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ORTOMOLECULARES
Faculdades INNAP
Introdução
Alcaloides
Terpenos
Estão entre os fitoquímicos mais comuns mais de 30.000 estruturas. São
sintetizadas a partir de acetilCoA através da via do ácido mevalônico (mevalonato). O
consumo diário de certos terpenos pode ser útil para o tratamento da obesidade, como
DM II, dislipidemias, DCV (doença cardiovascular) e SM (síndrome metabólica).
Carotenoides
Glicosideos
Compostos formados por uma parte glicona (açúcar) e uma aglicona (genina).
Compostos facilmente hidrolisados, sofrem hidrólise ácida, básica ou enzimática.
A maioria dos glicosideos permanece inativo até serem hidrolisados no intestino
grosso com a ajuda de bactérias especializadas, levando à liberação do aglicona
(constituinte verdadeiramente ativo).
São sólidos amorfos ou cristalinos, não voláteis, possuem sabor amargo, são
solúveis em água e em solventes orgânicos polares.
Antraquinonas empregados terapeuticamente como laxativos e catárticos, por
agirem irritando o intestino grosso, aumentando a motilidade intestinal e diminuindo a
reabsorção de água.
Exemplo de antraquinona Cassia angustifólia (sene) Rhammus pursilianus
(Cáscara sagrada).
Após a administração oral da antraquinona a ação ocorre normalmente entre 8
a 12horas. São indicados para constipação em pacientes que não respondem a
laxantes mais brandos e para evacuação intestinal antes de processos cirúrgicos. Os
laxantes estimulantes são causadores de dependência, e o uso prolongado pode
resultar na perda da função normal de evacuação.
Saponinas
Cumarinas
Taninos
A fitoterapia nos disturbios gastro intestinal tem uma ação muito importante e
se utilizada corretamento pode solucionar diversas desordes atuando no tratamento e
na prevenção. Nesse sentido vamos conhecer como podemos utilizar diversos
fitoterápios para tratar diversas disordes no trato gastrointestial, na boca, estômago
intestino e também acrescentando o fígado.
Boca:
A boca é o local que começamos a digerir os alimentos, por isso precisamos
mantar uma saúde bucal adequada. A fitoterapia pode auxiliar na prevenção e
tratamento de carie dentária, periodontites e aftas por exemplo.
Própolis:
O própolis não é considerado um fitoterapico e sim um subproduto produzido
por abelhas a partir da extração feita pelas mesmas de diversas plantas, há trabalhos
bem documentados sobre ação na saúde bucal.
Efeito da própolis sobre ulcerações aftosas recorrentes A própolis tem sido
popularmente utilizada para o tratamento de aftas bucais. Seu efeito anti-inflamatório,
anti-séptico, cicatrizante e anestésico corroboram para efetiva regressão das lesões.
O efeito da própolis no tratamento de lesões aftosas recorrentes foi avaliado em
estudo onde participantes fizeram uso de pomada de própolis em orabase a 5% sobre
a lesão durante 3 meses. Após esse período, passou-se a usar uma pomada controle
negativo (placebo) por mais 3 meses. Com a pomada de própolis houve aceleração
do tempo de cicatrização das lesões, passando de uma média de 7 a 14 dias para 2
a 5 dias. Houve um prolongamento do intervalo entre as recidivas, sendo que os
pacientes relataram redução da dor.
Na prevenção da cárie dentária a atividade antimicrobiana do extrato de
própolis sobre Streptococcus mutans, quando usada como enxaguante bucal, foi
avaliada em estudo in vivo. Constatou-se que o bochecho com o extrato de própolis
pode ser utilizado como coadjuvante na prevenção da cárie.
Tratamento periodontal Inúmeros estudos in vitro demonstraram a ação
antibacteriana da própolis frente aos patógenos bucais, o que lhe confere a
denominação de “antibiótico natural”. Pacientes portadores de diferentes graus de
comprometimento periodontal como cálculo, gengivite, edema, recessão gengival,
mobilidade dentária, presença de exudado e perda óssea foram tratados com
escovação diária dos dentes com própolis, bochechos com solução de própolis e
irrigação semanal das bolsas periodontais com este produto durante cinco semanas.
Houve um declínio da gengivite e formação purulenta em 95% das bolsas irrigadas o
que comprovou a ação antimicrobiana da própolis contra os patógenos periodontais
indicando que o extrato de própolis pode ser utilizado como coadjuvante na terapia
periodontal.
Vaccinium macrocarpon (Cramberries)
Foi demonstrado que o suco de cranberry é benéfico na prevenção de caries e
periodontite. Alguns trabalhos mostram benefícios do Cranberry e seus fitoquímicos
na inibição de patógenos orais e um importante aspecto na sua capacidade de
adesão. O cranberry consegue interferir na redução da hidrofobicidade no S. Mutans,
formação de biofulme e produção de ácido pelo S. Mutans. (KOO; DUARTE;MURATA,
2010).
A Candidíase oral é uma doença fúngica comum causada principalmente por
Candida Albicans. Estudo demonstra que as proantocianidinas da Cramberries tem
efeito sobre as propriedades patogênicas de C. Albicans bem como na resposta
inflamatória das células epiteliais orais induzidas por esse patógeno oral. Portanto
essa ação das Cramberries representa potenciais novos agentes terapêuticos para a
prevenção/ tratamento de candidíase oral.
Zingiber officinale (Gengibre)
Possui propriedades que aumentam a salivação em até 7 vezes. Por isso pode
ser utilizado para as pessoas que tem dificuldade para mastigar por falta de salivação
e também para aquelas que precisão de muitos líquidos durante a refeição.
Punica granatum (Romã)
Possui flavonoides que aumentam proteção antioxidante, Controle bacteriano,
Reduz gengivites.
Rosmarinus officinalis (Alecrim)
Possui óleos essenciais e flavonóides inibição do crescimento de S. mutans,
s.sanguinis, S. sabrinus, L. casei; ação semelhante a clorexidina.
Estômago
Rosmarinus officinalis (Alecrim)
O alecrim (Rosmarinus officinalis) possui como mecanismo de ação que
aumenta a secreção de ácido clorídrico no estômago, por este motivo é indicado na
forma de chás concentrado em torno de 50ml, ou na forma de tintura para essa ação,
logo antes das refeições, para pessoas que apresentanta sinais de estufamento e
distenção gástrica.
Maytemus ilicifolia (Espinheira santa)
A Maytemus ilicifolia é conhecida popularmente como “espinheira-santa”,
“cancerosa”, “cancorosa-de-sete-espinhos” e “maiteno”, dentre outros nomes.
Pertence à família Celastraceae possuindo 55 gêneros e 850 espécies espalhadas
nas regiões trópicas e subtrópicas do mundo. No contexto brasileiro, onde seu
crescimento é nativo a espécie M. ilicifolia é largamente utilizada na medicina popular.
O uso medicinal de M. ilicifolia é datado da década de 20 desde quando se tem algum
registro escrito de sua utilização.
As substâncias mais relacionadas a esses efeitos da planta são: os triterpenos,
flavonóides, catequinas, epicatequinas, e taninos condensados e polissacarídeos.
Não se sabe exatamente qual é o componente relacionado à atividade antiulcerosa,
mas acredita-se que possa ser os polissacarídeos como arabinogalactanos. Em
estudo mostrou ter atividade citoprotetora por ter capacidade de se ligar a superficie
da mucosa funcionando como uma camada de proteção, e estimular a atividade
antisecretória, protetora de mucosa por aumentar a síntese de muco e combater
radicais livres.
A espinheira santa possui também efeitos de redução do esvaziamento gástrico
e tempo de trânsito intestinal o que pode ajudar em estados de diarreia. A fração
responsável por esses efeitos são os flavonóides (que são bem mais eficientes na
redução do trânsito intestinal do que no esvasiamento gástrico), que podem ser
mediado por antagonismo muscarínico.
Pode ser indicada em casos de melhora da digestão para reduzir a distensão
abdominal, flatulencia e dores, esofagite de refluxo e hérnia de hiato: prevenção e
tratamento de úlcera gástrica e duodenal; diarreia e auxilia na destoxificação de pele,
sangue, figado, estômago e adrenais.
Shimus terenlitifolius (aroeira)
A aroeira, fitoterápico largamente empregado no Brasil distribui-se por todo o
litoral do nordeste, sudeste, sul e centro-oeste. Os estudos científicos do extrato
hidroalcoólico e aquoso da entrecasca procuram comprovar os efeitos adstringente,
antimicrobiano in vitro, antiinflamatório e cicatrizante a que a ela são atribuídos.
Casearia sylvestris (Guaçatonga)
A Guaçatonga é uma árvore pode apresentar se em formato de arbusto,
medindo entre 2 a 6 metros podendo atingir mais de 10 metros em algumas regiões,
com tronco de 20-30cm de diâmetro. Suas folhas são persistentes, um tanto
assimétricas. Está distribuída por vários países em diversas formações vegetais,
desde Cuba na América Central até o Uruguai e Argentina ao sul. De fácil adaptação,
pode ser encontrada tanto em florestas como em áreas abertas. Essa extensa
distribuição também resulta em grande variação no seu tamanho, forma e textura de
suas folhas. A Guaçatonga produz pequenas flores brancas ou creme esverdeadas
que têm um odor semelhante ao mel. Seus frutos são diminutos, de cerca de meio
centímetro, de cor avermelhada, cuja disposição e cor lembram um cafeeiro.
O chá de suas folhas, quando tomado antes das refeições, ajuda a combater
gastrites, úlceras e halitose. Em muitos países, a planta entra na composição de produtos
odontológicos, como os antissépticos bucais. O uso externo da guaçatonga também pode
tratar de aftas, herpes e estomatite. No Brasil, tem ampla distribuição em quase todas as
formações florestais da Bahia até o Rio Grande do Sul.
Aloe vera Barbadense
Há 3600 anos a A. vera é usada como alimento ou cosmético em sistemas
tradicionais de saúde. O papiro de Ebers, do Antigo Egito, datado de
aproximadamente 1550 a.C., relatou a fabricação de elixires de longa vida contendo
o suco de A. vera. Desenhos de Aloe também foram encontrados em tumbas de
faraós. Conta-se que a rainha de Sabá, no século X a.C., usava azeite balsâmico com
suco de A. vera nos cuidados da pele e cabelos, prática também supostamente
realizada por Cleópatra (69 – 30 a.C.) Dentre as principais atividades biológicas
evidenciadas nesta planta destacam-se: conservante de alimentos, clareamento da
pele, antimicrobiana, imunomoduladora, antitumoral, hepatoprotetora, nefroprotetora,
hipoglicemiante, anti-inflamatória, antioxidante, cicatrizante de feridas e de
queimaduras.
O suco purificado mais claro, obtido praticamente do gel (sem a casca) com
baixa concentração de antraquinonas, atua como calmante do estômago e alivia a
indigestão ocasional. A atividade hepatoprotetora atribuída ao gel pode estar
relacionada a preservação de enzimas do metabolismo hepático por sua atividade
antioxidante. Em um estudo de toxicidade crônica, o suco purificado de A. vera não
apresentou efeitos adversos quando administrado por via oral por um período de
noventa dias, em ratos. O uso da A. vera em cosméticos justifica-se devido a algumas
atividades biológicas citadas anteriormente, com destaque para as propriedades
hidratante, antioxidante, anti-inflamatória, cicatrizante e antimicrobiana. A atividade
antioxidante está relacionada à presença de betacarotenos, além de outros
componentes, como enzimas e compostos fenólicos. Foi observada grande
propriedade antioxidante da A. vera com três anos de idade, quando comparadas com
plantas de dois e de quatro anos. Muitas substâncias foram identificadas no gel de A.
vera, o qual apresenta aproximadamente 99,5% de água. As substâncias incluem uma
combinação de polissacarídeos e derivados acetilados de polissacarídeos,
glicoproteínas, antraquinonas, flavonoides, taninos, esteroides, aminoácidos,
enzimas, saponinas, proteínas, vitaminas, minerais como ferro, potássio, manganês e
sódio.
Matricaria chonnomila (camomila)
Intestino
Ação obtida de uma árvore que lembra frângula, mas é nativa da região do
pacífico da América do Norte. A cáscara sagrada contém pelo menos 8% de
antranoides integrais, dos quais os de maior destaque são os cascarosídeos A, B,C,
e D. Preparação na forma de extrato líquidos são usados, porém com um odor bem
desagradável.
Possui muitos efeitos colaterais, efeito laxante deve ser utilizado com muita
cautela.
Fígado
Silybum Marianum (cardo mariano)
KOO H.; DUARTE S.; MURATA RM.;et al. Infuence of Cranberry Proanthocyanidins
on Formation of Biofilms by Streptococcus mutans on Saliva-Coated Apatitic Surface
and on Dental Caries Development in vivo. Caries Res, v.44 p.116 – 126, 2010.