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INTRODUÇÃO À GESTÃO DE

RESÍDUOS/LIXO
INTRODUÇÃO

A Gestão de Resíduos é um conjunto de metodologias que tem como objetivo


principal a minimização da produção e eliminação dos resíduos, como também
otimizar o monitoramento de todo o ciclo produtivo desses resíduos.

A gestão de residos hospitalar é uma área que está a ganhar cada vez mais
importância, pelas questões ambientais e económicas que lhes estão
associadas, mas também ao nível da
saúde pública.
RESÍDUO

De uma forma geral, pode dizer-se que resíduo é tudo aquilo que já
não tem proveito para as atividades humanas ou não humanas, podendo este
ter diversas origens, desde a indústria, às residências ou, então, ao comércio.

Entre os vários tipos de resíduos encontramos o lixo, produzido de diversas


formas, e todo aquele material que não pode ser enviado para o lixo, por ser
altamente tóxico ou nefasto para o meio ambiente.

Uma vez definido o conceito de resíduo no seu todo, podemos dizer que os
RH são tudo aquilo que não tem aproveitamento e que resulta da prestação de
cuidados de saúde.

As origens podem ser diversas, tais como hospitais, lares de terceira idade
ou centros de saúde.
CLASSIFICACAO DE RH

Os principais problemas com a gestão dos resíduos continuam a estar


relacionados com a dificuldade em identificar objetivamente alguns tipos de
resíduos, especialmente os infeciosos, por não haver uniformidadede critérios
entre países, em termos de definição e classificação.

Grupo A – Resíduos Contaminados


São passíveis de apresentar alguma perigosidade de contaminação.
Necessidade de inceneração.

Grupo B – Resíduos Não Contaminados


Os resíduos que não fazem parte do Grupo A, são destinados à remoção
pelas entidades de gestão de resíduos municipais
Actualmente os RH classificam-se em quatro grupos, de acordo com a
sua perigosidade e potencial risco para a saúde humana e o meio ambiente.
Os RH pertencentes ao Grupo I são equiparados a resíduos sólidos urbanos e o
Grupo II engloba os produtos hospitalares não perigosos.

Por outro lado ao Grupo III pertencem todos os resíduos de origem


hospitalar com risco biológico e ao Grupo IV pertencem os RH
específicos com grande perigo de contaminação associado. Esta classificação
está resumida na tabela 1.
O tratamento é específico para cada grupo. Os resíduos dos Grupos I e
II são depositados em aterros sanitários, valorizados por via orgânica,
energética ou reciclados, os resíduos dos Grupos III e IV, sendo
considerados perigosos, são obrigatoriamente sujeitos a
desinfeção/descontaminação - no caso dos resíduos do Grupo III - e/ou
sujeitos
ao processo de incineração - no caso de alguns resíduos do Grupo III e
obrigatoriamente no caso de todos os resíduos do Grupo IV (Monteiro,
2009).Nas tabelas 2 e 3 são apresentados alguns exemplos de resíduos
pertencentes a cada grupo.
O tratamento é específico para cada grupo. Os resíduos dos Grupos I e
II são depositados em aterros sanitários, valorizados por via orgânica,
energética ou reciclados, os resíduos dos Grupos III e IV, sendo
considerados perigosos, são obrigatoriamente sujeitos a
desinfeção/descontaminação - no caso dos resíduos do Grupo III - e/ou
sujeitos
ao processo de incineração - no caso de alguns resíduos do Grupo III e
obrigatoriamente no caso de todos os resíduos do Grupo IV (Monteiro,
2009).Nas tabelas 2 e 3 são apresentados alguns exemplos de resíduos
pertencentes a cada grupo.
Classificação dos RH segundo o Despacho n.º 242/96.

Grupo I- Resíduos equiparados a Não apresentam exigências especiais


urbanos no seu tratamento
Grupo II- Resíduos hospitalares Não sujeitos a tratamentos
não perigosos específicos,
podendo ser equiparados a urbanos
Grupo III–Resíduos hospitalares de São resíduos contaminados ou
risco suspeitos de contaminação,
biológico suscetíveis de incineração ou de
outro pré-tratamento eficaz,
permitindo posterior eliminação como
resíduo urbano.
Grupo IV - Resíduos Hospitalares São resíduos de vários tipos, de
Específicos incineração
obrigatória
Grupos de RH não perigosos e exemplos de resíduos dos Grupos I e II
Grupo I – Resíduos equiparados a Grupo II – RH não perigosos
urbanos
a) Resíduos provenientes de a) Material ortopédico: talas, gessos e
serviços gerais (comode gabinetes, ligaduras gessadas não contaminados e
salas de reunião, salas de convívio, sem vestígios de sangue;
instalações b) Fraldas e resguardos descartáveis
sanitárias, vestiários, etc.); não contaminados e sem vestígios de
b) Resíduos provenientes de serviços sangue;
de apoio (como oficinas, jardins, c) Material de proteção individual
armazéns e outros); utilizado nos serviços gerais de apoio,
c) Embalagens e invólucros comuns com exceção do utilizado na recolha de
(como papel, cartão, mangas mistas resíduos;
e outros de natureza idêntica); d) Embalagens vazias de medicamentos
d) Resíduos provenientes da ou de produtos de uso clínico ou comum,
hotelaria resultantes de confeção e com exceção dos incluídos no Grupo
restos de alimentos servidos III e no Grupo IV;
adoentes não e) Frascos de soros não
incluídos no Grupo III. contaminados, com exceção dos do
Grupo IV.
Grupos de RH não perigosos e exemplos de resíduos dos grupos iii e iv

Grupo III – RH risco biológico Grupo IV – RH específicos


a) Todos os resíduos provenientes a) Peças anatómicas identificáveis,
de quartos ou enfermarias de fetos e placentas, até publicação de
doentes infeciosos ou suspeitos, de legislação específica;
unidades de hemodiálise, de blocos b) Cadáveres de animais utilizados
operatórios, de salas de tratamento, em experiências laboratoriais;
de salas de autópsia e de anatomia c) Materiais cortantes e perfurantes:
patológica, de patologia clínica e agulhas, cateteres e todo o material
de laboratórios de investigação, com invasivo;
exceção dos do Grupo IV; d) Produtos químicos e fármacos
b) Todo o material utilizado em rejeitados, quando não sujeitos a
diálise; legislação específica;
c) Peças anatómicas não e) Citostáticos e todo o material utilizado
identificáveis; na sua manipulação e administração.
d) Resíduos que resultam da
administração de sangue e
derivados;
Cont….

Grupo III – RH risco biológico


e) Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos, com exceção
dos do Grupo IV;
f) Sacos coletores de fluidos orgânicos e respetivos sistemas;
g) Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas contaminados ou com
vestígios de sangue; material de prótese retirado a doentes;
h) Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue;
i) Material de proteção individual utilizado em cuidados de saúde e serviços de
apoio geral em que haja contacto com produtos contaminados
(como luvas, máscaras, aventais e outros)

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