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Nº 22
P
P TESE DE DOUTORADO
E
MATEMÁ TIC O E SIMU LAÇÃO DO FOR NO DE
U MA UNIDADE DE C OQU EA MEN TO
R ETARDADO
ENGENHARIA DE PROCESSAMENTO
QUÍMICO DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL
E BIOCOMBUSTÍVEIS
Tese de Doutorado
Orientador
Setembro de 2013
ANDRÉA GALINDO CARNEIRO ROSAL
Recife
2013
Catalogação na fonte
Bibliotecária Valdicea Alves, CRB-4 / 1260
UFPE
________________________________________________
Prof. Dr. Sérgio Lucena – UFPE
________________________________________________
Prof. Dr. Nelson Medeiros de Lima Filho – UFPE
________________________________________________
Prof. Dr. José Marcos Francisco da Silva – UFPE
________________________________________________
Prof. Dr. Frede de Oliveira Carvalho – UFAL
________________________________________________
Profª. Dra. Eliane Bezerra de Moraes Medeiros – UFPB
A minha mãe Maria José,
Dedico
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Iremar e Maria, pela educação e por todo incentivo em todos os
momentos; as minhas irmãs que torcem pelo meu sucesso.
Ao meu esposo, pela força constante nos momentos difíceis, incentivo, companheirismo
e carinho.
Aos amigos, Leonardo Xavier e Rony Melo pelo apoio no desenvolvimento do trabalho.
Nowadays, the Brazilian Petroleum and Gas industry has been investing on refining
process for the conversions of heavy oil fractions into light products, which are more
profitable, and due to the changes on the petroleum products and to rise at the
production of heavy oils. These investments are even more justified by the recent finds
of heavy oils reservoirs. Therefore, technologies capable of processing the residual
fractions o petroleum distillation are essential for the refineries economic survival. The
delayed coking unit is responsible for converting the heavy fractions into more valuable
products, focusing mainly in diesel. At the Brazilian refineries, this process has been
highlighted due to its flexibility in processing several kinds of feeds with a lower cost in
comparison to other conversion processes. The current paper has the objective the
development of a mathematical model for a delayed coking furnace by using the kinetic
models developed by Singh and Sugaya with some adaptations at the characterization of
feed in pseudo compounds e lumps. The model for the furnace was developed based on
the balance of energy and mass of a pseudo homogeneous Plug Flow Reactor. The
properties of the pseudo compound and lumps, the holdup, pressure drop and
thermodynamic equilibrium were evaluated by using empirical correlations. The study
of parametric sensibility of the model was carried through to determine the variables
which were the most influential at the model. The mathematical models developed for
the kinetic models showed a significant agreement when the results for the main process
variables are compared which makes the model a tool for predicting the conversion of
the products obtained at the delayed coking process. This model has as main advantage
the demand for less kinetic parameters and consequently a lower demand for
experiments for adapting it for different kinds of feed.
Figura 2.1 – Estruturas de parafinas ramificadas: (a) Isoprenóide, (b) Parafina com
ramificação em T. ....................................................................................................... 24
Figura 2.2 – Estruturas naftênicas: (a) Ciclohexano, (b) Decalina, (c) Esterano. .......... 24
Figura 2.3 – Estruturas aromáticas: (a) Naftaleno, (b) Tetralina, (c) Chrysene. ............ 25
Figura 2.4 – Compostos sulfurados: (a) Metanotiol, (b) Tiofeno, (c) Benzotiofeno. ..... 26
Figura 2.5 – Compostos oxigenados: (a) Fenol, (b) Ácido naftênico, (c) Benzofurano.
................................................................................................................................... 27
Figura 2.6 – Compostos nitrogenados: (a) Pirrol, (b) Piridina, (c) Carbazol. ................ 27
Figura 4.1 – Curva TBP obtida a partir dos dados de entrada disponíveis na carta para o
Figura 4.2 – Configuração de um forno com duas câmaras de radiação conectada a uma
Figura 4.3 – Perfil de temperatura ao longo dos tubos no forno obtido pelo modelo
Figura 4.4 – Perfil da queda de pressão ao longo dos tubos no forno obtido pelo modelo
Figura 4.6 – Fração vaporizada ao longo dos tubos no forno obtida pelo modelo cinético
de Singh. ..................................................................................................................... 89
Figura 4.7 – Perfil de velocidade média ao longo dos tubos no forno obtido pelo modelo
Figura 4.8 – Fração mássica dos lumps ao longo dos tubos no forno obtida pelo modelo
de Singh. ..................................................................................................................... 90
Figura 4.9 – Perfil de temperatura ao longo dos tubos no forno obtido pelo modelo de
Figura 4.11 – Fração da carga vaporizada ao longo dos tubos no forno obtida pelo
Figura 4.12 – Perfil de velocidade média ao longo dos tubos no forno obtido pelo
Figura 4.13 – Rendimento dos lumps obtidos pelo modelo cinético de Sugaya com
adaptações. ................................................................................................................. 95
LISTA DE TABELAS
................................................................................................................................... 69
Tabela 4.1 – Propriedades físicas dos lumps do modelo cinético de Singh obtidas a
Tabela 4.3 – Propriedades físicas dos lumps do modelo cinético de Sugaya obtidas a
forno industrial............................................................................................................ 91
forno industrial............................................................................................................ 96
Tabela 4.8 – Sensibilidade das variáveis e parâmetros do modelo matemático
Símbolo Descrição
C Fração Mássica
h Holdup
K Parâmetro de Bankoff
P Pressão (psi)
R Rendimento
S Sensibilidade (%)
T Temperatura (K)
ρ Densidade (kg/m3)
Subscritos
Símbolo Descrição
El Elevação
Ext Externo
In Entrada
Int Interno
L Líquido
T Total
TP Duas fases
V Vapor
W Parede da tubulação
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 20
2.3.2 Flexicoking........................................................................................................ 33
3. METODOLOGIA ................................................................................................. 65
1. INTRODUÇÃO
O presente capítulo faz uma introdução geral sobre os temas abordados nesta Tese.
Destaca o conceito de coqueamento retardado e a importância dessa tecnologia no cenário
industrial brasileiro. Descreve o processo de craqueamento térmico e a importância do forno
de coque numa unidade de coqueamento retardado. Por fim, são apresentados os objetivos
deste trabalho.
Nos últimos anos, a produção do petróleo nacional vem crescendo com a descoberta
dos novos campos petrolíferos. No entanto, a maior parte dessa produção é de petróleos
pesados, que produzem grandes volumes de resíduos na destilação, que possuem elevada
concentração de enxofre e nitrogênio, e consequentemente reduz a rentabilidade da refinaria
devido ao baixo valor agregado (SOARES et al., 2008).
ii
23
2. REVISÃO BILBIOGRÁFICA
O capítulo 2 faz uma ampla revisão, incluindo a descrição dos principais processos
de craqueamento térmico de frações pesadas de petróleo. Destaca-se ainda, a composição
química dos óleos pesados e os mecanismos reacionais envolvidos no craqueamento
térmico. A caracterização do sistema reacional é enfatizada com a apresentação dos
principais modelos cinéticos encontrados na literatura científica.
Elemento % em massa
Carbono 83,0 - 87,0
Hidrogênio 10,0 - 14,0
Enxofre 0,05 – 6,0
Nitrogênio 0,1 - 2,0
Oxigênio 0,05 – 1,5
Níquel < 120 ppm
Vanádio < 1200 ppm
2.1.1 Parafinas
(a) (b)
Figura 2.1 – Estruturas de parafinas ramificadas: (a) Isoprenóide, (b) Parafina com
ramificação em T.
Fonte: GRAY, 1994.
2.1.2 Naftenos
O ponto de ebulição e a densidade dos naftenos são superiores aos alcanos com o
mesmo número de átomos de carbono. As estruturas naftênicas (Figura 2.2) existentes no
óleo cru possuem anéis com cinco ou seis átomos de carbono, que podem ter a forma
condensada e apresentar ramificações laterais saturadas (FAHIM; AL-SAHHAF;
ELKILANI, 2010).
Figura 2.3 – Estruturas aromáticas: (a) Naftaleno, (b) Tetralina, (c) Chrysene.
Fonte: FAHIM; AL-SAHHAF; ELKILANI (2010).
S S
H3C SH
Figura 2.4 – Compostos sulfurados: (a) Metanotiol, (b) Tiofeno, (c) Benzotiofeno.
Fonte: FAHIM; AL-SAHHAF; ELKILANI (2010).
OH
(CH2)n (COOH)
O
Figura 2.5 – Compostos oxigenados: (a) Fenol, (b) Ácido naftênico, (c)
Benzofurano.
Fonte: GRAY, 1994.
N N N
H H
Figura 2.6 – Compostos nitrogenados: (a) Pirrol, (b) Piridina, (c) Carbazol.
Fonte: FAHIM; AL-SAHHAF; ELKILANI (2010).
enquanto que os compostos organometálicos estão presentes nas frações mais pesadas,
como estruturas dos naftenos e resinas (FAHIM; AL-SAHHAF; ELKILANI, 2010).
Em geral, os metais que são encontrados no petróleo são o ferro, zinco, cobre,
chumbo, arsênio, cobalto, molibdênio, manganês, cromo, mercúrio, níquel e vanádio,
sendo que o Ni e o V são os que ocorrem com mais frequência (BRASIL; ARAÚJO; DE
SOUSA, 2011).
Os asfaltenos são compostos sólidos de cor marrom escuro que apresentam alto
peso molecular, encontrados nas frações pesadas de petróleo na forma de suspensão
coloidal. Normalmente, esses compostos são insolúveis no petróleo, e constituídos por
camadas de aromáticos polinucleares condensados, unidos por ligações saturadas que são
dobradas, criando uma estrutura sólida conhecida como micela (FAHIM; AL-SAHHAF;
ELKILANI, 2010; GRAY, 1994). A Figura 2.7 ilustra uma estrutura típica de um
asfalteno.
Os gases produzidos pela decomposição térmica são lavados com gasóleo para
remoção de finos de coque, que podem ter sido arrastados, e posteriormente os mesmos são
enviados a coluna fracionadora para a separação das frações desejadas dos hidrocarbonetos
(SUGAYA, 1994).
2.3.2 Flexicoking
C 0,5 O2 CO (2.1)
CO 0,5 O2 CO 2 (2.2)
C H 2 O CO H 2 (2.3)
H 2 O CO CO 2 H 2 (2.4)
2.3.3 Hidrocraqueamento
2.3.4 Viscorredução
que as frações não estabilizadas de nafta e gasóleo são tratadas e utilizadas como carga de
alimentação na reforma catalítica, servindo como blend para os produtos já acabados ou
sendo enviadas para o sistema de combustíveis (FAHIM; AL-SAHHAF; ELKILANI,
2010).
teor de material volátil do coque e piora a qualidade do gasóleo pesado, pois este
passa a incorporar frações pesadas com elevado teor de contaminantes.
Pressão do Tambor: variável que influencia a qualidade e o rendimento do coque
produzido na unidade. A redução da pressão tem como consequência a diminuição
do rendimento e a piora da qualidade do coque, além de favorecer a formação do
shot coke para cargas muito pesadas. Essa redução também pode aumentar o risco
de arraste de espuma do tambor para a linha de transferência, que pode ocasionar
no depósito do coque na linha e na base da coluna fracionadora, comprometendo o
processo de separação e aumentando a perda de carga no equipamento.
Arranjo simétrico;
Os fornos de coque podem ser classificados em tipo caixa ou tipo cabine com seção
de convecção integrada. Normalmente há duas câmaras de radiação para uma seção de
convecção. Os tubos da radiação são de arranjo horizontal nas paredes laterais e a queima
se dá através de queimadores dispostos no centro do piso. A distância entre os queimadores
e os tubos deve ser suficiente para evitar a incidência de chama nos tubos. Assim, o
espaçamento entre os tubos deverá ser de pelo menos dois diâmetros nominais. Em geral,
os fornos de coque possuem quatro passes, sendo dois para cada câmara de radiação, onde
cada passe possui de 20 a 40 tubos. A alimentação é realizada pelo topo da convecção,
onde há tubos pinados para um maior aproveitamento do calor dos gases de combustão. Ao
chegar ao topo da seção de radiação, a temperatura será cerca de 400 a 415°C. Então, a
carga combinada entra na zona de radiação, onde há entre 5 e 20 queimadores em cada
célula, cada uma tendo também seu próprio controle de temperatura (WEIMAR, 2000).
Para ter bons tempos de campanha nos fornos é importante ter tempos de residência
curtos e boa distribuição do calor na fornalha a fim de diminuir a formação de coque nos
tubos. A simulação do forno de coque é muito importante para eliminar problemas
operacionais, aumentar os tempos de campanha, aumentar a capacidade, otimizar e
controlar o processo (PLESU et al.,2003; WEIMAR, 2000).
47
R1 R2 R1 + R2 (2.5)
R1 + R H R1 H + R (2.6)
R1 olefínico + R (2.7)
R3 + R4 R3 R4 (2.8)
Essa tendência reacional está relacionada com o aumento da massa molecular, que
a princípio pode parecer contraditório, entretanto, um maior número de ligações químicas
pode ser observado em moléculas maiores, resultando em uma maior probabilidade de
rompimento dessas ligações. Em geral, o craqueamento térmico de uma mistura complexa
torna necessário o agrupamento das diversas espécies químicas de acordo com certas
propriedades específicas, como faixas de temperatura de ebulição, séries homologas, e até
metodologias contínuas de lumping (FAKE; NINGAM; KLEIN, 1997; LIN; LEIBOVICI;
JORGENSEN, 2008; RANZI et al., 2001).
R2
R1 R1 + R2 (2.10)
R2 R2 + H2
R1 R1 (2.11)
Condições Operacionais
Produtos
Pressão Temperatura H2
101,3 kPa > 700 Não Olefinas leves e coque
3 – 7 MPa 430 Não Alcanos e olefinas
14 MPa 430 Não Alcanos e olefinas
14 MPa 430 Sim Alcanos e menos olefinas
Não existe evidência quanto à formação de coque nos estágios iniciais do processo,
sendo sua formação justificada pelas reações secundárias envolvendo as olefinas
produzidas no craqueamento primário (SUGAYA, 1994).
R1 R1
+ + 2 H2
R2
R2 (2.13)
Olefina Butadieno
+ (2.14)
R1 R1
+ 3 H2 (2.15)
+ (2.16)
+ (2.17)
CH3 CH3
C4H9
2 + 2 C3H8
(2.18)
C14H16 C22H16
(prescursor de coque)
H/C = 0 ,73
Shot Coke: obtido a partir de resíduos de vácuo com elevados teores de metais,
enxofre e de asfaltenos (acima de 13% em massa), e/ou quando a temperatura do
tambor é muito alta. Tem o formato esférico em diversas dimensões (2 a 5 cm de
diâmetro). Existem alguns métodos para eliminação do shot coke, que incluem:
adição de carga aromática (óleo decantado de FCC), diminuição de temperatura, e o
aumento da razão de reciclo. Esse tipo de coque pode ser usado como combustível.
Coque Esponja: pode ser obtido a partir de resíduos de vácuo com teores médios
de metais, e altos teores de enxofre e asfaltenos. Esse tipo de coque apresenta
55
Figura 2.20 – Características macroscópicas dos tipos de coque: (a) shot coke, (b) coque
esponja, (c) coque agulha.
Fonte: SILVA, 2011.
A maioria dos estudos relata que a cinética de primeira ordem descreve as reações
de craqueamento térmico das frações residuais. No entanto, cinéticas de segunda ordem já
foram propostas no craqueamento de asfaltenos separados em liquefação de carvão. A
cinética de segunda ordem possui um excelente ajuste para os produtos obtidos na faixa de
56
.
Chakma e Betume Reator de viscorredução. Equações: continuidade, momento (tridimensional) em Validação das viscosidades
Islam (1990) Betume pré-aquecido a 400ºC é coordenadas cilíndricas, balanço de massa, modelo para estimadas pelo modelo.
atomizado. o reator, modelo k-ε de turbulência. Modelo permite inclusão:
efeitos térmicos e reação química.
Del Bianco et Resíduo de Craqueamento térmico: micro-reator.
al. (1993) vácuo de Temperatura: 410 – 470ºC O modelo permite uma boa
Belaym Tempo de residência: 0 – 120 min predição dos dados.
P = 10 kg/cm2
Permite estimar a conversão de
asfaltenos (cinética 1ª ordem).
VR = Resíduo de vácuo; D = destiláveis; I =
intermediário; C = coque.
Di Carlo e Resíduo Reator: planta piloto de viscorredução Alimentação Prod.viscorredução Carga rica em asfaltenos e
Janis (1992) atmosférico: contínua resinas (quando comparadas aos
Rospo di Mare, Temperatura = 460–470°C óleos leves e parafínicos): maior
Belayam, Es- seletividade para gás e baixa
sider seletividade para gasóleo.
Fonte: SINGH; KUMAR; GARG, 2012.
57
Tabela 2.8 - Continuação
Filho e Sugaya Resíduo de Reator de coqueamento retardado. Modelo reacional com 16 lumps. Constantes cinéticas são
(2001) vácuo Temperatura = 480–530°C Estimação dos rendimentos. dependentes da temperatura.
P = 1 atm
Krishna et al. Resíduo Reator: escala bench Alimentação Prod.viscorredução E=224.8 kJ/mol
(1988) Aghazari Vazão = 2,04 – 2,90 L/h
Temperatura = 427–500°C
P = 17 bar
Martinez et al. Resíduo Reator tubular (L=40 cm, di = 1,3 cm) Ambas as reações paralelas dos
(1997) asfáltico Temperatura = 425–475°C asfaltenos apresentam cinética de
P = 1 atm 2ª ordem.
Estimação das constantes
cinéticas e energias de ativação.
Xiao et al. Óleo pesado Craqueamento térmico: micro-reator Modelo cinético de 12 lumps
(2002) Temperatura = 400–500°C com cinética de 1ª ordem.
E=268 kJ/mol (reação de
craqueamento) = 531 kJ/mol
(reação de condensação)
58
Tabela 2.8 - Continuação
Zhou et al. Resíduo de Reator: escala de laboratório Modelo cinético de 11 lumps.
(1999) vácuo: Daqing, Temperatura: 400 – 460ºC
Guanshu, P = 5 kg/cm2
Estimação das constantes
cinéticas e energias de ativação.
Liaohe
59
Tabela 2.8 - Continuação
Kataria et al. Resíduo Reator em batelada: escala de Modelo cinético de 5 lumps e 7
(2004) NGSR, BHSR, laboratório (400 ml) parâmetros cinéticos.
MVBF, HRA, Temperatura: 400 – 430ºC Para quatro cargas de
Arabian Mix P = 12 kg/cm2 alimentação: estimação das
Residue, constantes cinéticas e energias de
Arabian Mix ativação.
Asphalt
60
61
F ( p ) p
S ( F ; p) (2.19)
p 1 F ( p )
F F p p F p
(2.20)
p p
63
S ( F ; p)
F p p F p p
(2.21)
F ( p) p
CAPÍTULO 3
65
3. METODOLOGIA
Todo petróleo possui uma curva típica de destilação, onde são apresentadas as
temperaturas de ebulição em função do percentual de volume destilado acumulado, até
aquela temperatura de ebulição. Na destilação das frações de petróleo, o método ASTM
(American Society of Testing Materials) é o mais comum e simples de ser usado, porém,
informações adicionais podem ser obtidas através da destilação TBP (True Boiling Point),
que são necessárias para realizar o dimensionamento e predizer as condições operacionais
de um equipamento. Os dados da destilação TBP (ponto de ebulição verdadeiro) fornecem
uma caracterização mais detalhada da volatilidade do óleo cru ou da fração de petróleo.
d F
k1 k 2 k 3 k 4 F (3.1)
dt
d VGO
k 4 F k 5 k 8 k 9 VGO (3.2)
dt
d LGO
k 3 F k 5 VGO k 6 k10 LGO (3.3)
dt
d GLN
k 2 F k 6 LGO k 8 VGO k 7 GLN (3.4)
dt
d G
k1 F k 7 GLN k10 LGO k 9 VGO (3.5)
dt
k1 269,79 3,80E17
k2 308,94 3,38E20
k3 234,54 5,50E15
k4 72,29 5,22E3
k6 129,29 7,66E7
dC c arg a
kC c arg a (3.6)
dt
24691,0
ln k A (3.13)
T
R gases A R350 B R350
2
(3.15)
Rendimento da Nafta:
Rnafta A R350 B R350
2
(3.18)
Rendimento do Diesel:
Rdiesel A R350 B R350
2
(3.21)
Rendimento do Resíduo:
R550ºC R550ºC (0) A R350 B R350
2
(3.24)
Balanço de Massa:
Balanço de Energia:
dTw
Kw DUTP Tw T QDdx (3.29)
dx
P P
P dx (3.30)
x x el
76
P
hL L hV V X sin (3.31)
x el
T
H r C H C H
i
0 eq
i
0 prod
Cp
prod
dT (3.32)
Tref
Dados de Entrada
- Condições operacionais.
- Parâmetros geométricos do forno.
- Propriedades da carga (caracterização hysys).
Cálculo do hold-up.
Sim Não
Final da tubulação?
S ( F ; p)
F p p F p p
F ( p) p
Dados de Entrada
- Condições operacionais.
- Parâmetros geométricos do forno.
- Propriedades da carga (caracterização hysys).
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os dados disponíveis na carta de óleo Frade da Chevron geraram uma curva TBP,
como mostra a Figura 4.1.
Figura 4.1 – Curva TBP obtida a partir dos dados de entrada disponíveis na carta para
o óleo Frade da Chevron.
82
Esses dados da curva TBP fornecem uma caracterização detalhada, já que qualquer
ponto da curva de temperatura-volume representa o ponto de ebulição da mistura de
hidrocarbonetos correspondente àquela porcentagem volumétrica. A curva TBP (Figura
4.1) estende-se a 100% do volume destilado, enquanto que os dados da carta de óleo a
apenas 74,42%, para obter o ponto de ebulição médio dos últimos cortes deve-se extrapolar
esses dados até o ponto final da destilação.
Os cortes de interesse na modelagem do forno foram divididos a partir desta curva
TBP calculada, com obtenção de diversas propriedades para os lumps escolhidos,
baseando-se nos modelos cinéticos de craqueamento térmico de Singh et al. (2005) e
Sugaya (1994) usados na simulação.
A Tabela 4.1 apresenta os valores obtidos pelo Hysys para diversas propriedades
físicas dos lumps usadas na simulação do forno, destacando as faixas de cortes, ponto de
ebulição normal (NBP), densidade, massa molar e viscosidades a 100ºF e 210ºF.
Tabela 4.1 – Propriedades físicas dos lumps do modelo cinético de Singh obtidas a partir
da curva TBP.
Tabela 4.2 – Propriedades críticas, fator acêntrico e fator de caracterização de Watson para
cada pseudocomponente do modelo cinético de Singh.
Fator de
Temperatura Pressão Crítica Fator
Componente caracterização
Crítica (°C) (kPa) Acêntrico
de Watson
Gasóleo
579,1 1103,1 1,028 12,035
Pesado
Os valores obtidos pelo Hysys para as propriedades físicas dos lumps estão
apresentadas na Tabela 4.3, sendo destacadas as viscosidades das frações líquidas a 100ºF
e 210ºF, ponto de ebulição normal, densidade e massa molar.
84
Tabela 4.3 – Propriedades físicas dos lumps do modelo cinético de Sugaya obtidas a partir
da curva TBP.
A caracterização da carga por esse modelo cinético no Hysys também obteve outras
propriedades críticas, fatores acêntricos e fatores de caracterização Watson para cada
pseudocomponente, como mostra a Tabela 4.4. Sendo estas fundamentais para obtenção
das demais propriedades da carga e para os cálculos de equilíbrio de fase usados como
dados de entrada na simulação.
Tabela 4.4 – Propriedades críticas, fator acêntrico e fator de caracterização de Watson para
cada pseudocomponente do modelo cinético de Sugaya.
Fator de
Temperatura Pressão Crítica Fator
Componente caracterização
Crítica (°C) (kPa) Acêntrico
de Watson
WT (kg/s) 10,180
Q (W/m2) 26000
Dext (in) 4
Número de Tubos 36
520
500
480
Temperatura (°C)
460
440
420
400
380
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de Tubos
Figura 4.3 – Perfil de temperatura ao longo dos tubos no forno obtido pelo modelo
cinético de Singh.
300
250
200
Pressão (psi)
150
100
50
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de Tubos
Figura 4.4 – Perfil da queda de pressão ao longo dos tubos no forno obtido pelo
modelo cinético de Singh.
88
0.7
0.6
0.5
Frassão massica de vapor
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de Tubos
Figura 4.6 – Fração vaporizada ao longo dos tubos no forno obtida pelo modelo cinético de
Singh.
60
50
40
Velocidade média (m/s)
30
20
10
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de Tubos
Figura 4.7 – Perfil de velocidade média ao longo dos tubos no forno obtido pelo
modelo cinético de Singh.
90
Na Figura 4.6, observa-se a formação da fase vapor a partir do tubo 18, que alcança
um valor máximo de 56% na saída do forno, enquanto que nos tubos inferiores tem-se
apenas a fase líquida. A vaporização da carga de alimentação no equipamento deve-se ao
aumento de temperatura da carga ao longo da serpentina, que é ocasionado pela energia
fornecida ao sistema pelos queimadores, que favorece a conversão em produtos mais leves
do que a própria alimentação no forno.
A fração mássica dos lumps obtidos pela cinética de Singh na simulação do forno
industrial de coque pode ser observada na Figura 4.8.
0.9
0.8
Gás
0.7 Gasolina
Gasóleo Leve
0.6 Gasóleo de Vacuo
Resíduo
Fração Mássica
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de tubos
Figura 4.8 – Fração mássica dos lumps ao longo dos tubos no forno obtida pelo
modelo de Singh.
91
A Tabela 4.6 mostra uma comparação entre os resultados obtidos pela simulação e
o forno de coque industrial 23 H-1 da Petrobras.
Tabela 4.6 – Comparação entre os resultados obtidos pela simulação do modelo e o forno
industrial.
520
500
480
Temperatura (ºC)
460
440
420
400
380
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de Tubos
Figura 4.9 – Perfil de temperatura ao longo dos tubos no forno obtido pelo modelo de
Sugaya com adaptações.
93
300
250
200
P (psi)
150
100
50
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de Tubos
Figura 4.10 – Perfil da queda de pressão ao longo dos tubos no forno obtido pelo
modelo de Sugaya com adaptações.
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de Tubos
Figura 4.11 – Fração da carga vaporizada ao longo dos tubos no forno obtida pelo
modelo de Sugaya com adaptações.
40
35
30
Velocidade média (m/s)
25
20
15
10
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Númeor de Tubos
/
Figura 4.12 – Perfil de velocidade média ao longo dos tubos no forno obtido pelo
modelo de Sugaya com adaptações.
95
Na Figura 4.11, a formação da fase vapor ocorre após dois terço da serpentina,
atingindo um valor máximo de 54% na saída do forno. A vaporização da carga ocorre
devido ao aumento de temperatura e redução de pressão ao longo dos tubos, que favorece a
conversão em produtos mais leves.
Na Figura 4.13 pode-se observar o rendimento dos lumps obtidos pelo modelo
cinético de Sugaya na simulação do forno industrial.
0.9
0.8
Gás
0.7 Nafta
Diesel
0.6 Gasóleo
Rendimento
Resíduo
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de Tubos
Figura 4.13 – Rendimento dos lumps obtidos pelo modelo cinético de Sugaya com
adaptações.
96
A Tabela 4.7 mostra uma comparação entre os resultados obtidos pela simulação e
o forno de coque industrial 23 H-1 da Petrobras.
Tabela 4.7 – Comparação entre os resultados obtidos pela simulação do modelo e o forno
industrial.
Existe uma concordância entre os valores simulados pelo modelo e o forno 23 H-1
para velocidade média entre as fases, temperatura e queda de pressão, mostrado na Tabela
4.7. Uma divergência é observada para a fração vaporizada, que ocorre devido à carga de
alimentação usada na simulação ser mais leve, e consequentemente tem-se uma maior
vaporização da mesma.
97
Sensibilidade (S), %
Variável/Parâmetro
Composição da Conversão em Velocidade
Fração Vaporizada Temperatura Pressão
Carga Produtos média
Espessura de Coque () 0,0188 -0,0235 0,0022 8,4063 10-4 -0,1040 0,0586
99
CONCLUSÕES
99
101
5. CONCLUSÕES
Modelos Cinéticos
Sensibilidade Paramétrica
99
102
99
103
REFERÊNCIAS
99
104
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984 p.
99
108
APÊNDICE I
Carta de Óleo
99
109
Gravity, °API 18
Specific Gravity 0.9465
Sulfur, wt % 0.713
Mercaptan Sulfur, ppm 85
Dissolved H2S, ppm 0.00378
Nitrogen, ppm 4410
Pour Point °F -38.5
Pour Point °C -39.2
Acid Number, mg KOH/g 0.47
Back-Blended Acid, mg KOH/g 0.271
Viscosity @ 40 °C (104 °F), cSt 129
Viscosity @ 50 °C (122 °F), cSt 75.3
Asphaltenes, C7, % 2.8
Nickel, ppm 11.5
Vanadium, ppm 22
Characterization Factor, K 11.59
MCR, wt% 6.2
99
110
Gravity, °API 40
Specific Gravity 0.8248
Sulfur, wt % 0.128
Mercaptan Sulfur, ppm 34.5
Naphthenes, vol % 47.91
Aromatics, vol % 15.76
Smoke Point, mm (ASTM) 21.5
99
111
99
112
99
113
APÊNDICE II
Cálculos de Propriedades
99
114
C ÁLCULOS DE P ROPRIEDADES
V C ft 3 / mol
P / PCi
Ai 0 , 42747 i (T ) (II.2)
T / TCi 2
P / PCi
B i 0,08664 (II.3)
T / TCi
i0,5 1 mi 1 T Ri0, 5 (II.4)
99
115
Para misturas,
A Yi Y j 1 K ij Ai A j 0,5 (II.6)
i j
B Yi Bi (II.7)
i
Z 3 Z 2 Z A B B 2 AB 0 (II.8)
Bi A Ai0,5 Bi B
ln i ( Z 1) ln(Z B) 2 ln1 (II.9)
B B A0,5 B Z
Yi
Ki iL (II.10)
X i iV
n
f n yi xi
n n K i 1Z i
(II.11)
i i i K i 1 n 1
2
f n K i 1
Z i (II.12)
n i K i 1 n 1
99
116
fn
n 1 n
f (II.13)
n
m xi M i / Vm (II.14)
i
V m V V ( 0 ) 1 V ( ) (II.15)
Vcm 1 / 4 xiVi* 3 xiVi* 2 / 3 xiVi*1 / 3 (II.16)
i i i
2
Tcm xiVi Tci 1 / 2 Vcm (II.17)
i
V (0 ) 1 a (1 Tr )1 / 3 b (1 T r ) 2 / 3 c (1 Tr ) d (1 Tr ) 4 / 3 (II.18)
Onde:
a = 1,52816
b = 1,43907
99
117
c = 0,81446
d = 0,190454
e = 0,296123
f = 0,386914
g = 0,0427258
h = 0,0480645
cSt
3
n
m xi i1 / 3 (II.24)
i 1
99
118
m cP
Para Tr 1,5
T 8/9
34,0 E 5 r (II.25)
Para Tr 1,5
0,1338 Tr 0, 0932 5 / 9
166 ,8 E 5 (II.26)
Onde,
TC1 / 6
5,4403 1/ 2
(II.27)
xi M i PC2 / 3
i
cP
n
xi M i i
i
m n
(II.28)
xi M i
i
II.8 Hold-up
99
119
DG
N Re (II.30)
1 L V
1
1 x 1 (II.31)
1
x
2
1 Gx
N Fr (II.32)
gD G
YL 1 (II.33)
Fator de correlação Z,
N Re 1 / 6 N Fr 1 / 8
Z (II.34)
Y L 1 / 4
Parâmetro de Bankoff,
99
120
1
K
16,9508 2 1 (II.35)
ln 0,00231515 2
21, 4233 exp 8,79667 exp exp
ln Z Z Z
1 K
1 1 (II.36)
x
AV
holdup 1 (II.37)
AT
Escoamento Monofásico:
64
f (II.38)
Re
/ D 0,9924
1 / D 5,0272 / D 4,567 7,7918
2,0 log log log (II.39)
f 3,7065 Re 3,827 Re 5,3326 0,9345
208,815 Re
Onde,
= rugosidade do tubo (m).
99
121
Escoamento Bifásico:
L
(II.41)
V
Viscosidade líquido-vapor:
TP L 1 x 1 (II.42)
.
VL
.
(II.43)
VV
Número de Reynolds,
GD
Re (II.44)
TP
Número de Froude,
99
122
2
R Gx
Fr (II.45)
gD L
2 Fr 1 / 2
Termo 1 (II.46)
1 Fr 1 / 2 7
P G2
f 1 x R 1K 2 1 (II.47)
L D L
Onde,
/ D 5,02 / D 14 ,5
f 2 log log (II.48)
3,7 Re 3,7 Re
K 2 1, 2
7 8n 7 15 n
(II.49)
7 9 n 7 16 n
n
0 ,671
1 1 0,907 1 / 2 (II.50)
19 / 8
P Gx 2
f 1 1 x (II.51)
L 2 D xR Er
V
Onde,
99
123
1 / 4
GDx
f 0 ,3164 (II.52)
V
0,006 0 , 2
Er exp 1 x (II.53)
/D
1 / 3
1 3 2 3 (II.54)
2 1 / 4
1 x G 2 1 x
R 1 / 2 1 / 8 (II.57)
x L2 gD
Para Tr 0,85
C PL A1 A2 T A3T 2 (II.58)
Onde,
1,14982 0,046535 K UOP (II.59)
SPGR
0,27634
A2 10 4 1,0 0,82463 K UOP 1,12172 (II.60)
SPGR
99
124
0,70958
A3 10 8 1,0 0,82463 K UOP 2,9027 (II.61)
SPGR
C PL Btu / lb º R
~ ~
R C Pº C P
C PV A1 A2T A3T 2 (II.62)
M R
Onde,
Parar 10,0 < KUOP < 12,8 com 0,70 < SPGR < 0,885
2
12 ,8 10 ,0
A4 1,0 1,0 SPGR 0,855 SPGR 0,70 10 4 (II.66)
K UOP K UOP
99
125
C PV Btu / lb º R
~ ~
C Pº C P
efeito da pressão sobre C P
R
Logo,
~ ~ ~ ~ ( 0) C~ º C~ (h) ~ ~ (0)
C Pº C P C Pº C P C Pº C P
P P (II.67)
R R ( h) R R
Onde,
(0) = indica fluido simples
(h) = indica fluido pesado
(h) = fator acêntrico do fluido pesado (octano) = 0,3978
Assim,
2
P
Tr r
~ (i )
~ ~ (i )
C Pº C P Tr Vr CV
1 (II.68)
R Pr R
T r Tr
Onde,
2 B 3C 6 D c4
1 3 5 2 2 2
Pr T Vr Vr 2 Vr5 Tr3V r2 V r V r
r (II.70)
Tr Tr Vr
exp 2
Vr
99
126
B b1 b 2 / T r b 3 / T r2 b 4 / T r3 (II.71)
C c1 c 2 / T r c 3 / T r2 (II.72)
D d1 d 2 / Tr (II.73)
Onde: b1, b2, b3, b4, c1, c2, c3, c4, d1, d 2, e são dois grupos de constantes para fluidos
simples e pesados de referência.
~ (i ) ~ ~ ( 0)
CV CVº CV
(II.74)
R R
99
127
~ (i ) ~ ~ (h)
CV CVº CV
(II.75)
R R
Onde,
~ ~ (i )
CVº CV 2b3 3b4 / Tr 3c3
6E (II.76)
R Tr2 Vr Tr3 Vr2
c4
E 1 1 2 exp (II.77)
2Tr3 Vr V r2
Onde,
T = temperatura (ºF)
k Btu / h ft º F
k m i j k ij
(II.79)
i j
1
1 1
k ij 2 (II.80)
ki k j
99
128
Em que,
k ij k ji e k ii k i
x iV i
ij
x jV j (II.81)
j
Onde,
4,1881 10 5
3,2768 10 5
0,24628 1,1493 Mw
k 0,0013349 T (II.82)
Mw Mw2
0,0018427
M 2
w
Onde,
99
129
n ki
km n
i 1 1 (II.83)
yi
Aij yi
j 1
1/ 2 2
S S
3/4 1 i 1 ij
1 i M j T T
Aij 1 (II.84)
4 j Mi S 1 S i
1 j
T T
S ij Si S j (II.85)
Onde,
Si = Sj = constante de Sutherland = 1,5Tb
i, j = viscosidades dos componentes i e j (cP).
Mi, Mj = massa molecular dos componentes i e j.
k m Btu / h ft º F
Escoamento Monofásico
0 ,14
4/5 1/3 k B
hL 0,027 Re L Pr L L (II.86)
D w
u D
Re L (II.87)
99
130
CP
PrL (II.88)
k
Onde,
k = condutividade térmica (W/mK).
u = velocidade (m/s).
D = diâmetro interno (m).
CP = capacidade calorífica (kJ/kgK).
B = viscosidade a temperatura do fluido (kg/ms).
w = viscosidade a temperatura da parede (kg/ms).
h L W / m 2 K
Escoamento Bifásico
x 0, 08 1 F 0, 06 0, 03 0,14
P PrG G
hTP FP hL 1 0,7 (II.89)
1 x FP PrL L
4 m L
Re L (II.90)
L D FP
C Pi i
Pri (II.91)
ki
Onde,
FP = hold-up.
x = fração mássica do vapor.
D = diâmetro interno (m).
m L = vazão mássica do líquido (kg/s).
hTP W / m 2 K
99
131
1
D D D Dc D Dext
U Glob R B ext ext ln ext ln c (II.92)
Dint 2 ktub Dint 2 k coque Dint hDint
RB FR L H up FRV 1 H up (II.93)
RB FRL H up FRV 1 H up (II.93)
Onde,
H L A1 T 259,7 A2 T 2 259 ,7 2 A3 T 3 259,7 3 (II.94)
Onde,
99
132
13,817
A2 10 6 1,0 0 ,82463 K UOP 56 ,086 (II.96)
SPGR
2,3653
A3 10 9 1,0 0,82463 K UOP 9,6757 (II.97)
SPGR
H L Btu / lb
H H L B1 T 0,8TC B 2 T 2 0,8TC 2 B3 T 3 0,8TC 3
~ ~ (II.98)
RTC H 0 H
4,507 5, 266
M RT C
Onde,
H L entalpia líquida calcula a Tr = 0,8.
fator acêntrico.
M = massa molecular (lb/mol).
~ ~
H0 H
efeito da pressão sobre entalpia
RTC
H Btu / lb
248 ,46
B1 10 3 356 ,44 29 ,72 K UOP B 4 295,02 (II.99)
SPGR
99
133
253,87
B2 10 6 146 ,24 77 ,62 2,772 K UOP K UOP B4 301,42 (II.100)
SPGR
Parar 10,0 < KUOP < 12,8 com 0,70 < SPGR < 0,885
2
12 ,8 10 ,0
B 4 1,0 1,0 SPGR 0,855 SPGR 0,70 10 4 (II.102)
K UOP K UOP
Logo,
~ ~ ~ ~ (0) H~ 0 H
~ (h) ~ ~ (0)
H0 H H0 H H0 H
(II.103)
RTC RTC (h ) RTC RTC
Onde,
(0) = indica fluido simples
(h) = indica fluido pesado
(h) = fator acêntrico do fluido pesado (octano) = 0,3978
Assim,
99
134
c4
E 1 1 exp (II.105)
2Tr3 V r2 V r2
Onde: b1, b2, b3, b4, c1, c2, c3, c4, d1, d 2, e são dois grupos de constantes para fluidos
simples e pesados de referência.
H comb
º 16796 54,5G 0, 217 G 2 0,0019 G 3 (II.106)
Onde,
H comb
º calor de combustão a 60ºF Btu / lb .
G = densidade API da carga.
reag prod T
prod
H reação x i H comb
º
(i )
x i H comb
º
(i )
CP dT (II.107)
i i Tref
Onde,
C P Btu / lb º R
H reação Btu / lb
99
135
APÊNDICE III
Artigo publicado
99
136
ARTIGO PUBLICADO
1
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Garanhuns
2
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
3
Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Engenharia Química
e-mail: lucena@ufpe.br
1. INTRODUÇÃO
com a descoberta de novas reservas desse tipo de óleo. Dessa forma, tecnologias para
processamento de frações residuais de petróleo mostram-se fundamentais para a
sobrevivência das refinarias cujas margens tornam-se progressivamente mais reduzidas
(FILIPAKIS et al., 2008).
A unidade de coqueamento retardado (UCR) é responsável por converter as
frações pesadas do petróleo em produtos de maior valor agregado, especialmente, em
diesel. Nas refinarias brasileiras, este processo vem ganhando destaque, devido à
flexibilidade em processar diferentes tipos de carga com menor investimento do que os
outros processos de conversão. Normalmente, a unidade de coqueamento é constituída
por três equipamentos básicos: a coluna fracionadora, o forno de coqueamento e os
tambores de coque (MOREIRA et al., 2008).
O forno de coque destaca-se como o principal equipamento da unidade de
coqueamento retardado responsável pelo fornecimento da energia térmica necessária as
reações de craqueamento térmico das moléculas de hidrocarbonetos (ELLIS, PAUL,
1998). As reações de craqueamento ocorrem através da associação dos mecanismos via
radicais livres e de polimerização das olefinas, sendo a formação de coque justificada
por este último (SUGAYA, 1994).
O presente trabalho teve como objetivo a elaboração de um modelo matemático
do forno de coqueamento utilizando-se o modelo cinético de Singh, na caracterização da
carga de alimentação por pseudocomponentes e lumps, e modelos para o forno,
baseados nas equações de balanço de massa e energia desenvolvidas para um reator do
tipo PFR (Plug Flow Reactor) pseudohomogêneo. Além dos cálculos de propriedades e
o uso de correlações empíricas para determinação do hold up, perda de carga e
equilíbrio termodinâmico do processo.
2. METODOLOGIA
Figura 1 – Fluxograma típico de uma unidade de coqueamento retardado (FAHIM et al., 2010).
Figura 2 – Modelo cinético de Singh para o craqueamento térmico (SINGH et al., 2005).
d F
k1 k 2 k 3 k 4 F (1)
dt
d VGO
k 4 F k 5 k 8 k 9 VGO (2)
dt
d LGO
k 3 F k 5 VGO k 6 k10 LGO (3)
dt
d GLN
k 2 F k 6 LGO k 8 VGO k 7 GLN (4)
dt
d G
k1 F k 7 GLN k10 LGO k 9 VGO (5)
dt
k2 308,94 3,38E20
k3 234,54 5,50E15
k4 72,29 5,22E3
k5,8 412,50 7,80E29
k6 129,29 7,66E7
Modelagem do Forno
Balanço de Massa:
Balanço de Energia:
dTw
Kw DUTP Tw T QDdx (8)
dx
P P
P dx (9)
x x el
143
P
hL L hV V X sin (10)
x el
Hankinson-Thomson
Densidade SRK
(1979)
3. RESULTADOS
Figura 3 – Curva TBP obtida a partir dos dados de entrada disponíveis na carta para o óleo.
Tabela 4 – Propriedades críticas, fator acêntrico e fator de caracterização de Watson para cada
pseudocomponente.
Fator de
Temperatura Pressão Crítica Fator
Componente Caracterização
Crítica (°C) (kPa) Acêntrico
de Watson
Gás 177,0 3747,9 0,158 13,195
Gasolina 283,3 2569,9 0,365 12,604
Gasóleo Leve 455,4 1722,5 0,683 11,958
Gasóleo
579,1 1103,1 1,028 12,035
Pesado
Resíduo 727,0 611,9 1,438 12,161
520
500
480
Temperatura °C
460
440
420
400
380
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Número de Tubos
300
Pressão
250
200
Pressão (psi)
150
100
50
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Número de Tubos
60
50
40
Velocidade média (m/s)
30
20
10
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Número de Tubos
0.9
0.8
Gás
0.7
Gasolina
Gasóleo Leve
0.6 Gasóleo de Vacuo
Resíduo
Fração Mássica
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Número de tubos
0.7
0.6
0.5
Frassão massica de vapor
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Número de Tubos
Tabela 6 – Comparação entre os resultados obtidos pela modelagem com forno industrial da
Petrobras.
Parâmetro Modelo Desenvolvido Forno 23 H-1
Tsaída (ºC) 500,64 500
Psaída (psi) 59,29 65
149
4. CONCLUSÕES
5. NOMENCLATURA
Símbolo Descrição
A Área da tubulação (m)
C350 Fração mássica da carga de alimentação
CP Capacidade calorífica (kJ/kg.K)
D Diâmetro externo do tubo (m)
G Fluxo mássico (kg/s)
h Holdup
K Parâmetro de Bankoff
k Constante cinética (1/s)
Condutividade térmica através da superfície da parede da tubulação
KW
(W/m.K)
L Comprimento tubular (m)
P Pressão (psi)
Q Fluxo de calor (W/m2)
T Temperatura (K)
Coeficiente global de transferência de calor para as duas fases
UTP
(W/m2.K)
H Entalpia da reação global (kJ/kg)
ρ Densidade (kg/m3)
150
Subscritos
Símbolo Descrição
El Elevação
Ext Externo
Int Interno
L Líquido
T Total
TP Duas fases
V Vapor
W Parede da tubulação
6. REFERÊNCIAS
API. Technical Data Book – Petroleum Refining. 6. ed. Washington: API Publishing
Services, 1997.
DEAN, D. E., STIEL, L. I. The viscosity of nonpolar gas mixtures at moderate and
high pressures. AIChE , 11: 526-532, 1965.
ELLIS, P.J., PAUL, C.A. Tutorial: Delayed Coking Fundamentals. AIChE 1998,
Spring National Meeting, New Orleans-LA, 1998.
SINGH, J., KUMAR, M.M., SAXENA, A.K., KUMAR, S.. Reaction pathways and
product yields in mild thermal cracking of vacuum residues: A multi-lump kinetic
model. Chemical Engineering Journal, 108, 239-248, 2005.