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Montes Claros – MG
2019
ANNE KAROLINE ANDRADE VIEIRA
JOÃO PAULO SILVA FERNANDES
JOSEMARA FAGUNDES ALVES
Montes Claros – MG
2019
RESUMO
3
LISTA DE SÍMBOLOS
4
Sumário
CAPÍTULO I – Introdução............................................................................................ 6
1.1 Apresentação ..................................................................................................... 6
1.2 Objetivos ............................................................................................................ 7
1.2.1 Geral ............................................................................................................ 7
1.2.2 Específicos .................................................................................................. 7
CAPÍTULO II – Referências ......................................... Erro! Indicador não definido.
2.1. Revisão Bibliográfica........................................................................................ 8
2.1.1. Leito de Jorro .............................................................................................. 8
2.1.2. Modelos de Cinética ................................................................................... 8
2.1.3. Tratamento estatístico .............................................................................. 10
2.2. Referencial teórico ....................................................................................... 10
CAPÍTULO III – Desenvolvimento ............................................................................. 13
3.1. Parte Experimental.......................................................................................... 13
3.1.1. Caracterização e Umidificação do arroz ................................................... 13
3.1.2. Determinação da velocidade mínima de jorro ........................................... 13
3.1.3. Processo de secagem .............................................................................. 13
3.2 Resultados e Discussão................................................................................... 15
3.2.1 Resultados .................................................... Erro! Indicador não definido.
Discussão .............................................................. Erro! Indicador não definido.
Secagem em Estufa ........................................................................................... 17
Leito de Jorro ...................................................................................................... 23
Comparação dos Métodos de Secagem ................................................................ 28
CAPÍTULO IV – Conclusão ....................................................................................... 30
4.1 Conclusões ...................................................................................................... 30
4.2 Outras investigações ........................................................................................ 30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 32
APÊNDICES................................................................. Erro! Indicador não definido.
Memorial de Cálculo ..................................................... Erro! Indicador não definido.
5
Introdução
1.1 Apresentação
O arroz é o cereal mais cultivado no mundo e constitui o alimento básico de
mais da metade da população do planeta (Silva, 2008). Segundo os dados
informados pelo Levantamento Sistemático de Produtos Agrícolas, realizados pelo
IBGE (2016), o Brasil fechou o ano com 10,6 milhões de toneladas de produção de
arroz com casca, que apesar de ser quantidade significativa, não superou a de 2015,
representando uma queda de 14%.
1.2 Objetivos
1.2.1 Geral
Realizar a secagem do arroz sem casca, utilizando dois métodos, sendo eles,
o intermitente e o convencional com estufa.
1.2.2 Específicos
Verificar o método mais adequado;
Observar a diminuição no teor de umidade;
Ajustar modelos cinéticos de secagem aos dados obtidos experimentalmente.
2.1. Revisão
evisão Bibliográfica
2.1.1. Leito de Jorro
Figura 1: O leito de jorro com suas regiões e características
ú − (1)
% . .=
ú
ú − (2)
% . .=
Parâmetro Expressão
Diâmetro Equivalente D = (LEW) (3)
X −X (7)
Xr = = exp(−kt )
X −X
Onde n é denominada a constante do modelo (adimensional).
O modelo apresenta duas constantes e é bastante utilizado como base para a
maioria dos modelos semiteóricos de camada fina. Page (s.d.) apud Lima (2017)
(1949, apud LIMA 2017) propôs essa relação ao avaliar os fatores com influência
significativa sobre a taxa de secagem por convecção em grão de milho em camada
delgada e ao comparar os resultados obtidos com o modelo exponencial.
X −X (8)
= = exp(− )+
X −X
Onde a e b são as constantes do modelo, n é uma constante empírica
adimensional, e k é a constante de secagem (s-1) a ser estimada a partir dos dados
experimentais.
X −X (9)
X =
X −X
2.1.3. Tratamento estatístico
O Desvio Quadrático Médio (DQM) é uma medida de dispersão que mostra o
quão distante cada valor desse conjunto está do valor central (médio), conforme
Equação 10.
(10)
1
DQM = Xr ó − Xr
n
dessas, assim como a redução do diâmetro do orifício. Com base nesses resultados,
os autores propuseram uma nova correlação de velocidade de jorro mínimo em leito
de jorro operando dentro da faixa de densidade de partículas de 2460 a 6050 kg/m3.
I n f o r m a ç õ e s c o m p l e m e n t a r e s | 13
Desenvolvimento
Legenda: (CL-1) Coluna do leito de jorro; (TI-0) Quadro de comando para controle
do ar; (C-1) Chave liga/desliga para o compressor; (FT-1) Anemômetro; (V-5)
Válvula de medição;(TQ-2) Silo de alimentação; (UT-1)Termohigrômetro; (PI-1)
Manômetro; (CC-1) Ciclone; (TQ-1) Coletor do ciclone; (HX-1)Pré-aquecedor
(Upcontrol, 2017)
= (15)
̇ = ̇ + ̇á (16)
Foram feitas as considerações:
- Vazão volumétrica de ar (Q [m³/s]) constante (vazão da água ≈ 0)
- Densidade do ar constante, igual a ρ=1,15 kg/m³.
Então:
² (17)
̇ = ̇ = ρQ = ρvA =
Sendo v a velocidade do ar, A é a área do cilindro do secador e D é o
diâmetro do mesmo. Sabe-se que o diâmetro do cilindro utilizado mede 110 mm,
conforme Dias (2018):
I n f o r m a ç õ e s c o m p l e m e n t a r e s | 17
,
∗ , ∗ ( )² (18)
̇ =
̇ = 55 g/s (19)
L (mm) D (mm)
6,48 1,65
6,62 1,70
6,92 1,71
Valor Médio 6,67 1,67
Fonte: Elaboração própria
Parâmetro Valor
Diâmetro Equivalente D 0,002814
Esfericidade Ø 0,4219
-5
Área superficial A 2,4877x10 mm²
-8
Volume do grão V 1,1667x10 mm³
Fonte: Elaboração própria
Secagem em Estufa
Os dados de umidade e massa da amostra em função do tempo na secagem
em estufa estão dispostos nas Tabela 4 e 5:
Tabela 4: Dados de secagem do arroz branco em estufa a 60ºC.
0 100,000 29,69
20 79,764 3,45
40 78,573 1,90
60 78,153 1,36
80 77,926 1,06
100 77,841 0,95
940 78,142 1,34
1000 77,832 0,94
1240 77,106 0,00
Fonte: Elaboração própria
35,00
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
-0,20
Figura 6: Regressão linear do Modelo de Page (s.d.) apud Lima (2017) em Estufa a
60ºC.
1,2
1 R² = 0,996
0,8
Umidade Teórica
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
-0,2
Umidade Experimental
1,2
1 R² = 0,996
0,8
Umidade Teórica
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
-0,2
Umidade Experimental
1,2
1 y = 1,005x - 0,011
R² = 0,997
0,8
Umidade Teórica
0,6
0,4
0,2
0
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20
-0,2
Umidade Experimental
1,20000000
y = 0,996x - 0,000
1,00000000
R² = 0,999
0,80000000
Umidade Teórica
0,60000000
0,40000000
0,20000000
-
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20
-0,20000000
Umidade Experimental
b - - 0,00000005783
n 0,3526 0,5900
k 0,4565 0,1354
1,20
1,00
(g H20/g arroz seco)
0,80
Xr b. s.
0,60
0,40
0,20
0,00
0 10 20 30 40 50
tempo (min)
O modelo de cinética de Page (s.d.) apud Lima (2017) apud LIMA (2017) e o
modelo Midilli et al. (2002) (2002) foram testados para os dados de secagem em
leito de jorro, utilizando a ferramenta Solver do Excel para atingir a meta de DQM
próximo de 0. Os dados obtidos estão nas tabelas 9 e 10.
Xr teórico
Xr experimental
Page (s.d.) apud Lima (2017) Midilli et al. (2002)
-
1,00
1,00 1,00
0,94
0,93 0,96
0,88
0,88 0,91
0,82
0,83 0,84
0,76
0,77 0,78
0,70
0,72 0,71
0,65
0,66 0,64
0,59
0,59 0,58
0,54
0,53 0,52
0,49
0,46 0,46
0,44
0,38 0,41
0,32
0,31 0,30
0,22
0,24 0,21
0,14
0,16 0,14
0,08
0,08 0,10
0,04
0,00 0,06
Fonte: Elaboração própria
Tabela 11: Parâmetros dos modelos utilizados para secagem do arroz branco em
leito de jorro.
Figura 11: Regressão linear do Modelo de Page (s.d.) apud Lima (2017) para leito
de jorro.
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
y = 0,996x + 0,007
R² = 0,994
0,20
-
- 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20
Figura 12: Regressão Linear do Modelo de Midilli et al. para leito de jorro.
1,20
1,00
0,80
0,60
y = 0,994x + 0,007
0,40 R² = 0,996
0,20
0,00
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20
Ainda segundo o mesmo autor, os modelos de Fick e Page (s.d.) apud Lima
(2017) se ajustaram muito bem aos dados de secagem obtidos tanto no jorro como
na estufa, podendo ser utilizados para fins preditivos na faixa de condições
experimentais em que foram conduzidos os experimentos. Foram observadas
diferenças no comportamento higroscópico dos grãos, o que demonstra que
ocorreram mudanças na estrutura interna do material devido aos diferentes
processos de secagem a que foram submetidos. Dessa forma, é observada uma
maior eficiência na secagem dos grãos no leito de jorro, observada pelo curto tempo
de processamento para maiores cargas de grãos. Apesar disso, se faz necessário
realizar os balanços de energia para cálculo do consumo energético deste processo,
avaliando-se a viabilidade técnica e econômica do mesmo, apesar da
Conclusão
4.1 Conclusões
Apesar da impossibilidade de chegar a uma temperatura que promovesse a
secagem de maneira eficiente em leito de jorro, os resultados obtidos evidenciam
que a secagem foi realizada, evidenciada pela diminuição da umidade das amostras
de arroz. A utilização desses para simulação de condições de secagem será de
fundamental importância para otimização do processo de secagem dos grãos de
arroz com casca em trabalhos futuros.