Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
TESE DE DOUTORADO
NATAL - RN
2018
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
NATAL - RN
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
BANCA EXAMINADORA
New materials are being developed by adding relevant characteristics and properties,
examples being the composite materials that cover different fields of engineering.
This research presents the processes of obtaining and manufacturing a composite
matrix of terephthalic polyester resin and loading of residues of açaí kernel fibers.
Preliminary tests demonstrated the feasibility of obtaining the composite for a
maximum load of 15%. The mass proportions of residues, relative to the polyester
resin matrix, corresponding to 5, 10 and 15% were thus chosen. Two configurations
were chosen for the composite: with treated and untreated fibers. The treatment of
the fibers was carried out in order to remove impurities in hot water, for a period of
thirty minutes. With the selected formulations, test specimens were produced,
according to the pertinent norms, and determined the properties that characterized
the composites, traction, flexion, impact, density, water absorption, aging mass loss,
thermogravimetric (TG) and Electron Microscopy Scanning MEV. For all formulations
the fiber residues presented satisfactory results when applied to panels for the
fabrication of parts and structures, since they presented mechanical properties as
described in the standard NBR 15316-3.
Keywords: vegetal fiber, biocomposite, chemical treatment and açaí core fiber.
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO ................................................................................. 18
1.1 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO .............................................. 18
1.2 OBJETIVOS ................................................................................... 21
1.2.1. Objetivo Geral ............................................................................ 21
1.2.2. Objetivos Específicos ................................................................. 21
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................ 22
2.1. Materiais Compósitos ................................................................... 22
2.1.1 Classificação dos materiais compósitos ...................................... 22
2.1.2 Compósitos de matriz polimérica ............................................... 23
2.2 Resina Poliéster .......................................................................... 25
2.3 Reforços da Matriz Polimérica .................................................. 26
2.4 Materiais Compósitos Fibrosos .................................................. 27
2.4.1 Fibras Vegetais Lignocelulósicas ................................................. 29
2.5 Principais tipos de Fibras Lignocelulósicas e suas
propriedades ...................................................................................... 33
2.5.1. Açaí ............................................................................................ 33
2.5.2 Fibra do caroço do açaí ............................................................. 37
2.5.3. Caracterização morfológica da fibra do caroço do açaí ............. 39
2.6 Estado da Arte dos Compósitos com Fibras de Açaí ............... 41
2.7 Mesa Eretora ................................................................................. 44
3. MATERIAS E MÉTODOS ................................................................ 46
3.1 Materiais ........................................................................................ 47
3.2 Métodos ......................................................................................... 54
3.2.1 Levantamento das propriedades físicas e mecânicas ................. 54
3.2.2 Ensaio de tração ......................................................................... 55
3.2.3 Ensaio de Flexão ........................................................................ 56
3.2.4 Ensaio de Impacto ...................................................................... 58
3.2.5 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) ............................... 59
3.2.6 Análise Térmica .......................................................................... 59
3.2.7 Densidade Aparente ................................................................... 61
3.2.8. Determinação da absorção ........................................................ 63
3.2.9 Analise termogravimétrica (TG) .................................................. 64
3.2.10 Ensaio de envelhecimento ........................................................ 64
4. RESULTADO E DISCUSSÕES ....................................................... 65
4.1 Ensaio de Tração ........................................................................... 65
4.2 Ensaio de Flexão .......................................................................... 68
4.3 Ensaio de Impacto ........................................................................ 71
4.4 Analise Térmica ............................................................................ 72
4.5 Densidade ..................................................................................... 76
4.6 Absorção de água ........................................................................ 78
4.7. Analise Termogravimétrica (TG) ................................................ 81
4.8 Envelhecimento ............................................................................ 82
4.9 Microscopia Eletrônica de Varredura – MEV ............................. 84
4.10 Metodologia de Fabricação de uma Mesa Eretora .................. 86
4.10.1 Fabricação da Mesa Eretora ...................................................... 87
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES ..................................................... 99
5.1 Conclusões ................................................................................... 99
5.2 Sugestões ..................................................................................... 102
REFERÊNCIAS .................................................................................... 103
18
1. INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
1.2. Objetivos
1.2.1. Objetivo geral
Demonstrar as viabilidades de obtenção, fabricação e utilização de um
compósito com matriz de resina poliéster e carga de resíduos de fibras do caroço do
açaí.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Materiais Compósitos
Com objetivo de atender requisitos de uma estrutura, são unidas
formulações e porcentagens de materiais já existentes para obterem um novo
material que tenha propriedades desejadas pelo projeto.
Essa união de dois ou mais materiais dá origem aos materiais compósitos
que, por sua vez, é constituído por uma matriz, que pode ser metálica, cerâmica e
polimérica, e reforços que podem ser sintéticos e naturais (BARROS, 2006).
Callister, (2012) considera os materiais compósitos qualquer material
multifásico que exiba uma proporção significativa das propriedades de ambas as
fases que o constituem, resultando numa melhor combinação.
Como vantagens essas resinas podem ser moldadas por vários processos
distintos quanto à complexidade e custos, desde processos manuais e artesanais
como o uso de moldes simples e baratos, passando por processos mistos de média
complexidade entre manual e mecanizado, até os processos caros e complexos
como os usados nos termoplásticos. (TEIXEIRA, 2005).
Os principais tipos de resinas termofixas são: Poliéster, Fenólicas, Epoxi e
as Poliuretanas. Dentre as resinas citadas será enfatizada a apresentação da resina
termofixa do tipo Poliéster.
2.5.1 Açaí
O açaizeiro (Euterpe Oleracea Mart.), palmeira típica da região amazônica,
com predominância nos estados do Amazonas, Amapá, Maranhão, Tocantins e no
Pará além das Guianas e Venezuela, é uma planta de solos alagados e várzea
podendo também ser cultivado em terra firme. Devido um grande aproveitamento do
resíduo agrícola, seu plantio e manejo vêm se expandido apesar de pouca utilização
do resíduo do agro comércio (DEL POZO-INSFRAN, 2004).
O açaizeiro é uma espécie tropical frutífera de grande importância
socioeconômica e alimentar para região Amazônica, passando de um fruto de açaí
naturalmente extraído para alimento nobre e rentável, se tornando fonte de renda
para a família de agricultores (BARREIRA, 2009).
Apesar de o açaizeiro ser encontrado em diversos estados brasileiros, o
Pará é o maior produtor nacional, seguramente com mais de 90% do que é
consumido no país. A capital paraense é o local que mais consome açaí no Brasil,
possuindo cerca de 3 mil pontos-de-venda onde o suco é comercializado
(MESQUITA, 2013).
O açaizeiro tem várias utilizações, tais como: alimentação, produção de
celulose, fabricação de casas, ração animal, arborização, medicina caseira e corante
natural, porem, sua principal importância econômica está relacionada com a
produção de palmito utilizado principalmente para a exportação. Estima-se que 95%
de todo palmito produzido no Brasil seja extraído do açaizeiro (QUIRINO, 2010)
Na extração do palmito em espécies solitárias ocasiona a morte da planta,
dessa maneira a ramificação dos estipes permite rápida regeneração das
populações nativas após a extração para obtenção do palmito. No Pará o cultivo
racional do açaizeiro para a produção de frutos vem sendo realizado desde meados
de 1995 (QUEIROZ, et al., 2001).
A Figura 2.5 mostra um plantio de açaizeiros cultivados em área de terra
firme.
34
Conforme Benchimol et al. (2014), o açaí deve ser colhido na estação seca
do ano, entre agosto e setembro o que possibilita uma maior obtenção de produção,
o fruto do açaí é arredondado de 1 a 2 cm de diâmetro e seu peso médio varia entre
0,8 a 2,3 g, possui coloração escura violáceo-púrpura e mesocarpo fino com
espessura de 1 a 2 mm. A parte comestível do açaí é o epicarpo e o mesocarpo.
O açaí possui uma única semente, que ocupa a maior parte de seu volume.
Esta é revestida por fibras filamentosas que são recobertas por uma fina camada
comestível (mesocarpo e epicarpo), onde se inclui a polpa e também a casca (DEL-
POZO INSFRAN et al., 2004 ; LICHTENTHÄLER et al, 2005). A Figura 2.7 identifica
as principais partes do açaí, tanto a parte comestível quanto o tecido fibroso.
Figura 2.14: Micrografias obtidas por MEV das fibras do mesocarpo do açaí.
Goes et. al. (2014), utilizou o pó da fibra do açaí, nas proporções de 25% e
50% na produção de um compósito de matriz polimérica, (resina poliéster) para
fabricação de madeira sintética. Para analise física de seu compósito realizou ensaio
de flexão, obtendo flexão para a resina poliéster 48,83 MPa, para compósito com
25% de pó, 26,77MPa e 25,78MPa para o compósito com 50%. Apesar da redução
na resistência, o compósito apresentou uma alta resistência, o que possibilita o uso
da fibra do açaí como material de enchimento, minimizando impactos ambientais.
Quirino (2010), obteve um compósito com matriz polimérica e fibra de açaí.
A matriz utilizada foi um adesivo a base de mamona e resina de poliuretana derivada
de petróleo para produção de painéis. Foram realizados ensaios para determinar a
resistência mecânica da fibra e dos compósitos. Seus resultados mostraram um
grande potencial das fibras na fabricação de compósitos, com aplicação no setor
industrial.
44
A mesa serve ainda como suporte a realização das atividades e pode auxiliar
também nas refeições além de proporcionar um aumento na rigidez do tronco
espinhal. A mesa eretora também é conhecida também como plataforma eretora.
(ROTTA, 2002).
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Serão apresentadas as descrições dos materiais bem como os processos
utilizados na fabricação dos compósitos propostos por essa pesquisa, os ensaios e
caracterização.
Para uma melhor compreensão das etapas do processo de fabricação e
caracterização dos compósitos a Figura 3.1 apresenta o fluxograma da metodologia
empregada neste trabalho.
3.1. MATERIAIS
Foi utilizado um molde em aço com dimensões 200 x 200 x 12mm, para
fabricação dos corpos de prova, dessa maneira o compósito pode ser prensando no
intuito de diminuir formação de bolhas no seu interior, fragilizando o material.
3.2 Métodos
Os corpos de prova (CP’s) foram fabricados no Laboratório de Máquinas
Hidráulicas e Energia Solar (LMHES) da UFRN. Para a preparação dos CP’s foram
definidas proporções em massa da fibra de açaí de 5, 10 e 15% devidos testes
preliminares que demonstraram que a utilização de maior porcentagem de fibra era
inviável, para uma boa molhabilidade da fibra pela matriz de resina poliéster, tanto
para fibra in natura como para fibra tratada.
As fibras foram tratadas visando reduzir o efeito dos extrativos (substâncias
celulósicas), que poderia interferir na aderência da fibra com a resina. O
procedimento escolhido, bastante simples e prático, seguiu a proposta de Lima, Jr.
(2007), que consistia em colocar as fibras submersas em água fervente, mantendo a
temperatura de fervura por 30 minutos.
Posteriormente a esse tratamento, as fibras foram colocadas em recipientes
de drenagem (peneiras), e depois colocadas expostas ao sol até sua completa
secagem. Na Figura 3.7 é mostrada a secagem das fibras.
(a) (b)
Para a fabricação das placas para a obtenção dos CP’s foi escolhido o
método de moldagem a frio CPM (Could Press Moulding). Conforme Silva, (2013),
uma moldagem por prensagem a frio geralmente é realizada a baixas pressões e
temperatura ambiente. A polimerização da resina se deu sob a ação de
catalizadores, podendo a temperatura da peça alcançar níveis entre 45°C e 80°C.
51
Figura 3.11: Prensa hidráulica utilizada para a fabricação das placas do compósito.
53
Foram utilizados 400g de resina pra cada composição, e considerando que foi
utilizado 1% de catalizador do peso, tem-se um total de 4 g de catalizador pra cada
composição. As proporções da fibra de açaí de 5, 10 e 15% referentes à massa da
matriz tanto das fibras in natura e tratadas em água fervente estão melhor descritas
na Tabela 3.2.
Dado que a proporção mínima de 5% de fibra no compósito possui suficiente
dispersão para o total preenchimento do molde e que abaixo dessa porcentagem
verificou-se espaços sem conter a fibra, essa foi a mínima porção adotada na
pesquisa. E a máxima proporção de adição de fibra a resina foi de 15% da massa,
considerando-se o método manual de mistura, pois, acima deste valor ficava difícil a
completa mistura entre os componentes constituintes do compósito.
Tabela 3.2 Compósitos Formulados com resina Tereftálica e fibra de açaí in natura e
tratada.
Qnt. de Qnt. de Massa total no
Resíduo Formulações
Resíduo Resíduo Molde
Utilizado do compósito
(%) (g) (g)
FN5 5 20 420
Fibra in
FN10 10 40 440
natura
FN15 15 60 460
FT5 5 20 420
Fibra
FT10 10 40 440
tratada
FT15 15 60 460
Figura 3.12: Corte dos corpos de prova em bancada com serra elétrica
3.2. Métodos
3𝐹𝑚𝑙
𝜎= (1)
2𝑏𝑑2
Onde:
V = Resistência a Flexão (MPa);
Fm = Força máxima aplicas (KN);
l = distância entre os pontos de apoio (mm);
b e d = largura e espessura dos corpos de prova (mm).
𝐹𝑚𝑙 3
𝐸= (2)
4𝑏𝑑3
Onde:
E= módulo de elasticidade (GPa);
Fm = Força máxima aplicas (KN);
l = distância entre os pontos de apoio (mm);
b e d = largura e espessura dos corpos de prova (mm).
Na Figura 3.15 pode ser observado o ensaio de flexão em 3 pontos, que foi
necessário para apontar as características de resistências à flexão do compósito
proposto.
Figura: 3.15: Ensaio e Flexão
58
Figura 3.19: Equipamento KD2 PRO utilizado para levantamento das propriedades
térmicas do compósito.
𝑀
𝐷= ∗ 100000 (3)
𝑉
Onde:
D = densidade do corpo de prova em Kg/m3;
M = massa do corpo de prova em g;
V = volume do corpo de prova em mm3
𝑀1−𝑀0
𝐴= ∗ 100 (4)
𝑀0
Onde:
A = Absorção de água (%);
M0 = Massa do corpo de prova antes da imersão (g)
M1 = Massa do corpo de prova após imersão (g)
4.5 Densidade
Os resultados encontrados nos ensaios de Densidade dos compósitos estão
expostos na Tabela 4.9. O valor da densidade da fibra do caroço de açaí encontrado
por Quirino (2017) servirá como parâmetro para a análise da densidade.
Comparando-se o compósito com fibra de açaí FN15 que teve uma absorção
de 6,92% com os estudados no LMHES – UFRN, observa-se que o mesmo possui
absorção inferior que os compósitos feitos com bucha vegetal e milho. E o
compósito com menor absorção, FT5 de 2,8% se sobressai com uma menor
absorção que os compósitos produzidos com bucha vegetal, dendê, milho, palha de
aço, pó de madeira, pó de mármore, pó de MDF e tecido de algodão.
Na Tabela 4.13 está absorção de água do mar para as composições
analisadas tiveram resultados tanto abaixo como a cima de compósitos já
estudados no LMHES – UFRN,
4.8 Envelhecimento
PERDA DE MASSA
(%)
14 13,07 12,75
12 9,92 9,81 9,32
10 8,97
8
6 4,98 4,37
4 2,75
2
0
RESINA 5%NT 5%T 10%NT 10%T 15%NT 15%T MÉDIA MÉDIA T
NT
83
Figura 4.13: Coloração das amostras antes e após o ensaio de envelhecimento para
5T e 5NT.
Figura 4.14: Coloração das amostras antes e após o ensaio de envelhecimento para
10T e 10NT.
84
Figura 4.15: Coloração das amostras antes e após o ensaio de envelhecimento para
15T e 15NT.
Figura4.16:(a) MEV FN5 aumento de 400X (b) e MEV FT5 aumento de 400X
BAIXA
(a) (b)
INCORPORAÇÃO
MICRO GRÃO
DE AÇAÍ
85
Observando a Figura 4.16 (a) percebe-se uma baixa incorporação das fibras
na resina, já na figura (b) onde houve um tratamento da fibra observa-se uma melhor
impregnação da resina na fibra. Pode observar nas duas figuras que nas fibras
apresenta presença de círculos, o que segundo Junior, 2007 são microgrãos da
polpa do fruto de açaí. Os círculos são bem mais acentuados no compósito de fibra
não tratada.
É mostrado na Figura 4.17 o MEV dos compósitos com 10% de fibra de açaí
não tratada (a) e tratada (b) com resolução de aumento de 400X.
Figura4.17: MEV FN10 aumento de 400X (a) e MEV FT10 aumento de 400X
Figura4.18: MEV FN15 aumento de 400X (a) e MEV FT15 aumento de 400X
Figura 4.20: Quadro descritivo dos itens que compõe a mesa eretora.
Nº do
Nome da Peça Descrição Qtd.
item
1 Base Compósito CFNT15 700mm X 600mm 1
2 Rodízio Rodinhas com freio 4
3 Apoio Vertical Tubo de alumínio de 820 mm ϕ = 30 mm 2
4 Apoio do calcanhar Tubo de alumínio de 1460 mm U ϕ = 20 mm 1
Encaixe do apoio do
5 Feito de tubos de alumínio 1
calcanhar
Suporte do apoio do
6 Feito de tubos de alumínio 2
joelho
Tubo PVC de 100 mm cortado formato
7 Apoio do joelho retangular curvado 115mmx95mm 2
(acolchoado)
Parafuso 5/6” x 2”
8 (Encaixe do apoio do Para fixar o encaixe no apoio vertical 2
calcanhar)
Para fixar o suporte do apoio do joelho,
suporte do apoio do calcanhar, suporte da
9 Parafuso ¼” x 2” 9
mesa, apoio vertical frontal e apoio do
joelho.
10 Mesa com suporte Compósito CFNT15 400mm X 600mm 1
11 Apoio vertical frontal Tubo de alumínio de 620 mm ϕ = 30 mm 1
Vale ressaltar que a utilização dos tubos de alumínio como apoio vertical, é
devido sua alta resistência e por ser um material leve.
Após a elaboração do projeto deu-se inicio as etapas de fabricação da mesa
eretora que seguiu o Fluxograma descrito na Figura 4.22
.
Figura 4.22: Fluxograma da Fabricação da mesa eretora
Montagem da
mesa eretora
Para a fabricação do molde foi utilizado chapa de aço de 5mm, o mesmo foi
produzido nas medidas de 700 x 600 x 50 (mm 3) e uma tampa nas mesmas medidas
de modo que a mesma coubesse no molde. Essa tampa possui um pegador para
facilitar a manuseio e uma base de apoio para efetuar a prensagem.
Para a produção do compósito CFNT15, adquiriu-se os resíduos do
beneficiamento do açaí (caroços) para retirada da fibra, foram coletados de
empresas que descartam os rejeitos em sacos plásticos e caixas para serem
coletados pela empresa de coleta de lixo urbano local, no município de Marabá,
Pará.
Como se requereu uma quantidade elevada de fibra para a produção dos
painéis de base e da mesa, o processo para a remoção da fibra do caroço foi feito
90
(a) (b)
(b)
(a)
Tabela 4.15: Descrição dos materiais utilizados para estrutura da mesa eretora
Nº do
Descrição
Item
1 Tubo de apoio vertical.
2 Tubo de apoio vertical frontal.
3 Apoio para os calcanhares.
4 Suporte para o apoio dos joelhos.
5 Apoio dos joelhos.
6 Suporte para o encaixe do apoio dos calcanhares.
7 Rodízios com freios.
8 Porcas para fixar os tubos verticais no painel de base.
9 Parafusos de rosca para fixar a mesa no apoio da mesa.
Parafusos de rosca com rosca borboleta para fixar o suporte do apoio do
10 joelho, suporte do apoio do calcanhar, suporte da mesa, apoio vertical frontal
e apoio do joelho.
11 Parafusos de rosca para fixar os rodízios.
12 Suporte da mesa.
A Mesa Eretora produzida pode ser visualizada na Figura 4.37 (a) apresenta
a parte traseira e (b) parte frontal da mesa.
Figura 4.38: (a) Mesa eretora visualização traseira (b) Mesa eretora visualização
frontal produzida com o compósito CFNT15.
(a) (b)
97
Figura 4.38: Mesa eretora sendo utilizada por um paciente com Paralisia
Cerebral: (a) visualização frontal (b) visualização traseira
(a)
(b)
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
5.1 Conclusões
5.2 Sugestões
REFERÊNCIAS
ASTM D570-09 - Standard test method for water absortion, West Conshohocken
2009.
ASTM D638-10 – Standard test method for tensile properpies of plastic. Annual
book of ASTM standards. v.08.01 West Conshohocken, 2003.
CASTRO, Clivia Danubia Pinho da Costa; DIAS, Carmem Gilda Barroso Tavares;
FARIAS, José de Assis Fonseca. Production and Evaluation of Recycled Polymers
from Açaí Fibers. Materials Research. 2010; 13(2): 159-163, 2010.
CRUZ, M. R.; BAGATTINI, L. C.; SILVA, J. E. A.; XAVIER, E.; PARIS, A.;
CAMARGO, M. E. Logística Reversa na fabricação de elementos de fricção em
indústria da Serra Gaúcha, GEPROS – Gestão da Produção, Operações e
Sistemas, Bauru, v. 3, n. 8, p. 85-98, 2013.
HIBBELER, Russell Charles. Resistência dos materiais. 7 ed. Pearson Pretice Hall.
São Paulo, 2010.
ITO, Edson N.; MARCONCINI, José M.; PESSOA, josé D. C.; RIO, Carlos Triveno;
MATTOSO, Luiz H. C.; HAGER JUNIOR, Elias. Caracterização de compósitos de
poliolefinas recicladas com fibras de açaí. 9º Congresso Brasileiro de Polímero.
João Pessoa – PB, 2007.
107
MENEZES. Grece Kelly Alencar; COUTO. Luciano Louzada do; FLORES. Maria do
Socorro Almeida. Gestão dos resíduos de caroços de açaí como instrumento de
desenvolvimento local: o caso do município de Ananindeua-Pa. IX Congresso
Brasileiro de Gestão. 2018.
RAI, Amit & JHA, C.N. Natural Fibre Composites and Its Potential as Building
Materials. BMTPC/Development Officer. Nova Déli, Índia, 2004.
Disponível em: http://www.bmtpc.org/pubs/papers/paper1.htm (Capturado em 13 de
Agosto de 2005)
SILVA, R.; HARAGUCHI, S.K.; MUNIZ, E. C.; RUBIRA, A.F.; Aplicações de fibras
lignocelulósicas na química de polímeros e em compósitos. Quim Nova, v.32,
p.661, 2009.
SILVA, Rosana Vilarim da. O Uso de Resinas Naturais com Reforço de Fibras
Lignocelulósicas. Dissertação de Mestrado, USP. São Carlos-SP, 2003.