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TRABALHO DE

GESTÃO DE RESÍDUOS
NA ÁREA DA
SAÚDE(RSS)
CURSO GERÊNCIA EM SAÚDE

Alunas :

 Alessandra dos Santos e Moreira


 Cristine da Silva Leite
 Paloma Machado
 Paula Ribeiro Ullmann
“Espera mil anos e verás que será precioso até
o lixo deixado atrás por uma civilização
extinta.”
Isaac Asimov
O LIXO
Aliado a outros tipos de poluição o lixo urbano se
tornará um problema para o Meio ambiente, que
poderá resultar na extinção da espécie humana na
terra.
HISTÓRICO
O PRIMEIRO LIXO DO PLANETA 
 
Os habitantes de Roma, a primeira metrópole européia já enfrentava problemas com
seu lixo e esgotos. Tudo que era possível e impossível eram lançados nos rios e
mares.

Devido aos primeiros núcleos urbanos que sempre ficavam próximos da água e em
regiões planas para plantio, locais onde a natureza poderia beneficiar ao homem.
Porém estas regiões tornaram-se propícia ao consumo de matérias-primas, e as
alterações realizadas pelo homem. Com isso, houve a produção de lixo, mas
naquele tempo a natureza dava conta de tal poluição. 
Na Idade Média o número de pessoas em regiões urbanizadas aumentou
consideravelmente, com isso, as cidades ficaram estagnadas não havia
esgoto, o lixo se acumulava em ruas estreitas, isso era um ambiente
propício para a proliferação de ratos e a manifestação de doenças e
epidemias. A mais grave foi a Peste Negra, que entre 1347 e 1351
causou 25 milhões de mortes cerca de um terço da população européia.
Com o descobrimento e conquista do novo mundo, iniciou-se à
destruição pelos colonizadores que tinham como objetivo a extração
desenfreada de minerais e madeiras nobres.
ATUALMENTE
O ambiente urbano é um dos mais poluídos, nela ocorre vários tipos de poluição: sonora, visual,

atmosférica, lixo, esgoto, etc.

A velocidade do crescimento populacional e urbano muitas vezes sem planejamento (sobretudo

nos países subdesenvolvidos), ao lado da escassez de recursos legais (leis de proteção ao meio

ambiente).

Uma das principais poluições que causam grande degradação ao meio ambiente e ameaça ao ser

humano é o lixo urbano.

Poucas cidades dispõem de aterros sanitários apropriados e raríssimas são as que possuem

usinas de tratamento. Diante da escassez cada vez maior de locais apropriados (aterros) para a

colocação de montanhas de lixos geradas diariamente nas cidades.


Lixo hospitalar atinge litoral
do Rio Grande do Norte
Resíduos no Brasil (2020)
A geração de lixo hospitalar no Brasil aumentou 20% no
mês de junho

A geração de lixo hospitalar no Brasil havia caído nos meses


anteriores, em meio à quarentena imposta pela pandemia.
De acordo com a entidade, a geração média de lixo
hospitalar por pessoa infectada e internada para
tratamento de Covid-19 tem sido de 7,5 quilos por dia.

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/geracao-de-lixo-hospitalar-no-brasil-aumenta-
20-em-junho
RDC nº 306/04 - ANVISA

Manejo de RSS: NBR 12809/93


–Segregação
–Acondicionamento
–Identificação
–Transporte interno
–Armazenamento temporário
–Armazenamento externo
–Coleta e transporte externos
–Tratamento
–Destinação final
Denominação
Lixo hospitalar

Resíduos de serviço de saúde

(ABNT) NBR 12 807 1987/1993


DEFINIÇÃO/ORIGEM

RESOLUÇÃO CONAMA 283 - 12/07/2001

Qualquer unidade que execute atividades denatureza


médico- assistencial humana ou animal são eles:

Laboratórios, Consultórios Médicos, Odontológicos e


Veterinários, Bancos de Sangue/Leite)
Centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação
na área de farmacologia e saúde
Medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados
Necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal
Barreiras sanitárias
ANVISA 306 – 12/2004
Indústrias
Serviços de Controle de Zoonoses,Tatuagem, Acupuntura,
Embalsamamento,
Tratamento Hemo/Quimioterápico e produção de
hemoderivados
PROBLEMÁTICA

CONTROLE DE INFECÇÃO

SAÚDE INDIVIDUAL E OCUPACIONAL

AO MEIO AMBIENTE
Classificação dos resíduos de serviços
de saúde
Para um manejo adequado é necessário
classificar estes resíduos, as legislações vigentes
os classificam segundo os potenciais riscos que
estes revelam à saúde, ao meio ambiente e em
decorrência de sua origem e natureza, sendo
divididos em cinco grupos: Grupo A: resíduos
infectantes; Grupo B: substâncias químicas; Grupo
C: rejeitos que contenham material radioativo;
Grupo D: são os resíduos comuns, se qualificando
como recicláveis, ou não, e por fim Grupo E:
perfurocortantes infectantes.

RDC 306/04 (ANVISA) Res. 358/05 (CONAMA)


Classificação por risco potencial
à saúde e ao meio ambiente
 Grupo A: presença de agentes biológicos

 Grupo B: características químicas

 Grupo C: rejeitos radioativos

 Grupo D: resíduos comuns 

 Grupo E: perfurocortantes
RDC 306/04 (ANVISA) Res. 358/05 (CONAMA)
GRUPO A
Resíduos Biológicos/Infectantes
Grupo A1- Resíduos de manipulação de microrganismos,

inoculação, manipulação genética , ampolas e frascos e


todo o material envolvido em vacinação, matérias envolvidos
em manipulação laboratorial, material contendo sangue,
bolsas de sangue ou contendo hemocomponentes. Este
resíduo deve ser acondicionado pelo gerador em saco
branco leitoso com o símbolo de risco infectante.
Grupo A2 – Corresponde a carcaças, peças anatômicas, vísceras animais e até

mesmo animais que forma submetidos a processo de experimentação com

microorganismos que possam causar epidemia. Como estes resíduos possuem

um alto grau de risco, devem ser acondicionados em sacos vermelhos contendo o

risco de infectante.

Grupo A3 – Peças anatômicas (membros humanos), produtos de fecundação

sem sinais vitais, com peso inferior a 500 gramas e estatura menor que 25cm,

devem ser acondicionados pelo gerador em saco vermelho e contendo o risco de

infectante.
Grupo A4 – Kits de linha artérias, filtros de ar e de gases
aspirados de áreas contaminadas, sobras de laboratório contendo
fezes, urina e secreções, tecidos e matérias utilizados em serviços
de assistência á saúde humana ou animal, órgãos e tecidos
humanos, carcaças, peças anatômicas de animais, cadáveres de
animais e outros resíduos que não tenham contaminação com
doença ou microorganismos de importância epidemiológica. Estes
resíduos devem ser acondicionados pelo gerador em sacos
brancos leitoso com símbolo de risco infectante.
GRUPO B
Resíduos Químicos
São considerados resíduos químicos todas as substâncias consideradas inflamáveis, corrosivas, reativas e

tóxicas e os matérias

que tiveram contato com estas substâncias.

 Fármacos: Antimicrobianos, antivirais, antineopláticos, digitálicos, imunossupressores, imunomodulares e

hormônios.

 Líquidos/sólidos: Formol/ xilol, reagentes, fixadores e reveladores (RX) entre outros.

 Sólidos Contaminados: São considerados resíduos sólidos contaminados todo material que entrou em contato

com o

com o produto químico, incluindo o perfurocortante.

Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipiente constituídos de material compatível com líquido

armazenado,

resistente, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante, se for possível utilizar as embalagens originais.

Alguns produtos

como o álcool, detergente e o hipoclorito podem ser descartados a rede de esgoto municipal.
Segregação, acondicionamento
e Identificação
RDC nº 306/04 - ANVISA
Tratamento
Grupo B1: aterro sanitário industrial para resíduos
perigosos classe I; excretas de pacientes tratados com
quimioterápicos antineoplásicos → esgoto sanitário com
sistema de tratamento ou tratados no local
Grupo B2: esgoto sanitário com sistema de tratamento ou
resíduo sólido comum
Grupo B3: resíduos e insumos farmacêuticos dos
medicamentos controlados pela Portaria MS 344 – 98
→ aterro sanitário industrial - Resíduos Perigosos Classe I
Grupo B4, : FISPQ → aterro sanitário industrial para
Resíduos Perigosos Classe I
GRUPO C
RESÍDUOS RADIOATIVOS
É considerado rejeito radioativo qualquer material que resulta a
atividade humana que consta radionuclídeos que possui quantidade
superior ao limite de isenção especifica na norma CNEN-NE-6.02- “
Licenciamento de instalações Radioativas” . O rejeito
radioativo é classificado de acordo com o tipo de emissão do
radioisótopo, forma física, concentração e taxa de exposição na
superfície do recipiente que o contém.
GRUPO D
Resíduos Comuns
São resíduos de qualquer lixo que não tenha sido
contaminado ou possa provocar acidentes. Não
apresentam risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser
equiparados aos resíduos domiciliares. Ex: sobras
de alimentos e do preparo de alimentos, materiais
passíveis de reciclagem e papéis.
Estes resíduos são divididos em 2 grupos: não
recicláveis e recicláveis.
São considerados não recicláveis:Não Recicláveis
fraldas descartáveis; papel higiênico;
algodão, gaze, compressas, luvas e
ataduras sem sangue ou secreção
na forma livre, blister de
medicamento vazio, esponjas,
aventais, toucas e propés
descartáveis desde que não
apresentem contaminação; seringas
de diluição; equipo para dieta; frasco
de dieta, entre outros.
Recicláveis
São aqueles que após sofrerem
uma transformação física ou
química podem ser reutilizados no
mercado, seja sob a forma original
ou como matéria-prima de outros
materiais para finalidades diversas.
Para reciclar um material é
necessário que haja um processo
de seleção prévia, isto é, a
separação do lixo comum em papel,
plástico, vidro, metal.
A reciclagem desses materiais proporciona
uma utilização mais racional de recursos
naturais não renováveis e uma redução na
poluição da água, do ar e do solo. Para a
Indústria, a reciclagem tem muitas vezes a
vantagem de diminuir os custos de produção.
A população também beneficia da reciclagem,
sendo esta a fonte de renda de muitos
trabalhadores que obtêm no lixo urbano
materiais que podem ser vendidos para
empresas recicladoras.
Segregação, Acondicionamento e Identificação
GRUPO E
PERFUROCORTANTES
Os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas,
pontas que podem causar cortes e perfurações como:
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas;
micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos
os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas,
tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros
similares.
Esses materiais devem ser embalados em recipientes
específicos e resistentes, ou seja, que não serão
facilmente rasgados. Esses recipientes devem conter a
inscrição do material infectante disposta de forma
visível, e a destinação ideal geralmente é a incineração,
mas pode haver a coleta especial voltada para depósito
em aterro sanitário.
Segregação, Acondicionamento e Identificação
TRANSPORTE INTERNO
O transporte interno de resíduos deve ser realizado
atendendo roteiro previamente definido e em horários
não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos
e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de
pessoas ou de atividades.
Sacos de lixo
Os sacos de lixo com resíduos de serviços de saúde
jamais deverão ser deixados em corredores,
transportados em aberto ou arrastados pelo chão.
Transporte interno
Os recipientes para transporte interno
devem ser constituídos de material rígido,
lavável, impermeável, provido de tampa
articulada ao próprio corpo do equipamento,
cantos e bordas arredondados, e serem
identificados com o símbolo e/ou cores
correspondentes ao risco do resíduo neles
contidos.
Transporte interno

Devem ser providos de rodas revestidas de material que


reduza o ruído. Os recipientes com mais de 400 L de
capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo.
Abrigo
Abrigo
O abrigo de contêineres de resíduos deve ser construído em local afastado

do corpo da edificação e das divisas vizinhas, possuir, no mínimo, um

ambiente cercado e separado em três boxes para atender o armazenamento

de resíduos do Grupo A (Resíduos Biológicos), Grupo B (Resíduos

Químicos) e Grupo D (Resíduos Comuns), separadamente.

Deve ser dimensionado de acordo com a geração de resíduos e a

permanência equivalente há dois dias, com cobertura de telhado, piso e

paredes revestidos de material liso, impermeável, lavável, e de fácil

desinfecção e descontaminação.
O abrigo também deve ter um armário de EPI e extintores de incêndio de

CO2 e PQS, uma área específica de higienização para limpeza e

desinfecção simultânea dos recipientes coletores e demais equipamentos

utilizados no manejo de RSS.

É aconselhável que se tenha um kit de emergência para os casos de

derramamento ou vazamento, incluindo produtos absorventes.

No caso específico dos resíduos químicos, esses se devem observar as

medidas de segurança recomendadas pelos fabricantes, organizar o

armazenamento de acordo com critérios de compatibilidade, segregando

os resíduos em bandejas.
ATENÇÃO
Nunca receber nem armazenar resíduos sem identificação
e sempre manter registro dos resíduos recebidos.

Os aspectos construtivos do abrigo de resíduos devem


obedecer a RDC nº 306/2004, RDC nº 50/2002, RDC nº
307/2002 e RDC nº 189/2003 da ANVISA, além das
normas locais, quando existentes.
TRATAMENTO DOS RSS

O tratamento consiste na aplicação de método, técnica ou


processo que modifique as características biológicas ou
a composição dos RSS, que leve à redução ou
eliminação do risco de causar doença:
No próprio estabelecimento gerador

Em outro estabelecimento com licenciamento

ambiental
MICROONDAS/AUTOCLAVE
INCINERADOR
DISPOSIÇÃO FINAL
O aterramento em solo, em local licenciado (aterro
sanitário ou outro), dos subgrupos A1 e A2, após
tratamento prévio, e do subgrupo A4 (sem exigência de
tratamento) é técnica reconhecida e permitida
atualmente no Brasil (Resolução nº 358/2005 do
CONAMA), além de ser economicamente mais
compatível com a realidade econômica do país.
ATERROS SANITÁRIO
Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde
PGRSS
PGRSS
O manejo dos RSS é realizado em
etapas, a saber: Segregação,
acondicionamento, identificação,
armazenamento interno e externo,
tratamento, transporte interno e
externo e pôr fim à disposição,
conforme Figura:
PGRSS
Indica processos utilizados pelo estabelecimento

para a minimização de geração de resíduos, bem


como de todos os passos: Segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, reusos, reciclagens, tratamentos e
disposições finais
Toda unidade tem que ter um Gerente de
RSS
Bibliografia
https://slidetodoc.com/vigil-ncia-em-sade-diretoria-de-vigil-ncia-3/
http://www.atitudeambiental.com/classe.html

https://www.vgresiduos.com.br/blog/conheca-a-disposicao-correta-de-residuos-de-saude/

https://www.proambientaltecnologia.com.br/classificacao-dos-residuos-de-saude/
http://www.hu.ufsc.br/setores/ccih/wp-content/uploads/sites/16/2015/07/RES%C3%8DDUO-DO-SERVI%C3%87O-DE-SA
%C3%9ADE.pdf[15:23,
http://www.atitudeambiental.com/classe.html

https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/04/23/mais-de-15-toneladas-de-lixo-inclusive-hospitalar-surgem-em-
praias-do-rn-e-da-pb.ghtml
FIOCRUZ. Biossegurança em laboratórios de saúde pública. Brasília: Ministério da Saúde, 1998.
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária


Resolução nº 306/2002: Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais.

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