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APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
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LETÍCIA TIMBÓ
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Tipos de Microrganismos
Aplicações comerciais
Síntese de produtos químicos (vitaminas –
ácidos orgânicos – enzimas – álcoois –
drogas)
Aplicações na indústria de alimentos Bacilos Semelhante a bastões
Cocos Esféricos ou ovoides
Produção de vinagre, picles, bebidas alcóolicas,
Espirais Espiralados ou curvados
azeitonas, molho de soja, manteiga, queijo, Estrela ou quadrado Formas menos comuns
iogurte e pão
Arquibactérias
Nomenclatura • Procariotos
• Parece celular SEM peptideoglicanos
A nomenclatura designa para cada organismos 2 • Encontradas em ambientes extremos
nomes:
Se dividem em 3 grupos:
• 1º - Gênero (Maiúsculo)
Produzem metano como
• 2º - Epíteto específico (Minúsculo)
Metanogênicas produto residual da
Ambos são escritos em itálico ou sublinhados. respiração
Halófilas Vivem em ambientes
Exemplo: Staphylococcus aureus extremas extremamente salgados
Termófilas Vivem em águas quentes
extremas sulfurosas
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OBS: NÃO são conhecidas arqueias que causem • Circundado por um envoltório proteíco
doenças em seres humanos. • Revestido por uma camada adicional –
envelope (camada lipídica)
Fungos
• Reprodução: através do uso da maquinaria de
• Uni ou Multicelulares outros organismos (são parasitas)
• Eucariontes (DNA envolto por membrana)
• Parece celular composta por – quitina NÃO são considerados organismos vivos, uma vez que
• Reprodução: sexuada ou assexuada são inertes fora de seus hospedeiros vivos.
• Nutrição: absorção de soluções de matéria
Helmintos
orgânica presente no meio ambiente –
NÃO realizam fotossíntese. • Multicelulares
Leveduras Fungos unicelulares • Eucariontes
Microrganismos ovais • Vermes parasitas
Fungos filamentosos • Em alguns estágios são de tamanho
Formam micélios – por microscópico
Bolores meio de longos filamentos
que se ramificam e
entrelaçam Classificação dos microrganismos
OBS: O microscópio de Hooke não apresentava Em 1861 – Louis Pasteur demonstrou que os
resolução suficiente que permitisse ver claramente os microrganismos estavam presentes no ar e podiam
micróbios. contaminar soluções estéreis, mas o ar por si só não
poderia criar micróbios.
Em 1674 – Antony van Leeuwenhoek
(Pai da microbiologia) foi o 1º a observar microrganismos Ele fez o – Experimento fraco de pescoço, onde tinha
vivos através de lentes de aumento, chamando de um caldo nutritivo em fraco fechado (livre de
“animáculos”. contaminação) e um caldo nutritivo em fraco aberto
(com contaminação) – concluindo que os micróbios do
Após as descobertas de Leeuwenhoek, a comunidade ar foram os agentes responsáveis pela contaminação
científica ficou interessada na origem destes da matéria não viva.
microrganismos.
Pasteur demonstrando que:
Teria da Geração espontânea ou Abiogênese
• Os microrganismos podem estar presentes na
Cientistas e filósofos acreditavam que – matéria não viva (sólidos, líquidos e ar)
“algumas formas de vida poderiam surgir • A vida microbiana pode ser destruída pelo calor
espontaneamente da matéria morta.” • Elaborou métodos para bloquear o acesso de
microrganismos do ar aos ambientes nutritivos
Em 1668 – Francesco Redi fez experimento que
– Técnicas de Assepsia.
demonstravam que as larvas de insetos NÃO surgiam
espontaneamente de carne apodrecida.
Idade de ouro da Microbiologia (1857 a 1941)
Em 1745 – Jonh Needhan descobriu que mesmo após
aquecer caldos nutritivos, antes de coloca-los em Fermentação e Pasteurização
frascos fechados, as soluções resfriadas eram logo
Em 1857 – Pasteur acreditava que o vinho azedava, pois
ocupadas por microrganismos.
os microrganismos chamados de leveduras convertiam
Needhan considerou que – “os micróbios os açucares em álcool na ausência de ar –
desenvolveram-se espontaneamente a partir dos Fermentação.
caldos”.
Já os cientistas acreditam que essa conversão era feita
Em 1769 – Lazzaro Spallanzani sugeriu que os pelo ar.
microrganismos de ar teriam entrado nas soluções de
Em 1864 – Pasteur desenvolveu a Pasteurização
Needhan após estes serem fervidos.
(resolução para o problema da deterioração da cerveja
E demonstrou que os caldos nutrientes aquecidos após e vinho)
serem lacrados em um fraco – NÃO apresentavam
Mecanismos: aqueceu a cerveja e o vinho o suficiente
desenvolvimento microbiano.
para matar a maioria dos microrganismos (bactérias)
OBS: As observações de Spallanzani foram criticadas que causavam deterioração.
com o argumento de que não existia oxigênio
Teoria do germe da doença
suficiente nos fracos lacrados.
Em 1876 – Koch desenvolveu a Teoria do germe da
Teoria da Biogênese
doença (dizia que alguns microrganismos causam
Em 1858 – Rudolf Virchow argumentava que as células doenças), porém, naquela época acreditava-se que a
vivas poderiam surgir somente de células vivas doença era um meio de “punição”.
preexistentes.
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Em 1865 – Pasteur foi chamado para ajudar no cultivos, ele estava observando um fungo que poderia
combate à doença do bicho-da-seda e descobriu que a inibir o crescimento de uma bactéria – chamou esse
infecção era causada por Protozoários. inibidor produzido pelo fungo de Penicilina –
1º antibiótico.
Em 1860 – Joseph Lister usou fenol (ácido carbólico)
para tratar as feridas cirúrgicas, descobrindo que os Células Procarióticas X Eucarióticas
microrganismos provocam infecções nas feridas.
Procarióticas Eucarióticas
Em 1876 – Koch descobriu a 1ª prova de que as DNA não é envolto por DNA envolto por
bactérias causavam doenças – descobriu que a Bactéria membrana membrana
Baccillus antharacis era a causa do antraz Não possui Histona Possui Histona
Não possui organelas Possui organelas revestidas
(doença que estava destruindo rebanhos de gado e
revestidas por membranas por membranas
ovelhas na Europa). Parede celular: Parede celular:
Peptideoglicanos quimicamente simples
Vacinação Divisão celular: Divisão celular:
fissão binárias mitose
Edward Jenner – iniciou um experimento para Bactérias e Fungos – Protozoários –
descobrir um modo de proteger as pessoas da Varíola. Arquibactérias Algas
Quimioterapia moderna
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As secreções nasais matam ou inibem alguns A parte proximal da uretra em ambos os sexos contém
microrganismos. microbiota residente – a vagina possui micróbios ácido-
tolerantes devido a natureza de suas secreções.
O muco e movimentos ciliares removem muitos
micróbios. O muco e a descamação periódica – previnem que
muito microrganismos colonizem o trato geniturinário.
OBS: o vírus da gripe aviária (H1N1) – destrói as defesas
naturais do trato respiratório, destruindo a região ciliar, O fluxo de urina remove micróbios, o pH da urina e
permitindo o livre acesso a bactérias do Trato ureia são antimicrobianos.
respiratório superior para o inferior Os cílios e muco expelem micróbios da Cérvice uterina
Boca para a Vagina – e a acidez vaginal inibe e mata
micróbios.
• Streptococcus
• Candida (Fungo) Fatores que determinam a microbiota normal
A umidade, calor e presença de alimentos fazem a Fatores que determinam a distribuição e composição
boca um – ambiente ideal que suporta uma vasta e da microbiota normal:
diversa população microbiana.
Nutrientes -
As mordidas, mastigação, movimentos da linga e fluxo pH
da saliva (substancia antimicrobiana) desalojam diversos Fatores físicos e Disponibilidade de O² e CO²
químicos Salinidade
micróbios.
Luz solar
Intestino grosso Defesas do Moléculas e células que
hospedeiro matam os micróbios
• Escherichia coli. Mastigação
• Candida (Fungo) Movimentos da língua
Fatores mecânicos Descarga da urina
Muco
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Simbiose
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Máscaras Esterilização
EPI que cobre a boca e o nariz – proporcionando uma É a destruição de TODOS os micróbios, incluindo
vedação adequada sobre a face da pessoa. formas mais resistentes (esporos bacterianos –
micobactérias – vírus sem envelope lipídico – fungos).
Constituída de fibra eficiente para retenção dos
contaminantes atmosféricos. Esterilizantes físicos
Gorro ou touca • Vapor sob pressão
Barreira mecânica contra a contaminação por • Filtração
secreção, aerossóis e produtos nos cabelos. • Radiação ultravioleta e ionizante (menos usadas)
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Útil para tratar ou desinfetar – instrumentos e • Boa cobertura para bactérias Gram positivas
dispositivos não críticos. • NÃO tóxico
• Tem atividade residual
Exemplo: Braçadeira do tensiometro – eletrodos do
• Usado em produtos para larvar as mãos
ECG – Estetoscópio.
Triclosan
Antissepsia
• Ativo contra bactérias
Uso de agentes químicos na pele ou em tecidos vivos • Comum em sabonetes, desodorantes e
com o objetivo de – inibir ou eliminar micróbios produtos dentífricos,
(não implica ação esporicida).
Álcoois
Iodóforos
Cloro-hexidina
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Espirilos
• Procariotas
• Unicelulares Forma helicoidal rígida + apêndices (flagelos)
• Encontrada isoladamente ou em colônias
Vibriões
• São aeróbicas ou anaeróbicas
Semelhante a bastões curvos (forma de vírgula)
Formas das bactérias
Cocos Espiroquetas
Bacilos
• Capsula ou Glicocálice
A maioria apresenta forma de bacilos simples. • Flagelos
• Filamentos axiais
De dividem somente ao longo de seu eixo curto • Fimbrias ou Pili
Diplobacilos Ficam em pares após a
Cápsula ou Glicocálice
divisão
Estreptobacilos Ocorre em cadeia
São as substancias que envolvem as células.
Cocobacilos Formato oval
• Polímero viscoso e gelatinoso
• Localizado: externamente à parede celular
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Glicocálice
Fímbrias
É um componente importante dos
Biofilmes. • Distribuída de maneira homogênea na
superfície da célula
Substancia polimérica extracelular (SPE) –
• Variam em número
protege as células dentro do Glicocálice +
• Tendencia de aderir-se umas às
facilita a comunicação entre as células e
outras e às superfícies
permite a sobrevivência celular pela fixação
as superfícies. • Envolvidas na formação de Biofilmes e
outros agregados
Exemplo: Steptococcus mutans (causador
da cárie dentária) e Vibrio cholerge Exemplo: fímbrias da bactéria Neisseria
(causador da cólera). gonorrhoede.
Pili (Pilus)
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Principais funções:
• Previne a ruptura das células bacterianas
• Mantém a forma de uma bactéria
• Serve como ponto de ancoragem para os
flagelos
• Contribui para a capacidade de algumas
espécies causarem doenças e serem
resistentes à antibióticos.
Composta por: Peptideoglicanos
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Genética Bacteriana
Bactérias Gram Positivas
Genoma bacteriana circular – conjunto de genes
carregados por uma bactéria.
Haploides Possuem apenas uma cópia
de cromossomos
DNA + Elementos Plasmídeo ou
extracromossômicos Bacteriófago
Possuem 2 classes de ácidos teicoicos: Possui genes de proteínas estruturais (cístrons) e genes
para RNAr e RNAt.
• Ácido lipoteicoico – atravessa a camada
peptideoglicana e é ligado a membrana Dentro de cada cromossomo esses genes são
plasmática agrupados por – óperons ou ilhas.
• Ácido teicoico – ligado à camada
peptideoglicana
Óperon
Bactérias Gram Negativas É o conjunto de genes estruturais que são
controlados por uma única região de controle.
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Uma das principais diferenças na síntese das células Muitas Produzem Biofilme e
procarióticas e eucarióticas é a estrutura do – bactérias expressão gênica
Ribossomo.
Ilhas de patogenicidade (PAIs)
São organelas formadas por: proteínas + RNAr.
São segmentos de DNA inseridos nos cromossomos
O ribossomo procarionte é chamado de – 70S bacterianos que – localiza genes para alguns
e é formado por 2 subunidades: mecanismos de virulência.
Subunidade maior RNA ribossômico 23S e 5S Estão sob controle de um único promotor para
(50S) + 34 proteínas coordenar sua expressão.
Subunidade menor RNA ribossômico 16S +
(30S) 21 proteínas Propriedades das PAIs:
OBS: É necessário saber as diferenças entre os • Adere e invade o epitélio da célula hospedeira
Ribossomos procariotos e eucariotos – pois um • Produz toxinas
medicamento pode ser produzido com o objetivo de • Captar ferro do meio ambiente
atuar diretamente no Ribossomo procarioto, ou seja, • Sintetiza o sistema de secreção tipo 3
atua só na bactéria e não gera danos ao ser humano.
OBS: A bactéria E coli não causa doença, mas pode
adquirir a ilha de patogenicidade de outras bactérias –
Métodos de controle da expressão gênica
tornando-se virulenta.
Promotores e Operadores Genes sob controle positivo ou negativo
São sequencias de DNA no inicio de um gene ou Para ser transcrito precisa
óperon. Genes sob controle de uma proteína ativadora
positivo (Apoindutor) – ligada ao
Reconhecidos por – fatores sigma, proteínas ativadores operador.
e repressoras (controlam a expressão). Para ser transcrito precisa
Genes sob controle negativo que na região operadora
não tenha repressor.
Monofosfato de Adenosina cíclico (AMPc).
Óperons
Pequenas moléculas ativadoras responsáveis por –
regular um grande número de processos. Introdução de um substrato
indutor
As bactérias usam Glicose como fonte energética Induz um óperon a
principal, porém quando não há glicose elas procuram Induzíveis aumentar a expressão das
outras fontes de energia. enzimas necessárias a seu
metabolismo
Óperon lac da E. coli
Redução de Glicose = Aumento da concentração de
Abundancia dos produtos
AMPc – esse aumento faz com que rotas metabólicas finais – Correpressores
alternativas sejam ativadas. Reprimíveis Sinaliza que essa via deve
ser desligada ou reprimida
Processo Quorum sensing Óperon Triptofano
Bacteriófagos Transdução
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Os sinais e sintomas são determinados pela – Algumas bactérias são capazes de formar biofilmes –
função e importância do tecido afetado. que facilitam a colonização das bactérias,
Período de incubação – é o tempo para a bactérias ou especialmente em equipamentos cirúrgicos
a resposta do hospedeiro para causar injúria suficiente e (válvulas e cateter intravenoso)
gerar desconforto ou interferir em funções essenciais.
As bactérias em biofilme são unidas por uma
Funções da Microbiota normal rede de Polissacarídeos.
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Endotoxina e outros componentes da parede celular Ela é constituída de Polissacarídeos com baixa
imunogenicidade e funciona protegendo a bactéria de
Os componentes da parede celular bacteriana agem
respostas imunes e fagocitárias, além disso, também
como um – sinal de infecção que promove uma alerta
age como uma cobertura escorregadia que dificulta o
avisando o corpo para ativar os sistemas de proteção
aprisionamento e que se rompe quando capturada por
do hospedeiro.
um fagócito.
Os padrões moleculares associados a patógenos ligam-
se a receptores Toll-like (TLR) e a outras moléculas, OBS: Cepas que perdem a capacidade de produzir
estimulando a produção de Citocinas. cápsula, também perder a sua virulência.
(Em alguns casos a resposta hospedeira pode gerar
Variação antigênica
risco de vida, por ser excessiva)
Apenas as bactérias Gram-negativas produzem A N. gonorrhoeae varia as estruturas de superfície de
endotoxinas durante a infecção – um ativador antígenos, evitando as respostas de anticorpos e
poderoso de fase aguda e reações inflamatória é a produz uma protease que degrada imunoglobulina A
endotoxina do lipídio A do Lipopolissacarídeo. (IgA)
Encapsulamento
• GRAM Positivas (cor púrpura) Cristal violeta (corante primário) – cora as células
GRAM-positivas e GRAM-negativas de púrpura, pois
• GRAM Negativas (cor rosa)
penetra no Citoplasma de ambas.
OBS: a diferença de cor está relacionada com a
permeabilidade das membranas aos reagentes químicos. 2º passo: Lava-se a lâmina em jato fraco de água
corrente (do lado contrário ao esfregaço).
GRAM Positivas
3º passo: Cobre-se a lâmina com lugol e deixa agir por 1
Formadas por MUITAS camadas de Peptideoglicano – minuto – despois lava novamente com água corrente.
estrutura rígida e espessa.
Lugol reage quimicamente com a Violeta genciana
Contém Ácido teicoico e lipoteicóico.
– formando cristais grandes demais para escapar
Classe de Ácidos teicoicos pela parede celular.
Atravessa a camada de
Ácido lipoteicoico Peptideoglicano e está 4º passo: cobre-se a lâmina com solução de álcool-
ligado a Membrana absoluto – verifica-se a descoloração que deve ocorrer
plasmática em 15 segundos.
Ácido teicoico da Ligado à camada de
parede Peptideoglicano
O álcool desidrata o Peptideoglicano das células
GRAM-positivas, tornando-as mais impermeáveis
GRAM Negativas
ao cristal violeta-iodo.
Formadas por uma camada fina de Peptideoglicano – Já nas GRAM-negativas, ele dissolve a membrana
rodeada por Lipopolissacarídeo e proteínas. externas, deixando pequenos buracos na camada
de Peptideoglicano (por onde os cristais passam)
OBS: A técnica de coloração de GRAM pode ser
realizada diretamente de uma amostra clínica ou de um
cultivo laboratorial.
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Streptococcus pneumoniae
Cocos Gram-positivos
Staphylococcus aureus
Característica: diplococos
gram-positivos
Característica: cocos
em formato de cachos.
Enterococcus faecalis
Streptococcus pyogenes
Característica: agregados
de cocos gram-positivos
Característica: cocos
gram-positivos
em cadeia
Bacilos Gram-positivos
Bacillus cereus
Streptococcus mitis
Características: bacilos
gram-positivos sem
arranjo específico
Características:
streptococcus gram- OBS: Setas vermelhas
positivos em cadeia são esporros
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Pseudomonas sp.
Clostidium perfringens
Características: bacilos
gram-positivos
OBS: Lâminas com Características: bacilos gram-negativos dispersos
células sanguíneas,
leucócitos, hemácias.
Cocos Gram-negativos
Neisseria sp.
Características: diplococos
gram-negativos
Bacilos Gram-negativos
Haemophilus sp.
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Teste da Coagulase
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As enzimas que catalisam a construção das camadas de OBS: PVL está relacionada a infecções pulmonares e
Peptideoglicano são – cutâneas graves.
Proteínas ligadoras de penicilina (PBP).
• 2 toxinas esfoliativas – A e B
A resistência bacteriana à Meticilina e a Penicilina é • 18 enterotoxinas – A à R
mediada pelo – Gene mec A. • Toxina-1 da Síndrome do Choque tóxico (TSST-1)
OBS: Superantígenos – Toxina esfoliativa A,
Esse gene codifica uma proteína ligadora de penicilina
Enterotoxinas e TSST-1
alterada (PBP2A), que apresenta baixa afinidade aos
(aumentam o dano imunológico mediado)
antibióticos Meticilina, Penicilina e Cefalosporina.
Toxina Alfa
OBS: Mesmo que esses antibióticos sejam usados, não
vão fazes efeito em bactérias que apresentam essa Rompe a musculatura lisa dos vasos sanguíneos
PBP2A.
Toxina para: Eritrócitos – Leucócitos –
Ácidos teicoicos Hepatócitos – Plaquetas.
• É ligado ao Peptideoglicano Mecanismo: liga-se a superfície das células do
• São imunógenos fracos hospedeiro, levando a formação de poros, gerando o
• Espécie-específicos efluxo de K e influxo de Na, Ca e outras moléculas –
• Estimulam uma reposta de anticorpos específicos causando desequilíbrio osmótico e turgência =
(IgG) Lise celular.
Proteínas de adesão da superfície Toxina Beta ou Esfingomielinase C
Chamadas de – Componentes da superfície microbiana Especifica para Esfingomielina e Lisofosfatidilcolina
que reconhecem moléculas adesivas da matriz
extracelular ou proteínas MSCRAMM Toxina para: Eritrócitos – Fibroblastos –
Leucócitos – Macrófagos.
Liga-se ao receptor Fc do
IgG¹, IgG² e IgG4 – Mecanismo: catalisa a hidrólise dos fosfolipídios de
Proteína A estafilocócica impedindo que ela sirva de membrana, causando a Lise celular.
fator de opsonização na
fagocitose. Toxina Delta
Fibronectina é um
Proteínas A e B ligadoras de componente da matriz Atividade citolítica NÃO específica
Fibronectina extracelular do Tec.
Conjuntivo Toxina para: Eritrócitos – Células de mamíferos –
Fator de aglutinação Presente na parede celular Membranas intracelulares.
(clumping factor) A e B da bactéria – liga-se ao
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Mecanismo: atua como ação surfactante – rompendo É produzida por 90% das cepas de S. aureus –
membranas celulares, gerando derramamento de responsável pela Síndrome do Choque tóxico associada
muitas enzimas de digestão celular, causando um maior à Menstruação (uso de absorventes internos).
dano tecidual.
Enzimas Estafilocócicas
Toxina Gama e Leucocidina Panton-Valentine (PVL)
Converte Fibrinogênio em
Mecanismo: formação de poros que geram o aumento Fibrina insolúvel – gerando
da permeabilidade aos cátions e instabilidade osmótica, agregação dos
Coagulase Staphylococcus
acarretando na Lise celular.
Forma uma camada de
A Toxina PVL é leucotóxica – mas NÃO exibe atividade fibrina que protege a
bactérias contra fagocitose
hemolítica para eritrócitos
– gerando abscesso
(NÃO atinge Células vermelhas do sangue). Hidrolisa os ácidos
Hialuronidase hialurônicos presentes na
Toxinas Esfoliativas
Matriz acelular do Tec.
ETA Termoestável Conjuntivo
ETB Termolábil Fibrinolisina Dissolve os coágulos de
(Estafiloquinase) fibrina – disseminando a
São serina proteases – quebram a desmogleína-1 infecção
Hidrolisam lipídios e
(componente proteico dos Desmossomos que une as
Lipases asseguram a sobrevivência
células de um tecido). dos Staphylococcus nas
áreas sebáceas do corpo
• NÃO são associadas à Citólise ou Inflamação
Nuclease Cliva tanto DNA quanto
• NÃO são encontrados Staphylococcus e Leucócitos RNA das células
na camada da epiderme atingida
Enterotoxinas Epidemiologia
A Enterotoxina A está associada à – TODAS as pessoas apresentam Staphylococcus
Intoxicação alimentar. coagulase-negativos na pele.
• São termoestáveis a 100ºC por 30 minutos Comum no coto umbilical e
• São resistentes à hidrólise pelas enzimas gástricas e S. aureus pele da região perineal de
do jejuno recém-nascidos
• São Superantígenos – capazes de induzir ativação S. aureus e epidermidis Comum na pele e mucosas
de animais e humanos
de Células T e intensa liberação de citocinas.
Toxina-1 da Síndrome do Choque tóxico Essas bactérias podem ser transferidas para um
• Resistente ao calor e à proteólise individuo através do contato direito ou por fômites
(vestimentas, roupas de cama, toalhas).
• Superantígeno que estimula a liberação de
Citocinas
Staphylococcus aureus
• Penetra nas barreiras mucosas (mesmo quando
a infecção permanece localizada na vagina ou Intoxicação alimentar
no sítio de uma ferida) Patologias causadas pela Síndrome do choque tóxico
• A morte de pacientes com TSS é causada por Toxina Síndrome da pele
– Choque Hipovolêmico (leva a falência múltipla escaldada
de órgãos) Infecções cutâneas Patologias causadas pela
Pneumonias invasão direta e destruição
Osteomielite do tecido
Artrite séptica
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Ocorre disseminação sistêmica para outros tecidos. Ocorre pela disseminação hematogênica da bactéria
para os ossos ou por infecção secundária decorrente
Sintomas: calafrios e febre. de trauma.
Infecções de ferida Osteomielite hematogênica Ocorre na forma vertebral
nos adultos (dor intensa nas costas +
Ocorre após um febre)
procedimento cirúrgico Osteomielite hematogênica Acomete metáfise (área
ou trauma. nas crianças vascularizada) dos ossos
longos.
Caracterizado por:
edema – eritema – dor Artrite Séptica
– acúmulo de material purulento.
Ocorre principalmente em crianças pequenas e adultos
Pode ser controlada se a ferida for reaberta para
que estão recebendo injeções intra-articulares ou que
drenagem do pus.
apresentam anormalidades mecânicas nas articulações.
Bacteremia
Caracterizada por – articulações eritomatosa dolorida
Disseminação da bactéria para o sangue, a partir de com material purulento.
uma infecção de pele aparentemente inócua.
OBS: Quando atinge várias articulações é indicativo de
A maioria é adquirida no hospital, após procedimentos
disseminação hematogênica.
cirúrgicos ou resultado do uso contínuo de cateter
intravascular contaminado. S. epidermidis e outros Staphylococcus
Endocardite • Endocardite – contaminação de válvulas artificias
Doença grave (taxa de mortalidade: 50%) • Infecções de cateter e derivações
• Infecções das articulações artificiais
No inicio apresenta sinais inespecíficos (semelhante a
• Infecções do trato urinário (S. saprophyticus)
resfriados) e depois ocorre piora do quadro com: febre
– calafrio – distúrbios do débito cardíaco – embolização Diagnóstico
séptica. Microscopia
Para que essa infecção ocorra o tecido endocárdico Não é recomendado a microscopia em:
precisa ter sofrido algum dano.
• Pus aspirado
Pneumonia empiema
• Sangue de pacientes com bacteremia
Aspiração de secreções • Pacientes com intoxicação alimentar
orais
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Cultura
Staphylococcus devem ser semeados em meios ricos:
Ágar-sangue
S. aureus é isolado no: Ágar manitol salgado.
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camada branco-amarelada
cobre a língua e
posteriormente uma “língua Observa-se sinais de
de morango”. inflamação local e
sistêmica.
As erupções desaparecem
em 5 a 7 dias e é seguida
por descamação da pele.
Fascite necrosante ou Gangrena estreptocócica
Piodermite (Impetigo)
Infecção que ocorre no tecido subcutâneo profundo e
Inicia-se quando a pele é dissemina-se ao longo dos planos faciais.
colonizada com S.
Caracterizada pela: destruição extensiva do músculo e
pyogenes após contato
do tecido adiposo.
direto com pessoas
infectadas ou fômites Inicialmente há uma
contaminados. celulite que forma
uma bolha, gangrena
Caso a pessoa tenha uma
e desenvolve
ruptura na pele, essa
sintomas sistêmicos
bactéria consegue invadir e é altamente contagiosa.
(toxicidade – falência
Sintomas: vesículas que progridem para pústulas e se de múltiplos órgãos –
rompem formando uma crosta. morte).
OBS: Os linfonodos regionais podem estar aumentados Tratamento: desbridamento cirúrgico + antibiótico.
e os sinais sistêmicos são incomuns.
Síndrome do choque tóxico estreptocócico
Erisipela
Inicialmente apresenta uma inflamação de tecido mole,
Infecção aguda da pele. dor e sintomas inespecíficos (febre – calafrios – mal
estar – náusea – vômitos – diarreia).
Sintomas: dor localizada – inflamação – aumento dos
linfonodos – sinais sistêmicos Doenças Estreptocócicas não-supurativas
(calafrio, febre, leucocitose).
Febre reumática
É precedida por
infecção no trato Se desenvolve após uma faringite
respiratório ou
na pele. Caracterizada por: alterações inflamatórias envolvendo o
coração – articulações – vasos sanguíneos – tecidos
Mais frequente na face e pernas e ocorre mais em subcutâneos.
crianças pequenas e idosos.
Pode gerar dano crônico e progressivo das válvulas
Celulite cardíacas.
36
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
O bebê adquire no nascimento, após atravessar o canal Habitam a microbiota e nem sempre causam doenças
de parto (crianças menores de 7 anos) (endocardites)
37
LETÍCIA TIMBÓ
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38
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Após 24 de incubação, as colônias em ágar-sangue são Enterococos são uma das causas mais frequentes de
grandes, podendo se apresentar sem hemólise, alfa- infecções hospitalares – sendo o trato urinário o sitio
hemolíticas ou beta-hemolíticas. mais comum.
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Diagnóstico laboratorial
• Microscopia
• Meios de cultura não seletivos
(ágar sangue e chocolate)
• Teste da Catalase
• Teste de sensibilidade a optoquina (antibiótico) –
diferencia dos Sp. pneumoniae que são sensíveis à
optoquina.
Prevenção e Controle
Tratamento
• Linezolida
• Daptomicina
• Tigeciclina
• Quinupristin/Dalfopristin
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Família: Neisseriaceae
Formado por 28 espécies (10 são encontradas em
Pili
humanos e 2 são estritamente patogênicas)
Neisseria Causadora da IST Estrutura de adesão – transferência de material
gonorrhoeae Gonorreia genético – mobilidade.
Pode colonizar a
nasofaringe de pessoas Composto por: proteínas Pirinas
Neisseria meningitidis saudáveis, mas também (composição de aminoácidos variáveis e essa variação
pode gerar meningite ou pode ocorrer numa mesma infecção)
meningite meningocócica
O pili contribui para adesão a células epiteliais não
Características gerais ciliares (1º passo para causar doença.) e evita a morte
por neutrófilos, ou seja, por meio da Fagocitose.
• Bactérias Gram-negativas
• Aeróbias (precisam de O²) Pili sexual – específico para o processo de conjugação
• Formato de cocos e dispostos em pares (ocorre a transferência de material genético).
(Diplococos)
• Oxidase e Catalase positivos IgA¹ protease
• Imóveis e NÃO formadoras de esporos
Imunoglobulina A é a responsável pela
• Oxidam carboidratos (Gonococos – metaboliza
imunidade das mucosas.
glicose e Meningococos – metaboliza glicose e
maltose) As espécies de Neisserie tem a capacidade de causar
• Susceptíveis a pequena variação de doenças aderindo-se as mucosas por meio da –
temperatura (35ºC – 37ºC) enzima IgA1 protease
Fragmentos liberados da parede celular de uma O local primário da infecção é o – cérvix (colo uterino)
bactéria em multiplicação.
Pacientes sintomáticas apresentam:
Esses Blebs podem dispersar-se no ambiente corrimento vaginal, disúria e dor abdominal.
localmente ou disseminar-se para locais distantes,
causando – reações sistêmicas de ação do Sistema 10% a 20% das mulheres sintomáticas apresentam
imunológico. complicações: Salpingites (inflamação dos ovários) –
Abscessos tubo-ovarianos – Doenças inflamatórias
Beta lactamases pélvicas.
Característica apenas dos Gonococos. OBS: Essas complicações podem gerar infertilidade.
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Atualmente já Tratamento
existem protocolos
de profilaxia com Possuem resistência à
antibióticos passados Penicilina – Tetraciclina – Ciprofloxacina.
na conjuntiva do
bebê para evitar essa Recomenda-se: Ceftriaxona associado a Azitromicina ou
infecção. Doxiclina.
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
45
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
de CO²
(Corante verde malaquita)
Doenças Clínicas Identificação da cápsula por
meio de – tinta da China
Antraz cutâneo ou Imunofluorescência
direta
Inicia com desenvolvimento Ágar-sangue
de pápula → úlcera Grandes e não
circundada por vesículas Meios de pigmentadas – bordas
→ escara necrótica cultura irregulares – não
hemolíticas – superfície
Podem ocorrer sinais seca rugosa
sistêmicos, linfadenopatia dolorosa e edema maciço.
Bacillus cereus
Antraz gastrintestinal
• Bactérias móveis
Se a bactéria invadir o TGI superior, através da ingestão
• Formadora de esporos
de carne contaminada – formam-se úlceras na boca e
esôfago, levando a linfadenopatia regional, edema e • Produzem exotoxinas termoestáveis e termolábeis
sepse. • Destroem o tecido por meio de – enzimas
citotóxicas (cereolisina e fosfolipase C)
Caso a infecção seja no ceco ou íleo o indivíduo • Patógenos oportunistas
apresenta – náusea, vômito e mal estar geral que
progride para doença sistêmica. Infecções se originam de – fonte ambiental
(solo contaminado)
Inalação de Antraz
Doenças clínicas
Sintomas inespecíficos:
1º estágio febre – mialgias – tosse
Gastrenterite
seca – mal estar geral
Sintomas graves: febre –
edema – aumento Ingestão de alimentos contaminados com saprófito do
2º estágio expressivo dos linfonodos solo Bacillus cereus
do mediastino –
insuficiência respiratória – Sintomas: diarreia – náuseas – vômitos
sepse
Causado por uma das 2 enterotoxinas:
Sintomas meníngeos são observados na metade dos Forma emética
pacientes com antraz e a maioria evolui para óbito (doença com vômito)
(caso não sejam tratados imediatamente). Arroz contaminado
Enterotoxina Ocorre a ingestão da
Diagnostico Laboratorial termoestável enterotoxina e NÃO da
bactéria
Infecção caracterizada pela presença de grande Sintomas: vômitos –
náusea – cólicas abdominais
número de microrganismos nas férias, nódulos linfáticos
Forma diarreica
e sangue. (doença diarreica)
Bacilos Gram-positivos Enterotoxina Carne, vegetais ou molhos
longos e finos termolábil contaminados
Esporos NÃO são Ocorre multiplicação do
observados em materiais bacilo no TGI e liberação
Microscopia
clínicos – apenas em da enterotoxina
cultivo com baixa tensão
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Sintomas: diarreia –
náuseas – cólicas Exotoxina A-B
abdominais
Possui 3 regiões funcionais:
Infecções oculares
Região de ligação com Localizadas na
Ocorrem após lesão traumática, por intermédio de um o receptor Subunidade B
objeto contaminado com solo que penetra nos olhos. Região de translocação
Região Localizada na
Toxina necrótica Enterotoxina termolábil catalítica Subunidade A
Cereolisina Potente hemolisina
Fosfolipase C Potente lecitínase O receptor para a toxina é o – fator de
crescimento epidérmico ligante de heparina.
Diagnóstico Laboratorial (presente especialmente nas células cardíacas
e nervosas) – explicando os sintomas
• Cultura de material clínico coletado de pacientes
neurológicos e cardíacos nos casos de difteria
• Cultivo de amostras do alimento suspeito
grave.
• Cultura de amostras obtidas de olhos infectados
• Análise por Coloração de Gram Após a ligação da toxina a célula hospedeira –
a região de translocação é inserida na
Corynebacterium diphtheriae membrana endossômica, facilitando a
internalização da região catalítica
• Bacilo pleomórfico
(subunidade A) para o citosol.
• Aeróbicos e anaeróbicos facultativos
• Catalase positivas Subunidade A – bloqueia a síntese de
• Patógenos oportunistas proteína da célula hospedeira pela inativação
• Através da coloração de Gram – do fator de alongamento-2 (EF-2)
cora-se irregularmente (Claviformes)
• Agente causador da – difteria A síntese da toxina é regulada pelo –
repressor da toxina diftérica (DTxR)
Difteria é transmitida de pessoa-pessoa através da
inalação de gotículas de secreção respiratória ou
contato com a pele.
Doenças Clínicas
O humano é o único reservatório para esse
microrganismo Difteria respiratória
OBS: Os indivíduos imunizados que se tornam O microrganismo multiplica-se nas células epiteliais da
assintomáticos de C. diphtheriae na orofaringe ou pele faringe ou superficiais adjacentes.
são os responsáveis pela manutenção do patógeno na
população. Inicialmente causa danos
localizados – resultado da
Subdividido em 4 biotipos: belfanti – gravis – atividade de exotoxina.
intermedius – mídis (mais associado a doenças)
Sintomas: mal estar – dor de
Fatores de virulência garganta – faringite
exsudativa – febre baixa
• Toxina diftérica (Principal)
• Exotoxina A-B Exsudato evolui para → Espessa pseudomembrana
composta por bactérias, linfócitos, células plasmáticas,
fibrina e células mortas.
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Sintomas: pápula que evolui OBS: Esporos são resistentes à agentes químicos e
para úlcera crônica fervura, mas são destruídos por autoclave a 121ºC por
(NÃO cicatriza) 15min.
48
O bloqueio da transmissão pré-sinaptica de
sinais inibitórios induz a paralisia espástica.
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Desenvolve-se a partir
da produção de toxina
em feridas
contaminadas
Sintomas idênticos ao
botulismo alimentar
50
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Adesinas
Flagelos Medeiam a
Pilis Motilidade
Possui Lipídio A –
Lipopolissacarídeo (LPS) responsável pela
endotoxina (estimula a
Pseudomonas aeruginosas resposta imunológica)
Forma a cápsula (protege
• Bastonetes Gram-negativos Alginato contra fagocitose e
• Formam pares antibióticos)
• Aeróbios obrigatórios (presença de O²)
Toxina (Exotoxina A – ETA)
• Capsula polissacarídica mucoide
OBS: Principal fator de virulência
(facilita a formação de Biofilme) Interrompe a Síntese de
• Produzem pigmentos difusos Função proteínas das células
(gera a aparência característica de cada espécie) eucarióticas
• Oxidase positiva (presença de Citocromo-oxidase) Dermatonecrose nas
queimaduras e feridas
Danos corneanos nas
Gera infecções oculares
Citocromo-oxidase
Danos teciduais nas
• Presença de Citocromo C infecções pulmonares
crônicas
• Diferencia as Pseudomonas das
Enterobacteriacea.
Enzimas
Catalisa a produção de
superóxido e peróxido de
Pigmentos difusos hidrogênio
Piocianina Azul Piocianina Libera IL-8 que
Pioverdina Verde-amarelado aumentando a atração de
Piorrubina Vermelho-amarronzado neutrófilos – gerando
inflamação
Localizadas: no solo, matéria orgânica deteriorada, É um sideróforo
vegetação, água, reservatórios úmidos em ambiente Pioverdina (se liga ao ferro)
Regula a secreção dos
hospitalar (banheiros, arranjo de flores, pias). fatores de virulência
Causam infecções oportunistas Degrada elastina – gerando
danos ao parênquima
Comum em pacientes com: neutropenia, pulmonar e lesões
imunocomprometidos, com fibrose cística, queimaduras hemorrágicas (Ectima
Elastases (Las A e B) gangrenoso)
e que utilizam antibióticos de amplo espectro.
Degradam componentes
Fatores de virulência do complemento e inibe a
quimiotaxia e função dos
• Adesinas neutrófilos – gerando
• Toxinas disseminação e dano
tecidual.
• Enzimas Destrói tecidos
• Sistema de secreção tipo 3 Protease disseminando a bactéria e
(Canal que injeta toxina na célula hospedeira) alcalina interferindo na resposta
imune do hospedeiro
51
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
53
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Infecção
Inalação de aerossóis de H.
influenzae tipo B
• Doença pediátrica
Bactérias podem passar através das • Sintomas: febre e celulite
células epiteliais e endoteliais caracterizada pelo
desenvolvimento de
manchas azul-avermelhadas
nas bochechas ou áreas
Corrente sanguínea periorbitais
Artrite
55
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
2 a 4 semanas
Sintomas: Tosse repetitiva
com ruídos – vômitos –
leucocitose
Estágio Paraxístico Células epiteliais ciliadas são
expulsas do TR e a
remoção de muco é
prejudicada
Estágio mais GRAVE
3 a 4 semanas
Sintomas: Tosse paroxística
Estágio Convalescente reduzida – complicações
secundárias (pneumonia,
convulsões, encefalopatia).
Diagnostico Laboratorial
Coleta de amostras Aspiração da Nasofaringe
Teste de amplificação de Variedade de
Ácidos nucléicos (PCR) genes
Detecta anticorpos contra a
Teste de ELISA toxina pertussis,
hemaglutinina filamentosa,
pertactina e fímbria
Tratamento
Prevenção
• Vacinação
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Antibiograma
Interpretação de resultados
• Usado rotineiramente
• Fácil execução O antibiótico pode ser
• Baixo custo Sensibilidade usado na dose
• Flexibilidade na escolha de antibióticos recomendada
Permite a utilização do
• Padronização dos resultados (assertiva)
antibiótico, desde que, sua
• Reprodutibilidade nos resultados dose seja ajustada ou em
Sensibilidade intermediária
Método associação com outro
antibacteriano
1 Usa-se placa de petri contendo – ágar Milerinton O antibiótico não deve ser
2 Inocula-se a bactéria na superfície utilizado, pois não teria
3 Aplica-se antibiótico Resistência efeito sobre o agente e
gera risco de resistência.
Após 24 a 28h o
antibiótico difunde-se e
ao redor do disco
aparece uma zona de
inibição do crescimento
bacteriana – Halo de
inibição ou Zona de
inibição
Quando a placa NÃO
apresenta o halo de inibição, mesmo na presença de
antibiótico – significa que a bactéria é resistente ao
antibiótico.
OBS: É necessário manter a distância entre os discos de
antibióticos, para o halo de um não se
sobrepor a outro – quanto MAIOR o halo de inibição, mais
adequado é o antibiótico.
Quando realizar Antibiograma?
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
• Bacilos aeróbicos
• Imóveis
• Não formadoras de
esporos
• Sem capsula
• Forma curva ou reta
• Parede celular rica em lipídios (Ácido micólicos) –
resistente a detergentes, antibióticos,
antibacterianos comuns e à resposta imune do
Estrutura da parece celular das Micobactérias
hospedeiro.
A Membrana celular
• Crescimento lento B Peptideoglicano
(tempo de incubação 1 mês ou mais) C Arabinogalactana
• DNA constituído de 61 a 71% de D Lipoarabinomanana coberta por Manose
Guanina e Citocina E Proteínas associadas à MP e PC
F Ácido micólicos
São fracamente Gram-positivos e BAAR (Bacilo ácido G Mól. de Glicolipídios de superfície associadas aos
resistente) – quando são submetidos a técnicas de Ácido micólicos
coloração, o corante é introduzido no Citoplasma, mas
não consegue ser descorado utilizando um Ao contrario da maioria das bactérias fagocitadas –
álcool-ácido fraco. a M. tuberculosis evita fusão do fagossoma com o
lisossoma.
São acidorresistentes – pois uma vez corados, não
podem ser descorados com soluções ácidas. Mas, o Fagossoma é capaz de se fundir com outras
vesículas intracelulares, permitindo – acesso a nutrientes
Exemplos: M. tuberculosis e leprae. e facilitando a replicação dentro do vacúolo.
Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de koch A bactéria fagocitada também é capaz de evadir a
morte no Macrófago através da – catabolização de
Patógeno intracelular capaz de estabelecer infecções
oxidantes formados.
que duram a vida toda.
Em resposta à infecção por M. tuberculosos – os
A bactéria entra pelas vias aéreas
respiratórias e penetra nos Alvéolos - onde Macrófagos secretam IL-12 e fator de necrose tumoral-
são fagocitadas pelos Macrófagos alveolares gama (TNF-alfa).
Essas citocinas aumentam a inflamação por meio do
Particulas maiores ficam retidas na mucosa recrutamento de – Células T e NK (natural killer),
e acabam sendo elimiandas devido ao
movimento ciliar
induzindo a diferenciação das Células T em TH1
(células T auxiliadoras).
OBS: Pacientes com produção diminuída de IFN-gama e
Particulas menores acabam atingindo os TNF-alfa – possuem maior riscos de contrair
espaços alveolares
infecções graves por micobactérias.
58
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Granuloma Tuberculose
Surgem em resposta a Pode envolver qualquer
infecção por – M. órgão – mas, a maioria das
tuberculosis. infecções é restrita aos
Esse granuloma evita a Pulmões (principalmente em
posterior disseminação pacientes
da bactéria. imunocompetentes).
• Vigilância ativa
• Intervenção terapêutica e profilática
• Monitoramento cuidadoso dos casos
Mycobacterium leprae
Patógeno intracelular obrigatório encontrado no –
interior das células endoteliais dos vasos sanguíneos ou
em células.
Mais forte
NÃO é possível pegar Hanseníase:
Lesões de pele
• Relações sexuais desconfigurastes – nódulos
– placas – espessamento
• Beijando e abraçando
da derme e envolvimento
• Alimentos da mucosa nasal.
• Utensílios domésticos
Forma Lepromatose
• Roupas
• Piscina
• Leite materno
• Sangue
• Banco de ônibus
60
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Injeção intradérmica de
lepromina para gerar uma
Teste de Lepromina reação tardia (reação de
(Reação de Mitsuda) Mitsuda) – caso apareça
pápula ou nódulo, o
paciente está com
Hanseníase
62
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Doenças clínicas OBS: Inclui a palma das mãos e planta dos pés.
Ocorre nas dobras úmidas
Sífilis Condiloma plano da pele, na boca ou outras
mucosas
Altamente infecciosas
Desaparece
Exantema cutâneo espontaneamente e o
paciente entra na fase
latente ou inativa da doença
3º estágio (Tardio)
Inicia com uma pápula que sofre erosão → desenvolve Sífilis congênita
uma úlcera indolor com bordas elevadas
Doença fetal grave
(cicatriza após 2 meses)
Transmissão: ocorre a qualquer
Pode gerar Linfodenopatia (próximo a lesão)
momento da gravidez
2º estágio
Resulta em:
Característica:
• Malformações em múltiplos
lesões cutâneas
órgãos
por toda a
• Morte do feto
superfície do
corpo Nos sobreviventes NÃO tratados –
causa malformação de dentes e
Paciente inicia com quadro de:
ossos + cegueira + surdez + sífilis
cardiovascular.
Síndrome gripal
Diagnóstico
Microscopia Campo escuro
Imunofluorescência direta
Linfadenopatia
64
Exantema mucocutâneo
generalizado
(macular, papular ou pustuloso)
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Tratamento
Prevenção
Controle
65
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Família Leptospira
Família Lepitospiraceae Eliminam a bactéria pela
Spirochaetales Família Treponema urina – contaminando rios,
Spirochaetaceae Borrelia Reservatórios córregos, solos.
Roedores e outros
Características mamíferos
Se infectam com água ou
• Espiroquetas espiraladas e delgadas Acidentais solo contaminado
• Aeróbios estritos (vive apenas na presença de O²) Cães e seres humanos
• Temperatura de crescimento – 28 e 30ºC Doença clínica
• Motilidade: 2 flagelos periplasmáticos
• Cresce em meios específicos Leptospirose
Patogênese Período de incubação: 1 a 2 semanas
Penetra na pele ou membrana 1ª fase
mucosa intacta através de
pequenos cortes ou abrasões
cutâneas Inicia com sintomas semelhantes a
gripe + febre + mialgia.
Diagnóstico laboratorial
Microscopia NÃO é eficiente
Cultura Meios específicos
Cultura demorada
PCR Mais sensível que a cultura,
mas NÃO disponível
Teste de aglutinação
Teste microscópica (MAT) –
sorológico detecta anticorpos de
leptospira
Tratamento
Penicilina ou Doxiciclina
Prevenção
Controle
• Controle de roedores
• Vacinação de animais
67
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
A ciliostase interfere na limpeza das vias respiratórias NÃO útil – organismos não
Microscopia tem parede celular, não se
superiores, facilitando o espalhamento de bactérias para corando
as vias inferiores e provocando a tosse. NÃO recomendando –
Detecção de antígeno baixa sensibilidade e
especificidade
68
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Sorologia
Fixação do Sensibilidade e
complemento especificidade baixa
Imunoensaios enzimáticos Teste contra a Adesina P1
Criaglutininas NÃO recomendado – por
ser insensível e inespecífico
Tratamento
M. pneumoniae Eritromicina – Tetraciclina –
Fluoroquinolonas
Cepas resistentes Clindomicina
Controle
M. pneumoniae Isolamento de pessoas
infectadas
M. hominis – M. genitalium, Evitar atividade sexual sem
M. ureaplasma uso de preservativo
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Família Chlamydia
Chlamydiaceae Chlamydophila
Características
Propriedades bacterianas
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
72
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Lipopolissacarídeo (LPS)
Principal antígeno da parede celular.
Maior e mais heterogêneo grupo de Composto por 3 componentes:
Bacilos Gram-negativos.
Mais externo
• Microrganismos Ubiquitários Polissacarídeo Classificação epidemiológica
(encontrados em diversos ambientes) O somático das cepas dentro da
• NÃO formam esporos espécie
• Compartilham antígeno comum – Comum em todas as
Polissacarídeo Enterobactérias – classifica
Lipopolissacarídeo (LPS) o microrganismo como
central
• Algumas cepas possuem cápsula (Ex: Klebsiella) – Enterobactéria
importante fator de virulência Atividade endotóxica
• Algumas possuem camada limosa ou glicocálice Lipídio A (gera a resposta
imunológica)
• Anaeróbios facultativos
• Catalase-positivos Classificação epidemiológica (sorológica)
• Oxidase-negativos
• São móveis (Exceto: Klebsiella, Shigela e Yersina). Polisscarídeo Antígeno Proteínas
O somático capsular K flagelares H
Flagelos Distribuídos uniformemente (+ 150 tipos) (+ 100 tipos) (+ 50 tipos)
na superfície (Peritríquios)
Fímbrias comuns –
apêndices de aderência Patogênese
Fimbrias ou pili Pili sexual – facilitam a
(Fatores de virulência)
transferência genética
entre bactérias
Endotoxina
Fermentam lactose – usado para diferenciar cepas que
fermentam lactose (Escherichia e Klebsiella) das que A atividade dessa toxina depende do Lipídio A
não fermentam (Salmonella e Shigella).
A endotoxina que inicia as manifestações sistêmicas,
Resistentes a sais biliares – usado para distinguir ativando o Sistema complemento e causando:
patógenos entéricos (Shigella e Salmonella) de
microrganismos comensais (Gram – e + do TGI) • Liberação de citocinas
• Leucocitose
Crescem em meios seletivos (ágar MacConkey) e • Trombocitopenia
não seletivos (ágar sangue) • Coagulação intravascular disseminada
Associadas as doenças Salmonella • Febre
humanas Shigella • Redução da circulação periférica
Yersinia pestis • Choque e morte
Escherichia coli
Comensais Klebsiella pneumoniae Cápsula
Proteus mirabilis
Protege a bactéria da fagocitose e interfere na ligação
dos anticorpos à bactéria, dificultando a Opsonização
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
As bactérias atravessam as células que revestem o Com o rearranjo dos filamentos de actina na célula
intestino e são engolfadas por Macrófagos – elas hospedeira, as bactérias são impulsionadas do
multiplicam-se depois de transportadas para o fígado, Citoplasma, ocorre a passagem de uma célula para
baço e medula óssea. outra, esse processo desestabiliza a integridades da
parede intestinal e permite que a bactéria alcance as
10 a 14 dias após a ingestão da bactéria – surge febre células epiteliais mais profundas.
com dores de cabeça, mialgia, mal-estar, anorexia e
sintomas GI. Ocorre a liberação de IL-1Beta resultando na atração de
leucócitos.
Quando a bactéria se dissemina pode haver colonização
na Vesícula biliar e reinfecção dos intestinos. Doenças clínicas
Shigella Shigelose
• Os humanos são o único reservatório É uma doença pediátrica que afeta crianças menores
• Causa doenças invadindo e multiplicando-se nas de 10 anos, mas pode afetar adultos (homossexuais do
células que revestem o cólon. sexo masculino e em contato doméstico de crianças
infectadas)
Patogenia
Os surtos ocorrem em creches e instituições de
As espécies Shigella são incapazes de se ligar as células custódia
da mucosa, em vez disso elas aderem e invadem as
células M localizadas na placa de Peyer. O 1º sinal da infecção é mediado por uma –
Enterotoxina.
O Sistema secretório tipo 3 secreta 4 proteínas
- Dores abdominais
(IpaA, IpaB, IpaC e IpaD) – que induzem ondulações da
Sintomas - Diarreia
membrana das células-alvo, levando ao engolfamento da - Febre
bactéria. - Fezes sanguinolentas
Cólica abdominal baixa +
Característica importante tenesmo com pus e
sangue
Shigella dysenteriae Transmissão Pessoa a pessoa por via
oro-fecal
Diagnóstico Laboratorial
Produzem a exotoxina - Toxina Shiga Cultura
Meios não seletivos – Espécimes de material
Ágar sangue estéril
Fluido espinal
Cliva o RNAr 28S na subunidade ribossômica Meios seletivos – Espécimes de material
60S - impedindo a ligação do aminoacil- Ágar MacConkey contaminado
RNAt e bloqueando a síntese de proteina Escarro e fezes
Usado na triagem de
bactérias Gram-negativas
Causa dano a célula epitelial do intestino e
as células do endotélio gromerular - levando
a falência renal
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
sorbitol-negativas em
material fecal
Ágar MacConkey sorbitol Diagnostica gastroenterite
causado por E. coli
produtora de toxina Shiga
Identificação química
- Sequenciamento dos genes espécie-específicos
(gene RNAr 16S)
- Detecção de perfis de proteínas características
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APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
É a 2ª causa de mortalidade
no Brasil
(Taxa de mortalidade: 50%)
• Aumenta a mortalidade
nos extremos de idade
• Aumenta a mortalidade nos extremos de idade (especialmente entre
(crianças e idosos) idosos acima de 70 anos)
• Aumenta o tempo de internação e em pacientes com
• É a principal causa de – Sepse por Gram negativas comorbidades. (diabetes mellitus – asma – DPOC –
quadros neurológicos – doenças reumatológicas)
Esse tipo de infecção está relacionado com – • Aumenta o tempo de internação
utilização de cateter vesical. • Pode ser causada por fatores modificáveis e NÃO
Mecanismo: ao inserir o cateter no paciente, inicia-se modificáveis
um processo de colonização em torno da superfície Fatores não modificáveis São fatoreis estáveis
deste, formando um “túnel de bactérias” – que quando Fatores modificáveis São fatores instáveis
proliferam bastante geram a infecção propriamente dita.
83
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Tipos de PNMH
PNMH Sem necessidade de
ventilação mecânica
PAV Necessita de ventilação
mecânica
Traqueobronquite Infecção bacteriana na
traqueia
Paciente estava em casas
Pneumonia institucionalizada geriátricas, asilos ou fazia
algum tipo de tratamento Colonização do cateter
em “home care”. Ágar sangue –
Crescimento de 15 ou + UFCs em
cultura semiquantitativa 48hrs
É necessário saber o tipo de infecção, para assim
Crescimento de 1000 ou + UFCs em Ágar sangue –
realizar um tratamento individualizado. cultura quantitativa 5 dias
Pseudomonas aeruginosa Sintomas Assintomático
Agentes mais frequentes MRSA (Staphylococcus Hemocultura Negativa
aureus metilcilinorresistente)
Infecção no ponto de inserção ou óstio do cateter
Medidas de prevenção
• Eritema
• Higienização das mãos • Hipersensibilidade
• Manter angulação da cabeceira do leito em 30º a • Área endurecida ou purulenta em uma extensão
45º graus menor que 2cm da pele em torno do cateter
• Adequar o nível ou realizar stop de sedação
• Aspiração endotraqueal Infecção do túnel subcutâneo
• Realizar higiene oral com antissépticos
• Eritema
• Realizar troca e datar o circuito do ventilador
• Enduração
• Monitorar a pressão do cuff do tubo
• Aumento da sensibilidade nos tecidos subjacentes
(entre 20 a 30cm H²O)
ao cateter e a mais de 2cm do orifício de saída do
• Evitar reintubação do paciente
cateter tunelizado.
• Febre
• Calafrios
• Hipotensão
Staphylococcus aureus
Staphylococcus coagulase
Agentes mais frequentes negativo
Bacilos Gram negativos
Candida spp.
Jugular
anterior
Jugular
posterior
Femoral
85
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
86
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
aos métodos imunológicos, sendo está a única forma PCR em tempo real
comercial disponível para localizar o papilomavírus.
Usada para quantificar amostras de DNA ou RNA – após
Existem outras técnicas de hibridização: ser convertido em DNA pela transcriptase reversa.
Sequencias específicas de A produção do DNA de dupla-fita é medida pelo –
Ácido nucleico extraídas da aumento da fluorescência de uma molécula ligada ao
amostra clínica podem ser DNA de dupla-fita.
detectadas pela aplicação
Dot blot de um volume do extrato Útil para quantificar o
em um filtro de número de genomas do
nitrocelulose, seguida pela vírus da imunodeficiência
adição de uma sonda de Aplicação clínica humana (HIV) presente no
DNA viral específico sangue do paciente
marcado Avalia o curso da doença e
Fragmentos de DNA a eficácia do fármaco
separados por eletroforese antiviral
Southern blot são transferidos para um
filtro de nitrocelulose e Sequenciamento do DNA
identifica-se uma sonda
genética específica Objetivo: determina sequencias microbianas para
Moléculas de RNA identificação de micróbios
separadas por eletroforese
Northern blot e transferidas para um filtro Sequenciamento da
de nitrocelulose detectadas subunidade ribossomal 16S
de forma similar para identificar bactérias
Aplicação clínica específicas
Reação em cadeia da Polimerase (PCR) Sequenciamento de vírus
para identificar e distinguir
Uma amostra é incubada com um par de oligômeros de cepas diferentes
DNA – os primers (Ex: cepas de Influenza)
Zona de equivalência – ocorre quando os anticorpos e separar o anticorpo específico de outros anticorpos
formam uma rede com os antígenos que precipita. no soro do paciente.
89
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Exemplo: Frascos de
Fases do ciclo diagnóstico coleta com boca larga e
(Regulamento RDC 302/2005) tampa de rosca para
coleta de amostras de
Solicitação médica do
fezes, urina e escarro.
exame
Fase Pré-analítica Atendimento ao paciente
Coleta de amostras
Transporte
(60% - 70%)
Armazenamento e
transporte das amostras Meios de transporte precisam ser inertes, ou seja,
Fase Analítica Realização dos testes devem preservar a viabilidade dos microrganismos nas
(20% - 30%) Interpretação dos amostras, mas não permitir a proliferação –
resultados dos testes apenas conservam.
Fase Pós-analítica Interpretação e emissão de
(10%) resultados (laudo) Esses meios possuem ágar semissólido – que auxilia a
preservação contra a dessecação dos microrganismos.
Material clínico
OBS: NÃO há fontes de carbono nem de energia nos
A semeadura primária adequada é uma das mais meios de transporte, impossibilitando a multiplicação
importantes e fundamenteis etapas dos exames bacteriana.
Materiais mais solicitados são: Urina – Fezes – Escarro Exsudatos frescos ou
– Secreções em geral – Lavado brônquico – Liquor – amostras líquidas
Esperma – Fragmentos de tecido – Biópsias – Líquidos Procedimento válido para
orgânicos. Seringas amostras enviadas para
análise imediatamente após
a coleta
Fase Pré-analítica Ex: Liquor
De boca larga com
Coleta fechamento eficiente
Frascos contra vazamento e
Os materiais devem ser coletados e enviados aos contaminação de material
laboratórios em meios de transporte ou frascos Ex: Fezes – Urina - Escarro
adequados para cada tipo. Algodão estéril com fibras
Rayon ou Dracon que não
pode ficar seco ou com
• Realizada no local real da infecção
Swab alginato de cálcio
• Obtenção de uma quantidade suficiente de Após ser coletado é
amostra colocado na solução salina
• Utilização de dispositivos apropriados para a em um dos meios: Amies
coleta do material – Stuart – Clairy Blair
• Obtenção de cultura antes da administração de
OBS: A diferença de um meio de transporte para um
antibióticos
meio de cultivo – é que o meio de transporte mantém
• Identificação do material os microrganismos da amostra vivos, mediante uma
90
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Fase feita pela equipe do laboratório, ocorre: Meios de cultura para transporte e conservação
• Ágar Nutriente
• Seleção de meios de cultura primários
• Salina tamponada
• Transferência e cultura das amostras clínicas • Clairy Blair
• Interpretação das culturas e análise dos • Meio Stuart
resultados • Água peptonada
Meios de cultura
Uso de corantes biológicos
Meios destinados para a reprodução, isolamento e
análise dos microrganismos de interesse médico. Coloração de Principal usado na
Gram Bacteriologia
• Hidrolisados de proteínas: fonte de C e N Coloração ácido resistente Usado para Microbactérias
• Carboidratos Coloração fluorescente Microscópio de
(UV) fluorocromos (Ag/Ac)
• Tampões
Laranja de acridina -
• Enriquecimento (Ex: ágar sangue).
Azul de Biópsia de pulmão e
• Inibidores (Ex: antibióticos) Toluidina secreções respiratórias
• Indicadores de pH
• Ágar (agente solidificante) Fase Pós-Analítica
• Substratos para ação enzimática
• Emissão de laudos
Permitem que cresçam
tudo que está na amostra • Repetição da coleta – caso a análise seja
Meios de cultura não - Ágar Chocolate inconclusiva
seletivos - Ágar Sangue • Orientação de novas técnicas
- Ágar Cled
- Ágar Mueller-Hilton O sucesso do diagnóstico depende:
91
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Modelo 2
Ágar Manitol
Tipo Seletivo e diferencial
Seleciona Staphylococcus
Propósito Diferencia Staphylococcus
aureus dos outros
Staphylococcus
Amarelo – Staphylococcus
Interpretação aureus
Branco – Outros
Staphylococcus
Modelo 3
Interpretação do crescimento
92
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
OBS: A deficiência de
eletrólitos inibe o véu de
cepas de Proteus.
Interpretação do crescimento
93
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Estrutura viral
• Agentes infecciosos muito pequenos (filtráveis)
– identificados apenas por Vírion
Microscópio eletrônico
• Parasitas intracelulares obrigatórios – só se • Partícula viral completa e infecciosa
desenvolvem dentro das células. • Possui um único ácido nucleico
• Cada tipo de vírus tem uma estrutura diferente • Pode apresentar diferenças estruturais que
determinam sua classificação viral
Organização estrutural
Ácido nucleico
Possui um único tipo de DNA ou RNA
ácido nucleico
Ligam-se ao receptor das
• DNA ou RNA (nunca ambos)
Espículas ou Peplômeros células transferindo ácido • Fita simples ou dupla
nucleico viral para elas • Linear, circular ou segmentado
Capsídeo Invólucro proteico que
envolve o ácido nucleico Capsídeo
Multiplicam-se no interior de Utilizam a maquinaria de
células vivas síntese celular Envoltório proteico que protege o vírus. – formado por
Enzimas próprias para o Poucas ou nenhuma Capsômeros.
metabolismo
Envelope
Espectro de hospedeiros
• Recobre o Capsídeo
Consiste na variedade de células hospedeiras que o
• Formado por: lipídeos + proteínas +
vírus pode infectar (invertebrados – vertebrados –
carboidratos
plantas – protistas – fungos – bactérias).
• Podem ou não apresentar Espículas
OBS: A maioria é capaz de infectar tipos específicos de (se não tiver envelope, NÃO tem espículas)
células de uma única espécie de hospedeiro –
Função do envelope: identificação do vírus e está
NÃO necessariamente um vírus que causa HIV no
envolvido na capacidade de agregar eritrócitos
humano vai causar em camundongos.
(vírus da gripe)
Bacteriófagos ou Fagos – são vírus que infectam
Espículas – complexos carboidrato-proteínas que se
bactérias.
projeta da superfície do envelope viral e pode ser:
Essa capacidade de infecção é determinada pela: H espícula Liga-se ao receptor da
célula
→Exigência viral quanto à sua ligação especifica à N espícula Coloca o vírus para dentro
célula hospedeira (características que tornam o vírus da célula
viável para que ele possa infectar o hospedeiro)
Classificação dos Vírus
94
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Vírus helicoidal (SEM envelope) OBS: Os bacteriófagos geram destruição das bactérias
infectadas pelo vírus.
Semelhante a longos bastonetes rígidos ou flexíveis
Cultivo de vírus animais em laboratório
Ácido nucleico encontrado no interior de um Capsídeo
oco e cilíndrico com estrutura helicoidal Animais vivos:
Ex: Vírus que causam raiva e febre hemorrágica. Alguns vírus humanos não se multiplicam em animais
ou se multiplicam, mas não causam doenças
Vírus poliédrico (SEM envelope)
Ovos embrionados
Capsídeo com forma de um icosaedro
Um furo é feito na casca do ovo embrionado, e uma
Ex: Adenovírus (conjuntivite) e Polivírus (poliomielite)
suspensão viral ou de tecido com suspeita de
Vírus envelopado contaminação viral é injetada no fluido presente no
interior do ovo.
Capsídeo com envelope (+ proteção)
A multiplicação viral se manifesta por:
Ex: Vírus da Influenza e do herpes.
• Morte do embrião
OBS: Esse envelope faz com que o vírus sofra • Danos as células embrionárias
mutações com maior facilidade – gerando resistência. • Formação de lesões típicas nas membranas
Multiplicação viral
Isolamento, cultivo e identificação
Fatores necessários para a multiplicação viral:
Cultivo de bacteriófagos em laboratório
• Invasão de uma célula hospedeira
A maioria dos estudos provém dos bacteriófagos, pois
• Assumir o comando da maquinaria metabólica
multiplicam-se facilmente em culturas bacterianas.
95
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Ciclo lisogênico Célula hospedeira Esse DNA do fago inserido chama-se – Profago
permanece viva
OBS: Sempre que a maquinaria celular replicar o
Ciclo lítico cromossomo bacteriano, o DNA do Profago será
replicado.
Exemplo: Bacteriófagos T-pares em E.. coli.
Ancoragem do Consequências da Lisogenia
1º - Adsorção bacteriófago nas bactérias
através da ligação de um • As células lisogênicas são imunes à reinfecção
sítio de adsorção no vírus pelo mesmo fago
Injetam seu DNA nas • Conversão fágica, isto é, a célula hospedeira
bactérias
pode exibir novas propriedades.
Lisozima destrói uma
2º - Penetração porção da parece celular • Torna possível a transdução especializada –
bacteriana. genes bacterianos podem ser empacotados
DNA do bacteriófago em um capsídeo fágico e transferidos para
penetra na bactéria e o outra bactéria pelo processo de – Transdução
Capsídeo permanece fora generalizada.
3º - Biossíntese Formação de DNA, RNA ou
proteínas virais
Período onde os vírions Multiplicação de Vírus animais
Período de Eclipse completos e infectivoa
ainda não está formado Endocitose Englobamento de partículas
sólidas
4º - Maturação Vírions completos
formados Pinocitose Englobamento de partículas
Vírions são liberados da líquidas
célula hospedeira
Lisozima – quebra a Vírus envelopados podem penetrar por – Fusão –
5º- Liberação parede da bactéria onde o envelope viral se funde á membrana
liberando o vírion plasmáticas e libre o Capsídeo no citoplasma da célula.
Bacteriófagos liberados
infectam células vizinhas e O Desnudamento é a remoção enzimática das
geram morte proteínas do Capsídeo (NÃO ocorre no Bacteriófago)
96
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Vírus X Câncer
Vírus Oncogênicos – são vírus capazes de
induzir tumores em animais.
Se caracterizam pelo seu material genéticos ser
integrado ao DNA da célula hospedeira, e replicar-
se junto com os cromossomos celulares.
Papilomavírus humano
Vírus de DNA oncogênico (HPV)
Vírus Espteins-barr (EB)
Vírus da hepatite B
Vírus de RNA Vírus da leucemia de
oncogênico células T humanas
97
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Replicação
A replicação é iniciada
pela Proteína L1 do
HPV – que se liga às
Integrinas na superfície
Papilomavírus celular.
Patogênese
Epidemiologia
O HPV pode ser classificado em: O vírus é adquirido pelo contato direto, através de:
98
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
OBS: O HPV está presentem em 99,7% dos casos de São pedunculados com
câncer cervical. uma haste fibrovascular e
Aparência do sua superfície tem
Os fatores de risco para a infecção e a progressão para tumor aparência áspera e papilar
câncer são: múltiplos parceiros sexuais, tabagismo, história São solitários e raramente
familiar de câncer cervical e imunossupressão. voltam após excisão
cirúrgica
Síndromes clínicas
Os papilomas de laringe são associados ao – HPV-6 e HPV-11
- Verruga plantar e são tumores epiteliais mais benignos da laringe.
- Verruga comum
Síndromes cutâneas - Verruga plana Verrugas Anogenitais:
- Epidermodisplasia
verruciforme Os condilomas acuminados
Tumores benignos de ocorrem sobre o epitélio
cabeça e pescoço: escamoso dos órgãos genitais
- Papiloma laríngeo
externos e regiões perianais
- Papiloma oral
Síndromes mucosas - Papiloma conjuntival
A maioria dos casos são causados
Verrugas Anogenitais:
por HPV-6 e HPV-11
- Condiloma acuminado
- Neoplasia intraepitelial
As lesões desse tipo são problemáticas, mas raramente se
cervical, câncer
tornam malignas em pessoas saudáveis
OBS: As verrugas comuns, plantares e planas são mais
comuns em crianças e adultos jovens – já os papilomas Displasia cervical e Neoplasia:
laríngeos ocorrem em crianças e adultos de meia-idade
O câncer cervical
Verrugas: desenvolve-se por meio
de alterações celulares
É uma proliferação contínuas e
benigna e autolimitada da progressivas
pele que regride com o 1. Neoplasia
tempo. intraepitelial
cervical (NIC 1)
Tipos mais comuns –
2. Neoplasia
HPV-1 e HPV-4 (infectam apenas superfícies queratinizadas,
moderadas (NIC 2)
comuns em mãos e pés).
3. Neoplasias graves ou carcinoma in situ
Infecção inicial Ocorre na infância ou no Essa sequência ocorre em um período de 1 a 4 anos.
início da adolescência
Período de incubação 3 a 4 meses Diagnóstico laboratorial
Abaulada, plana ou plantar
Aparência da verruga Depende do tipo de HPV e Aparência histológica –
do local infectado Verrugas hiperplasia das células
espinhosas e hiperceratose
Tumores benignos de cabeça e pescoço: (excesso de queratina)
Esfregaços de Papanicolau
Os papilomas orais são os ÚNICOS tumores epiteliais Infecções por papilomavírus e presença de células
benignos da cavidade oral epiteliais coilocitóticas
escamosas
Ocorrem em pessoas de qualquer faixa etária.
99
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Tratamento
Mecanismo de
Remoção por: disseminação do
- Crioterapia cirúrgica Adenovírus pelo
Verrugas - Eletrocauterização organismo →
- Substâncias químicas
- Cidofovir
Papilomas laríngeos Remoção cirúrgica
Controle
O vírus infecta as células mucoepiteliais
Vacinação da população
OBS: A disseminação para outros órgãos viscerais tem a
Prevenção maior probabilidade de ocorrem em paciente
• Sexo seguro imunocomprometidos.
• Evitar contato com objetos infectados
Epidemiologia
Adenovírus
São vírus estáveis no meio ambiente (resistentes à luz UV,
Família: Adenoviridae cloro, variações de temperatura e pH.) e no trato
gastrointestinal (resistentes a baixos pH, ácidos da bile e
Existem 100 sorotipos reconhecidos enzimas proteolíticas).
(apenas 52 infectam humanos)
A transmissão ocorre por:
Distúrbios mais comuns: infecção do trato respiratório –
faringoconjuntivite – cistite hemorrágica – gastrenterite. • Aerossóis
• Via fecal-oral
Estrutura • Fômites
• Piscinas inadequadamente cloradas
• Vírions icosadeltaedros NÃO envelopados
• Cada vértice possui uma base pentamérica e uma Síndromes clínicas
fibra – a fibra contém proteínas de fixação viral e age - Febre
como hemaglutinina - Febre faringoconjutival
• Material genético: DNA linear de dupla-fita Doenças respiratórias - Doença respiratória aguda
OBS: A base pentamérica e a fibra são – toxicas para as - Síndrome semelhante à
células e são portadoras de antígenos específicos para cada coqueluche
- Pneumonia
tipo de Adenovírus.
- Cistite hemorrágica aguda
- Ceratoconjuntivite
Patogênese
Outras doenças epidérmica
- Gastroenterite
Os Adenovírus são capazes de gerar infecções líticas,
- Hepatite
latentes e transformadoras. - Meningoencefalite
- Morte celular por lise
Infecções líticas - Comum em células OBS: infectam primariamente crianças e são menos comuns
mucoepitelias em adultos.
- Vírus permanece nas
Infecções latentes células hospedeira
100
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Febre faringoconjutival – ocorre em surtos em crianças mais NÃO existe tratamento aprovado para infecções por
velhas Adenovírus.
Faringite isolada – ocorre congestão nasal, tosse, coriza, mal- Controle e prevenção
estar, febre, calafrios, mialgia e cefaleia, envolvem crianças
• Lavagem das mãos
menores 3 anos
• Cloração de piscinas
Doença respiratória aguda: • Desinfecção ou esterilização de equipamentos
oftalmológicos
Sintomas: febre – coriza – tosse – faringite – conjuntivite • Uso de material descartável
Herpes vírus
Outras doenças do Trato respiratório:
Estrutura
Os sintomas são semelhantes a resfriado, laringite,
laringotraqueobronquite, bronquiolite e coqueluche. • Vírus grandes e envelopados
Servem para adesão, fusão
Conjuntivite e Ceratoconjuntivite: Envelope com glicoproteínas viral e escapar do controle
imunológico
A mucosa da conjuntiva palpebral • Material genético: DNA de dupla-fita
torna-se granulosa ou nodular e • Capsídeo icosadeltaédrico
as duas conjuntivas ficam • Apresenta tegumento – espaço entre o envelope e
inflamadas capsídeo
Patogênese
101
LETÍCIA TIMBÓ
Desencadeadores de recorrência APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
102
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Caracterizada por:
• Dor forte na área de
inervação, precede o
surgimento de lesões
semelhantes à
catapora.
• Exantema limitado a
um dermátomo
• Neuroglia pós-herpética (dor crônica)
Tratamento
Quando o vírus atinge o pulmão, ele gera: exantema Imunoglobina (VZIG) são
cutâneo vesiculopapular, febre e sintomas sistêmicos → a usadas como profilaxia para prevenir a disseminação virêmica
infecção torna-se latente na raiz dorsal ou em gânglios de que ocasiona a doença.
nervos cranianos.
Controle
Já na reativação o vírus vai replicar-se e é liberado ao longo
de toda a via neural → infectado a pele e gerando Vacinação da população
exantema vesicular no trajeto de todo o dermátomo.,
acarretando a Herpes-zóster. Vírus Epstein-barr
103
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Prevenção
Citomegalovírus
Replicação
104
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Infecções congênitas:
• Pneumonia
• Pneumonite
• Retinite
• Colite
• Esofagite
Diagnóstico
- Corpo de inclusão em
“olho de coruja”
Citologia e Histologia - Detecção de antígeno
- Hibridização por sonda de
DNA in situ
105
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Picornavírus
• Vírus pequenos
• Capsídeo icosaédrico NÃO envelopado Síndromes clínicas:
• RNA fita simples
São subdivididos em 9 gêneros: • Infecções do trato respiratório
vamos estudar Enterovírus e Rinovírus • Herpangina
• Doença de mãos-pés-boca
Enterovírus • Doença eruptiva
• Citolítico (gera lise celular = destruição de tecidos) • Febre
• Principal resposta imune: produção de anticorpos Poliovírus
• Porta de entrada: trato respiratório superior, • Causa: Poliomielite
orofaringe e trato intestinal
• Desenvolve-se na garganta ou no intestino
• Transmissão: rota fecal-oral
• Transmissão: via oral-oral e fecal-oral
Replicam-se no intestino, mas NÃO causam
doença entérica OBS: Quando se desenvolve no intestino, alcança a
corrente sanguínea e chega ao Sistema nervoso,
As doenças produzidas Diferenças no tropismo acarretando paralisia do músculo.
pelos Enterovírus são tecidual
determinadas por: Capacidade citolítica dos Gera infecções em pessoas NÃO vacinadas,
vírus
podendo causar:
Replicação viral Doença assintomática Limitada à orofaringe e
(mais comum) intestino
Doença febril inespecífica
Inicia na mucosa, tecido linfóide de Poliomielite abortiva ou Sintomas: febre – cefaleia
amígdalas e faringe
Doença menor – mal estar – dor de
garganta – vômito
Vírus afeta o SNC e
O vírus migra para a mucosa do intestino, Poliomielite não paralítica ou Meninges
onde replicam-se na Células M, linfócitos Meningite asséptica Sintomas: dor nas costas –
da placa de Peyer e enterócitos
espasmos musculares +
sintomas da Doença menor
Viremia primária - disseminação para o Pólio paralítica ou Vírus dissemina-se do
tecido alvo Doença maior sangue para a Medula
(células reticuloendoteliais de linfonodos, (mais grave) espinhal e Córtex motor do
baço e fígado)
cérebro
106
LETÍCIA TIMBÓ
Pólio paralítica APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Paralisia espinhal
Conjuntivite hemorrágica Causa: vírus
Vírus contamina o corno anterior da medula aguda Coxsackie 24
107
LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Paramixovírus
Tratamento Sarampo:
• RNA de fita simples no sentido negativo (5’-3’)
Vacina viva e atenuada Tetraviral
• Possui envelope com 2 Glicoproteínas: Previne que a pessoa
Promove fusão dos vírus à Imunoglobulina sérica imunossuprimida
Proteína de fusão membrana celular do desenvolva a doença grave
hospedeiro
Hemaglutinina- Vírus Parainfluenza tipos 1 a 4
Proteína viral de neuraminidase
ligação Hemaglutinina Infectam as células epiteliais do Trato respiratório
Glicoproteína G
superior e podem causar quadro de resfriado.
Vírus do Sarampo
Possui 4 tipos sorológicos: Tipos 1, 2 e 3 – são a 2ª
• Produz fusão celular: formando células gigantes causa de infecções graves do trato respiratório em
• Altamente contagioso bebês e crianças.
• A produção do vírus ocorre durante a –
OBS: A existência de múltiplos sorotipos torna a
Lise celular
reinfecção muito comum.
• Transmissão: pessoa-pessoa por gotículas
respiratórias Síndromes clínicas:
O vírus passa diretamente célula a célula e escapa da
ação dos Anticorpos • Coriza – faringite – bronquite – chiado – febre
• Bronquiolite e Pneumonia
OBS: O Sarampo ressurgiu no Brasil devido a entrada • Laringotraqueobronquite – gera edema subglótico
de turistas e imigrantes contendo o vírus e a baixa com obstrução da via respiratória, além de
cobertura vacinal. rouquidão, tosse de cachorro, taquipneia, taquicardia
e retração supraesternal.
Sarampo:
Tratamento:
Doença febril grave
Administração de nebulização com vapor
Sintomas iniciais: tosse – coriza – conjuntivite – quente ou frio.
fotofobia
Vírus da Caxumba
Após 2 dias surgem – manchas de koplik na mucosa
Causa: parotidite aguda e benigna (inflamação dolorosa
bucal, conjuntiva e vagina, além de exantema
das Glândulas salivares) e infecção lítica nas células.
maculopapular que inicia atrás das orelhas e se espalha
por todo o corpo. Inicia a infecção nas células epiteliais do Trato
respiratório superior (infectando a Glândula parótida) e
OBS: A febre apresenta-se mais alta no dia do
propaga-se pela viremia para os – testículos, ovário,
aparecimento das lesões.
pâncreas, tireoide e SNC.
Complicações do sarampo: Pneumonia (principal causa
OBS: Imunidade adquirida é vitalícia.
de morte) – Encefalite – Penencefalite escrerosante
subaguda (ocorre quando o vírus defeituoso persiste no Síndrome clínica:
cérebro afetando vários locais)
Na maioria dos casos é assintomático.
• Altamente contagioso
• Transmissão: aerossóis, mãos e fômites
• A bronquiolite é o quadro que preocupa – ocorre
bloqueio aéreo e redução da ventilação.
OBS: A imunidade natural não previne reinfecção.
Efeito patológico:
Retrovírus
• Vírus envelopados
(constituído por glicoproteínas – gp120 e gp41)
• Possui capsídeo (gp24)
• RNA fita simples (2 cópias)
• 10 a 50 cópias das enzimas Transcriptase reversa e Facilita a montagem e liberação
Integrase vpu do vírion, induz a degradação do
receptor CD4 na superfície
• 2 RNAs de transferência celular (RNAt) celular
Esses RNAts são usados como iniciador (primers) para a Transporta o DNAc para o
Transcriptase reversa. núcleo, bloqueia a multiplicação
vpr celular e permite a entrada e
OBS: A morfologia do capsídeo difere entre os vírus e pode replicação em Macrófagos.
ser usada para classificação dos Retrovírus.
Vírus da imunodeficiência humana (HIV)
Existem 3 genes que estão presentes em TODOS os
Retrovírus: Gag – Pol – Env Existem 4 genótipos de HIV-1, denominados de:
M–N–O–P
Composto por 3 subfamílias:
Vírus associado com câncer Essa classificação é baseada na sequência dos genes env e
Oncovirinae e transtornos neurológicos gag – que alteram a antigenicidade e o reconhecimento
HTLV-1, HTL-V2 e imune das proteínas gp120.
HTLV-5
Vírus lento que causa A maioria dos vírus de HIV-1 pertencem ao grupo M.
Lentivirinae transtornos neurológicos e
imunossupressão • HIV-1: semelhante ao HIV de chimpanzé
HIV-1 e HIV-2 • HIV-2: semelhante ao HIV de símia (macacos)
Spumavirinae Sem importância médica
Replicação – HIV
OBS: Oncovírus são os únicos que imortalizam ou
Inicia-se com a ligação das espículas das Glicoproteínas
transformam células-alvo.
virais gp120 ao:
Genes e suas funções 1.Receptor primário
gag Proteínas do núcleo e capsídeo (proteína CD4)
pol Polimerase – Transcriptase reversa – 2. Receptor secundário
Protease – integrase
env Envelope – Glicoproteína
(receptor de quimiocina – CCR5 ou CXCR4)
Regulação do processamento de RNA OBS: Na infecção inicial o CCR5 atua como receptor
rev e promoção da exportação para o secundário, já na infecção crônica ocorre uma mutação pelo
Citoplasma
Reduz a expressão do receptor CD4 gene env que faz com que a gp120 se ligue a um receptor
nef na superfície celular, facilita a ativação de quimiocina diferente CXCR4.
das Cél T e auxilia na progressão da
AIDS
Infectividade do vírus promove a
Essa ligação ao receptor de quimiocina – aproxima o
vif montagem do vírion e bloqueia envelope viral e a membrana celular, permitindo que a gp41
uma proteína antiviral celular interaja com as 2 membranas e gere fusão.
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Principal células infectadas pelo HIV: O principal marcador da saído do estágio 1 para o estágio 2
Cél. TCD4 e Cél mieloides ou 3 – é a contagem de células TCD4
A deterioração da resposta imune é indicada pelo – Uma infecção recente de HIV ou doença no estágio terminal
aumento da suscetibilidade a patógenos oportunistas. será caracterizada pela – presença de grande quantidade de
Os sintomas iniciam por conta da: RNA-viral em amostras de sangue, do antígeno viral p24 ou
da enzima transcriptase reversa.
• Redução do número de Cél. TCD4 para
menos 500 OBS: Pessoas infectadas por HIV possuem –
• Aumento do número de vírus e da proteína número de linfócitos TCD4 e a razão de linfócitos CD4/CD8
p24 no sangue anormalmente baixos.
AIDS ocorre – quando a contagem de células TCD4 é
Tratamento
menor que 200 e a carga viral é maior que
75 000 cópias/mL Droga Anti-HIV – terapia antirretroviral altamente ativa
(HAART)
Manifestações da AIDS:
Essas drogas inibem a ligação, fusão-penetração, integrasse
Acompanhados por perda de
ou protease e transcriptase reversa.
peso + mal-estar
Linfadenopatia e febre Podem incluir: infecções Prevenção
oportunistas, diarreia, sudorese
noturna e fadiga • Educação da população
Síndrome caquética • Triagem de sangue, de produtos sanguíneos e
órgãos
São benignas
• Controla da infecção
Infecções oportunistas Causadas por agentes (vírus,
fungos, parasitas e bactérias) Métodos de profilaxia: vacina sob ensaio clínico e
circuncisão masculina.
O tumor mais comum em
Neoplasias pacientes com AIDS é o –
sarcoma de Kaposi associado
com HHV8 (Câncer de pele)
Resulta de infecções
oportunistas ou infecções de
macrófagos e células da
Demência micróglia do cérebro pelo HIV
Ocorre lenta deterioração da
capacidade intelectual e
apresentam transtornos
neurológicos
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• Ácido em pH 1
Existem vários tipos de Vírus da Hepatite, • Detergentes
dentre ele: A – B – C – D – E – G • Água salgada
• Temperatura:
TODOS esses vírus possuem um órgão alvo –
o Fígado 4ºC durante semanas Vírus fica
56ºC durante 30min estável
As lesões no fígado podem ser causadas pelo próprio 61ºC durante 20min Inativação parcial do vírus
vírus ou pela resposta
imunológica.
Vírus é inativado em:
Sintomas básicos: a
Icterícia é o que • Tratamento da água potável com Cloro
caracteriza o quadro da • Formalina
doença. • Ácido peracético
• Beta-propiolactona
• Radiação UV
Diferenças dos vírus
• Picornavírus de RNA fita simples O vírus da Hepatite A entra no corpo mediante algum
• NÃO envelopado alimento ou água contaminada.
• Possui capsídeo icosaédrico Esse vírus segue
• Causa: Hepatite A ou Infecciosa para o Trato
No capsídeo tem-se Antígeno HAVA – que produz digestório e inicia sua
anticorpos no corpo do paciente, sendo o diagnostico replicação no Epitélio
feito pela identificação desses anticorpos da orofaringe ou do
intestino
O vírus da Hepatite A é bem resistente, vivendo em
posteriormente, vai
condições extremas:
para a Corrente
sanguínea e alcança
113
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São infecções produtivas NÃO aparentes • Evitar consumo de água e alimentos contaminados
(sintomas são bem leves) e de fonte comum. (Frutos do mar)
• Lavar bem as mãos
OBS: O vírus é disseminado nas fezes em torno de 14 • Tratar a água potável com Cloro
dias antes do início dos sintomas e antes que os
sintomas desapareçam ocorre a interrupção da Profilaxia: Globulina sérica imune – possui eficácia de 80-
disseminação do vírus pelas fezes. 90% na prevenção da doença
Transmissão Via fecal-oral
Controle
Água e alimentos
Disseminação contaminados A vacinação é recomendada para:
(frutos do mar)
Mãos sujas • Crianças maiores de 1 ano
Incidência de Más condições • Adultos de alto risco (viajantes, homossexuais e
infecções de higiene e aglomerações pessoas que usam drogas intravenosas)
114
LETÍCIA TIMBÓ
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116
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Patogênese
O vírus da Hepatite C previne a morte da célula – Vírus da Hepatite D (HDV)
fazendo com que tenha capacidade de
infecção persistente. • RNA de fita simples circular
• Possui capsídeo (Antígeno Delta)
A resposta imunológica é importante para a resolução
• Vírus envelopado (HBsAg)
da infecção e promoção de dano celular.
• Células-alvo: Hepatócitos
O anticorpo anti-HCV NÃO é protetor • Causa: Hepatite D ou Infecção de agente Delta
Sangue infectado
Transmissão Via sexual Patogênese
A infecção por HDV exige primeiro infecção por HBV
Síndromes Clínicas – ou seja, não tem como ser infectado por HDV sem
ter tido HBV.
Infecção aguda:
Existem 2 formas de ter Hepatite D:
• Ocorre recuperação e eliminação do vírus em 15% Individuo é infectado ao
dos pacientes mesmo tempo por
• Em alguns pacientes com dano hepático prévio ou Coinfecção HBV e HDV
que abusam de álcool, há início rápido de Cirrose Tempo de incubação
menor
• 70% dos pacientes apresentam infecção
Já se tem uma infecção
persistente crônica por HBV e o
Infecção crônica: Superinfecção indivíduo é infectado pelo
HDV
• 20% dos pacientes desenvolve Cirrose após 10-15 Tempo de incubação
anos maior
• 6% dos pacientes desenvolve insuficiência hepática
O que diferencia as formas de infecção é o
Diagnóstico Tempo de incubação.
ELISA Detecção do anticorpo Pode-se ter Hepatite aguda e essa avançar para
anti-HCV quadros mais agressivos – cirrose, hepatite fulminante e
infecção delta crônica.
Tratamento
Antivirais: Interferon – Ribavirina – Boceprevir – OBS: Causa 40% dos casos de Hepatite fulminante
Telaprevir – Ledipasvir – Sofosbuvis
Replicação
Prevenção
Diferente dos outros vírus o HDV causa citotoxicidade e
• Triagem do sangue para doação dano hepático durante a sua replicação nas
• Não compartilhar objetos perfurocortantes Células hepáticas.
• Praticas sexo seguro
• Evitar uso de álcool Síndromes Clínicas
OBS: Possui maior propensão a apresentar doença Aumenta a intensidade das infecções por HBV.
crônica e carcinoma hepatocelular.
Hepatite fulminante
• Encefalopatia hepática
• Icterícia extensa 117
• Necrose hepática
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Diagnóstico
Detecção do genoma viral,
ELISA antígeno delta, anticorpos
anti-HDV
RT-PCR Detecção do genoma viral
Tratamento
Prevenção
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Esse mosquito pica o humano e libera o arbovírus da Ocorre em indivíduos com anticorpos não neutralizados
sua saliva na corrente sanguínea → esse arbovírus – devido a uma infecção prévia com um vírus de
circula no plasma do hospedeiro e vai para as células- sorotipo diferente.
alvo suscetíveis. (Células endoteliais de capilares,
Monócitos, Células dendríticas e Macrófagos)
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Características: Controle
NÃO existe terapia específica ou vacina – os pacientes Fase subaguda (dura 3 meses):
devem permanecer em repouso e acompanhados de • Febre desaparece
tratamento sintomático • Agravamento da artralgia
• Dor articular + edema
• Astenia
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Prevenção Diagnóstico
• Eliminação dos criadouros de larvas
Detecção de antígenos virais - Imuno-histoquímica
• Uso de repelentes e instalação de telas em e ácido nucléico - ELISA
janelas e portas - PCR
• Detecção e investigação de casos suspeitos Isolamento do vírus - Inoculação intracerebral
(primeiros 4 dias) em camundongos
Febre amarela - Cultura de células
Anticorpos IgM - ELISA
• Doença febril aguda (1ª semana da doença)
• Ocorre em regiões tropicais e subtropicais
(América do Sul e África) Tratamento
• Período de incubação: 3 a 6 dias
NÃO existe terapia específica – os pacientes devem
Ciclo epidemiológico permanecer em repouso e acompanhados de
tratamento sintomático.
Mosquito Haemagogus
sabethes Prevenção
Febre amarela silvestre Reservatório: macacos e
Hospedeiro acidental: A vacinação é a principal forma de prevenção
homem
Os programas de extermínio de mosquitos
Febre amarela Mosquito
urbana Aedes aegypti NÃO são eficientes
• Cefaleia
• Mialgia
• Exantema
• Artralgia + edema articular – persiste por meses
gerando incapacidade ou limitações.
• Encefalite (Inflamação no cérebro) – casos graves
OBS: Maioria dos casos a doença é autolimitada – os
sintomas desaparecem em uma semana.
Diagnóstico
Tratamento
Prevenção
• Evitar contato com as áreas de ocorrência por
meio de – repelentes, roupas compridas, cortinas,
mosquiteiros
• Evitar exposição do corpo em locais de mata e
beira de rios (principalmente entre 9 e 16hrs)
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• Família: Coronaviridae
• Ordem: Nidovirales
• Gênero: Coronavírus (Betacoronavírus)
• 4 espécies de alta prevalência em humanos –
229E, NL63, OC43 e HKU1
OBS: SARS-CoV 2 → genoma RaTG13 (Rhinolophus
affinis - morcego) e hospedeiro intermediário (pangolim)
O COVID-19 é uma – Zoonose NÃO se replica no Núcleo, apenas no Citoplasma
(ocorre quando o vírus do animal passa para o ser
humano) 1º passo: A Glicoproteína E2 interage com os
receptores nas células epiteliais
Estrutura
OBS: O SARS-CoV 2 liga-se nas células do hospedeiro
• Genoma: RNA fita simples única (positivo)
ao receptor – ECA2 ou ACE2
• São vírions envelopados
(receptor relacionado com a vasoconstrição)
• Nucleocapsídeo helicoidal pela Proteína skipe.
• Difícil de ser isolado
• Cresce em cultura celular normal 2º passo: O vírus funde-se ou é endocitado na célula, e
As Glicoproteínas surgem como projeções permitindo o genoma (RNA) é liberado no Citoplasma, onde é
que o vírus tolere condições no TGI e seja disseminado traduzido.
por via fecal-oral 3º passo: A Síntese proteica (tradução do genoma)
E2 Espículas Medeia a ligação viral e a é dividida em 2 fases: Precoce e Tardia
(glicoproteína do fusão da membrana a
peplomérica) envelope cél hospedeira 4º passo: Fase precoce → O genoma liga-se aos
Alvo dos anticorpos Ribossomos, traduzindo e produzindo uma
neutralizantes RNA polimerase (L)
H1 Hemaglutinação das
(proteína Peplômeros hemácias → Trombos 5º passo: Fase tardia → A polimerase gera um molde
hemaglutinina) de RNA de fita negativa com Lipases – usa esse molde
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COVID-19
Síndromes clínicas são inespecíficas, sendo observado:
mialgia – diarreia – vômitos.
Critérios de internação
Diagnóstico
Clínico Por meio dos sintomas
RT-PCR (Saliva):
(Até o 7º dia)
RT-PCR (Swab):
(1º ao 10º dia de sintomas)
Laboratorial Teste sorológico:
(a partir do 14º dia)
Busca o IgG e IgM
- IgM indica fase aguda
- IgG indica final da infecção
Exames de imagem -
Prevenção e controle
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LETÍCIA TIMBÓ
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Fissão Binária
Taxonomia
Fungos filamentosos
Os fungos tem seu próprio reino Fungi. • Mais complexos – Multicelulares
• Formados por Hifas
A taxonomia dos fungos baseia-se na morfologia e
Hifas Divididas por paredes
formação de esporos. Septadas transversais
Hifas Asseptadas ou com poucos
Leveduras Cenocíticas septos
• Mais simples. – Unicelulares.
•
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Dimórficos
São fungos de importância médica – podem ter tanto
a forma de levedura como de fungo filamentoso.
Podem ser:
• Aeróbicos (maioria)
• Anaeróbicos facultativos (fungos
fermentadores)
• Anaeróbicos (ausência de O²)
Metabolismo heterotrófico – não são capazes de
produzir seu próprio alimento.
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
Micoses Subcutâneas
Envolvem as camadas mais profundas da pele (incluindo
córnea, músculos e tecido conjuntivo).
Organizam-se sobre uma Gera destruição tecidual e permanecem localizadas
Conídios estrutura de sustentação (não se expandem).
no formato de cadeia
Micoses Superficiais
Cerattite micótica
São causadas por fungos que tem a capacidade de (Fusarium spp.)
crescer apenas na superfície da pele e pelos.
OBS: NÃO penetram nos tecidos – não causando
destruição.
Micoses Endêmicas
Pitiríase versicolor ou São causadas por fungos de determinadas regiões do
Pano branco mundo.
(Fungo: Malassezia
furfur) Verdadeiros patógenos que causam infecções em
indivíduos saudáveis e podem invadir outros tecidos
além do foco inicial.
Descoloração e descamação da pele
Causa: fungos dimórficos
Adquiridos por via inalatória – a partir do pulmão o
Tinea nigra fungo se espalha para os outros órgãos e tecidos,
(Fungo: Hortae gerando uma – Micose Sistêmica.
werneckii)
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LETÍCIA TIMBÓ
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Candidíase
(Candida albicans)
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LETÍCIA TIMBÓ
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LETÍCIA TIMBÓ
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LETÍCIA TIMBÓ
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Em alguns casos pode ocorrer a disseminação – Infecção causada pelo fungo – Aspergillus
cutânea, mucocutânea, óssea e visceral. (são ubíquos – cresce no chão, em plantas e em
materiais em decomposição).
Síndromes Clínicas da Criptococose
Morfologia
Criptococose Pulmonar
• São fungos filamentosos hialinos (claros)
Pode ser • Possuem Hifas ramificadas, septadas e cabeças
assintomático ou conidiais.
uma Pneumonia
bilateral fulminante.
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LETÍCIA TIMBÓ
APOSTILA DE MICROBIOLOGIA
A identificação das espécies de Aspergillus depende Ocorre o surgimento de é uma bola fúngica de
das diferenças em suas cabeças conidiais, incluindo colonização dos fungos. – chamada de Aspergiloma.
a disposição e morfologia dos conídios.
OBS: a bola fúngica pode se formas nos seios
Colônias – pretas, marrons, verdes, amarelas, paranasais e nas cavidades existentes nos pulmões.
brancas ou de outras cores (depende da espécie e Aspergilose invasiva
das condições de crescimento).
Ocorre em casos de imunossupressão.
Epidemiologia
Aspergilose localizada Pulmão e brônquios
São comuns ao redor do mundo. Aspergilose TGI – rins – baço –
disseminada cérebro – coração
A porta de entrada desses fungos é o –
Trato respiratório. Tratamento e prevenção da Aspergilose
Tratamento
A maioria das infecções é causada por:
A. fumigatus – A. flavus – A. niger – A. terréus. Terapia Variconazol +
antifúngica Anfotericina B
Pacientes Apresentam apenas reação
hipersensíveis alérgica Ressecção No caso de
Pacientes Apresentam doença cirúrgica Aspergilomas
imunossuprimidos pulmonar invasiva e formar
disseminadas. Prevenção
Síndromes clínicas da Aspergilose Pacientes de alto risco são mantidos em locais onde o
ar é filtrado.
Manifestação alérgica
(forma broncopulmonar)
Mucormicose
• Quadro parecido com asma
• Apresenta infiltrados pulmonares Doença esporádica que ocorre em todo o mundo.
• Tem eosinofilia periférica
Agente etiológico: Rhizopus arrhizus (principal) –
• Níveis elevados de IgE sérica
Rhizopus – Rhizomucor – Lichtjeimia – Cunninghamella.
• No teste cutâneo apresenta hipersensibilidade
aos antígenos de Aspergillus É um fungo que causa doença invasiva em indivíduos
Sinusite alérgica hospitalizados.
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LETÍCIA TIMBÓ
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Leva ao infarto dos tecidos de vários órgãos. Em pacientes com AIDS utiliza-se: Pentamidina –
Neurológico Trimetoprimadapsona – Clindamicina-primaquina –
Quadro Pulmonar Atovaquona – Trimetrexato.
clínico Trato gastrointestinal –
resulta em intensa
hemorragia ou perfuração
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LETÍCIA TIMBÓ
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São micoses limitadas a superfície da pele e dos pelos. Uso tópico de Azóis ou
Xampu com sulfeto de
Essas infecções induzem pouca ou nenhuma resposta Terapia selênio
imune do hospedeiro. antifúngica No caso de infecções
utiliza-se – Cetoconazol ou
NÃO são destrutivas e nem assintomáticas. Itraconazol por via oral.
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LETÍCIA TIMBÓ
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Manifestações clínicas
Tratamento
Utilização de Azóis tópicos
Piedra Preta
Manifestações clínicas
Pequenos nódulos e
escuros ao redor da
haste dos pelos –
envolvem os pelos
do couro cabeludo.
Tratamento
Corte de
Tratamento cabelo
Lavagens regulares
apropriadas
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• Espécies de dermatófitos
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Os agentes etiológicos crescem em plantas silvestres OBS: Podem ocorrer ulcerações e formações de cistos.
no solo (afetando pessoas que trabalham em áreas
rurais). Micetoma eumicótico
Causada por – uma variedade de fungos.
Essas infecções afetam mais homens e principalmente
as pernas, braços, ombro, pescoço, tronco, nádegas, É um processo infeccioso localizado, crônico e
face e orelhas. granulomatoso que envolve os tecidos cutâneos e
subcutâneos.
Síndromes clínicas
Caracteriza-se pela – formação de múltiplos granulomas
• Crônica
e abscessos que contêm agradados de hifas fúngicas.
• Pruriginosa
• Progressiva Essa infecção inicia lentamente, até tomar uma grande
• Indolor área do corpo.
• Resistente a São causadas por implantação traumática em partes
tratamento expostas do corpo – pé e mão de homens são os
Pequenas pápulas mais afetados.
Lesões iniciais verrucosas que evoluem
para lesões planas. OBS: NÃO é contagioso.
Verrugas grandes em Síndromes clínicas
Infecções estabelecidas forma de “couve-flor” em
uma única região. É uma infecção de longa
Lesão inicial duração
A lesão inicial – é um nódulo
ou placa subcutânea pequena
e indolor, que aumenta de
tamanho.
Lesão estabelecida
Com a progressão da doença – ocorre o aparecimento
de abcessos.
Esses abcessos liberam um líquido serissanguinolento
que contêm grânulos (agregados de hifas fúngicas)
Essa infecção rompe planos teciduais e destrói
localmente o músculo e osso.
Lesões Ocorrem secundariamente
satélites à autoinoculação OBS: A disseminação hematogênica ou linfática é rara.
Mostram cicatrização
Lesões em placa central enquanto
aumentam
Apresentam hiperceratose
O membro afetado é
Lesões grandes distorcido, devido à fibrose
e ao linfedema secundário
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LETÍCIA TIMBÓ
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Síndromes clínicas
Feo-hifomicose subcutânea
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