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Mobilização Articular

PROF° MSC. LEANDRO LIMA


RECURSOS TERAPÊUTICOS MANUAIS
FISIOLEANDROLIMA@GMAIL.COM
Mobilização Articular

Todo movimento está ligado a uma


posição de início e outra de término.
Estas posições podem ser de caráter
passivo ou ativo.
Posições Iniciais (PI)

 Em Pé (Ortostática): posição difícil de manter, pois, exige


muito equilíbrio e estabilidade para o alinhamento correto
do corpo.

 Ajoelhado: a parte inferior do MI (a perna) está relaxada


com o corpo estabilizado sobre os joelhos fletidos
levemente separados e os pés em flexão plantar (quando
ficamos nas pontas dos pés, ou seja, quando aplicamos
uma força para baixo, fazemos a flexão plantar); o resto
do corpo é mantido como na PI em pé; é desconfortável
para a maioria das pessoas, mas é bastante efetiva para
treinar o controle do quadril e preparo para a posição em
pé.
Posições Iniciais (PI)

 Sentado (Sedestação): deve-se sentar com as coxas apoiadas,


quadril e joelhos em flexão de 90°; pés apoiados no solo; resto do
corpo como na PI em pé.
 Deitado (Decúbitos): é a PI mais fácil, adequada para muitos
exercícios e o esforço muscular é mínimo; a coluna vertebral é
aliviada do peso da cabeça e dos MMSS, portanto, é uma posição
ideal para o tratamento de comprometimento da coluna.
 Em suspensão: o corpo fica suspenso enquanto a paciente segura
em uma barra horizontal, com as mãos separadas acompanhando
a abertura dos ombros; quando o peso dos ombros é tirado da
coluna e transmitido para os MMII, a coluna é alongada.
Mobilização Passiva

Movimento dentro da amplitude de


movimento livre, que é produzido
inteiramente por uma força externa, não há
contração muscular voluntária. A força
externa pode vir da gravidade, de um
aparelho, de outra pessoa ou de uma parte
do corpo do próprio individuo.
Indicações da Mobilização
Passiva

 Manter a integridade da articulação ou tecido mole;


 Minimizar efeitos da formação de contraturas;
 Manter elasticidade mecânica do músculo;
 Promover circulação vascular;
 Manter liquido sinovial para nutrição das cartilagens e difusão de
substâncias dentro da articulação;
 Diminuir ou inibir dor;
 Auxiliar o processo de cicatrização após uma lesão ou cirurgia;
 Ajudar a manter a consciência de movimento do paciente;
Também é utilizado para determinar a elasticidade do músculo e outros
tecidos moles, para determinar limitações de movimento e estabilidade
articular.
Mobilização Ativa

Produzido por um movimento com


contração ativa dos músculos que
cruzam aquela articulação. Pode ser
do tipo isotônica, onde pode ocorrer
a aproximação das fibras musculares
(estão no sentido de um centro único)
denominada de contração
concêntrica, ou ocorrer o
afastamento das fibras musculares
denominada de contração
excêntrica. Nas contrações
isométricas ocorre a contração
muscular, porém não há arco de
movimento.
Indicações da Mobilização
Ativa

 Alcançar as mesmas metas da AM passiva com os benefícios adicionais


de resultar em contração muscular;
 Manter elasticidade e contratilidade fisiológicas dos músculos
participantes;
 Dar feedback sensorial dos músculos em contração;
 Promover estímulos para integridade óssea e articular;
 Aumentar a circulação e evitar a formação de trombos;
 Desenvolver coordenação e habilidades motoras para atividades
funcionais.
Contraindicações

 Imediatamente após rupturas


agudas, fraturas e cirurgias;
 Movimentos onde ocorre
aumento da dor e inflamação;
 Processos inflamatórios agudos;
 Dor articular ou muscular severa;
 Dor muscular imediata ou tardia.
Mobilização Ativo-Assistido

Exercício no qual o paciente realiza o movimento com


auxilio do fisioterapeuta e este auxilio será dado
somente depois que o paciente realizar o movimento
que ele consegue de acordo com a capacidade do
músculo solicitado.

Obs: As indicações e as contra indicações para a


execução deste tipo de exercício são as mesmas do
exercício ativo, considerando-se que sempre haverá
alguma limitação e então o paciente necessitará de
auxílio para terminar o movimento.
Mobilização Ativo-Resistido

É uma forma de exercício na qual há uma contração


muscular voluntária, ou seja, o paciente realiza o
movimento e esta contração é resistida por uma força
externa manual ou mecânica; esta força externa vai ser
aplicada de acordo com o potencial do músculo.
Conceito de Barreira

 Amplitude do movimento total: Limitada pela


integridade de ligamentos, cápsula, músculos e
fáscias.

Ultrapassar essa barreira causa lesão

AMPLITUDE DO MOVIMENTO TOTAL


Amplitude de Movimento
Passivo

 A tensão neste ponto foi retirada da articulação,


ligamentos, cápsula.. Também chamada de
barreira elástica.
RESTRIÇÃO

FLUIDEZ
Amplitude de Movimento Ativo

A sensação terminal normal se deve à resistência e a


tensão de dentro do músculo e dos elementos fasciais.
Quando Há encurtamento miofascial essa amplitude diminui.

MOVIMENTO ATIVO
DISPONÍVEL
Amplitude Reduzida
(Encurtamento Miofascial)
MOBILIZAÇÃO PASSIVA

Técnicas passivas de baixa velocidade usadas para tratar


disfunções articulares como a rigidez, hipomobilidade e dor.

Movimentos Fisiológicos

 Tipos Mov. Integrantes


Movimentos acessórios
Mov. Intra-articulares
Manipulação

 Técnica passiva usando movimentos


fisiológicos ou acessórios aplicados
bruscamente com alta velocidade.
A alta velocidade de aplicação de
técnicas de manipulação não permite
que o paciente tenha controle da
execução das mesmas.
 Osteopatia , thrust, Quiropraxia...
Tipos de articulação

 Ovóide : uma superfície é convexa e outra é côncava


 Selar: uma superfície é côncava em uma direção e
convexa na outra, com a superfície oposta convexa e
côncava.
Movimentos Artrocinemáticos

• Giro
• Rolamento
• Tração
• Compressão
• Deslizamento
Rolamento

 As superfícies são incongruentes.


 Novos pontos de uma superfície encontram novos pontos
na superfície oposta.
 Ocorre na mesma direção que a oscilação.
 Causa compressão de um lado e separação de outro.
O rolamento é sempre na mesma
direção que o movimento ósseo
mesmo convexo ou côncavo.
Deslizamento

 As superfícies são planas


 Se o osso que se move for convexo : deslizamento
ocorre na direção oposta à do movimento .
 Se osso que se move for côncavo : deslizamento na
mesma direção do movimento.
 Regra do convexo- côncavo
Regra do convexo-côncavo

Movimento Movimento

Rolamento
Rolamento

Deslizamento
Deslizamento
Giro

 Rotação de um segmento sobre um eixo estacionário.


 Ocorre em combinação com o rolamento e
deslizamento.
Compressão

 Diminuição do espaço
articular
 Cargas compressivas
normais: nutrição
 Cargas compressivas
altas: deterioração
 Contração muscular e
rolamento:
compressão .
Tração

 Separação das superfícies.


 Controla a dor e alonga a cápsula retraída

DESLIZAMENTO TRAÇÃO
TÉCNICAS OSCILATÓRIAS
GRADUADAS
 G1- pequena amplitude no início da
amplitude do movimento.
 G2- grande amplitude no meio da
amplitude do movimento , não atingindo o
limite.
 G3- grande amplitude até o limite da
mobilidade existente.
 G4- pequena amplitude no limite da
mobilidade existente e forçadas na
resistência.
 G5- thrust em alta velocidade
TÉCNICAS OSCILATÓRIAS
GRADUADAS

1
ALON
2 GA.

4
MOBILIDADE INTRA-
ARTICULAR EXISTENTE
APLICAÇÕES

 GRAU I E II : ANALGESIA (fase aguda)


 GRAUII E IV : AUMENTAR A ADM (fase
subaguda e crônica)
VELOCIDADE E DURAÇÃO

 GRAU I E IV : OSCILAÇÕES RÁPIDAS


3 à 4 SEGUNDOS .
 GRAU II E III : OSCILAÇÕES
REGULARES 1 À 2 MINUTOS.
TÉCNICAS COM TRANSLAÇÃO
MANTIDA
 GRAU 1 : tração articular de pequena
amplitude.(analgesia)
 GRAU 2 : deslizamento suficiente para
tensionar os tecidos ao redor da
articulação.(manter a ADM)
 GRAU 3 : tração e deslizamento suficiente
para alongar a cápsula e tecidos vizinhos.
(↑ ADM)
TÉCNICAS COM TRANSLAÇÃO
MANTIDA

1
ALON
G
2

MOBILIDADE INTRA-
ARTICULAR EXISTENTE
AVALIAÇÃO

 Exame físico
 Estágio da recuperação
 Tratamento
 Seleção
 Tempo
 Técnicas
OBSERVAÇÕES

 Posição do paciente.
 Posição da articulação.
 Estabilização.
 Força do tratamento.
 Direção do movimento.
 Reavaliação
 Programa total de reabilitação.
Vantagens da mobilização

 Dosagem da força
 Força aplicada perto da articulação
 Força seletiva , aplicada no tecido
desejado.
 A direção da mobilização
acompanha a mecânica articular.
EFEITOS

 Nutrição da cartilagem
 Mantém a extensibilidade nos tecidos articulares
 Analgesia e diminuição do espasmo muscular.
 Estímulo proprioceptivo.
 Aumento ou manutenção da ADM
 Aumenta a velocidade de execução do
movimento
 Recupera ou melhora a função estabilizadora.
INDICAÇÕES

 Hipomobilidade articular reversível.


 Disfunções musculoesqueléticas e
articulares
 Doenças do sistema nervoso
 Traumas
 Limitação progressiva
 Imobilidade funcional
CONTRA-INDICAÇÕES

 Espondilolistese, hipermobilidade, lesões vertebrais


com compressão de raízes nervosas, compressão
da cauda eqüina ou da medula (mielopatia) e
estenoses.
 Fraturas não consolidadas, fratura por stress,
luxação e lesões ligamentares agudas.
 Tumores e Infecções
 Efusão articular
 Osteoporose
 Doenças inflamatórias (espondilite anquilosante,
artrite reumatóide)
 Problemas psicológicos, espasmo intenso.
 Má formação congênita
Precauções

 Dor excessiva
 Artroplastias totais.
 Tecidoconectivo recém-formado,
após lesões ou cirurgias.
 Idosos e crianças.
 Pacientes hemofílicos
Hipomobilidade e Hipermobilidade
reacional compensatória

 Uma hipomobilidade corresponde a uma


restrição de movimento em algum dos eixos de
movimento.

 Uma hipomobilidade pode provocar uma


hipermobilidade reacional e compensatória,
levando a sintomas à distância.

 As hipomobilidades devem ser tratadas e não as


hipermobilidades, mesmo sendo muitas vezes
estes o local de dor.
Mobilização Articular

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