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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS –

CAMPUS DE URUAÇU
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

LUCAS DE SOUZA CAMILO, RAPHAEL GABRIEL E SAMARA BATISTA DA SILVA

RELATÓRIOS: ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

URUAÇU
2020
LUCAS DE SOUZA CAMILO, RAPHAEL GABRIEL E SAMARA BATISTA DA SILVA

RELATÓRIOS: ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

Relatório apresentado ao curso de Bacharelado


em Engenharia Civil do Departamento de
Áreas Acadêmicas do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás –
Campus Uruaçu como requisito parcial para
avaliação na disciplina Mecânica dos Solos 1.
Orientador: Prof. Emílio Farias Vaz.

URUAÇU
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO GERAL.......................................................................................................3
2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................4
2.1 COMPACTAÇÃO................................................................................................................4
3 COMPACTAÇÃO.................................................................................................................5
3.1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................5
3.1.1 Objetivos...........................................................................................................................5
3.2 METODOLOGIA.................................................................................................................5
3.2.1 Materiais e Métodos.........................................................................................................5
3.2.2 Procedimento Experimental...........................................................................................6
3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................................8
3.3.1 Cálculos.............................................................................................................................8
3.3.2 Dados e Resultados........................................................................................................10
3.4 CONCLUSÃO PARCIAL..................................................................................................11
4 CONCLUSÃO......................................................................................................................12
REFERÊNCIAS......................................................................................................................13
ANEXOS..................................................................................................................................14
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1 INTRODUÇÃO GERAL

Para os estudos dos solos realizados na disciplina de Mecânica dos solos I, o ensaio de
compactação possui protagonismo e se destaca como um dos mais importantes
procedimentos necessários para o estudo e controle e qualidade de aterros de solo
compactado.

Através deste é possível obter a densidade máxima da massa de solo, assim como sua
umidade ótima, parâmetros que garantem alto rendimento para a compactação a ser
averiguada. 

A proposta do ensaio é simples, consistindo na padronização da compactação de uma


porção de solo em um cilindro com volume e facilmente mensurável, alterando a
umidade de forma a obter o ponto de compactação máxima, onde reside aumidade ótima
de compactação deste solo.

O ensaio ainda pode ser realizado em três diferentes níveis de energia de compactação,


conforme as necessidades, sendo eles: normal, intermediária e modificada. Oque
garante que saberemos o comportamento deste solo em uma grande gama de casos.

 
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 COMPACTAÇÃO

Criado por Ralph Proctor em 1933, o Ensaio de Compactação no Brasil é padronizado


pela ABNT na NBR 7182.

A compactação parte da premissa da estabilização do solo a partir da aplicação de


alguma forma de energia (impacto, vibração, compressão estática ou dinâmica),
conferindo um aumento do peso específico e resistência ao cisalhamento, e acarretando
a diminuição do índice de vazios, permeabilidade e compressibilidade.

O ensaio de compactação torna possível correlacionar o teor de umidade e o peso


específico seco de um solo quando compactado com determinada energia, sendo mais
comum o modelo de ensaio de Proctor, que utiliza sucessivos impactos de um soquete
padronizado na amostra.

Nos programas de controle de qualidade da compactação em campo é de comumente


verificado o número de passadas do equipamento de compactação, a espessura da
camada e a umidade obtida, sendo comum a averiguação cuidadosa do grau de
compactação, o desvio de umidade em relação a ideal e o índice de vazios da camada
compactada, levando sempre como parâmetros os valores ótimos obtidos em ensaios de
laboratório.

Os resultados estão sujeitos a variações devido à inúmeros fatores que podem variar de
acordo com diferentes tipos de solo ou entre diferentes situações para um mesmo solo.

Ao aumentar a energia de compactação exercida sobre o solo, chega-se a menores


valores para a umidade ótima, sendo a densidades máxima inversamente proporcional,
porém para casos aonde a umidade do solo se encontra acima da taxa ótima, a aplicação
da energia de compactação tem efeito bastante reduzido, uma vez que o solo perde
gradativamente a capacidade de expelir o ar de seus espaços vazios.
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3 COMPACTAÇÃO

3.1 INTRODUÇÃO

3.1.1 Objetivos

 Definir a relação entre a massa especifica aparente seca e o teor de umidade do


solo;
 Determinar a umidade ótima e a massa específica aparente seca máxima do solo;
 Traçar a curva de compactação com os dados coletados.

3.2 METODOLOGIA

3.2.1 Materiais e Métodos

Seguindo a NBR 7182, os materiais e equipamentos utilizados foram:

 Cápsula de porcelana (Almofariz);


 Porção de 3kg de terra devidamente preparada;
 Balanças que permitam pesar nominalmente 10 kg e 200 g, com resolução de 1 g
e 0,01 g, respectivamente e com sensibilidades compatíveis;
 Peneira de 4,8 mm e de 19mm, de acordo com as ABNT NBR NM ISSO 3310-1
e ABNT NBR NM ISSO 3310-2;
 Estufa capaz de manter a temperatura entre 105° C e 110° C;
 Cápsulas metálicas sem tampa, para determinação da umidade;
 Bandejas metálicas;
 Régua de aço biselada;
 Espátulas com lâmina flexível;
 Cilindro metálico pequeno (cilindro de Proctor), compreendendo o molde
cilíndrico, sua base e o cilindro complementar de mesmo diâmetro (colarinho);
 Soquete metálico com dispositivo de controle de queda livre;
 Provetas;
 Desempenadeira metálica;
 Extrator de corpo de prova;
 Base rígida;
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 Papel filtro com diâmetro do cilindro de Proctor.

3.2.2 Procedimento Experimental

De início pesou-se 15 capsulas vazias, devidamente identificadas, necessárias para a


coleta de dados.

Logo após, passou-se a amostra de 3 kg de solo, previamente destorroado e seco até a


humidade higroscópica, na peneira de 4,8mm. A NBR 7182 determina que caso a
amostra não tenha passado integralmente na peneira de 4,8mm, deve-se passa-la na
peneira de 19mm, entretanto, como a massa retida na peneira de 4,8mm de 2,17% da
massa total em concordância com os resultados obtidos no ensaios de peneiramento,
houve a necessidade de repassar o solo na peneira de 19mm, foi adotado então para a
realização do ensaio o cilindro grande.

Primeiramente se pesou o cilindro vazio e se estipulou seu volume a partir de suas


dimensões, após com o cilindro de Proctor e o colarinho devidamente fixado em sua
base, inseriu-se uma folha de papel filtro com diâmetro equivalente ao do cilindro de
Proctor, com o intuito de evitar qualquer tipo de aderência entre solo compactado e a
sua base rígida.

Depositou-se todos os 3kg de amostra de solo na bandeja metálica (Figura 1) e com


auxílio da proveta foi adicionada água destilada gradativamente à mostra, misturando-a
uniformemente até que toda a amostra apresentasse uma certa coesão.

Figura 1 - Bandeja metálica e equipamentos

Fonte: http://www.ccet.app.ueg.br/cliente/paginas_cursos/engenharia_agricola.php. Acesso em:


07/11/2020.
7
Após a chegada na consistência adequada, retirou-se a amostra de solo diretamente da
bandeja e foi transferida em menores partes para o interior do cilindro (Figura 2),
executou-se então a compactação seguindo as determinações de energia apresentadas
pela NBR 7182.

Figura 2 - Transferência de solo para o cilindro

Fonte: http://www.solucao.eng.br/novo/ensaios-em-solos.html. Acesso em: 07/11/2020.

Nesse ensaio, a energia de compactação pode ser classificada como normal, isto é,
utilizamos o cilindro de Proctor e soquete grandes, dividimos a compactação em 5
camadas (Figura 3), com um total de 60 golpes (12 golpes por camada). É importante
ressaltar que, ao término da compactação de cada camada escarificou-se sua superfície
para assim receber a próxima camada a ser compactada.

Figura 3 - Compactação com soquete

Fonte: http://igeologico.com.br/ensaios-de-caracterizacao-em-solos/. Acesso em: 07/11/2020.

Logo após os 60 golpes, removeu-se o volume excedente do cilindro de Proctor com o


auxílio de uma régua de aço biselada posicionada em um ângulo de aproximadamente
45º. Seguidamente, pesou-se o cilindro com o solo compactado para obter a massa
úmida do solo compactado. Posteriormente, com auxílio do extrator retirou-se o corpo
8
de prova (Figura 4) e recolheu-se três amostra de seu centro para determinação da
umidade.

Figura 4 - Remoção do corpo de prova

Fonte: https://images.app.goo.gl/K5yc6ksQH5UXkYLX7. Acesso em: 07/11/2020.

Todo o ensaio foi realizado com reuso de material, dessa forma o corpo de prova
removido pelo extrator foi levado à bandeja metálica e que, depois de destorroado com
o auxílio de uma desempenadeira e espátula de aço, junto com o material remanescente
foi acrescentado 60ml água destilada, o equivalente a aproximadamente 2% do volume
total de amostra de solo (3kg), assim como determinado pela norma para solos arenosos.

A NBR 7182 recomenda que esse processo seja repetido 5 vezes para que se obtenha 5
pontos na curva de compactação, sendo que dois devem estar no ramo seco, um
próximo a umidade ótima e os outros no ramo úmido, assim o processo foi repetido por
5 como normatizado.

Depois da realização de cada ensaio as amostras retiradas do centro do cilindro de solo


já desmoldado, foram devidamente pesadas e identificadas, logo após foram levadas
para estufa e lá permaneceram por 24h. Após o término do tempo, tomou-se as cápsulas
para aferir suas massas.

3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO


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3.3.1 Cálculos

Umidade dos corpos de prova:

mt−ms
w= ×100
ms

Onde:
w = teor de umidade da amostra (%).
mt = massa total da amostra (g).
ms = massa do solo (g).

Teor de umidade do solo:

m1+ m2
w m=
2

Onde:
w m= média do teor de umidade das amostras (%).
m1= teor de umidade amostra bandeja (%).
m2= teor de umidade amostra de solo compactado (%).

Massa especifica úmida:

mu
ρu =
vt

Onde:
ρu = massa especifica úmida (g/cm³).
mu = massa total da amostra compactada(g).
vt = volume total da amostra compactada(cm³).

Massa especifica úmida:

ρu
ρd =
w (% )
1+ m
100

Onde:
ρd = massa especifica aparente seca (g/cm³).
10
ρu = massa especifica úmido (g/cm³).
w m = teor de umidade médio do solo (%).

3.3.2 Dados e Resultados

De início, necessita-se obter a umidade de cada um dos corpos de prova. Assim, com os
valores anotados da pesagem da massa total e a massa seca de cada capsula em mãos
calculou-se a umidade de cada uma das 15 amostras (Quadro 1).

Como isso, pra cada ponto, estabelecemos o teor de umidade por meio da média entre a
umidade das três amostras de solo retiradas (Quadro 1).

Quadro 1 - Ensaio de Umidade


Umidade
Corpo de prova Nº 1 2 3 4 5
Capsula Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Massa do solo umido (g.) 22 24 21 24 25 23 22 22 26 27 26 25 23 27 28
Massa do solo seco (g.) 20 22 19 22 22 20 20 20 23 24 22 22 20 23 24
Massa da capsula (g.) 7,2 7 6,5 6,7 7,5 6,3 7 7,1 7 7,3 6,4 6,8 6,5 5,9 7,1
umidade da amostra (%) 15,50 15,86 15,57 17,33 17,45 18,25 18,46 19,35 19,11 20,99 20,63 20,13 21,80 21,84 22,16
umidade do solo (%) 15,65 17,68 18,97 20,58 21,93

Fonte: o autor.

Logo depois, com a massa e volume dos corpos de prova, calculamos a massa especifica
úmida (Quadro 2).

Dessa forma, com o valor da massa especifica úmida, calculou-se a massa especifica
aparente seca (Quadro 2).

Quadro 2 - Resultados Ensaio de Compactação


Compactação
Cilindro Nº 1 2 3 4 5
Massa do Cilindro (g.) 5840 5924 4826 5219 5698
Volume do Cilindro (cm³) 2066,45 2050 2051,97 2069,25 2070,98
Peso do cilindro + Solo umido (g.) 9863 10126 9210 9422 9718
Massa específica umida (g/cm³) 1,95 2,05 2,14 2,03 1,94
Massa específica seca (g/cm³) 1,68 1,74 1,80 1,68 1,59

Fonte: o autor.

A partir dos dados anteriormente descritos, a curva de compactação pode ser traçada em
um gráfico de dupla entrada, marcando-se as abcissas como o teor de umidade ( w ) e as
ordenadas como a massa específica aparente seca ( ρd ):
11

Gráfico 1 – Curva de Compactação

Curva de Compactação
1.85
Curva de
Compactação
1.80
Polynomial (Curva
1.80 de Compactação)
1.75 f(x) = − 0.0135273651662247 x² + 0.494196337209676 x − 2.74239486240578

1.74
1.70
ρ d (g /cm ³)

1.68 1.68
1.65

1.60
1.59
1.55

1.50
RAMO RAMO ÚMIDO
1.45
15.00 16.00 17.00SECO18.00 19.00 20.00 21.00 22.00 23.00

𝑤 (%)

Fonte: o autor.

A NBR 7182 define umidade ótima como sendo o valor da umidade correspondente, na
curva de compactação, ao ponto de massa específica aparente seca máxima. Dessa
forma, fazendo-se uma análise do Gráfico 1 ou Anexo A, percebe-se que a massa
específica aparente seca máxima é de aproximadamente 1,80 g/cm³ (ou peso específico
aparente seco máximo de 18 KN/m³) e a sua umidade ótima é de 18,8%.

3.4 CONCLUSÃO PARCIAL

Todos os procedimentos descritos acima, foram realizados seguindo a NBR 7182/2016.


Os resultados alcançados não diferem da teoria, e o gráfico plotado esta como o
desejado possuindo o ramo seco e úmido bem demarcado.,
12
E foi definido o ponto de umidade ótima (w ) é de 18,8% e que este gera uma massa
especifica aparente seca máxima ( ρd ) de 1,80 g/cm³. Dessa forma, para se realizar uma
compactação ideal desse solo tais valores de ρd e w devem ser mantidos.

4 CONCLUSÃO

O ensaio de compactação, que para sua execução prescrita na norma 7182:2016


abrange um dos mais importantes procedimentos de estudo e controle de solos a ser
compactado, o intuito deste ensaio final é determinar a umidade ótima para o solo que
coincide com a maior massa especifica seca, o que não pode ser associado à maior
resistência. Notoriamente essa curva encontrada (energia normal) será inferior a curva
de saturação, lembrando que a esquerda da umidade ótima temos um atrito entre as
partículas, o que teoricamente atrapalha a sua acomodação, já a direita tem-se um
camada de água entre as partículas maior do que o necessário diminuindo assim a
densidade aparente seca da amostra, gerando uma grande queda de resistência deste solo
referente ao seu teor de umidade.
13
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7182: Ensaio de


compactação - Procedimento. Rio de Janeiro, 2016.

UFBA. Roteiro de Laboratório: Ensaio de Compactação de Solos. [S. l.: s. n.],


2018. Disponível em: http://www.geotecnia.ufba.br/arquivos/ensaios/Aula
%20de%20Laboratorio%20-%20Roteiro%20-%20Compactacao.pdf. Acesso em:
7 nov. 2020.
3
ANEXOS
ANEXO A – CURVA DE COMPACTAÇÃO
Curva de Compactação
1.85

1.80 Curva de Compactação


1.80
Polynomial (Curva de Compactação)
f(x) = − 0.0135273651662247 x² + 0.494196337209676 x − 2.74239486240578
1.75

1.74
1.70
ρ d ( g / c m ³)

1.68 1.68
1.65

1.60
1.59

1.55

1.50 RAMO SECO RAMO ÚMIDO

1.45
15.00 16.00 17.00 18.00 19.00 20.00 21.00 22.00 23.00

𝑤 (%)

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