controla de forma manual o local de
estabilização, assim, como a direção, velocidade, a intensidade e a duração do
alongamento. O alongamento manual em geral emprega um alongamento
progressivo, estático, controlado, no final da amplitude de movimento, aplicado com
uma intensidade coerente com o ivel de conforto do paciente, mantido por 15 a 60
segundos e repetido pelo menos algumas vezes.
7. Mecânico – alongamentos feitos com o uso de dispositivos mecânicos que aplicam
uma força de alongamento com intensidade muito baixa (pouca carga), durante um
período prolongado, para criar um alongamento mais ou menos permanente nos
tecidos moles, como provável consequência da deformação plástica. O equipamento
pode ser tão simples como uma munhequeira com peso, ou sistema de polias, ou
sofisticados como órteses ajustáveis ou aparelhos de alongamentos automatizados.
Eles proporcionam uma carga constante com deslocamento variável ou deslocamento
constantes com cargas variáveis.
8. Autoalongamento – Tipo de alongamento em que o paciente se alonga sozinho, após
uma instrução cuidadosa e pratica supervisionada. Essa forma de alongamento é
geralmente um componente integral dos programas de exercícios domiciliares e
necessária para o autocuidado de longo prazo de muitos distúrbios
musculoesqueléticos e neuromusculares.
9. Passivo – O alongamento passivo depende de outra pessoa para realizar o estiramento
do músculo a ser alongado, é lento e progressivo, onde objetiva-se ganho da
amplitude de movimento, comumente realizado após os exercícios físicos
10. Ativo – O mesmo que autoalongamento
11. Intensidade do alongamento – É determinada pela carga colocada sobre o tecido
mole pra alonga-lo. Há um consenso geral entre clínicos e pesquisadores de que o
alongamento deve ser aplicado com baixa intensidade por meio de carga leve. Pois em
comparação com a alta intensidade, tona a manobra mais confortável para o paciente
e minimiza a defesa muscular voluntaria ou involuntária, já que o paciente pode
permanecer relaxado ou auxiliar na manobra de alongamento. O alongamento de
baixa intensidade (combinado com longa duração) resulta em ótimas taxas de melhora
na ADM sem expor os tecidos, possivelmente enfraquecidos pela imobilização, a
cargas excessivas e lesão potencial. Tem sido mostrado também que o alongamento
de baixa intensidade alonga o tecido conjuntivo denso, um componente significativo
das contraturas crônicas de forma mais efetiva, com menos danos aos tecidos moles e
menos dor muscular pós exercício do que o alongamento de alta intensidade. Quanto
mais baixa a intensidade do alongamento, maior o tempo em que o paciente tolera o
alongamento e os tecidos moles podem ser mantidos na posição alongada. Quanto
mais alta a intensidade, menor a frequência com que a intervenção de alongamento
pode ser aplicada, pois é necessário um tempo para cicatrização dos tecidos e
resolução da dor muscular residual.

Duração do alongamento – 20 a 30 segundos

Considerações na escolha dos métodos de alongamento

Com base nos resultados do seu exame, quais tecidos estão envolvidos w comprometem a
mobilidade?

Há evidencia de dor ou inflamação?

Há quanto tempo a hipomobilidade está presente?

Quão o estágio de cicatrização dos tecidos limitadores?

Qual forma de alongamento foi implementada previamente? Como o paciente respondeu?


Há doenças de base, distúrbios ou deformidades que poderiam afetar a escolha do
procedimento de alongamento?

O paciente é capaz de participar ativamente, assistir ou realizar sozinho os exercícios?


Considere as capacidades físicas do paciente, sua idade, habilidade de cooperar ou de seguir e
recordar instruções.

É necessária a assistência do fisioterapeuta ou do cuidador para executar os procedimentos de


alongamento e estabilização apropriados? Em caso afirmativo, qual o tamanho e força do
fisioterapeuta ou cuidador que vai assistir o paciente no programa de alongamentos?

Agonista – refere-se ao musculo oposto ao musculo que limita a amplitude. Desse modo, o
antagonista é efetivamente o musculo que esta limitando a amplitude. É o musculo encurtado
(antagonista) que impede o movimento completo do movimento primário.

Beneficios do alongamento:

Aumento da flexibilidade e ADM

Prevenção de lesões e redução do daor muscular pós-exercicios

Melhora do desempmenho

Preparo físico geral

EXERCICIOS RESISTIDOS

 Os elementos fundamentais do desempenho muscular são força, potencia e


resistência a fadiga. Se uma ou mais dessas áreas do desempenho muscular estiver
comprometida, podem ocorrer limitações na execução de atividades (limitações
funcionais) e restrições a participação (incapacidade) ou um risco aumentado de
disfunções.
 Muitos fatores, como lesão, doença, imobilização, desuso e inatividade, podem
resultar em comprometimento do desempenhos muscular, levndo a fraqueza e atrofia
muscular.
 Quando déficits no desempenho muscular colocam uma pessoa em risco de lesão ou
obstruem a função, o uso de exercícios resistidos é uma intervenção terapêutica
apropriada para melhorar o uso integrado da força, da potencia e da resistência
muscular durante movimentos funcionais, reduir o risco de lesões ou as recidivas de
lesão e potencializar o desempenho físico.
 Exercício resistido é qualquer forma de exercício ativo na qual uma contração
muscular dinâmica ou estática é resistida por uma força externa aplicada de forma
manual ou mecânica.
 O exercício ou treino resistido é um elemento essencial dos programas de
condicionamento para aqueles que desejam promover ou manter a saúde e o bem
estar físico, potencializar o desempenhos de habilidades motoras e reduzir o risco de
lesões e doenças.
 Benefícios potenciais do exercício resistido:
 Otimização do desempenho muscular: restauração, melhora ou manutenção de força,
potência e resistência a fadiga
 Aumento da força dos tecidos conjuntivos: tendões, ligamentos, tecido conjuntivo
intramuscular.
 Maior densidade mineral óssea ou menor desmineralização óssea
 Diminuição da sobrecarga nas articulações durante a atividade física
 Redução do risco de lesões nos tecidos moles durante as atividades físicas.
 Possível melhora da capacidade de reparar e cicatrizar tecidos moles lesionados em
decorrência do impacto positivo sobre o remodelamento dos tecidos.
 Possível melhora do equilíbrio
 Otimização do desempenho físico durante atividades diárias, ocupacionais e recrativas.
 Mudanças positivas na composição corporal: mais massa muscular magra ou
diminuição da gordura corporal.
 Aumento da sensação de bem estar físico
 Possível melhora na percepção de incapacidade e qualidade de vida
 Principio da sobrecarga – para que o desempenho muscular melhore, é preciso aplicar
uma carga que exceda a capacidade metabólica do musculo; ou seja, o musculo
precisa ser desafiado a trabalhar em um nível mais alto do que esta acostumado. Se a
demanda permanecer constante depois de o musculo ter se adaptado, o nivelde
desempenho muscular pode ser mantido, porem não será aumentado.
 Aplicação do principio da sobrecarga – este principio enfoca o posicionamento de
cargas progressivas sobre o musculo, manipulando, por exemplo, a intensidade ou o
volume do exercício. Intensidade do exercício resistido refere-se a quanto de peso
(resistência) se impoe ao musculo, enquanto volume envolve variaveos como
repetições, series ou frequência do exercício, todas elas podendo ser gradualmente
ajustadas para aumentar as demandas sobre o musculo.
 Sinais e sintomas de fadiga muscular:
 Sensação desconfortável no musculo ou mesmo dor e cãibras
 Tremor no musculo em contração
 O movimento torna-se mais lento com repetições sucessivas de um exercício, sem que
haja a intenção
 Movimentos ativos desajeitados, sem suavidade
 Inabilidade de completar o padrão de movimento na amplitude disponível drante o
exercício dinâmico contra o mesmo nível de resistência
 Uso de movimentos compensatórios, ou seja, padrões de movimento inadequados,
para completar o padrão de movimento
 Inabilidade para continar uma atividade física de baixa intensidade
 Declínio no pico de torque durante o teste isocinetico
 Fadiga muscular – é uma resposta diminuída do musculo a um estimulo repetido,
reflete-se em uma diminuição progressiva na amplitude dos potenciais das uidades
motoras. Isso ocorre durante o exercício, quando um musculo se contrai
repetidamente, de maneira estática ou dinâmica, contra uma carga imposta.
 Fadiga cardiopulmonar – é a diminuição da resposta de uma pessoa (o crpo inteiro)
como resultado de uma tatividade física prolongada, como caminhar, correr, pedalar,
levantar objetos repetidamente ou cavar. Relaciona-se com a habilidade do corpo de
usar oxigênio de forma eficiente.
 A fadiga cardiopulmonar associada com o treinamento de resistência é provavelmente
causada por uma combinação dos seguintes fatores:
 Diminuição mos níveis de açúcar (glicose) no sangue.
 Diminuição das reservas de glicogênio nos músculos e no fígado
 Depleção de potássio, especialmente no paciente idoso
 Fatores que influenciam a fadiga – estado de saúde do paciente, sua dieta e seu estilo
de vida (sedentário ou ativo). Em pacientes com distúrbios neuromusculares,
cardiopulmonares, oncológicos, inflamatórios ou psicológicos, o surgimento da fadiga
é geralmente anormal, por exemplo pode ocorrer de modo abrupto, muito rápido ou
em intervalos previsíveis.
 É aconselhável que o fisioterapeuta se familiarize com os padrões de fadiga associados
com diferentes doenças e medicamentos. Na esclerose múltipla, por exemplo, o
paciente em geral acorda descansado e funciona bem durante o inicio da manha. No
meio da tarde, porem, ele atinge um pico de fadiga e se torna notavelmente fraco.
Então, no inicio da noite, a fadiga diminui e a força retorna. Pacinete com doenças
cardíacas, vasculares periféricas e pulmonares, assim como pacientes com câncer que
fazer quimio ou radio, tem déficits que comprometem o sistema de transporte de
oxigênio. Portanto, esses pacientes se fadigam mais prontamente e requerem um
período mais longo para se recuperarem do exercício.
 Fatores ambientais, como a temperatura externa pi interna, a qualidade do ar e a
altitude, também influenciam em quão rapidamente surge a fadiga, e quanto tempo é
necessário para a recuperação do exercício.
 Recuperação do exercício – é preciso planejar um tempo adequado para recuperação
dos exercícios fatigantes em cada programa de treinamento resistido. Isso se aplica a
recuperação dentro da sessão e entre as sessões.
 Após um exercício vigoroso, o corpo precisa de tempo para voltar ao estado que
existia antes do exercício exaustivo. A recuperação de um exercício intenso, em que a
capacidade do musculo de produzir força retorna para 90 a 95% dacapacidade pré
exercício, geralembte leva 3 a minuts, com a maior proporção de recuperação
ocorrendo no primeiro minutos.
 Durante a recuperação as reservas de oxigênio e energia dos músculos são repostas. O
acido lático é removido do musculo esquelético e do sangue em aproximandamento 1
hora após o exercício, e o glicogênio é reposto ao longo de vários dias.
Porcentagem do peso corporal como carga inicial de exercício em exercícios
selecionados
 Supino universal – 30% do peso corporal
 Extensão de perna universal – 20% do peso corporal
 Flexão de perna universal – 10 a 15% do peso corporal
 Leg press universal – 50 % do peso corporal

Para melhorar a força muscular

 Tem fontes que sugere um limiar de 40 a 60% do esforço máximo para que ocorra
ganhos de força adaptativos em uma pessoa saudável, porem não treinada. Contudo
outras fontes recomendam o uso de 60 a 80% de 1 RM que cause fadiga após 8 a 12
repetições em 2 a 3 series. Quando não houver mais fadiga, depois de o numero-alvo
de repetições ter sido completado, aumenta-se o nível de resistência para que o
musculo seja novamente sobrecarregado.

Para melhorar a resistência muscular

 Já a resistência, envolve a realização de muitas repetições de um exercício contra uma


carga submáxima, para chegar a fadiga.
 Por exemplo podem ser usada ate 3 a 5 series de 40 a 50 repetições contra uma
quantidade de peso baixa ou um grau leve de resistência elástica. Quando o aumento
do numero de repetições ou series se tornar ineficiente, a carga poderá ser levemente
aumentada.
 O treinamento de resistência a fadiga também pode ser feito mantendo uma
contração isométrica por períodos cada vez mais longos. Com o treinamento de
resistência a fadiga é feito contra níveis muitos baixos de resistência, este pode e deve
ser iniciado bem cedo em um programa de reabilitação, sem o risco de lesionar os
tecidos em cicatrização.
 Indicação clinica – quando músculos lesionados são imobilizados, as fibras tipo 1 (de
contração lenta) se atrofiam mais rapidamente que as fibras do tipo 2 (contração
rápida). Ocorre também com o desuso uma conversão das fibras musculares do tipo
lento para o tipo rápido. Essas alterações dão origem a uma atrofia dos músculos
antigravitacionais muito mais rápida comparada com seus antagonistas, o que salienta
a necessidade do incio precoce do treinamento de resistência a fadiga após uma lesão
ou cirurgia.

Ordem dos exercícios

 A sequência na qual os exercícios são feitos durante uma sessão tem um impacto na
fadiga muscular e nos efeitos adaptativos do treinamento. Quando diversos grupos
musculares são exercitados em uma única sessão, o que normalmente ocorre na
reabilitação e nos programas de condicionamento, os grandes grupos musculares
devem ser exercitados antes dos pequenos grupos musculares, e os músculos
multiarticulares antes dos uniarticulares. Alem disso, depois de um aquecimento
apropriado, devem ser feitos os exercícios de intensidade mais alta antes do exercícios
de intensidade mais baixa.

Frequência

 Inicialmente, em um programa de exercícios, desde que a intensidade e o numero de


repetições sejam baixos, as vezes sessões curtas podem ser realizadas diariamente,
varias vezes por dia. Essa frequência, em geral, é indicada para pacientes no inicio do
período pós-cirurgico, quando o membro é operado, esta imobilizado e a extensão do
exercício é limitada aos exercícios isométricos de baixa intensidade para prevenir ou
minimizar atrofia. A medida que a intensidade e o volume dos exercícios aumentam, é
comum usar sessões 2 a 3 vezes por semana, em dias alternados, ou ate 5 sessões por
semana. Pode ser obtido um intervalo de repouso de 48 horas no treinamento dos
grupos musculares principais exercitando-se os membros superiores em um dia e os
membros inferiores na sessão seguinte.
 A frequência é novamente reduzida no programa de manutenção para cerca de 2
vezes por semana. Com crianças na pré-puberdade e nos muitos idosos, a frequência
normalmente é limitada a 2 ou 3 sessões por semana.
 Atletas altamente treinados envolvidos em fisicultura, powerlifiting e levantamento de
peso, que conhecem sua própria resposta ao exercícios, normalmente treinam com
alta intensidade e alto volume durante ate 6 dias por semana.

Duração

 Os ganhos de força observados no inicio de um programa de treinamento resistido


(após 2 a 3 semanas) são resultados, sobretudo, da adaptação neural. Para que
ocorram mudanças significativas no musculo, como hipertrofia ou aumento da
vascularização, são necessárias, pelo menos , 6 a 12 semanas de treinamento resistido.

Exercicios aeróbios e anaeróbios


 Anaeróbios – envolve um exercício de alta intensidade (quase máxima) feito com um
numero muito baixo de repetições, porque os músculos se fadigam muito
rapidamente. Os exercícios de fortalecimento estão nessa categoria.
 Aerobio esta associado com exercícios repetitivos de baixa intensidade, de grandes
grupos musculares, feito durante um período. Esse modo de exercício aumenta
principalmente a resistência muscular e cardiopulmonar a fadiga.

Amplitude de movimento: exercício em arco curto e arco completo

 A resistência ao longo da amplitude de movimento completa disponível (exercício em


arco completo) é necessária para desenvolver força ao longo da ADM. As vezes os
exercícios resistidos são executados apenas em uma porção da amplitude disponível e
são conhecidos como exercícios em arco curto. Essa forma de exercício é usada para
evitar um arco de movimento doloroso ou uma parte da amplitude em que a
articulação esta instável, ou para proteger tecidos em cicatrização.

Base teórica e indicações – execercicios isométricos

 Minimizar a atrofia muscular quando o movimento articular não é possível em virtude


de imobilização externa (gesso, tala, tração esquelética).
 Para ativar os músculos (facilitar o disparo muscular) quando se começa a restabelecer
o controle neuromuscular, porem, protegendo os tecidos em cicatrização quando o
movimento articular não é aconselhável após lesão ou cirurgia de tecidos moles.
 Para desenvolver estabilidade postural ou articular
 Para melhorar a força muscular quando o uso do exercício resistido dinâmico poderia
comprometer a integridade articular ou causar dor articular.
 Para desenvolver a força muscular estática em determinados pontos da ADM de
acordo com necessidades especificas ligadas a tarefa.

Duração da ativação muscular – para se obter mudanças adaptativas no desempenho muscular


estático, uma contraçãoisometrica deve ser mantida por pelo menos 6 segundos e não mais do
que 10 segunds, porque a fadiga muscular se desenvolve rapidamente. Isso da tempo
suficiente para que o pico de tensão se desenvolva e ocorram alterações metabólicas no
musculo. Uma contração de 10 segundos permute um tempo de subida de 2 segundos, um
tempo de manutenção de 6 segundos e um tempo de queda de 2 segundos.

 Precaução – é comum prender a respiração durante o exercício isométrico,


particularmente quando se trabalha contra uma resistência substancial. Isso pode
causar uma resposta pressórica decorrente da manobra de vasalva e levar a um
aumento rápido na pressão arterial. Durante o exercício isométrico, deve sempre ser
feita uma respiração rítmica, enfatizando a expiração durante a contração, para
minimiza essa resposta.
 Contraindicação – os exercícios isométricos de alta intensidade podem ser
contraindicados para pacientes com historia de distúrbios cardíacos ou vasculares.

Contração concêntrica – essas contrações aceleram os segmentos do corpo.

Contração excêntrica – essas contrações desaceleram, por exemplo, mudanças súbitas de


impulso. Elas também agem como fonte de absorção de choque durante as atividades de alto
impacto.
 Para reduzir o risco de lesão ou de novas lesões associadas com atividades que
envolvam desaceleração de alta intensidade e mudanças rápidas de direção ou
contrações musculares excêntricas repetitivas o treinamento excêntrico é um
considerado um compenete essecenial dos programas de reabilitação após lesão
musculoesquelética ou cirurgia e em programas de condicionamento. Acredita-se
também que o treinamento excêntrico melhora o desempenho físico ligado aos
esportes

Usamos as duas forças no subir e descer escadas, rampas, levantar de uma cadeira, recolher
um objeto ou e devolve-lo ao chão entre outros. Desse mdo, é aconselhável incorporar uma
variedade de exercícios concêntricos e excêntricos em uma progressão da reabilitação para
pacientes com desempenho muscular comprometido, visando melhorar a força, potencia ou
resistência uscular e para suprir as demandas funcionais necessárias.

Exercício excêntrico vesus concêntrico – características

 Carga maiores podem ser mais bem controladas com o exercício excêntrico do que
com o concêntrico.
 Os ganhos de força e massa muscular induzidos pelo treinamento são maiores com o
treinamento excêntrico com esforço máximo do que com treinamento concêntrico
com esforço máximo
 As adaptações associadas ao treinamento excêntrico são mais especificas para o modo
e velocidade empregados do que as adaptações resultantes do treinamento
concêntrico.
 As contrações musculares excêntricas são mais eficientes em termos metabólicos e
geram menos fadiga do que as contrações concêntricas
 Após um exercício excêntrico de alta intensidade não habitual, há uma incidência
maior e mais grave de dor muscula de inicio tardio do que após o exercícios
concêntrico.

MANOBRA DE VALSALVA

 É definida como um esforço expiratório contra uma glote fechada, precisa ser evitada
durante osexercicios resistidos.
 A monobrade valsalva é caracterizada pela seguinte sequencia: uma inspiração
profunda seguida pelo fechamento da glote e contração dos músculos abdominais.
 Acontece que isso aumenta as pressões intra-abdominal e intratorácica, forçando o
sangue ra fora do coração, causando um aumento abrupto e temporário na pressão
arterial.
 Durante os exercícios, a manobra de Valsalva ocorre mais frequentemente junto as
contrações musculares isométricas e dinâmicas de alto esforço. Tem sido mostrado
que o aumento na pressão arterial induzido por uma contração muscular isométrica é
proporcional a porcentagem da força voluntaria máxima exercida.

Pacientes de risco

O risco de complicações em consequência de um aumento rapidona pressão arterial é


particurlamente alto em pacientes com historia de doença coronariana, infarto do
miocárdio, distúrbios cerebrovasculares ou hipertensão. Também correm riscos os
pacientes que fizeram neurocirurgia ou cirurgia ocular, ou que apresentam lesões nos
discos intervertebrais. Os pacientes de alto risco precisam ser monitorados de perto.

Prevenção durante o exercício resistido

 Alerte o paciente sobre o problema de prender a respiração


 Peça ao paciente para respirar de maneira rítmica, contar ou falar durante o
exercício
 Faça o paciente expirar quando estiver levantando e inspirar quando estiver
abaixando a carga.
 Certifique-se de que os pacientes de alto risco evitem exercícios resistidos de alta
intensidade.

Dor muscular de inicio tardio

 Após um treinamento resistido vigoroso não habitua, ou após qualquer forma


de esforço muscular excessivo, a dor muscular de inicio tardio, observável no
ventr muscular ou na junção miotendinea, começa a se desenvolver
aproximadamente de a horas após o exercício ter cessado. Embora o curso de
tempo varie, os sintomas, que podem durar ate a dias, dissipam-se
gradualmente.
 Acumulo de acido lático durante atividade física, presente no sangue e no
musculo, por isso que mães não podem amamentar ate uma hora após
atividades físicas. Vão esta transferindo acido lático, uma substancia toxica
para o bebe.

Fratura patológica

 Osteoporose – perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos enfrequecidos.


 Osteopenia – é a perda gradual de massa óssea, podendo ser levado a osteoporose. .
 enquanto a osteopenia é um quadro que pode ser revertido ou protelado, a
osteoporose é uma doença sem cura e difícil de reverter
 para quem tem essas doenças as fraturas mais comuns são nas vertebras, quadris,
punhos e costelas, portanto um programa de exercícios resistidos tem que ser bem
elaborado, considerando esses riscos.
 Os exercícios resistidos é um bom aliado da osteoporose, mais tem que vero risco de
fratura patológica. O treinamento resistido seguro e bem sucedido para esses
pacientes impõe uma carga suficiente (maior do que a regularmente imposta nas
atividades dirias) para alcançar as metas do programa de exercícios (o que inclui
aumentar a densidade óssea e melhorar o desempeho muscular e as habilidades
funcionais), mais não uma carga tão pesada que possa causar fratura patológica.

Diretrizes para o treinamento resistido e precauções para reduzir o risco de fratura patológica

 Intensidade do exercício – Evite treinamento com peso de alta intensidade (carga


elevada) e alto volume. Dependendo da gravidade da osteoporose, começar o
treinamento com pesos com intensidade baixa 40 % a (60% de RM) progredindo para
intensidade moderada (60% a <80% DE 1RM)
 Repetições e series – No inicio, fazer apenas uma serie de vários exercícios com 8 a 12
repetições cada, nas primeiras 6 a 8 semanas.
 Progrida a intensidade e o volume (repetições) gradualmente; por fim,
desenvolva ate 3 a 4 series com níveis de intensidade moderados.
 Frequencia – fazer exercícios de levantamento de peso 2 a 3 vezes por semana.
 Tipo de exercício – integrar atividades de apoio de peso no treinamento resistido,
porem, com as seguintes precauções:
 Evite atividades de alto impacto, como saltos ou pulos. Faça a maioria dos
exercícios de fortalecimento em posturas com apoio de peso que induzam
baixo ou nenhum impacto, como avanços ou subidas e descidas no degrau
contra resistência adicional (pesos de mão, colete com peso ou resistência
elasticca)
 Evite movimentos de alta velocidade na coluna ou membros.
 Evite flexão de tronco com rotação e flexão da coluna resistida no final da
amplitude que podem colocar cargas excessivas na porção anterior das
vertebras, resultando potencialmente em fraturas por compressão anterior,
encunhamento do corpo vertebral e diminuição da altura.
 Evite atividades com apoio de peso de membros inferiores que envolvam
movimentos de torção dos quadris, particularmente se houver evidencias de
osteoporose na região proximal do fêmur.
 Para evitar perda de equilíbrio durante o exercícios de bipedestação para
membros inferiores, faça o paciente segurar em uma superfície estável, como
um balcão para garantir o equilíbrio. Se o paciente tiver alto risco par quedas
ou uma historia de quedas, faça os exercícios em uma cadeira para prover
apoio de peso por meio da coluna.
 Em classes de exercícios em grupo, tenha uma proporção baixa de
participantes por instrutor; para pacientes com alto risco de quedas ou historia
previa de fratura, considere a supervisão direta, um para um, com outra
pessoa treinada.

Contraindicações para o exercício resistido

 Dor – dor articular ou muscular intensa durante movimentos ativos livres (sem
resistência), os exercícios dinâmicos não devem ser iniciados. Durante o teste, se um
paciente sentir dor muscular aguda durante uma contração isométrica resistida, os
exercícios resistidos estáticos ou dinâmicos não podem ser iniciados. E se o paciente
sentir dor que não possa ser eliminada reduzindo a resistência, o exercício deve ser
interrompido.
 Inflamação – os exercícios resistidos dinâmicos são contraindicados na presença de
uma inflamação aguda de uma articulação. O uso do exercício resistido dinâmico pode
irritar uma articulação e causar mais inflamação. Exercício isométricos (estáticos) leves
contra uma resistência insignificante são apropriados.
 Doença cardiopulmonar grave – doenças cardíacas ou respiratórias graves ou
distúrbios associados com sintomas agudos contraindicam o treinamento resistido. Por
exemplo, pacientes com doença coronariana grave, cardite ou miopatia cardíaca não
devem participar de atividades físicas vigorosas, incluindo o programa de treinamento
resistido, tampouco pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão ou
disritmias descontroladas. Após um infarto do miocárdio ou cirurgia de
revascularização coronariana, o treinamento resistido deve ser protelado por pelo
menos 5 semanas (o que inclue a participação em 4 semanas de treinamento de
condicionamento físico supervisionado para reabilitação cardíaca) e deve ter sido dada
a libertação pelo medico do paciente.

Resumo das diretrizes para treinamento resistido em programas de condicionamento para


adultos saudáveis 50 a 60 anos

1. Antes do treinamento resistido, faça atividades de aquecimento, seguidas de


exercícios de flexibilidade
2. Faça exercícios dinâmicos ao longo de toda a ADM disponível e indolor, visando
aos grande grupos musculares do corpo (aproximadamente 8-10 grupos
musculares dos membros superiores, inferiores e tonco para o preparo muscular
total.)
3. Equilibre exercícios de predomínio flexor (puxar) com exercícios de predomínio
extensor (empurrar)
4. Inclua tanto ações musculares concêntricas (levantar) quanto excêntricas (abaixar)
5. Intensidade: use exercícios de intensidade moderada (60 a 80% de 1 RM) que
permitam 8 a 12 repetições de cada exercício por serie.
 Aumente a intensidade de maneira gradual (incrementos cerca de 5%)
para progredir o programa conforme a força e a resistência muscular a
fadiga forem melhorando.
6. Series: 2 series progredindo para 4 series cada exercícios.
7. Intervalos de descanso: de 2 a 3 minutos entre series. Enquanto um grupo
muscular descansa, outro se exercita.
8. Frquencia: 2 a 3 vezes por semana.
9. Use velocidades de movimentos lentas a moderadas
10. Use movimentos rítmicos, não balísticos e controlados.
11. Os exercícios não devem interferir na respiração normal.
12. Sempre que possível, treine com um parceiro para obter feedback e assistência.
13. Faça o desaquecimento após completar os exercícios
14. Após uma interrupção de mais de 1 a 2 semanas, reduza a resistência e o volume
ao reiniciar o treino com peso

Treinamento resistido para adultos mais velhos 60 65 anos - diretrizes e considerações


especiais

a) Garanta a aprovação do medico do participante para iniciar os exercícios


b) Institua uma supervisão próxima durante as fases iniciais do treinamento para garantir
a segurança.
c) Monitore os sinais vitais,particularmente quando for vanças no programa
d) Faça pelo menos 5 a 10 minutos de aquecimento antes de cada sessão de exercícios
resistidos
e) Intensidade: comece com exercícios de níveis de resistência baixos (40 a 60% da 1 RM
estimada) a moderados (60 a 80%) em um nível que permita 10 a 15 repetições.
- progrida aumentando as prepetições; mais tarde, aumente a resistência, aos poucos.
- mantenha a intensidade dos exercícios excêntricos na faixa baixa a moderada para
reduzir o risco de dano aos tecidos moles
- ao longo do programa, evite exercícios de alta resistência para evitar cargas
excessivas nas articulações
- reduza a intensidade e o volume do treino com peso em 50% após uma interrupção
de 1 a 2 semanas sem o programa
f) Repetições e series: faça pelo menos uma serie de 8 a 12 repetições de cada exercício,
progredindo de modo gradual ate 2 ou 3 series.
g) Intervalos de repouso – permita um intervalo de repouso de 48 horas entre as sessões
h) Frequência – execute o treinamento resistido dois ou mais dias por semana.
i) Inclua exercícios com apoio de peso de baixo impacto (avançoes parciais,
agachamentos, subida e descida do step) contra a resistência do peso corporal.
j) Exercite todos os grupos musculares principais dos membros superiores, inferiores e
tronco.
k) Modifique os exercícios se houver alterações posturais ligadas a idade, como um cifose
excessiva, que possam alterar a biomecânica de um exercício.
l) Evite treinamento resistido com predomínio flexor que possa enfatizar alterações
posturais
m) Quando possível, use aparelhos com pesos que permitam ao participante realizar
exercícios na posição sentada, para evitar perda de equilíbrio.

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