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MÓDULO 3: BIOLOGIA 1

FICHA TÉCNICA

Consultoria
CEMOQE MOCAMBIQUE
Direcção
Manuel José Simbine (Director do IEDA)
Coordenação
Nelson Casimiro Zavale
Belmiro Bento Novele
Elaborador
Herculano Matimbe
Revisão Instrucional
Nilsa Cherindza
Lina do Rosário
Constância Alda Madime
Dércio Langa
Revisão Científica
Maria Juvenil
Revisão linguística
Mussagy Abdul Latifo

Maquetização e Ilustração
ElísioBajone
Osvaldo Companhia
Rufus Maculuve

Impressão
CEMOQE, Moçambique

MÓDULO 3: BIOLOGIA 3
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7

UNIDADE TEMÁTICA Nº 1: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS PLANTAS ................................... 11


LIÇÃO Nº 1- PLANTAS COMO SERES VIVOS......................................................................... 13
LIÇÃO Nº 2: DIVERSIDADE DAS PLANTAS ........................................................................... 17
LIÇÃO Nº 3: IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS ......................................................................... 25

UNIDADETEMATICA N º 2 - MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DAS PLANTAS ............................... 34


LIÇÃO Nº 1: HISTÓRIA DA DESCOBERTA DO MICROSCÓPICIO - TEORIA CÉLULAR .................. 37
LIÇÃO Nº 2 - TIPOS DE MICROSCÓPIOS -CONSTITUIÇÃO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO .............. 42
LIÇÃO Nº 3 CONSTITUIÇÃO DA CÉLULA VEGETAL.............................................................. 51
LIÇÃO Nº 4 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA ................................................................ 62

UNIDADE TEMÁTICA N º 3: MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DAS PLANTAS................................ 73


LIÇÃO Nº 1 - ESTUDO DA RAÍZ: ESTRUTURA E FUNÇÕES..................................................... 76
LIÇÃO Nº 2- CLASSIFICAÇÃO DA RAÍZ ............................................................................... 81
LIÇÃO Nº 3: ESTRUTURA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DA RAÍZ ................................................ 88
LIÇÃO Nº 4: ADAPTAÇÕES DAS RAÍZES ÀS CONDIÇÕES DO AMBIENTE E SUA IMPORTÂNCIA .... 95
LIÇÃO Nº 5: ESTUDO DO CAULE: ESTRUTURA E FUNÇÕES ................................................ 102
LIÇÃO Nº 6: CLASSIFICAÇÃO DO CAULE .......................................................................... 106
LIÇÃO Nº 7: ESTRUTURA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DO CAULE .......................................... 112
LIÇÃO Nº 8: ADAPTAÇÕES DO CAULE ÀS CONDIÇÕES DO AMBIENTE E SUA IMPORTÂNCIA ... 117
LIÇÃO Nº 9: ESTUDO DA FOLHA: ESTRUTURA E FUNÇÕES ................................................. 121
LIÇÃO Nº 10: CLASSIFICAҪÃO DAS FOLHAS...................................................................... 126
LIÇÃO Nº 11- ESTRUTURA INTERNA E ADAPTAÇÕES DAS FOLHAS ÀS CONDIÇÕES DO AMBIENTE
................................................................................................................................. 132
LIÇÃO Nº 12 - IMPORTÂNCIA DAS FOLHAS ....................................................................... 139
LIÇÃO Nº 14: CLASSIFICAÇÃO DAS FLORES ...................................................................... 149
LIÇÃO Nº 1 5 – IMPORTÂNCIA DA FLOR........................................................................... 153
LIÇÃO Nº 16: ESTUDO DO FRUTO: ESTRUTURA E FUNÇÃO ................................................ 158
LIÇÃO Nº 17: CLASSIFICAÇÃO DO FRUTO ........................................................................ 162
LIÇÃO Nº 1 8 - IMPORTÂNCIA DO FRUTO ........................................................................ 166
LIÇÃO Nº 19: ESTUDO DA SEMENTE: ESTRUTURA E FUNÇÕES ............................................ 172
LIÇÃO Nº 20: FUNÇÕES E IMPORTÂNCIA DA SEMENTE ...................................................... 177

UNIDADE 4: METABOLISMO DAS PLANTAS .............................................................................. 185


LIÇÃO Nº 1: METABOLISMO DAS PLANTAS ....................................................................... 187
LIÇÃO Nº 2: FOTOSSÍNTESE - DEFINIÇÃO, EQUAÇÃO QUÍMICA E SUA INTERPRETAÇÃO ........ 191
LIÇÃO Nº 3: FACTORES QUE INFLUÊNCIAM O PROCESSO DA FOTOSSÍNTESE ....................... 196
LIÇÃO Nº 4: IMPORTÂNCIA DA FOTOSSÍNTESE ................................................................. 201
LIÇÃO Nº 5: RESPIRAÇÃO AERÓBICA, EQUAÇÃO QUÍMICA SUA INTERPRETAÇÃO................ 205
LIÇÃO Nº 6: RELAÇÃO FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO, IMPORTÂNCIA DA RESPIRAÇÃO
CELULAR. .................................................................................................................. 211
LIÇÃO Nº 7: RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA-FERMENTAÇÃO SUA IMPORTÂNCIA ......................... 215

UNIDADE 5: REPRODUÇÃO ........................................................................................................ 225


LIÇÃO Nº 1: DEFINIÇÃO E TIPOS DE REPRODUÇÃO, ........................................................ 228
LIÇÃO Nº 2: REPRODUÇÃO ASSEXUADA - MULTIPLICAÇÃO VEGETATIVA, IMPORTÂNCIA ..... 230
LIÇÃO Nº 3: REPRODUÇÃO SEXUADA ............................................................................. 238
LIÇÃO Nº 4: POLINIZAÇÃO .............................................................................................. 241
LIÇÃO Nº 5: FECUNDAÇÃO EFRUTIFICAÇÃO .................................................................... 247
LIÇÃO Nº 6: DISSEMINAÇÃO DE SEMENTES E FRUTO AGENTES ............................................. 253
LIÇÃO Nº 7: GERMINAÇÃO - FACTORES QUE INFLUEM NO PROCESSO, SUA IMPORTÂNCIA. ........ 260

UNIDADE 6: REGULAÇÃO DA VIDA DAS PLANTAS ................................................................... 266


LIÇÃO Nº 1: DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E ACÇÃO DAS HORMONAS VEGETAIS. .................. 268
LIÇÃO Nº 2: APLICAÇÃO DAS HORMONAS VEGETAIS NA AGRICULTURA ............................. 273
LIÇÃO Nº 3: REACÇÃO DAS PLANTAS AO ESTÍMULO DO AMBIENTE .................................... 277

UNIDADE 7: ESTUDO DO SOLO .................................................................................................. 282


LIÇÃO Nº 1: O SOLO, IMPORTÂNCIA E FACTORES QUE INFLUEM NO PROCESSO DE FORMAÇÃO
................................................................................................................................. 284
LIÇÃO Nº 2: COMPOSIÇÃO DO SOLO .............................................................................. 290
LIÇÃO Nº 3: DEFINIÇÃO DE HORIZONTES E PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO ..................... 295
LIÇÃO Nº 4: PROPRIEDADES DO SOLO: TEXTURA, HUMIDADE, PH, PERMEABILIDADE .......... 299
LIÇÃO Nº 5: PROPRIEDADES DO SOLO:POROSIDADE,ORGANISMOS, FERTILIDADE, IRRIGAÇÃO
E SALINIDADE ............................................................................................................. 304
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 318

MÓDULO 3: BIOLOGIA 5
MENSAGEM DA SUA EXCELÊNCIA MINISTRA DA EDUCAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO HUMANO
INTRODUÇÃO

Bem-vindo
Estimado estudante, vamos começar a estudar
o terceiro módulo de Biologia da 9ª Classedo
Ensino Secundário à Distância.
Este módulodá a continuidade dos seus
estudos, aborda dando conteúdos relacionados
com a morfologia, a anatomia e a fisiologia
das plantas. As mesmas foram tratadas nas
classes anteriores do ensino primário na
disciplina de Ciências Naturais, no primeiro
modulo estudou o homem nas suas
particularidades, os sistemas agora falaremos
das plantas nas suas particularidades segundo
a estrutura que se segue:

Estrutura do módulo

Este módulo está estruturado em sete unidades temáticas.

1ª Unidade: Introdução ao estudo das plantas

2ª Unidade: Morfologia e fisiologia das plantas

3ª Unidade: Morfologia e anatomia das plantas

4ª Unidade: Metabolismo das plantas

MÓDULO 3: BIOLOGIA 7
5ª Unidade: Reprodução das plantas
6ª Unidade: Regulação da vida das plantas

7ª Unidade: O solo

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Esperamos que no final do estudo destemódulo você seja capaz de:

 Mencionar os Filos do Reino das Plantas e suas características gerais;


 Desenvolver atitudes que contribuem para a protecção das plantas;
 Distinguir as estruturas morfológicas dos diferentes órgãos das plantas
espermatófitas e as suas respectivas funções;
 Usar uma chave dicotómica;
 Explicar fenómenos e processos biológicos na base de conhecimentos
físicos;
 Relacionar as adaptações dos órgãos duma planta com as condições do
meio-ambiente em que a planta vive;
 Combinar a importância económica e ecológica dos órgãos duma planta;
 Valorizar as descobertas científicas;
 Mostrar que o metabolismo é um processo vital;
 Realizar experiências que comprovam os processos metabólicos;Explicar
fenómenos e processos biológicos na base de conhecimentos físicos;
 Mostrar que o metabolismo é um processo vital;
 Realizar experiências que comprovam os processos metabólicos;
 Explicar a influência de factores ambientais na actividade agrícola e na
jardinagem;
 Utilizar os métodos da reprodução sexuada e da multiplicação vegetativa
nas actividades agrícolas e da jardinagem;
 Utilizar os conhecimentos científicos no melhoramento da actividade
agrícola;
 Descrever a constituição e importância dos diferentes tipos de solo;
 Contribuir para a diminuição dos factores de degradação do solo;
 Seleccionar medidas para manter o equilíbrio ecológico do solo.

ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO

1. Caro estudante: reserve pelo menos 2 horas por dia/semana para o estudo
de cada lição e resolução dos exercícios propostos.
2. Procure um lugar tranquilo que disponha de espaço e iluminação
apropriados - pode ser em sua casa, no Centro de Apoio e Aprendizagem
(CAA) ou noutro lugar perto da sua casa.
3. Durante a leitura, faça anotações no seu caderno sobre conceitos,
fórmulas e outros aspectos importantes sobre o tema em estudo. Aponte
também as dúvidas a serem apresentadas aos seus colegas, professor ou
tutor por forma a serem esclarecidas.
4. Faça resumo das matérias estudadas.
5. Resolva os exercícios e só consulte a chave-de-correcção para confirmar
as respostas. Caso tenha respostas erradas volte a estudar a lição e
resolver novamente os exercícios por forma a aperfeiçoar o seu
conhecimento. Só depois de resolver com sucesso os exercícios poderá
passar para o estudo da lição seguinte. Repita esse exercício em todas as
lições.

Ao longo de cada lição de uma unidade temática são apresentadas actividades


de auto-avaliação, de reflexão e de experiências que o ajudarão a avaliar o seu
desempenho e melhorar a sua aprendizagem.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 9
No final de cada unidade temática, será apresentado um teste de auto-avaliação,
contendo os temas tratados em todas as lições, que tem por objectivo o preparar
para a realização da prova.

A auto-avaliação é acompanhada de chave-de-correcção com respostas ou


indicação de como deveria responder as perguntas, que você deverá consultar
após a sua realização.

Caso você acerte acima de 70% das perguntas, consideramos que está apto para
fazer a prova com sucesso.
1
UNIDADE TEMÁTICA Nº1:
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS PLANTAS

LIÇÃO Nº 1: PLANTAS COMO SERES


VIVOS
LIÇÃO Nº 2: DIVERSIDADE DAS
PLANTAS
LIÇÃO Nº 3:IMPORTÂNCIA DAS
PLANTAS

INTRODUÇÃO DA UNIDADE
TEMÁTICA

Caro estudante,

O mundo que nos rodeia tem muitos


organismos com vida, dos quais
jaestudou o Homem e os seus diferentes
sistemas no primeiro módulo desta disciplina.

Na presente unidade, vamos falar das plantas como seres vivos, diversidade e
suaimpotânciapara o Homem e a natureza.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 11
Esta unidade é composta por três lições: , sendo que na primeira abordamos as
plantas como seres vivos; na segunda, a diversidade e na terceira, a sua
importância para o Homem e a natureza.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Esperamos que no final desta primeira unidade você seja capaz de:

 Mencionar as características dos seres vivos;


 Caracterizar o reino das plantas;
 Reconhecer os processos vitais das plantas;
 Distinguir diferentes grupos de plantas de acordo com as suas
características;
 Reconhecer a importância das plantas para a natureza.

RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

 Menciona as características dos seres vivos;


 Caracteriza o reino das plantas;
 Reconhece os processos vitais das plantas;
 Distingue diferentes grupos de plantas de acordo com as suas
características;
 Reconhece a importância das plantas para a natureza.

DURAÇÃO DA UNIDADE

Caro estudante:

Para o estudo desta unidade, você vai precisar de 4 horas


LIÇÃO Nº 1- PLANTAS COMO SERES VIVOS

INTRODUÇÃO

Caro estudante, no módulo anterior estudou, o Homem como ser vivo. Nesta
lição, vamos estudar as plantas como seres vivos e as suas características.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Mencionar as características das pantas.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

1.1.1 Plantas como seres vivos

MÓDULO 3: BIOLOGIA 13
Como já estudamos, as plantas são seres pluricelulares e eucariontes. Nesses
aspectos elas são semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos, mas têm
uma característica que as diferencia desses seres –as plantas são autotróficas.
Os seres autotróficosproduzem oseu próprio alimento pelo processo da
fotossíntese, tema que será aprofundado na quarta unidade deste módulo.
Observe…
figfig 1 1
1. O que acontece nas figura 1 e 2
Na figura 1- Mostra o crescimento de uma planta.

Na fig2-Mostra a morte ou destruição de plantas


2. Quais são as características dos seres vivos?
Nascem Crescem Reproduzem –se Morrem

Coloca Coloca
Imagem Coloca Coloca imagens
imagens imagens

Caro podemos concluir que as plantas, como os animais:

 Nascem
 Crescem
 Reproduzem-se e
 Morrem

MÓDULO 3: BIOLOGIA 15
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante; depois do estudo desta liҫãorespondaa seguinte questão:

1- Complete a tabela.

Nascimento Crescimento reproduҫão Nutrição


Plantas
Animais
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-

Nutriҫão Crescimento Reproduҫão

Plantas Autotrófico Ilimitado Sexuada e assexuada

Animais Heterotrófico Limitado Sexuada

LIÇÃO Nº 2: DIVERSIDADE DAS PLANTAS

INTRODUÇÃO

Caro estudante!

Nesta lição, vamos estudar a variedade de plantas existentes na terra, suas


principais caracteristicas e exemplos.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

MÓDULO 3: BIOLOGIA 17
 Caracterizar o reino das plantas;
 Distinguir diferentes grupos de plantas de acordo com as suas
características.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante: para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

1.2.1 Diversidade das plantas


O reino de plantas, como o nome sugere, abriga as plantas: organismos
eucariontes, multicélulares e autotróficos fotossintetizantes. Além disso, noseu
ciclo reprodutivo, apresentam alternância de gerações. Na Biologia, a ciência
responsável pelo estudo deste grupo,denomina-se Botânica. Na Botânica, nos
últimos anos, muitas mudanças ocorreram quanto à classificação das plantas e
também em relação aos organismos que o Reino Plantae.

O sistema de classificação,divide-asem dois grandes grupos, e em algumas


subdivisões,segundo a tabela abaixo

Reino Plantae

Classe
Divisão Subclasse

Não apresentam tecidos

Plantasnãovasculares Briófitas Musgos vasculares nem diferenciação.


Estruturas muito simples

Filicíneas Plantas vasculares sem sementes


Plantasvasculares Traqueófitas
Plantas vasculares com semente,
Gimnospérmicas
dependentes da água para a
fecundação

Dicotiledóneas

Raíz
aprumada,
Monocotiledóneas
nervuras
(Raíz fasciculada,
foliares
nervuras foliares
ramificadas,
paralelas, pétalas
pétalas em
em múltiplos de
Angiospérmicas múltiplos de 4
(Plantas 3, pólen com um
ou 5, pólen
vasculares com poro, crescimento
com 3 poros,
semente e flor) secundário
crescimento
ausente, feixes
secundário,
vasculares
feixes
espalhados.)
vasculares em
(milho)
anel.)

(roseira,
feijoeiro)

1.2.1.1. Divisão Briophyta

Briophyta são plantas que não possuem tecidos condutores, isto é, não possuem
vasos condutores da seiva bruta e elaborada, desensolvendo-se geralmente em
locais húmidos e sombrios. Formam tapetes verdes constituídos por um grande
número de indivíduos, muito juntos, que retêm água.

As briohpytasmais conhecidas no nosso dia-a-dia são os que pertencem a classe


Musci.Estas plantas têm o copo diferenciado em rizoide, cauloide e filoidepartes
quetêm funções equivalentes a raíz, caule e folhas. (Figura de musgos)

MÓDULO 3: BIOLOGIA 19
1.2.1.2. Divisão Traqueofitas

O grande sucesso biológico das traqueofitas deve-se em grande parte, a sua


vascularização. Estas plantas apresentam sistemas vasculares constituídos por
tecidos condutores especializados e diferenciados em dois tipos de vasos - o
xilema , que conduz água e sais minerais da raíz para todas partes da planta e o
floema que conduz os nutrientes orgânicos em todos os sentidos.

As traqueófitas possuem raíz, caule e folhas, podem se subdividir em


trêsclasses:

-Filicíneas – plantas vasculares sem sementes e nem flores.


Gimnospérmicas – plantas com sementes, mas que não têm flores nem frutos.
Os ramos reprodutivos são denominados estrobilos.

Angiospérmicas - plantas que apresentam maior diversidade e dispersão,


desenvolvendo-se quase em todos os ambientes.

Possuem raíz, caule, folha, flores e frutos, com as sementes encerradas nos
frutos.Exemplo cajueiro, laranjeira.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 21
Asangiospérmicaspodem subdividir-se em duas sub-classes:Monocotiledóneas e
Dicotiledóneas.
MÓDULO 3: BIOLOGIA 23
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante; depois do estudo desta liҫão,responda as seguintes questões:

1. Assinale com X a afirmaçâo correcta.


Os grupos que contêm apenas traqueófitas são:

Bactérias, angiospérmicas, gimnospérmicas.

Fetos, gimnospérmicas, angiospérmicas.


Fungos, gimnospérmicas e angiospérmicas.
DMusgos, gminospérmicas e angiospérmicas.

2. Indiqueas divisões a que pertencem as seguintes plantas:

a) Milho b) Casuarina c) Polipódio

CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1. B Fetos, gimnospérmicas, angiospérmicas.


2. a) Monocotiledónea.b) Gimnospérmas c) Fetos
LIÇÃO Nº 3: IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS

INTRODUÇÃO

Caro estudante!

Nesta lição, vamos falar da importância das plantas para a vida dos seres vivos.
Sabemos que as plantas podem servir para vários fins. Ao longo desta lição
vamos falar das que são usadas para a alimentação,a medicina,a ecologia e a
economia.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Reconhecer a importância das plantas para a natureza.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

1.3.1. Importância das plantas e árvores

MÓDULO 3: BIOLOGIA 25
As plantas têm um papel fundamental para a manutenção da vida na terra. Além
de tornarem nosso planeta mais bonito e agradável, as plantas libertam
oxigênio, gás que permite a respiração dos seres vivos.

A grande variedade de plantas existente no planeta também nos garante


medicamentos, desenvolvimento científico e equilíbrio ambiental e ecológico.
As plantas são directamente responsáveis pela sobrevivência de diversas
espécies.

Todos os tipos de plantas, seja as rasteiras, os arbustos, as árvores ou as flores,


têm uma importância indispensável para a nossa qualidade de vida. As plantas
nutrem os solos e ajudam a produzir alimentos e água. As suas folhas servem
como adubos para a terra e tornam a natureza rica e viva.

Além disso, as árvores servem deprotecção natural para a terra e influenciam


nos ciclos de chuvas que garantem água para o consumo humano.

Caro estudante podemos resumir natabela que se segue, a importância de


algumas plantas e árvores:

Importância Exemplos Imagem

Fornece nutrientes ao Laranja (vitamina Figura 1


Alimentação
orgânismo (vitaminas e c),Verduras (couve:
minerais) ferro),

Figura 2
Medicinal Trata de hipertensão Muringa,alho

Produzda madeira e
Económica Chanfuta, Umbila Figura 3
mobiliário

Forneceoxigênio aos
Mafurreira, Figura 4
Ecológica animais
Eucaliptos,
Evita a erosão dos solos

MÓDULO 3: BIOLOGIA 27
Assim podemos concluir que as plantas têm muita importância para a
alimentação, a medicina, a económica.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante; depois do estudo desta liҫão,responda as seguintes questões

1-Cite importância das plantas na:

a) Ecologia.
b) Medicina.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 29
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-a) Ecológica - fornece O2para os seres vivos .


b) Medicina – moringa usada no tratamento da hipertensão.
ACTIVIDADES DA UNIDADE/PREPARAÇÃO PARA O TESTE

1- Mencione as características dos seres vivos.

2- Indique duas diferenças entre plantas e animais.

3- Defina:

a) Espermatófitas. b) Traquófitas.

4- Qual é a importância ecológica das plantas?

MÓDULO 3: BIOLOGIA 31
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- Os seres vivis nascem, crescem, reproduzem-se e morrem.

2- Plantas são autotróficas e animais heteretróficos.

3- a) Plantas com sementes e frutos, diferenciados em raíz, caule e folhas.

b) Plantas com vasos condutores da seiva bruta e elaborada.

4- As plantas fornecem oxigénio aos animais, evitam o desgaste da terra.


GLOSSÁRIO

Hipertensão-Pressão arterial alta

MÓDULO 3: BIOLOGIA 33
2 UNIDADETEMATICA N º 2 -
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DAS PLANTAS

LIÇÃO Nº 1- HISTÓRIA DA
DESCOBERTA DO MICROSCÓPIO;

LIÇÃO Nº 2 - TIPOS DE MICROSCÓPIOS;

LIÇÃO Nº 3 - ESTRUTURA E
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA;

LIÇÃO Nº 4 - COMPOSIÇÃO QUÍMICA


DA CÉLULA.

INTRODUÇÃO DA UNIDADE

Caro estudante: deverá rever os conceitos


célula e tipo de célula que foram abordados
no módulo1 desta disciplina, dando maior
ênfase ao dacélula vegetal.

Importância particular deverá ser dada à estrutura e


função de alguns organelos da célula vegetal e a composição química
da célula (substâncias inorgânicas -água, sais minerais e substâncias orgânicas-
hidratos de carbono, lípidos e proteínas).

No estudo da microscopia, o aluno deve adquirir conhecimentos sobre a história


da descoberta da célula (teoria célular).
OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Esperamos que no final do estudo da unidade dois(2), você deverá ser capaz deː

 Aplicar as regras e normas básicas para manipular o microscópio


composto;
 Consolidar os conhecimentos sobre a célula vegetal;
 Reconhecer a célula como a unidade básica, estrutural e funcional de
todos os seres vivos.

RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

 Usa o microscópio de acordo com as normas estabelecidas;


 Reconhece que a célula é unidade basica, estrutural e funcional de todos
os seres vivos.

DURAÇÃO DA UNIDADE

Caro estudante, para o estudo desta unidade, você vai precisar de 6 horas.

MATERIAIS COMPLEMENTARES

 Caro estudante, não basta ter apenas este módulo para o seu estudo, deve
também procurar materiais complementares um caderno para o resumo da
sua aprendizagem e realização de exercícios.
 No mesmo poderá também colocar dúvidas a fim de apresentar ao tutor
de disciplina e discutir com outros colegas. Vai ainda precisar de
esferográfica, lápis, borracha.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 35
 Para representar a célula como um objecto tridimensional e como unidade
estrutural de tecidos os alunos deverão formar espuma a partir de sabão
líquido. Cada uma das esferas formadas representa uma célula.
LIÇÃO Nº 1: HISTÓRIA DA DESCOBERTA DO
MICROSCÓPICIO - TEORIA CÉLULAR

INTRODUÇÃO

Caro estudante, nesta lição vai estudar um pouco de como foi possivel a
descoberta do microscópio e célula, Assim como a teoria célular, num breve
historial.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM
INTERPRETAR COM ASPECTOS HISTÓRICOS NA DISCIPLINA DE
BIOLOGIA.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

2.1.1. História da descoberta do Microscópio

A descoberta do microscópio ocorreu em 1591, pelos fabricantes de óculos


Zacharias Janssen e seu pai Hans Janssen. Entretanto, o seu emprego para
investigações na natureza ocorreu só mais tarde, com o holandês Antonie
vanLeeuwenhoek que montou um microscópio de uma só lente. Ele observou
água estagnada, sangue e espermatozóides, constatando a existência de
estruturas muito pequenas, impossíveis de serem vista a olho nú. Mais tarde, o
físico Robert Hooke (1635-1703) desenvolveu um microscópio mais poderoso
e apresentou-o à comunidade científica da época. Ele utilizou como material de

MÓDULO 3: BIOLOGIA 37
observação finas fatias de cortiça. Este material era constituído por cavidades
microscópicas as quais ele comparou com pequenas celas (quartos de um
convento). Daí vem a denominação célula, que significa pequenos
compartimentos.

2.1.2 Teoria célular


A microscopia desenvolveu-se rapidamente e, logo, já haviam sido estudados
muitos tipos de plantas e de animais. Baseados nestes estudos, os cientistas
alemães Mathias Schleiden e TheodorSchwann lançaram a hipótese que
todos os seres vivos são formados por células, constituindo a base da Teoria
célular. Algumas discussões surgiram em torno da ideia de como se
originavam as células, discutindo que a sua origem poderia ser a partir de
aglomerações espontâneas de alguns compostos ou a partir de outras células
pré-existentes. Foi em 1878 que o biólogo Walther Flemming (1843-1905)
confirmou que as células originavam de outras ao descrever detalhadamente o
processo de divisão célular de uma célula em duas, o que ele denominou de
mitose.
As premissas fundamentais da Teoria célular são:
1. Todos os seres vivos são constituídos por células.
2. As células são as unidades morfológicas dos seres vivos.
3. As células são as unidades funcionais ou fisiológicas dos seres
vivos.
4. A continuidade da vida depende da reprodução célular.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 39
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante; depois do estudo desta liҫãoresponda as seguintes questões

1. Completeo seguinte texto, preenchendo os espeços em branco.

O aparelho capaz de ampliar a imagem de pequenos objectos, geralmente não


visíveis ao olho nu,chama-se ________________________. A invenção desse
instrumentoé atribuída aos holandeses(pai) e __________(filho)
_____________ por volta do ano 1595. O cientista Antony Van Leeuwenhoeke
construiu o primeiro microscópio ________________________ com apenas
uma lente. Ao físico inglês _____________________ é atribuída ainvenção do
microscópio ___________________,um aparelho com duas lentes.
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

Microscópio;(pai) ZachariasJanssen; (filho) Hans Janssen;simples; Robert


Hooke, Composto.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 41
LIÇÃO Nº 2 - TIPOS DE MICROSCÓPIOS -CONSTITUIÇÃO
DO MICROSCÓPIO ÓPTICO

INTRODUÇÃO

Caro estudante, na lição anterior estudou como foi possivel a descoberta do


microscópio, assim como a teoria celuar.

Nesta lição, vamos dar continuidade ao nosso estudo, tratando dos tipos de
microscópio, dasua constituição, do funcionamento e finalmenetedoscuidados
que devemos ter com o mesmo. Quando for ao CAA, teráa oportunidade de
observar as peças do microscópio.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Mencionar a constituição do microscópio composto;


 Aplicar as regras e normas básicas para manipular o microscópio
composto;

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 2 horas.

2.2.1. Tipos de microscópios

O microscópio óptico (figura) possibilitou o descobrimento das células e a


elaboração da teoria segundo a qual todos os seres vivos são constituídos por
células. O microscópiocontinua a ser actualmente um instrumento muito
importante em citologia.

O microscópio electrónico (figura) permitiu a observação de estruturas célulares


até então desconhecidas, devido a possibilidade de obtenção de imagensmuito
ampliadas.

Por ser um instrumento muito caro, o microscópio electrónico requer muito


cuidado na sua utilização, feita sópor pessoal especializado, está disponível
apenas em laboratórios de investigação avançada.

A diferença fundamental entre o microscópio óptico e o electrónico é que este


não utiliza a luz para obter a imagem do objecto, mas sim um feixe de electrões

MÓDULO 3: BIOLOGIA 43
2.2.2. Constituição do micróscopio óptico composto

O microscópio óptico usado por Leeuwenhoek era simples porque tinha só uma
lente. Os microscópios que usamos agora têm um sistema de duas lentes e por
isso não são chamados opostos. Podem ser monoculares, se tiverem apenas uma
ocular, ou binoculares, se tiverem duas oculares.

O microscópio óptico composto é constituído por duas partes:

MÓDULO 3: BIOLOGIA 45
Uma parte mecânica e uma parte óptica. A parte mecânica suporta a parte
óptica.

Os quadros seguintes relacionam as peças do microscópio com as funções por


elas desempenhadas:

Pé Apoio do microscópio. Confere-lhe estabilidade.

Braço Suporte do microscópio.

Platina Local onde se coloca a preparação a observar. Têm um


orificio que passar a luz.
Pinças Fixam a preparação a observar.
Canhão Tubo que suporta as oculares.
Revólver Suporta as objectivas e permite a sua rotação.

Parafuso micrométrico Descloca a platina, afastando-a ou aproximando-adas


objectivas, em movimentos rápidos. Serve para focar.
Afasta ou aproxima a platina das objectivas mas em
Parafuso micrométrico movimentos lentos. Permite a obtenção de uma imagem
nítida.

Parte óptica

Objectivas Ampliam a imagem do objecto a ser observado

Ocular Amplia a imagem fornecida pela objectiva.

Fonte de iluminação Espelho ou lâmpada eléctrica que ilumina a preparação,


permitindo a sua observação.

Diafragma Regula a intensidade da luz no campo visual do


microscópio.
Condensador Distribui no campo visual do microscópio.

2.2.3. REGRAS E NORMAS PARA O TRABALHO LABORATORIAL

As actividades laboratoriais ajudam a compreender a teoria e permitem aprender


algumas técnicas e manipular instrumentos e materias necessários para
realização de trabalhos.

Para utilizar o laboratório é preciso, no entanto, conhecer algumas regras de


segurança para que a lição decorra sem incidentes.

Regras de segurança no laboratório

 Não comer nem beber no laboratório;


 Não correr nem brincarno laboratório;
 Colocar o vestuário e os livros num local reservado para esse fim;
 Prender o cabelo, se ele for comprido;
 Não utilizar o laboratório sem a supervisão do professor;

MÓDULO 3: BIOLOGIA 47
 Ler com atenção os protocolos das experiências antes de iniciar trabalhos;
 Conservar a bancada limpa e arrumada;
 Manter sobre a bancada apenas material necessário;

2.2.4. Manipulação do microscópio

O microscópio é um instrumento de precisão que deve ser utilizado com muito


cuidado:

 Se o microscópio estiver dentro duma caixa, certificar que ela está


fechada.
 Transportarsempre o microscópio com duas mãos, apoiando numa delas a
base e segurando o braço ou coluna com a outra mão.
 Colocaro microscópio sobre a mesa, suficientimente afastado da borda,
para não cair.
 Evitar molhar a platina quando executar a preparação ou outros líquidos
como meio de montagem.
 Não tocarcom os dedos nas lentes do microscópio e não molharcom o
meio de montagem. Se necessário, as lentes devem ser limpas com um
pano limpo, para não riscar.
 Após o trabalho, levantaraplantina e colocara objectiva de menor
ampliação no prolongamento de tubos.
 Se o microscópio for eléctrico, desligara ficha da tomada.
 Cobriro microscópio com a protecção, guardá-lona caixa e fecharesta a
chave ou deixá-locoberto encima da bancada, se não tiver caixa.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante! Depois do estudo desta liҫão,responda as seguintes questões:

1. No microscópio óptico composto quais as peças que têm como função a


focagem das preparações?

2. No microscópio óptico composto quais as peças responsáveis pela ampliação


das preparações?

3.Faça a legenda da figura que representa um microscópio óptico composto,dos


numeros.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 49
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1˗ Parafusos macromético e micrométrico.

2- Ocular e objectivas.

3 – 1 Ocular;2 –Tubo; 3- Braço; 4 Parafuso acrometrici 5- Parafuso


Micrométrico;6- Pé; 7- Revólver; 8- Objectivas; 9- Platina;10-
Condensador;11- Diafragma; 12-Fonte de Luz

Experiência:

 Para representar a célula como um objecto tridimensional e como unidade


estrutural de tecidos os alunos deverão formar espuma a partir de sabão
líquido. Cada uma das esferas formadas representa uma célula.
 Experiência laboratorial, obsevação das células, em preparações
definitivas e temporárias, que o professor vai preparar.
LIÇÃO Nº 3 CONSTITUIÇÃO DA CÉLULA VEGETAL

INTRODUÇÃO

Caro estudante!

Depois de termos falado do microscópio e suas peҫas fundamentais, sua


utilizaҫão e conservação, vamos de seguida realizar o estudo dos componentes
de uma célula vegetal. De recordar que na primeira unidade do primeiro
módulo, estudou os tipos de eucariotas animal e vegetal e a célula animal. Neste
módulo, vamos falar da estrutura e funções dos organelos da célula vegetal e na
parte final, a comparação das células eucariotas.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Identificar as estruturas dos organelos de uma célula vegetal;

Mencionar a função dos organeloscélulares.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora

2.3.1. Funções das estruturas (organelos) que compõem a célula

Citoplasma - líquido amorfo e viscoso, onde são realizadasas funções vitais da


célula.
Membrana Plasmática: película lipoproteica que tem afunção de delimitar o
conteúdo nuclear, seleccionar o que sai e entra na célula, além de proteger.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 51
Parede célular: protege a célula, confere rigidez à célula.

Núcleo
 Armazena a informação genética;
 É responsável pelo controlo de todas actividadesda célula.

Ribossomas

São partículas presentes tanto nas células procariotas comonas células


eucariotas. Os ribossomos produzem proteínas nas células.

Retículo endoplasmático
É uma rede de túbulos e sáculos (cisternas) rodeados de uma membrana que vai
desde a membrana nuclear até ao citoplasma.

O reticulo endoplasmático (R E) pode ser rugoso (granular) associados a


ribossomos ou liso sem ribossomos aderentes.

Funções do retículo endoplasmático rugoso

 Transporta as proteínas (enzimas) produzidas ao nível dos ribossomos


para o aparelho de Golgi.
 Participa na síntese e armazenamento de proteínas que posteriormente são
enviados para o meio extracélular.

Funções do retículo endoplasmático liso

 Está envolvido no metabolismo e transporte de lípidos.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 53
Aparelho de Golgi

É constituído por sacos achacados, sobrepostos formando dictiossomos. Os


dictiossomos originam vesículas de secreção.

Função de aparelho de Golgi

Realiza secreção célular e produz lisossomos. Tem uma função secretória de


glicídios e proteínas e é muito ativo na formação das membranas e da
paredecélular.

Plastos

Os plastos são muitosgruposde organelos característicos das células vegetais.


De acordo com a sua cor, os plastos classificam-se em cromoplastos(coloridos)
e leucoplastos (sem cor). O cromoplasto mais importante nas plantas é o
cloroplasto, que contém o pigmento clorofila e por isso tem côr verde.
A cor dos frutos maduros, por exemplo, é devida a presença de cloroplastos
com pigmentos vermelhos nas suas células.

A fotossíntiserealiza-se no cloroplasto, um organelo característico das células


vegetais.

O cloroplastoé um organelocélulardemilitado por uma membrana dupla, de


constituição básica idêntica a da membrana nuclear.

Internamente, o cloroplasto possui, como jaaprendeu, pequenas bolsas


achatadas, os tilacoides, que formam pilhas ou granum. Os tilacóides estão
mergulhados no estroma,que contem DNA, RNA, enzimas e ribossomas e
também podem existir grãos de amido e gotículas de lípidos.

 Síntese de moléculas orgânicas no processo da fotossíntese.

Vacúolo

O vacúoloocupa, em media, metade do volumecélular. É uma bolsa cheia de


água e de várias substâncias, envolvida por uma única membrana.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 55
Funções do vacúolocélular:

 Armazena nutrientes, como proteínas e açúcares, que servem de reserva


nutritiva;
 Alguns acumulam substâncias como gases e pigmentos ou substâncias
com sabor desagradável que protegem as plantas dos seus predadores
(herbívoros);
 Serve como depósito de enzimas, que são responsáveis pela digestão de
material ingerido pelas células;
 Participa na manuntenção da pressão de turgescência que empurra a
membrana plasmática contra a parede célular rígida e impede que a planta
apresente um aspecto murcho.
3.3.2. Estrutura da célula vegetal

3.3.2.1. Principais diferenças e semelhanças entre célula vegetal e


animal

Observe as figuras e veja a respeciva comparação na tabela abaixo ....

MÓDULO 3: BIOLOGIA 57
Célula vegetal Célula animal

Vacúolos grandes e Vacúolos pequenos e


Diferenças poucos numerosos
Cloroplastos- presentes Cloroplasto-inexistente
Parede célular-presente Parede célular- inexistente

Membrana célular
Citoplasma
Semelhanças Reticulo endoplasmático
Mitocôndria
Núcleo com nucléolo
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante: depois do estudo daliҫão, responda as seguintes questões:

1 - Preenchaos espaços da coluna II (funções) com os números da coluna I


(organelo) correspondente.

1-Mitocôndrias A –- armazena nutrientes;

2-Cloroplasto B- Realiza digestão intra-


célular

3-Parede célular C- Armazena a informação genética

4- Núcleo D- Protege a célula e determina


a sua forma

5- Vacúolo E- Local onde ocorre a


fotossíntese

F - Realiza a respiraҫãocélular

Obsevea figura 2 .

MÓDULO 3: BIOLOGIA 59
a) Que tipo de célulaestárepresentada.

b) Faça arespeciva legenda


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-F, 2-E,3-D,4-C,5-A

2-a) Célula vegetal.

b) 1- Mitocondria, 2- Membrana célular 3- R.E. liso 4- Cloroplastos 5- RE. Liso

MÓDULO 3: BIOLOGIA 61
LIÇÃO Nº 4COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA

INTRODUÇÃO

Caro estudante!

Nesta lição vamos falar dos


constituintes quimicos na célula, sua
estrutura e funções e, na parte final,
vamos identificar as substâncias
através de experiências.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar as substâncias químicas existentes nas células.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 2 horas

2.4.1. Composiҫão quimica da célula

A matéria viva é formada por dois grandes tipos de substâncias: orgânica e


inorgânica.

As substâncias inorgânicas, como a água, os sais minerais e os iões são muito


simples e existem também em materiais não biológicas.
As substâncias orgánicas são de complexidade variável, possuindo uma
estrutura baseada em cadeias de carbono (C) a que se ligam outros elementos,
em especial o hidrogénio (H), o oxigénio (O) e o azoto (N). Outros elementos,
como o magnésio, ferro, fósforo, enxofre e o cálcio, também estão presentes,
mas em menor quantidade.

Existe uma grande variedade de substâncias orgânicas, pertecentes a quatro


grandes grupos:

 Glícidos ou hidratos de carbono;


 Lípidos ou gorduras;
 Prótidos;
 Ácidos nucleicos.

A água

O composto mais importante nas células é aágua, podendo antigir entre 75 a


90% do total da sua massa.A água tem uma estrutura molecular simples. É
formada por dois átomos de hidrogénio ligados a um átomo de oxigénio.

Funções da água

 Movimenta dentro da célula as substâncias nutritivas dissolvidas;


 É responsável por numerosas reacções químicas;
 É moderadora da temperatura, protegendo a célula de grandes variações
de temperatura do meio.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 63
Os prótidos

São compostos orgânicos constituídos por C, H, O e N, podendo também conter


outros elementos, como, por exemplo, enxofre (S), fósforo (P) e o ferro (Fe).

De acordo com a sua complexidade, os prótidos podem classificar-se em:

 Aminoácidos;
 Peptidos;
 Proteínas.

Os aminoácidos são as unidades básicas dos prótidos. Todos têm uma


composição química semelhante. São formados por:

 Um grupo de amina (NH2);


 Um grupo de carboxilos (COOH);
 Um átomo de hidrogênio (H);
 Um grupo R (radical) que varia em cada aminoácido.

Os peptidos são o resultado da união entre


dois ou mais aminoácidos atravésde uma
ligaҫão química denominada ligaҫão
peptídica. A união entre mais de vinte
aminoácidos forma um polipéptido.

As proteínas são constituidaspor uma ou


mais cadeias polipeptícas.
Funções das proteínas:

Função estrutural – fazem parte de todos os constituentescélulares;

Função de defesa – algumas proteínas específicas (anticorpos) destroem


substâncias estranhas ao organismo;

Função reguladora – algumas hormonas têm constituição proteica;

Função de transporte – transportam muitos iões e moléculas;

Função enzimática – muitas proteínas são enzimas que actuam nas reações
químicas da célula.

Os hidratos de carbono ou glícidos

Os hidratos de carbono são compostos orgânicos constituídos por C, O e H.


De acordo com a sua complexidade, consideram-se tres grandes grupos de
glícidos:

 Monossacarideos;
 Oligossacarideos;
 Polissarideos.

Os monossacarideos (açucares simples) são classificados de acordo com o


número de átomos de C que os compõem.

As pentoses (5 C) e as hexoses (6 C) são as mais frequentes. Exemplos: ribose e


glicose.

Os oligossacarideos são moléculas constituídas por duas a dez moléculas de


monossacarideos ligadas umas as outras por ligaҫões glicosídicas.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 65
Por exemplo: Duas moléculas ligadas entre si formam um dissacarideo. São
dissacarideos a sacarose, maltose e a lactose;

Três moléculas de monossacarideos formam um trissacarideos e assim


sucessivamente.

Os polissacarideos são moléculas constituídas por mais de dez


monossacarideos.

São exemplo de polissacarideos a celulose, o amido e o glicogênio.

Funções do hidrato de carbono

Função energética – Entre os hidratos de carbono com função energetica


destacam-se:

 Amido, que constitui o material de reserva nas plantas;


 Glicogenio, material de reserva nos animais e em muitos fungos;
 A sacarose, um dessacarideo constituído por uma molécula de glicosse e
uma molecula de frutose;
 Funҫão estrutural - são hidratos de carbono com função estrutural, entre
outros:
 A celuloseque faz parte da parede célular das plantas;
 A quitinaque é um componente importante do esqueleto externo dos
insectos e dos crustáceos.

Os lípidos

Os lípidos são moléculas com uma estrutura muito heterogenea, da qual fazem
parte as gorduras (animais e vegetais), as ceras e o azeite, entre outras.
São compostos constituidos por C, O e H, podendo também conter S, N e P.

Podem classificar-se em três grandes grupos, de acordo com a sua função:

 Função de reserva – são lípidos de reserva os triglicerideos, que


possuem dois componentes fundamentais: ácidos gordos e glicerol.
 Função estrutural – são lípidosetruturais os fosfolípidos, principais
componentes das membranascélulares. São formados pela união de duas
moléculas de ácidos gordos, uma de glicorol, um pouco de fosfato e um
pouco R que pode variar.
 Função reguladora – são lípidos reguladores as vitaminas E e K e
algumas hormonas.

Os lípidos desempenham ainda outras funções. Por exemplo, os óleos e as ceras,


que revestem folhas e frutos de plantas, assim como a pele, pêlos e penas de
outros animais, tornam essas superficiesimpermeáveis a água.

Ácidos nucleicos

Os ácidos nucléicossão polimeros muito compridos, formados por monómeros


chamados nucleótidos, que se unem unsaos outros, formando compridas
cadeias.

Existem dois tipos de ácidosnucléicos: ácido desoxirribonucleo(ADN), com


cadeia dupla, e ácido ribonucleico (ARN), com cadeia simples.

Os nucletidos são todos constituidos por:

 Um grupo fosfato;
 Uma pentose que no ADN é desoxirribose e no ARN é uma ribose;
 Uma base azotada – há cinco bases azotadas diferentes:

MÓDULO 3: BIOLOGIA 67
o Bases com anel duplo – adenina (A) e guanina (G);
o Bases com anel simples – tinina (T), citosina (C) e uracilo (U).

As bases emparelham sempre da mesma maneira: adenina com tinina ou ericilo


e a guanina com citosina. Diz-se que estas bases são complementares. Os
nucleotidos são chamados pelo nome da base que contém.

Funções dos ácidos nucleicos:

 Armazenam e transmitem a informação genética.


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1˗ Orgânicos (Hidratos de carbono, lípidos e proteínas) e inorgânicos (água,


iões metálicos, sais minerais).

2- Água como dissolvente, reagente, movimenta dentro da célula as substâncias


nutritivas dissolvidas; reacções químicas, moderadora da temperatura,
protegendo a célula de grandes variações de temperatura do meio.

3- Componente das membranas, função estrutural, enzimática.

4- Componente das membranas, função estrutural,reserva de nutrientes.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 69
ACTIVIDADES DA UNIDADE / PREPARAÇÃO PARA O TESTE

Comprovação das substâncias orgânicas e inorgânicas na planta:

EXPERIÊNCIA ˗ 1
Hidratos de Carbono
Substâncias
Material
Solução de amido
Papel de filtro
Batata
Tubos de ensaio
Pão
Copo de vidro
Soluão de lugol
Vidros de relógio
Solução de Fehling I e II
Procedimentos
1. Num tubo de ensio, adicione10 ml de amido e algumas gotas de Solução
de Fehling e anoteas observações.
a) Aqueça ligeiramente a mistura, anoteas oservações
2. Num tubo de ensio, coloqueas cascas de batata e polpa, ponha algumas
gotas da solução de lugol, anote as observações
Observações

Conclusões

EXPERIÊNCIA ˗ 2
Comprovação da existência de água e de carbono nas plantas através do
aquecimento;
Material
Substâncias Papel de filtro
Tubos de Ensaio
Folhas de plantas

Procedimentos
1. Num tubo de ensaio, introduzafolhas de plantas e aqueça-as. Anoteas
observações

Observações

Conclusões

MÓDULO 3: BIOLOGIA 71
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

As experiências comprovam que nas plantas existe água, hidratos de carbono,


proteínas e lípidos.

Substânciaa
Reagentescaracterísticos Reacção característica
identificar

O sulfato de cobre anidro toma a


Água Sulfato de cobre anidro
cor azul

Forma-se um precipitado cor de


Glicose Licor de Fehling
tijolo

Amido Lugol Cor azul arroxada

Lípidos Sudão III Cor vermelha intensa

Ácido nítrico e amónia


Cor amarela, que passa a cor de
laranja
Sulfato de cobre e soda
Proteínas (reacção xantoproteica)
Caustica (hidróxido de
Cor violeta (reacção do biureto)
sódio)
3 UNIDADE TEMÁTICA N º 3:
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DAS PLANTAS

Lição nº 1: Estudo da raíz, estrutura e


funções.
Lição nº 2: Classificação da raíz.
Lição nº 3: Estrutura primária e secundária
da raizes
Lição nº 4: Adaptações das raízes às
condições do ambiente e sua importância.
Lição nº 5: Estudo do caule, estrutura e
funções.
Lição nº 6: Classificação do caule.
Lição nº 7: Estrutura primária e secundária
do caule.
Lição nº 8: Adaptações do caule às
condições do ambiente e sua importância.
Lição nº 9: Estudo da folha, estrutura e
funções.
Lição nº 10: Classificação das folhas
Lição nº 11: Estrutura interna e adaptações das folhas às condições do ambiente
Lição nº 12: Importância das folhas.
Lição nº 13: Estudo da flor, estrutura e funções.
Lição nº 14: Classificação das flores.
Lição nº 15: Importância da flor.
Lição nº 16: Estudo do fruto: estrutura e funções.
Lição nº 17: Classificação do fruto.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 73
Lição nº 18: Importância do fruto.
Lição nº 19: Estudo da semente: estrutura e funções
Lição nº 20: Funções e importância da semente

INTRODUÇÃO DA UNIDADE TEMÁTICA

Caro estudante!

Vamos iniciar com a terceira unidade do móduloIII, onde vamos abordar a


morfologia e fisiologia vegetal, os termos Morfologia e Fisiologia já foram
abordados na primeira unidade do módulo I. Assim vamos estudar neste módulo
da estrutura,a função dos órgãos da planta, a raíz, o caule, as folhas, os frutos e
as sementes, e aa sua utilidade.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Explicar a relação entre a estrutura e as funções dos diferentes órgãos da


planta;
 Identificar as adaptações das plantas espermatófitas em modelos e na
natureza viva;
 Divulgar na comunidade a importância dos diferentes órgãos da planta.

RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

 Explica a relação entre a estrutura e as funções dos diferentes órgãos da


planta;
 Identifica as adaptações das plantas espermatófitas em modelos e na
natureza viva;
 Divulga na comunidade a importância dos diferentes órgãos da planta.
DURAÇÃO DA UNIDADE

Para o estudo desta unidade temática você vai precisar de 18 horas.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 75
LIÇÃO Nº 1 - ESTUDO DA RAÍZ:
ESTRUTURA E FUNÇÕES

INTRODUÇÃO

Quando as plantas ―sairam‘‘ da água e ―invadiram‘‘ a terra, tiveram que se


adaptar a um novo ambiente, o solo, do qual tiveram de retirar a água e os
mineraisnecessários à vida. A raíz deve ter sido, a primeira modificação, um
órgão capaz de garantir a sobrevivência das plantas em locais com a superficie
seca, muito diferentes daqueles em que viviam anterioremente.

Apesar de muitas vezes estar escondida, a raízéuma parte viva da planta. Ela e
indispensável para que todas as outras partes possam realizar as suas funções.
Quando olhamos para umaraíz e descrevemos a sua forma exterior, ou a sua
constituição, estamos a falar da sua morfologia.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Explicar as funções das partes que constituem a raíz;

Identificar os diferentes tipos de raízes e suas adaptações radiculares

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.
3.1.1. Constituiҫão da raíz

As raízes não são todas iguais. Por isso, vamos considerar uma raíztipica, isto é,
uma raíz que apresenta todos os elementos caracteristicos deste orgão.

Funҫões da raíz

As raízes desemprnham três funҫões muito importantes:

 Fixaҫão – fixam a planta no solo;


 Absorҫão – absorvem do solo a água e os sais minerais que permitem as
plantas fabricar os seus próprios alimentos;
 Reserva – armazenam substâncias de reserva que as plantas utilizam
quando não conseguem resproduzir alimento suficiente, devidoàs
condições adversas do meio ou quando dão origem a novas plantas.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 77
Constituição da
Funções
raíz

Colo Zona de separação entre a raíz e o caule

Local onde a raíz se ramifica, originando raízes secundários,


Zona de
menos desenvolvidas do que a principal. Em conjunto fixam a
ramificação
planta ao solo.

Zona pilosa ou
Zona onde se encontram pêlos muito pequenos através dos
dos pelos
quais se faz a absorção da água e dos sais minerais.
absorventes

Zona de
Local onde se encontram muitas células em divisão, o que a
crescimento ou
faz a raíz aumentar em comprimento.
de alongamento

Estrutura que cobre a extremidade da raíz, protegendo-a á


Coifa
medida que ela se enterra no solo.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante: depois do estudo daliҫão,responda as seguintes questões:

A figura representa uma raíz


1 –Façaa legenda da figura.
a)- Classifique-a quanto à forma e quanto ao meio em que vive.
b)- Indiqueas funções das zonas referenciadas pelos números 3 e 4.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 79
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1–coifa, 2- zona de cresciemnto,3- zona pilosa, 4-zona de ramificação, 5- colo.


a)– Forma - aprumada Situação - subterrrânea.
b 3– absorção radicular, 4 – fixação
LIÇÃO Nº 2- CLASSIFICAÇÃO DA RAÍZ

INTRODUÇÃO

Caro estudande!

Vamos dar continuidade ao estudo da raíz,a sua localização no espaço, a


consistência e o estado de resistência das raízes.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Classificar a raíz quanto a situação consistência.

TEMPO DE ESTUDO

 Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.2.1. Classificação da raíz

A Raíz quanto a situação

 Subterrâneas - quando estão enterradadas no solo. Exemplo: cajueiro,


mandioqueira.
 Aquáticas – quando se encontram dentro da água, não possuem pêlos
absorventes. Exemplo:nenúfar
 Aéreas – quando nascem ao longo do caule, ou outras partes da planta,
permitindo a sua fixação nos muros, paredes ou árvores. Exemplo: hera

MÓDULO 3: BIOLOGIA 81
A Raíz quanto a consistência

 Herbáceas, se são tenras, com pouca consistência e podem ser cortadas


facilmente com a unha. Por exemplo: cenoura e beterraba.

 Lenhosas, se são rígidas, pouco flexiveis e bastante duras, semelhantes a


lenha. Por exemplo: acácia e laranjeira.
Quanto a forma

 Aprumadas, se apresentam uma raízprincipal mais desenvolvida do que

as raízes secundárias, mais finas, que partem dela. Por exemplo: couve,

mangueira e canhoeiro;

 Fasciculadas, quando constituidas por um feixe de raízes de tamanho e

forma semelhante, com aspecto de cabeleira. Por exemplo: milho,

mapira, trigo e coqueiro.

 Aprumada tuberculosa, outuberculosa-aprumada, se a raízprincipal é

muito espessa, contendo substâncias de reserva. Por exemplo: cenoura,

beterraba, nabo;

MÓDULO 3: BIOLOGIA 83
 Fasciculada tuberculosa, outuberculosa -fasciculada, quando apresenta

um feixe de raízes espessas com substâncias de reserva. Por exemplo:

mandioca e batata-doce.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1- Indiquese são verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes frases:


A. As raízes aéreas não têm a função de fixar a planta._________
B. A raíz aprumada éconstituída por uma raíz principal, bem
densevolvida e sem raízes secundárias________
2-
Quanto a
Raíz Quanto a consistência Quanto a situação
forma

Cenoura

Mandioca

Laranjeira

3 – Chave dicotómica

3.1- Identifique as Raízes na Chave:


Raízes situadas ao longo do caule ..................................................Raízes laterais
Raízes situadas na extremidade do caule .........................................................1
1- Com uma raíz principal .............................................................................2

MÓDULO 3: BIOLOGIA 85
1- Sem raíz principa.........................................................................................3
2- Com uma raíz principal pouco espessa, onde partem raízes secundárias
..............Raízaprumada
2- Com uma raíz principal espessa, onde partem raízessecundárias
..................Raíz aprumada tuberculosa
3.- Com um feixe de raízes delgadas idênticas
..................................................Raíz fasciculada
3- Com um feixe de raízes espessas e idênticas
.............................................Raíz fasciculada tuberculosa.
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

2- Indica se são verdadeiras ( V ) ou falsas ( F ) as seguintes frases:


A_F , B._V

Quanto
Raíz Quanto a forma Quanto a situação
consistência

Cenoura Aprumada-tuerculosa Herbácea Subterrânea

Fasciculada-
Mandioca Herbácea Subterrânea
tuberculosa

Laranjeira Aprumada Lenhosa Subterrânea

MÓDULO 3: BIOLOGIA 87
LIÇÃO Nº 3: ESTRUTURA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DA
RAÍZ

INTRODUÇÃO

Nesta liҫão, vamos estudar anatomia da raíz nas monocotiledónias e


decotiledónias. Falaremos aindado modo como as plantas crescem em
comprimento e em diâmentro, a disposição dos tecidos vegetais numa raíz
dicotiledónea e monocotiledónea, assunto a que fizemos referência na primeira
unidade, na subdivisão das plantas angiospérmicas.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Identificar a estrutura primária e secundária da raíz;

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.3.1. Estruturas primárias e secundáriasda raíz

A raíz cresce em comprimento a partir de um tecido especial chamado


meristema, formado por células situadas na ponta da raíz, protegidas pela coifa.
Da divisâo destas células resulta o crescimento primário que aprofunda a raíz no
solo. O crescimento das plantas é indeterminado, isto é, podem crescer durante
toda a sua vida.
A raíz apresenta crescimento primário em gimnospérmicase angiospérmicas,
tanto monocotiledóneas como dicotiledóneas.

O crescimento secundário no entanto, existe apenas em gimnospérmicase


dicotiledóneas lenhosas.

Nas monocotiledóneas, em que não existe raíz principal, não há crescimento


secundário.

3.3.1.1. Estrutura primária da raíz

Num corte transversal da raíz notam-se, na estrutura primária, duas zonas


caracteristicas: um cilindro central pequeno e uma zona cortical (ou cortex)
muito larga.

De fora para dentro da raíz, encontram-se os seguintes tecidos:

MÓDULO 3: BIOLOGIA 89
 Epiderme – uma unica camada de células vivas, algumas das quais se
dilatam, formando os pêlos absorventes;
 Zona cortical ou cortex – preenchida por um tecido fundamental,
formado por células vivas, chamado parenquima, que pode ter função
de reserva, de elaboração de váriassubstâncias ou de realização de
fotossíntese;
 Endoderme última camada de células do cortex, com espessamentos em
forma de U nas monotiledoneas e pontuações de Caspary em
dicoledoneas;
 Periciclo – primeira camada de células da medula. Estas células têm
capacidade de se dividirem por mitose e estão relacionadas com a
formação das raízes secundárias;
 Floema – tecido condutor de seiva elaborada, formado por células vivas;
 Xilema – tecido condutor de seiva bruta, formado por células mortas.

O xilema e o fluema dispõem-se alternadamente, em feixes (grupos) simples,


separados por células parenquimatosasque se chamamraios medulares.

Nas monocotiledoneas, o centro da raíz é ocupadopor um parenquima


medular (ou medula), situando-se os feixes condutores àvolta do cilindro
central. Nas dicotiledoneas, o cilindro central é ocupado pelo xilema.

Após a diferenciação da estrutura primáriada raíz, as dicotiledoneas tem um


número reduzido de feixes condutores (geralmente 4). Nas monocolidoneas, os
feixes condutores sãomais numerosos (geralmente mais de 10).
3.3.1.2. Estrutura secundária da raíz

A estrutura secundária da raíz resulta da actividade de meristemas secundários


que produzem o seu engrossamento. Nas raízes mais velhas aparece no cilindro
central um maristema constituido por uma faixa estreita de células, que tem uma
forma ondulada, passando por fora do xilema primário e por dentro do
fluemaprimário, atravessando os raios modulares. Esta camada meristematica
chama-se câmbio vascular.

Ocâmbio toma depois a forma circular, originando xilema secundário para o


interior da raíz e floema secundário para o seu exterior.

Ao xilema e ao floema pode chamar-se agora lenho e liber respectivamente.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 91
Na periferia do cortex aparece outro meristema secundário, chamado câmbio
cortical ou felogénio.Devido a actividade deste câmbio, origina-se, para o
interior da raíz, um parenquima chamadofeloderme e para o exterior,células
suberificadas que formam a exoderme(também chamada suber ou cortica) e
substituem a epiderme. O felogenio isola assim os tecidos exteriores da raíz,
que, não recebendo nutrientes, morrem e caem, ficando, deste modo o cortex
mais reduzido.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante: Depois do estudo desta lição, respondaàs seguintes questões:

1- Assinalecom ―V‖ e ―F‖ as alternativas verdadeiras e falsas,


respectivamente.
a ) Os meristemas apicais dão origem a tecidos secundários.____
b) O câmbio vascular dáorigem a floema e xilema secundários.____
c )Os meristemas apicais dão origem a tecidos secundários. ____

d ) O câmbio vascular da origem a floema e xilema secundários. ___

MÓDULO 3: BIOLOGIA 93
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- Indica se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes frases:

a )F b) V c) F d) F
LIÇÃO Nº 4: ADAPTAÇÕES DAS RAÍZES ÀS CONDIÇÕES
DO AMBIENTE E SUA IMPORTÂNCIA

INTRODUÇÃO

Caro estudande: tem observado as plantas na natureza, como podem, elas se


encontrar?

De facto as plantas adaptam-se de acordo com o meio onde se encontram, quer


na água, quer na sombra e mesmona incidência de muita luz, a sua disposiҫão
sera diferente, dai que vamos a seguir falar das adaptaҫões das plantas no meio,
de seguida a sua importância, económica, alimentar, medicinal e ecológica.
Quanto as aplicações, você podetrazer informacõessobrealgumas plantas
medicinais conhecidas.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar os diferentes tipos de raíz e suas adaptações;


 Mencionar a importância da raíz.

TEMPO DE ESTUDO

Caro a estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 2 horas.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 95
3.4.1. Adaptação das raízes

As plantas sofrem a influência do ambiente, adquirindo caracteristicas especiais


que permitem a sua sobrevivencia, mesmo em condições adversas.

Um factor muito importante para as raízes é a água do solo. As plantas que


vivem em lugares húmidos possuem raízes curtas, enquanto as que vivem em
lugares secos possuem raízes compridas, por forma a atingirem água em zonas
mais profundas do solo.

Algumas árvoresdos mangais, que vivem em zonas alagadas (figura abaixo) e


por essa razão ficam com as raízes submersas periodicamente, fazem
crescerpara a superficieraízes respiratórias, chamadas pneumatroficos. Estas
raízes possuem orificios que permitem a entrada de ar para as raízes enterradas
no lodo.

Plantas como o nabo, a cenoura, a batata-doce e a mandioca tem a capacidade


de acumular substâncias de reserva.

Algumas plantas, chamadas xerofitas, que são próprias de regiões secas,


possuem raízes compridas e acumulam água da chuva nessasraízes.
3.4.2. Importância da raíz

Ja aprendeu algumas funções desempenhadas pelas raízes. Mas elas exercem


também algumas acções muito importantes para o Homem e para o ambiente.

 Acção erosiva

Esta acção faz-se sentir sobre as rochas. Jáviu,certamente uma raíz crescer
numa fenda de uma rocha, de um muro ou mesmo de um passeio. O
engrossamento da raíz vai alargando a fenda, acambando por partir a rocha em
pedaços. Esta acção erosiva determina a formação e evolução dos solos.

Por outro lado, as raízes ajudam a fixar as partículas minerais e orgânicas que
constituem o solo, contrariando a acção destruidora da chuva e do vento que
provocam a erosão. Por isso, é importante evitar o desbravamento dos terrenos,
para que não fiquem desprotegidos. Esta acção antierosiva é especialmente
importante em zonas de dunas costeiras e nos mangais que protegem as áreas do
interior.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 97
 Acҫão económico-alimentar

Algumas raízes, especialmente as raízes tuberculosas, são muito importantes


para o Homem. A batata-doce, a mandioca e a cenoura, entre outras, fazem
parte da nossa alimentação, diária.

Além disso, a beterraba, por exemplo, pode ser utilizada na indústria alimentar,
para o fabrico de açúcar.

Também a mandioqueira é fonte de rendimento para a populaҫão, que


transforma a raíz, secando-a e ralando-a, num produto que se conserva durante
mais tempo e pode até ser vendido para outras zonas.

 Acҫão medicinal

Para além dos exemplos que já foram dados na unidade um, háainda muitas
outras raízes que são usadas para fins medicinais. Eis alguns exemplos:
 A raíz do beijo-de-mulata é usada para desparasitaҫão de crianҫas e
para o tratamento das diabetes.
 A raíz do canhoeiro, planta existente em todas as províncias,
comdenominações locais, é usada para tratar diarreia, vómitos, dores
de dentes, prisão de ventre e pertubaçõesestomacais.
 A raíz da anoneira, também conhecida nos diferentes pontos dos pais
com nomes locais, é utilizada para tratar desinterias, doenças de
garganta, dores menstruais, epilepsia e prisão de ventre.
 A papaeira écultivada em todo o país A sua raíz é usada para tratar
dores de dentes, pertubaçõesrenais e da bexiga e gonoreia,
doençasvenéreasem homens e mulheres. Usa-se também para
combater parasitas intestinais.
 A cenoura é rica em vitaminas. É usada como xarope no combate a
tosse e as amigdalites nas crianças. Comida fresca, favorece a boa
visão e a capacidade de ver no escuro. Étambem usada para combater
os parasitas intestinais. É diurética (facilita a excreção) e actua
favoravelmente na regularização das pertubações intestinais,
especialmente de crianças (usa-se a água de cozer cenouras para, por
exemplo, fazer o leite ou a papinha para crianças que tenham diarreia).

Beijo–da-Mulata Anona

MÓDULO 3: BIOLOGIA 99
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1- Assinalecom ―V‖ e ―F‖ as alternativas verdadeiras e falsas, respectivamente.


a) Todas as raízes podem ser usadas medicinalmente. (____)

b) As raízes areas não têm a função de fixar a planta. (_____)

c) A raíz aprumada é constituída por uma raíz principal, bem desenvolvida, e


sem raízes secundárias. (____)

d) A raíz da cenoura e aprumada tuberculosa. (_____)

e) A epiderme e constituída por uma única camada de células mortas. (_____)

f) Os feixes condutores da raízduma dicotiledónea são simples alternos. (_____)

g) As plantas xerófitas são próprias dos soloshúmidos. ( ___)

h) O súber é um tecido constituído por células mortas, suberificadas. (_____)


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- Indiquese são verdadeiras (V) ou falsos (F), as seguintes frases

a) (F),b) (F), c)(F), d) (V), e) ( V), f) ( V), g) (F), h)( V ).

MÓDULO 3: BIOLOGIA 101


LIÇÃO Nº 5:ESTUDO DO CAULE: ESTRUTURA E FUNÇÕES

INTRODUÇÃO

Caro estudante: nesta lição vamos estudar uma outra parte da plantaque cresce
em sentido oposto ao da raíz. Esta parte contribui para o crescimento da planta
em comprimento. Vamos ver asua estrutura e as funções.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Explicar as funções das partes que constituem o caule.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.5.1. Estrutura externa do caule


Funções do caule

Suporte- suporta os ramos, as folhas, flores e os frutos, colocandoosna melhor


posição para receberem a luz do sol e facilitar o mecanismo de reprodução e
dispersão de sementes.

Transporte- transporta a seiva bruta desde a raíz até as folhas e a seiva elaborada
das folhas a todas as partes da planta.

Reserva- há caules que armazenam água ou substâncias de reserva, permitindo a


sobrevivência da planta, quando as condições do ambiente não são favoráveis.
Constituição do caule

Estrutura Função

Responsável pelo crescimento em altura da


Gema ou gomo terminal
planta

Lugar onde saem as flores ou uma



ramificação do caule

Entrenó Região que fica entre dois nós

Gema ou gomo axilar Produz folhas ou novos ramos

MÓDULO 3: BIOLOGIA 103


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

3- Identifique o órgão representado pela figura 1.


4- Façaa legenda da figura.
5- Indiqueas funções das zonas referenciadas pelas letras 3 e 4
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1– Raíz
1-nó, 2- gema terminal 3-- entre-nó-, 4- gema axilar ,5-caule
3-- 2– éresponsável pelo crescimento da planta em altura.,- 4– origina novas
folhas ou ramos.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 105


LIÇÃO Nº 6: CLASSIFICAÇÃO DOCAULE

INTRODUÇÃO

Caro estudande!

Vamos dar continuidade ao estudo do cauletratar da sua localização no espaco,


da forma e a consistência e doestado de resistência dos caules.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Classificar os caules quanto a: situação, consistência, forma e posição.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.6.1. Classificação do caule quanto

I- Situação

Aéreos-Partem do solo e elevam-se mais ou menos verticalmente no ar ou estão


deitados à superfície do solo- Exemplo: Mafurreira

Subterrâneos-Quando se encontram enterrados no solo – Exemplo cebola

Aquáticos-Quando se encontram mergulhados na água- Exemplo Nenúfar


II- Consistência

Herbáceos-Normalmente frágeis, podem quebrar-se entre os dedos – Exemplo:


feijoeiro

Lenhosos – Normalmente duros e resistentes. Exemplo: ajueiro

Carnudo-Geralmente acumulam substâncias de reserva. Exemplo: batata-reno

III- Forma

Tronco- Caule lenhoso, de forma cónica, mais grosso na base do que em cima e
com ramos a partir de certa altura. - Exemplo: acácia

Espique-Caule lenhoso, de forma cilíndrica, sem ramos e com folhas de grandes


dimensões na parte superior – Exemplo: coqueiro

Colmo- Caule aéreo lenhoso, de forma cilíndrica, com nós muito salientesem
intervalos regulares. Podem serocos, como o bambu, ou cheios. Exemplos:
milho, cana-de-açúcarar

Tubérculo- Caule subterrâneo, carnudo, de forma mais ou menos esférica e sem


escamas. Exemplo: batata-reno

MÓDULO 3: BIOLOGIA 107


Bolbo-Caule subterrâneo, carnudo de forma esférica ou globosa e com escamas-
Exemplo: cebola

Rizoma-Caule subterrâneo, carnudo e de forma elipsoide ou alongada


horizontalmente. Exemplo: bananeira

IV- Posição

Erectos-Quando saem do solo verticalmente. Exemplo: papaeira.

Rastejantes ou prostrados-Quando se arrastam ou estão deitados no solo.


Exemplo: aboboreira.

Trepadores-Quando conseguem manter-se erectos agarrando-se a um qualquer


suporte por meio de órgãos especiais.Exemplo: videira

Volúveis -Quando conseguem manter-se erectos, enrolando-se noutros caules


ou em estacas-Exemplo:ervilheira,fejoeiro
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1.Cita as principais funções do caule.

2.a) Completa a tabela que se segue.

Quanto Quanto Quanto a Quanto a


Caules
aforma aConsistência posição situação

Morangueiro

Coqueiro

Alho

3- Chave dicotomica para classificação do caule

a) Classifiqueos caules da figura.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 109


1- Caule de situacaoaérea
...........................................................................................2

1- Caule de situacaosubterrânea
..............................................................................3

2- Caule oco, com medula e nós salientes


................................................................Colmo

2- Caule sem nós salientes


.......................................................................................... 4

3- Caule de forma globosa, com folhas que parecem escamas


..............................Bolbo

3- Caule alongado, horizontalmente,com folhas que parecemescamas


.................Rizoma

3- - Caule arredondado e
liso....................................................................................Tubérculo

4- Caule mais grosso na base do que na parte superior e com ramos


....................Tronco

4- Caule cilíndrico e comramos ou folhas apenas nas extremidades


........................Espique
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1.O caule apresenta três (3) funções principais que são suporte, transporte e
reserva.

2.a)

Quanto a Quanto Quanto a Quanto a


Caules
forma Consistência posição situação

Morangueiro Rastejante ou Aéreo


Tronco Herbáceo
prostrado

Coqueiro
Espique Lenhoso Erecto Aéreo

Prato ou
Alho
disco dos Carnudo Erecto Subterrâneo
bolbos

MÓDULO 3: BIOLOGIA 111


LIÇÃO Nº 7: ESTRUTURA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DO
CAULE

INTRODUÇÃO

Nesta liҫão, vamos estudar anatomia do caule nas monocotiledonias e


decotiledónias. Falaremos ainda do modo como as plantas crescem em
comprimento e em diâmentro, a disposição dos tecidos vegetais num caule
dicotiledónea e monocoiledónea, assunto que fizemos referência na primeira
unidade.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar a estrutura primária e secundária do caule;

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.7.1. Estrutura interna do caule

Em muitas plantas só há crescimento primário, que faz a planta aumentar em


altura. Noutras, há também crescimento secundário que ocorre não só em altura
como também em largura.

Estrutura primária do caule da dicotiledónea


Na estrutura primária do caule de uma dicotiledónea podem-se encontrar os
seguintes tecidos, de fora para dentro:
 Epiderme
 Parênquima cortical
 Floema
 Xilema

3.7.2- Estrutura secundária do caule

MÓDULO 3: BIOLOGIA 113


3.7.2- Resumo-Estrutura interna do caule

Estrutura primária da Estrutura primária da Estrutura secundária


monocotiledónea dicotiledónea da dicotiledónea
Feixes vasculares Feixes dispostos em Câmbio vascular produz
encontram-se forma de anel. xilema e floema
distribuídos de maneira Presença do câmbio secundário como
irregular por todo o fascicular. resultado da acção do
parênquima interno. câmbio, o caule aumenta
Feixes vaculares abertos.
de diâmetro.
Feixesvasculares
Presença do periciclo e
fechados. Presença de feloderme,
endoderme.
súber ou cortiça e
Ectoderme e periciclo
periderme.
ausentes.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1.Estabeleçaa correspondência entre os termos da coluna 1 e as definições da


coluna 2

Coluna 1 Coluna 2

A. Células mortas suberificadas com função de


1. Meristema
protecção.

B. Células em divisão responsáveis pelo


2. Floema
crescimento.

C. Células responsáveis pela condução da seiva


3. Parénquima
elaborada.

4. Súber D. Células vivas, pequenas, de parede celulósica.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 115


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1–B 2- C 3-D 4-A


LIÇÃO Nº 8: ADAPTAÇÕES DOCAULEÀS CONDIÇÕES DO
AMBIENTE E SUA IMPORTÂNCIA

INTRODUÇÃO

Caro estudante!

Nesta lição vamos falar das adaptações dos caules aos locais onde se encontram,
assim como as aplicações para alimentação, medicina e ecologia.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar os diferentes tipos de caule e suas adaptações;


 Mencionar a importância do caule.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.8.1. A
daptações do caule às condições do ambiente

Alguns caules apresentam modificações a fim de se adaptarem a uma


determinada circunstância, como as gavinhas, os espinhos.

Gavinhas são ramos de plantas trepadoras modificados para a fixação. Exemplo:


videira.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 117


Espinhos são ramos endurecidos e pontiagudos fortemente ligados ao caule.
Exemplo: laranjeira.

Os caules prostrados são uma adaptação das plantas que vivem em locais de
ventos forte. Exemplo: cacana.

3.8.2-Importância do caule

Económica

O caule fornece madeira que é matéria-prima para a construção de casas,


fabrico de mobílias, carvão e lenha.

Alimentar

Caules como cebola, batata, cana doce servem de alimento para o Homem.

Da cana doce extrai-se uma substância para o fabrico de açúcar.

Medicinal

A cebola e o alho têm um efeito desifectante no que respeita ao sistema


digestivo, alivia perturbações gástricas e intestinais.

A batata africanaé um tubérculo usado no tratamento de doentes com


HIV/SIDA.

NB: Algumas plantas medicinais usadas para o tratamento de várias doenças


estão em vias de extinção, devido à destruição das florestas e à sua exploração
desordenada.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1- Complete a tabela sobre importância do caule.

Importância Exemplos

Alimentação Cebola, cana doce.

Medicinal

Produção da madeira e
mobiliário

MÓDULO 3: BIOLOGIA 119


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

Importância Exemplos

Servem de alimento para o


Alimentação Cana doce.
Homem.

Medicinal Efeito desifectante. Cebola e alho.

Económica Produção da madeira e mobiliário. Umbila.


LIÇÃO Nº 9: ESTUDO DA FOLHA: ESTRUTURA E
FUNÇÕES

INTRODUÇÃO

As folhas das plantas apresentam uma grande variedade de formas, mas a


organização básica é semelhante em todas.

As folhas são orgãos das plantas originados nas gemas situadas nos nós do
caule ou nas suas ramificações. Têm, normalmente cor verde, por possuirem
uma substância chamada clorofila. Esta substância permite a planta fabricar o
seu próprio alimento, ultilizando a luz solar. Além disso, é através das folhas
que a planta realiza trocas gasosas com o ambiente.

As folhas podem ser aéreas, aquáticas ou subterrâneas, conforme se


desenvolvam no ar, na água ou no interior do solo.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Explicar as funções das partes que constituem a folha.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 121


3.9.1- Constituição da folha

Uma folha completaé contituida por bainha, pecíolo e limbo. Se lhe faltar uma
ou mais partes, chama-se folhaincompleta, de que são exemplos, entre outras, a
folha do milho, sem pecíolo e a folha da mangueira, sem bainha.

A bainha é a porção da folha que envolve uma parte do caule.

Opecíolo e a parte alongada que une o limbo ao caule.

Olimbo é, geralmente, a parte mais larga e importante das folhas.

No limbo distinguem-se:

 Apágina superior, voltada para a luz;


 Apágina inferior, voltada para o solo;
 Amargem, linha que delimita o limbo;
 Asnervuras, espécie de cordões por onde passam os vasos que
transportam substâncias dentro das folhas.
3.9.2- Funções da folha

As folhas desempenham diversas funções muito importantes, tais como:

 Respiração: é através de aberturas muito pequenas, os estomas, exitentes


nas folhas, que as plantas efectuam as trocas gasosas com exterior. As
folhas libertam o oxigénio que os seres vivos necessitam.
 Transpiração: é através das folhas que as plantas perdem vapor deágua
para o meio externo. Faz-se principalmente pelos estomas e pêlos,
embora a planta transpire, de facto, por toda a superficie exposta ao ar.
 Gutação: é a saida de àgua para o meio externo, sob a forma liquida.
 Fotossíntese: é a principal função das folhas. Consistena sintese de
alimentos a partir da matéria-prima obtida do ar e do solo.

São as folhas com clorofila que captam a luz do sol, o dióxido de carbono e a
água, produzindo substâncias orgânicase libertando o oxigénio para a atmosfera.

Outras funҫões muito distintas são a de defesa – por meio de espinhos – e a de


reserva- algumas folhas, como as da cebola, acumulam substâncias de reserva,
tal como certas raízes e caules.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 123


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1-A figura abaixo representa a folha

a)Façaa legenda da figura.


b)Indiqueas funções das zonas referenciadas pelos números 1 e 3.
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1˗a) 1-Nervura principal; 2-Pagina superior;3-Peciolo

b) 1- Transporta as seivas (bruta e elaborada),3- Liga a folha ao caule;

MÓDULO 3: BIOLOGIA 125


LIÇÃO Nº 10: CLASSIFICAҪÃO DAS FOLHAS

INTRODUÇÃO

Caro estudantes, de certeza que tem observado que as folhas das plantas estão
dispostasde várias maneiras. Também, já verificou queadisposiҫão das nervuras
no limbo das folhas apresentamdiferentes feitios, a forma e divisão do limbo,
temvariados contornos.

Nestalição, vamos classificar as folhas quanto, a inserҫão,nervaҫão, forma e


divisão do limbo.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Explicar as funções da folha;


 Identificar os diferentes tipos de folhas;

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.10.1. Classificaҫão das folhas

As folhas podem classificar-se segundo várias carecteristicas:

1- Quanto à forma

 Elípticas– em forma de elipse;


 Lanceoladas– em forma de ponta de lança;
 Sagitadas – em forma de seta;
 Aciculares – em forma de agulha; delgadas e agudas;
 Lineares – estreitas e compridas;
 Arredondadas – de contorno quase circular;
 Ovais– em forma oval.

2 -Quanto a divisão do limbo

 Simples– se o limbo é formado por uma só peça;


 Compostas – se o limbo se divide em várias peças;
 Recompostas– se o limbo também se subdivide.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 127


3 - Quanto ao recorte do limbo:

 Inteirasse os bordos não apresentam qualquer recorte


 quando as incisões são mais profundas e definem lobos;
 se as incisões excedem o meio do limbo;
 Dentadas - quando as divisões são perpendiculares ao bordo, triangulares
e não inclinadas;
 Serradas – se os recortes são oblíquos e voltados para o vértice do limbo;
 Partidas – se as divisões chegam a nervura principal ou a base da folha;
 Crenadas– quando as divisões são perpendiculares ao bordo e de vértice
arredondado;

4- Quanto a inserção

 Verticiladas– quando em cada nó nascem mais do que duas folhas;


 Opostas – quando em cada nó nascem duas folhas;
 Alternadas– quando em cada nó nasce uma única folha.
5 - Quanto à nervação

Uninérveas – com uma só nervura;

Palminerveas– se existem várias nervuras principais partindo da base do limbo;

Paralelinérveas – com várias nervuras paralelas;

Peninérveas – se só existem uma nervura principal e as ramificações partem


dela.

ACTIVIDADES DA LIÇÃO

MÓDULO 3: BIOLOGIA 129


1. Observe a figura que se segue.

a) Identifique-a.
b) Faça a respectiva legenda.
c) Mencioneas funções deste órgão.
2. Dadas as seguintes folhas classifique-as, preenchendo o quadro que se segue:

Divisão Recorte
Folha Constituição Nervação
do limbo do limbo
Mafurreira
Cajueiro
Caniço
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-

a) Folha.
b) a- bainha, b-peciolo, c-limbo, d-nervura principal.
c) Respiracão, transpiração e fotossíntese.
1 Dadas as seguintes folhas,classifique-as, preenchendo o quadro que se segue:
Divisão do Recorte do
Folha Constituição Nervação
limbo limbo

apaeira Completa Palminervea Simples fendida

Cajueiro Incompleta Peninervea Simples inteira

Caniço Incompleta Paralelinervea Simples inteira

MÓDULO 3: BIOLOGIA 131


LIÇÃO Nº 11-ESTRUTURA INTERNA E ADAPTAÇÕES DAS
FOLHAS ÀS CONDIÇÕES DO AMBIENTE

INTRODUÇÃO

Caro estudante: vamos dar continuidade ao estudo da folha e nesta lição, vamos
falar da sua constituição e das adaptações que elas apresentam ao meio
ambiente.

Tal como podemos observar nas folhas de diferentes plantas, elas tem diferentes
formas, de acordo com o lugar onde se encontram -daí a sua classificação em
monocotiledonease dicotiledoneas.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar os diferentes tipos de folhas e suas adaptações.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 2 horas.

3.11.1. Estrutura interna da folha:( imagem )

Consideraam- se dois grandes tipos de estrutura: simétricae assimétrica.

Na estrutura simétrica, os tecidos do limbo são semelhantes junto a página


superior e a página inferior. Ao contrário, na estrutura assimétrica, os referidos
tecidos têm aspectos diferentes.
Aestrutura simétrica é frequente e característica nas folhas das
monocotiledóneas (milho, trigo etc.). Aestrutura assimétricaémais frequente na
folha das dicotiledóneas (abacateiro, cajueiro, etc.)

De uma forma geral, e não levando em linha de conta a simetria ou a assimetria,


num corte transversal de limbo podem distinguir-se:

 Epidermes superior e inferior;


 Mesófilo, que éo parênquima foliar existente entre as epidermes;
 Feixes condutores de xilema e de floema, situados centralmente, no meio
do parênquima.

Epiderme: é a camada simples, protectora, formada por células com a parede


da face externa espessada e cutinizada. Tem estomas e, por vezes, pêlos.

A parte cutinizada das células epidérmicas constitui, como no caule, uma


película impermeável – acutícula.

Nas folhas das monocotilédones (simétricas), a epiderme das duas páginas não
mostra grandediferença no espessamento e na cutinização e os estomas

MÓDULO 3: BIOLOGIA 133


aparecem distribuídos nas duas epidermes do modo idêntico. Nas dicotiledôneas
(assimétricas), o espessamento e a cutinização são mais desenvolvidos na
página superior e os estomas distribuem-se, principalmente, na página inferior.

Mesófilo:é um parênquima, geralmente clorofilino, situado entre a epiderme


superior e a epiderme inferior.

Nas folhas de estrutura assimétrica, o mesófilo estádiferenciado em parênquima


empaliçado, junto a epiderme da página superior e parênquima lacunoso, junto a
epiderme da página inferior.

Nas folhas simétricas, o mesófilo pode ser exclusivamente lacunoso ou


exclusivamente empaliçada ou, ainda, de um tipo intermédio.

Feixes condutores: os feixes condutores da seiva são duplos e estão reforçados


por tecidos de suporte e resistência. Definem as chamadas nervuras.

Nas monocotiledôneas, as nervuras são quase todas iguais. Nas dicotiledôneas,


há uma ou mais nervuras desenvolvidas- nervuras principais – e várias menos
desenvolvidas – nervuras secundárias.

Nas folhas de estrutura assimétricas, os feixes condutores distribuem-se


principalmente no parênquima lacunoso.

São formados por xilema, que conduz a seiva bruta e floema, que conduz a
seiva elaborada.

Os feixes condutores estão protegidos geralmente por esclerênquima, que serve


de suporte e, juntamente com a epiderme, formam a parte resistente da folha.

3.11.2. Adaptação das folhas às condições do ambiente


As plantas que vivem em ambientes secos (plantas xerófilas) apresentam, por
exemplo, folhas protegidas pêlos. Estes protegem o estoma, localizado no
interior da folha, do calor e da perda de água.

Plantas que vivem em zonas húmidas (plantashidrófilas) apresentam uma


folhagem com limbos grandes.

Se observarmos o corte duma folha ao microscópio, verificaremos poucas


camadas e os estomas voltados para fora.

As plantas aquáticas (plantashidrófilas) têm folhas que nadam na superfície da


água. Na estrutura interna destas folhas existem câmaras-de-ar, que possibilitam
este fenómeno.

Para garantir a transpiração, os estomas encontram-se na epiderme superior.

Para além destas adaptações, existem outras, como:

 Gavinhas – folhas modificadas, com a função de prender a planta a um


suporte. Exemplo: ervilheira;
 Espinhos – folhas atrofiadas, com adaptações a climas secos, para evitar
a perda de água por transpiração. Exemplo:cactos.

 Brácteas – folhas sempre presentes na base das folhas elas são


geralmente pouco vistosas, mas podem ser coloridas, actuando, como

MÓDULO 3: BIOLOGIA 135


estruturas de atracção de insectos e pássaros. Exemplo: bico-de-
papagaio, na primavera.

 Folhas de plantas carnívoras– certas plantas apresentam folhas


modificadas para a captura e digestão de insectos e de outros pequenos
animais. Os produtos resultantes da digestão são depois absorvidos
pelas células das folhas, servindo de alimento a planta.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1-No limbo das folhas, é possível observar as nervuras, que são os locais por
onde passam o sistema vascular dos vegetais. Em uma monocotiledônea, as
folhas são classificadas, de acordo com a sua nervura, em:
A palminérveas. B paralelinérveas.C peninérveas. Duninérveas.

2 -Observe a figura ao lado..

a) Identifique-a.

b) Façaa respectiva legenda.

c) Mencioneas funções deste órgão.

3- Dadas as seguintes folhas classifique-as, preenchendo o quadro que se segue:

Recorte do
Folha de Constituição Nervação Divisão do limbo
limbo
Mangueira
Milho
Papaeira

MÓDULO 3: BIOLOGIA 137


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- paralelinérvias) 2 b)- Folha monocotiledónia c) Respiração,transpiração e


fotossínse.
Divisão do Recorte do
Folha de Constituição Nervação
limbo limbo
Mangueira Incompleta Peninervea Simples inteira
Milho Incompleta paralelinervea Simples inteira
Papaeira Incompleta palminervea Simples fendida
LIÇÃO Nº 12 - IMPORTÂNCIA DAS FOLHAS

INTRODUÇÃO

Caro estudante: nesta lição vamos falar da utilidade das plantas na comunidade.

A utilidade pode ser alimentar, económica, medicinal assim


comoecológica.Tem e dito que as plantas são os pulmões do planetaterra, o
estudante poderá justificar a esta afirmação.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Mencionar a importância económica, alimentar, medicinal e ecológica


das folhas.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante: para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora

3.11.1. Importância das folhas

As folhas são aproveitadas pelos seresvivos para uma grande variedade de fins.

As folhas constituem a base da alimentaçãode muitos animais herbívoros


(insectos como o bicho- da-seda e o gafanhoto, mamíferos como o elefante e
agirafa) e proporcionam o abrigo a uma grande variedade de seres vivos (como
por exemplo aves, insectos, mamíferos).

MÓDULO 3: BIOLOGIA 139


O homem também utiliza as folhas na alimentação (couve, alface, salsa, agrião,
louro, chá), na produção de medicamentos, na obtenção de corantes naturais, na
produção de produtos cosméticos (champôs, creme), no fabrico de cigarros e na
decoração.

As folhas são também utlizadas como estrume, para tornar os campos mais
férteis.

Para além dos exemplos dados, há aindaoutrasfolhas que são usadas para fins
medicionas. Eis alguns exemplos:

 Morangueiro-bravo– as folhas contêm vitamina C, sendo pessoas


anémicas e nervosas. As folhas escaldadas são utilizadas em
compressas colocadas sobre feridas infectadas.
 Erva-cidreira – usam-se as folhas em infusão para tratar e estimular a
secreção biliar.
 Hortelã pimenta – estimula a secreção de sucos digestivos, diminui os
gazes e as diarreias, atenua as contracções do aparelho digestivo e
estimula a secreção biliar. Verifica-se também um ligeiro efeito anti-
céptico quando é usada em inalações contra a constipação, as
inflamações da laringee a bronquite. O seu forte teor em mentol leva a
que seja utilizada em massagens, contra dores de cabeça e como
aditivo das pastas dentífricas.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante; depois do estudo desta liҫão,responda as seguintes questões:

1-As plantas são os pulmões do nossso planeta. Justifique.

2- Citeoutra importância das plantas e dêdois(2) exemplos.

3.-Utilizea chave dicotómica que se segue para identificaras folhas quanto a


nervação:Chave dicotómica para identificacçâo de folhas(imagem de fohlas)

Folha com uma sónervura não ramificada univervea

Folha com mais de uma nervura 1

1- com nervuras paralelas entre si


paralelinérvea

1- nervuras não paralelas 2

2.- com uma nervura principal, de onde

Partemnervuras secundárias peninérvea

2 - com várias nervuras principais, partindo

todas da base do limbo palminérvea

MÓDULO 3: BIOLOGIA 141


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- Fornece oxigénio aos seres vivos.


2- Alimentação do Homem, couve, alface.
LIÇÃO Nº 13: ESTUDO DA FLOR, ESTRUTURA E FUNÇÕES

INTRODUÇÃO

Caro estudante!

Acabamos de estudar a folha. A seguir, vamos estudar a flor, órgão também


importante na planta constituída por folhas modificadas que se caracterizam
pelasua coloração. A flor tem função reprodutora. Nesta primeira lição, vamos
falar da contituição e das funções dos constituintes.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Explicar as funções das partes que constituem a flor …

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.13.1. Estudo da flor

Quando olhamos para uma flor muito bonita ou quando sentimos o seu
perfume,não nos apercebemos do quanto ela é necessária no processo da
manutenção da espécie,através da reprodução.As flores são ramos
modificados,muito diferentes umas das outras no tamanho,na cor,na disposição
das partes florais e na sua constituição.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 143


I – Órgãos de suporte

Pedúnculo ou péque suporta a flor.

Receptáculo,parte final alargada do pedúnculo,onde se inserem as peças florais.

II –Órgãos de proteção

Cálice,formado pelas sépalas,geralmente de cor verde;por vezes, encontram se à


volta de pequenas folhaschamadas brácteas.

Corola,formada pelas pétalas, geralmente coloridas.

O conjunto das sépalas e da pétalas denomina se perianto.

As flores que não têm perianto chamam se nuas.


III- Órgãos de reprodução

Androceu- órgão sexual masculino da flor. Ė composto por estames,situados no


interior da corola.

Cada estame é formado por:

-Antera,onde se produzem os grãos de pólen.Quando a antera amadurece,


liberta os grãos de pólen para o exterior.

-Filete - um tubo delgado,no cimo do qual está situada a antera.

- Gineceu, órgão sexual feminino da flor. Ė composto por um ou maiscarpelos.

Cada carpelo é formado porː

-Ovário, uma parte dilatada na base do carpelo onde nascem os óvulos;

- Estigma, uma abertura situada na parte superior do carpelo que possui uma
substância pegajosa onde os grãos de pólen ficam presos, depois de
transportados pelo vento, pelos insectos ou por outros animais;

-Estilete, um tubo estreito que liga o ovário ao estigma.

As flores que não apresentam, ao mesmo tempo, todos os órgãos acima


referidos chamam se incompletas.

Em relação aos órgãos reprodutores que contêm as flores podem serː

-Masculinas, se só têm estames;

-Femininas, se só têm carpelos;

-Monóicas, se têm estames e carpelos na mesma flor

O esquema abaixo mostra os diferentes tipos de flores

MÓDULO 3: BIOLOGIA 145


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1. A flor é um órgão da planta que estárelacionada com a reprodução sexuada.

1.1-Assinala com ―V‖ e ―F‖ as afirmações verdadeiras e falsas,


respectivamente.

a)------ As sépalas e o carpelo são os órgãos de proteção da flor.

b)------ O estilete faz parte da constituição do estame.

c)------ Os óvulos são células femininas da flor.

d)------ O conjunto de estame chama se androceu.

e) ------ A antera produz grãos de pólen.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 147


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

a) Fb)F c) V d) V e)V
LIÇÃO Nº 14: CLASSIFICAÇÃO DAS FLORES

INTRODUÇÃO

Caro estudante: nesta lição vamos falar da disposição das flores no caule, da
inflorescência e na parte final da lição, da classificação das flores quanto ao
número das suas peças florais.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar os diferentes tipos de flor;

TEMPO DE ESTUDO:

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.14.1. Classificação da flor

A classificação das flores éfeita tendo em conta o modo como elas se encontram
dispostas, umas em relação as outras.

1- Inflorescênciaéa parte da planta onde se localizam as flores.

A inflorescência pode ser terminal, quando as flores se nascemnas


extremidades, ou axial, quando as flores nascem nas axilas das folhas.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 149


2- Quando a inflorescência

-Solitária: quandohá uma única flor na extremidade do pedúnculo. Por exemplo:


rosa, violeta e gérberia.

-Grupada- quando existemvárias flores no mesmo pedúnculo, chamado eixo. Os


pedúnculos que sustentam cada uma das flores da inflorescência chamam-se
pedicelos.

A inflorescência agrupada pode apresentar duas(2) formas:

 Definidaoucimeira– quando o eixo principal termina numa flor. O eixo


ramifica-se abaixo da flor, originando um ou mais ramos.
 Indefinida- quando as flores se dispõem de forma variada, ao longo de
um eixo central. A inflorescência indefinida pode ainda subdividir-se de
acordo com a disposição das flores.

3- Quanto ao número de peças florais

-Dímeras-quando as peças florais são em número de duas.

-Trimeras-quando as peças florais são em número de três ou múltiplo de três.

-Tetrâmeras - quando as peças florais são em número de quatro ou múltiplo de


quatro.

- Pentâmeras-quando as peças florais são em número de cinco ou múltiplo de


cinco.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1- Classifique a flor do hibisus quanto ao número de peças florais e


inflorescência.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 151


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- Pentâmera porque tem cinco pétalas, inflorescência solitária.


LIÇÃO Nº 1 5 – IMPORTÂNCIADA FLOR

INTRODUÇÃO

Caro estudante,

Pela sua beleza, as flores são usadas para decorações, alegrando as nossas casas
e jardins. Mas elas tem ainda outras utilidades de muita importância para o
Homem.

Nesta liҫão vamos estudar a importância económica, medicinal e ecológica das


flores.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Mencionar a importância da flor.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.15.1. Importância da flor

I- Económica

O pólen das flores serve de alimento às abelhas, que produzem várias


substâncias de elevado valor alimentar e comercial, como:

 O mel, um alimento muito rico, usado na nossa alimentação.


 a cera, utilizada na indústria de cosméticos, de medicamentos, no
fabrico de velas vernizes e na indústria alimentar;

MÓDULO 3: BIOLOGIA 153


 a geleia, usada nas colmeias, como, alimento das larvas e da rainha e
na indústria de cosméticos e medicamentos.

Algumas flores, resultantes de melhoramentos introduzidos pelo Homem fazem


parte da nossa alimentação.

Algumas como couve-flor e os brócolos, resultantes de melhoramentos feito


pelo Homem, representam uma fonte de rendimento para os agricultores que as
cultivam. Os grelos, que são as flores da couve ou do nabo são usados na nossa
alimentação e por isso têm importância económica.

A floricultura é uma actividade que constitui uma fonte de rendimento para os


floricultores, já que as flores são muito usadas paraa decoração e ornamentação.
São bem conhecidas, entre muitas outras, as tulipas da Holanda e as flores da
ilha da Madeira e do Quénia, que são exportadas para todo mundo.

Algumas flores são utilizadas, pelo seu aroma, na indústria de perfumaria


produtos de beleza cremes e óleos. A água-de-rosas, por exemplo,é muito
utilizada na limpeza da pele.

II- Importância medicinal

O chá de flores secas do sabugueiroéutilizado para tratar constipações, tosse e


perturbações nervosas pouco graves.
Com as flores secas da camomila, faz se um chá que tem efeito anti-
inflamatório e desinfectante, sendo ainda usado em caso de gripe, de
perturbações gastrointestinais e diarreias.

Com as barbas-de-milho, como são chamados vulgarmente os estiletes e os


estigmas da flor do milho, prepara-se um chá que éusado como tônico e que tem
também propriedades diuréticas, sendo por vezes usado em regimes de
emagrecimento. E ainda utilizado para baixar a tensão.

III- Importância ecológica

As flores servem de alimento a vários animais, como pássaros, morcegos e


insectos. Sem flores, a cadeia alimentar fica interrompida; se os animais
morressem por falta de comida, deixaria de haver polinização, com
consequências graves para o ambiente e o Homem seriaseriamente afectado,
porque os frutos e algumas flores constituem uma parte muito importante da sua
alimentação.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 155


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1- Qual é a importância medicinal das flores?


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-Com as flores secas camomila, faz se um chá que tem feito anti-inflamatório e
desinfetante, sendo ainda usado em caso de gripe, perturbações gastrointestinais
e diarreias.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 157


LIÇÃO Nº 16: ESTUDO DO FRUTO: ESTRUTURA E
FUNÇÃO

INTRODUÇÃO

Quando falamos em fruto, referimo-nos a um alimento doce e suculento, como


uma papaia, uma tangerina, uma manga ou uma lichia. Mas a beringela , o
pepino, a abóbora e o feijão verde, a que chamamos vegetais, assim como os
grãos de milho e de outros cereais, também são frutos. Nesta lição veremos
como ocorre o processo de formação do fruto, sua constituição e função.

OBJECTIVO DE APRENDIZAGEM

 Explicar as funções das partes que constituem o fruto.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.16.1. Estudo dofruto

O fruto éconstituído pelo pericarpoe pela semente.

O pericarpoprovémda parede do ovário. É constituído por três (3) camadas.

 Epicarpo, a camada mais externa, que pode ser lisa, rugosa ou com
pêlos e a qual chamamos casca.
 Mesocarpo, a parte do meio, geralmente carnuda e sumarenta, que nós
comemos;
 Endocarpo, a camada que encerra as sementes.

3.16.1. Função do fruto

O fruto tem a função de proteger a semente em desenvolvimento e ajudar a sua


disseminação.

Ao longo da evolução, as plantas com flores e frutos foram desenvolvendo


novos tipos e novas maneiras de dispersão das suas sementes, com a finalidade
de alargar a área ocupada pela espécie, evitando a competição pela água, pelos
nutrientes e pelo espaço entre as novas plantas e a planta-mãe.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 159


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Observe a figura que se segue.

a) Identifique-a. ________________
Fruto
b) Indiquea função deste órgão. _____________

c) Façaa respectiva legenda


1------------ 2-------------3 ------------
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-
a) Estrutura do fruto
b) Proteger edessiminar as sementes ealimentaro Homem.
c) 1 - pericarpo 2– mesocarpo 3 – semente

MÓDULO 3: BIOLOGIA 161


LIÇÃO Nº 17: CLASSIFICAÇÃO DO FRUTO

INTRODUÇÃO

Caro estudante!

Vamos dar continuidade ao estudo do fruto, classificando-o quanto


àconsistência do mesocarpo e a deiscência.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Classificar os frutos quanto à consistência e à deiscência.

TEMPO DE ESTUDO

 Caro estudante! Para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

3.17.1. Classificação dos frutos

Os frutos tem todos a mesma função, mas apresentam variações entre si, no que
respeita a cor ou a outros aspectos. Assim, podem classificar-se segundo
diversos critérios.

Quanto a consistência

 Carnudos, quando o mesocarpo se torna carnudo, como, por exemplo, a


manga.
 Secos, quando o pericarpoé duro e seco, como, por exemplo, a vagem, o
coco.
Quanto ao número de semente

 Monospérmico-se tem uma só semente, como, por exemplo, a abacate;


 Polispérmico- se tem várias sementes, como, por exemplo, o maracujá.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 163


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1- Leiaas afirmações seguintes e assinalecom ―V‖ e ―F‖ as afirmações


verdadeiras e falsas, respectivamente.

a) O fruto é constituído por pericarpo e semente.( )

b) Um fruto monospérmico contem várias sementes. ( )

c) Os frutos secos tem pericarpo duro e seco. ( )

d) O fruto de feijão chama-se vagem. ( )

e) Os frutos carnudos abrem–se para deixar sair as sementes. ( )


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

a) Vb) F c) Vd) V e) F

MÓDULO 3: BIOLOGIA 165


LIÇÃO Nº 1 8- IMPORTÂNCIA DO FRUTO

INTRODUÇÃO

Caro estudante: nesta liҫão, vamosestudar a importância económica, alimentar e


medicinal e as funções dos frutos

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Mencionar a importância do fruto.

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora

Importância do fruto
Valor económico

Os frutos são de grande importância económica. Por exemplo, podemser


exportados, usados para produzirreceitas para o país, ou ainda são
transformados, dando assim origem aoutros produtos com o valor económico.
Estão neste segundo grupo, por exemplo, as uvas com que se obtêm variedades
de vinho e de outras bebidas alcoólicas, por processos industrias ou caseiros.
Outros frutos podem igualmente ser utilizados para o fabrico de bebidas
alcoólicas, como, por exemplo, o canho (licor), acevada (uísque) e a toranja
(aguardente).
A laranja, a lichia, o ananás, o maracujá, o morango, a toranja e outrossão
utilizados no fabrico de sumos, segundo métodos industrias.

O ananás, o tomate, a pêra, o pêssego, o pepino, o feijão-verde, o milho e outros


utilizam-se na indústria alimentar, para produção de conservas.

Ainda na indústria alimentar fazem-se compostos com frutas como a laranja


(casca e polpa), o morango, o figo, a amora, a manga, a papaia, o alperce, o
pêssego e tantos outros.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 167


Alguns frutos são utilizados no fabrico de sorvetes: a laranja e o limão(casca)
possuem óleos aromáticos que são usados na indústria de perfumaria e
cosmética.

O valor alimentar

Os frutos tem um elevado valor nutritivo, o que faz delesum alimento


extremamente importante para uma alimentação saudável.

Os frutosentram diariamente na nossa alimentação, quer frescos, quer


cozinhados.

O ananás, a laranja, a banana, a tangeria, abacate, a manga, a goiaba, o


jambalau, o tingolé, a ata, a toranja, a papaia, o tomate e o pepino são apenas
alguns frutos que comemos frescos, sendo parte de uma lista muito extensa de
frutos que temos ànossa disposição.

O milho e a mapira, transformadosem farinha, são a base alimentar da maior


parte da população moçambicana.
Com alguns frutos como o ananás, o canho, o caju, a mapira e a melancia, as
populações camponesas fazem bebidas alcoólicas tradicionais muito apreciadas.

O valor medicinal

Todos os frutos exercem um efeito medicinal - ajudam a eliminar substâncias


tóxicas e fornecem todas as vitaminas e sais minerais indispensáveis ao
organismo, contribuíndo assim para prevenir e também combater algumas
doenças.

Vejamos alguns exemplos de frutos usados para fins medicinais;

 Sumo de limão controla a tosse e a febre, trata a amigdalite e previne o


escorbuto.
 Chá da casca do limão combate os microrganismos que causam a
cólera e o tifo.
 A tangerina, com elevado teor de fibras, de vitamina C, de vitaminas
do convexo B e de substâncias que dão origem a vitamina A, contribui
para diminuir o risco de cancro no fígado, de doenças cardíacas e de
diabetes. É também diurética, calmante e antiparasita.
 Ananás contémuma substância química chamada bromelina que ajuda
na digestão. É diurético e germicida. Utiliza-se contra doenças da
garganta e a asterosclerose (deposição de gordura nas artérias).

MÓDULO 3: BIOLOGIA 169


ACTIVIDADE DA LIÇÃO

Qual é a importância medicinal do fruto?


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- Chá da casca do limão combate os microrganismos que causam a cólera e


o tifo.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 171


LIÇÃO Nº 19: ESTUDO DA SEMENTE:ESTRUTURA E
FUNÇÕES

INTRODUÇÃO

Caro estudante!

Nestalicão, vamos estudar a semente, órgão constituinte das plantas


angiospérmicas que caracterizamos na segunda unidade deste módulo.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Explicar as funções das partes que constituem a semente.

TEMPO DE ESTUDO:

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1 hora.

Funções da semente
As funções principais da semente são:

 Dar continuidade a espécie.

Em muitos casos, a semente éo meio de sobrevivência das plantas. Sendo


protegida por um invólucro resistente, a sementesuporta condições dversas do
ambiente que a própria planta não suportaria, resistindo períodos desfavoráveis
ao crescimento.
 Realizar a disseminação da espécie é favorecida quer pela sua enorme
produção, quer existência de algumas estruturas desenvolvidas ao
longo do seu processo evolutivo, que facilitam o seu transporte por
animais, incluindo o Homem, pelo vento e pela água.

Constituição da semente
O fruto desenvolve-se a partir do ovário, como já aprendeu. Dentro de ovário
encontram-se os óvulos, que, após a fecundação, dão origem às sementes.

Uma semente madura dicotiledónea é constituída por:

 Tegumento ou casca, que envolve e protege a semente origina-se a


partir do tecido que envolvia o óvulo;
 Amêndoa, constituída pelo embrião, a partir do qual se desenvolverá a
nova planta, e pelas reservas nutritivas, que a nova planta utilizara
enquanto não for capaz de produzir o seu próprio alimento. As
reservas nutritivas estão armazenadas nos cotilédones.

O embrião, ou eixo embrionário, encontra-se preso aos cotilédones, é composto


por três partes;

 Radícula, situada na parte inferior do eixo embrionário e da qual


resultara a raíz;
 Caulículo, que vai originar o caule é a parte do meio do eixo
embrionário;

MÓDULO 3: BIOLOGIA 173


 Gémulaouplúmula, na parte superior do eixo embrionário, onde se
originarão as primeiras folhas.

A semente das monocotiledóneas é constituída por um embrião e por um


cotiled nea. O tegumento apresenta-se colado à semente, que toma o nome de

cariopse. A plúmula é envolvida por uma bainha protectora, o coleptilo e a


radícula por uma bainha chamada coleorriza
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1-Observea figura que se segue

a)Identifique-a. ________________
b)Indiquea função deste órgão. _____________

c) Faça respectiva legenda

1------------ 2 ------------- 3 ----------- 4 --------------------

MÓDULO 3: BIOLOGIA 175


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-Observea figura que se segue.( semente )

a) Semente
b) Conservar a plantula
c) Façaa respectiva legenda
1- Tegumento 2 amêndoa 3 embrião 4 cotilédone
LIÇÃO Nº 20: FUNÇÕES E IMPORTÂNCIA DA SEMENTE

INTRODUÇÃO

Caro estudante!

Nesta liҫão, vamos estudar, como em outras licões estudamos, a importância


económica, alimentar e medicinal dos constituintes da planta. Desta vez, vamos
falar da importância das sementes.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Mencionar a importância da semente

TEMPO DE ESTUDO

Caro estudante, para o estudo desta lição, você vai precisar de 1hora

Importância da semente
Económica

A castanha de caju é, em Moçambique, uma das mais importantes sementes sob


o ponto de vista económico. Ela é, na realidade, um fruto, constituído por uma
casca (epicarpo coriáceo), uma película (tegumento) e uma amêndoa (dois
contiledoneas com embrião), que é comestível.

Da casca do caju obtêm-se um líquido que serve de matéria-prima para o


fabrico de vernizes, tintas, plásticos, lubrificantes e insecticidas.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 177


Os resíduos resultantes do processo de industrialização da casca são usadas
como combustível na própria indústria.

Da película da amêndoa, removida durante o processamento, obtêm-se o tanino,


que tem grande aplicação na indústria química.

A indústria do caju ocupa um lugar de destaque sob o ponto de vista


económico-social, devido a geração de emprego que origina.

O algodão é uma cultura familiar de que os camponeses retiram algum


rendimento. A fibra, constituída pelos originados na superfície das sementes, é
utilizada nas fábricas de confecção de tecidos ou exportada. Das sementes,
extrai-se um óleo usado para vários fins, sendo ainda os resíduos aproveitados
para adubo.

Do girassol, da soja e do coco obtêm-se, mediante processos industrias, óleos e


gorduras vegetais utilizados na alimentação, na composição de lacas e no
fabrico de sabão e de produtos de cosméticos. Da soja, produzem-se ainda colas
e plásticos.

As sementes de rícino são ricas num óleo que não pode ser usado na
alimentação devido as suas características laxantes. O óleo de rícino pode ser
utilizado como combustível e como matéria-prima para o fabrico de
lubrificantes, óleo de travões, tintas, vernizes, sabão, plásticos, germicidas,
corantes e ainda em perfumaria. Assim, dado verificar-se uma crescente
tendência a nível mundial para o uso de energias renováveis, a produção de
biodiesel tem vindo a ser encarada como uma possibilidade no futuro, pelo que
a cultura de rícino pode tergrande importância.

As sementes de rícino têm a desvantagem de serem venenosas.

O café é uma semente de grande valor económico. Com ele faz-se uma bebida
agradável, conhecida em todo o mundo. E um produto de grande valor
comercial.
Alimentar

As sementes são uma fonte importante de vitaminas C,E e do complexo B. São


também ricas em sais minerais, como potássio, ferro, cálcio, zinco e magnésio,
que ajudam a reparar as células danificadas do nosso corpo. Contém ainda
fibras que regulam o funcionamento intestinal.

São exemplo de semente utilizada na nossa alimentação:

 Amendoim que entra na confecção de pratos típicos da cozinha


moçambicana. É rico em proteína, açúcar e magnésio. Possui maior
quantidade de Vitamina B3(ouNiacina) do que os outros frutos secos e
ainda bastante potássio. Com esta semente é também feita uma manteiga
vegetal.
 Coco que é usada na culinária moçambicana e na de outros países. Do
coco verde pode beber-se a chamada água de coco, refrescante e rica em
sais minerais.
 A amêndoa de caju, de grande valor nutritivo, por ser rica em proteínas,
gorduras e hidratos de carbono. Tem um teor elevado de cálcio, ferro e
fósforo.
 Feijão, o grão, a ervilha a fava, a soja, as lentilhas, o arroz e outras
sementes que entrem com muita frequência na constituição da nossa dieta
alimentar. São muito ricas em proteínas.
 As sementes de gergelim e do girassol, com as quais também se fabrica
óleo alimentar. O gergelim é fonte de proteínas e rico em gordura. O
girassol é rico em vitaminas E, D e do complexo B.
 Os frutos secos, como as amêndoas, as nozes, as avelãs, os pinhões e os
pistácios, que contêm muitos nutrientes, vitaminas e sais minerais.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 179


Medicinal

Pela sua constituição rica em elementos necessários ao nosso organismo, as


sementes são um alimento muito importante na nossa dieta alimentar. Algumas
sementes são usadas directamente na prevenção e tratamento de certas doenças.
Por exemplo:

 As sementes de abóbora, de pepino e de papaia combatem os parasitas


intestinais.
 A soja é importante para a alimentação de diabéticos e crianças. Os
alimentos à base de farinha ou óleo de soja baixam a taxa de colesterol
e tornam o sangue mais líquido, reduzindo os ricos de enfarte.
 Óleo de girassol previne o espessamento e o endurecimento das
paredes das artérias e favorece o crescimento o desenvolvimento das
crianças.
 Das amêndoas doces extrai-se um óleo muito fino, o óleo de
amêndoas doces, utilizado, por exemplo, em produtos.
ACTIVIDADE DA LIÇÃO

1- Qual éa importância medicinal da semente?

MÓDULO 3: BIOLOGIA 181


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-As sementes de abóbora, de pepino e de papaia combatem os parasitas


intestinais, A soja é importante para a alimentação de diabéticos e crianças. Os
alimentos à base de farinha ou óleo de soja baixam a taxa de colesterol e tornam
o sangue mais líquido
ACTIVIDADES DO FIM DA UNIDADE

1- Dos alimentos que se seguem: cenoura, mandioca, cana de açúcar, laranja,


castanha, couve, caju, caniço, alface, arroz. Indiqueas que correspondem a (ao) :

a) Raíz-------------------------------------------------------
b) Caule------------------------------------------------------
c) Folha------------------------------------------------------
d) Fruto------------------------------------------------------
e) Semente ------------------------------------------------

MÓDULO 3: BIOLOGIA 183


CHAVE DE CORRECÇÃO

1-

a)- Raíz – cenoura, mandioca

b) Caule- caniço,cana de açucar.


c) Folha- couve, alface.
d) Fruto-laranja, caju.
e) Semente – castanha.
4 UNIDADE 4: METABOLISMO DAS PLANTAS

Lição nº 1:Metabolismo das plantas;

Lição nº 2: Fotossíntese : Equação química


e sua interpretação;

Lição nº 3:Factores que influênciam o


processo da fotossíntese;

Lição nº 4: Importância da fotossíntese;

Lição nº 5:Definição de respiração aeróbia ,


equação química e sua interpretação;

Lição nº 6: Relação respiração –


fotossíntese e importância da respiração
celular;

Lição nº 7: Respiração anaeróbia –


fermentação, definição,tipos e importância.

INTRODUÇÃO DA UNIDADE TEMÁTICA

Estimado estudante, nesta unidade temática, vamos falar do ―Metabolismo das


plantas‖, esta composta por sete (7) lições, sendo a primeira que aborda os
conceito metabolismo , na segunda a fotossíntese , equação química e sua
interpretação por palavras , na terceira ainda sobre fotossíntese, os factores que
influem, a quarta fala sobre a impotância da fotossíntese,na quinta vamos
definir a respiração aeróbia, equação química e sua interpretação por palavras,
na sexta vamos relacionar respiração e fotossíntese e por fim na sétima a
respiração anaeróbia – fermentação, definição,tipos e importância.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 185


OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Distinguir o processo de anabolismo e catabolismo das plantas;


 Explicar a importância da fotossíntese e da respiração celular nas
plantas;
 Mencionar a importância da respiração anaeróbica na produção de
alimentos, bebidas e medicamentos.

RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

 Distingue o processo de anabolismo e catabolismo das plantas;


 Explica a importância da fotossíntese e da respiração celular nas
plantas;
 Menciona a importância da respiração anaeróbica na produção de
alimentos, bebidas e medicamentos.

DURAÇÃO DA UNIDADE

Para o estudo desta unidade temática você vai precisar de oito (8) horas
LIÇÃO Nº 1: METABOLISMO DAS PLANTAS

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Caro estudante nesta lição vamos estudar um dos processos vitais dos seres
vivos, o metabolismo, processo que ocorre nas células vegetais e envolve várias
recções químicas que o estudante deverá interperta-las por palavras.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Distinguir os processo de anabolismo e catabolismo das plantas;

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de 45 minutos

4.1.1. Metabolismo das plantas

As células de todos os seres vivos realizam um conjunto de reacҫões químicas


essencias a vida, utilizando materiais que lhes chegam do ambiente.

O conjunto dessas reacҫões, respossáveis pelos processos de síntese e de


degradaҫão que permitem o crescimento e reproduҫão da célula, constituio
metabolismo celular.

O metabolismo envolve dois tipos de reacҫões: anabolismo e catabolismo.

Anabolismo - conjunto de reacҫões de sintese que conduzem a formaҫão de


moléculas complexas a partir de moléculas mais simples, com gasto de energia.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 187


Catabolismo - conjunto de reacҫões de degradaҫão de moléculas complexas em
moléculas mais simples, com libertaҫão de energia.

Os organismos diferem uns dos outros quanto a quantidade das diferentes


moléculas que conseguem sintetizar.

Os seres autotroficos, como as plantas, sintetizam o seu próprio alimento


mediante o processo de fotossintese. A partir de matéria inorgânica, como a
água, o dióxido de carbono e sais minerais é usada para elaboração de diversas
substâncias orgânicas, como hidratos de carbono, lípidos e proteínas.

Os seresheterotroficos não são capazes de sintetizar o seu próprio alimento.


Por meio de reacҫões que decorrem no seu organismo (digestão, respiraҫão,
fermentaҫão), eles transformam em energia as substâncias orgânicas produzidas
pelos seres autotroficos.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Carríssimo estudante, depois do estudo desta lição responde as seguintes


questões:

1. Define metabolismo.
2. Assinala com ―V‖ e ―F‖ as alternativas verdadeiras e falsas
respectivamente.
a) Anabolismo é o conjunto das reacções de degradação .___
b) Seres autotróficos sintetizam o seu próprio alimento.___
c) Catabolismo é o conjunto das reacções de síntese.___

MÓDULO 3: BIOLOGIA 189


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-. Metabolismo é o conjunto de reacҫões, responssáveis pelos processos de


síntese e de degradaҫão que permitem o crescimento e reproduҫão que ocorrem
nas células dos seres vivos (animais e plantas).

2-a) F, b) V, c) F
LIÇÃO Nº 2: FOTOSSÍNTESE - DEFINIÇÃO, EQUAÇÃO
QUÍMICA E SUA INTERPRETAÇÃO

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Amigo estudante nesta lição vamos estudar um dos processos de metabolismo,


que ja foi definido no primeiro módulo, mas nesta lição o mesmo processo
ocorre nas células vegetais e envolve várias recções químicas que o estudante
deverá interperta-las por palavras.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Interpretar a equação da fotossínsese por palavras

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos).

4.2.1. Fotossíntese

A fotossíntese assegura o fornecimento constante de um fluxo de energia


provindo dosol para os seres vivos. Assim, os compostos orgânicos gerados
pelas plantas, durante a fotossíntese, resultam da transformaҫão de energia
luminosa em energia química, sendo, por isso, considerados compostos
energéticos.

O produto resultante da fotossíntese é a glicose, um aҫucar que, além de servir


como principal fonte de energia para a realizaҫão dos processos vitais, pode

MÓDULO 3: BIOLOGIA 191


também ser convertido para a realizaҫão dos processos vitais, pode também ser
convertido nos diversos tipos de substâncias que a planta utiliza.

Todas as células necessitam de energia para a realizaҫão das suas actividades.


Assim, sendo uma parte dos compostos orgânicos produzidos pelos seres
autotróficos são utilizados por eles ea outra parte utilizada pelos seres
heterotróficos, incapazes de sintetizar o seu próprio alimento.

A fotossíntese é um processo que tem lugar nas plantas. Este processo ocorre
no interior dos cloroplastos existentes nas células das folhas, e consiste no
fabrico de glicose (C6H12O6) ) a partir de dióxido de carbono (CO2) e água
(H2O), na presença da luz solar e da clorofila, com libertação de oxigénio(O2).

Este processo é representado atravéz da seguite equação química:

6 CO2 + 6 H2O → C6H12O6 + O2

A clorofila é um pigmento de cor verde, sintetizado pelas células dos seres


fotossintéticos, fundamental para a captação de energialuminosa.

O dióxido de carbono, a água e a luz são obtidos a partir do meio ambiente.


Fases da fotossíntese

 uma fase em que as reacções dependem da luz (fase fotoquímica ou


fase luminosa);
 uma fase que não depende directamenteda luz (fase química ou fase
escura).

A luminosa dependente da luz, ocorre nos tilacóides, onde realiza-se:

 a conversão da energia luminosa em energia química;


 o desdobramento da molécula de água em hidrogénio e oxigénio.

Durante esta fase, verifica-se a formação do ATP (molécula responsável pelo


armanezamento de energia química facilmente utilizavel pela célula).

Durante a faseescura não dependente da luz, que ocorre no estroma, realiza-se:

 a fixação do CO2 ;
 a utilização da energia química contida no ATP para formar
compostos orgânicos.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 193


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Amigoestudante: Depois do estudo desta lição responde as seguintes questões:

1-Defina fotossíntese.

2- Representa a equação da fotossíntese…

A C6H12O6 + O2 ---- CO2 + H2O. C 6CO2 + 6H2O --- C6H12O6 + 6O2.

B C5H12O6 + H2O ---- CO2 + H2O. D 6CO2 + 6H2O --- C6HO6 + 6O2.

3-Menciona as etapas/fases da fotossíntese .


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-É o conjunto dereacҫões, responsáveis pelos processos de síntese e de


degradaҫão de substâncias que permitem o crescimento e reproduҫão da
célulaconjunto. fabrico de glicose (C6H12O6) ) a partir de dióxido de carbono
(CO2) e água (H2O), na presença da luz solar e da clorofila, com libertação de
oxigénio(O2).

2- C

3- Fase luminosa e fase escura.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 195


LIÇÃO Nº 3: FACTORES QUE INFLUÊNCIAM O PROCESSO
DA FOTOSSÍNTESE

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Carríssimo estudante, nesta lição vamos estudar os factores que influênciam a


realização da fotossíntese, ainda nesta lição teremos que interpertar os gráficos
que mostram a infuência da temperatura, intensidade luminosa e quantiade de
dióxido de carbono na taxa da fotossíntese.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Mencionar os factores que influência na actividade fotossintética.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

4.3.1. Factores que influênciam o processo da fotossíntese

A fotossíntese é influenciada por diversos factores, de entre os quais se


destacam a:

 intensidade luminosa;
 temperatura;
 concentração de dióxido de carbono.
1- Intensidade luminosa

Em condições ideais de temperatura e a concentração de CO2 , a taxa da


fotossíntese aumenta progressivamente em função do aumento da
luminosidade(2-3),ate atingir o ponto de saturação luminosa.(3)A partir dai a
taxa da fotossíntese deixa de aumentar.como mostra na figura abaixo.

2- Temperatura

Em condições ideais de luminosidade e concentração de CO2 , a taxa de


fotossíntese tende a aumentar conforme o aumento da temperatura; porém,
quando atinge valores muito elevados, pode dificultar a realização da
fotossíntese e prejudicar a planta. Por exemplo, acima de 45˚C, a velocidade da
reacҫão da fotossíntese reduz completamente, assim como a maioria das
reacҫões vitais, porque ocorre a desnaturaҫão das enzimas, como mostra a
figura abaixo.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 197


3- Concentraҫão de dióxido de carbono

Em condições ideais de luminosidade e de temperatura, a taxa de fotossíntese


aumenta progresivamente em funҫão do aumento da concentraҫão de CO 2 do ar
aumenta ate atingir 0,3 % a partir dai, o aumento da concentração de CO 2 deixa
de influenciar a taxa de fotossíntese.

Para além destes factores, outros podem influenciar a taxa da fotossintese,


como, por exemplo o oxigénio e a água.

Grandes quantidades de oxigénio na atmosfera reduzem a velocidade da


fotossíntese
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Carríssimo estudante;Depois do estudo desta lição responde as seguintes


questões:

1- Explica resumidamente de que maneira cada um dos factores abaixo


referidos infuenciam a fotossintese
a) Concentração de CO2
b) Temperatura
c) Intensidade luminosa

MÓDULO 3: BIOLOGIA 199


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

 Em condições ideais , a concentração do CO2, do ar aumenta ate


atingir 0,3 % a partir dai, o aumento da concentração de CO 2 deixa de
influenciar.
 A taxa de fotossíntese tende a aumentar conforme o aumento da
temperatura; porém, quando este atinge valores muito elevados, pode
dificultar a realização da fotossintese e prejudicar a planta. Por
exemplo, acima de 45˚C,
 A taxa de fotossíntese aumenta progressivamente em função do
aumento da luminosidade, ate atingir o ponto de saturação luminosa.
LIÇÃO Nº 4: IMPORTÂNCIA DA FOTOSSÍNTESE

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Caro estudante nesta lição vamos terminar com o estudo da fotossíntese,


falando da sua importância para a vida dos animais.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Mencionar a importância da fotossíntese nas plantas;

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos).

4.4.1. Importância da fotossíntese

A partir da fotossíntese, a planta;

 Obtemtodas as substâncias orgânicas necessárias para a construção de


ramos, folhas, anteras, ovários, frutos e outros componentes.
 Utiliza a energia do sol, uma fonte de energia inesgotavel, com uma
eficiencia que o Homem ainda não foi capaz de alcançar com as suas
técnicas de captação de energia solar.

As provas dessas grandes capacidades produtivas são as reservas fósseis: o


carvão, o gás natural e o petróleo são o resultado da actividade fotossiténtica de
orgânismo que vivem há milhões de anos.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 201


A fotossíntese e os processos de biossíntese a ela associados constituem
processos vitais para todos os seres vivos da terra, sem os quais a esmagadora
maioria nao poderia existir, porque:

 A matéria orgânica produzida neste processo alimenta quer as plantas


que o realizam quer os herbívoros que as consomem-os consumidores
de primeira ordem-e, indirectamente, os carnívoros que comem
herbívoros e outros carnívoros.
 Quase todo o oxigénio existente actualmente na atmosfera e de origem
fotossíntetica. O oxigénio libertado durante a fotossíntese é
fundamental para que ocorra a respiração, uma actividadede todos os
seres vivos.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Carríssimo estudante; depois do estudo desta lição responde a seguinte questão

1- Qual é a importância da fotosssíntese,para os animais?

MÓDULO 3: BIOLOGIA 203


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- Sua importâncis é de libertar oxigénio, fundamental para que ocorra a


respiração dos seres vivos animais e plantas.
LIÇÃO Nº 5: RESPIRAÇÃO AERÓBICA, EQUAÇÃO
QUÍMICA SUA INTERPRETAÇÃO

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Caro estudante nesta lição vamos estudar mais um dos processos de


metabolismo,este que também ocorre nas células vegetais e envolve varias
recações químicas que o estudante deverá interpertar por palavras.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Mencionar a importância da respiração nas plantas;


 Interpretar a equação da respiração por palavras.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos).

4.5.1. Respiração aeróbia

A medida que as células evoluiam, as suas necessidades energéticas foram


aumentando.

Um grande número de seres vivos é capaz de aproveitar com com maior


eficácia a energia de compostos orgânicos, realizando a respiração aeróbica.

Nas células eucarióticas surgiram organelos especializados, as mitocôndrias,


capazes de transformar moléculas orgânicas em compostos inorgânicos simples.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 205


Este processo só ocorre na presença de oxigénio, sendo por isso, designado
respiração aeróbica.

Durante a respiração aeróbica, as células decompõem a glicose, que é um


composto orgânico, combinando-a com oxigénio e produzindo dióxido de
carbono e água, compostos inorgânicos que são produtos de excreção. Neste
processo liberta-se uma grande quantidade de energia. A equação de reacçãoé
representada da seguinte forma:

C6H12O6 + O2 —→ 6CO2 + 6 H2O + energia

4.5.2. Estrutura e função da mitocôndria

A mitocôndria é o organelo celular responsável pela respiração aeróbia. Como


ja aprendeste, a mitocôndria e um organeloconstituido por duas membranas,
uma externa e a outra interna, sepadas por um espaço intermembranar. A
membrana interna forma uma série de pregas, as cristas mitocrôndias. A parte
central e ocupada por fluido, matriz.

Estrutura mitocôndria
A respiração aerobica processa-se em tres etapas:

 Glicolise;
 ciclo de krebs;
 cadeia repiratória.

I- Glicólise

A glicólise ocorre nohiaplasma. Consiste na transformação de uma molécula de


glicose, ao longo de várias etapas, em duas moléculas de ácido pirúvico.

Neste processo são libertados hidrogénios que se combinam com moléculas de


uma substância celular capaz de recebê-los, o NAD, que se transforma em
NADH. Durante o processo, é libertado energia para a síntese de duas
moléculas de ATP.

II- Cíclo de krebs– o cílclo de krebs é um conjunto de reações metabólicas que


conduz a oxidação completa da glicose.

Estas reações ocorrem na matriz da mitocôndria.

Na presença de oxigénio, o ácido purúvico entra na mitocôndria, e


édescarboxilado ( perde uma molécula CO2) e oxidado ( perde um hidrogénio ).
O hidrogénio é usado para reduzir o NAD+, formando NADH. Por cada
molécula de glicose degradada, formam-se nocíclo de krebs seis moléculas de
NADH2, duas moléculas de ATP e quatro moléculas de CO2.

III- Cadeia respiratoria – a cadeia respiratória ocorre nas cristas


midocôndriais. As moléculas de NADH formadas durantes as etapas anteriores
da reações que transportam electões, que vão passar uma série de proteínas ate
serem captados por um aceitador final – o oxigénio(O2). Estas proteínas
aceitadoras de electrões constituem a cadeia transportadora de de electrões

MÓDULO 3: BIOLOGIA 207


ou cadeia respiratória. A função da cadeia respiratória éa formação de
molécula de ATP.

O oxigénio, depois de receber os electrões, capta os H+ presentes na matriz da


mitocôndria, formando-se a água (H2O).

Nesta etapa forma-se 34 moléculas de ATP e seis de água.,na figura abaixo o


processo simplificado e as respectivas etapas :
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1-O processo da respiração ocorre num organelo no/a …

Acloroplasto.Bmitocôndria. C núcleo. Dvacúolo.

2-Constitui a equação da respiração…

AC6H12O6 + O2 →6C O2 +6 H2 O. B 6 CO2 + 6H2O → C6H12O6 +


6O2.

3-Menciona as etapas da respiração.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 209


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

2- B
3- A
4- As etapas da respioraçãosão :glicólise, ciclo de krebs e cadeia
respiratória.
LIÇÃO Nº 6: RELAÇÃO FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO,
IMPORTÂNCIA DA RESPIRAÇÃO CELULAR.

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Nesta liҫão caro estudante, vamos relacionar a fotossíntese e respiração, atraves


de esquemas, de seguida falaremos um pouco da importância da respiração
celular, processo pelo qual os seres vivos produzem e conservam a energia para
a realização dos processos vitais.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Relacionar fotossíntese e respiração celular;


 Mencionar a importância da respiração celular.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

4.6.1. Relação entre os processos da fotossíntese e respiração

Todos os processos metabólicos se relacionam uns com os outros.

A respiração e a fotossíntese são, em última análise, processos inversos.

Na respiração, moléculas orgânicas reagem com oxigénio, produzindo dióxido


de cabono.

Na fotossíntese, moléculas de dióxido de carbono e de água reagem para


produzir moléculas orgânicas e oxigénio.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 211


O oxigénio é a base para respiração de todos os organismos vivos e é
constantemente formado pela fotossíntese.

4.6.2. Importância da respiração

Durante a respiração efectua-se a degradação de substâncias orgânicas, na qual


se libertam dióxido de carborno e energia. A célula utiliza a energia libertada na
respiração para realizar todas as suas funções.

A respiração realiza-se nas células de todos os tecidos, de todos os orgãos ou de


seres vivos. Quando cessa a respiração as plantas morrem, tal como sucede com
os animais.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1-A respiração aeróbia ou celular ocorre no/a…

Acloroplasto.Bmitocôndria. Cnúcleo.Dvacúolo.

2-Constitui importância da respiração aeróbia ou celular a produção de:

A adubos. Bágua.Cglicose.Doxigénio.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 213


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- B 2–B
LIÇÃO Nº 7: RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA-FERMENTAÇÃO
SUA IMPORTÂNCIA

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Amigo estudante, nesta lição vamos estudar os processo de respiração


anaeróbia, definindo conceito fermentação de seguida falaremos dos tipos de
fermentação, nos quais o estudante terá que interpertar as respectivas equações,
por fim a importância da fermentação na produção dos alimentos,
bebidas,medicamentos, purificação da água e outras aplicações que o nosso
estudante pode conhecer na vida diária.

OBJECTIVO DE APRENDIZAGEM

 Mencionar a importância da fermentação.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição o estudante vai precisar de 1 hora ( 60 minutos).

4.7.1. Fermentação

A fermentação é um processo simples e o mais primitivo de obtenção de


energia. Ocorre no hialoplasma das células sem a utilização de oxigénio.

Compreende duas etapas:

 Glicólise;
 redução do piruvato.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 215


Glicólise é o conjunto de reacções que degradam a glicose até ácido pirúvico
(ou piruvato).

No final da glicólise,resultam;

 duas moléculas de NADH;


 duas moléculas de acido pirúvico;

 duas moléculas de ATP.

Reduҫão do ácido pirúvico é o conjunto de reacҫões que conduzem a formaҫão


de diversos produtos da fermentaҫão.

Existem vários tipos de fermentaҫão,cujas designaҫões indicam o produto final


obtido.Assim,temos fermentação;

 alcoólica;
 láctica;
 acética;
 butírica.

Globalmente, pode traduzir˗se a fermentaҫão alcoólica e a fermentaҫão láctica


pelas seguintes equaҫões químicas˸

 Fermentaҫão alcoólica˸ Glicose → 2 etanol + 2CO₂ + 2 APT


 Fermentaҫão láctica˸ Glicose→ 2 ácido láctico + 2 APT

Fermentaҫão alcoólica ˗ o ácido pirúvico proveniente da glicólise é


descarboxilado, libertando˗se CO₂ e formando aldeído acético, o qual origina
etanol. O rendimento energético é de 2 ATP formados na glicólise.

Fermentaҫão láctica ˗ o ácido pirúvico proveniente da glicólise experimenta


uma reduҫão ao conbinar˗se com hidrogénio originando ácido láctico. O
rendimento energético é de 2 ATP formados na glicólis.
4.7.2. Importância da fermentaҫão

A fermentação é um processo largamente utilizado pelo Homem no fabrico de


alimentos. Hoje sabemos que os processos fermentativos resultam da actividade
de microrganismos, como as leveduras ou fermentos (fungos) e certas bactérias.

As leveduras e algumas bactérias fermentam aҫucares,produzindo etanol e


dióxido de carbono no processo denominado fermentaҫão alcoólica. O
Homem utiliza a fermentaҫão alcoólica na produҫão de bebidas como
vinho,cerveja e aguardente e no fabrico de pão (fig). Na produҫão de pão, o
álcool vaporiza˗se e o dióxido de carbono forma bolhas,tornando massa do pão
mais fofa.É o chamado ‗‘levedar‘‘ do pão.

Os lactobacilos (bactérias presentes no leite) utilizam a lactose (aҫucar do leite)


para efectuarem a fermentaҫão láctica, em que o produto final é o ácido láctico.
Os queijos( fig. ) e os iogurtes (fig.) são exemplos deste tipo de fermentaҫão.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 217


No caso do exercício físico intenso, as células musculares humanas, por não
receberem oxigénio em quantidade suficiente, podem realizar fermentação
lática, além da respiração aeróbica. Desta forma, conseguem sintetizar uma
quantidade suplementar de moléculas de ATP.

A acumulaҫão de ácido lático nos músculos é responsável pelas dores


musculares que surgem durante estes periodos de intenso exercício. O ácido
láctico, assim formado, é rápidamente metabolizado no fígado, pois a sua
acumulação pode tornar-se tóxica para o nosso organismo.

As acetobactériasfazem a fermentaҫão acética, em que o produto final é o


ácido acético. Elas provocam o azendamento do vinho e dos sumos de frutas,
sendo responsáveis pela produҫão de vinagre.

Algumas bactérias utilizam gorduras para efectuarem a fermentação butírica,


na qual o produto final é o ácido butirico, que dáà manteiga o sabor a ranco.
Muitas substâncias químicas industriais e vários antibióticos usados em
medicamentos moderados são produzidos atravéz de fermentação sob condições
controladas.

A terramicina, um produto de fermentaҫão, é adicionada a raҫões animais para


acelerar o crescimento dos animais e protege-los de doenҫas.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 219


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1- Fermentação processo que ocorre no/a…

A hialoplasma. B mitocôndria. Cnucleo. D vacúolo.

2- O processo pelo qual as moléculas de glicose são convertidas por duas


moléculas ácido pirúvico designa-se por …

A anabolismo. B catabolismo. C glicólise. D fermentação.

3 – Os organismos utilizadas como agentes fermentadores na industria de vinho


e outras bebidas alcoólicas são ..

A bactérias B algas C fungos D vírus

CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1A 2C 3C
ACTIVIDADES DA UNIDADE

1-Metabolismo é o conjunto de reacçõesquimicas que ocorrem nas células.

a) Diferencie seres autotróficos dos seres heterotróficos.


b) São organismos heteretróficos:

A couve e fungos. C mangueira, pássaros.

B Homem e fungos. D milho e Homem.

2. O processo da fotossíntese ocorre num organelo chamado…

Acloroplasto. B mitocôndria. C núcleo. Dvacúolo.

3. São factores que influência a fotossíntese…

A água e temperatura. C dióxido de carbono e chuva.

B água e vento. D vento e chuva.

4. Constitui a equação da respiração…

A C6H12O6 + O2→CO2 + H2O B 6 CO2 + 6H2O →C6 H12O6 + 6O2

C C6H12OH + O2→CO2 + H2O D CO2 + H2O →C6 H10 O6 + O2

5- O gráfico que se segue refere a um dos factores que influencia a


actividade fotossintética.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 221


a) Identifica o factor em causa.
b) Interpreta o gráfico.
6- Menciona a importância da fotossíntese.

7-A respiração pode ser aeróbia ou anaeróbia.

a) Diferencia os tipos de respiração.


b) Em que organelo ocorre a respiração aeróbia?

8- A fotossintese é um dos fenómenos mais importantes que ocorrem na


Natureza, pois todos os seres vivos dependem, directa ou indirecta, desde
processo:

a) Justifica a afirmação anterior.

9. Qual é o organelo citoplasmático responsável pela fotossíntese?

10. Quais são os produtos elaborados pela planta durante a etapa fotoquímica da
fotossíntese?
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-a) Seres autotróficos, fabricam seu alimento realizando fotossíntese ,


enquanto que seres heterotróficos ingerem alimentos.

1 .b) B 2. A 3. A 4. A

5 a) -O gráfico. Temperatura

5. b) A taxa de fotossíntese tende a aumentar conforme o aumento da


temperatura; porém, quando este atinge valores muito elevados, pode
dificultar a realização da fotossíntese e prejudicar a planta. Por exemplo,
acima de 45˚C,

c) O oxigénio libertado durante a fotossíntese e fundamental para que ocorra a


respiração, uma actividade de todos os seres vivos.

1. Importância da fotossíntese produção de substâncias orgânicas e de


oxigénio necessário para a respiração.

7. a) Respiração aeróbia ocorre na presença de oxigénio e anaeróbia na sua


ausência.

b) Mitocôndria

8 . Porque fornece oxigénio, para a respiração dos animais, hidratos de carbono


que são a fonte da energia para vida de todos seres vivos.

9 . Cloroplasto

10. Formação de oxigénio e ATP

MÓDULO 3: BIOLOGIA 223


GLOSSARIO

Desnaturação – Destruição da proteina; NAD –Nicotinamida dinucleótido;


NADPH- Nicotinamida dinucleótido fosfato hidrogenase;ATP –Trifosfato de
Adenosina; Enzima- proteinabiocatalizadora
5 UNIDADE 5: REPRODUÇÃO

Lição nº 1: Definição e importância da


reprodução.

Lição nº 2: Reprodução assexuada -


multiplicação vegetativa. Exemplo de
plantas com reprodução assexuada.

Lição nº 3: Reprodução sexuada: definição e


exemplos.

Lição nº 4: Definição da polinização, tipos de


polinização: (polinização directa e cruzada).

Lição nº 5: Fecundação: definição e


importância.Frutificação.

Lição nº 6: Dessiminação de sementes e


fruto, agentes de dessiminação.

Lição nº 7: Germinação: definição, factores que


influem no processo e importância.

INTRODUÇÃO DA UNIDADE TEMÁTICA

Caro estudante, nesta unidade temática, vamos falar da ―Reprodução‖. É


composta por sete (7) lições, sendo que a primeira lição fala sobre,a reprodução,
conceito e importancvia, , a segunda lição sobre Reprodução assexuada e
multiplicação vegetativa,seus exemplos , a terceira lição sobre reprodução
sexuada, definição e exemplos, na quarta lição sobre, polinização: os tipos e
agentes..Na quinta lição, vamos falar do processo da fecundação dupla, definição

MÓDULO 3: BIOLOGIA 225


efrutificação, na sexta lição ,falaremos da dessiminação de sementes e frutos, seus
agentes. Ao terminar esta unidade, falaremos na sétima lição da
germinação,factores que influem no processo da germinação e sua importância.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Esperamos que no final do estudo da unidade quatro você seja capaz de:

 Mencionar os tipos de reprodução nas plantas;


 Explicar as funções das partes que constituem a flor;
 Relacionar o tipo de polinização com o agente polinizador;
 Descrever o processo de formação dos frutos e disseminação de
sementes.

RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

 Menciona os tipos de reprodução nas plantas;


 Explica as funções das partes que constituem a flor;
 Relaciona o tipo de polinização com o seu agente polinizador.

DURAÇÃO DA UNIDADE

Para o estudo desta unidade temática você vai precisar de dez(10) horas.
MATERIAIS COMPLEMENTARES;

 Observação da constituição de sementes de diferentes frutos (lição


prática)

 Observação de diferentes sementes e frutos com características típicas da


disseminação pelo vento, água, animais e Homem (lição prática),

 Observação da estrutura reprodutora masculina e feminina da flor (lição


prática),
 Observação da multiplicação vegetativa através da estaca (lição prática),
 Observação do processo de germinação da semente (lição prática),

MÓDULO 3: BIOLOGIA 227


LIÇÃO Nº 1: DEFINIÇÃO E TIPOS DE REPRODUÇÃO,

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Caro estudante nesta lição vamos estudar mais uma característica muito
importante dos seres vivos que é a reprodução e os tipos de reprodução nas
plantas.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Mencionar os tipos de reprodução nas plantas;

Explicar as funções das partes que constituem a flor;

TEMPO DE ESTUDO:

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

 Reproduҫão

A vida não se origina espontâneamente. Todos os seres vivos derivam de outros


preexistentes, que, através da reproduҫão, dão, por sua vez, origem a
descendentes semelhantes a si próprios.

Esta capacidade de perpetuar a espécie atravéz da reproduҫão é a principal


caracteristica dos seres vivos.

A reproduҫão é muito importante porque assegura a continuidade da vida, isto é,


cada ser vivo, ao reproduzir-se, permite que as gerações se sucedam umas as
outras.
6.1.2. Tipos de reproduҫão das plantas

As formas de reproduҫão utilizadas pelas plantas, embora variadas, podem ser


agrupadas em dois tipos

 reproduҫão assexuada;
 reprodução sexuada.

 Reproduҫão assexuada

A reproduҫão assexuada, também chamada multiplicaҫão vegetativa, é um


processo realizado sem fecundaҫão, por meio do qual um único indivíduo
origina outro semelhante a si próprio, com as mesmas caracteristicas genéticas –
sexo, cor, tamanho, entre outras. Este processo permite o surgimento de um
grande número de descendentes em pouco tempo.

Nas plantas, tanto as raízes como o caule e as folhas tem capacidade de


multiplicação vegetativa. Esta reprodução é feita naturalmente pelas próprias
plantas. A bananeira (rizoma), o alho, a cebola (bolbo), a batata (tubérculo), o
morangueiro (estolhos) e a mandioca (raiz tuberculosa) são exemplos de plantas
que se propagam vegetativamente.

Algumas plantas formam, na margem das folhas, pequenas gemas (plântulas)


que se destacam da planta-mãe, caem no solo e enraizam, tornando-se novas
plantas.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 229


LIÇÃO Nº 2: REPRODUÇÃO ASSEXUADA -
MULTIPLICAÇÃO VEGETATIVA, IMPORTÂNCIA

INTRODUÇÃO DA LIÇÃO

Caro estudante, nesta lição vamos estudar as formas como as plantas se


reproduzem,de seguida descrevermos as técnicas usadas para a multiplicação
vegetativa, que poderá aplicar na vida prática, nas liçãos de agro - pecuária.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Mencionar os tipos de reprodução assexuada nas plantas;


 Descrever o processo de reprodução assexuada nas plantas.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

5.2.1. Importância da reproduҫão assexuada

O ser Homem utiliza o conhecimento dos processos de reproduҫão assexuada


para obter, com grande facilidade, um grande número de plantas iguais a planta
original que possua caracteristicas valiosas para a agricultura, silvicultura (
cultura de árvores, especialmente espécies fruteiras) ou floricultura.

Na multiplicação vegetativa, as caracteristicas genéticas são conservadas, isto é,


os descendentes são a cópia exacta da planta-mãe. Este facto é vantajoso para o
ser humano, porque assim podem-se obter muitas plantas com as caracteristicas
pretendidas.

No entanto, a reproduҫão assexuada pode ser desvantajosa para a evoluҫão. Se


houver alteraҫão do meio ambiente ou surgir de repente uma doença grave,
todas as plantas poderão ser antigidas e poderam morrer.

5.2.2. Técnicas de reproduҫão assexuada

As técnicas de reproduҫão assexuada mais usadas pelo Homem são:

 estacaria,
 mergulhia e,
 enxertia de tecidos.

Estacaria

Nesta técnica podem ser usadas caules, ramos ou folhas.

Os caules são cortados em porções (estacas) que contenham um ou mais nós,


que se enteram no solo e desenvolvem raizes, formando um conjunto de plantas
todas iguais, a que se dá o nome de clone. As novas plantas podem, depois, ser
transplantadas para o local definitivo. As estacas podem ter folhas ou não.
Também há certas espécies, geralmente de plantas ornamentais, que se podem
colocar em água até criarem raizes e poderem ser transplantadas para o solo.

Podem propagar-se por estacas:

 a partir do caule: cana-de-açucar, mandioqueira, amoreira, roseira,


buganvilia, craveiro, hibisco e muitas outras espécies.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 231


 A partir de ramos: papaieira, geranio, (planta ornamental também
conhecida por sardinheira),
 A partir de folhas: violeta-africana, begonia e outras plantas
Mergulhia

É uma técnica que origina a formação de raizes adventícias num caule,


enterrando-o no solo, enquanto ainda se encontra ligado a planta-mae. É
utilizada quando os resultados da técnica de estacaria são pouco satisfatórios.

Pode fazer-se mergulhia por dois processos:

 Curvando o ramo e enterando-o no chão, se for flexivel, deixando-a criar


raizes, após o que é cortado da planta-mãe e transplatando;
 Envolvendo o ramo com terra e protegendo-o depois com um plástico ou
um pano molhado, se o ramo não se dobrar com facilidade – este
processo toma o nome especial de mergulhia areia ou alporquia.

Enxertia

Esta técnica consiste na irrigação duma porção de caule ou de gema (ou


borbulha) de uma planta que possua boas caracteristicas, como por exemplo, de
fruta muito doce, numa outra chamada porta-enxerto ou cavalo.

Esta técnica, usada com êxito em citrinos, permite que uma árvore se
densevolva e frutifique muito mais rapidamente do que se fosse obtida através
de uma semente.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 233


Tambem é impotante para a manutenção de espécies incapazes de produzir
sementes.

Cultura de tecidos

A cultura dos tecidos é uma técnica usada in vitro (em laboratório) a partir de
qualquer tipo de tecido vegetal, ou de células isoladas, que se vão desenvolver
em novos organismos, e requer ambiente e material esterilizados, para evitar
infecções por microrgânismos.
Em termos económicos, a cultura de tecidos é de grande importância para a
agricultura, porque aumenta muito a produção.

Por exemplo, por este processo pode-se obter um grande número de


mandioqueiras resistentes a doenças que atacam esta planta e destribui-las aos
camponeses, que deste modo melhoram o seu rendimento.

A cultura de tecidos contribui, assim, para a redução de fome no mundo.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 235


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante:

Depois do estudo desta licão responde as seguintes questões:

1-Menciona as técnicas de reprodução assexuada usadas na prática agricula.

2-Qual e a importânçia da reprodução assexuada?

3- Descreve uma das técnicas de reprodução das plantas.


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-As técnicas de reprodução são: estacaria, mergulhia e enxertia de tecidos.

2-Aumenta o numero de individuos iguais aos seus progenitores.

3– Mergulhia : curvando o ramo e enterando-o no chão, se for flexivel,


deixando-a cair raizes, após o que é cortado da planta-mãe e transplatando-o.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 237


LIÇÃO Nº 3: REPRODUÇÃO SEXUADA

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Prezadoestudante, vamos estudar a reprodução sexuada, para melhor


compreensão vamos te recordar que as flores são orgãos reprodutores das
plantas, constituidas de parte masculina oandroceu e parte feminina ogineceu.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Descrever o processo de reprodução sexuada nas plantas.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de (45 minutos)

5.3.1. Reprodução sexuada

Nareproduҫão sexuada os novos individuossurgem da fusão de duas células


especializadas, denominadas gâmetas.

Nas angiospérmicas o gâmeta feminino ,óvulo,forma se no ovário, e o gâmeta


masculino forma-se na antera, o grão de pólen.
A parte masculina da flor – constituida por antera, e filiteseu conjunto forma
estame, conjunto de estames formam androceu,comomostra afigura abaixo.

A parte feminina da flor – constituida por estigma, estilete e ovario, seu


conjunto forma carpelo e, conjunto de carpelos formam gineceu ,como
mostra afigura abaixo..

MÓDULO 3: BIOLOGIA 239


A reprodução sexuada é caracteristica das plantas com flor, como a mangueira,
o abacateiro, a goiabeira, o limoeiro, o milheiro, a mapira, o tomateiro, o
girassol, o feijão, a couve e muitas, outras espécies.

A reprodução sexuada é importante porque origina uma descendência que


apresenta grande variabilidade genética, o que permite uma maior adaptação
as alterações do meio.
LIÇÃO Nº 4:POLINIZAÇÃO

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Amigo estudante, nesta lição vamos estudar a polinização que é o transporte


dos grãos de pólen das anteras para o estigma das flores, possibilitando a
fecundação. A eficiência do mecanismo de transporte desse pólen é
fundamental para a sobrevivência da espécie, seja ela feita pelo vento, por
insetos ou por outra forma de polinização.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Explicar as funções das partes que constituem a flor;


 Relacionar o tipo de polinização com o seu agente polinizador.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

Polinização
Já observaste uma antera e reparaste que dentro dela se encontra um grande
número de grãos de pólen. Quando amadurece, a antera abre-se e deixa sair os
grãos de pólen.

A Polinizaçãoé a transferência dos grãos de pólen das anteras de uma flor para
o estigma de outra flor ou para o seu próprio estigma.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 241


I - Tipos de Polinização

Há dois tipos de polinização:

 Directa;
 cruzada.

Polinização directa

Os grãos de pólen de uma flor são depositados no estigma da mesma flor ou no


estigma da outra flor da mesma planta.

Polinização cruzada

Os grãos de pólen são transferidos das antenas de flores de uma planta para os
estígmas das flores de outra planta da mesma espécie.

Agentes de Polinização

Os grãos de pólen variam em tamanho, textura e forma nas diferentes espécies


vegetais. Os diferentes tipos de polinização tomam o nome de agentes
polinizadores pois, fazem a dispersão dos grãos de pólen.

Alguns orgãos de pólen são muito leves e formam-se em grande quantidade,


sendo transportados pelo vento. Chama-se este tipo de polinização anemofita.
As flores masculinas das plantas que tem este tipo de polinização são oscilantes,
movendo-se ao sabor do vento. Embora a dispersão do pólem seja fácil por este
processo, só uma pequena parte consegue encontrar um estígma.

As flores femininas polinizadas pelo vento, como as do milho, da aveia e de


outras gramineas, são geralmente pequenas e pouco vistosas. Não produzem
nectar nem odor.

A polinização também pode ser feita pelos insectos: moscas, borboletas,


besouros e principalmente abelhas. Este tipo polinização denomina-
seentomolofita.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 243


As flores polinizadas por insectos tem pétalas grandes e de cores vivas.
Produzem nectar e odor intenso, nem sempre agradável ao Homem, mas que são
um convite para os insectos se aproximarem. O próprio pólen é também um
elemento atractivo para os insectos.

Além destes dois tipos de polinização, ha ainda outros, embora não tão
importantes. São a polinização por aves, por morcegos, por caracois, pela água e
pelo próprio ser humano.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1- Defina polinização .
2- Menciona os tipos polinização .
a) Qual é o mais importante. Justifica.
3- Qual e o órgão produtor dos grãos de pólen na flor ?

MÓDULO 3: BIOLOGIA 245


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- Polinização é o transporte dos grãos de pólen da antera ao estigma de uma


flor.
2- Polnização directa e indirecta (cruzada )
a) Indirecta porque o Homem, pode selecionar as flores mais adaptadas ao
seu critério.
3- Antera, parte masculina das flores.
LIÇÃO Nº 5: FECUNDAÇÃO EFRUTIFICAÇÃO

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Prezado estudante, nesta lição vamos falar da fecundação pois é um processo


muito importante, porque permite a formação do fruto e da semente, para maior
compreensão desta matéria o estudante deve consolidar os conhecimentos sobre
a constituicão da flor, parte masculina e feminina, do fruto e da semente,
estudados no módulo anterior.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Explicar as funções das partes que constituem a flor e fruto;


 Descrever o processo da fecundação e formação do fruto.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos).

5.5.1. Fecundação

Fecundação é a fusão de duas células sexuais, os gâmetas. Para que ocorra a


fecundação nas angiospérmicas é necessário que o grão de pólen encontre o
óvulo.

Como se realiza este encontro?

MÓDULO 3: BIOLOGIA 247


Formação do saco ambrionário

O óvulo é constituido por uma massa de células. As mais externas formam


duas camadas protectoras, chamadas tegumentos, que não se fecham
completamente, deixando um orificio chamado micropilo, por onde entra o
tubo polinico. Na zona central do óvulo encontra-se um tecido chamado
nucelo. Uma das células do nucelo desenvolve-se mais e divide-se, formando
uma extrutura chamada saco embrionário, com dois núcleos. Estes núcleos
dividem-se duas vezes seguidas, originando oito núcleos. Seis destes núcleos
formam seis células individualizadas, uma das quais é a oosfera. Os dois
núcleos restantes aproximam-se um do outro e colocam-se no centro do saco.
São chamados nucleos polares. O saco embrionário esta agora pronto para ser
fecundado.

Germinação do grão de pólen

Quando o grão de pólen chega ao estigma da flor, fica preso numa substância
viscosa, iniciando um longo caminho para chegar ao saco embrionário. Começa
a germinar, produzindo o tubo polinico, que transporta dois núcleos:
 Um núcleo vegetativo, que faz crescer o tubo polínico ao longo do
estilete;
 Um núcleo germinativo, que se divide em dois, cada um correspondendo
a um gâmeta masculino, ou anterozóide.

Quando chega ao óvulo, o tubo polínico entra pelo micrópilo. Um dos


anterózoides funde-se com a oofera para produzir o zigoto, que se transformara
em embrião. O outro gâmeta masculino funde-se com os núcleos polares para
produzir o endosperma oualbúnem, tecido de reserva para o embrião em
desenvolvimento.

Devido ao facto de um dos gâmetas do grão de pólen fecundar a oofera e outro


fecundar os núcleos polares, chama-se a este processo dupla fecundação.

Importância da fecundação

A fecundação é um fenómeno importante porque confere variabilidade genética


aos individuos formados por este tipo de reprodução (reprodução sexuada),
tornando-os, mais capazes de se adaptarem a variações que possam surgir no
meio e, portanto, com mais possibilidades de sobrivivência.

Frutificação

Da fecundação resulta a frutificação, isto é, a formação do fruto e da semente

Mas como é que o ovário se transforma em fruto? Observa a figura

MÓDULO 3: BIOLOGIA 249


 Os tugumentos, camadas protetoras que formam a parte exterior do óvulo,
vão constituir o tegumento da semente, envolvendo o embrião e o tecido de
reserva;
 As paredes dos ovários formam uma camadade células a volta da semente, o
pericárpo, que juntamente com a semente, constitui o fruto;
 O estigma e o estilete murcham. As sépalas e os estames, geralmente,
também murcham, embora os seus restos secos possam continuar ligados ao
fruto.

Alguns frutos, como por exemplo a banana e a laranja-da-bala, podem formar-


se sem fecundação e não possuem sementes. São chamados frutos
partenocarpicos.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Prezado estudante:

Depois do estudo desta lição responde as seguintes questões:

1. De que depende a fecundação na flor?

A Estilete B HomemC Polinização DPólen

2- O que resulta da fecundação ?

3- Descreve o processo de formação do tubo polínico .

MÓDULO 3: BIOLOGIA 251


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1 -C

2- Fruto e semente

3. O tubo polínico forma se da germinação do pólen, dentro do estilete.


LIÇÃO Nº 6: DISSEMINAÇÃO DE SEMENTES E FRUTO
AGENTES

INTRODUÇÃO DA LIÇÃO

Amigo estudante, pode nos dizer a origem do cajueiro ? Essasplantas originam-


se através das sementes ou dos frutos. Provém de regiões longicuas mas devido
a dispresão , foram trazidas ao longo do tempo, e por sua vez espalhadass em
diferentes zonas, disseminação das sementes, ocorreu ao longo de muito tempo,
então nesta lição vamos estudar o processo e os respectivos agentes.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Descrever o processo da disseminação dos frutos e sementes.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

5.6.1. Disseminação dos frutos e das sementes

Na sua maioria, as plantas vivem fixas no solo, o que dificulta a ocupação de


novos locais e que pode por um riscoa sobrivivência da espécie. Esta
incapacidade é superada pela disseminação ou dispersão dos frutos e das
sementes.

No interior da semente, o embrião desenvole-se e mantem-se ―adormecido‖, o


que contribui para a sua sobrivivência.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 253


Em muitos casos, os frutos e as sementes apresentam adaptações que facilitam a
sua dispersão por acção do vento, dos animais, da água ou até da própria planta.

Disseminação pelo vento


As espécies de plantas em que a dispersão dos frutos e das sementes é feita pelo
vento produzem frutos secos.

Os frutos indescentes possuem asas, pêlos ou plúmulas que facilitam o seu


transporte a grandes distâncias.

Os frutos deiscentes deixam cair as sementes. A papoila, por exemplo, tem o


pedúnculo comprido e as sementes saiam pelos poros das cápsulas. O fruto da
ervilheira é uma vagem que se abre para deixar cair as sementes.

Disseminação pelos animais


Os frutos secos que são tranportados pelos animais possuem espinhos,
ganchos, picos ou superfices aderentes que se prendem, por exemplo, ao pêlo
dos animais ou se espetam nas suas patas, sendo assim, levados para locais mais
distantes.
Os frutos carnudos têm outro tipo de adaptação. Enquanto verdes, não são
atrativos para os animais e por isso não são comidos, o que provocaria a perda
das sementes.

Quando as sementes estão prontas para germinar, os frutos amadurecem –


apresentam cores vivas, tornam-se doces e suculentos, sendo então, comidos
pelos animais, principalmente pelas aves.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 255


No caso das aves, as sementes podem ficar presas no bico ou no corpo do
animal e acabam por cair quando este limpa o bico ou alisa as penas a alguma
distância da planta-mãe.

As sementes que são ingeridas pelos animais acabam por ser expulsas do
organismo atravez das fezes, como acontence, com os elefantes, que as deixam
longe do local onde se alimentam. Algumas sementes necessitam dos sucos
digestivos dos animais para alterar o seu revestimento e, assim, induzir a
germinacão.

Os morcegos, animais noturnos, não conseguemver os frutos, mas possuem um


bom olfacto. As mangas, por exemplo, libertam um odor intenso e por isso são
encontradas por estes animais, que comem toda a polpa, libertando,
consequentemente a semente dura.

Alguns pequenos mamiferos, como os esquilos e os ratos, armazenam frutos nos


buracos das árvores ou enteram-nos no solo para os consumirem
posteriormente. As sementes podem germinar se os frutos ficarem esquecidos.
Outros processos de dispersão

Os frutos de plantas aquáticas ou que vivem perto dos rios ou do mar podem ser
dispersos pela água. Estes frutos possuem o mesocarpo fibroso, cheio de ar,
estando, assim, adaptados a flutuação, como acontece com o coco. A semente
do coco, na figura pode demorar dois anos até germinar, o que lhe da tempo
suficiente para antigir a terra firme. Os frutos das árvores do mangal, ao
cairemno solo durante a maré-cheia, são levados pela água para longe da planta-
mãe.

Algumas plantas realizam a autodisseminação das suas sementes. Por exemplo,


a planta do amendoim enterra os frutos a sua volta, de forma que as sementes
possam germinar e dar origem a novas plantas, longe umas das outras.

Outros frutos secos expelem as sementes de forma explosiva, atirando-as para


longe da planta-mãe, quando bem secos.

O ser humano também participa na disseminação, seja de forma involutária,


quando leva presas a si próprio as sementes de frutos de que se alimenta, seja de
forma voluntária, quando semeia as espécies de que se alimenta.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 257


AUTO-AVALIAÇÃO

Amigo estudante, depois do estudo desta lição responde as seguintes questões

1- Defina disseminação.

2 - O Homem é um agente muito importante na disseminação. Justifica.


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1 – Disseminação é o processo que consiste em dispersar(espalhar) as sementes


ou frutas.

2– O Homem é um agente importante, porque devido agricultura ele pode


transportar sementes de varias regiões do mundo.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 259


LIÇÃO Nº 7: GERMINAÇÃO - FACTORES QUE INFLUEM NO
PROCESSO, SUA IMPORTÂNCIA.

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Estimado estudante, nesta lição vamos estudar de forma teórica o processo de


germinação, depois vai praticar nasliçãos experimentais que terá nas
actividades, ou mesmo nas liçãos práticas de agro pecuária, da germinação a
pequena planta passa do estado dormente para o estado activo, mediante vários
factores ambientais e das próprias sementes.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Reconhecer factores que influênciam o processo da germinação;


 Descrever o processo da germinação.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

5.7.1. Germinação de embrião

O embrião inicia a sua formação a partir do momento em que acontece a


fecundação do óvulo e desenvolve-se durante a maturação, até que o seu
crescimento cessa. No interior da semente, ele conserva -se ―adormicido‖, até
encontrar condicões favoráveis para a sua germinação.
A germinação é o renicio do crescimento do embrião. É um processo muito
importante, porque é a partir dele que a semente vai cumprir a sua função:

 dar continuidade a vida da planta


 dar continuidade da espécie, originando uma nova planta, que, por sua vez,
produzira novas plantas.

5.7.2. Factores que influênciam a germinação

Os factores que influênciam a germinação podem ser internos, isto é,


relacionados com a própria semente, ou externos, relacionados com o ambiente.

Factores internos

Para a semente germinar e originar uma planta saudável, é necessário que não
tenha sofrido danos produzidos por insectos ou microrganismos, esteja bem
madura e não seja muito velha.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 261


Factores externos

Os factores externos que afectam a germinação são:

 Humidade – a disponibilidade de água é a primeira condicão para a


germinação, pois só quando as sementes estão bem humedecidas é que a
plântulase densevolve completamente.
 Temperatura – a temperatura óptima de germinação não é igual para todas
as plantas. Considera-se temperatura óptima de germinação aquela em que o
número máximo de sementes germina, num periodo de tempo mínimo.
 Oxigénio – este gás é muito importante para a germinaҫão porque o
crescimento da plântula requer muita energia. Esta energia é obtida a partir
das reservas do embrião, através da respiraҫão aeróbica. As sementes
enterradas a grandes profundidades ou em solo pouco arejado não
conseguem obter a quantidade de oxigénio necessária e, por essa razão, não
germinam.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Estimado estudante:

Depois do estudo desta lição responde as seguintes questões

1. Assinala com ―V‖ e ―F‖ as afirmações verdadeiras e falsas


respectivamente.
A. A dispersão das sementes permite a conquista de novos territórios pelas
plantas. (__)
B. A temperatura favorável a germinaҫão é igual para todas as sementes.
(_)
C. A germinaҫão é a passagem da plântula dormente contida na semente
para a vida activa. (_)
D. A polinizaҫão cruzada é o transporte do pólen das anteras de uma flor
para o estígma da mesma flor. (_)
2. A reproduҫão é necessária para a …

Acontinuidade da vida. Csobrevivência da espécie.

B formação de novas espécies. D sobrevivência do individuo.

3. A reprodução sexuada permite a…

A manutenção das características dos individuos.

B manutenção do número de individuos de cada geração.

C obtenção de plantas com novas caracteristícas.

Dvariabilidade da espécie.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 263


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-A- V B- F C-V D – F

2 -A

3_ D

Experiência sobre a fecundação

Material:

 Duas flores de açucenas ou de hibisco.


 Lupa ou microscópio.
 Lamina de barbear ou bisturi
 Pinça

Modo de proceder:
1. Observa uma das flores com atenção. Com ajuda da pinça, retira o perianto
para analisares os orgãos reprodutores.

Nota: Se estás a observar o hibisco, retira as sépalas e as pétalas.

2 Observa o androceu. Regista o número de estames. Verifica se todos tem o


mesmo comprimento e qual é a sua localização em relaҫão ao estigma.
3 Observa um estame. Faz um desenho com a respectiva legenda.
4 Corta a parte superior do estame e verifica se apresenta grãos de pólen.
5 Retira os estames com cuidado para observares o carpelo. Faz um desenho
com constituiҫão do carpelo, com a respectiva legenda.
6 Utilizando a lamina de barbear, faz cortes transversais nos ovários das
flores. Observe com a lupa ou com o microscópio. Faz um esquema do que
observaste.
Discussão:

 A flor da açucena é completa ou incompleta ? Justifica a tua resposta.


 Classifica o perianto da flor.
 Indica a constituiҫão e a posiҫão do androceu e do gineceu.
 Compara os esquemas que fizeste com as figuras.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 265


6 UNIDADE 6: REGULAÇÃO DA VIDA DAS
PLANTAS

Lição nº 1- Definição, classificação e acção


das hormonas vegetais;

Lição nº 2- Aplicação das hormonas vegetais


na agricultura;

Lição nº 3- Reacção das plantas ao estímulo


do ambiente.

INTRODUÇÃO DA UNIDADE TEMÁTICA

Prezado estudante;

Nesta unidade temática, vamos falar da


―Regulação da vida das plantas‖, está
composta por três (3) lições, sendo a primeira
que fala da classificação e acção das hormonas
vegetais, na segunda, aplicação das hormonas vegetais na
agricultura, para a terceira e ultima unidade na sétima lição, reacção das
plantas ao estímulo do ambiente tropismo, fototropismo, geotropismo.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Definir hormonas vegetativas;


 Mencionar algumas fitohormonas e descrever as suas acções;
 Explicar a acção das fitohormonas na agricultura;
 Descrever as reacções das plantas aos estímulos do ambiente;
 Diferenciar tropismo do nastismo.

RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

 Define hormonas vegetativas;


 Menciona as fitohormonas e descreve as suas acções;
 Explica a acção das fitohormonas na agricultura;
 Descreve as reacções das plantas aos estímulos do ambiente;
 Diferencia tropismo do nastismo.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta unidade vai precisar de quatro(4) horas

MÓDULO 3: BIOLOGIA 267


LIÇÃO Nº 1: DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E ACÇÃO DAS
HORMONAS VEGETAIS.

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Amigo estudante, vamos inicir esta unidade com o a definição do conceto,


hormona vegetal, mas o mesmo foi definido no segundo módulo. Então verás
que os vegetais tem também um processo de regulação mas diferente dos
animais.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Definir hormonas vegetais;


 Mencionar algumas fitohormonas e descrever as suas acções

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

6.1.1. Classificação e acção das hormonas

As hormonas vegetais, tambem denominadas fito-hormonas, são substâncias


orgânicas produzidas em células, tecidos ou orgãos vegetais que fucionam como
agentes reguladores, induzindo modificações fisiológicas e ou anatomicas nos
locais da planta onde actuam.

Algumas hormonas tem accãoestimulatodora e outras, inibidora no que respeita


ao crescimento, floração, germinação e queda de frutos e folhas, ao aumento do
tamanho e numero de frutos e ainda o não amadurecimento de frutos.
As hormonas vegetais são classsificadas de acordo com os efeitos que causam
nas plantas, pelo que, actualmente, existem cinco importantes grupos de fito-
hormonas: auxinas, giberelinas, citoquininas, ácido abcisicoe etilino.

Tabela I – Classificaçāo das hormonas das plantas

Hormonas Accões

Auxinas - estimulam o crescimento de raízes laterais e adventícias

- controlam o geotropismo.

- Impede a formação da camada de abscisão.

- estimula o desenvolvimento das paredes do ovário.

- regula a queda das folhas e dos frutos.

Giberilinas - estimulam o alongamento e multiplicação das células, e o


crescimento das folhas,

Estimula a floraҫão e o desenvolvimento dos frutos.

- promovem a germinação.

Etilino -acelera o amadurecimento dos frutos

Estimula a queda das folhas, flores e frutos.

- inibe o crescimento de raizes e gomos laterais.

Citoquininas - estimulam a divisão celular e o desenvolvimento de


gomos laterais.

- estimulam a germinação das sementes.

- desenvolvimento de frutos, aumentam a floração

- impedem o envelhecimento dos órgãos vegetais

Acido abcisíco - inibe o crescimento celular.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 269


- Estimula a formaҫão de raizes e o fecho de estomas.

- inibe a germinaҫāo de semente.

Os efeitos das hormonas vegetais são variáveis, isto é, não induzem sempre uma
resposta idêntica. A sua acção depende de diversos factores, quer intrinsecos a
planta, como a concentracão da hormona ou o tipo de órgão em que actua, quer
extrinsecos a planta, como a luz, temperatura, a gravidade, a duração do dia e a
humidade.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante:

Depois do estudo desta lição responde as seguintes questões:

1. Estabelece a corespondência entre os termos da coluna I e as afirmacões da


coluna II.

Coluna I Coluna II

1. Fototripismo Resposta da planta a um estimulo mecanico.

2.Geotripismo Resposta da planta a um estimulo quimico

3.Tigmotripismo Resposta da planta ao estimulo da luz.

4.Quimotropismo Resposta da planta a proximidade de agua.

5.Hidrotropismo Resposta da planta a gravidade.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 271


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-C 2- E 3- A 4 -B 5-D
LIÇÃO Nº 2: APLICAÇÃO DAS HORMONAS VEGETAIS NA
AGRICULTURA

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Caro estudante, nesta lição vamos estudar de forma muito clara como sao
usadas as fitohormonas na agricultura,para o melhoramento da vida das plantas.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Explicar a acção das fitohormonas na agricultura.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

6.2.1. Aplicação das hormonas vegetais na agricultura

As hormonas vegetais desempenham um papel impotante no densevolvimento


da planta, sendo algumas mesmo fundamentais para a sua viabilidade.

Elas são utilizadas em vários sectores ligados a produção, armanezamento e


distribuição de alimentos de natureza vegetal.

As hormonas são aplicadas, tendo em conta a sua acção, com o objectivo de


obter maior produtividade e maiores lucros.

O etilinoé um gas que estimula o inicio da floração das plantas e faz com que os
frutos colhidos ainda verdes amadurecam.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 273


As auxinas impossibilitam a producão de gomos laterais, por exemplo, os
chamados ―olhos‖ da batata. Aceleram a formação de raizes em estacas e a
floracao e frutificação uniforme em pomares. Suprimem o desenvolvimento de
ervas daninhas em culturas de ceriais.

As flores do tomateiro e da videira, quando pulverizadas com um determinado


tipo de auxina dão frutos grandes e saborosos, mas sem sementes.

Os agricultores, com o fim de imperdir que os frutos caiam antes da colheita,


pulverizam os pomares com auxinas sintenticas. Assim, os frutos mantem-se
nas arvores, mesmo maduros, até a sua colheita.

As giberelinas fazem com que a floração de algumas plantas ornamentais


progrida mais rapidamente. Alem disso, controlam o tamanhos dos caules,
estimulam a germinacao de sementes, por exemplo, de ceriais, e aumentam o
tamanho e a separação das bagas nos cachos de uva.

A sintese destas hormonas originou uma nova fase a niveleconomico, pois foi
possivel a produção de alimentos vegetais e de plantas para ornamentacao
mesmo em condicoesclimaticasdesfavoraveis. No entanto, a utilização de
hormonas quimicas em excesso torna-se nociva a saude, podendo causar
doencas como crancro.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante

Depois do estudo desta lição responde as seguintes questões

1. As auxinas...
 A promovem feixo dos estomas. C promovem a queda de folhas e de
frutos.
 B controlam o geotropismo. D promovem o alongamento das
células.
2. Não é função do etileno…

A controlar o geotropismo. C inibir o crescimento das raízes.

B estimular a maturação dos frutos. D promove a queda de folhas e de frutos.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 275


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- C 2- A
LIÇÃO Nº 3: REACÇÃO DAS PLANTAS AO ESTÍMULO DO
AMBIENTE

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Caro estudante sera que as plantas reagem aosestimulos como acontece com o
Homem , as plantas respondem sim de varias maneiras, então nesta licao vamos
ver como elas reagem , ao ambiente em que se encontram.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Descrever as reacções das plantas aos estímulos do ambiente;


 Diferenciar tropismo do nastismo.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos).

6.3.1. Reacções das plantas aos estimulos do ambiente

As plantas respondem as alteracoes ambientais atravez do crescimento. A


resposta por crescimento pode traduzir-se, por exemplo, num densevolvimento
mais rápido de uma determinada região de planta.

Tropismos - são os movimentos realizados por certas plantas em respostas a


algum estimulo externo.

Os trospismos podem ser positivos ou negativos, conforme se realizem em


direção ao estímulo ou se afastem dele.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 277


Fototropismos – resposta da planta ao estimulo luz.

Quando os caules estão sujeitos a uma iluminacao unilateral, as auxinas migram


para o lado sem luz, deminuindo a sua concentração no lado iluminado. Assim,
a grande concentracao das celulas, verificando-se uma curvatura do caule em
direccao a luz.

Muitos caules tem fototropismo positivo. As raizes tem fotopismo negativo.

Geotropismo – resposta da planta aos efeitos da gravidade. Os caules


apresentam, normalmente, geotropismo negativo, enquanto as raizes apresentam
geotropismo positivo.

Para alem destes, muito comuns, existem ainda outros tipos de tropismos:

Tigmotropismo – resposta da planta a um estimulo mecanico, como o toque de


um objecto.

O enrolamento de gavinhas em redor de um suporte é um exemplo bastante


comum.

Termotropismo – resposta da planta aos efeitos da temperatura.


Quimiotropismo – resposta da planta a um estimulo quimico, como por
exemplo, o crescimento do tubo polinico das plantas superiores.

Hidrotropismo – resposta da planta a proximidade de água. As raizes das


plantas superiores crescem em direcção a fonte de agua.

Os movimentos ao estimulo chama-se movimentos násticosounastias. A


resposta ao estímulo é independente da direcção de incidência do estimulo.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 279


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante:

Depois do estudo desta lição responde as seguintes questoes:

1 . Uma planta colocada num ambiente mais ou menos escuro, submetida a uma
iluminacao unilateral, apresentou-se conforme representado na figura.

a) Indica o nome do fenomeno observado.

b) Qual é a substanciaresponsável por este fenomeno?

c) Como explicas a curvatura apresentada pelo caule em direccao a fonte


luminosa?
CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1.a) O fenómeno que ocorre é o fototropismo

1.b) A substância que permite este fenómeno é a auxina

1.c) As auxinas migram para o lado sem luz, deminuindo a sua concentração no
lado iluminado. Assim, a grande concentracao das celulas, verificando-se uma
curvatura do caule em direccao a luz .

MÓDULO 3: BIOLOGIA 281


7 UNIDADE 7: ESTUDO DO SOLO

Lição nº 1: O solo: Importância e factores


que influem no processo de formação do solo

Lição nº 2: Composição do solo

Lição nº 3:Definição de horizontes do


solo,propriedades físicas.

Lição nº 4: Propriedades do solo:


textura,humidade,PH,permeabilidae.

Lição nº 5: Propriedades do solo:


porosidade,organismos,fertilidade ,irrigaçâo e
salinação.

INTRODUÇÃO DA UNIDADE TEMÁTICA

Caro estudante, nesta ultima unidade temática, vamos


falar da ―solo ‖, está composta por três (3) lições, sendo a primeira
que fala do o solo, importância e factores que influem no processo de
formação, a segunda,aborda a composição do solo, parte mineral, orgânica, ar e
água, para a terceira unidade, definição dos horizontes do solo, propriedades
físicas,textura, humidade,PH permeabilidade,porosidade, organismos,
fertilidade, irrigação e salinação do solo.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

Esperamos que no final do estudo da unidade dois você seja capaz de:
 Mencionar os factores que contribuem para a formação do solo;
 Identificar as propriedades físico-químicas do solo;
 Identificar os horizontes do solo;
 Identificar os organismos do solo e sua importância;
 Aplicar as formas de melhoramento do solo;
 Identificar os perigos da salinização na agricultura;
 Mencionar a importância da fertilidade do solo, textura, humidade,
capilaridade e irrigação para a agricultura.

RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

 Menciona os factores que contribuem para a formação do solo;


 Identifica as propriedades físico-químicas do solo;
 Identifica os horizontes do solo;
 Identifica os organismos do solo e sua importância.

DURAÇÃO DA UNIDADE

Para o estudo desta unidade temática você vai precisar de seis horas (6h)

MÓDULO 3: BIOLOGIA 283


LIÇÃO Nº 1: O SOLO, IMPORTÂNCIA E FACTORES QUE
INFLUEM NO PROCESSO DE FORMAÇÃO

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Caro estudante sabemos que o solo é o meio onde existem vários animais e
plantas , então nesta licão vamos falar da sua importância e dos factores que
influem na sua formação.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Mencionar os factores que contribuem para a formação do solo.

TEMPO DE ESTUDO:

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

7.1.1. O SOLO

Formaçāo do solo

O solo é a camada mais superficial da terra, formada a partir da transformaҫão e


decomposiҫão das rochas que compõem a crusta terrestre, devido a acção de
agentes fisicos e químicos e dos seres vivos.

Importância do solo

Embora seja constituido por uma camada bastante fina, em relação a espesura
da crusta terrestre, o solo é muito importante para a vida na terra, porque é nele
que:
 Germinam as sementes e as plantas enteram as sua raizes;
 Os microganismos transformam a materia morta (restos de plantas e
de animais) em materiaorganica que ira servir de alimento a novas
plantas;
 Vive uma grande variedade de seres vivos.

7.1.2. Factores que influem no processo de formação do solo

A superfice terrestre é submetida continuamente a acção dos agentes de erosão


– a água da chuva, dos rios, dos lagos e dos oceanos, o vento, a temperatura –
que provocam a desintegração e a decomposição das rochas. Este processo,
muito lento e que dá inicio a formação do solo, chama-se meteriozação.

Os agentes de erosão podem ser físicos, químicos e biológicos.

Agentes físicos

Variação da temperatura

Em climas com grandes amplitudes térmicas, o calor do sol faz dilatar as rochas
durante o dia. A noite, a temperatura atmosférica diminui bruscamente, o que
contribui para a abertura de fissuras nas rochas.

Água

A água da chuva também contribui para o desgaste das rochas. Por exemplo, a
água que penetra nas fendas de uma determinada rocha pode congelar devido a
diminuição da temperatura ambiente, o que contribui para a sua dilatação e
fratura.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 285


Vento

O vento actua como agente de destruição, transportando areias e pequenas


pedras que batem nas rochas ou se depositam nas fissuras ou nos buracos
existentes, desgastando-as, num processo escalatorio de que resultam, por
vezes, figuras intessantes.

Com o vento podem ser arrastadas algumas sementes que germinam na areia
depositada nas fendas das rochas, originando uma nova planta. As raizes
engrossam e expandem as fendas, que acabam por abrir ainda mais. A rocha
mãe vai-se, assim, fraturando e desagregando.

A acção continua do mar sobre as rochas da zona litoral origina a sua


desagregação. Os pedaços de rocha que são arrancados da rocha-mãe vão
rolando com as ondas e as marés e transformam-se, pouco a pouco, em pedras
mais pequenas e em areia.

Agentes químicos

A água e o ar são os principais factores que exercem acção quimica sobre as


rochas.

A água participa em muitas reações químicas, transportando, ainda, ácidos


orgânicos que transportam os minerais que entram na composição das rochas,
contribuindo assim para a sua erosão.

Agentes biológicos

Os agentes biológicos que participam na formação do solo são os seres vivos,


principalmente as plantas e os micro orgânismos.
Já vimos que as raízes das plantas penetram na fendas das rochas, contribuindo
para a sua degradação. Ao mesmo tempo, segregam substâncias que reagem
com os constituentes minerais, que assim se vão alterando.

A superfíce das rochas também se vai fragmentando, começando a crescer sobre


ela musgos, líquenes, microorganismos e as primeiras plantas .

Os restos destes primeiros seres vivos vão sendo decompostos lentamente em


húmus. Os sais minerais provenientes do húmus vão servir de alimento para as
plantas, que, por sua vez, irão servir de alimento aos animais.~

MÓDULO 3: BIOLOGIA 287


ACTIVIDADES DA LIÇÃO

1. A formação do solo é um processo que resulta de várias transformações ao


longo de milhares de anos.

a) Menciona os agentes erosivos do solo.

b) Explica como actuam os agentes erosivos.


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

a) Agua,ar e vento.

b) A água de chuva contribui para o desgaste das rochas, pois ela penetra nas
fendas de uma determinada rocha o ar.O vento actua como agente de destruição,
transportando areias e pequenas pedras que batem nas rochas ou se depositam
nas fissuras ou nos buracos existentes, desgastando-as.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 289


LIÇÃO Nº 2: COMPOSIÇÃO DO SOLO

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Caro estudante,nesta licão vamos falar dos constituintes do solo, quer mineral
ou inorgânica,quer orgânica , do ar, água no solo.

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar os organismos do solo e sua importância.

TEMPO DE ESTUDO:

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

7.2.1. Composição do solo

O solo é constituido por:

 uma parte mineral;


 uma parte orgânica
 água
 ar.

A parte mineral é formada por fragmentos de rocha de vários tamanhos.

A areia facilita a penetração das raizes e o arejamento, mas não retém água e
nutrientes.

A argila retem facilmente os nutrientes e a água, mas, quando se encontra em


excesso, dificulta o arejamento e a penetração das raizes.
O calcário não está presente em todos os solos.

A parte orgânica é formada por restos de plantas e animais parcial ou


totalmente decompostos.

A água retira entre as particulas sólidas do solo, sendo os espaços não ocupados
pela água preenchidos pelo ar. O arejamento do solo é muito importante para a
respiração das raizes, sendo por isso que um solo com muita água – logo, pouco
arejado – é pouco produtivo

1- Perfil do solo

Ao fazerem-se escavações ou cortes de estradas, distiguem-se, pela cor e


constituição, diferentes camadas de materiais: os horizontes do solo. Ao
conjunto de horizontes, num corte vertical, da-se o nome de perfil do solo.

Os horizontes do solo não se distiguem sempre com a mesma facilidade. Só


num solo denominado maduro é que eles se observam com maior nitidez.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 291


HORIZONTES DO SOLO CARACTERÍSTICAS

Tem o nome de manta morta. É constituido por restos


de seres vivos, animais de pequeno porte e
O
microrgânismos.

Geralmente escuro, contem húmus e particulas


A
minerais de espessura variável.

Mais claro, contem vestigios de húmus e partículas


B
minerais mais finas.

Mais profundo e acima da camada rochosa, é


C
constituído por rocha fragmentada.
ACTIVIDADES DA LIÇÃO

Caro estudante:

Depois do estudo desta lição responde as seguintes questões

1. O solo é formado por materia mineral, materia orgânica, ar e água. Observa o


gráfico da figura ( IMAGEM ), que representa a constituição tipica de um solo.

a) Menciona o nome do constituente do solo que existe em maior quantidade.

b) Indica o nome do constituente do solo que existe em menor quantidade.

c) Qual é a origem desse constituente?

MÓDULO 3: BIOLOGIA 293


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1a) A parte mineral,

1.b) A matéria orgânica

1 c) Provém do desgaste da rocha mãe


LIÇÃO Nº 3: DEFINIÇÃO DE HORIZONTES E
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Caro estudante vamos nesta lição falar dos horizontes e propriedades do solo
nas suas diferentes particularidedesfísico-químicos

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar as propriedades físico-químicas do solo;


 Identificar os horizontes do solo.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

7.3.1. Propriedades do solo

O conhecimento das propriedades físico-químicas do solo têm interesse para a


prática da agricultura e para a realização de obras de engenharia, entre outros.

i. Propriedades fisico-quimicas do solo

Textura

O aspecto que o solo apresenta. A textura do solo depende do tamanho das


particulas sólidas e da proporção em que se encontram. As partículas mais
pequenas são as argilas e os limos; as médias correspondem as grosseiras e
pequenas pedras.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 295


Humidade do solo

Como já foi afirmado, a água é um factor determinante na formação do solo,


sendo indespensável a vida das plantas.

A quantidade da água existente no solo só tem significado quando considerada


em conjunto com a força com que a água se encontra retida no solo. Este facto
facilita ou não a sua absorvação pelas plantas.

Um solo com muito húmus absorve fácilmente a água, retendo-a por muito
tempo. Pelo contrário, um solo sem húmus não rentem água.

pH do solo

No caso do solo, o pH não constitui um valor constante e característico,


sofrendo inúmeras variacões, relacionadas, por exemplo, com teor de água no
solo.

O pH têm influência directa na capacidade de absorção dos diferentes elementos


químicos pela planta. Mesmo que o solo contenha todos os elementos
essênciais, as plantas podem deixar de absorver um ou outro deles se o pH for
inadequado.
AUTO-AVALIAÇÃO

1. A Figua abaixo rpresenta os horizontes de um solo maduro.

a) Faz a legenda da figura.

b) Em que horizontes pode se encontrar a manta morta?

2.Menciona a propriedades químicas do solo.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 297


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1 a)Legenda da imagem

1b) A

2-São pH , salinidade.
LIÇÃO Nº 4: PROPRIEDADES DO SOLO:
TEXTURA,HUMIDADE,PH,PERMEABILIDADE

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Caro estudante, vamos continuar com as propriedades fisico-quimicos do solo,


humidade, a variação do pH assim como a sua permeabilidade

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar as propriedades físico-químicas do solo;


 Aplicar as formas de melhoramento do solo.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos)

7.4.1. Propriedades do solo: textura, humidade, pH, permeabilidade

Textura

Entende-se que textura do solo é o aspecto que este apresenta. A textura do solo
depende do tamanho das partículas sólidas e da proporcão em que se encontram.
As partículas mais pequenas são as argilas e os limos; as médias correspondem
as grosseiras e pequenas pedras respectivamente.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 299


Humidade do solo

Como já foi afirmado, a água é um factor determinante na formação do solo,


sendo indespensável a vida das plantas.

A quantidade da água existente no solo só tem significado quando considera em


conjunto com a força com que a água se encontra retida no solo. Este facto
facilita ou não a sua absorção pelas plantas.

Um solo com muito húmus absorve facilmente a água, retendo-a por muito
tempo. Pelo contrário, um solo sem húmus não rentémágua.

pH do solo

No caso do solo, o pH não constitui um valor constante e característico,


sofrendo inúmeras variações, relacionadas, por exemplo, com teor de água no
solo.

O pH tem influência directa na capacidade de absorção dos diferentes elementos


químicos pela planta. Mesmo que o solo contenha todos os elementos
essênciais, as plantas podem deixar de absorver um ou outro deles se o pH for
inadequado.

Permeabilidade do solo

A permeabilidade de um solo (capacidade de um solo se deixar atravessar pela


água com maior ou menor facilidade) é uma propriedade que depende sobretudo
dos seus constituentes minerais .

Nem todos os solos de deixam atravessar pela água com a mesma facilidade.

Há solos que não rentêm a água, tornando-se demasiado secos – são os solos
permeáveis.

Os solos arenosos sao muito permeaveis e, por isso, sao secos e pobres.
Outros rentêmágua em excesso, formando com ela uma pasta, tornando-se
lamacentos quando recebem água e demasiado secos e estaladicos quando
perdem - são os solos impermeáveis. Os solos argilosos são um exemplo
destes solos.

Outros rentêm uma certa quantidade de água entre as suas particulas, mas
permintem que a água em excesso os atravesse – são os solos semipermeaveis.
É o caso dos solos calcarios.

Os solos francos são semipermeaveis, retendo a água necessária ao


desenvolvimento das plantas. São arejados, macios ao tacto, ferteis e fáceis de
trabalhar.

A permebilidade dos solos é muito importante para o desenvolvimento das


plantas, pois em solos encharcados ou demasiado secos as plantas desenvolvem-
se mal ou morrem. Um solo próprio para agricultura deve ser semipermiável,
rico em húmus e facil de trabalhar.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 301


AUTO-AVALIAÇÃO

1. Menciona as propriedades químicas do solo.

a) Caracteriza uma propriedade a sua escolha.

2- Qual é o solo para melhor prática da agricultura


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- Textura, permeabilidade,humidade, PH

a)Textura do solo o aspecto que este apresenta.

Permeabilidadede um solo é a capacidade de um solo se deixar atravessar pela


água com maior ou menor facilidade.

Humidade do solo é a quantidade da água existente no solo só tem significado


quando considera em conjunto com a força com que a água se encontra retida
no solo.

O pH tem influência directa na capacidade de absorção dos diferentes elementos


químicos pela planta.

2 – O solo próprio para agricultura deve ser semipermiavel, rico em húmus e


fácil de trabalhar.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 303


LIÇÃO Nº 5: PROPRIEDADES DO
SOLO:POROSIDADE,ORGANISMOS, FERTILIDADE,
IRRIGAÇÃO E SALINIDADE

INTRODUÇÃO A LIÇÃO

Amigo estudante, vamos continuar com as propriedades do solo falando da


porosidade, dos organismos, fertelidade e a salinidade dos solos , factores que
permitem a fertelidade dos solos

OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar as propriedades físico-químicas do solo;


 Aplicar as formas de melhoramento do solo;
 Identificar os perigos da salinização na agricultura.

TEMPO DE ESTUDO

Para o estudo desta lição vai precisar de uma hora (60 minutos).

7.5.1. Propriedades do solo:porosidade,organismos, fertilidade,


irrigação e salinidade

Os poros são os espaços dentro do solo, criados por insectos, minhocas e outros
animais, que contribuem para a penetração e circulação de água ou para a sua
retenção, permitindo também o transporte de materiais dentro do solo, no
sentido dos horizontes mais superficiais para os mais profundos.
Organismos do solo
Os organismos são extremamente importantes na decomposição da matéria
orgânica.

Pequenos animais que vivem no solo são essenciais para a agricultura. Por
exemplo, as minhocas e as formigas movimentam-se no interior da terra
cavando buracos e misturando diferentes camadas, promovendo, assim, a
circulação do ar no solo. Estes animais, auxiliados por bactérias e fungos,
trituraram a matéria orgânica, transformando-a em húmus, que torna os solos
mais fofos e serve de nutriente para as plantas.

Outros animais, como toupeiras, ratos, coelhos e raposas, desempenham um


papel importante no arejamento e infiltração de água no solo pois, abrem
pequenas galerias ou tocas, deslocam materiais.

Fertilidade do solo

Fertilidade é a capacidade do solo para servir como substrato para o


crescimento das plantas.

A riqueza mineral do solo é mantida ou melhorada pela adubação. O adubo


pode ser obtido a partir de detritos orgânicos, a que vulgarmente se dá o nome

MÓDULO 3: BIOLOGIA 305


de estrume. Um terreno com estrume retem melhor a água e é mais arejado. O
estrume fornece matéria orgânica aos solos, substituindo o uso excessivo de
fertilizantes químicos.

Contudo, actualmente, estes são muito utilizados, espalhando-se no solo,


dissolvidos em água ou em pó. Este tipo de adubos, quando utilizados em
quantidades incorrectas, podem poluir as águas superficiais e subterrâneas.

Por isso, a agricultura biológica, que não usa pesticidas nem fertilizantes
químicos, começa a surgir como uma alternativa para garantir a conservação
dos solos e o benefício dos consumidores.

Irrigação do solo

A irrigação consiste em aumentar a quantidade de água no solo.

Um factor importante para o crescimento das plantas é a disponibilidade da


água no solo. Muitas regiões desérticas, apesar de terem solo fértil, sob o ponto
de vista se sua composição mineral, são pobres em vegetação porque falta água.
Isto é evidente nas regiões deserticas que se tornaram altamente produtivas por
meio da irrigação artificial.

Salinização

A salinização consiste na acumulação de saís de sódio, de magnésio e de cálcio


nos solos, reduzindo a fertilidade dos mesmos, o que resulta numa diminuição
do rendimento económico das culturas.

A salinização do solo afecta a germinação das culturas, bem como seu


desenvolvimento, reduzindo a produtividade e, nos casos mais sérios, levando a
morte generalizada das plantas.
O processo de salinização occorre, de maneira geral, em solos situados e regiões
de baixa precipitação e que possuam um lencol freático próximo da superfície.

Os solos situados em regiões áridas, quando submetidos a prática da irrigação,


apresentam grandes possibilidades de se tornarem salinos, desde que não
possuam um sistema de drenagem adequado.

A salinização do solo afecta muitos hectares de terreno, constituindo uma das


principais causas da desertificação do nosso planeta.

A quantidade dos terrenos agriculas é ainda prejudicada pela poluição causada


quer pelo usoabusivo de adubos e de pesticidas quer pela acumulação de lixos,
realização de queimadas ou abate incontrolado de árvores.

A conservação dos solos deve ser uma preucupação de todos nós. Sem solo, a
vida na terra não seria possível.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 307


ACTIVIDADES DA LIÇÃO -1

1-Menciona as propriedades do solo estudados.

2-Caracteriza uma das propriedadesa tua escolha.


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1- Propriedades do solo,porosidade,orgânismos,fertilidade,irrigação e salinação.

2 - A salinização consiste na acumulação de saís de sódio, magnésio e cálcio


nos solos, reduzindo a fertilidade dos mesmos, o que resulta numa diminuição
do rendimento económico das culturas. E outras certas.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 309


ACTIVIDADES DA UNIDADE -2

Actividade Prática – Efeito de Etileno no amadurecimento de frutos

Material

 Duas bananas verdes


 Uma manga madura
 Dois frascos de vidro (A e B) com tampa
 Um marcador
 Uma faca

Modo de proceder

1. Identifica os frascos com as letras (A e B).


2. Coloca uma banana em cada frasco.
3. Corta a marca aos pedacos e coloca-os no frasco B. Tapa ambos os
frascos.
4. Coloca os dois frascos num local sem luz.
5. Observa o aspecto das bananas passados 2 ou 3 dias.

Discussão:

1. O que podes concluir acerca dos resultados desta experiência?


2. Por que razão os frascos deverão ser tapados
GLOSSARIO

PH - ( potencial hidrogenionico ) indica a solução, acida, básica ou neutra.

Fractura- Quebra

Substrato- camada inerior a base

MÓDULO 3: BIOLOGIA 311


ACTIVIDADES DO FIM DO MÓDULO/PREPARAÇÃO PARA O TESTE

1. Preenchaos espaços com as palavras que completam correctamente as


seguintes frases:

a) O _________________ é a zona de separação entre a raíz e o caule.

b) A zona de _________________ É o local onde se originam raízes


_______________ Menos desenvolvido do que a principal.

c) Na __________________ pilosa encontram-se os ______________


____________ , através dos quais se a absorção da _______________e dos
_______________ _________________.

d) A zona de ________________ e o local onde se encontram muitas células


em divisão, que fazem a ________________ crescer em _________________.

e) a ______________ protege a_______________ da raíz para ela não se


estragar quando se _______________ no __________________.

2. Completeas seguintesfrases:

-Existem plantas com caules aéreos, como o tronco, o _________________ e o


______________ e com caules __________________, como o bolbo, o
_________________ e o _________________.

3- Faça a correspondência entre a coluna A e a coluna B.

Coluna A Coluna B
a ) Endocarpo
1- Flor b ) Sépala
c ) Mesocarpo
2- Fruto d ) Pétala
e) Perianto
4- De que depende a fecundação na flor?
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--------

5-Mencionea importância e económica das sementes.

6- Assinalecom V ou F as alternativas verdadeiras e falsas, respectvamente:

a) Da gémula resulta a raíz da nova planta.


b) As sementes dicotiledóneas tem um só embrião.
c) A semente origina-se, a partir do óvulo fecundado.
d) Os cotilédones dão origem a uma nova planta.
e) Uma semente madura de dicotiledónea é constituída pelo tegumento e
pelo embrião.

7.Nas nervuras das folhas circula:

A água.Boxigénio.C sangue. Dseiva.

8. Estabeleçaa correspondência entre os termos da coluna I e as frases da


coluna II

Coluna I Coluna II

1 Gineceu a.parte superior pedúnculo.

2 Receptáculo b.Local onde se formam os grãos de pólen.

3 Ovário c.Abertura da parte superior do carpelo

MÓDULO 3: BIOLOGIA 313


4 Androceu d.Órgão em forma de tubo que liga ovário ao estigma

5Pedúnculo e.Órgão sexual masculino das plantas

6 Antera f.Parte do carpelo onde se produzem os óvulos.

7 Filete G estrutura que liga a flor ao caule

8 Estilete h.Órgão sexual feminino das plantas

9 Cálice i.estrutura protectora da flor, geralmente de cor verde.

j. Haste longa e delgada na extremidade da qual se


10 Estigma
situa a antera.

9.Assinala com ―V‖ e ―F‖ as afirmações verdadeiras e falsasrespectivanente.

a) A semente resulta do engrossamento das paredes do ovário. (_)

b) A reproduҫão por estacas é facil e garante bons resultados. (_)

c) A luz é um dos factores importantes que intervem a germinaҫão. (_)

d) Nas flores que tem polinizacão directa, os carpelos devem estar acima dos
estames. (_)

10.Fermentação é um processo que ocorre:

Acom absorção da água.C na ausença de O2.

Bcom absorção da H2.Dna presença do O2.

11. Constitui a equação da fermentação a seguinte:

A C6H12O6 +O2→CO2+H2O C 6CO2+6H2O →C6H12O6 + 6O2

B C6H12O6 →2C2H5OH+2CO2+2ATP D 6CO2+6H2→C6H12O6


12. Define:

a) Solo;

b) Perfil do solo;

c) Horizonte do solo.

13.Caracteriza o processo de meteorização que tem lugar na formação dos


solos.

14. Descreve como evolui o solo, desde o momento que se inicia a sua formação
até que atinge o estado de solo maduro.

15.Dá exemplos de factores que determinam a diversidade dos solos.

16. A formação do solo é um processo que resulta de varias transformações ao


longo de milhares de anos.

a) Indica um processo de melhoramento da fertilidade de um solo.

b) Menciona duas causas que contribuem para melhorar o solos.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 315


CHAVE-DE-CORRECÇÃO

1-.Preenchaos espaços com as palavras que completam correctamente as


seguintes frases:

a) O colo é a zona de separação entre a raíz e o caule.

b) A zona de ramificaçãoé o local onde se originam raízes secundárias menos


desenvolvidas do que a principal.

c) Na pilosa encontram-se os pêlos absorventes, através dos quais se faz a


absorção da água e dos sais minerais.

d) A zona de crescimentoéo local onde se encontram muitas células em divisão,


que fazem a raíz crescer em comprimento.

e) Acoifa protege azona de crescimento da raíz para ela não se estragar quando
se alonga no solo.

2-Complete a seguinte frases:

Existem plantas com caules aéreos, como o tronco, o colmo e o espique e com
caulessubterrâneos, como o bolbo, o tubérculo e orizoma.

3 – 1- b), d ) e ) 2 – a) ,c)

4- Polnização

5-Exemplo da aplicação económica das sementes;Da casca do caju obtêm-se


um líquido que serve de matéria-prima para o fabrico de vernizes, tintas
plásticos, lubrificantes e insecticidas.,Os resíduos resultantes do processo de
industrialização da casca são usadas como combustível na própria indústria.
6- Assinalecom V ou F as alternativas verdadeiras e falsas, respectvamente.

a) V,b) F c) V,d) F

7-D

8-1 -H2-A 3. - F 4. - E 5. - G 6.- B7-L,8.- D,9 - I 10.- C

9- a) – F b) –V c) –Vd) – F

10- C 11 - B

12-a) Solo é a camada superficial da crosta terrestre.

b) Conjunto de vários estratos de camadas distintas do solo.

c) Diferentes estratos do solo

13- Meteorização é o desgaste da terra causado por agentes naturais, água, vento
e ar.

14-O solo jovem, sofre meteorização, através dos agentes erosivos , que
arrastam continuamente o solo, arrastando as partículas que o constituem para
outros locais

15- Agentes químicos, físico e biológicos

16 a) Evitar queimadas descontroladas, evitar adubos artificiais.

b)Uso do composto orâgnico, reciclar o mateial vegetal, irrigar os solos.

MÓDULO 3: BIOLOGIA 317


BIBLIOGRAFIA

ROQUE,M. F. e CASTRO,A Biologia 12 ano, partes 1 e 2, Porto Editora,


Portugal 1995 .

OKUTO, GODFREY,e NDWIGA, MARGARET, Biology access,jkf


editores, Kenia 1998.

REALE, AMERICOCompêndio de Botánica,20ciclo,volume I e II,Asa


Editores. Porto.

PIRES, CRISTIANO at all,Biologia, plantas solo,9ª classe, edições asa,1990.

MULLER, Susann e GRACHANE,Antonio AlbertoBiologia pela Prática- 9


ª Classe,(2001) Moçambique Editora,Maputo.

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