Universidade Federal de Alagoas

Campus Sertão

Laboratório Mecânica dos Solos 1

Delmiro Gouveia, Alagoas

2024
 Giovana Lavinia Morais Santos – 21112554
Giulia Correia Silva Santos – 21112553
Hellen de Sena Santos Gomes – 21112241
Hyanne Jozélia Siqueira de Souza Leal Nascimento – 21111874

Ensaio de compactação e Ensaio da massa específica aparente “in situ” –

Com emprego do frasco de areia.

Relatório solicitado pelo professor Wendell Santos da

disciplina de Laboratório Mecânica dos Solos 1 para
fins avaliativos da AB2.

Delmiro Gouveia, Alagoas

2024
 Sumário
1. Introdução.....................................................................................................................
2. Responsáveis técnicos
............................................................................................
3. Objetivos ................................................................................................................
4. Ensaio de Compactação
........................................................................................
4.1 Informações sobre a
amostra..............................................................................
4.2 Materiais utilizados............................................................................................
4.3 Procedimento
experimental............................................................................................................
4.4
Resultados................................................................................................................
5. Ensaio da massa específica aparente “in situ” – Com emprego do frasco de
areia....
5.1 Informações sobre a
amostra ..............................................................................
5.2 Materiais utilizados............................................................................................
5.3 Procedimento
experimental................................................................................
5.4 Resultados..........................................................................................................
6. Contextualização dos
resultados...................................................................................
7.
Conclusão........................................................................................................................
 1. Introdução

O estudo das características do solo é de extrema importância para os projetos de

engenharia, uma vez que determinados ensaios são utilizados para garantir a execução
apropriada das atividades propostas para cada tipo de solo em determinada situação. Os
ensaios referidos neste relatório se tratam dos ensaios de compactação do solo e o
ensaio de massa aparente “in situ”, realizados a fim de que se conhecesse os índices
necessários para a análise apropriada do solo.
No ensaio de compactação, visa-se à melhoria do solo e a estabilidade das
propriedades mecânicas do solo, ou seja, analisa-se as características de resistência,
deformidade e permeabilidade. Sendo assim, a compactação tem como objetivo a
obtenção de solos que apresentem um comportamento mecânico adequado e estável.
É empregado na engenharia para diversas utilidades, como por exemplo: nas rodovias,
por meio da construção de camadas constitutivas dos pavimentos, na construção de
barragens de terra, nas ferrovias, nos aeroportos e em preenchimento com solo do
espaço atrás das estruturas de contenção. Contudo, através do ensaio de compactação é
possível obter a correlação entre o teor de umidade e o peso específico seco de um solo
quando compactado com determinada energia.
Já no ensaio de densidade aparente in situ são utilizados os equipamentos e
métodos especializados para medir a densidade do solo em seu ambiente natural, não
havendo a necessidade de remoção do material. As amostras são coletadas in situ os
ensaios realizados para determinar a massa e o volume do solo, permitindo o cálculo da
densidade aparente. A execução do ensaio tem um papel importante no controle da
compactação de solos e a avaliação da qualidade deste em projetos de engenharia.
Realizando o ensaio, é possível confirmar a eficácia do processo de
compactação do solo em campo a fim de garantir que a densidade in situ atinja a mesma
densidade estabelecida anteriormente em testes laboratoriais, como por exemplo o
ensaio de Proctor. Com base nos resultados obtidos é possível fornecer dados precisos
sobre a qualidade da compactação e características geotécnicas do solo. Essas
informações são utilizadas para a execução de obras como fundações, estradas, obras de
contenção e outras aplicações relacionadas ao solo.

2. Responsáveis técnicos

- Giovana Lavinia Morais Santos – 21112554

- Giulia Correia Silva Santos – 21112553
- Hellen de Sena Santos Gomes – 21112241
- Hyanne Jozélia Siqueira de Souza Leal Nascimento – 21111874

3. Objetivos
 Por meio dos ensaios realizados é possível conferir ao solo mais resistência a
cisalhamento, impermeabilidade e aumento de seu peso específico, além da diminuição
de vazios.

4. Normas De Referencia

ABNT NBR 7182: 2016 Solo – Ensaio de compactação.

ABNT NBR 7185: 2016 Solo – Determinação da massa específica aparente, in situ,
com emprego do frasco de areia.
5. Ensaio de compactação

A partir do ensaio de compactação do solo é possível determinar a correlação

entre o teor de umidade e a massa específica seca de um determinado solo, a partir da
aplicação de alguma forma de energia. As energias de compactação podem ser
determinadas como sendo: normal, intermediária e modificada. O objetivo do ensaio de
compactação é determinar uma curva de umidade x peso específico seco, desta forma,
tem-se um parâmetro comparável à que corresponde ao mesmo material quando
compactado por meio de equipamentos e procedimentos empregados. De acordo como
objetivo da obra e do equipamento empregado, define-se o método de compactação a
ser utilizado no laboratório, cada qual caracterizado por sua energia de compactação.

5.1 Informações sobre a amostra

Para o ensaio foi utilizada uma determinada quantidade de solo que já se

encontrava em laboratório, colhida em campo antes da chegada dos responsáveis
técnicos. Além disso, se pode utilizar de três processos para preparação das amostras
para o ensaio de compactação, sendo ela: preparação com prévia secagem até a umidade
higroscópica, preparação a 5% da umidade ótima presumível e preparação a 3% acima
da umidade presumível, como afirma o roteiro base desse ensaio.

5.2 Materiais utilizados

Foram utilizados os seguintes materiais para a realização do ensaio de compactação:
 Água destilada
 Balanças
 Bacia
 Cápsulas metálicas enumeradas
 Cilindro metálico
 Estufa
 Extrator de corpo de prova
 Régua de aço
 Soquete pequeno
 Proveta de vidro
 Concha metálica

5.3 Procedimento experimental

Fixou-se o molde cilindro à sua base, acoplando o cilindro complementar e

apoiando o conjunto em uma base rígida, tomando a amostra já preparada para o ensaio
com reuso do material, conforme a NBR 6457. Logo após, na bandeja metálica,
utilizando a proveta de vidro, adicionou-se gradativamente água destilada de maneira a
se obter o teor de umidade, girando em torno de 5% abaixo da umidade ótima
presumida. Após o processo de homogeneização, atendeu-se ao soquete, número de
golpes e número de camadas correspondentes à energia desejada. Ao completar a última
camada de compactação, a amostra foi colocada no extrator do corpo de prova,
retirando a amostra para que pudéssemos determinar a umidade. Com o restante, foi
destorroado o material e repetido todo o procedimento, até ser obtido os cinco pontos
para obtenção da curva de compactação.

5.4 Resultados

Após o ensaio de compactação, foram obtidos os seguintes resultados e adicionados

na tabela abaixo para a determinação da curva de compactação:

Tabela 1: Resultados para a determinação da curva de compactação

PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO
DADOS 1 2 3 4 5
Umidade teórica 6% 8% 10% 12% 14%
Água a juntar (ml) 150 60 60 60 60
Peso bruto úmido (g) 3852 4041 4228 4322 4356
Peso solo úmido (g) 1597 1786 1973 2067 2101
Densidade do solo úmido
(g/cm³ 1,58 1,77 1,96 2,05 2,08
Nº da cápsula 18 19 20 21 22
Peso bruto úmido (g) 67 69 74 75 86
Peso bruto seco (g) 64,58 66,53 70,7 70,95 80,71
Peso da cápsula (g) 36 42 40 38 41
Peso da água (g) 2,41 2,47 3,3 4,05 5,29
Peso do solo seco (g) 28,59 24,53 30,7 32,95 39,71
Umidade de ensaio (%) 8,42 10,07 10,74 12,59 13,32
Densidade aparente seca
(g/cm³) 1,46 1,61 1,77 1,85 1,84

Fonte: Elaborada pelos autores, 2024

De acordo com os dados da tabela acima, foi obtido o gráfico da curva de compactação
a seguir:

Gráfico 1: Curva de compactação do solo

 Compactação

𝛾 Massa especifíca (g/cm³)

2.0
1.8 f(x) = − 0.0148162853783 x² + 0.4046053733642 x
1.6 − 0.9081619881757
R² = 0.95478993299965
1.4
1.2
1.0
8.0 9.0 10.0 11.0 12.0 13.0
Umidade (%)

Fonte: Elaborada pelos autores, 2024

Para a interpretação e coesão dos dados serão utilizados nesse relatório a curva de
compactação e o de umidade ótima que corresponde na curva de compactação, ao ponto
de massa específica aparente seca máxima, expressa com aproximação de 0,1%. Além
da fórmula para obter a massa específica seca:

Ph ×100
γ s=
V (100+ h)
Onde,
Vs = massa especifica aparente seca, em g/cm³;
Ph = peso úmido do solo compactado, em g;
V = volume útil do molde cilíndrico, em cm³;
h = teor de umidade do solo compactado, em %.

6. Ensaio da massa específica aparente “in situ” – Com emprego do frasco de

areia.

Este ensaio é de suma importância para o estudo comportamental do solo a ser

analisado, e a partir dele é possível confirmar a eficácia na compactação do solo feito no
campo, a ponto de compatibilizar os resultados com aqueles obtidos através dos ensaios
laboratoriais. Para tal, é necessário o uso de equações que serão apresentadas conforme
os resultados. Abaixo, figura da aparelhagem do ensaio de massa específica aparente “in
situ”:

Figura 1 - Ensaio de Massa Específica “In Situ”

 Fonte: Elaborado pelos autores, 2024

6.1 Informações da amostra

A massa de areia que preenchia o frasco plástico já se encontrava em laboratório.

Posteriormente, em campo, foi coletado a massa de areia para o ensaio.

6.3 Materiais

Para o ensaio da massa específica aparente, os materiais foram:

a) Frasco de plástico translúcido com cerca de 3.500 cm3 de capacidade, dotado de
gargalo rosqueado, com funil metálico provido de registro e de rosca para se atarraxar
ao frasco;
b) Bandeja quadrada rígida, metálica, com orifício circular no centro, dotado de rebaixo
para apoio do funil anteriormente citado.
c) Pá de mão (concha);

6.4 Procedimento experimental

Para determinação da massa de areia, montou-se o conjunto, frasco preenchido com

areia e o funil, e colocado no cilindro metálico. Depois, para determinação da massa
específica aparente seca, foi posto novamente o conjunto do frasco com areia e o funil,
deixou-se o registro ligado e a areia escoou livremente até terminar seu movimento. Em
campo, para determinação da massa de areia que preenche a cavidade, primeiramente,
limpado a superfície mantendo mais plano possível. Feito o uso de uma bandeja plana
quadrada com furo no centro circular, encostado na superfície do solo e feito a medição
com a régua. Com o auxílio de uma espátula e martelo, retirou-se o solo de acordo com
o molde circular até a profundidade de 15 cm. Posteriormente, instalado o conjunto, de
modo que ficasse debaixo do rebaixamento da bandeja, foi aberto o registro para a areia
escoar.

6. 4 Resultados
 Depois da realização do ensaio, foram obtidos os resultados da Tabela 2 e Tabela
3:

Tabela 2: Método do frasco de areia

Determinação da massa de Peso inicial do Peso do frasco com Peso da

areia que preenche o funil frasco com areia areia restante M2 areia no
M1 (g) (g) funil
M3= P1-
P2 (g)
8449 7419 1300

Determinação Peso incial do Peso do Massa da areia no Volume Massa esecífica

da massa frasco/funil com frasco/funil cilindro do aparente da areia
específica areia com areia M6= M4-M5-M3(g) cilindro (γar = M6/V1)
aparente da M4 (g) restante V1(cm³ (g/ cm³)
Areia M5 (g) )
(areia passando 2613 581,66 4,492
na #1,2 mm e
retida na
#0.6m)
Fonte: Elaborada pelos autores, 2024.

Tabela 3: Dados para determinação da massa unitária do solo.

Determinação da Massa Unitária do Solo (aterro) Ponto
Massa inicial do frasco com areia (g) 9356
Massa do frasco com areia restante (g) 4101
Massa da areia no furo (g) 3955
Massa úmida da areia (g) 4,492
Volume do furo (cm3) 880,454
Massa úmida do solo extraída do furo (g) 5312
Massa unitária do solo(g/ cm3) 6,033
Umidade hc( %) 30,53
Fator de correção (FC) 0,032
Massa Unitária seca do solo ɣ(g/ cm3) 0,1146
Fonte: Elaborada pelos autores, 2024.

Com o proposito de descobrir a massa específica aparente seca do solo “in siti”,
utilizou-se a seguinte expressão:
 Mh
∗100
M9 = 6,79 g/cm3.
ɣ d=ɣ ar Mh
100∗h
Onde:
ɣ s= massa específica aparente seca, do solo “in situ”, em g/ cm3;
ɣ ar = massa específica aparente da areia, em g/ cm3;
Mh= massa do solo extraído da cavidade no terreno, em g;
M9= massa da areia ie preencheu a cavidade do terreno, em g;
h= teor de umidade do solo extraído da cavidade no terreno, em %.