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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

BRUNA DE MATTOS PELLIN


LARISSA BRUNETTA GUZZI
LUANA IZIDIO FLORES
MATEUS OLTRAMARI TOLEDO
PATRICIA CRISTINA PAGNONCELLI
STELA MAZIERO GAZABINE

SECAGEM DE GRÃOS POR LEITO FLUIDIZADO

CURITIBA
2018
BRUNA DE MATTOS PELLIN
LARISSA BRUNETTA GUZZI
LUANA IZIDIO FLORES
MATEUS OLTRAMARI TOLEDO
PATRICIA CRISTINA PAGNONCELLI
STELA MAZIERO GAZABINE

SECAGEM DE GRÃOS POR LEITO FLUIDIZADO

Relatório Técnico apresentado, conforme a


norma ABNT NBR 10719:2015, como parte
da avaliação referente à Disciplina TQ026.
Orientador: Profa. Dra. Michelle Rossana Fer-
reira Vaz

CURITIBA
2018
Resumo
Devido à necessidade de remoção da umidade a secagem é uma operação unitária de
grande destaque. Quando associada à técnica de leito fluidizado, em crescente utilização
desde a década de 1940, para processos gás-sólido, mostra excelentes resultados. Em
face do aumento da área de contato sólido-fluido, há uma grande melhoria nas taxas de
transferência associadas à fenômenos físicos e químicos. Considerando-se a importância
de tal assunto um estudo prático foi realizado, em escala piloto. A secagem de grãos de
canola (Brassica napus) foi estudada sob regime de fluidização, com ar atmosférico a
60 o C. Curvas de umidade e taxa de secagem permitiram relacionar a variável temporal
ao processo, bem como avaliar o comportamento do sistema. Uma comparação com a
correlação de Ergun, para perda de carga, foi feita e os desvios obtidos são...

Palavras-chaves: secadores. leito fluidizado. slugging. canola.


Lista de ilustrações

Figura 1 – Curva de Secagem para Condições Constantes . . . . . . . . . . . . . . 20


Figura 2 – Gráfico Típico para o Teor de Umidade e a Taxa de Secagem . . . . . . 20
Figura 3 – Taxa de Secagem em Condições Constantes de Operação . . . . . . . . 21
Figura 4 – Secador Contínuo de Leito Fluidizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Figura 5 – Representação Esquemática da Montagem de Equipamentos – Fora de
Escala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Figura 6 – Fluxograma do Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 28
Figura 7 – Umidade Relativa em Relação ao Tempo de Secagem . . . . . . . . . . 31
Figura 8 – Velocidade de Secagem em Relação ao Tempo . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 9 – Velocidade de Secagem e Umidade Relativa . . . . . . . . . . . . . . . 32
Lista de tabelas

Tabela 1 – Tarefas Atribuídas e Escolhidas pelos Membros da Equipe . . . . . . . 29


Tabela 2 – Dados Experimentais Associados à Perda de Carga . . . . . . . . . . . 33
Tabela 3 – Valores Teóricos e Experimentais para Perda de Carga . . . . . . . . . 33
Tabela 4 – Dados Experimentais do Funcionamento da Coluna Preenchida . . . . 41
Lista de abreviaturas e siglas

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR Norma Brasileira aprovada pela Associação Brasileira de Normas Técni-


cas

FCCU Fluidized Catalytic Cracking Units


Lista de símbolos

D Diâmetro interno da coluna

Dp Diâmetro (médio) das partículas

fm Fator de atrito modificado

Fr Adimensional de Froude

g Aceleração da gravidade

H Umidade em base seca

L Altura do leito

Le Altura do leito estático

m1 Massa referente à água

m2 Massa referente ao sólido (grãos)

mp Massa de uma placa de Petri

N Taxa relativa à secagem

Re Número de Reynolds

vs Velocidade superficial do fluido

Vf Volume ocupado pelo fluido

Vp Volume ocupado pelo sólido particulado

V̇ Vazão volumétrica

V̇N Vazão volumétrica a 1.01325 bar e 273.15 K

∆P Perda de carga ao longo do leito

 Porosidade do leito

e Porosidade do leito estático

λL Fator de forma de Leva

µ Viscosidade do fluido
ρf Densidade do fluido

ρp Densidade do sólido

ψ Esfericidade da partícula
Sumário

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

1 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1 Teoria da Secagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1.1 Curvas de Secagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1.2 Aplicação dos Leitos Fluidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2 Inovações Tecnológicas da Secagem em Leito Fluidizado . . . . . . 23

3 MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2 Divisão de Tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

APÊNDICE A – DADOS SUPLEMENTARES . . . . . . . . . . . . 41


15

Introdução

A secagem é o processo através do qual materiais voláteis, usualmente água, são


evaporados de um material de modo a gerar um produto sólido (GREEN; PERRY, 2007).
Tal fenômeno envolve transferência não só de massa como também de calor. Entretanto,
estas não são as únicas preocupações associadas ao projeto e à operação de um secador.
A qualidade do produto (cor, densidade das partículas, dureza, textura, sabor, etc.) são
fortemente dependentes das condições de secagem e das transformações físicas e químicas
que ocorrem durante o processamento (GREEN; PERRY, 2007).
No ramo alimentício as operações de secagem são de grande importância. Baker
(1997) ressalta que cerca de 10% da energia consumida neste setor são contabilizadas por
tais operações. Com, literalmente, centenas de variações utilizadas na secagem de sólidos
particulados, pastas, filmes, lamas ou soluções, ela representa a operação unitária de maior
diversidade na engenharia de alimentos (RATTI; MUJUMDAR, 1995).
Segundo Ustra (2005), a secagem de grãos em leito fluidizado vem sendo objeto
de investigações científicas. Desde as primeiras aplicações na década de 40 do século XX,
o leito fluidizado demonstrou ser uma técnica versátil no processamento de produtos
particulados, com destaque para a secagem (WONG, 2002).
A fluidização tem grande importância nas FCCU (fluidized catalytic cracking units),
envolvidas na produção de derivados do petróleo, aponta Dechsiri (2004). Atualmente, cerca
de três-quartos de todas as poliolefinas são produzidas através de processos envolvendo leitos
fluidizados (COCCO; KARRI; KNOWLTON, 2014). Gomide (1983) também evidencia as
diversas aplicações desta técnica através de exemplos envolvendo a ustulação de piritas,
sulfeto de zinco e de minérios de ouro, calcinação do calcáreo, pelotização, secagem de
sólidos, limpeza de gases, entre outros.
Quando aplicada à secagem de grãos, a técnica do leito fluido oferece diversas
vantagens: a uniformidade de temperaturas e umidade nos produtos secos, a alta capacidade
de secagem pela eficiente transferência de massa e energia, principalmente em umidades
elevadas, tempo reduzido de secagem pela rapidez na remoção da umidade e a facilidade
de controles tornam essa operação muito atrativa sob diversos interesses (USTRA, 2005).
Tendo em vista a importância do assunto e sua vasta aplicabilidade, um estudo
prático foi conduzido em escala piloto. Procurou-se avaliar as relações entre o teor de
umidade, a taxa de secagem e o tempo envolvido em uma operação de fluidização aplicada
à secagem de grãos de canola (Brassica napus) úmidos. Além disso, foram contabilizados
fatores de interesse ao estudo de leitos fluidos, como a porosidade dos grãos, a perda de
carga e a vazão de ar.
17

1 Objetivos

1.1 Objetivo Geral


O experimento realizado tem por objetivo principal reforçar, de maneira prática e
em escala piloto, os conceitos envolvidos na operação unitária de secagem aliada à técnica
de fluidização.

1.2 Objetivos Específicos


Através da análise dos dados experimentais coletados e da reflexão sobre os fenô-
menos visualizados, os objetivos específicos desta prática são:
a) Obter a curva do teor de umidade, associado a uma base seca de grãos de canola,
em função do tempo;
b) Obter a curva da taxa (velocidade) de secagem em função do tempo e em função
do teor de umidade;
c) Avaliar a perda de carga do leito fluidizado e compará-la com o valor teórico
predito pela equação de Ergun (1952).
19

2 Revisão Bibliográfica

2.1 Teoria da Secagem


A secagem aplica-se à transferência de um líquido que está num sólido molhado para
uma fase gasosa não saturada (FOUST et al., 1982). Ar aquecido ou vapor superaquecido
injetado no leito provocam a fluidização e promovem simultaneamente as transferências
de massa e de calor necessárias à secagem (TAECHAPAIROJ et al., 2003).
É uma operação vital no processamento pós-colheita de produtos agrícolas. Tem a
finalidade de reduzir a umidade dos grãos a níveis seguros que permitam a conservação
da sua qualidade, dificultando o desenvolvimento de pragas e microorganismos (ELIAS;
LOECK; MULLER, 2001).
De três maneiras podem ser classificadas as operações de secagem, segundo Treybal
(1968):
a) Método de operação (em batelada, semi-batelada ou contínuo);

b) Método de fornecimento do calor necessário para evaporação da umidade;


McCabe, Smith e Harriott (2005) complementam tal classificação indicando a
existência de três operações:

– Secadores diretos ou adiabáticos: há contato direto entre o gás aquecido e o


sólido;
– Secadores indiretos ou não-adiabáticos: o contato se dá através de um meio
que separa (usualmente uma placa metálica) a fonte térmica do material
úmido;
– Secadores diversos: processos que transferem calor através de dielétricos,
energia de micro-ondas ou radiante.

c) Natureza da substância a ser seca


A grande maioria das operações industriais de secagem está associada à manipulação
de sólidos particulados. McCabe, Smith e Harriott (2005, p. 798, fig. 24.1) citam cinco
tipos de padrões para a interação gás-sólido em equipamentos convencionais.

2.1.1 Curvas de Secagem


Na secagem de um sólido úmido, utilizando um gás a uma temperatura e umidade
fixas, apresenta-se um certo comportamento característico geral. Após o contato entre o
sólido e o gás secante, a temperatura do sólido ajusta-se até atingir um regime permanente;
20 Capítulo 2. Revisão Bibliográfica

tal temperatura e a velocidade de secagem podem aumentar ou diminuir, de modo a


alcançar o estado estacionário (FOUST et al., 1982).
O comportamento geral da secagem pode ser visualizado por duas curvas de
secagem, uma que representa o teor de umidade (em base seca) contra o tempo e outra
que associa a velocidade de secagem com a umidade. A esta última pode-se encontrar,
também, a relação entre a taxa de secagem e o tempo decorrido. Tais comportamentos
podem ser observados nas Figuras 7, 2 e 3.

Figura 1 – Curva de Secagem para Condi- Figura 2 – Gráfico Típico para o Teor de
ções Constantes Umidade e a Taxa de Secagem

Fonte: Retirado de Treybal (1968). Fonte: Retirado de McCabe, Smith e Harri-


ott (2005).

O segmento representado por AB ou A0 B mostra um ajuste na temperatura do


sólido até atingir um determinado valor de equilíbrio, passando do regime não permanente
para o estacionário. Em BC, a superfície do sólido encontra-se saturada de água, então o
líquido da superfície é carregado pelo ar e o líquido que se encontra no interior migra para
a superfície.
Já na região CD, o sólido está mais seco, assim a taxa de evaporação começa
a decair, pois a velocidade do movimento do líquido para a superfície é menor que a
velocidade com que a massa é transferida da superfície (FOUST et al., 1982). Denomina-se
tal período de “primeiro período de taxa decrescente”.
No ponto D não há, na superfície, qualquer área significativamente saturada no
líquido. Nos pontos mais baixos que o ponto D, da Figura 3, toda a evaporação ocorre a
partir do interior do sólido. Esse processe ocorre até atingir o ponto E, onde a pressão
de vapor sobre o sólido é igual a pressão parcial do vapor e o equilíbrio é atingido. Este
período é identificado como o “segundo período de taxa decrescente” (FOUST et al., 1982).
2.1. Teoria da Secagem 21

Figura 3 – Taxa de Secagem em Condições Constantes de Operação

Fonte: Retirado de Treybal (1968).

A Equação 2.1 define a umidade em base seca a ser contabilizada:


m1
H= (2.1)
m2
em que m1 é a massa de água presente em certa massa m2 de sólido seco. Tais quantias
podem ser obtidas através das massas aferidas no procedimento experimental.
Com relação à taxa de secagem (N ), ela pode ser contabilizada numericamente,
através da derivada dos pontos experimentais, ou diretamente da função H = H(t) ajustada:

dH
N =− (2.2)
dt
o sinal negativo é utilizado pois a umidade em base seca é estritamente decrescente, como
observado na Figura 7.

2.1.2 Aplicação dos Leitos Fluidos


A fluidização é uma técnica que envolve a suspensão de sólidos particulados finos
em uma corrente ascendente de fluido, cuja velocidade é superficialmente alta para causar a
fluidização e movimentação vigorosa das partículas. O sistema fluidizado é uma suspensão
que possui a maioria das características normalmente apresentada pelos fluidos verdadeiros,
podendo passar de um recipiente para outro por diferença de pressão hidrostática e através
de dutos e válvulas (GOMIDE, 1983).
22 Capítulo 2. Revisão Bibliográfica

Os tipos de regimes fluidodinâmicos na fluidização dependem das características


físicas da fase particulada, como por exemplo a distribuição granulométrica, tamanho
médio das partículas, forma e massa específica e das propriedades da fase fluida como
a viscosidade dinâmica e massa específica, assim como das condições operacionais como
temperatura, vazão da fase fluida, entre outras parâmetros (CREMASCO, 2012).
McCabe, Smith e Harriott (2005) indicam que secadores de leito fluidizado encon-
tram aplicação para uma ampla gama de problemas na indústria. Um exemplo de unidade
é mostrado na Figura 4.

Figura 4 – Secador Contínuo de Leito Fluidizado

Fonte: Retirado de McCabe, Smith e Harriott (2005).

A grande velocidade de mistura e transferência de calor proporcionam excelentes


resultados neste tipo de operação, além de garantirem uma distribuição uniforme de
temperatura no meio (EARLE, 2013). Um problema que surge é a fragmentação dos
grãos, devido à grande agitação do leito (USTRA, 2005). O tempo de residência é diverso,
variando de 30 a 120 s quando apenas o líquido superficial é evaporado até 15 a 30 min
em processos de difusão interna significativa, com secagem completa (MCCABE; SMITH;
HARRIOTT, 2005).
2.2. Inovações Tecnológicas da Secagem em Leito Fluidizado 23

A energia perdida pelo fluido ao atravessar o leito de partículas pode ser contabili-
zada como um decréscimo de pressão, também conhecido como perda de carga (∆P ). Ela
é aproximadamente igual quando se utilizam fluxos ascendentes ou descendentes de fluido
a baixa vazão. Isso, porém, ocorre até o fluido atingir a velocidade mínima de fluidização,
quando a força de arraste se iguala ao peso aparente no fluxo ascendente e o leito começa
sua expansão – fenômeno caracterizado por uma transição entre as situações de leito fixo
e fluidizado.
Diversas são as correlações empíricas disponíveis para os cálculos de perda de carga
em leitos fixos e fluidos. A equação de Ergun (1952) é uma das mais conhecidas e utilizadas,

150µLvs (1 − )2 1.75Lvs2 ρf (1 − )


∆P = · + · (2.3)
ψ 2 Dp2 3 ψDp 3
e fornece resultados satisfatórios para qualquer regime de escoamento (GOMIDE, 1983). O
primeiro termo da Equação 2.3 representa as perdas associadas ao regime viscoso, enquanto
a segunda contabiliza aquelas do regime turbulento.
No caso abordado, a esfericidade (ψ) da partícula será considerada unitária. A
porosidade do leito será aferida através do teste da proveta (ver seção 3.1), já a velocidade
superficial de escoamento pode ser obtida através da relação entre vazão e diâmetro interno
da coluna:
4V̇
vs = (2.4)
πD2
Dois adimensionais são de interesse nos cálculos de fluidização: os números de
Reynolds (Re) e de Froude (Fr); este associa a fluidização a um estado particulado
(Fr < 1) ou agregativo (Fr > 1), enquanto aquele permite determinar se o regime é
turbulento/cinético (Re > 10) ou laminar/viscoso (Re < 10).

ρf vs Dp vs2
Re ≡ Fr ≡ (2.5)
µ DP g

2.2 Inovações Tecnológicas da Secagem em Leito Fluidizado


Devido às diversas vantagens apresentadas pela técnica do leito fluidizado na
operação de secagem sua utilização é crescente. Há um grande interesse por parte de
indústrias farmacêuticas, de alimentos e agrícolas, já que as condições podem ser controladas
e a qualidade final do produto garantida. Com critério expositivo algumas tecnologias
foram selecionadas:
a) Encapsulação de Substâncias
Esta é uma técnica na qual as substâncias no estado sólido, líquido ou gasoso são
revestidas por um agente encapsulanete, obtendo-se partículas com dimensões
24 Capítulo 2. Revisão Bibliográfica

desejáveis (BRASILEIRO, 2011). O grande destaque é dado para a micro e a


nanoencapsulação, que possuem aplicações em diferentes setores industriais,
nas áreas farmacêutica, alimentar e agrícola.

Segundo Depypere et al. (2003) o procedimento permite o aumento da vida


útil do material, sua liberação controlada, a proteção de substâncias e agentes
atmosféricos, entre outros.

Através da secagem, a encapsulação fornece excelentes propriedades de proteção,


estabilização, solubilidade e liberação controlada de compostos com bioatividade
(RAY; RAYCHAUDHURI; CHAKRABORTY, 2016).

Um exemplo da indústrias alimentícia é o encapsulamento de óleos. Diversos


materiais aromáticos e antioxidantes tem suas propriedades interligadas à
presença de óleos (FUCHS et al., 2006). Há um grande crescimento no mercado
de refeições prontas (sopas, drinks instantâneos e molhos) e na complementação
alimentar – todos podem ser influenciados e beneficiados por esse processo
(TURCHIULI et al., 2005).

Nanocápsulas que carregam medicamentos de liberação controlada também


tem grande aplicabilidade na medicina, entretanto a estabilidade físico-química
durante seu armazenamento representa um desafio a ser superado, como apontam
Andrade et al. (2018).

b) Produção de Agentes Biológicos

Além de pesticidas (agentes de controle biológico), alguns fármacos são também


associados à agentes biológicos. Diversos são os meios de apresentação, como
grânulos, pó e cápsulas. Em geral, três são os modos de secagem utilizados: liofi-
lização, a partir de leitos fluidos ou spray-dryers (HORACZEK; VIERNSTEIN,
2004).

Na área de controle de pragas podem ser expostos os seguintes agentes, atual-


mente sob estudo da técnica de leito fluido: Penicillium oxalicum, que protege
algumas variedades de tomate (LARENA; MELGAREJO; CAL, 2003); Penicil-
lium frequentans, associado ao cultivo de pêssegos (GUIJARRO et al., 2006);
Bacillus amyloliquefaciens, uma bactéria que também é utilizada em antibióticos
e controle de fungos (GOTOR-VILA et al., 2017).

c) Secadores de Leito Fluido

A Figura 4 mostra um secador padrão de leito fluidizado, entretanto outros


modelos também são utilizados – devido à características próprias de cada
processo. A seguir três exemplos são expostos:

– Secadores de leito vibro-fluidizado


2.2. Inovações Tecnológicas da Secagem em Leito Fluidizado 25

Em alguns equipamentos, utiliza-se a combinação de fluidização e agitação


mecânica. A movimentação do equipamento com o fluxo gasoso visa contornar
algumas limitações do leito fluidizado convencional, reduzindo-se a quantidade
de gás necessária para o processo (NITZ; GUARDANI, 2008).
Quando a faixa granulométrica das partículas é alta a velocidade de es-
coamento do gás deve ser elevada – para que as partículas maiores sejam
fluidizadas. Um incoveniente é que as pequenas acabam sendo arrastadas. A
vibração do leito garante que, em baixas velocidades, haja um movimento
contínuo de todas as partículas. Além disso, em situações de coalescência de
partículas, como a vivenciada no experimento, a vibração impede a formação
de caminhos preferenciais e de aglomerados, segundo Nitz e Guardani (2008).
– Secadores de leito pulso-fluidizado (pulse fluid-bed)
Neste tipo de equipamento a agitação das partículas é feita através de um
controle de vazão do fluido. Os leitos pulso-fluidizados representam uma
alternativa não só aos equipamentos de fluidização convencional, mas também
aos leitos vibro-fluidizados, em que a agitação das partículas é promovida pela
movimentação mecânica da estrutura do equipamento (NITZ; GUARDANI,
2008).
Segundo a classificação de Geldart (1973), este tipo de fluidização é indicada
para partículas do tipo C (com pequeno diâmetro e baixa densidade) e D
(com grande diâmetro e alta densidade) (NITZ; GUARDANI, 2008). Apesar
disso, partículas do tipo A (diâmetro pequeno e densidade média) também
mostram um excelente resultado, como Ambrosio-Ugri e Taranto (2007)
mostra. Segundo Ali et al. (2016) descompactação de pós é muito eficiente
quando este método é utilizado.
27

3 Materiais e Métodos

3.1 Procedimento Experimental


A Figura 5 exibe os componentes principais utilizados no experimento. Ao início
da prática, o compressor (1) e o aquecedor de ar (2) são ligados e regulados para manter a
temperatura do ar de secagem próxima a 60 o C e a vazão (3) de ar constante.

Figura 5 – Representação Esquemática da Montagem de Equipamentos – Fora de Escala

Fonte: Os Autores (2018).

Os grãos de canola previamente umidificados são colocados no interior da coluna


(4), iniciando a medida do tempo no momento de fluidização (t = 0 s). A cada 5 minutos,
uma amostra de grãos de canola é retirada com o auxílio de uma haste e um cadinho, por
um período de aproximadamente 60 minutos. Essas amostras são depositadas em doze
placas de Petri numeradas e pesadas previamente. As placas preenchidas com amostra
são pesadas novamente, rapidamente, e levadas a uma estufa por um período de 24 horas,
com temperatura constante de 105 o C.
Após este período, as placas são retiradas da estufa para que se realize uma nova
pesagem. Nesta etapa, é necessário atentar para que tal medida seja realizada somente
depois que as amostras atinjam uma temperatura segura, para que a balança não seja
descalibrada. Para isso um dessecador com sílica gel será utilizado, permitindo que o
resfriamento das amostras ocorra sem alterar o teor de água.
Além desses, outros procedimentos são realizados ao longo da prática. No início,
28 Capítulo 3. Materiais e Métodos

mede-se a perda de carga do leito vazio (coluna), através de um manômetro conectado à


coluna (5). Antes da fluidização é necessário obter a altura do leito fixo e o diâmetro da
coluna. Aos vinte minutos, mede-se novamente a perda de carga (total) do leito preenchido
com grãos de canola, e se realiza a medida da altura média do leito. Isso permite o cálculo
da perda de carga do leito, através da Equação 3.1:

∆P (leito) = ∆P (total) − ∆P (coluna) (3.1)

Neste ponto, uma amostra de grãos de canola deve ser retirada da coluna para que
o diâmetro médio dos grãos possa ser determinado e um teste de proveta seja realizado,
de modo a se obter a porosidade mínima (Equação 3.2) do leito.
O teste de proveta consiste na pesagem de uma determinada quantidade de grãos
dentro de uma proveta previamente tarada, seguida do preenchimento da proveta com água
até a altura dos grãos. Uma nova pesagem é realizada, determinando assim a porosidade
mínima do leito, através da diferença de peso entre a proveta com e sem água e do cálculo
do volume de espaços vazios em relação ao volume total.
Vf mf
m = = (3.2)
Vf + Vp ρf (Vf + Vp )

Pelo balanço material na coluna é possível obter a porosidade durante a fluidização,

Lm (1 − m ) = L(1 − ) (3.3)

desde que a massa seja conservada.


A medida do diâmetro médio (Equação 3.4) dos grãos é realizada alinhando alguns
grãos sobre uma régua, e dividindo o comprimento medido pela quantidade de grãos.
comprimento
Dp = (3.4)
no de grãos

A Figura 6 representa um fluxograma simplificado do procedimento experimental


anteriormente descrito.

Figura 6 – Fluxograma do Procedimento Experimental

Fonte: Os Autores (2018).


3.2. Divisão de Tarefas 29

Os materiais que devem ser utilizados nesta prática são:

a) Aquecedor de ar; j) Paquímetro;


b) Balança analítica;
k) Placas de Petri (12);
c) Coluna de vidro;
l) Régua;
d) Compressor;
e) Cronômetro; m) Rotâmetro;
f) Dessecador com sílica gel;
n) Sistema de distribuição de ar;
g) Estufa;
o) Termômetro
h) Grãos úmidos de canola (Brassica
napus); p) Tubulações com medidor de vazão
i) Haste metálica acoplada a um ca- e de diferença de pressão acopla-
dinho; dos.

3.2 Divisão de Tarefas


A Tabela 1 identifica a tarefa atribuída a cada membro da equipe.

Tabela 1 – Tarefas Atribuídas e Escolhidas pelos Membros da Equipe


Aluno/Membro Tarefa
Bruna M. P. Medir porosidade e diâmetro das partículas
Larissa B. G. Retirar amostras
Luana I. F. Medir o tempo
Mateus O. T. Liderança da equipe
Patricia C. P. Medir alturas e diâmetro do leito
Stela M. G. Medir a perda de carga e as massas das amostras

Fonte: Os Autores (2018).


31

4 Resultados e Discussão

Figura 7 – Umidade Relativa em Relação ao Tempo de Secagem

0.35
Experimental
Ajuste
0.3

0.25

0.2
H

0.15

0.1

0.05
0 5 10 15 20 25 30 35
t (min)

Fonte: Os Autores (2018).

H(t) = 0.3497 exp[−(0.03871 min−1 )t]


(4.1)
r2 = 0.9984

N (t) = (0.01354 min−1 ) exp[−(0.03871 min−1 )t] (4.2)


32 Capítulo 4. Resultados e Discussão

Figura 8 – Velocidade de Secagem em Relação ao Tempo

0.016
Experimental
Ajuste
0.014

0.012
N (min−1 )

0.01

0.008

0.006

0.004

0.002
0 5 10 15 20 25 30 35
t (min)

Fonte: Os Autores (2018).

Figura 9 – Velocidade de Secagem e Umidade Relativa

0.016
Experimental
Ajuste
0.014

0.012
N (min−1 )

0.01

0.008

0.006

0.004

0.002
0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
H

Fonte: Os Autores (2018).


33

As propriedades coletadas durante o experimento – necessárias para os cálculos de


perda de carga – se encontram na Tabela 2.

Tabela 2 – Dados Experimentais Associados à Perda de Carga

Propriedade Valor Propriedade Valor


3
Le (cm) 7.60 ρf (kg/m ) 1.09
L (cm) 14.50 µ (Pa s) 1.96 × 10−5
D (mm) 43.0 V̇N (NL/h) 1.0 × 104
∆P (total) (kPa) 27.73 V̇ (L/s) 3.82
∆P (coluna) (kPa) 25.33 Dp (cm) 0.182
T (o C) 51.4 e 0.4603
P0 (bar) 0.88  0.7171

Fonte: Os Autores (2018).

A vazão foi calculada na temperatura do escoamento no interior da coluna. Uma


vez que a vazão normal é obtida a 1.01325 bar e 273.15 K:
! !
1.01325 (bar) T
V̇ = V̇N (4.3)
P0 273.15 (K)

como será visto adiante, as perdas de carga são pequenas frente ao valor da pressão
ambiente – de modo que não há necessidade de corrigir a vazão iterativamente durante os
cálculos.
Além da Equação 2.3 a equação de Leva et al. (1948) (4.4) também foi utilizada,
para fins comparativos:
2fm Lvs2 ρf (1 − )2 2
∆P = λL (4.4)
Dp2 3
em que fm é um fator de atrito modificado que pode ser obtido na Fig. VIII.5 de Gomide
(1983) e λL é o fator de forma de Leva – para partículas esféricas λL = 1. Os resultados
podem ser observados na Tabela 3.

Tabela 3 – Valores Teóricos e Experimentais para Perda de Carga


Método ∆P (kPa) Erro (%)
Experimental 2.40 –
Ergun (2.3) 0.88 -63
Leva (4.4) 1.56 -35

Fonte: Os Autores (2018).

Os número de Reynolds e Froude (ver Equação 2.5) caracterizaram um regime


turbulento (Re = 266) e uma fluidização agregativa (Fr = 389). Observou-se, experimental-
mente, a ocorrência do slugging ou “pistonamento”, não recomendado por Gomide (1983).
34 Capítulo 4. Resultados e Discussão

A alta razão entre a altura e o diâmetro do leito e a utilização de partículas grandes são
fatores determinantes para ocorrência deste fenômeno.
As discrepâncias observadas na Tabela 2 eram esperadas. Diversos são os fatores que
influenciam nos valores obtidos teoricamente: as partículas foram consideradas esféricas,
nota-se, pelas equações 2.3 e 4.4, que a esfericidade (ψ) e o fator de forma (λL ) tem grande
contribuição para perda de carga1 ; o regime de fluidização (slugging) possui propriedades
variáveis, como a porosidade, a altura do leito e a velocidade de escoamento, de modo
que uma determinação experimental adequada destes valores se torna difícil; a porosidade
considerada do leito estático é diferente da verdadeira, já que aquela foi obtida em uma
proveta com água e sem escoamento, enquanto esta é devida a um leito com gás em
escoamento – também deve-se levar em conta os efeitos de borda da proveta e da coluna; os
erros associados à determinação da porosidade influem muito na perda de carga calculada,
devido à dependência quadrática e cúbica nas equações 2.3 e 4.4.

1
Como ψ < 1 e λL > 1 o desvio negativo é rapidamente justificado. Além disso, dificilmente grãos
naturais teriam uma forma esférica ideal.
35

5 Conclusão
37

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página 15.

DESCOMENTAR
41

APÊNDICE A – Dados Suplementares

Neste capítulo se encontram alguns dados experimentais básicos.

Tabela 4 – Dados Experimentais para Determinação das Curvas de Umidade


t (min) mp (g) mt (g) mts (g) m2 (g) H N (min−1 )
0.0 40.1684 59.0386 54.1613 4.8773 0.3486 0.0090
2.5 40.3650 59.1953 54.5664 4.6289 0.3259 0.0141
5.0 39.5852 58.7003 54.5425 4.1578 0.2780 0.0124
7.5 41.8454 62.0113 57.8021 4.2092 0.2638 0.0075
10.0 41.8455 62.8097 58.7431 4.0666 0.2407 0.0096
15.0 40.9773 61.4694 58.1731 3.2963 0.1917 0.0077
20.0 43.3472 64.6759 61.6814 2.9945 0.1633 0.0060
25.0 40.6829 61.8693 59.3985 2.4708 0.1320 0.0052
30.0 40.8268 61.6278 59.5523 2.0755 0.1108 0.0042
35.0 49.1822 65.0004 63.6993 1.3011 0.0896 0.0042

Fonte: Os Autores (2018).

Na Tabela 4 foi utilizada a seguinte notação:

mt = m1 + m2 + mp

mts = mt − m2

Para obter a taxa de secagem a derivada numérica por diferenças centrais foi
utilizada, exceto no primeiro e no último ponto – em que foram utilizados passos para
frente e para trás, respectivamente.

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