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Junho 2013
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS
Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais
MONOGRAFIA
Junho 2013
Dedico este trabalho
aos meus pais, irmão e noiva.
AGRADECIMENTOS
- Ao Prof. Roberto Galery, meu orientador, pela sua atenção durante a preparação do
trabalho.
- Aos Prof. e Luiz Cláudio Monteiro Montenegro, membro da Banca Examinadora, pela
leitura do texto, pelas sugestões oferecidas ao trabalho, e pelos ensinamento
transmitidos.
- Aos amigos e amigas que não foram citados e que sempre estiveram comigo me
auxiliando.
- A Marina Matilde Fonseca de Rezende, pela revisão dos meus textos e apoio
incondicional, em todos os momentos.
- Aos meus amigos de curso, Tarcísio Domingues e Pedro Lopes, pelos valorosos
conselhos dados nesse trabalho.
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................07
2. OBJETIVO E RELEVÂNCIA.................................................................................09
3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA.................................................................................10
3.1. Ensaio a Seco...........................................................................................10
3.2. Procedimentos do Ensaio a Seco.............................................................10
3.3. Críticas à Previsão do Índice de Trabalho em um Moinho de Laboratório,
para um Ensaio em Via Seca...........................................................................13
3.4. Ensaio a Úmido........................................................................................14
3.5. Procedimentos do Ensaio a Úmido..........................................................15
3.6. Críticas à Previsão do Índice de Trabalho em um Moinho de Laboratório,
para um Ensaio em Via Úmido.......................................................................18
4. DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS............................................................19
4.1. Operações do Ensaio a Seco....................................................................19
4.2. Resultados Ensaio a Úmido.....................................................................25
4.2.1. Ensaio a Seco Com Abertura de 106μm...................................26
4.2.2. Ensaio a Seco Com Abertura de 38 μm....................................27
5. CONCLUSÕES..........................................................................................................30
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................32
LISTA DE TABELAS
Através dos resultados obtidos em laboratório, nos dois testes, foi avaliado o quão
próximo estão os dois resultados, a facilidade na execução de ambos os ensaios, e
observado as limitações de cada metodologia.
ABSTRACT
In this study, two methods are presented for achieving work index, one of the
conventional Bond wherein the testing is done dry and the method proposed in the
thesis entitled "Um método para prever o consumo específico de energia na (re)moagem
de concentrados de minério de ferro em moinhos de bolas" in which its main difference
to test Bond is conducting the tests in the wet.
The material used in the study is an iron ore friable arising from the Mina do Pico in
Minas Gerais properly prepared for the two tests in order to compose the same
population for the two tests performed here. The choice of this specific material aimed
to evaluate some disadvantages as expected to the Bond test because it is a material with
a large amount of fine as for the wet test because the grinding parameters were
established for other variability iron ore.
The results obtained in the laboratory, the two tests was evaluated how close are the two
results, the ease of application of both tests and noted the limitations of each method.
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1. INTRODUÇÃO
Com o objetivo de adequar a matéria prima proveniente das frentes de lavra, a etapa de
cominuição assume um papel importante, tanto para futuras etapas de concentração,
pelotização e transporte, ou mesmo adequação para as próximas etapas na cadeia
produtiva.
2. OBJETIVO E RELEVÂNCIA
Este trabalho irá comparar dois ensaios distintos para a determinação do WI, em via
úmida e em via seca, considerando a facilidade de execução dos ensaios, a sua
confiabilidade e se possível comparar os resultados obtidos.
Realização do ensaio em via seca será testada para material com grande quantidade de
finos e para uma malha teste, com abertura menor do que a praticada.
3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Para a determinação do WI, utilizando a moagem a seco descrita pela ABNT MB-3253,
método esse determinado por Bond em seus ensaios.
A moagem ocorre em circuito fechado, sendo realizados os testes até que o sistema
atinja seu equilíbrio, em outras palavras até que se obtenha uma carga circulante de
250%. O moinho possui diâmetro e comprimento de 12 polegadas, e opera em 70 rpm.
O corpo moedor é fixo em 285 bolas de aço pesando 20,13 kg, com a seguinte
distribuição:
A escolha da abertura da peneira que fechará o ciclo pode corresponder a aquela que
fechará o circuito industrial, porem na falta desse valor é usual a peneira de 150μm.
No primeiro ciclo o moinho é alimentado com a massa total obtida pela proveta de 1L.
Os valores subsequentes ao primeiro ciclo da alimentação do moinho, são os valores
obtidos na coluna 5.
Para o calculo do WI são então necessários à obtenção no teste dos seguintes valores:
Onde:
Am – Abertura da malha de classificação do ensaio (μm);
WI – Índice de Trabalho (kWh/t);
P – Abertura na qual passam 80% da massa do produto;
F – Abertura na qual passam 80% da massa da alimentação;
Mob – Valor médio dos três últimos valores da moabilidade.
O método também não avalia as diferenças no corpo moedor, isso é o tamanho das bolas
utilizadas, carga circulante, geometria de revestimento, reologia da polpa e variações no
nível da polpa no interior do moinho. O ensaio não considera os diferentes graus de
enchimento do moinho, e a única informação avaliada na analise granulométrica é o
d80.
Diâmetro do moinho
% enchimento
% velocidade critica
Vpolpa/Vvazios
% sólidos em volume
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A distribuição corpo moedor é dada a partir do tamanho máximo de bola, calculado pela
equação de Ettore Azzaroni, dada abaixo:
Temos que dn assume valores positivos e decrescentes ao longo da serie, e para o qual
quando n=0 temos que dn=dB .
O tempo dos ensaios é determinado pelo cálculo da potência consumida, por tonelada de
bolas em KWh/t de carga. Utilizando a equação corrigida de Rowland para o calculo da
potência.
kWb – Potência consumida pelo moinho de bolas, por tonelada de bolas de carga
(KWh/t);
D – Diâmetro interno do moinho (m);
Vp – Fração do volume do moinho ocupado pelas bolas;
Cs – Fração da velocidade critica.
4. DESENVOLVIMENTO
Os ensaios a seguir são todos eles provenientes de um mesmo espaço amostral, no caso
a alimentação da usina da Mina do Pico, um minério de ferro friável, totalizando 80 kg
de amostra.
Toda a massa destinada para o ensaio foi adequada para 100% passante em uma malha
de 9,53 mm, o material retido na peneira foi fragmentado em um britador de rolos.
As constantes escolhidas para o ensaio são citadas na tabela abaixo. A justificativas para
sua utilização se baseiam nas mesmas utilizadas no referido trabalho do ensaio a úmido,
são elas utilizadas para a moagem primária.
Através da equação gerada pelo ajuste polinomial de segundo grau, podemos então
determinar o índice de trabalho para o valor de 80% passante no produto na malha
desejada.
O primeiro teste foi realizado em uma malha de 106μm. Essa abertura foi escolhida
visando a maior facilidade de execução do ensaio, devido a melhor eficiência de
classificação e dessa forma a execução de uma classificação a seco.
A escolha das malhas de classificação para o ensaio a seco, não foram determinadas por
parâmetros industriais, mas com o intuído de obter melhores resultados, para em posse
dos mesmos executar a comparação dos dois métodos de obtenção do índice de trabalho
(WI).
O preenchimento com os dados do teste se seguiram com forme a tabela 2, e abaixo são
mostrados os resultados:
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Os testes foram interrompidos após a obtenção de uma rotação negativa, gerada pelo
valor do passante inicial (Coluna 3) na peneira de 106μm, valor esse superior a massa
de alimentação quando em regime, dessa forma para a possível realização do ensaio a
seco, concluímos que o teste deveria ser realizado em uma malha em que o seu passante
inicial não ultrapassa se o valor de 28,6%. Esse valor é consequência da carga circulante
estipulada no teste de 250%.
Em vista do ensaio na malha de 106μm, ter obtido resultados negativos para o número
de rotações e dessa forma, a partir das conclusões obtidas no teste anterior, buscamos a
malha em que se houve um passante inicial no mínimo inferior a 28,6%, para garantir
que os testes não gerassem valores negativos para o número de rotações.
Para a segunda batelada de ensaio foi então utilizada à malha de 38μm, pois a mesma
apresentava um passante inicial de cerca de 20%. Abaixo vemos a tabela do ensaio:
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Dessa forma, os ciclos do teste, agora seriam classificados não mais em peneiramento a
seco e sim a úmido, para melhorar a eficiência do peneiramento.
5. CONCLUSÕES
Apesar de não se ter obtido o valor do índice de trabalho no ensaio a seco, podemos
fazer muitas considerações sobre os ensaios aqui abordados. Avaliando não só os
resultados obtidos, mas também a facilidade com que os ensaios foram executados, e as
vantagens e desvantagens dos métodos de determinação do WI.
Podemos constatar no ensaio a seco, que se torna inviável sua realização para materiais
em que a porcentagens de 28,6% do material é passante na abertura em que o teste é
realizado, e ainda a literatura recomenda valores abaixo de 15% passantes iniciais na
malha de teste. Observamos também que a eficiência de peneiramento é um fator que
pode afetar o andamento dos testes e claro o valor encontrado para o WI.
O ensaio a seco, no entanto, por ser amplamente praticado possui uma grande
quantidade de banco de dados, o que facilita a forma como dimensionamos
equipamentos, e ainda obtendo bons resultados para o índice de trabalho da moagem
primaria.
Obtivemos valores compatíveis com um material friável, cerca de 7 kWh/t para 80%
passante em 100μm, porém acredito que para materiais compactos, ou mesmo para
materiais com maior variabilidade sejam necessários a mudança das variáveis
operacionais de moagem, pois se trata de uma população bem distinta da abordada no
trabalho de Donda.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS