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Curso de Testes Especiais em

Fisioterapia

MÓDULO II

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MÓDULO II

TESTES ESPECIAIS PARA O MEMBRO SUPERIOR


U

OMBRO
U

A Articulação do ombro é uma das mais envolvidas em traumas diretos e


indiretos. As tendinites, tenossinovites, bursites são as patologias mais comuns
desse segmento. O manguito rotador formado pelos tendões supra-espinhoso, infra-
espinhoso, redondo menor e subescapular, além do tendão da cabeça longa do
bíceps poderá sofrer desgastes e inflamações que irão degenerar a sua estrutura e
comprometer as suas funções. Abaixo apresentamos alguns dos principais testes
especiais para esse segmento.

TESTE DE IMPACTO DE NEER


U

Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: em pé e de costas para o avaliador.

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Descrição do teste: o teste clássico de Neer proporciona o choque ou
impacto do tubérculo maior do úmero contra a face ântero-inferior do acrômio e com
a presença de uma bursite ou inflamação do tendão supra-espinhoso, a manobra
será dolorosa para o paciente. O terapeuta elevará passivamente o membro superior
do paciente em toda a sua amplitude.

Sinais e sintomas: com a elevação do membro superior o paciente sofre


uma forte dor em toda a extensão da face ântero-lateral do ombro até o cotovelo.

• OBS: não se recomenda fazer o teste, repetidas vezes, por ser


muito doloroso ao paciente.

TESTE DE HAWKINS-KENNEDY
U

Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: idem ao teste anterior.

Descrição do teste: o terapeuta deverá apoiar a sua mão no ombro do


paciente e com a outra mão conduzir o cotovelo em flexão de 90º de rotação externa
para interna. Esse teste proporciona o atrito do tendão supra-espinhoso sob a
abóboda acromial, podendo reproduzir a sintomatologia dolorosa.

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Sinais e sintomas: o paciente no momento do teste refere dor ao
movimento que abrange o ombro e a face ântero-lateral do braço.

TESTE DO IMPACTO DE YOKUM


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Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: em pé com o braço acometido em flexão e adução,


cotovelo a 90º e mão apoiada no ombro oposto.

Descrição do teste: o terapeuta, em frente ao paciente, instrui para que o


mesmo realize uma flexão do braço até o cotovelo tocar a testa. O terapeuta poderá
auxiliar o paciente a elevar ainda mais o cotovelo, isso irá exacerbar os sintomas de
uma tendinite ou alguma lesão na articulação acromioclavicular.

Sinais e sintomas: tanto para o quadro de tendinite do supra-espinhoso


como no caso de uma artrite acromioclavicular o paciente manifestará dor no ápice
do ombro.

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TESTE DE JOBE
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Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: em pé, de frente para o examinador.

Descrição do teste: o terapeuta instrui o paciente para realizar uma flexão e


abdução de 30º de membros superiores e uma rotação interna, apontando os
polegares para o chão. O terapeuta impõe uma resistência com ambas às mãos na
altura do cotovelo do paciente e pede que o mesmo realize uma flexão contra a
resistência.

Sinais e sintomas: no momento do teste o paciente irá referir dor na face


ântero-lateral do ombro ou fraqueza, caso apresente alguma inflamação ou até
mesmo alguma ruptura do músculo supra-espinhoso.

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TESTE DO BÍCEPS OU TESTE DE SPEED OU PALM-UP TEST
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Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: paciente em pé, em frente ao examinador com o


membro superior em posição de extensão máxima, supinação e rotação externa.

Descrição do teste: o terapeuta deverá impor uma resistência ao


movimento de flexão do membro superior do paciente estando o mesmo com o
cotovelo em extensão. Este teste serve para detectar a presença de inflamação na
bainha que recobre a porção longa do músculo bíceps.

Sinais e sintomas: durante o teste, o paciente refere dor localizada na


porção inicial do tendão do bíceps no sulco intertubercular ou ainda impotência
funcional de todo o membro superior quando da presença de uma inflamação.

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TESTE DO INFRA-ESPINHAL DE PATTE OU TESTE DE PATTE
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Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: em pé e de costas para o examinador.

Descrição do teste: o terapeuta instrui o paciente para que realize uma


abdução de braço a 90º, flexão do cotovelo à 90º e rotação externa do braço contra
a resistência imposta por sua mão na altura do punho do paciente. Esse teste será
mais direcionado para o tendão do músculo infra-espinhoso. Sugere-se que o
movimento inicie com o braço ainda em rotação interna e após realize o movimento
de rotação externa contra resistência gradual do terapeuta.

Sinais e sintomas: durante o teste, o paciente sentirá uma dor na altura do


ombro, que poderá descer pela face ântero-lateral do braço, ou ainda uma
impotência funcional do membro superior em casos de ruptura do Manguito Rotador.

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TESTE DE GERBER OU LIFT OFF TEST
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Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: em pé de costas para o examinador.

Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente que realize uma adução


e rotação interna do membro superior a ser avaliado e pede ao paciente que coloque
o dorso da mão na altura da região lombar. Após o terapeuta pede para que o
paciente afaste o dorso da mão da lombar. Caso o paciente não consiga levar o
braço até a posição ou não consiga afastá-lo da região lombar indica inflamação ou
até mesmo ruptura do músculo subescapular.

Sinais e sintomas: o paciente apresentará dificuldade para rodar


internamente o braço e não conseguirá afastar o dorso da mão da região lombar
caso esteja com inflamação ou ruptura do músculo subescapular.

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TESTE DE FLEXÃO-ADUÇÃO OU CROSS ARM TEST
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Fonte: (Konin, Wiksten, Isear, 2001)

Posição do paciente: sentado com o membro superior a ser avaliado em


flexão de 90º, rotação interna e adução horizontal máxima.

Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente para realizar uma flexão


de braço a 90º e uma adução horizontal ativa. O terapeuta poderá auxiliar o
movimento.

Sinais e sintomas: o paciente manifestará dor ou no ápice do ombro em


caso de alguma patologia da articulação acromioclavicular ou se a dor for localizada
mais na parte anterior do ombro indica patologia nos tendões do manguito rotador.

TESTE DO SUBESCAPULAR OU ABDOMINAL PRESS TEST


U

Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

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Posição do paciente: em pé, com o cotovelo em flexão de 90º e com o
braço em adução e rotação interna, colocando a palma da mão sobre o abdômen.

Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente para realizar uma força


compressiva de sua mão contra o abdômen. Durante esse teste, o terapeuta deverá
observar o deslocamento do cotovelo do paciente para trás, em caso de ruptura ou
lesão grave do músculo subescapular. Esse movimento de adução do cotovelo se
dá pela força sinergista dos músculos adutores do braço como, por exemplo, o
músculo grande dorsal.

Sinais e sintomas: o paciente no momento do teste não sente muita dor,


apenas desconforto e o sinal característico da lesão é o deslocamento do cotovelo
para trás.

TESTE DE YERGASON
U

Fonte: (Konin, Wiksten, Isear, 2001)

Posição do paciente: sentado ou em pé, com o cotovelo a 90º ao lado do


corpo e com o punho cerrado e em pronação.

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Descrição do teste: Nesse teste, o terapeuta coloca uma das mãos sobre o
sulco intertubercular do ombro e a outra mão sobre o punho do paciente. O
terapeuta realiza então um movimento no sentido da extensão do antebraço e
resiste ao movimento de supinação do antebraço e rotação externa efetuado pelo
paciente. O teste de yergason serve para identificar tendinites ou tenossinovites do
bíceps como também poderá revelar uma instabilidade do tendão do bíceps no sulco
intertubercular.

Sinais e sintomas: No caso de instabilidades do tendão do bíceps, o


terapeuta ouvirá um estalido nítido seguido ou não de dor. Já em casos de tendinites
ou tenossinovites o teste será positivo pelo aparecimento da condição dolorosa.

TESTES PARA INSTABILIDADE DO OMBRO


U

TESTE DE APREENSÃO
U

Fonte: (Lech et al, 2005)

Posição do paciente: em pé e de costas para o examinador. O membro


superior a ser testado permanece em abdução a 90º, rotação externa e com o
cotovelo também fletido a 90º.

Descrição do teste: os testes para instabilidade do complexo do ombro


deverão ser realizados após ter sido identificado através do exame físico, alguma

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frouxidão da articulação glenoumeral. O teste de apreensão identifica instabilidades
anteriores onde a cápsula glenoumeral anterior poderá ter sofrido alguma ruptura e
exposto a cabeça umeral. O terapeuta deverá realizar o teste para evidenciar a
luxação anterior. Colocando-se por trás do paciente, o terapeuta com uma das mãos
sobre a escápula e o polegar empurrando a cabeça umeral para frente e, com a
outra mão traz simultaneamente o braço em rotação externa máxima.

Sinais e sintomas: No momento do teste, o terapeuta deverá prestar


atenção à reação facial do paciente, que mostrará o temor e a apreensão pela
possibilidade de luxação iminente.

• OBS: Nos testes de instabilidade sempre deveremos comparar


U U U U

os dois membros para verificar o grau de luxação ou subluxação. Alguns


pacientes poderão apresentar instabilidade multidirecional e não relatarem
nenhum trauma. Esses pacientes poderão ser classificados como portadores
de uma alteração genética que facilita as amplitudes articulares, chamada
hiperlassidão ligamentar.

TESTE DE FUKUDA OU INSTABILIDADE POSTERIOR


U

Fonte: (Lech et al, 2005)

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Posição do paciente: em pé e de costas para o examinador, com o
cotovelo em 90º, flexão de braço a 90º, adução do braço em 20º e em rotação
neutra.

Descrição do teste: o terapeuta atrás do paciente posiciona a sua mão


sobre o olécrano do membro superior a ser testado e realiza uma tração do braço
em sentido posterior. Com a outra mão espalmada ele mantém a escápula e
visualiza a possível luxação posterior da cabeça umeral.

Sinais e sintomas: nesse teste, o terapeuta visualiza a luxação posterior da


cabeça umeral. Normalmente, durante os testes de instabilidade o paciente refere
apenas algum leve desconforto.

TESTE DA GAVETA ANTERIOR E POSTERIOR


U

Fonte: (Lech et al, 2005)

Posição do paciente: em pé e de costas para o examinador no teste da


gaveta anterior e de frente para o examinador no teste de gaveta posterior.

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Descrição do teste: o terapeuta posiciona-se e com uma das mãos em
formato de concha ou em U estabiliza o ombro do paciente. Com a outra mão,
especificamente com o polegar, empurra a cabeça umeral deslocando-a no sentido
anterior e posterior e compara com o outro membro.

Sinais e sintomas: nesse teste o terapeuta observa o grau de


deslocamento da cabeça umeral sobre a fossa glenóide e compara com o outro
membro superior. O paciente sente leve desconforto no momento do teste.

TESTE DO SULCO
U

Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: em pé ao lado do examinador com o cotovelo fletido a


90º.

Descrição do teste: o terapeuta realiza uma tração no antebraço do


paciente no sentido caudal. Ele deverá notar o aparecimento de um sulco logo
abaixo do acrômio em caso de instabilidade da cápsula glenoumeral mais
precisamente nos ligamentos glenoumerais ântero-inferiores que forram a cápsula.

Sinais e sintomas: leve desconforto durante a tração.

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TESTE DA RECOLOCAÇÃO
U

Fonte: (Lech et al, 2005)

Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal, flexão do cotovelo a 90º


e abdução de braço a 90º e em rotação externa.

Descrição do teste: o terapeuta segura o braço do paciente em rotação


externa, enquanto que com a outra mão realiza uma tração para cima procurando
subluxar anteriormente a articulação glenoumeral. Nesse momento, o paciente fica
tenso e apreensivo. Na mesma posição o terapeuta inverte o sentido da tração e
empurra a cabeça umeral para baixo, reduzindo-a. Em pacientes que possuam
algum tipo de subluxação a manobra de recolocação alivia a insegurança e a
apreensão, no entanto, naqueles pacientes que possuam algum tipo de dor
decorrente da síndrome do impacto do ombro continuarão a sentir dor e desconforto
mesmo após a recolocação.

Sinais e sintomas: os pacientes que possuem algum tipo de lesão


ligamentar na articulação glenoumeral sentirão dor e desconforto durante a
manobra. Após a recolocação sentirão alívio enquanto naqueles pacientes com
algum problema de tendinite ou lesão do manguito rotador continuarão a sentir dor.

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TESTES
U PARA IDENTIFICAR SÍNDROME DO DESFILADEIRO
TORÁCICO

A Síndrome do desfiladeiro torácico constitui-se em uma síndrome


compressiva de estruturas vasculares e nervosas e apresenta uma variedade de
sinais e sintomas. Caracteriza-se como uma disfunção resultante da compressão do
feixe neurovascular - plexo braquial, a artéria e a veia subclávia - quando essas
estruturas passam pelo estreito desfiladeiro torácico. Os testes usados para o
diagnóstico da síndrome do desfiladeiro torácico tentam estreitar o desfiladeiro
torácico e reproduzir os sinais ou sintomas de uma compressão neurovascular
(insensibilidade, formigamento, dor, perda de pulsos palpáveis).

TESTE DE ADSON
U

Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: sentado ou em pé de frente para o examinador.

Descrição do teste: no Teste de Adson, o terapeuta deverá em primeiro


lugar palpar o pulso radial do paciente e após realizar o teste por etapas. Na primeira
etapa, deverá ser realizada uma abdução de 30º e hiperextensão do membro

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superior. Mantendo o braço nessa posição, verificar o pulso do paciente, que se
diminuído, provavelmente, será em decorrência de um músculo peitoral menor que
se apresenta encurtado. Na segunda etapa, deveremos instruir o paciente, que
realize uma inspiração forçada e rode a cabeça para o lado que está sendo testado.
Nessa posição, verifique o pulso do paciente, que se diminuído, poderá ser devido a
um estreitamento causado pelo encurtamento ou hipertrofia dos músculos
escalenos, pois o feixe neurovascular passa entre os músculos escalenos: anterior e
médio, na altura do pescoço e a inspiração máxima irá elevar a primeira costela,
estreitando ainda mais a passagem do feixe.

Sinais e sintomas: aumento da sensação de formigamento e fraqueza em


todo o membro superior. Ainda o paciente poderá apresentar reações como
sudorese e sensação de peso no membro superior.

TESTE DE ROOS
U

Fonte: (Konin, Wiksten, Isear, 2001)

Posição do paciente: em pé, com os braços abduzidos a 90º e com o


cotovelo fletido a 90º.

Descrição do teste: o terapeuta instrui o paciente para realizar rapidamente


o movimento de abrir e fechar os dedos, por no mínimo por 30 segundos.

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Sinais e sintomas: o paciente começa o movimento, mas não consegue
permanecer por muito tempo. O terapeuta irá observar a queda do membro ou a
inabilidade do paciente para continuar executando a ação. Esse teste demonstra
que o feixe neurovascular está sendo comprimido no defiladeiro torácico.

TESTE DE HIPERABDUÇÃO
U

Fonte: (Reider, 2001)

Posição do paciente: sentado ou em pé e de costas para o examinador


com os braços em abdução em torno de 30º ou 40º.

Descrição do teste: o terapeuta palpa ambos os pulsos radiais do paciente


e leva os braços em abdução horizontal máxima.

Sinais e sintomas: alterações no pulso radial do lado afetado confirmam a


suspeita da síndrome do desfiladeiro torácico, geralmente por contratura do músculo
peitoral menor ou presença de costela cervical.

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TESTE DE HALSTED
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Fonte: (Reider, 2001)

Posição do paciente: em pé com o cotovelo em flexão a 90º, antebraço em


supinação. Rotação e extensão cervical para o lado oposto.

Descrição do teste: o terapeuta palpa o pulso radial do paciente, enquanto


pede ao mesmo que realize uma extensão e rotação cervical para o lado oposto, o
terapeuta associa uma tração sobre o braço.

Sinais e sintomas: no momento da rotação e extensão cervical, o terapeuta


poderá notar a diminuição do pulso do paciente, devido a uma possível contratura ou
espasmo dos músculos escalenos e, ainda, poderá notar uma maior obliteração do
pulso no momento da tração sobre o braço. O teste poderá ser positivo, na suspeita
de síndrome do desfiladeiro torácico devido à presença de costela cervical ou
espasmo da musculatura.

* OBS: para melhor identificar a estrutura causadora da obliteração, o Teste


U U

de Halsted poderá ser realizado por etapas:


Palpando-se o pulso, pedir ao paciente que realize a extensão e rotação da
cervical. Nesse primeiro movimento, se houver redução do pulso radial
suspeitaremos de uma contratura ou espasmo da musculatura cervical (músculos
escalenos). Em seguida, o terapeuta realiza uma rotação externa do braço do

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paciente e em caso de alteração do pulso a provável causa seja um encurtamento
do músculo peitoral menor. E na terceira fase do teste, no momento da tração, caso
haja diminuição do pulso, a possível causa será a presença de uma costela cervical.

TESTES DO COTOVELO
U

TESTE DO PIVÔ (PIVOT SHIFT DO COTOVELO


U

Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: decúbito dorsal, com flexão do cotovelo a 70º e


punho supinado.

Descrição do teste: colocando o antebraço em supinação, o examinador


com uma das mãos segurando firmemente o braço do paciente para evitar uma
rotação externa e, a outra mão segurando o punho do paciente. O terapeuta realiza
uma extensão e estresse em valgo no cotovelo de modo simultâneo, impondo uma
força de compressão axial sobre o antebraço. Esse teste quando positivo produz
uma subluxação da articulação umero-ulnar e úmero-radial.

Sinais e sintomas: a insuficiência do ligamento colateral lateral é o


causador da instabilidade póstero-lateral. O terapeuta deverá observar a
proeminência da cabeça radial e a formação de um sulco nesse nível. O paciente
refere dor e disfunção do segmento.

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TESTE DE COZEN
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Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: sentado com o cotovelo em 90º e punho cerrado e


pronado.

Descrição do teste: o terapeuta com uma mão impõe resistência sobre o


punho do paciente, que realiza uma extensão contra a resistência do terapeuta.

Sinais e sintomas: dor no epicôndilo lateral por tendinite dos extensores, o


chamado “cotovelo de tenista”.

TESTE DE MILL
U

Fonte: (Konin, Wiksten, Isear, 2001)

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Posição do paciente: sentado, com o cotovelo em extensão e punho
cerrado em posição neutra.

Descrição do teste: o terapeuta forçará o punho do paciente em flexão,


enquanto o mesmo tenta impedir realizando o movimento em extensão do punho.

Sinais e sintomas: dor no epicôndilo lateral.

TESTE PARA EPICONDILITE MEDIAL –COTOVELO DE GOLFISTA


U

Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: sentado com o cotovelo a 90º e abdução do ombro a


90º.
Descrição do teste: esse teste poderá ser realizado de forma ativa pelo
paciente, pedimos para que ele realize uma extensão total do membro superior a
partir de uma flexão.

Sinais e sintomas: dor no epicondilo medial (cotovelo de golfista) por


tendinite dos flexores do punho.

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TESTE DE VARO DO COTOVELO
U

Fonte: (Do Autor, 2008)

Posição do paciente: em pé, com rotação interna de ombro e flexão de


cotovelo a 20º, para retirar o olécrano da fossa olecraniana.

Descrição do teste: o terapeuta realiza um estresse em varo, empurrando o


antebraço do paciente para baixo, enquanto segura firmemente o braço do paciente
em rotação interna e observa a integridade do ligamento colateral radial.

Sinais e sintomas: subluxação da cabeça do rádio, instabilidade funcional


do membro.

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TESTE DE VALGO DO COTOVELO
U

Fonte: (Do Autor, 2008)

Posição do paciente: sentado ou em pé, com o cotovelo fletido a 20º, para


retirar o olécrano da fossa olecraniana.

Descrição do teste: o terapeuta realiza um estresse em valgo do braço do


paciente, verificando a integridade do ligamento colateral ulnar.

Sinais e sintomas: subluxação da ulna proximalmente e instabilidade


funcional do membro.

TESTES DO PUNHO E MÃO


U

TESTE DE PHALEN E PHALEN INVERTIDO


U

Fonte: (Lech et al, 2005)

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Posição do paciente: sentado ou em pé, com os cotovelos fletidos à 90º e
com os punhos com o dorso em contato e à 90º de flexão.

Descrição do teste: o terapeuta instrui o paciente para realizar uma flexão


do punho e colocar o dorso da mão em contato com a outra mão, permanecendo por
1 minuto.

Sinais e sintomas: esse teste serve para diagnosticar a síndrome do túnel


do carpo e o aparecimento de formigamento ou dormência na mão, principalmente
na região que vai até o 3º dedo, demonstra positividade do teste.

• OBS: o teste de Phalen invertido é o mesmo teste, porém é


U U

realizado com os punhos em extensão máxima, ou seja, em posição de


“reza”.

TESTE DE FINKELSTEIN
U

Fonte: (Lech et al, 2005)

Posição do paciente: sentado ou em pé, com o polegar aduzido e


fletido, sendo “segurado pelos outros dedos”, associado a um desvio ulnar.

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Descrição do teste: teste utilizado para diagnosticar a tenossinovite
estenosante De Quervain, que abrange o primeiro compartimento dorsal (tendões
do abdutor longo e do extensor curto do polegar). O terapeuta instrui o paciente
para realizar ativamente ou passivamente o desvio ulnar estando com o polegar
aduzido e fletido na palma da mão.

Sinais e sintomas: dor com forte sensação de “agulhada” sobre o


processo estilóide do rádio.

TESTE DE TINEL
U

Fonte: (Lech et al, 2005)

Posição do paciente: sentado ou em pé, com o punho em supinação e


palma da mão aberta.

Descrição do teste: o terapeuta percute com o seu indicador as regiões


do túnel do carpo e do túnel de Gyon.

Sinais e sintomas: no momento da percussão, nos trajetos dos nervos


mediano e ulnar nos túneis carpais, o paciente refere à sensação de

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formigamento ou choque irradiado para o 3º dedo no caso de síndrome do túnel
do carpo e no 5º dedo no caso da inflamação do túnel do nervo ulnar.

TESTE DE ALLEN
U

Fonte: (Reider, 2001)

Posição do paciente: sentado, com a palma da mão aberta e flexão de


cotovelo a 90º.

Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente que realize repetidas


vezes abrir e fechar a mão, mantendo pressionadas a artéria radial e ulnar na
altura do punho com os seus dedos polegares. Após perceber a “fuga” do sangue
da mão do paciente, ou seja, a mão ficar pálida, o terapeuta deverá soltar apenas
um lado e testar o fluxo da artéria correspondente observando a coloração da
mão. Se a mão voltar a ter a coloração normal, a artéria contribui
significativamente e sua perfusão estará normal. A manobra deverá ser repetida
soltando-se agora apenas o fluxo da outra artéria e observar a coloração da mão.

Sinais e sintomas: durante o teste, o terapeuta deverá ficar atento a


coloração da mão do paciente e também deverá manter uma pressão constante

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da artéria contralateral, para não haver interferência na observação.
Normalmente, ambas as artérias suprem adequadamente a mão, mas caso a cor
da palma da mão demorar significa que após a liberação de ambas as artérias o
examinador deverá concluir que a perfusão estará limitada e o teste será positivo.

TESTE DE WATSON
U

Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: sentado, com punho supinado e palma da mão


aberta.

Descrição do teste: o terapeuta pressiona com o seu polegar sobre o


osso escafóide e realiza passivamente no paciente um desvio de ulnar para
radial.

Sinais e sintomas: em caso de instabilidade do osso escafóide da mão,


essa manobra irá ocasionar um estalido doloroso ao paciente.

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
TESTE DE CISALHAMENTO OU TESTE DE REAGAN OU KLEINMAN
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Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: sentado ou em pé, de frente para o examinador,


com o cotovelo fletido a 90º e punho em posição neutra e supinado.

Descrição do teste: o terapeuta deverá segurar firmemente entre o seu


polegar e indicador o osso semilunar e com a outra mão desloca os ossos:
piramidal e pisiforme dorsalmente.

Sinais e sintomas: quando o terapeuta impõe forças de cisalhamento


entre o semilunar e o piramidal, ruídos característicos e dor poderão aparecer em
indivíduos que apresentarem instabilidade semilunar-piramidal.

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
TESTE DE FROMENT
U

Fonte: (Reider, 2001)

Posição do paciente: sentado, com ambas as mãos segurando um


papel entre a borda radial do indicador e o polegar.

Descrição do teste: o terapeuta segura uma folha e instrui ao paciente


para realizar o mesmo procedimento, segurando a folha entre os seus dedos,
indicador e polegar. A incapacidade de manter a folha entre a borda radial do
indicador e do polegar fará com que o paciente faça uma flexão da falange distal
para segurar o papel.

Sinais e sintomas: o terapeuta traciona a folha e observa a reação do


paciente. Em caso de paralisia do nervo Ulnar, o polegar irá realizar uma flexão
distal de sua falange e o teste será positivo, pois o músculo adutor do polegar é
inervado pelo nervo ulnar enquanto que o músculo flexor longo do polegar é
inervado pelo ramo do nervo mediano.

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
TESTE DE BUNNELL-LITTLER
U

Fonte: (Barros Filho & Lech, 2001)

Posição do paciente: sentado, com a mão estendida sobre a maca.

Descrição do teste: o terapeuta segura firmemente a mão do paciente e


mantendo a articulação metacarpofalangeana em extensão, realiza a flexão da
interfalangeana proximal. Caso consiga realizar a máxima flexão dessa
articulação será sinal de que não há hipertonia dos músculos intrínsecos da mão.

Sinais e sintomas: caso o terapeuta não consiga realizar a flexão nas


articulações interfalangeanas proximais, significa que o paciente está com uma
hipertonia da musculatura intrínseca da mão.

-----------FIM DO MÓDULO II-----------

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