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CURITIBA
2018
BRUNA DE MATTOS PELLIN
LARISSA BRUNETTA GUZZI
LUANA IZIDIO FLORES
MATEUS OLTRAMARI TOLEDO
PATRICIA CRISTINA PAGNONCELLI
STELA MAZIERO GAZABINE
CURITIBA
2018
Resumo
Devido à necessidade de remoção da umidade a secagem é uma operação unitária de
grande destaque. Quando associada à técnica de leito fluidizado, em crescente utilização
desde a década de 1940, para processos gás-sólido, mostra excelentes resultados. Em
face do aumento da área de contato sólido-fluido, há uma grande melhoria nas taxas de
transferência associadas à fenômenos físicos e químicos. Considerando-se a importância
de tal assunto um estudo prático foi realizado, em escala piloto. A secagem de grãos de
canola (Brassica napus) foi estudada sob regime de fluidização, com ar atmosférico a
60 o C. Curvas de umidade e taxa de secagem permitiram relacionar a variável temporal
ao processo, bem como avaliar o comportamento do sistema. Uma comparação com a
correlação de Ergun, para perda de carga, foi feita e os desvios obtidos são...
Fr Adimensional de Froude
g Aceleração da gravidade
L Altura do leito
Re Número de Reynolds
V̇ Vazão volumétrica
Porosidade do leito
µ Viscosidade do fluido
ρf Densidade do fluido
ρp Densidade do sólido
ψ Esfericidade da partícula
Sumário
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1 Teoria da Secagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1.1 Curvas de Secagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1.2 Aplicação dos Leitos Fluidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2 Inovações Tecnológicas da Secagem em Leito Fluidizado . . . . . . 23
3 MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2 Divisão de Tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Introdução
1 Objetivos
2 Revisão Bibliográfica
Figura 1 – Curva de Secagem para Condi- Figura 2 – Gráfico Típico para o Teor de
ções Constantes Umidade e a Taxa de Secagem
dH
N =− (2.2)
dt
o sinal negativo é utilizado pois a umidade em base seca é estritamente decrescente, como
observado na Figura 7.
A energia perdida pelo fluido ao atravessar o leito de partículas pode ser contabili-
zada como um decréscimo de pressão, também conhecido como perda de carga (∆P ). Ela
é aproximadamente igual quando se utilizam fluxos ascendentes ou descendentes de fluido
a baixa vazão. Isso, porém, ocorre até o fluido atingir a velocidade mínima de fluidização,
quando a força de arraste se iguala ao peso aparente no fluxo ascendente e o leito começa
sua expansão – fenômeno caracterizado por uma transição entre as situações de leito fixo
e fluidizado.
Diversas são as correlações empíricas disponíveis para os cálculos de perda de carga
em leitos fixos e fluidos. A equação de Ergun (1952) é uma das mais conhecidas e utilizadas,
ρf vs Dp vs2
Re ≡ Fr ≡ (2.5)
µ DP g
3 Materiais e Métodos
Neste ponto, uma amostra de grãos de canola deve ser retirada da coluna para que
o diâmetro médio dos grãos possa ser determinado e um teste de proveta seja realizado,
de modo a se obter a porosidade mínima (Equação 3.2) do leito.
O teste de proveta consiste na pesagem de uma determinada quantidade de grãos
dentro de uma proveta previamente tarada, seguida do preenchimento da proveta com água
até a altura dos grãos. Uma nova pesagem é realizada, determinando assim a porosidade
mínima do leito, através da diferença de peso entre a proveta com e sem água e do cálculo
do volume de espaços vazios em relação ao volume total.
Vf mf
m = = (3.2)
Vf + Vp ρf (Vf + Vp )
Lm (1 − m ) = L(1 − ) (3.3)
4 Resultados e Discussão
0.35
Experimental
Ajuste
0.3
0.25
0.2
H
0.15
0.1
0.05
0 5 10 15 20 25 30 35
t (min)
0.016
Experimental
Ajuste
0.014
0.012
N (min−1 )
0.01
0.008
0.006
0.004
0.002
0 5 10 15 20 25 30 35
t (min)
0.016
Experimental
Ajuste
0.014
0.012
N (min−1 )
0.01
0.008
0.006
0.004
0.002
0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
H
como será visto adiante, as perdas de carga são pequenas frente ao valor da pressão
ambiente – de modo que não há necessidade de corrigir a vazão iterativamente durante os
cálculos.
Além da Equação 2.3 a equação de Leva et al. (1948) (4.4) também foi utilizada,
para fins comparativos:
2fm Lvs2 ρf (1 − )2 2
∆P = λL (4.4)
Dp2 3
em que fm é um fator de atrito modificado que pode ser obtido na Fig. VIII.5 de Gomide
(1983) e λL é o fator de forma de Leva – para partículas esféricas λL = 1. Os resultados
podem ser observados na Tabela 3.
A alta razão entre a altura e o diâmetro do leito e a utilização de partículas grandes são
fatores determinantes para ocorrência deste fenômeno.
As discrepâncias observadas na Tabela 2 eram esperadas. Diversos são os fatores que
influenciam nos valores obtidos teoricamente: as partículas foram consideradas esféricas,
nota-se, pelas equações 2.3 e 4.4, que a esfericidade (ψ) e o fator de forma (λL ) tem grande
contribuição para perda de carga1 ; o regime de fluidização (slugging) possui propriedades
variáveis, como a porosidade, a altura do leito e a velocidade de escoamento, de modo
que uma determinação experimental adequada destes valores se torna difícil; a porosidade
considerada do leito estático é diferente da verdadeira, já que aquela foi obtida em uma
proveta com água e sem escoamento, enquanto esta é devida a um leito com gás em
escoamento – também deve-se levar em conta os efeitos de borda da proveta e da coluna; os
erros associados à determinação da porosidade influem muito na perda de carga calculada,
devido à dependência quadrática e cúbica nas equações 2.3 e 4.4.
1
Como ψ < 1 e λL > 1 o desvio negativo é rapidamente justificado. Além disso, dificilmente grãos
naturais teriam uma forma esférica ideal.
35
5 Conclusão
37
Referências
ALI, S. S. et al. Effect of frequency on pulsed fluidized beds of ultrafine powders. Journal
of Nanomaterials, Hindawi Publishing Corp., v. 2016, p. 23, 2016. Citado na página
25.
FOUST, A. S. et al. Princípios das Operações Unitárias. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC,
1982. Citado 2 vezes nas páginas 19 e 20.
38 Referências
FUCHS, M. et al. Encapsulation of oil in powder using spray drying and fluidised
bed agglomeration. Journal of Food Engineering, v. 75, n. 1, p. 27–35, 2006. ISSN
0260-8774. Citado na página 24.
TURCHIULI, C. et al. Oil encapsulation by spray drying and fluidised bed agglomeration.
Innovative Food Science & Emerging Technologies, v. 6, n. 1, p. 29–35, 2005.
ISSN 1466-8564. Citado na página 24.
WONG, A. C.-Y. Use of angle of repose and bulk densities for powder characterization
and the prediction of minimum fluidization and minimum bubbling velocities. Chemical
Engineering Science, v. 57, n. 14, p. 2635–2640, 2002. ISSN 0009-2509. Citado na
página 15.
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41
mt = m1 + m2 + mp
mts = mt − m2
Para obter a taxa de secagem a derivada numérica por diferenças centrais foi
utilizada, exceto no primeiro e no último ponto – em que foram utilizados passos para
frente e para trás, respectivamente.