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Curso 100% On-line

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE
Aula 02
Programação Aula 2

Esta segunda aula sobre Resíduos de Serviços de Saúde será dividida entre os seguintes conteúdos:

1. Classificação de risco dos Resíduos de Serviços de Saúde;

2. Grupos dos RSS;

3. Gerenciamento dos RSS (Manejo, Acondicionamento, Transporte, Coleta, Tratamento, Disposição final);

4. Tratamento dos Resíduos Infectantes e Químicos.

Bom
aprendizado!
1. Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde

Conforme vimos na Aula 01, os Resíduos de Serviços de Saúde são classificados em:

• Grupo A: Resíduos biológicos ou infectantes


• Grupo B: Resíduos químicos
• Grupo C: Resíduos radioativos
• Grupo D: Resíduos comuns
• Grupo E: Resíduos perfurocortantes

O estudo agora será particular


para cada grupo da classificação!!!
1.1. Resíduos Biológicos ou Infectantes (GRUPO A)
Segundo a RDC nº 222 (ANVISA), os RSS do Grupo A consistem nos “resíduos com a possível presença de agentes
biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção”.

Este grupo subdivide-se em 04 subgrupos. São eles:


• Subgrupo A1

- Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto de


medicamentos hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e
instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação
genética.

- Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos ou animais, com
suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância
epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante
ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido.
1.1. Resíduos Biológicos ou Infectantes (GRUPO A)
• Subgrupo A1

- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má


conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.

- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes
do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

Mas, o que seria essa “forma livre”?


Entender o que isso significa é primordial para direcionar, ou não,
o material para tratamento!!!
1.1. Resíduos Biológicos ou Infectantes (GRUPO A)
• Subgrupo A1

Sangue na FORMA LIVRE não é definido apenas pela QUANTIDADE, mas principalmente ela forma como se encontra:
GOTEJANDO, VAZANDO e/ou DERRAMANDO.
1.1. Resíduos Biológicos ou Infectantes (GRUPO A)
• Subgrupo A2

- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de
serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos
ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.

• Subgrupo A3

- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que
500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor
científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares.
1.1. Resíduos Biológicos ou Infectantes (GRUPO A)
• Subgrupo A4

- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados;

- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e


de pesquisa, entre outros similares;

- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de
pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância
epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação
com príons;

- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia


plástica que gere este tipo de resíduo;
1.1. Resíduos Biológicos ou Infectantes (GRUPO A)
• Subgrupo A4

- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou
líquidos corpóreos na forma livre;

- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos provenientes de procedimentos
cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica;

- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos
a processos de experimentação com inoculação de microrganismos;

- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós transfusão.


1.1. Resíduos Biológicos ou Infectantes (GRUPO A)
• Subgrupo A5

- Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos suspeitos ou confirmados, bem
como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que
tiveram contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta infectividade para príons.

Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos oficiais pelos órgãos sanitários
competentes.
1.1. Resíduos Biológicos ou Infectantes (GRUPO A)

Os resíduos Biológicos podem ser classificados também de acordo com a sua Classificação de Risco que varia de 1 a 4.

O risco deste resíduo está basicamente relacionado ao poder de infecção individual e para a comunidade, conforme
veremos a seguir:

a) Classe de Risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): agentes biológicos conhecidos por não causarem
doenças no homem ou nos animais adultos sadios;

b) Classe de Risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que
provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no
meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes;
1.1. Resíduos Biológicos ou Infectantes (GRUPO A)

c) Classe de Risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que
possuem capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente
letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento ou de prevenção. Representam risco se disseminados na
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa;

d) Classe de Risco 4 (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade): classificação do Ministério da Saúde
que inclui agentes biológicos que representam grande ameaça para o ser humano e para os animais, implicando grande
risco a quem os manipula, com grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro, não existindo medidas
preventivas e de tratamento para esses agentes.
1.1. Resíduos Biológicos ou Infectantes (GRUPO A)

CLASSES DE RISCO E SEUS RESPECTIVOS EXEMPLOS


1.2. Resíduos Químicos (GRUPO B)
Consistem nos resíduos que contém produtos químicos podendo apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

São eles:
- Produtos farmacêuticos;
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para
laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores);
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas;
- Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.
1.2. Resíduos Químicos (GRUPO B)

Medicamentos
Saneantes Reagentes
1.3. Resíduos Radioativos (GRUPO C)
Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de dispensa especificados em norma da
CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.

- Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa e ensino na área da
saúde, laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de
Proteção Radiológica aprovado para a instalação radiativa.
1.4. Resíduos Comuns (GRUPO D)
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser
equiparados aos resíduos domiciliares.

- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, gorros e máscaras
descartáveis, resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de
procedimentos que não entraram em contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de
língua e outros similares não classificados como A1.
- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resto alimentar de refeitório, resíduos provenientes das áreas
administrativas.
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
- Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado.
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada.
- Pelos de animais.
1.5. Resíduos Perfurocortantes (GRUPO E)

Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas,
limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas
e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e
placas de Petri) e outros similares.
2. Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde
O gerenciamento dos RSS compreende um conjunto de procedimento de gestão, planejados e implementados a partir de
bases científicas, técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar um
encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos
recursos naturais e do meio ambientes (ANVISA, 2018).

O gerenciamento é fundamentado nas seguintes etapas:

Geração do resíduo 1. Segregação 2. Acondicionamento 3. Identificação

5. Armazenamento 6. Transporte interno 7. Armazenamento


4. Transporte interno I
temporário II externo

8. Transporte externo 9. Tratamento 10. Disposição final FIM


2.1 Segregação

A segregação do resíduo consiste em separar os resíduos de acordo com sua classificação comentada anteriormente. É
importante que esta segregação ocorra no momento e local de sua geração, de acordo com suas características
físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.

Todos os materiais devem ser descartados após o


seu uso IMEDIATO, como é o caso do conjunto
seringa-agulha da imagem.
2.2. Acondicionamento
Ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que evitem vazamentos, e quando couber, sejam
resistentes às ações de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam adequados física e quimicamente ao conteúdo
acondicionado.

O material utilizado para acondicionar o material vai de acordo com a classificação do resíduo, como veremos a seguir:

a) Resíduo Infectante ou Biológico

O saco plástico
O saco plástico de leitoso de cor
cor vermelha deve branca deve ser
ser utilizado para os utilizado para os
Resíduos Resíduos
Infectantes que são Infectantes que não
encaminhados para são encaminhados
tratamento. para tratamento.
2.2. Acondicionamento
b) Resíduo Químico

Para o acondicionamento dos resíduos químicos devem ser


observadas as compatibilidades das substâncias. A RDC nº 222
(ANVISA) em seu Anexo IV e V dispõe de incompatibilidades
químicas.

A legislação não preconiza coloração de saco, por exemplo. Algumas


instituições aderem a cor laranja em saco devidamente identificado.

A cor laranja denota


Resíduo Perigoso
2.2. Acondicionamento
c) Resíduo Radiológico

Os recipientes de acondicionamento de rejeitos radioativos devem ser adequados às características físicas, químicas,
biológicas e radiológicas dos rejeitos, possuir vedação e ter seu conteúdo identificado, conforme especificado nas normas
vigentes.

d) Resíduo Comum

A legislação não estabelece uma coloração específica para o saco plástico do Resíduo Comum. Porém, o que for
estabelecido deverá diferir das demais colorações.

Muitos Estabelecimentos de Saúde instituem o saco plástico de cor preta para esse material.
2.2. Acondicionamento
e) Resíduo Perfurocortante

Devem ser descartados em recipientes identificados, rígidos, providos com tampa, resistentes à punctura, ruptura e
vazamento. Os RSS do Grupo E, quando contaminados por agentes biológicos ou químicos devem ter seu manejo de
acordo com a classe de risco associada. Um modelo bastante adotado pelas instituições são as Caixas Descarpack cuja
coloração vai de acordo com a contaminação do material.

A caixa amarela é A caixa laranja é


para Resíduos para Resíduos
Perfurocortantes Perfurocortantes
com risco com risco
biológico. Conjunto químico. Conjunto
seringa agulha com seringa agulha com
a presença de restos de
sangue, por medicamentos
exemplo. líquidos, por
exemplo.
2.2. Acondicionamento
Mas, e então? Basta ensacar?

Não!

A legislação preconiza outras questões que devem ser atendidas na fase do Acondicionamento. São elas:

• Os resíduos líquidos devem ser mantidos na sua embalagem original. Como, por exemplo:
medicamentos líquidos;
• Os sacos plásticos não devem ultrapassar 2/3 da sua capacidade;
• A troca do saco deve ocorrer sempre que esta capacidade for atingida ou em até 48 horas (tempo
máximo); exceto para os resíduos de rápida putrefação;
• Após acondicionado, o resíduo NUNCA poderá estar em contato direto com o chão.
2.3. Identificação
Conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos riscos presentes nos resíduos acondicionados, de forma clara e
legível em tamanho proporcional dos sacos, coletores e seus ambientes de armazenamento.

Resíduo Infectante Resíduo Químico Resíduo Radioativo Resíduo


Perfurocortante
2.3. Identificação

A identificação do grupo de resíduo deve estar afixada nos CARROS DE COLETA, LOCAIS DE ARMAZENAMENTO e nos
SACOS que acondicionam os resíduos.

Este requisito é extremamente necessário para evitar acidentes. O símbolo de risco facilita, durante o trânsito
de pessoas no local, o reconhecimento do que está sendo ali transportado.

A NR 32 estabelece que TODOS OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE


sejam eles da área administrativa ou assistencial devem ser
treinados e reconhecer os símbolos de risco dos resíduos.
CURIOSIDADE
2.4. Transporte Interno I Normalmente, quem realiza
esse transporte é a equipe
de Higienização utilizando,
Esse transporte consiste no encaminhamento do resíduo da Unidade para isto, o carrinho
Geradora até a sala de Armazenamento Temporário. funcional.

Mas, o que seria essa Unidade Geradora?

Trata-se da unidade funcional dentro do serviço no qual o resíduo


é gerado.

Imagine uma enfermaria ou sala administrativa. Ambas são Unidades


Geradoras de resíduo que, por sua vez, deve ser coletado com certa
frequência a fim de evitar acúmulos no local.

Este então, consiste no Transporte Interno I – a transferência do


resíduo para um local de ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO.
2.4. Transporte Interno I

Salas
administrativas

Sala de
Geração do resíduo
Utilidades

Setores
assistenciais

TRANSPORTE
2.5. Armazenamento Temporário

Guarda temporária dos coletores de Resíduos de Serviços de Saúde, em ambiente próximo aos pontos de
geração, visando agilizar a coleta no interior das instalações e otimizar o deslocamento entre os pontos
geradores e o ponto destinado à apresentação para a coleta externa.

Nas instituições este local é conhecido como SALA DE UTILIDADES e/ou EXPURGO. Por definição, a SALA
DE UTILIDADES corresponde a um ambiente destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos materiais e
roupas utilizados na assistência ao usuário do serviço e guarda temporária de resíduos.

No armazenamento temporário os
resíduos devem ser dispostos em
contêineres. Nunca ficar em contato
direto com o chão.
2.6. Transporte Interno II

Durante esse transporte ocorre a transferência do resíduo para o


Abrigo Externo de Resíduo. O resíduo, portanto, sai da Sala de
Utilidades.

Utiliza-se para tal procedimento o carro de coleta, também chamado


de coletor com rodas.

Este coletor pode ser de 400 a 600 litros e deve apresentar as


seguintes características:

• Material lavável;

• Possuir tampa;

• Acima de 600 lt deve dispor de dreno para escoamento.


2.7. Armazenamento Externo

Guarda dos coletores de resíduos em ambiente exclusivo, com acesso facilitado para a coleta externa. Este ambiente
recebe o nome de ABRIGO EXTERNO DE RESÍDUO.

A ANVISA estabelece que o Abrigo deve possuir as seguintes características:

• Ser provido de pisos e paredes revestidos de material resistente, lavável e impermeável;


• Possuir ponto de iluminação artificial e de água, tomada elétrica alta e ralo sifonado com tampa;
• Quando provido de área de ventilação, esta deve ser dotada de tela de proteção contra roedores e vetores;
• Ter porta de largura compatível com as dimensões dos coletores;
• Estar identificado como “Abrigo Temporário de Resíduos”;
• Permitir fácil acesso aos veículos de coleta externa e às operações do transporte interno;
• Ser dimensionado com a capacidade de armazenagem mínima equivalente à ausência de uma coleta regular,
obedecendo a frequência de coleta de cada grupo dos RSS;
CURIOSIDADE
2.7. Armazenamento Externo O abrigo para os resíduos dos Grupos A, D e E
deve ser num espaço diferenciado do Grupo B.
• Ser identificado conforme os Grupos de RSS Abaixo ilustração da estrutura interna de com deve
armazenados; ser um Abrigo Externo para os Resíduos A, D e E.

• Possuir porta com abertura para fora;


• Ter ponto de iluminação;
• Possuir canaletas para o escoamento dos efluentes
de lavagem, direcionadas para a rede de esgoto, com
ralo sifonado na tampa;
• Possuir área coberta para a pesagem dos RSS,
quando couber;
• Possuir área coberta, com ponto de saída de água,
para higienização e limpeza dos coletores utilizados.
2.7. Armazenamento Externo

O Abrigo Externo dos Resíduos do Grupo B deve:


• Respeitar a segregação das categorias de RSS
químicos e incompatibilidade química, conforme
Anexo III e IV da RDC nº 222 ANVISA (2018);
• Estar identificado com a simbologia de risco
associado à periculosidade do RSS químico;
• Possuir caixa de retenção a montante das canaletas
para o armazenamento dos RSS líquidos ou outra
forma de contenção validada;
• Possuir sistema elétrico e de combate a incêndio, que
atendam os requisitos de proteção estabelecidos
pelos órgãos competentes;
• Além dos requisitos citados anteriormente.
2.8. Transporte Externo

Trata-se da remoção dos Resíduos de Serviços de Saúde do Abrigo


Externo até a unidade de Tratamento ou outra destinação, ou
disposição final ambientalmente adequada, utilizando-se técnicas que
garantam a preservação das condições de acondicionamento.

Os veículos de transporte externo dos RSS não podem ser dotados


de sistema de compactação ou outro sistema que danifique os
sacos contendo os RSS, exceto para os RSS do Grupo D.

Veremos os tipos de veículos no slide a seguir!!!


2.8. Transporte Externo

Caminhão para o transporte de Resíduo Infectante – Caminhão compactador para o transporte


também podendo ser utilizado para Resíduo Químico de Resíduo Comum (Grupo D)
mediante correta identificação.
2.9. Tratamento
Os tratamentos disponíveis para os Resíduos de Serviços de Saúde são: Incineração, Pirólise, Autoclavagem,
Micro ondas, Radiação Ionizante, Desativação Eletrotérmica e Tratamento Químico.

2.9.1. INCINERAÇÃO

Trata-se de um processo de queima, na presença do excesso de oxigênio. Dessa forma, os materiais à base de
carbono são decompostos, desprendendo calor e gerando um resíduo de cinzas.

Em grandes linhas, um incinerador é um equipamento composto por duas câmeras de combustão. Na primeira, os
resíduos são queimados a temperatura que varia entre 800ºC e 1000ºC, transformando-os em gases, cinzas e
escória. Então, na segunda câmera, os gases provenientes da combustão inicial são queimados a temperatura da
ordem de 1.200ºC a 1.400ºC.
2.9. Tratamento
2.9.1. INCINERAÇÃO – Exemplo de incinerador
2.9. Tratamento
2.9.2. PIRÓLISE

Também é um processo de destruição térmica, como a Incineração. Entretanto, a diferença está no fato de que a
Pirólise absorve calor e processa na ausência de oxigênio. Nesse processo, os materiais à base de carbono são
decompostos em combustíveis gasosos ou líquidos e carvão.

As suas grandes vantagens são:


• Garantia da eficiência de tratamento, quando em perfeitas condições de funcionamento;
• Redução substancial do volume de resíduos a ser disposto (cerca de 95%).

Suas principais desvantagens são:


• Custo operacional e de manutenção elevados;
• Manutenção difícil;
• Elevado risco de contaminação do ar, com geração de dioxinas decorrentes da queima;
• Elevado custo de tratamento dos efluentes gasosos e líquidos.
2.9. Tratamento
2.9.2. PIRÓLISE – Pirolisador
2.9. Tratamento
2.9.3. AUTOCLAVE HOSPITALAR

Utilizado na esterilização de material cirúrgico, esse processo foi também adaptado e desenvolvido para a
esterilização dos resíduos.

Consiste, portanto, em um sistema de alimentação que conduz os resíduos até uma câmera estanque. No qual é feito
a vácuo e injetado vapor d’água (entre 105 e 150ºC) sob determinadas condições de pressão. Os resíduos
permanecem na câmera durante um determinado tempo até se tornarem estéreis. Ao fim do processo ocorre o
descarte da água por um lado e os resíduos por outro.

Vantagens: custo operacional baixo, não emite efluentes gasosos e o efluente líquido é estéril, manutenção
relativamente fácil e barata.

Desvantagens: não reduz o volume do resíduo, o processo ocorre em batelada o que não permite um serviço
continuado.
2.9. Tratamento
2.9.3. AUTOCLAVE HOSPITALAR
2.9. Tratamento
2.9.4. MICRO ONDAS

Nesse processo os resíduos são triturados, umedecidos com vapor a 150ºC e colocados continuamente num forno
micro ondas. No qual há um dispositivo para revolver e transportar a massa, assegurando assim que todo o material
receba uniformemente a radiação de micro ondas.

As vantagens desse processo são:


• Ausência de emissão de efluentes de qualquer natureza;
• Processo contínuo.

As principais desvantagens compreendem:


• Custo operacional relativamente alto;
• Redução do volume de resíduos a ser aterrado obtida somente na trituração.
2.9. Tratamento

2.9.4. MICRO ONDAS


2.9. Tratamento
2.9.5. RADIAÇÃO IONIZANTE

Nesse processo, os RSS são expostos à ação de raios gama gerados por uma fonte enriquecida de cobalto 60 que
torna inativo os microrganismos.
2.9. Tratamento
2.9.5. RADIAÇÃO IONIZANTE

Esse processo apresenta as seguintes desvantagens em relação aos processos anteriores:

• Eficiência de tratamento questionável, uma vez que há possibilidades de nem toda a massa de resíduos ficar
exposta aos raios eletromagnéticos;
• Necessidade de se dispor adequadamente a fonte exaurida de cobalto 60 (radioativa).

Suas vantagens referem-se à ausência de emissão de efluentes de qualquer natureza pelo fato de ser um processo
contínuo.
2.9. Tratamento
2.9.6. DESATIVAÇÃO ELETROTÉRMICA

Este processo consiste numa dupla trituração prévia ao tratamento, seguida pela exposição da massa triturada a um
campo elétrico de alta potência. Sendo gerado por ondas eletromagnéticas de baixa frequência, atingindo uma
temperatura final entre 95 e 98°C.

Embora nesse processo não haja a emissão de efluentes líquidos e nem gasosos. Porém a redução de volume só é
obtida pelo sistema de trituração.

As vantagens e desvantagens deste processo são as mesmas do processo de micro-ondas. Com os agravantes pela
dificuldade de manutenção do equipamento e a ausência de redução do volume. A não ser que se instale um sistema
de trituração posterior ao tratamento.
2.9. Tratamento
2.9.7. TRATAMENTO QUÍMICO

Neste processo os resíduos são triturados e mergulhados numa solução desinfetante de hipoclorito de sódio, dióxido
de cloro ou gás formaldeído. Dessa maneira a massa de resíduos permanece nesta solução por alguns minutos e o
tratamento ocorre por contato direto.

No fim do processo os resíduos passam por um sistema de secagem gerando um efluente líquido. Então por
apresentar propriedades nocivas ao meio ambiente o mesmo necessita ser neutralizado. Já as vantagens deste
processo são a economia operacional e de manutenção, assim como a eficiência do tratamento dos resíduos. Em
contrapartida as desvantagens são a necessidade de neutralizar os efluentes líquidos e a não-redução do volume do
lixo.
Mas, são todos os Resíduos de Serviços de Saúde que
precisam de tratamento?

Vamos ver!!!
2.9. Tratamento
Os Resíduos Infectantes devem ser tratados da seguinte forma :

SUBGRUPO A1 SUBGRUPO A2 SUBGRUPO A3 SUBGRUPO A4 SUBGRUPO A5


Tratamento com Tratamento com Devem ser Não necessitam Devem ser
processos de Inativação destinados ao de tratamento encaminhados
redução ou Microbiana. sepultamento, prévio antes da para tratamento
eliminação da cremação, disposição por incineração.
carga incineração ou final.
microbiana. outra destinação
licenciada.

Os demais grupos dos RSS devem ser encaminhados também para tratamento antes da disposição final, excetuando
os Resíduos Comuns.
2.10. Disposição final

Neste tópico, faz-se necessário entender a diferença entre DESTINAÇÃO FINAL e DISPOSIÇÃO FINAL. Então, vamos lá!

• DESTINAÇÃO FINAL: inclui reutilização, reciclagem, compostagem, recuperação e o aproveitamento energético ou


outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema
Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

• DISPOSIÇÃO FINAL: distribuição ordenada de rejeitos – isto e, resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
suas possibilidades de tratamento e recuperação, não apresente outra possibilidade a que não a disposição final – em
aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança
e a minimizar os impactos ambientais adversos.
2.10. Disposição final

A disposição final ambientalmente adequada para os RSS é o Aterro Sanitário e Aterro Sanitário para Resíduos Perigosos,
após tratamento.
E aí, está gostando do conteúdo? 
Esperamos que sim!

A Aula 03 (FINAL) será disponibilizada no dia 31/07/2020 diretamente no seu e-mail cadastrado em nosso Banco de
Dados.

Junto com a Aula 03 enviaremos o link para Avaliação e preenchimento de um Formulário de Qualidade. Lembrando que o
certificado só pode ser emitido mediante a obtenção da NOTA 7,0.

E ah! Se quiser indicar um amigo para este curso, é só enviar o nosso contato e todas as aulas serão disponibilizadas
para ele também.

Até o nosso próximo encontro!!! Abs!

Dúvidas e/ou sugestões: greencursost@gmail.com


Dúvidas serão respondidas pela nossa equipe num prazo máximo de 48h úteis.

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