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TERRAPLENAGEM 4

Máquinas e Equipamentos
Parte 3

Prof. Vinicius Costa Furtado da Rosa


Máquinas e Equipamentos
Equipamentos de Compactação
Introdução
Conceito de Compactação:
A compactação consiste na maior aproximação e acomodamento dos
grãos e partículas dos materiais constituintes dos solos ou de outros
materiais de construção de pavimentos, obtida através de meios
mecânicos.
A compactação proporciona um aumento da densidade do material
trabalhado e em consequência provoca a redução dos seus vazios.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos de Compactação
Objetivos da compactação:
1) Aumentar a capacidade de suporte do material do solo ou
pavimento;
2) Aumentar a estabilidade do material compactado;
3) Aumentar a resistência do material ao intemperismo;
4) Aumentar a impermeabilidade do material do solo ou pavimento;
5) Dar acabamento superficial em alguns casos.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos de Compactação
Compactação de Solos

A resistência ou capacidade de suporte do material de um solo


depende do entrosamento das partículas que o compõe e que entram
em sua formação, assim os materiais de granulometria variável e bem
escalonada são os mais fáceis de serem compactados.
Os solos podem ser classificados nos seguintes grupos básicos, segundo
a classificação HRB / AASHO.

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Equipamentos de Compactação
a) Coesivos
Compostos por partículas aparentemente microscópicas, de aspecto
pegajoso quando úmidos e na forma de torrões, quando secos.
Exemplos: argilas e siltes.
São solos que têm mais de 35% do peso de sua amostra, passantes pela
peneira 200 (ou abertura de malha igual a 0,074 milímetros) no ensaio
de peneiramento.

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Equipamentos de Compactação
b) Não coesivos
Compostos de partículas granulares de diâmetros que estejam entre
0,5 e 76 mm e tenham menos de 35% do peso da amostra passando
pela peneira 200.
c) Turfas
São solos com partículas de argila e materiais orgânicos em
decomposição, materiais de origem vegetal, mantidos, em geral, em
um meio líquido.

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Máquinas e Equipamentos
Técnicas de Compactação

Uma compactação mecanizada exige o conhecimento da umidade


ótima para a obtenção da densidade máxima, de acordo com os
ensaios de compactação realizados em laboratório, como os primeiros
elaborados pelo Eng. R. Proctor e outros ensaios posteriormente
desenvolvidos.
O Ensaio de Proctor, basicamente, consiste em compactar uma amostra
do material coletado no local da obra, dentro de um cilindro metálico
de 10,0 cm de diâmetro e 13,0 cm de altura, resultando em um corpo
de prova de 1 000,0 cm3.

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Máquinas e Equipamentos
Técnicas de Compactação

Compactam-se corpos de prova com teores de umidade variáveis e


crescentes, comparando-se depois as suas massas, em um gráfico
cartesiano: umidade x massa. Isso permite que se obtenha a
umidade ideal (ótima), com a qual se consegue a melhor
compactação (densidade máxima) para um determinado material.

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Técnicas de Compactação
A compactação se faz em três camadas, utilizando-se de uma
haste soquete que com massa de 2,5 kg e que deve cair de uma
altura de 30,0 cm, sendo executadas 25 quedas ou golpes, em
cada camada. (Ensaio Proctor Normal).
A quantidade de energia (constante) aplicada na compactação da
amostra, no ensaio Proctor pode ser calculada como segue:

e = 3 x 25 (2,5 x 30,0) / 1000,0 = 5,6 kgf . cm / cm3


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Técnicas de Compactação
Existem outros ensaios de laboratório fundamentados no Ensaio
Proctor Normal, chamados de Proctor Intermediário, Proctor
Modificado e o Ensaio CBR (Califórnia Bearing Ratio). Esses ensaios
pretendem reproduzir em laboratório as energias de compactação
aplicadas pelos equipamentos utilizados.
Esses ensaios têm, se comparados ao Proctor Normal, diferenças como:
hastes com massas maiores; maior número de camadas e alturas de
queda maiores.
NBR 7182:2016 Solo - Ensaio de compactação
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Técnicas de Compactação

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Máquinas e Equipamentos
Curva de Compactação

Fonte: Bastos, C. - 2011 12


Máquinas e Equipamentos
Curva de Compactação para diferentes solos

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Técnicas de Compactação
Como consequência esses ensaios apresentam maiores energias de
compactação e se observa que o teor de umidade ótima diminui com o
aumento da energia de compactação.
A umidade ótima necessária à obtenção de uma densidade máxima, é
dependente de outros fatores, como o tipo de solo, porcentagem de
seus elementos componentes, granulometria e outros. A Figura a
seguir, extraída do Manual de Compactação Vibratória, publicação da
Dynapac é, nesse sentido, bastante esclarecedora.

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Máquinas e Equipamentos
Técnicas de Compactação

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Máquinas e Equipamentos
Técnicas de Compactação

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Máquinas e Equipamentos
Exemplos de Curvas de
Compactação

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Máquinas e Equipamentos
Técnicas de Compactação

No laboratório, com o ensaio de compactação, pode-se obter a


densidade seca máxima, em função de uma umidade ótima.
Se for obtida a densidade do solo em compactação no próprio local da
obra e isso feito após um determinado número de passadas do
equipamento compactador, será possível conhecer-se o Grau de
Compactação atingido, o qual pode ser expresso como segue:

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Técnicas de Compactação

Grau de Compactação = (densidade seca do material compactado /


densidade seca máxima de laboratório) x 100 ou

Quando se atinge um Grau de Compactação de 95%, considera-se


concluída a compactação mecanizada, na maioria dos casos.
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Técnicas de Compactação

Não se deve esquecer que a densidade de um solo compactado na


obra é dependente do número de passadas do equipamento, da
espessura da camada, do tipo de compactação e da pressão exercida
sobre o solo.

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Técnicas de Compactação
Obtenção da umidade de um solo, em campo:
Os métodos usuais para obtenção da umidade dos solos, em campo, são os
seguintes:
a) Método “Speedy”
Utiliza-se um cilindro metálico de fecho hermético, no qual é colocada uma
amostra do solo e uma cápsula (ampola de vidro) de carbureto de cálcio.
O conjunto fechado, hermeticamente, é agitado, manualmente, com o que se
quebra a ampola de carbureto. O carbureto de cálcio combina-se, imediatamente,
com a água que umedecia o solo formando gás acetileno, gerando uma pressão
interna no cilindro que é medida por um manômetro acoplado ao conjunto. Essa
pressão é proporcional a umidade da amostra de solo.
A comparação da pressão medida com dados tabelados permite a avaliação do teor
de umidade da amostra.
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Técnicas de Compactação
Obtenção da umidade de um
solo, em campo:
a) Método “Speedy”
DNER-ME 052/94 Solos e agregados
miúdos–determinação da umidade
com emprego do “Speedy”.
NBR 16097:2012 Solo —
Determinação do teor de umidade —
Métodos expeditos de ensaio

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Técnicas de Compactação
Obtenção da umidade de um solo, em campo:

b) Método da frigideira
A amostra do solo é posta em uma frigideira, a qual é colocada sobre
um fogareiro acesso.
A frigideira é coberta com uma placa de vidro e quando não houver
mais o embaçamento do vidro, tem-se a amostra completamente seca.
O teor de umidade da amostra é obtido, relacionando-se o peso úmido
anterior e o peso seco da amostra.
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Técnicas de Compactação
Obtenção da umidade de um
solo, em campo:

b) Método da frigideira
NBR 16097:2012 Solo —
Determinação do teor de umidade —
Métodos expeditos de ensaio

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Técnicas de Compactação
Obtenção da umidade de um solo, em campo:

b) Método da frigideira – item 5.2.3.2 NBR 16097:2012


Tomar cerca de 200g de amostra úmida e colocar na frigideira,
determinando a massa bruta úmida mbh (solo úmido mais frigideira
mais espátula ou colher). Para solos contendo mais de 20% de material
retido na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, utilizar uma
quantidade mínima de 300g de amostra. Para solos contendo mais de
20% de material retido na peneira com abertura de malha de 19 mm,
utilizar uma quantidade mínima de 500g de amostra.
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Técnicas de Compactação
Obtenção da umidade de um solo, em campo:

c) Método da secagem a álcool


A amostra de solo é pesada. Depois é embebida em álcool e posta a
queimar sobre uma bandeja metálica, até ficar, completamente, seca. A
diferença entre o peso úmido e o peso seco fornece, diretamente, a
quantidade de água que estava presente na amostra. A obtenção em
valor percentual consiste em fazer o relacionamento entre os pesos
medidos.
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Máquinas e Equipamentos
Técnicas de Compactação
Obtenção da umidade de um solo, em campo:

c) Método da secagem a álcool


Observação:
Solos muito orgânicos podem ter a determinação de umidade
mascarada nos dois últimos métodos, pela queima ou calcinação de
seus componentes o que fará com que o “peso seco” seja menor que o
peso seco verdadeiro, prejudicando, assim, o cálculo final da umidade.

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Técnicas de Compactação
Obtenção da umidade de um solo, em campo:

c) Método da secagem a álcool

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Técnicas de Compactação
Densidade de um solo, obtida em campo:
A densidade de um solo em condições de campo é, usualmente, obtida
por um dos seguintes métodos:
a) Método do cilindro cortante
Retira-se uma amostra de solo com um cilindro cortante (shelby),
relaciona-se o peso da amostra com o seu volume obtendo-se, assim, a
respectiva densidade.
NBR 9813:2016 Solo — Determinação da massa específica aparente in situ, com emprego de
cilindro de cravação
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Técnicas de Compactação
Densidade de um solo, obtida em campo:
a) Método do cilindro cortante

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Técnicas de Compactação
Densidade de um solo, obtida em campo:
b) Método do “frasco de areia ou óleo”
Retira-se com uma espátula ou pá, uma amostra do solo e no vazio que
é deixado, se procede o preenchimento com areia ou um óleo, vazados
a partir de um frasco graduado em volume. Conhecido o peso da
amostra e seu volume, obtém-se a densidade. Esse é o método mais
utilizado.
NBR 7185:2016 Solo - Determinação da massa específica aparente, in situ, com emprego do frasco
de areia

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Máquinas e Equipamentos
Técnicas de Compactação
Densidade de um solo, obtida em campo:
b) Método do “frasco de areia ou óleo”

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Técnicas de Compactação
Densidade de um solo, obtida em
campo:
c) Método do Penetrômetro
Utiliza-se um aparelho denominado
de “Agulha de Proctor”.

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Técnicas de Compactação
Densidade de um solo, obtida em campo:
c) Método do Penetrômetro
Permite, por meio de um dinamômetro, medir o esforço necessário
para cravar no solo ou no corpo de prova dentro do cilindro de Proctor,
uma agulha padronizada.
Observação: Melhor compactar o solo com umidade hot, pois se for h1
< hot, quando saturado, ele passa para uma umidade maior e sua
resistência se tornaria nula.

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Máquinas e Equipamentos
Técnicas de Compactação
Densidade de um solo, obtida em campo:
c) Método do Penetrômetro – Exemplo
Se desejarmos verificar se um determinado solo possui capacidade de
resistir a 500 KN, por exemplo, procedemos da seguinte forma:
a) Devemos primeiro criar um fator de segurança para quaisquer
desvios cometidos durante o ensaio, no caso sugeriremos Fs = 2 (pra
facilitar as contas).
b) Devemos então calibrar o equipamento, ressaltando que agora a
resistência a ser buscada é de 1.000 KN (em função do fator de
segurança ser 2 – 500KN x 2 = 1.000 KN)
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Técnicas de Compactação
Densidade de um solo, obtida em campo:
c) Método do Penetrômetro – Exemplo
c) De posse destes dados buscamos na tabela uma ponteira capaz de
“suportar” a carga devida, observando que quanto maior for a ponteira
melhor o resultado obtido, pois em ponteiras pequenas o equipamento
tende a trabalhar a punção.
d) Na análise da tabela temos que para esta carga (1.000 KN) as ponteiras de
1/10” a ½” , adotaremos então a ponteira de ½” (carga de 1082 KN) por ser a
maior. Da tabela temos que a calibragem de penetração necessária para esta
ponteira nesta carga é de 90, para isso então marcamos 90 no ‘embolo’ da
agulha, como mostra a figura.
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Técnicas de Compactação
Densidade de um solo, obtida em campo:
c) Método do Penetrômetro – Exemplo

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Máquinas e Equipamentos
Técnicas de Compactação
Densidade de um solo, obtida em campo:
c) Método do Penetrômetro – Exemplo
e) Agora basta pressionar o embolo e
verificar se a ponteira entra no solo ou não,
se entrar significa que o solo não resiste a
carga solicitada, se a ponteira não for
enterrada completamente no solo, significa
que o solo resiste a esta capacidade de
carga.
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Processos de Compactação
São quatro os principais processos mecanizados empregados na
compactação de solos e pavimentos:

1) Compressão ou pressão;
2) Amassamento;
3) Impacto;
4) Vibração

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Máquinas e Equipamentos
Processos de Compactação
O processo de compressão ou pressão consiste na aplicação de forças
verticais sobre o terreno ou pavimento.
No processo de amassamento tem-se além da aplicação de forças
verticais, outras forças inclinadas ou mesmo ortogonais, agindo de
forma concomitante.
No processo de impacto tem-se a ação de forças verticais agindo de
forma intermitente e com o limite máximo de setecentos (700)
impactos por minuto.

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Máquinas e Equipamentos
Processos de Compactação

Caso o equipamento promova mais de setecentos impactos por


minuto, o equipamento passa a ser considerado como vibratório. (*)
(*) – alguns fabricantes de equipamentos consideram o limite de
definição, se o equipamento é de impacto ou de vibração, como sendo
de 500 ciclos por minuto.

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Equipamentos Utilizados
a) Processo de compressão ou pressão:

- Rolos metálicos lisos de três rodas;


- Rolos metálicos lisos, tandem;
- Rolos pés de carneiro, rebocados;
- Rolos de grelha.

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Equipamentos Utilizados
b) Processo de amassamento:

- Rolos de pneus, rebocáveis;


- Rolos de pneus, auto propelidos;
- Rolos pés de carneiro, auto propelidos.

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Equipamentos Utilizados
c) Processo de impacto:

- Pilão;
- Placas de impacto;
- Soquetes de impacto (sapos mecânicos).

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
d) Processos de vibração:

- Rolos metálicos lisos, vibratórios;


- Rolos metálicos pés de carneiro, vibratórios.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
1) Rolo metálico liso de três rodas:
Como o nome indica, possui como rodas três cilindros metálicos, sendo
dois traseiros de tração e um dianteiro de direção.
É um equipamento muito robusto e de construção mecânica simples. É
empregado na compactação de macadame, saibros e britas nos
serviços de revestimentos de estradas.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
1) Rolo metálico liso de três rodas:
As rodas traseiras exercem maior pressão de contato, em comparação
com as de direção. Os cilindros de compactação podem ser lastrados
com água, areia úmida ou lastro concentrado, o que permite obter-se
maior pressão de contato.
A Figura mostra um rolo compactador que tem um peso sem lastro de
9 200,0 kg e podendo alcançar até 14 000,0 kg, com lastro.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
1) Rolo metálico liso de três rodas:

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
1) Rolo metálico liso de três rodas:
O cilindro da roda dianteira
bipartida proporciona um melhor
acabamento de superfícies
compactadas quando o rolo
executa movimentos em curvas.
Esses rolos possuem raspadores
nos cilindros, destinados a
proceder a sua limpeza durante o
serviço. 49
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
2) Rolo metálico liso, em tandem
Esses rolos possuem dois cilindros, um dianteiro e um traseiro,
posicionados em tandem. Os cilindros são de igual largura, mas têm
variação quanto aos seus diâmetros. O cilindro dianteiro costuma ser
maior.
O cilindro dianteiro, devido a apresentar pressão de contato superior à
do traseiro, é considerado como cilindro de compressão, sendo o outro
o de direção.
Os rolos tandem possuem raspadores nos cilindros, para a remoção de
material aderente. 50
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
2) Rolo metálico liso, em tandem
Têm também um sistema de aspersão de água sobre os rolos,
necessário para evitar que agregados sólidos grudem em suas
superfícies, quando a compactação se faz em pavimentos trabalhados a
quente (asfaltos).
São os rolos tandem usados em serviços mais leves que os de três
rodas. A Figura apresenta um rolo tandem de 6 400,0 kg, de peso
operacional.
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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos
mais utilizados:
2) Rolo metálico liso, em
tandem

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos
mais utilizados:
2) Rolo metálico liso, em
tandem

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
2) Rolo metálico liso, em tandem
Os rolos lisos metálicos comprimem o solo com uma pressão de contato
elevada, porém as pressões exercidas no interior do solo ficam menores a
medida que se afastam se sua superfície de contato. À medida que a
superfície fica mais dura, menores são as pressões internas e
aparentemente, se forma uma casca que impede o adensamento das
camadas inferiores.
Na Figura, procura-se explicar esse efeito, onde o cilindro de compactação de
um rolo de três rodas tem as pressões sobre o solo determinadas na
primeira “passada” e após n “passadas”.
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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos
Utilizados

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos
Utilizados

Exemplo extraído da publicação: “Equipamentos de Compactação: Seleção e Aplicação”,


da Tema Terra Maquinaria S. A. 56
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
2) Rolo metálico liso, em tandem
Foram determinadas as pressões em diferentes profundidades, na
primeira passada, quando o cilindro de compactação aplica todo o seu
peso na largura de 15,24 cm (6”) e quando a largura de contato fica
reduzida a 2,54 cm (1”).
O exemplo esclarece que a pressão de contato tem um gradativo
aumento com as novas passadas do rolo sobre o solo, isto porque cada
vez mais fica reduzida a área de contato com o terreno. De outro lado,
sob o cilindro ficam cada vez menores as zonas de influência. 57
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
2) Rolo metálico liso, em tandem
Pode ser observado que na primeira passada, na profundidade de 7,5 cm,
em relação à superfície, a pressão efetiva correspondia a 2,5 kgf/cm²,
quando a pressão de contato era de 3,5 kgf/cm².
Na enésima passada, a 7,5 cm da superfície a pressão efetiva se reduziu a
0,63 kgf/cm², portanto menor que a da primeira passada, embora a pressão
de contato tenha aumentado para 21,0 kgf/cm².
Com essa explicação, fica mais fácil de compreender porque este tipo de
equipamento só deve ser usado para compactação de camadas finas do
material de um aterro.
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Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
3) Rolos metálicos pés de carneiro
Os rolos pés de carneiro podem ser encontrados na forma de unidades
compostas de um ou mais rolos, acoplados e rebocáveis ou ainda, na
forma de rolos auto propelidos.
Os rolos rebocáveis compactam pela pressão ao passo que os cilindros
de propulsão, proporcionam a compactação pelo amassamento.

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Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
3) Rolos metálicos pés de carneiro
Os rolos pés de carneiro são empregados no adensamento de solos
siltosos e argilosos, desenvolvem pressões de contato elevadas e
servem ainda par fragmentar inúmeros materiais.
Outro serviço especial a que se presta este tipo de rolo é o de auxiliar
na aeração de solos argilosos muito úmidos, com o aumento da
superfície exposta ao ar, objetivando uma secagem mais rápida.

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Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
3) Rolos metálicos pés de carneiro
As patas dos rolos penetram no solo, profundamente e medida que
compactam o solo a penetração diminui e em vista deste fato diz-se
que a compactação procede de baixo para cima.
As patas denominadas “normais” têm um comprimento de 18 a 23 cm
(7 a 9 polegadas). A altura da camada a compactar com eficiência
poderá ser igual a 1,25 vezes o comprimento da pata.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
3) Rolos metálicos pés de carneiro
Os cilindros podem ser lastrados com água, areia ou sem aumento de
peso.
A pressão de contato é obtida dividindo-se o peso do rolo, pela área de
contato das patas que estão no momento considerado, apoiadas no
terreno.
Os rolos pés de carneiro tracionados podem ter os seus cilindros
oscilantes, para melhor distribuição das pressões sobre o solo.
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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
3) Rolos metálicos pés de carneiro

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Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
3) Rolos metálicos pés de carneiro
Influência da amplitude e frequência das vibrações (rolos vibratórios)
A frequência recomendada é de 1500 a 3000 vibrações por minuto,
mas alteração entre esses valores altera pouco o efeito da
compactação. Já a amplitude aumentada causa sensível aumento no
grau de compactação, para todas as frequências pois acrescenta ao
peso do rolo vibratório o efeito de impacto.

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Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
3) Rolos metálicos pés de carneiro
Influência da forma das patas (variações do pé-de-carneiro)
A observação sobre o efeito da amplitude, levou ao desenvolvimento de
novos desenhos de patas para produzir impacto (tamping), em
compactadores auto propelidos com velocidades maiores. A experimentação
permite definir a velocidade que produza melhor compactação para o
conjunto formado pelo solo e pelo rolo propulsor.
Para alguns solos e usos, podem ser obtidas características indesejáveis,
principalmente com respeito à homogeneização da camada. Outros
desenhos de patas também alteram a produção do rolo compactador.
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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
3) Rolos metálicos pés de carneiro
Influência da forma das patas (variações do pé-de-carneiro)

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Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
4) Rolos de grelha
São rolos rebocados, possuindo a superfície do cilindro que entra em
contato com o solo, a configuração de uma grelha.
A grelha é formada através de uma série se barras de aço cruzadas,
apresentando nos cruzamentos nódulos salientes.
Nos nódulos concentram-se pressões da ordem de 105,45 kgf/cm2, ou
seja 1500 psi (libras por polegada quadrada).
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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
4) Rolos de grelha
Os rolos de grelha provocam fraturas nos materiais granulares de
maiores diâmetros, bem como podem aumentar sua pressão de
contato com o uso de lastro de blocos de concreto.
Esses rolos são pouco usados no Brasil e têm emprego na
fragmentação de rochas e rompimento de pavimentos de fraco
suporte.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
4) Rolos de grelha

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais
utilizados:
5) Rolos de pneus
São equipamentos de compactação que
apresentam uma grande versatilidade
de aplicações, como sejam:
compactações de aterros, bases de
estadas, bases de aeroportos,
alisamento de misturas betuminosas
aplicadas à quente ou à frio. 70
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus
Classificação de rolos de pneus:
a) Quanto à propulsão
- rebocados;
- Auto propelidos.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus
Classificação de rolos de pneus:
b) Quanto ao peso
- Leves (até 13 t);
- Médios (de 23 a 25 t);
- Pesados (de 25 a 50 t).

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus
Classificação de rolos de pneus:
c) Quanto ao número de rodas
- Leves, com 9, 11 ou 13 rodas;
- Médios, com 4, 7, 9 ou 11 rodas;
- Pesados, com 4 rodas.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus
A determinação da pressão de contato se faz pela relação entre a carga
aplicada ao solo pelo pneu e sua área de contato, considerada como
circular e com o diâmetro igual à largura do pneu. (A área, na realidade,
é ovalada).

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus
Exemplo:
Determinar a pressão de contato de um pneu que transmite ao solo um
peso de 1 270,0 kgf, deixando uma largura de impressão de 15 cm.
Pc = 1 270,0 / (πD²/4) = 1 270,0 / (3,14 x 15² / 4) =
1 270 / 176 = 7 215,0 kgf/cm2

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus
Nos compactadores de rodas pneumáticas, se for aumentada a pressão
interna, fica diminuída a largura de impressão e como consequência
aumentará a pressão de contato.
Essa propriedade é usada na compactação de capas asfálticas que
exigem de início baixas pressões e maiores nas passadas finais.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus
A compactação com pneus se faz pelo
amassamento e pela interação dos bulbos
de pressão de rodas contíguas, conforme
mostra a Figura.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus

A Figura permite visualizar um rolo de pneus do tipo médio, auto


propelido (ou autopropulsado) com de sete rodas.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
5) Rolos de pneus

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos
mais utilizados:
5) Rolos de pneus

O rolo de pneus tem uma


superposição de faixas
compactadas pelos pneus,
como mostra a Figura

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos
mais utilizados:
5) Rolos de pneus
Para que a compactação se
faça pelo amassamento e de
uma forma eficiente, as
rodas devem estar sempre
em contato com o solo,
tendo eixos que permitem
sua oscilação, como pode
ser visto na Figura
83
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
Os rolos vibratórios rebocados ou auto propelidos, lisos ou pés de
carneiro, têm a ação vibratória obtida pelo movimento giratório de uma
massa excêntrica com rotação controlada e superior a 700 RPM.
A maior aplicação e o melhor rendimento dos rolos vibratórios se
verifica na compactação de materiais não coesivos ou seja, materiais
granulares.

84
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios

Os rolos vibratórios têm uma zona de influência muito superior aos


demais tipos de equipamentos de compactação, razão pela qual,
camadas com maior espessura podem ser compactadas.

85
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos
mais utilizados:
6) Rolos vibratórios

86
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
Propriedades relevantes:
- Número de vibrações por minuto (VPM);
- Frequência ótima ou de ressonância;
- Força estática;
- Força dinâmica;
- Amplitude de vibração;
- Número de passadas.
87
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
a) Número de vibrações por minuto:
O número de vibrações por minuto ou a frequência de vibrações pode
ser alterada e deve ser conjugada com a velocidade e o deslocamento
do rolo.
Se a frequência de vibração não for a mais adequada ou a velocidade
imprimida ao rolo for mais elevada que a necessária, será preciso
aumentar o número de passadas do equipamento.
88
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
b) Frequência ou ressonância
É a frequência à qual o solo responde com maior rendimento à
compactação. Nos solos não coesivos a frequência ótima está na faixa
de 1100 a 1 500 VPM.

89
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
d) Força dinâmica
Corresponde à força exercida pelo peso estático mais as forças
presentes no impacto com o solo, resultantes da força centrífuga e da
queda do cilindro (em kgf).

90
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
e) Amplitude de vibração
Varia na razão inversa da frequência e consiste na elevação do rolo em
relação ao solo. É expressa em milímetros.
Se a elevação for grande, maior será o impacto devido a queda. São
usadas amplitudes baixas para misturas instáveis ou em camadas finas e
amplitudes altas se as misturas são rígidas ou as camadas espessas.
91
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
f) Número de passadas
Para os rolos vibratórios é fundamental ter o conhecimento do número
de passadas, obtido de preferência em uma pista experimental.
Um número de passadas superior ao necessário poderá provocar uma
super compactação, com danos ao material já comprimido,
fragmentando-o, além de provocar danos ao próprio equipamento.
92
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios

A Figura mostra um compactador vibratório com rodas de tração


constituídas pelos pneus e a roda de compactação, pelo cilindro de aço.

93
Máquinas e Equipamentos

94
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios

A Figura mostra outra modalidade de equipamento vibratório, no caso


com rolo pé de carneiro.

95
Máquinas e Equipamentos

96
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
g) Velocidades de trabalho recomendadas
São recomendadas as seguintes velocidades:
- Rolos vibratórios.......................... 1,5 a 2,5 km/h;
- Rolos pés de carneiro ................ 5,0 a 6,0 km/h;
- Rolos de pneus .......................... 7,0 a 8,0 km/h.

97
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
g) Velocidades de trabalho recomendadas
As velocidades foram extraídas de publicações de fabricantes de
equipamentos com base em recomendações do Corpo de Engenheiros
do Exército dos Estados Unidos da América. Empreiteiros de obras
utilizam outros valores, um pouco mais elevados valendo-se de
resultados obtidos através de pistas experimentais.

98
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
g) Velocidades de trabalho recomendadas
A movimentação dos pé-de-carneiro em baixa velocidade acarreta maior
esforço de compactação, mas a medida que a parte inferior da camada
se adensa, a velocidade aumenta naturalmente. A velocidade de um
rolo compactador é função da potência do trator, já que são necessários
cerca de 250 kg de força tratora por tonelada de peso para vencer a
resistência à rolagem, no caso de material solto. Ao início, usar 1ª
marcha, mas a medida que o solo se adensa, passamos à segunda
marcha. 99
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
6) Rolos vibratórios
g) Velocidades de trabalho recomendadas
Rolos pneumáticos admitem velocidades da ordem de 10 a 15 km/h,
rolos pé-de-carneiro 5 a 10 km/h e vibratórios de 3 a 4 km/h. Aos
primeiros são recomendadas essas velocidades maiores, porque as
ações dinâmicas oriundas do seu grande peso acusam os pontos fracos
de compactação, principalmente quando esta é feita em umidade
superior à ótima (aparecem borrachudos). A baixa velocidade
recomendada para o equipamento vibratório permite a compactação
com menor número de passadas, pelo efeito mais intenso das vibrações.
100
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados

Nos solos coesivos ou argilosos, a compactação é obtida principalmente


pelo efeito da compressão e cisalhamento, com a vibração exercendo
pouco efeito sobre o aumento de densidade, tanto menor quanto maior
for a coesão do material.
Obs. Quanto maior a coesão do solo, maior deverá ser a pressão
aplicada pelo rolo.

101
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados

Estas variam, geralmente, de 3 a 5 kg/cm² na profundidade mais


desfavorável da camada. O equipamento ideal de compactação é o rolo
pé-de-carneiro, de elevado peso próprio, que produz efeito de
amassamento aliado à grande pressão estática.

102
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados

Nos solos arenosos o efeito vibração é fundamental. Por isso os rolos


lisos vibratórios são os indicados.
Para solos misturados, os rolos combinados, como pés-de-carneiro
vibratórios, auto propelidos e de grande peso atingem ampla faixa de
solos, como os argilo-siltosos, siltosos, silto-arenosos, etc.

103
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Pistas Experimentais
Em algumas situações executam-se pistas experimentais para testar o
equipamento ideal para cada solo, e obter os outros parâmetros que
influem no processo, como:
Espessura da camada solta,
Número de passadas,
Velocidade do equipamento,
Umidade, peso do lastro, etc.
104
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Pistas Experimentais
Para obter maiores graus de adensamento, deve-se pela ordem, tentar:

1. aumentar o peso (P) do rolo;


2. aumentar o número (N) de passadas ;
3. diminuir a velocidade (v) do equipamento de compactação ;
4. reduzir a espessura (e) da camada .

105
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Número de Passadas
É muito pequena a parcela do custo de compactação, em relação ao
custo total de uma rodovia ou de uma barragem, porém se a mesma for
mal executada, todo o investimento da obra pode ficar comprometido
em um intervalo de tempo bem inferior ao previsto.
O manejo correto dos equipamentos, a escolha e o acompanhamento
dos fatores que afetam a compactação, as medidas corretivas feitas a
tempo, permitem a obtenção de um adensamento adequado e de
qualidade.
106
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Número de Passadas
O grau de compactação aumenta substancialmente nas primeiras
passadas, e as seguintes não contribuem significativamente para essa
elevação.
Insistir em aumentar o número de passadas pode produzir perda no
grau de compactação, por destruição de uma estrutura que acabou de
ser formada, além de perda de produção e desgaste excessivo do
equipamento, principalmente por impacto em superfície já endurecida.

107
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Espessura das Camadas
Razões econômicas fazem preferir que a espessura seja a maior possível.
Mas características do material, tipo de equipamento e finalidade do
aterro são fatores que devem predominar.
Equipamentos diversos exigem espessuras de camada diferentes.
A tabela "Escolha do rolo compactador" é uma orientação inicial.
Geralmente se adotam espessuras menores que as máximos, para
garantir compactação uniforme em toda a altura da camada
108
Máquinas e Equipamentos

109
Máquinas e Equipamentos
Quadro geral de utilização de rolos compactadores:

(*) – A espessura é igual a 1,25 da altura da pata. PE = Pista experimental 110


Máquinas e Equipamentos
Escolha do rolo compactador
Tipo de rolo Peso máximo Espessura máxima Uniformidade Tipo de solo
toneladas após compactação da camada

Pé de carneiro 20 40 cm Boa Argilas e siltes


estático
Pé de carneiro 30 40 cm Boa Mistura s de areia
vibratório com silte e argila
Pneumático leve 15 15 cm Boa Misturas de areia
com silte e areia
Pneumático pesado 35 35 cm Muito boa Praticamente todos
Vibratório c/ rodas 30 50 cm Muito boa Areias, ca scalhos,
metálicas lisas material granular
Liso metálico 20 10 cm Regular Materia is granulares
estático, 3 rodas - brita –
Rolo de grade - malha 20 20 cm Boa Materiais granulares
ou em blocos
Combinados 20 20 cm Boa Praticam ente todos
111
Máquinas e Equipamentos

112
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Pista Experimental

A respeito da pista experimental, informações detalhadas encontram-se


no texto do livro: “Equipamentos de construção” de autoria do Eng.
Antônio Lopes Pereira, que indica de uma forma geral, as seguintes
condições para construção de uma pista experimental:

113
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Pista Experimental
1) A camada do solo suporte deve ser superior em grau de compactação
ao solo a ser compactado;
2) Deve ser conhecida a densidade seca máxima e a umidade ótima
obtida no laboratório;
3) Deve ser escolhida a espessura da camada (do material, inicialmente,
solto) e compactada essa camada em função do equipamento escolhido
e do tipo do espalhador;

114
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Pista Experimental
4) O solo deve ser irrigado para se obter o teor de umidade ótima, ou deve se
esperar o tempo necessário para que se obtenha esse teor de umidade
através de uma secagem natural;
5) Efetuada a compactação parcial da pista, serão retiradas da camada
compactada (após um certo número de passadas) corpos de prova para a
medição da densidade;
6) Com o resultado das densidade obtidas em várias passadas, pode ser
construído o gráfico “densidade x número de passadas” e dessa forma
determinado o “número ideal de passadas”, correspondente ao material em
estudo.
115
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Pista Experimental
Exemplo de aplicação:
Quer-se atingir em uma estrada, um grau de compactação de 97%, para
um material que alcançou a densidade de 2,28 kgf/dm3, no Ensaio
Proctor Normal.
Na pista experimental serão retirados corpos de prova e determinadas
as densidades a cada quatro passadas.
Determinar o número de passadas para se alcançar o grau de
compactação desejado
116
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Pista Experimental
Resolução:
O grau de compactação GC de 97%, corresponde a uma densidade de:

117
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Pista Experimental
Densidades obtidas com as passadas do compactador:
- 4 passadas .......................... 1,8 kgf/dm3;
- 8 passadas .......................... 2,1 kgf/dm3;
- 12 passadas ........................ 2,17 kgf/dm3;
- 14 passadas ........................ 2,25 kgf/dm3.

118
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Pista Experimental
Construído o gráfico “
densidade x número de
passadas”, torna-se fácil
determinar o número de
passadas para atingir o grau
de compactação de 97%
que corresponde a 13
passadas.
119
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
7) Soquete de impacto ou Compactadores Manuais
Consiste em uma placa de aço presa a um mecanismo constituído por
uma massa metálica excêntrica que é posta a girar. O movimento de giro
é proporcionado através de um motor a explosão.
A placa, sob a ação das forças centrífugas geradas pela massa em
movimento giratório, é ligeiramente levantada e cai em seguida, com
certo impacto sobre o terreno.

120
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
7) Soquete de impacto ou Compactadores Manuais
Essa ação ocorre várias vezes por minuto. Os equipamentos considerados de
impacto têm um limite máximo de 700 impactos por minuto. Se os impactos
forem em número maior, o equipamento será considerado como vibratório.
O soquete é conduzido de forma manual, por um guidão semelhante ao de
uma motocicleta, contendo o mesmo, a alavanca controle de aceleração e
parada do motor.
Os soquetes também chamados, popularmente, de “sapos mecânicos”, são
construídos em diversas formas, tamanhos e pesos, pesos esses que variam
de 100 a 400 kgf.
121
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
7) Soquete de impacto ou Compactadores Manuais
De modo geral, existem dois tipos de compactadores mais utilizados: os
movidos a gasolina e os elétricos.
Os compactadores movidos a gasolina são mais adequados em usos não
prolongados, como em recapagens ou compressão do solo na base de uma
construção. Apesar de movidos a gasolina, geralmente ocasionam um baixo
nível de poluentes. Os equipamentos com motores monofásicos são mais
intensos e exigem menor esforço físico do operador, já que são melhores
elaborados que os trifásicos.
Os compactadores de solos movidos a eletricidade também são eficientes
más não é uma boa solução para áreas afastadas por exigirem alta voltagem
para funcionar.
122
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
7) Soquete de impacto ou Compactadores Manuais
Um compactador de solo chamado de “leve” é aquele que necessita somente
de um operador para manuseá-lo e funciona bem em diferentes tipos de
nivelamentos.
Existem também as Placas Vibratórias que são muito utilizadas em asfaltos
para fazer pequenos trabalhos de recapeamento de vias, utilizadas
principalmente onde o Rolo Compactador é inviável pela distância ou
complexidade do trabalho. As Placas Vibratórias exercem menor impacto em
cada ponto em relação aos compactadores de solo, portanto, não deve-se
confundir a utilidade de cada uma destas máquinas.
123
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos Utilizados
Descrição dos equipamentos mais utilizados:
7) Soquete de impacto ou Compactadores Manuais

124
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Considerações Gerais
Os equipamentos tratados neste capítulo destinam-se ao transporte de
materiais no sentido horizontal, não sendo abordados aqueles
destinados ao transporte em outros sentidos como o inclinado e o
vertical (gruas, guindastes, esteiras rolantes, elevadores, etc.).
Um carrinho de mão poupa o operário braçal de um esforço exagerado,
por exemplo, no levantamento e transporte de uma massa de 100 kg
(correspondente a dois sacos de cimento).

125
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Considerações Gerais

Os equipamentos tratados neste capítulo destinam-se ao transporte de


materiais no sentido horizontal, não sendo abordados aqueles
destinados ao transporte em outros sentidos como o inclinado e o
vertical (gruas, guindastes, esteiras rolantes, elevadores, etc.).

126
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Uma classificação segundo o procedimento empregado, permite dizer
que o transporte horizontal pode ser feito através de um meio manual
ou mecanizado.
Meio manual:
Pode ser subdividido em função da ferramenta ou dispositivo
empregado, conforme segue:

127
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Meio manual:
- Alavanca – para mover blocos, toras de madeira;
- Barras – para mover postes, vigas de madeira e metálicas;
- Rolos – para movimentação de blocos, máquinas;
- Padiolas – para transporte de pedras, sacarias, caixas;
- Carrinhos de mão – para uso geral;
- Vagonetes – para materiais de escavação em tuneis e galerias.

128
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Um carrinho de mão poupa o operário braçal de um esforço exagerado,
por exemplo, no levantamento e transporte de uma massa de 100 kg
(correspondente a dois sacos de cimento).
O esforço físico normalmente é reduzido em 50% nessa tarefa, de forma
aproximada, não se considerando no cálculo, o peso do carrinho.

129
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação

130
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Meio mecanizado:

a) Caminhões comuns
- carroceria fixa;
- basculantes.

131
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Meio mecanizado:
b) Caminhões especiais
- fora de estrada;
- tanques de água (pipa);
- distribuidores de asfalto;
- comboio;
- pranchas ou carretas;
- multi-caçambas.
132
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Meio mecanizado:
b) Caminhões especiais

133
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Meio mecanizado:
b) Caminhões especiais

134
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Meio mecanizado:
b) Caminhões especiais

135
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Meio mecanizado:
b) Caminhões especiais

136
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Caminhões Comuns
Os caminhões comuns têm a permissão de trafegar nas rodovias,
estradas e ruas urbanas.
Estão no entanto sujeitos a determinadas restrições com respeito ás
suas dimensões, como comprimento, largura e altura e a respeito da
carga transmitida ao solo, são maiores ainda, as exigências. Em casos
especiais e com autorização especial de trânsito (AET) expedida pelo
DNIT e Departamentos de Estradas de Rodagem estaduais, os limites
legais podem ser ultrapassados, sob determinadas condições. 137
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Caminhões Comuns
Todos os países têm suas leis de trânsito visando a manter uma
disciplina de trânsito, a segurança viária e evitar a destruição precoce
dos pavimentos com o tráfego de veículos excessivamente pesados.
No Brasil, o conjunto de normas que fixam os valores e medidas
máximas tem denominação popular de Lei da Balança, regulamentada
pelo Conselho Nacional do Trânsito – CONTRAN e oficializada pelo
Decreto Lei nº 98.933, de 7 de fevereiro de 1990.
138
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte

139
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte

140
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
Quando há necessidade de ser transportada uma carga com dimensões
superiores às estabelecidas no código de trânsito, o veículo
transportador deve ser acompanhado por veículos de apoio (batedores),
além de ser necessária Autorização Especial de Trânsito, a AET.
O mesmo ocorre quando é movimentada uma carga com peso superior
ao limite, carga que exigirá uma carreta especial com elevado número
de rodas, isto com vistas à segurança do pavimento e obras de arte
(pontes e viadutos).
141
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
a) Caminhões comuns de carroceria fixa:
São caminhões convencionais, de chassis longo, aos quais foi adaptada
uma plataforma de madeira de lei dotada de tampas (grades), móveis de
madeira ou metálicas nas laterais e na traseira. Essas tampas, durante o
transporte, ficam engatadas entre si.
Esses caminhões têm seu uso indicado para transporte de carga geral,
como sacos de aglomerantes, tubos de concreto, tijolos, tabus, pranchas
e outros materiais de construção
142
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
a) Caminhões comuns de carroceria fixa:

143
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:
Os caminhões basculantes se diferenciam dos caminhões comuns
devido à necessidade que têm de possuírem um chassi mais curto, mais
reforçado e de possuírem uma tomada de força acoplada ao sistema de
transmissão a qual é acionada da própria cabine.
A tomada de força irá movimentar uma bomba de óleo que acionará os
êmbolos hidráulicos do sistema de levantamento da caçamba.

144
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:

Os caminhões basculantes podem ser classificados em dois grupos:


1) Basculantes para pedras;
2) Basculantes para britas, areias e argilas

145
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:
Os basculantes para pedras têm uma caçamba metálica feita com
chapas grossas, bem como, chapas perfiladas de reforço, não possuindo
tampa traseira. A existência de uma tampa traseira seria imprópria, pois
o impacto das pedras, no ato da descarga, danificá-la-ia.

146
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes para
Pedras:

147
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:
Os basculantes para materiais granulares e argilas, possuem uma tampa
traseira de abertura e fechamento automático.
As caçambas possuem nas suas bordas superiores a laterais, encaixes
para colocação de tábuas de madiera com espessura em torno de 5,0
cm (2”).

148
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:

149
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:
Essas tábuas são denominadas de sobre-laterais de madeira e têm duas
funções:
a) Receber e absorver os impactos produzidos pela caçamba das
unidades de carregamento (se houver);
b) Proporcionar um aumento da capacidade volumétrica do próprio
caminhão, quando se trabalhar com materiais de menor densidade.
150
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:

151
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:
Outra característica que devem ter as caçambas é de possuírem os seus
cantos internos arredondados, pois com essa configuração é evitado o
acumulo de material argiloso úmido, no seu interior. O material assim
acumulado reduziria a capacidade de transporte e provocaria, com o
tempo, corrosão metálica

152
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:
Outra parte imprescindível da caçamba é o protetor de cabine,
necessário quando o carregamento é feito por pás carregadeiras ou pás
mecânicas que têm pela suas características dificuldade para o
direcionamento do material durante o despejo sobre o caminhão. Sendo
assim, esse protetor, fundamental para garantir a segurança do
operador do caminhão que permanece no interior da cabine.

153
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:

154
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b) Caminhões basculantes:
Os sistemas hidráulicos usados nos caminhões basculantes podem ser
de dois tipos: o de alta pressão ou o de baixa pressão.
Os conjuntos de alta pressão, de um modo geral, são mais leves que
seus congêneres de baixa pressão, para uma mesma carga de operação,
porém são mais sujeitos a vazamentos de óleo em suas buchas, caso as
hastes dos êmbolos tenham sido riscadas pelo uso.

155
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b.1) Caminhões basculantes fora de estrada:
Têm essa denominação devido ao fato de não necessitarem de estradas
para o seu deslocamento, pois possuem rodas de grande diâmetro,
largas e pneus de baixa pressão que oferecem maior área de
distribuição das cargas sobre o apoio.
As dimensões desses caminhões são superiores às permtidas para
tráfego normal em vias de rodagem. Alguns operam com cargas da
ordem de 100,0 toneladas.
156
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
b.1) Caminhões basculantes fora de estrada:
Trabalham com velocidades que podem atingir a 60 km/h. em vista da
elevada carga que podem transportar, dispõe de freios potentes,
acionados a ar comprimido.
A caçamba desses caminhões é do tipo específico para minérios, muito
reforçada, tendo em alguns modelos, o fundo em forma de “V”,
construído assim para baixar o centro de gravidade do conjunto carga-
caminhão e reduzir o impacto de rochas, durante o carregamento.
157
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para
Transporte
Classificação
b.1) Caminhões basculantes
fora de estrada:

158
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
c) Caminhões tanque:
Quando sobre um chassi de um caminhão comum é acoplado um
tanque ou reservatório, obtém-se uma unidade que pode transportar
materiais líquidos.
Conforme a natureza do líquido, são construídos reservatórios
apropriados, com dispositivos de carga, descarga, de segurança e
outros.

159
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
c) Caminhões tanque:
Classificação dos caminhões tanques:

160
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
c) Caminhões tanque:
Observação: Será dada, neste item,
ênfase aos caminhões irrigador e
espargidor de asfalto, visto que
esses caminhões exigem algumas
atenções especiais, em sua
aplicação.

161
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
c) Caminhões tanque:
Partes principais dos caminhões irrigadores e espargidores de asfalto:
1) Barra de irrigação (água) e espargimento (asfalto);
2) Moto bomba;
3) Abertura de inspeção;
4) Porta mangotes (água);
5) Reservatório.
162
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
c) Caminhões tanque:
Características que devem ser consideradas, no estudo do caminhão
irrigador de água e espargidor de asfalto:
a) Peso do conjunto vazio;
b) Capacidade do tanque, em litros (C);
c) Vazão ou descarga, em litros por minuto (Vd);
d) Vazão de enchimento, em litros por minuto (Ve);
e) Eficiência de trabalho. E = 0,8 (para caminhão irrigador);
163
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
c) Caminhões tanque:
Características que devem ser consideradas, no estudo do caminhão
irrigador de água e espargidor de asfalto:
f) Tempo de ciclo:
T = te + td
Sendo:
- te = Tempo de enchimento (te = C / Ve);
- td = tempo de descarga (td = C / Vd).
164
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
c) Caminhões tanque:
Características que devem ser consideradas, no estudo do caminhão
irrigador de água e espargidor de asfalto:
f) Tempo de ciclo:
T = te + td
Sendo:
- te = Tempo de enchimento (te = C / Ve);
- td = tempo de descarga (td = C / Vd).
165
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
c) Caminhões tanque:
Características que devem ser consideradas, no estudo do caminhão
irrigador de água e espargidor de asfalto:
g) Largura de espargimento (ou irrigação);
h) Produção horária:
Ph = (60 . C . E) / T

166
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
c) Caminhões tanque:
A velocidade do caminhão na irrigação, é o parâmetro que deve ser
determinado com a maior precisão, quando se quer obter o grau de
umidade ótima de um solo.
Essa velocidade deve ser mantida sob controle e devido a ser muito
pequena, é determinada em metros/ minuto.
Se for usada uma velocidade maior que a necessária, não será atendida
adequadamente a irrigação, com falta de água e se for inferior, haverá
excesso de umidade.
167
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
c) Caminhões tanque:
Forma de obtenção da velocidade a ser imprimida durante a irrigação:
Para a determinação da velocidade do caminhão irrigador deve ser
conhecida, inicialmente a necessidade de água, em litros por metro
quadrado, necessária para a obtenção da umidade ótima (H).
“H”, é uma parcela de uma superfície “S” (em metros quadrados)
resultante do espaço (percurso) percorrido pelo caminhão, em metros
(“e”), multiplicado pela largura de espargimento (“L”) em (“t”) minutos.
168
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte

169
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Classificação
c) Caminhões tanque:
A igualdade seguinte, deve ser atendida:
H = (Vd . t) / S, onde: S = e . L

Substituindo-se o valor de “S”, obtém-se:


H = (Vd . t) / (e . L)

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Classificação
c) Caminhões tanque:
O caminhão desloca-se a uma velocidade “v” (v = e / t), o que resulta
em (e = v . t),
onde: “e” é dado em metros, “v” em metros por minuto e “t”, em
minutos.
Substituindo-se o valor de “e”, teremos:
H = (vd . t) / (v . t . L)
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Classificação
c) Caminhões tanque:
Simplificando “t”, teremos: H = Vd / (v . L), que nos leva a:

v = Vd / (H . L)
Onde:
- v = velocidade do caminhão irrigador, em minuto;
- Vd = vazão de descarga, em litros/minuto;
- H = Necessidade de água, em litros/m2;
- L = largura de espargimento
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Classificação
c) Caminhões tanque:
Exercício:
Quer-se determinar o volume de água a ser utilizada e a velocidade a
ser imposta ao caminhão irrigador para a obtenção da umidade ótima
de um revestimento em saibro, de uma pista de um campo de pouso.
Sabe-se que a largura da pista é de 20 metros, seu comprimento é de
800 metros e que o material será compactado mecanicamente, até uma
espessura final de 10 centímetros.
173
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Classificação
c) Caminhões tanque:
Exercício:
Sabe-se também que a umidade do saibro na pista é de 4% e que a sua
umidade ótima, obtida no laboratório, correspondeu a 9%.
A espessura do saibro solto espalhado na pista é igual a 15 cm, sua
densidade solta corresponde a 1 650 kgf/m³ e compactada a 2 180
kgf/m³.
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Classificação
c) Caminhões tanque:
Exercício:
O caminhão irrigador tem capacidade de 7 500 litros, sua barra de
irrigação tem 3,15 m de comprimento e que ele possui vazão de
descarga de 500 litros/minuto e de enchimento de 500 litros /minuto.

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Classificação
c) Caminhões tanque:
Solução:
a) Teor de umidade a adicionar:
9% - 4% = 5%
b) Peso do saibro compactado:
Pt = volume total x densidade compactada = (0,10 x 20 x 800) x (2,18) =
3 488 t
176
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Classificação
c) Caminhões tanque:
Solução:
c) Massa de água a adicionar:
m = 5% de 3 488 t = 0,05 x 3 488 = 174,4 t
V = 174,4 t x 1 000 litros/t = 174 400 litros
d) Necessidade de água, por metro quadrado de pista:
H = 174 400 / (20,0 x 800,0) = 10,9 litros/m²
177
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Classificação
c) Caminhões tanque:
Solução:
e) Número de viagens do caminhão:
N = volume a transportar / volume do caminhão
N = 174 400 / 7 500 = 23,25 viagens ≈ 24 viagens
f) Velocidade do caminhão irrigador:
V = Vd / (H . L) = 500 / (10,9 x 3,15) = 14,56 m/minuto
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Classificação
c) Caminhões tanque:
Observações:
1) O caminhão irrigador deverá ter um dispositivo chamado “roda
taquimétrica”, roda que é levantada quando o veículo faz manobras ou
se desloca de um local para outro. Esse dispositivo aciona um tacômetro
no painel, aparelho esse, calibrado em metros por minuto.
2) No local da obra, a umidade do terreno deve ser verificada em
intervalos regulares de tempo, para corrigir a velocidade do caminhão,
se for necessário.
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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
d) Caminhões de espargimento de asfalto:
Os princípios de espargimento de asfalto são semelhantes aos de
irrigação de água, como o controle de velocidade do caminhão, o
controle da vazão de descarga e outros.
Nesses caminhos de espargimento, uma grande atenção tem que ser
dada à velocidade da bomba, de alimentação da barra de irrigação.

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Classificação
d) Caminhões de espargimento de asfalto:
Conhecendo-se a largura de espalhamento, a velocidade imposta ao
caminhão com a roda taquimétrica e com ábacos fornecidos pelo
fabricante do espargidor, é possível a determinação da rotação da
bomba, com o que é obtida uma dosagem prescrita.
A massa do material espargido por unidade de área é conseguida com o
uso de uma cuba metálica de aferição.

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Classificação
d) Caminhões de espargimento de asfalto:
A altura de espargimento também pode ser regulada para melhor ajuste
da dosagem.
Outros dispositivos que possuem os caminhões de espargimento de
asfalto são os maçaricos, os quais proporcionam o aquecimento que
visam manter a temperatura e em consequência, a viscosidade do
asfalto no ponto adequado.

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Classificação
e) Caminhões Comboio:
É imprescindível adotar medidas eficazes com relação ao transporte do
combustível a ser utilizado, de modo a não comprometer sua qualidade
nem infringir a legislação.
O consumo de combustível dos equipamentos de construção é
elevadíssimo. Isso ocorre independentemente do porte das máquinas
em operação, mas também devido à intensidade de trabalho nos
canteiros aos quais elas são submetidas.
184
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
e) Caminhões Comboio:
A falta de estrutura, e até mesmo de informação, faz com que muitas
empresas levem o combustível até os canteiros em caçambas de
picapes, armazenado em barris. Essa prática é relativamente comum,
porém, extremamente nociva ao óleo diesel transportado, pois este fica
sujeito a inúmeras intempéries, como poeira e umidade, que podem
contaminá-lo e futuramente comprometer o rendimento do
equipamento.
185
Máquinas e Equipamentos
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Classificação
e) Caminhões Comboio:
As vantagens dos caminhões-comboio vão muito além de proteger o
material transportado. A utilização apropriada desses veículos facilita o
controle da quantidade de combustível consumido pelos equipamentos.
Além disso, essa prática permite realizar a lubrificação dos componentes
durante o abastecimento.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
e) Caminhões Comboio:
Esses caminhões dispõem ainda de um reservatório para o
armazenamento do óleo usado, para que ele seja retirado da máquina,
levado de volta à oficina e encaminhado ao descarte correto.
Para realizar o abastecimento das máquinas – geralmente no próprio
canteiro, uma vez a cada dois dias, dependendo das condições de
trabalho a que elas são submetidas – é necessário transportar ao local,
em média, 300 litros de óleo diesel por equipamento.
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Classificação
e) Caminhões Comboio:

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Equipamentos para Transporte
Classificação
f) Carretas ou pranchas (trailers):
Unidades usadas no transporte de inúmeros equipamentos descritos
deste trabalho, como tratores, pás de esteiras, pás mecânicas, rolos
compactadores, britadores e outros.
O conjunto de um cavalo mecânico associado a uma prancha ou carreta,
caracteriza esse tipo de equipamento.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
f) Carretas ou pranchas (trailers):
Podem ser de pequeno porte e de grande porte. As de grande porte
podem dispor de dezenas de eixos com até centenas de rodas.
No transporte de grandes cargas ou de cargas com dimensões
superiores às fixadas pela legislação pertinente, necessitam de licença
especial das autoridades competentes.

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
f) Carretas ou pranchas (trailers):

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Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
g) Caminhões multi-caçambas:
Podem ter outra denominação como poli caçambas, são assim
designadas pelo fato de utilizarem várias caçambas, as quais uma a uma
posem ser transportadas pelo veículo.
As caçambas depositadas no canteiro de serviço são preenchidas
manualmente com auxílio de carrinhos de mão e quando totalmente
carregadas é avisado o motorista do caminhão par proceder sua
remoção.
192
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
g) Caminhões multi-caçambas:
O caminhão ao buscar a caçamba carregada deposita outra vazia no
local, desse modo com o emprego de uma única unidade de transporte,
pode ser feito o atendimento de inúmeras caçambas durante o dia.
O implemento colocado no caminhão corresponde a uma armação em
forma de “U” invertido que tem um movimento de sua articulação, feita
com um mecanismo hidráulico para o levantamento e deposição da
caçamba e possibilita essa armação um movimento basculante na
descarga, com auxílio de correntes e ganchos. 193
Máquinas e Equipamentos
Equipamentos para Transporte
Classificação
g) Caminhões multi-caçambas:

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