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ESCOLA DE ENGENHARIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
Niterói - RJ
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENGENHARIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
Niterói - RJ
2023
RÔMULO CARLOS DA SILVA EMERIK
COMISSÃO EXAMINADORA
_____________________________________________
Prof. Dsc. Troner Assenheimer de Souza (Orientador)
Universidade Federal Fluminense - UFF
_____________________________________________
Prof. Dsc. Carlos Eduardo Ribeiro de Barros Barateiro (Co-Orientador)
Universidade Estácio de Sá
_____________________________________________
Prof. Dsc. Diego Martinez Prata
Universidade Federal Fluminense - UFF
_____________________________________________
Prof. Dsc. Iuri Soter Viana Segtovich
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Niterói-RJ
2023
Dedico esta conquista à minha família, que sempre me
incentivou nos pequenos passos desta grande
caminhada,
Obrigado.
AGRADECIMENTOS
Muitos países têm assinado acordos globais com metas ambiciosas para
descarbonizar sua matriz energética, este esforço em conjunto vinha com o objetivo
inicial de reduzir o aquecimento global. Desde o surgimento da crise do Petróleo nos
anos 70 em que os países com maior produção passaram a influenciar diretamente o
valor do Petróleo-Brent, tem aumentado a necessidade de uma transição para uma
nova fonte de energia, renovável, e sem influência de políticas globais. O estudo do
hidrogênio como fonte primária de energia passou então a ser amplamente estudado.
A tecnologia de célula combustível foi desenvolvida e trouxe um potencial muito
significativo para possibilitar essa transição energética. O hidrogênio é uma fonte de
energia versátil, limpa e que pode ser produzido a partir de fontes renovável,
atendendo completamente aos requisitos dessa nova fase. Porém, seu transporte
continua sendo um desafio e será necessário desenvolvimento para utilização de
gasodutos ou investimentos para utilização de produto químico como portador
(amônia, por exemplo). Neste sentido, esta dissertação visa realizar a modelagem e
simulação de um sistema de produção de hidrogênio a partir da eletrólise alcalina,
com energia gerada por fontes renováveis, como também explorar a posição esperada
para o mesmo na transição da matriz energética, descrevendo seu potencial e
principais desafios a serem enfrentados. Os resultados mostram que uma planta com
taxa de produção de 151 kg/h de hidrogênio, pode ser alimentada por 1 aerogerador
com disponibilidade energética de 938 kW. Em termos de investimentos são
requeridos R$ 21 milhões para um período de 10 anos, com VPL de R$ 9 milhões,
payback em 5 anos e TIR de 23%.
Símbolos
P Pressão
T Temperatura
Cp Coeficiente de Força (Lei de Betz)
∆H Variação da Entalpia
∆G Variação da Energia de Gibbs
∆S Variação da Entropia
H Entalpia
G Energia de Gibbs
S Entropia
F Constante De Faraday
i Corrente Elétrica
Vrev Tensão Reversível Mínima
Vcell Tensão de Eletrólise
nH2,prod Produção de Hidrogênio
nH2OConv Taxa de Conversão de Hidrogênio
nH2 Eficiência da Planta de Eletrólise
nH2O Consumo de Água
Wstack Tensão Requerida no Eletrolisador
H2Conv Taxas de Conversão de Hidrogênio
Pdisponível Potência Disponível
Pelétrica Potência Elétrica Gerada
𝜌 Densidade
V Velocidade
di Densidade de Corrente
N Número de placas no Eletrolisador
W Tensão
r1, r2, d1, d2, s, t1, t2, t3 Coeficiente de polarização
f11, f12, f21, f22 Coeficiente de Faraday
Siglas
I Investimento Inicial
VR Valor Residual
IR Índice de Rentabilidade
CA Corrente Alternada
CAPEX Investimento em Bens de Capital
OPEX Custo de Operação e Manutenção
RVM Reforma a Vapor do Metano
GN Gás Natural
VPL Valor Presente Líquido
TIR Taxa Interna de Retorno
Payback Tempo de Retorno Sobre o Investimento
PBS Payback Simples
PBD Payback Descontado
IL Índice de Lucratividade
ACM Módulo Personalizado Avançado do Aspen
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
1.1.
CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA........................................................... 16
1.2.
OBJETIVOS ....................................................................................................... 18
1.3.
ESTRUTURA ..................................................................................................... 19
1.4.
JUSTIFICATIVAS ............................................................................................... 20
1.4.1. A Energia e o Desenvolvimento Sustentável ............................... 20
1.4.2. Emissão de Gases ...................................................................... 22
1.4.3. O hidrogênio como Fonte de Energia .......................................... 24
2. REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................. 27
2.1. O conceito de Hidrogênio Verde ................................................... 27
2.1.1. Produção de Hidrogênio por Eletrólise ........................................ 29
2.2. Principais Obstáculos para o Crescimento do Hidrogênio ............ 32
2.2.1. Transporte, Distribuição e Armazenagem ................................... 32
2.2.2. O Uso da Amônia no Transporte do Hidrogênio .......................... 35
2.3. Estudo de Viabilidade Econômica ................................................ 39
2.3.1. Método de Avaliação do Investimento ......................................... 40
2.3.1.1. Fluxo de Caixa ......................................................................... 40
2.3.1.2. Valor Presente Líquido (VPL) ................................................... 40
2.3.1.3. Payback ou Tempo de Retorno ................................................ 42
2.3.1.4. Taxa Interna de Retorno (TIR) ................................................. 43
2.3.1.5. Índice de Rentabilidade (IR) ..................................................... 44
2.4. Seleção de uma Equação Termodinâmica Apropriada ................. 45
2.4.1. Fundamentos Termodinâmicos da Eletrólise Alcalina ................. 48
2.5. Energia Eólica para a Eletrólise Alcalina ...................................... 55
2.5.1. Configuração de um Parque Eólico ............................................. 58
2.6. Investimentos Necessários ........................................................... 61
2.6.1. Equipamentos Secundários ......................................................... 62
2.6.2. Sistema de Eletrólise ................................................................... 63
2.6.3. Custo da Energia ......................................................................... 64
3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................. 64
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 71
4.1. Modelagem e Simulação no AspenPlus ....................................... 71
4.2. Cálculo da Energia Eólica para o Sistema de Eletrólise ............... 74
4.3. Análise de Viabilidade Econômica ................................................ 75
5. CONCLUSÃO .................................................................................................... 79
6. PROPOSTA PARA ESTUDOS FUTUROS ........................................................ 80
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 81
APÊNDICE A – RESULTADOS DETALHADOS ....................................................... 95
APÊNDICE B – COMPARAÇÃO DE RESULTADOS ................................................ 97
13
1. INTRODUÇÃO
Pode ser convertido em outras formas de energia de mais maneiras e com mais
eficiência do que qualquer outro combustível (como combustão catalítica,
eletroquímica conversão e hidratação);
É ambientalmente compatível com sua produção, armazenamento, transporte
e uso final não produzem quaisquer poluentes (exceto para pequenas
quantidades de nitrogênio óxidos), gases de efeito estufa ou quaisquer outros
efeitos no meio ambiente.
O consumo de energia elétrica nos últimos 10 anos tem crescido nas áreas
industriais, comerciais e residenciais (MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA, 2020a,
p. 42). Os países que não são autossuficientes necessitam importar energia para
suprir a demanda interna (INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, 2021b, p. 315).
Esse crescimento tem levado os governos de todo o mundo a traçarem estratégias de
fornecimento de energia a curto e longo prazo (INTERNATIONAL RENEWABLE
ENERGY AGENCY, 2020b). A preocupação com o aumento do consumo e as
questões ambientais têm justificado um planejamento mais rigoroso quanto às novas
formas de fornecimento de energia (MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA, 2021b).
1.2. OBJETIVOS
1.3. ESTRUTURA
1.4. JUSTIFICATIVAS
carbono-zero até 2050 (REN21, 2022, p.36). Para que seja possível atingir este
objetivo, grandes mudanças são necessárias nas políticas governamentais. A
tendência futura de emissão de CO2 é apresentada na Figura 4, levando em
consideração as políticas atuais declaradas e o cenário de promessas.
Observa-se a partir da Figura 4 que a trajetória em si não pode ser dada como
certa, pois a diferença nas emissões de dióxido de carbono (CO2) ilustra muito
claramente o tamanho da lacuna de implementação da política que existe no
momento. As políticas que estão em vigor ou foram anunciadas parecem ser
insuficientes para evitar que as emissões continuem aumentando e terminem a
década em níveis maiores do que em 2020. Com este cenário, a trajetória está longe
de atingir carbono-zero, que deveria mostrar as emissões caindo para cerca de 21
giga toneladas (Gt) em 2030.
2. REVISÃO DA LITERATURA
RVM ou
Tipo de RVM (*) ou Gaseificação
Pirolise Eletrólise
Processo Gaseificação com captura de
carbono
Energias
Fonte de Metano ou Metano ou
Metano renováveis (Solar
Energia carvão carvão
ou Eólica)
Fonte: INTERNATIONAL RENEWABLE ENERGY AGENCY (2020b, p.8)
Como pode ser observado na Tabela 2, o hidrogênio contém mais energia por
unidade de massa do que a gasolina, tornando-se uma opção atraente como
combustível. No entanto, o H2 é o elemento mais leve e assim tem uma baixa
densidade energética por unidade de volume (GODULA-JOPEK, 2015, p. 2). Isso
significa que para garantir o mesmo volume de energia, deve-se transportar um
volume de hidrogênio 3,29 vezes maior que o gás natural (KHAN; YOUNG; LAYZELL,
2021, p. 15). Isso pode ser alcançado, por exemplo, através do uso de dutos maiores
ou pela conversão do hidrogênio em combustíveis que têm uma densidade energética
maior, mas isso (e qualquer reconversão subsequente) usa alguma energia
(INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, 2019, p. 34).
34
H2 -253 71 2.4
Way (1994). Um dos exemplos dessa tecnologia é o reator com membrana seletiva
de H2, como é apresentado na Figura 7, que realiza a decomposição da amônia e em
seguida efetua a separação do H2 dentro no mesmo reator, resultando em maior
eficiência no processo (ZHANG et al., 2019).
𝑛
𝐶𝑛 𝑉𝑅 (4)
𝑉𝑃𝐿 = −𝐼 + ∑ +
(1 + 𝑟)𝑛 (1 + 𝑟)𝑛
1
Ross et al. (2010, p. 284) afirmaram que todo projeto de investimento que
apresentar um VPL positivo será considerado rentável, o que significa que o capital
investido será recuperado remunerando a uma taxa de juros que mede o custo de
capital do projeto. A decisão da viabilidade com base neste método é resumida da
seguinte forma:
1
Para a avaliação de um projeto de investimento, a taxa de desconto exigida será a taxa
mínima de atratividade exigida pelo projeto, conhecida como a Taxa Mínima de Atratividade (TMA).
Esta taxa representa o custo de oportunidade do capital investido ou uma taxa definida pela companhia
em função de sua política de investimento.
42
Vantagens:
É um método de avaliação fácil de ser aplicado
Apresenta um resultado de fácil interpretação
É uma medida de risco do projeto (viesada)
É uma medida de liquidez do projeto (viesada)
Desvantagens:
Não considera o valor do dinheiro no tempo
Não considera todos os capitais do fluxo de caixa
Não é uma medida de rentabilidade do investimento
Método do Paybak Simples (PBS):
Regra = PBS do projeto < PBS máximo => aceita-se o projeto
PBS do projeto = PBS máximo => indiferente
PBS do projeto > PBS máximo => rejeita-se o projeto
43
2
Projetos independentes são aqueles cuja aceitação ou rejeição não depende da aceitação ou
rejeição de outros projetos. O outro extremo são os projetos mutuamente excludentes, o que significa
dizer que dois projetos, A e B, não podem ser aceitos ou rejeitados simultaneamente; pois a aceitação
de um automaticamente significa a rejeição do outro.
44
Observa-se pela Figura 10 a alternância de sinal do VPL, isso significa que este
projeto não tem apenas uma TIR. Neste caso não faz sentido analisar a aceitação do
projeto exclusivamente pelo método da TIR, pois não representa o embasamento
necessário para a tomada de decisão. Uma séria de fluxos de caixas com “n”
mudanças de sinais poderá ter até “n” taxas internas de retorno.
b) Problema de escala:
A regra básica da TIR nos mostra que se deve escolher o projeto 1, porém o
problema neste caso está em ignorar as diferenças de escala. Embora o projeto 1
tenha maior TIR, o investimento total é menor. Em outras palavras, a rentabilidade
percentual esperada para o projeto 1 é compensada pela capacidade de se obter uma
rentabilidade menor sobre um investimento maior como no projeto 2.
𝑉𝑃𝐿
𝐼𝑅 = (5)
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
na qual, VPL é o valor presente líquido. Os seguintes critérios devem ser aplicados:
Aceitar se IR > 1
Rejeitar se IR < 1
Matsoukas (2012, p. 21) ressaltou que dentre os nomes que contribuíram para
o desenvolvimento da análise termodinâmica se destaca a contribuição feita por J.
Willard Gibbs, que revolucionou a disciplina ao definir o conceito da Energia de Gibbs
que correlacionar as propriedades macroscopias com as microscopias. Seader,
Henley e Roper (2011, p. 52) indicaram que a estimativa das propriedades baseadas
em modelos de energia de Gibbs para prever coeficientes de atividade de fase líquida,
e outras funções em excesso, como volume e entalpia, são parâmetros importantes a
serem analisados.
47
na qual, ΔGd (em J.mol-1) é a energia de Gibbs (sendo > 0), n é o número de elétrons
𝛥𝐺 (𝑇, 𝑃)
𝐸(𝑇, 𝑃) = (7)
𝑛𝐹
𝛥𝐻 (𝑇, 𝑃)
𝑉(𝑇, 𝑃) = (8)
𝑛𝐹
valores das propriedades termodinâmicas são: ΔGº = 237,22 kJ/mol e ΔHº = 285,84
∆G𝑑 °(𝐻2 𝑂)
∆G𝑑 °(𝐻2 𝑂) = +237.22 𝑘𝐽 𝑚𝑜𝑙−1 => 𝐸° = = 1.23 𝑉 (9)
2𝐹
∆H𝑑 °(𝐻2 𝑂)
∆H𝑑 °(𝐻2 𝑂) = +285.840 𝑘𝐽 𝑚𝑜𝑙−1 => 𝑉° = = 1.48 𝑉 (10)
2𝐹
eletrólise (reversível) é 1,23 V, acima deste valor a corrente começa a fluir através da
célula. Uma energia elétrica adicional pode ser considerada para superar algumas
resistências internas e a dissipação da eletricidade como calor para os arredores.
que, dado uma temperatura, a eletrólise será endotérmica entre a tensão de equilíbrio
aumenta ligeiramente com o aumento na pressão (de 1 para 50 bar), mostrando que
seu impacto é limitado. Essa condição também foi observada por Jang, Cho e Kang
Como definido por Boudellal (2018, p. 65), a demanda total de energia para a
produção de hidrogênio é dada pela entalpia da reação: ΔH = ΔG + T.ΔS. A variação
de entalpia (ΔH) inicia a reação de eletrólise à temperatura e pressão constantes. A
energia de Gibbs (ΔG) é a energia elétrica, a parte restante é energia térmica (Q) que
é igual à multiplicação da temperatura do processo (T) e a variação de entropia. A
energia de Gibbs pode ser reescrita conforme a Equação (11):
∆𝐺
𝑉𝑟𝑒𝑣 = (11)
𝑛𝐹
Ulleberg (2003) afirmou que a partir dos valores da tensão mínima é possível
calcular então a tensão de eletrólise, conforme a Equação (12):
𝑡 𝑡
𝑡1 + 2 + 32 𝑟1 + 𝑟2 . 𝑇
𝑉𝑐𝑒𝑙𝑙 = 𝑉𝑟𝑒𝑣 + 𝑠. log ( 𝑇 𝑇 . 𝑖 + 1) + .𝑖 (12)
𝐴 𝐴
𝑊𝑠𝑡𝑎𝑐𝑘 (13)
𝐻2𝐶𝑜𝑛𝑣 =
𝑉𝑐𝑒𝑙𝑙 . 𝑧. 𝐹
𝐶7 + 𝐶8 . 𝑇 + 𝐶9 . 𝑇 2
HTO = [ 𝐶1 + 𝐶2 . 𝑇 + 𝐶3 . 𝑇 2 + (𝐶4 + 𝐶5 . 𝑇 + 𝐶6 . 𝑇). exp ( )]
𝑑𝑖
(15)
2
𝐸7 + 𝐸8 . 𝑝 + 𝐸9 . 𝑝
+ [𝐸1 + 𝐸2 . 𝑝 + 𝐸3 . 𝑝2 + (𝐸4 + 𝐸5 . 𝑝 + 𝐸6 . 𝑝2 ). 𝑒𝑥𝑝 ( )]
𝑑𝑖
1
𝑃𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 (𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠) = 𝜌𝐴V 3 ∗ Cp (17)
2
de Potência (Cp), que mostra o quanto, efetivamente, uma turbina converte da energia
dos ventos em eletricidade.
O alemão Albert Betz conclui em 1919 que nenhum aerogerador pode converter
mais que 16/27 (59,3%) da energia cinética dos ventos em energia mecânica através
de um rotor, esta teoria é conhecida como Lei de Betz (LETCHER, 2017, p. 22).
Portanto o coeficiente de força (Cp) máximo de qualquer aerogerador é adotado como
0,59. É sabido que nenhuma turbina pode operar em sua eficiência máxima devido a
limitação de seus componentes mecânicos, logo é comumente adotados valores para
o coeficiente de potência entre 0,40-0,50 para os cálculos da energia gerada pelo
sistema (PINTO, 2013, p. 100).
Grande parte dos aerogeradores modernos tem suas hélices fabricadas com
plásticos reforçados (poliéster ou epóxi) e fibra de vidro. Fibra de carbono, aço,
alumínio, madeira e madeira-epóxi são outros materiais usados em menor escala
(LETCHER, 2017, p. 141). Atrás da hélice há a nacela com vários equipamentos que
controlam as pás e analisam as condições do vento, que conta também com uma
caixa de engrenagens que controla a velocidade de rotação para um gerador (PINTO,
2013, p. 158). Tudo isso fica sobre uma torre que deixa a turbina na altura considerada
ideal de acordo com as condições do local, que podem ser construídas em aço, treliça
ou concreto (MANWELL; MCGOWAN; ROGERS, 2009, p. 6).
61
Equipamentos
Sistema de
Eletrólise
CAPEX
(Capital Expenditure)
Infra-estrutura
elétrica (Eólica)
Custos do
Projeto Montagem e
Instalação
OPEX
Operação e
(Operational Manutenção
Expenditure)
Fonte: Produzido pelo autor
considerado uma planta de 1000kW que será capaz de atender uma demanda de
energia para 96 sistemas eletrólise. Os cálculos que justificam essa escolha estão
detalhados no capítulo 4.2.
Os custos aqui analisados estão baseados num estudo de caso realizado pelo
instituto Canadense em Energia Limpa, conforme a Tabela 8.
Observa-se na Tabela 8 que foi considerado o custo para uma planta com
requisito energético de 1020 kW, os motivos que justificam essa escolha estão
detalhados no Capítulo 4.2.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
o
Temperatura T 75 C
Pressão P 7 bar
Corrente i 400 A
Tensão de entrada W 10 kw
d1 -3.12996 x 10-6 Ω . m2
s 0.33824 V
t1 -0.01539 m2 . A-1
f21 1,03960 -
o
f22 -0,00104 C-1
Fonte: ULLEBERG (2003)
Como o software AspenPlus ainda não possui uma unidade de operação para
modelagem de um eletrolisador, as equações para o cálculo da potência elétrica
necessária (Wstack) e taxa de conversão de hidrogênio (H2-Conv) foram desenvolvidas
como uma sub-rotina utilizando o MS-Excel, conforme as equações detalhadas no
item 2.4.1 e os respectivos coeficientes informados na Tabela 10. As variáveis de
entrada necessárias para realização dos cálculos e respectivas saídas (resultados)
estão informadas na Figura 23.
Taxa de conversão de
Equação (13)
hidrogênio
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir dos dados obtidos na Figura 27 pôde-se observar que quando o sistema
opera com uma corrente de 400A (variável de entrada informada na Tabela 10),
correspondente a uma potência requerida pelo processo de eletrólise de 9726W,
resulta numa taxa de produção de hidrogênio de 0,23 kg/h à 73,4ºC e 6,7 bar-g. A
temperatura no processo aumenta moderadamente, mas a pressão diminui devido a
perda de carga. Na corrente de recirculação (R-H2-KOH) observa-se um volume
residual de H2 correspondente a 8,51x10-4 kg/h. Os resultados mais detalhados da
simulação estão descritos no Apêndice A.
Energia Disponível:
75
Pdisponível = ½ . ρ.V3. A . Cp
Pdisponível = ½ . 1,255 Kg/m3 . (7,4 m/s)3 . 10029 m2 . 0,4
Pdisponível = 1.020 KW
Energia Gerada:
1.020 KW 938 KW
Disponível Gerada
3
Fator para conversão da vazão mássica (kg) em vazão volumétrica normalizada (1 atm; 0 °C);
4
Considerado um reajuste de 6% ao ano. Preço do H2 comprimido e armazenado, não inclui a
logística e transporte;
5
Conforme custos apresentados no capítulo 2.6.2.
6
Conforme custos apresentados no capítulo 2.6.1.
7
Conforme custos apresentados no capítulo 2.6.3.
77
5. CONCLUSÃO
No que tange a sua produção, a eletrolise da água deve ser a tecnologia mais
utilizada. A mesma representa atualmente apenas 0,1% do suprimento global de
hidrogênio. O custo deste hidrogênio renovável depende em grande parte do preço
da eletricidade e dos custos de investimento do eletrolisador. Como os custos da
eletricidade renovável continuam a diminuir, particularmente a energia solar e eólica,
a produção de hidrogênio renovável pode se tornar ainda mais competitiva no futuro.
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Conclusão
Stack Cell O2-SEP H2-SEP
Stream
Units R-O2- O 2- R-H2- H2-
Name INPUT O2-OUT H2-OUT
KOH PROD KOH PROD
Mole
kmol/hr 43,7013 21,8506 21,8954 21,8049 0,0457 21,8035 0,0919
Flows
H2O kmol/hr 32,47 16,19 16,19 16,19 0,00 16,19 0,00
H2 kmol/hr 0,00 0,00 0,09 0,00 0,00 4,22E-04 0,09
O2 kmol/hr 0,00 0,04 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00
H+ kmol/hr 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,08E-15 0,00
K+ kmol/hr 5,61 2,81 2,81 2,81 0,00 2,81 0,00
OH- kmol/hr 5,61 2,81 2,81 2,81 0,00 2,81 0,00
Mole
Fractions
H2O 0,7431 0,7410 0,7395 0,7425 0,0300 0,7425 0,0294
H2 0,0000 0,0000 0,0041 0,0000 0,0000 1,94E-05 0,9706
O2 0,0000 0,0021 0,0000 0,0000 0,9700 0,0000 0,0000
H+ 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 4,96E-17 0,0000
K+ 0,1285 0,1285 0,1282 0,1287 0,0000 0,1287 0,0000
OH- 0,1285 0,1285 0,1282 0,1287 0,0000 0,1287 0,0000
Mass
kg/hr 900,0000 450,6266 449,3734 449,1831 1,4436 449,1450 0,2284
Flows
H2O kg/hr 585,00 291,69 291,69 291,67 0,02 291,64 0,05
H2 kg/hr 0,00 0,00 0,18 0,00 0,00 8,51E-04 0,18
O2 kg/hr 0,00 1,43 0,00 0,02 1,42 0,00 0,00
H+ kg/hr 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,09E-15 0,00
K+ kg/hr 219,51 109,76 109,76 109,76 0,00 109,76 0,00
OH- kg/hr 95,49 47,74 47,74 47,74 0,00 47,74 0,00
Mass
Fractions
H2O 0,6500 0,6473 0,6491 0,6493 0,0171 0,6493 0,2128
H2 0,0000 0,0000 0,0004 0,0000 0,0000 1,9E-06 0,7872
O2 0,0000 0,0032 0,0000 0,0000 0,9829 0,0000 0,0000
H+ 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 2,42E-18 0,0000
K+ 0,2439 0,2436 0,2442 0,2443 0,0000 0,2444 0,0000
OH- 0,1061 0,1060 0,1062 0,1063 0,0000 0,1063 0,0000
Fonte: (Produzido pelo Autor)
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