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Segurança do Paciente III e IV

Revisão: Resíduos

GRUPO A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características,
podem apresentar risco de infecção.
Grupo A (infectantes) – resíduos com a possível presença de agentes
biológicos que, por
suas características de maior virulência, efetividade e concentração, podem
apresentar
risco de patógenos, subdivididos em:
» A1 – Resíduos com suspeita ou certeza de contaminação biológica, por
exemplo:
vacinas vencidas ou inutilizadas, sobras de amostras de laboratório
contendo sangue;
» A2 – Resíduos provenientes de animais, por exemplo: peças anatômicas,
vísceras;
» A3 – Resíduos PROVENIENTES do ser humano, por exemplo: peças
anatômicas;
» A4 – Resíduos provenientes de animais ou seres humanos que não
contenham e nem
sejam de conter agentes patológicos e não causem disseminação, por
exemplo: tecido
adiposo gerado por cirurgia plástica, sobras de amostras de laboratório:
fezes, urina e
secreções;
» A5 – Resíduos com suspeita ou certeza de contaminação com príons, por
exemplo:
órgãos, tecidos, fluidos orgânicos e materiais resultantes da atenção à
saúde humana
ou animal.

Grupo B
Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à
saúde pública ou

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ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade,
reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade,
mutagenicidade e quantidade.

Produtos farmacêuticos

Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos


contendo metais pesados;
reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por
estes.

Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).

Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises


clínicas.

Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos,


inflamáveis e reativos

Grupo C
Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos
níveis de
dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é
imprópria ou
não prevista.

Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório


de pesquisa e
ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de
medicina nuclear e
radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de Proteção
Radiológica aprovado para
a instalação radiativa.

Grupo D
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças


descartáveis de vestuário,
gorros e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material

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utilizado em
antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que
não entraram em
contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores
de língua e outros
similares não classificados como A1.

Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.

Resto alimentar de refeitório.

Resíduos provenientes das áreas administrativas.

Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.

Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.

Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado.

Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica


associada.

Pelos de animais.

Grupo E

Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear,


agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas
diamantadas, lâminas de
bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e
lamínulas; espátulas;
e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de
coleta sanguínea
e placas de Petri) e outros similares.

Segurança III:

Identificar os fatores que favorecem a contaminação nos ambientes de saúde e


prevenção da transmissão

Fatores que Favorecem a Contaminação do Ambiente

Superfícies úmidas ou molhadas: favorecem a proliferação de germes gram-


negativos e fungos

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Áreas empoeiradas: favorecem a proliferação de germes gram-positivos,
micobactérias e outros.

Revestimentos com perda da integridade

Matéria orgânica sem rápida remoção.

Aplicação incorreta ou ausente de germicida.

Limpeza de área sem a devida divisão de áreas.

Inadequado uso dos equipamentos.

Uso de Equipamentos de Proteção Individual inadequadamente.

Técnica de limpeza inadequada.

Uso incorreto de recursos.

Exemplos: Balde com água suja para enxágüe, mesmo pano de limpeza
utilizado no vaso sanitário, na pia e outros locais.

Classificar os tipos de riscos e agentes biológicos inerentes à saúde, de acordo


com a NR32 (Norma Regulamentadora de segurança e saúde no trabalho em
serviços de saúde);

Consideram-se Agentes biológicos os microrganismos, geneticamente


modificados ou não; as culturas de células; os parasitas, as toxinas e os príons.
Toda ocorrência de acidente envolvendo risco biológicos, com ou sem
afastamento deve ser emitida para o CAT Comunicação de Acidente de
Trabalho.
Todo local onde existr a possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter
lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete
líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato
manual.

USO DE LUVA NÃO SUBSTITUI LAVAGEM DAS MÃOS!

Trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar


suas atividades após a avaliação médica OBRIGATÓRIA com emissão de
documento de liberação para o trabalho.
O empregador deve vedar:

a) a utilização de pias de trabalho para fins diversos do previsto

b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos


postos de trabalho.

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c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho

d) a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim.

e) o uso de calçados abertos.


PERFUROCORTANTES:

Quem usa descarta! As empresas devem capacitar sobre a correta utilização do


dispositivo de segurança.

VACINAÇÃO DOS TRABALHADORES:


Todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente,
programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os
estabelecidos no PCMSO.

Sempre que houver vacinas eficzes contra outros agentes biológicos a que os
trabalhadores estão, ou poderão estar, o empregador deve fornecê-las
GRATUITAMENTE.

AGENTES BIOLÓGICOS

Classes de risco

Classe de risco 1 - Baixo risco individual para o trabalhador e para a


coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser
humano.
Classe de risco 2 - Risco individual moderado para o trabalhador e
com baia probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem
causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes
de profilaxia ou tratamento. Exemplos: vírus da febre amarela e
Schistosoma mansoni.
Classe de risco 3 - Risco individual elevado para o trabalhador e com
probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar
doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre
existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento
Classe de risco 4: Risco individual elevado para o trabalhador e com
probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta
grande poder de transmissibilidade de um individuo para o outro.
Podem causar doenças graves ao ser humanos, para as quais não
existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

A NR 32 estabelece medidas de proteção à segurança e à saúde dos


profissionais em serviços
de saúde e estabelece, ainda, para cada situação de risco, a adoção de

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medidas preventivas e
a capacitação dos trabalhadores para o trabalho seguro.
Em relação aos riscos químicos
Os agentes químicos presentes no local de trabalho são responsáveis pelas
vias de entrada
no organismo, de forma digestiva, respiratória, mucosa, parenteral e cutânea.
A NR 32 aborda que:
 deve ser mantida a rotulagem na embalagem original dos produtos químicos
utilizados;
 todo recipiente contendo produto químico deve ser identificado, de forma
legível, por
etiqueta, com nome da composição química, data do envase e de validade;
 é vedado o procedimento de reutilização das embalagens.
Em relação aos gases medicinais:
No armazenamento, manuseio e utilização dos gases, devem ser observadas as
recomendações do fabricante que devem ser mantidas, no local de trabalho, à
disposição dos
trabalhadores. É vedada:
 a utilização de equipamentos em que se constate vazamento de gás;
 a utilização de cilindros que não tenham a identificação do gás e a válvula de
segurança;
Para o sistema centralizado de gases medicinais, devem ser fixadas placas, em
local visível,
com caracteres legíveis, com as seguintes informações de procedimentos a
serem adotados
em caso de emergência e sinalização alusiva a perigo.
Gases e vapores anestésicos
Todos os equipamentos utilizados para a administração dos gases ou vapores
anestésicos
devem ser submetidos à manutenção preventiva. Essa manutenção consiste na
verificação
dos cilindros nas mangueiras, balões, válvulas, aparelhos de anestesia e
máscaras faciais.
Quimioterápicos antineoplásicos
Os quimioterápicos antineoplásicos somente devem ser preparados na área
com acesso
restrito aos profissionais, que deve dispor de:
 vestiário de barreira com dupla câmara;

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 sala de preparo dos quimioterápicos;
 local de armazenamento exclusivo par a estocagem;
 pia e material para lavar e secar as mãos;
 equipamentos de proteção individual e vestimentas para uso e reposição;
 recipientes para descarte de vestimentas usadas.

Identificar precaução padrão, aerossóis, gotículas e medidas de proteção,


determinadas pela NR 32, na segurança do paciente e profissionais de saúde.

1. Precaução padrão: Envolve a higienização das mãos antes e após o


contato com o paciente, uso de óculos, máscara cirúrgica e/ou avental
quando houver risco de contato com sangue ou secreções, descarte
adequado dos perfuro-cortantes. A porta do quarto deve ser mantida sempre
fechada e a máscara deve ser colocada antes de entrar no quarto.

2. Precaução por gotículas: É uma medida de controle de infecções adotada


para prevenir a disseminação de doenças contagiosas transmitidas por meio
de pequenas partículas conhecidas como gotículas respiratórias. As
medidas incluem o uso de máscara cirúrgica por todas as pessoas que
entram no quarto do paciente infectado, isolamento do paciente em quartos
privativos ou, quando não disponível, em quartos com outros pacientes
infectados pelo mesmo patógeno. Também é essencial manter uma
distância mínima de 1 metro entre os leitos para reduzir o risco de
transmissão.

3. Precaução por aerossol: É uma abordagem crucial para a prevenção da


transmissão de doenças através de partículas em suspensão no ar. A
higienização das mãos, o uso adequado da máscara N95 e a internação em
quarto privativo com ventilação adequada são medidas essenciais que
protegem tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde.

Segurança IV:

Conceituar material biológico.


Conceitua material biológico humano como tecido ou fluido constituinte do
organismo humano, tais como excrementos, fluidos corporais, células, tecidos,
órgãos ou outros fluidos de origem humana ou isolados a partir destes.

Exposição a material biológico – sangue, fluidos orgânicos potencial- mente


infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, lí- quido pleural,
peritoneal, pericárdico e amniótico), fluidos orgânicos potencialmente não-

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infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com
sangue.
A classificação dos materiais biológicos é crucial para que todos os envolvidos
no processo de transporte tenham conhecimento sobre quais os níveis de riscos
de infecção envolvidos. De modo geral, existem duas categorias de
classificação de material biológico:

categoria A: exposição a amostras que podem causar morte, doença fatal,


incapacidade em humanos e animais;

categoria B: amostras infecciosas, mas que não trazem risco de morte,


doença fatal ou incapacidade permanente;

É importante que os transportadores de material biológico utilizem métodos


mais rigorosos de cuidado com o transporte. O objetivo é manter as amostras
bem conservadas e que os transportadores sejam treinados e certificados para
lidar com cada tipo de material.

Quais são as medidas fundamentais para


transportar material biológico?
Todo o transporte de material biológico deve ser feito em etapas criteriosas, que
vão desde o embalamento correto de material até os cuidados na chegada dele
ao laboratório. A seguir, conheça mais dicas para esse tipo de procedimento.

1. Considere a variação cronobiológica


Algumas amostras podem se tornar inúteis para a análise laboratorial, se não
forem analisadas em tempo hábil. Por isso, é fundamental considerar a variação
cronobiológica durante o transporte.
Ou seja: é preciso levar em conta se o tempo de deslocamento não afetará a
qualidade da amostra. Geralmente, quando as distâncias forem muito grandes,
será necessário adotar algum método específico de acondicionamento para
preservar a amostra.

2. Faça a identificação
Já imaginou dar de cara com uma amostra sem identificação ou feita de
maneira errada? Isso gera retrabalho, desorganização e, principalmente, erros
na análise e entrega de resultados.

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Portanto, faça a identificação do material logo na primeira interação com o
paciente. Recolha todas as informações necessárias e organize esses detalhes,
tanto no banco de dados do laboratório quanto nas etiquetas que acompanham
o material.

3. Realize a acreditação laboratorial


Trata-se de um processo no qual o laboratório procura certificação. A
acreditação laboratorial indica que a empresa apresenta alto grau de eficiência
nos processos e segue os padrões reconhecidos pelos órgãos competentes
para o manuseio de amostras biológicas.
Um laboratório certificado não só atua em conformidade com as melhores
práticas, mas também conquista o prestígio da clientela.

4. Utilize os materiais adequados para embalar


É parte essencial dos cuidados do transporte de material biológico o
acondicionamento e o embalamento desse material. É preciso garantir que as
amostras não sejam perdidas, nem sofram nenhuma interferência pelo contato
com a embalagem.

O processo de empacotamento necessita ser realizado de acordo com regras


definidas pela legislação brasileira e internacional. Mas, de modo geral, a
embalagem deve conter um rótulo do recipiente, fechamento rosqueável e à
prova de vazamento.
Também, é esperado que essa embalagem seja acondicionada em local onde
não haja espaços vazios, o que poderia gerar atrito entre o recipiente e a parte
externa. Ainda, é importante destacar que o local onde a embalagem deve ser
colocada seja dentro de uma estrutura rígida e resistente capazes de suportar
impactos durante a viagem.

5. Implemente uma soroteca


Diariamente, inúmeras amostras são armazenadas e, com isso, novos
procedimentos são relacionados às informações de diferentes pacientes. Para
gerenciar esses dados de forma eficiente, é preciso se abrir para
a Transformação Digital e implementar uma soroteca.
Trata-se de uma espécie de biblioteca de amostras, ou seja, uma infraestrutura
capaz de organizar dados de maneira que sejam acessados mais facilmente.

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Entre outras vantagens, a soroteca otimiza o tempo e reduz a possibilidade de
erros.

Identificar acidente com material biológico.


Acidente com material biológico: todo acidente de trabalho ocorrido com
qualquer categoria profissional, envolvendo exposição direita ou indireta do
trabalhador a material biológico por meio de material perfuro-cortante ou não.
Vias de entrada: tecidos ou órgãos por onde um agente penetra em um
organismo, podendo ocasionar uma doença. A entrada pode ser: por via
cutânea (por contato direto com a pele), percutânea (através da pele),
parenteral (por inoculação intravenosa, intramuscular, subcutânea), por contato
direto com mucosas, por via respiratória (inalação) e por via oral (por ingestão).
Procedimentos após o acidente: Imediatamente após a ocorrência de um
acidente com exposição a material biológico o profissional exposto deve lavar o
local com água e sabão (nos casos de exposição percutânea ou cutânea). Nas
exposições de mucosas deve-se lavar exaustivamente com água ou solução
salina fisiológica. Em seguida, o profissional exposto deve comunicar o acidente
ao enfermeiro do setor onde ocorreu o acidente e posteriormente a sua chefia
imediata. Em seguida, o enfermeiro deverá solicitar as sorologias no sistema do
laboratório, tanto para o paciente-fonte quanto para o profissional exposto, e
deverá ligar para o técnico em análises clínicas, para que este profissional vá
até o setor/posto de trabalho específico fazer as coletas.
Todos os acidentes ocorridos em horários administrativos (8h/11h30 e
13h/16h30) o enfermeiro deve orientar o profissional exposto a procurar o SOST
imediatamente, caso contrário deve encaminhá-lo imediatamente ao médico
clínico de plantão.
Após a realização das coletas o enfermeiro deverá ligar para o laboratório e
relatar para o bioquímico o acidente com exposição a material biológico
ocorrido, informar que o técnico em análises clínicas já realizou as coletas, e
informar o nome do paciente-fonte e do profissional exposto. O profissional
exposto deve procurar o SOST o mais breve possível para fins de registro do
acidente e acompanhamentos.

Apontar na Legislação Brasileira a função do SESMT, da CIPA e do PCMSO.


SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho): Estabelecido no artigo 162 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), o SESMT tem a função de assegurar a integridade física dos
profissionais e alertá-los a respeito de novas doenças, bem como fornecer
esclarecimento sobre problemas de saúde e como evitar acidentes. O SESMT é

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responsável pelo planejamento e implementação de ações de SST nas
empresas. A principal finalidade do SESMT é promover medidas de saúde
ocupacional dentro das organizações.

A implantação da SESMT é obrigatória para todas as empresas públicas e


privadas que tenham empregados contratados pelo regime CLT, mas sua
importância vai muito além do simples cumprimento da legislação. Isso porque a
contratação de funcionários para formar o Serviço ajuda a reduzir a ocorrência
de doenças e acidentes e, por consequência, os custos relacionados a eles.
Quer seja por meio de palestras, quer seja pela implantação de programas de
prevenção e realização de treinamentos específicos, a equipe do SESMT atua
diretamente na promoção de conscientização coletiva e prevenção de
acidentes. Assim, é possível criar um ambiente de trabalho mais seguro para
todos e que melhora constantemente no quesito saúde, bem-estar e qualidade
de vida.
Outros benefícios que podem ser notados por empresas que investem em um
SESMT eficiente e ativo são:

Criação de um ambiente saudável para todos;

Melhoria da produtividade e redução com os gastos referentes a


afastamento associados a ocorrência de acidentes e/ou doenças;

Maior participação dos colaboradores nos assuntos referentes à


organização;

Adequação da empresa à legislação vigente, evitando assim a aplicação de


multas e demais problemas que podem gerar multas e processos
trabalhistas;

Criação de uma política de cuidado com a segurança e bem=estar de todos;

Engajamento dos profissionais na preservação da saúde.

CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes): A CIPA é uma


comissão formada por representantes dos empregados e do empregador,
responsável por zelar pela segurança e saúde dos trabalhadores dentro da
empresa. Sua criação é regulamentada pela Norma Regulamentadora nº 5 (NR-
5), do Ministério do Trabalho e Emprego. A função da CIPA é identificar e
prevenir possíveis riscos de acidentes e doenças ocupacionais, promovendo
ações de prevenção e conscientização.

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a) acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos
bem como a adoção de medidas de prevenção implementadas pela
organização;
b) registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em conformidade com o
subitem 1.5.3.3 da NR-01, por meio do mapa de risco ou outra técnica ou
ferramenta apropriada à sua escolha, sem ordem de preferência, com
assessoria do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho
- SESMT, onde houver;
c) verificar os ambientes e as condições de trabalho visando identificar
situações que possam
trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
d) elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva
em segurança e
saúde no trabalho;
e) participar no desenvolvimento e implementação de programas relacionados à
segurança e
saúde no trabalho;
f) acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, nos
termos da NR-1 e propor, quando for o caso, medidas para a solução dos
problemas identificados;
g) requisitar à organização as informações sobre questões relacionadas à
segurança e saúde dos trabalhadores, incluindo as Comunicações de Acidente
de Trabalho - CAT emitidas pela organização, resguardados o sigilo médico e as
informações pessoais;
h) propor ao SESMT, quando houver, ou à organização, a análise das condições
ou situações de
trabalho nas quais considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde
dos trabalhadores e, se for o caso, a interrupção das atividades até a adoção
das medidas corretivas e de controle; e
i) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana
Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT, conforme programação definida
pela CIPA.
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional): O PCMSO
é estabelecido conforme as normas regulamentadoras (NR) do Ministério do
Trabalho e Emprego. As empresas devem adequar suas atividades laborais
para atender às normas regulamentadoras do PCMSO. O PCMSO tem como

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objetivo principal promover a saúde dos trabalhadores e prevenir doenças
ocupacionais
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional é um documento que
tem como finalidade os seguintes pontos:

Relacionar todos os riscos ocupacionais dos empregados;

Propor soluções plausíveis;

Acompanhar a situação clínica daqueles que se envolveram em


acidentes durante o expediente;

Contribuir indiretamente para a melhoria da cultura organizacional.

Como forma de prevenção de problemas laborais, é preconizado o exame


médico periódico conforme o tipo de atividade exercida, a idade do trabalhador
e o tempo de exposição a um risco.

Como adiantamos acima, a reavaliação do empregado pelo médico do


trabalho depende da idade. Como regra, foi estabelecido que trabalhadores
acima de 18 anos devem ter o exame médico refeito a cada dois anos. Para os
casos de trabalhador menor de 18 anos ou com mais de 45 anos, o PCMSO
deve ser realizado anualmente.
Alguns trabalhadores expostos a condições não usuais, como câmaras
hiperbáricas, devem realizar o exame de acordo com indicação médica e, se
necessário, com menor intervalo de tempo que os demais indivíduos.
Portanto, é essencial que toda empresa e todo trabalhador tenham informações
sobre a saúde ocupacional e sobre a lei PCMSO para manter a segurança no
ambiente de trabalho e evitar acidentes e doenças ocupacionais.
A formalização do documento e a efetividade das ações descritas devem ser
avaliadas continuamente para evitar riscos ocupacionais não mensurados e
multas por desatenção dos articuladores do PCMSO.
Além disso, o PCMSO é um documento que compila as informações de
outras normas regulamentadoras, de forma que os conhecimentos a respeito
da proteção do trabalhador fiquem assegurados e o gestor atenda a todas as
recomendações preconizadas.

Definir as medidas de prevenção, de acordo com o acidente, para redução do


risco de contaminação
As medidas de prevenção para redução do risco de contaminação são parte das
normas de biossegurança e consistem em atitudes que devem ser tomadas por

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todos trabalhadores de saúde no ambiente da assistência. O objetivo é reduzir
os riscos de transmissão de agentes infecciosos, principalmente veiculados por
gotículas, aerossóis, sangue, fluidos corpóreos através do contato direto ou
indireto.
Algumas dessas medidas incluem:

1. Higienização das mãos: Essa é uma das medidas mais eficazes para
prevenir a transmissão de doenças.

2. Precauções padrão: São medidas de proteção adotadas por todos os


profissionais em relação a todos os pacientes que visam evitar qualquer tipo
de contato com sangue e fluidos corpóreos.

3. Precauções específicas: Dependendo do tipo de doença ou agente


infeccioso, podem ser necessárias precauções adicionais.

Essas medidas são recomendadas para o cuidado a todo e qualquer paciente


independente do conhecimento de seu diagnóstico, ou seja, todo e qualquer
paciente atendido deve ser considerado como potencialmente portador de uma
doença infectocontagiosa transmissível pelo sangue e/ou fluidos corpóreos A
implementação e adesão às precauções padrão constituem a estratégia
primária para evitar a transmissão de micro-organismos entre pacientes e
profissionais1.

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