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Gerenciamento do Descarte de

Resíduos
Profª Daniela Zechetti
1- SUMÁRIO

- O que é o plano de gerenciamento (PGRSS)


e gerenciamento de resíduos (GRSS)?
- Objetivo do PGRSS

- O que são resíduos dos serviços de saúde?


- Classificação dos resíduos
- Simbologia
- Etapas do Manejo
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

PGRSS: É o documento que descreve


um conjunto de procedimentos que devem
ser adotados pelos estabelecimentos
médico hospitalares com o objetivo de
diminuir ou eliminar a produção de
resíduos e proporcionar ao resíduos
gerados um encaminhamento
seguro e de forma eficiente, visando a
proteção dos trabalhadores e a preservação
da saúde pública e do meio ambiente.
RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

OBJETIVOS DO PGRSS:
 Melhorar as medidas de segurança e
higiene no
ambiente hospitalar;
 Contribuir para o controle de infecção hospitala
Proteger a saúde e o meio ambiente;
 Reduzir o volume e a massa de resíduos
contaminados;
 Estabelecer procedimentos adequado para o manejo de cada
grupo;
 Estimular a
reciclagem dos
resíduos comuns.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOS SERVIÇO DE
SAÚDE

É o conjunto de atividades técnicas e administrativas


aplicáveis ao manuseio, à minimização da geração, à
segregação na origem, à coleta, ao acondicionamento,
ao transporte, ao armazenamento, ao tratamento, ao
controle, ao registro e à disposição final dos resíduos.

De quem é a responsabilidade pelo gerenciamento dos


resíduos?

Todos que fazem parte da cadeia são responsáveis


pelo gerenciamento dos resíduos, desde a geração
até a disposição final.
O QUE SÃO RESÍDUOS DOS
SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)?

Resíduos de serviço de saúde: é o


Resíduo
resultante das
atividades
exercidas por estabelecimento gerador
que, por suas características, necessitam de processos
diferenciados no manejo,
exigindo ou não-tratamento prévio para a
disposição final.
REGISTRO FOTOGRÁFICO DA
TERCEIRA VISITA NO
ESTABELECIMENTO DE
SERVIÇOS DE SAÚDE

ACONDICIONAMENTO
INADEQUADO DE RSS –
Feito fora de recipientes
adequados, diretamente no chão e
excessivamente acumulado, local
aberto, armazenamento dos
resíduos infectante, comum e
perfurocortante em um mesmo
abrigo .
Incineração

Autoclave

Vala Séptica
INCINERAÇÃO
É uma das tecnologias térmicas existentes
para o tratamento de resíduos. Consiste na
queima de materiais em alta (geralmente
acima de 900º C), em mistura com uma
quantidade apropriada de ar e durante
tempo pré-determinado

AUTOCLAVE
tratamento dos resíduos com vapor saturado, onde estes são
expostos à temperatura de 121º C a 132º C durante 15 a 30
minutos para a destruição das bactérias, que ocorre pela MICROONDAS
termocoagulação das proteínas citoplasmáticas. Consiste na prévia trituração e aspersão de água
É o considerado um método seguro de esterilização que pode ser nos resíduos, que são submetidos na área de
usado para o lixo potencionalmente infectante. processamento, a ação de vapor e radiação de
microondas, e dessa maneira alcançam temperatura
e pressão máxima de esterilização.
Característica de vala séptica:
• Preenchimento das valas com resíduos com no máximo até
2,70m de altura.
• Recobrir os resíduos com pelo menos 30cm de terra argilosa.
• Distância entre valas :1 metro
• Controle de erosão / animais
• Alocação de áreas específicas
• Terreno alto e argiloso
• Separação de nascentes, cursos de águas e núcleos
populacionais por no mínimo de 1.000 metros.
• Impermeabilização de terrenos arenosos
• Profundidade máxima de 3 metros
• Comprimento variável
LEIS QUE AMPARAM E FISCALIZAM

- RDC ANVISA nº 306/2004: traz as normas para a


elaboração de um plano de gerenciamento de
resíduos, destacando as orientações para o manejo
dos resíduos. Preocupa-se principalmente com a
preservação da saúde pública.

- Resolução CONAMA nº 358/2005: dispõe sobre o tratamento e a


destino final dos resíduos dos s erviços de saúde,
preocupando-se com os riscos ao meio ambiente.

- Lei nº 4352 de Junho de 2009: dispõe


sobre o tratamento e a disposição final dos
RSS.
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente
Resíduos do Grupo A

A1 : Resíduos com suspeita ou certeza de


contaminação biológica, por exemplo:

- Culturas e estoques de microrganismos, meios de


cultura;

- Sobras de amostras de
laboratório contendo sangue ou
líquidos corpóreos, recipientes e
materiais resultantes do processo
de assistência à saúde , contendo
sangue ou líquidos corpóreos na
forma livre.
Resíduos do Grupo A

A2 : Carcaças, peças anatômicas,


vísceras e outros resíduos provenientes
de animais submetidos a processo de
experimentação com inoculação de
microorganismo .

Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final.


Resíduos do Grupo A

A3 : Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de


fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas
ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional
menor que 20 semanas, que não tenham valor cientifico ou
legal e não tenha sido requisitado pelo paciente ou seus
familiares.
Resíduos do Grupo A

A4 : Kits de linhas artesanais, endovenosas


e dialisadores; sobras de amostras
de laboratório e seus recipientes
contendo fezes, urina e secreções;
recipientes e materiais resultantes
do processo de assistência á
saúde,
que não contenham sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre, entre outros similares.

A5 : Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos,


materiais pérfuro cortantes ou
escarificantes e demais materiais
resultantes da atenção à saúde de indivíduos
ou animais.
Resíduos do Grupo B:

- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e


fixadores).
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados
em análises clínicas.
- Produtos hormonais
- Antimicrobianos
- Medicamento vencidos.
- Saneantes.
- Desinfetantes.
Classificação dos Resíduos

3- Grupo C (Radioativos): resíduos contendo


radio-nuclídeos em quantidades superiores
aos limites de eliminação e que a reutilização
seja imprópria.

- Materiais resultantes de laboratórios de pesquisa e ensino na


área de saúde, laboratórios de
análises clínicas e
medicina nuclear e radioterapia.
Classificação dos Resíduos
4- Grupo D (Comuns): resíduos que não
apresentam risco biológico, químico ou
radiológico à saúde a ao meio ambiente.
São equiparados aos resíduos
domiciliares.
Podem ser Recicláveis e Não
Recicláveis
Resíduo do grupo D:
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos,
peças descartáveis de vestuário;
- Sobras de alimentos;
- Resíduos de varrição, flores, jardins
Classificação dos Resíduos
5- Grupo E (Perfuro cortantes): materiais
perfurocortantes, escarificantes e outros
similares.

Identificação: Consiste no conjunto de medidas que


permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos
sacos e recipientes, fornecendo informações ao
correto manejo dos RSS.
IDENTIFICAÇÃO DOS RSS
SIMBOLOGIA ORIENTAÇÃO

GRUPO A : Os resíduos do grupo A são


identificados pelo símbolo de substância infectante
com rótulos de fundo branco, desenho e contornos

GRUPO B : Os resíduo do grupo B são identificados


através do símbolo de risco associado e com
discriminação de substância química e frases de risco.

GRUPO C : Os rejeitos do grupo C são representados


pelo símbolo internacional de presença de radiação
ionizante em rótulos de fundo amarelo, acrescido da
expressão MATERIAL RADIOATIVO.
IDENTIFICAÇÃO DOS RSS
SIMBOLOGIA ORIENTAÇÃO
GRUPO D : Os resíduos do grupo D podem ser
destinados a reciclagem ou à reutilização. Devem
ser acondicionados em sacos PRETOS, identificados
com etiqueta para RESÍDUO COMUM.
GRUPO E : são identificados pelo símbolo de
substancia infectante, com rótulos de fundo branco,
desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de
RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco
que apresenta o resíduo.

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