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R.

CINESIOTERAPÊUTICOS
EXERCÍCIO TERAPÊUTICO E SEUS IMPACTOS NA FUNÇÃO
FÍSICA
O EXERCÍCIO TERAPÊUTICO mediante a resposta do paciente e do conhecimento do processo
de recuperação.

- Exercício terapêutico é o treinamento planejado e sistemático de 7. PACIENTE COMO UM TODO= indivíduo lesionado deve estar
movimentos corporais, posturas ou atividades físicas com vistas a muito bem sintonizado com as áreas afetadas do corpo, ou seja, o
proporcionar ao paciente meios de: corpo inteiro deve ser o foco do tratamento.
• Tratar ou prevenir deficiências.
ASPECTOS DA FUNÇÃO FÍSICA: DEFINIÇÃO DOS
• Melhorar, restaurar ou potencializar a função flsica . TERMOS BÁSICOS

• Prevenir ou reduzir fatores de risco ligados à saúde. 1.

• Otimizar o estado de saúde geral, seu preparo tisico ou sensação


de bem-estar.

• Condicionamento aeróbio e recondicionamento.

• Exercício de desempenho muscular.

• Controle postural, biomecânica e exercícios de estabilização.

• Exercícios de equilíbrio e treino de agilidade; exercícios de


relaxamento.

• Treinamento funcional específico de cada área.

FUNDAMENTOS DO EXERCÍCIO FÍSICO:

- Os exercícios terapêuticos fundamentam-se na relação


fisioterapeuta-paciente/cliente, considerando muito a avaliação
inicial para o estabelecimento de metas e intervenções que
permitam o alcance desses objetivos e assim delinear o melhor
prognóstico possível para o paciente. EQUILÍBRIO= É a capacidade física obtida em virtude de uma
combinação de ações musculares, com o propósito de assumir,
- Dessa forma, destaca-se muito a motivação que é estabelecida sustentar e alinhar o corpo, posicionado sobre uma base contra a
pela comunicação do terapeuta-paciente. ação de forças externas e da gravidade, de maneira estática ou
com movimento, dentro da base de apoio disponível, sem cair.
- O exercício terapêutico é fundamentado em sete princípios que Além disso, existe a presença de interações entre os sistemas
norteiam toda a prática profissional: sensorial e motor.

1. EVITAR O AGRAVAMENTO= o exercício terapêutico, quando 2. PREPARO CARDIOPULMONAR= A capacidade de um indivíduo


realizado de forma incorreta ou sem bom senso, aumenta a de se envolver em atividades prolongadas de corpo inteiro com
chance de piorar a lesão. baixa intensidade, como andar de bicicleta, nadar, caminhar e
correr.
2. ADESÃO= para que um programa de tratamento seja bem
sucedido, o paciente deve estar comprometido, o que é alcançado 3. COORDENAÇÃO= A coordenação motora é definida como a
quando o paciente conhece bem seu programa de tratamento. capacidade de usar, de forma eficiente, os músculos do corpo e
obedecer os comandos que o cérebro envia ligados aos
3. URGÊNCIA= o início deve ser tão logo quanto possível, sem componentes de aptidão motora como: equilíbrio, velocidade,
agravar a lesão, uma vez que repouso por tempo acima do agilidade, força e resistência. Baseia-se no movimento suave, de
necessário é prejudicial para a recuperação do paciente. forma consciente ou inconsciente.

4. INDIVIDUALIZAÇÃO= cada pessoa reage de maneira diferente 4. FLEXIBILIDADE= é a qualidade física responsável pela


a uma lesão e a um programa de exercício terapêutico, já que execução voluntária de um movimento de amplitude angular
diferenças químicas e fisiológicas afetam profundamente as máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro
respostas de um paciente a uma lesão. dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão.

5. SEQUENCIAMENTO ESPECÍFICO= é determinado pela  Flexibilidade Ativa


resposta fisiológica do corpo.  Flexibilidade Passiva
 Flexibilidade Anatômica
6. INTENSIDADE= deve ser desafiadora para o paciente e para a
área lesionada, mas não pode agravar a lesão, determinada IMPORTANTE!!!
A flexibilidade depende diretamente da elasticidade muscular,
para que haja a máxima amplitude de movimento necessárias 9. ESTABILIDADE= O sistema neuromuscular tem a capacidade
para a execução de qualquer atividade. de manter uma posição estável de um segmento corporal proximal
ou distal, bem como regular uma base estável durante a execução
5. MOBILIDADE= A habilidade de estruturas ou segmentos do de movimentos complexos por meio do uso de contrações
corpo de se moverem ou serem movidos de modo a permitir a musculares sinérgicas. A estabilidade articular, por outro lado,
ocorrência da adequada amplitude de movimento (ADM) para as refere-se à preservação do alinhamento apropriado dos
atividades funcionais (ADM funcional). A mobilidade passiva componentes esqueléticos de uma articulação, o que é alcançado
depende da extensibilidade dos tecidos moles (contráteis e não por meio de mecanismos passivos e dinâmicos.
contráteis); a mobilidade ativa requer também ativação
neuromuscular. OBSERVAÇÃO!!!

7. DESEMPENHO MUSCULAR= A capacidade do músculo de  Os sistemas do corpo que controlam cada um desses
produzir tensão e realizar trabalho tisico. O desempenho muscular aspectos da função física reagem, adaptam-se e
engloba FORÇA, POTÊNCIA E RESISTÊNCIA MUSCULAR À desenvolvem-se em resposta às forças e sobrecargas
FADIGA. tisicas (sobrecarga = força/área) impostas aos tecidos
que constituem os sistemas corporais.
8. CONTROLE NEUROMUSCULAR= Os sistemas sensorial e
motor interagem entre si para permitir a coordenação dos  A deficiência de um ou mais sistemas corporais e a
músculos sinérgicos, agonistas e antagonistas, estabilizadores e subsequente deficiência de qualquer aspecto da
neutralizadores. Ao prever ou responder a informações função física, separadamente ou em conjunto. podem
proprioceptivas e cinestésicas, eles trabalham na sequência resultar em limitação funcional e incapacidade para
apropriada para criar movimentos harmoniosos. executar ou participar das atividades da vida diária.

Músculos
 As intervenções com exercidos terapêuticos
envolvem a aplicação de cargas e forças físicas
cuidadosamente graduadas que são impostas aos
SINERGISTAS: são aqueles que participam auxiliando a sistemas corporais, tecidos específicos ou estruturas
movimentação principal ou estabilizando as articulações individuais comprometidos de modo controlado,
para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a progressivo e seguro para reduzir os
ação principal. Ou seja, quando comprometimentos físicos e melhorar a função.
diferentes músculos realizam o mesmo movimento de forma
simultânea. TIPOS DE INTERVENÇÕES COM EXERCÍCIO
TERAPÊUTICO

- Os procedimentos que usam exercícios terapêuticos incorporam


uma ampla variedade de atividades, ações e técnicas.

- As técnicas escolhidas para um programa de exercícios


terapêuticos individualizado baseiam-se na determinação, feita
pelo fisioterapeuta, da causa ou causas subjacentes às
deficiências, limitações ou restrições à participação (limitações
AGONISTAS: são os músculos principais que ativam um funcionais ou incapacidade) do paciente.
movimento específico do corpo, eles se contraem
ativamente para produzir um movimento desejado. 

ANTAGONISTAS: músculos que se opõem à ação dos


agonistas. Quando o agonista contrai, o antagonista relaxa
progressivamente produzindo um movimento suave. 

ESTABILIZADORES: estabilizam uma articulação, são


compostos por fibras de contração lenta para atividades de
resistência e mantêm a postura corporal.
Músculos do Ombro (estabilizadores)

TIPOS DE EXERCÍCIO

1. PASSIVO
- São aqueles realizados com o auxílio de uma força externa para
realizar o estiramento do músculo a ser alongado, é lento e
progressivo, onde objetiva-se ganho da amplitude de movimento.
Flexão do braço
- O princípio de baixa carga deve ser sempre respeitado para
evitar complicações, como a lesão da unidade contrátil por causa
do comprimento muscular inadequado.
NEUTRALIZADORES: um músculo se contrai para eliminar
INDICAÇÕES:
uma ação articular indesejável de outro músculo. Forças
podem ser transferidas entre dois músculos adjacentes,
complementando a força no músculo alvo.
• Redução da dor na fase de reparo do processo de cicatrização:
elemento que acelera a melhora do paciente e permite o retorno da
função.

• Avaliação das estruturas articulares e contráteis: utilizada


também como método de avaliação, destacando sua variabilidade
de utilizações.

• Prevenção de complicações artrocinemáticas: por manter a


função de toda a articulação, que é permitir o movimento humano.

• Recuperação da amplitude de movimento: necessária para a


execução de atividades de vida diária.

• Instabilidade funcional, promovendo a ativação dos


mecanorreceptores e permitindo que as estruturas articulares
sejam trabalhadas.

2. ATIVO
• Melhora da circulação local, mantendo e até amplificando o
movimento, em casos de entorses.
- Os exercícios ativos, por outro lado, são aqueles executados de
• Geração de movimento a fim de vencer as barreiras de
forma voluntária pelo paciente. Logo, a cinesioterapia ativa
movimentos provocadas pela fibrose.
representa a participação ativa do paciente na execução dos
motivos.
• Interrupção dos problemas provocados pela imobilização
prolongada, tais como o edema, a retração e a dor.
- Para esses casos, portanto, é preciso que a musculatura a ser
trabalhada esteja em condições de realizar os movimentos, isto é,
TIPOS:
pessoas que não estão impossibilitadas.
A) PASSIVO NORMAL
INDICAÇÕES:

 Sempre que um paciente for capaz de contrair os músculos


ativamente e mover um segmento, com ou sem assistência, faz-se
uso da ADM ativa.

 Quando um paciente possui uma musculatura fraca e é incapaz


de mover uma articulação por toda a amplitude desejada (em
geral, contra a gravidade), ela pode ser usada para fornecer
ajuda suficiente para os músculos, de maneira cuidadosamente
controlada, para que possam funcionar em nível máximo e ser
fortalecidos de forma progressiva.

 Quando um segmento do corpo é imobilizado por certo período


B) CONTÍNUO= refere-se ao movimento passivo feito por um de tempo, a ADM ativa é usada nas regiões acima e abaixo do
dispositivo mecânico que move uma articulação de forma lenta e segmento imobilizado para manter essas áreas na condição mais
continuada ao longo de uma ADM controlada. normal possível e para prepará-las para atividades novas, como
a deambulação com muletas.

 Pode ser usada em programas de condicionamento aeróbio e


para aliviar a tensão decorrente de posturas prolongadas.

TIPOS:

A) ATIVO – LIVRE= Os exercícios ativos livres são aqueles


realizados pelo próprio indivíduo, sem auxílio de uma segunda
pessoa ou até mesmo de outro segmento corporal, e onde a única
resistência aplicada ao movimento é a ação da gravidade dobre o
segmento ou corpo do indivíduo, independentemente de sua
posição.

C) AUTO-PASSIVO= o próprio indivíduo faz o exercício, utilizando


de ferramentas ou até partes do seu corpo pra ajudar no
movimento.

B) ATIVO – ASSISTIDO= Os exercícios ativos assistidos são


aqueles em que, durante algum momento da realização do
movimento, ocorre auxílio para a realização do mesmo, por uma
segunda pessoa ou mesmo por outro segmento corporal.

IMPORTANTE!

Os exercícios ativos assistidos são muito utilizados nos


processos de reabilitação onde um determinado paciente
possui grau de força muscular baixo insuficiente para vencer
a força da gravidade ou para vencer baixas resistências e é,
desta forma auxiliado por uma segunda pessoa, no caso da
reabilitação, um fisioterapeuta.

C) ATIVO – RESISTIDO= Os exercícios ativos resistidos são


aqueles em que é imposta uma resistência externa ao indivíduo,
independente da intensidade da resistência e dos objetivos do
exercício.

FATORES QUE AFETAM A ADESÃO AOS EXERCÍCIOS

DEFICIÊNCIAS FÍSICAS MAIS COMUNS TRATADAS


COM EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS

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