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Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Centro de Engenharias e Ciências Exatas


Curso de Bacharelado em Engenharia Mecânica

Materiais de Construção Mecânica

ENSAIO DE DUREZA 1

Aluno: RA:
Anderson Freiman 312494
Henrique Soldi Thomas 173108

Foz do Iguaçu, 3 de outubro


ANDERSON FREIMAN
HENRIQUE SOLDI THOMAS

ENSAIO DE DUREZA 1

Trabalho apresentado como parte dos requi-


sitos para aprovação na disciplina Materiais
de Construção Mecânica, do curso de Enge-
nharia Mecânica da Universidade Estadual
do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de
Foz do Iguaçu.

Professores: Aline Elly Treml e Marciel


Viapiana.

Foz do Iguaçu, 2023


Resumo

As atividades desenvolvidas no laboratório tem com finalidade recordar o que é


abordado em sala de aula para que o aluno possa melhor assimilar os conhecimentos
teóricos abordados durante a aula de propriedades dos materiais, principalmente o
conceito de dureza. Utilizando um durômetro portátil e um durômetro de bancada
foi possível analisar essa propriedade de um determinado corpo de prova com teor de
carbono desconhecido e com isso especificar o seu teor de carbono através da analise
de outros corpos de prova que já se conheciam o teor de carbono. Para o ensaio foi
utilizado 2 (dois) tipos de durômetro, 1 (um) portátil e outro de bancada, cada um
com suas respectivas escalas.

Palavras-chave: Dureza; Brinell; Rockweel B; Durômetro Portátil, Durômetro de


Bancada.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
1.1 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 DUREZA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.4 MÉTODOS DE ENSAIO DE DUREZA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.5 ROCKWELL E BRINELL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

2 METODOLOGIA 7
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2 PROCEDIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

3 RESULTADOS 12
3.1 RESULTADOS OBTIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

4 CONCLUSÃO 14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15

5 ANEXO 1 16
1 INTRODUÇÃO

O ensaio de dureza é uma técnica fundamental no campo da ciência dos materiais,


desempenhando um papel crucial na avaliação das propriedades mecânicas dos materiais.
Este método oferece informações valiosas sobre a capacidade de um material resistir à de-
formação plástica ou à penetração, fornecendo dados significativos para a seleção e design
de materiais em diversas aplicações industriais. No contexto da ciência dos materiais, o
livro "Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução"(CALLISTER, 2007) é uma
referência amplamente reconhecida e utilizada. A obra explora os princípios fundamentais
dos materiais, incluindo conceitos relacionados à dureza e técnicas de ensaio.
O ensaio de dureza, conforme abordado por Callister, oferece uma abordagem siste-
mática para quantificar a resistência de um material à deformação plástica, geralmente
expressa em termos de dureza Vickers, Brinell, Rockwell, Shore e entre outras. A compre-
ensão desses métodos de ensaio é crucial para os engenheiros de materiais, permitindo-lhes
selecionar os materiais apropriados para aplicações específicas com base em suas proprie-
dades mecânicas, como dureza.
Este ensaio é aplicável a uma ampla variedade de materiais, desde metais e ligas
até polímeros e cerâmicas, fornecendo uma ferramenta valiosa para a caracterização e o
controle de qualidade. Além disso, a relação entre dureza e outras propriedades mecânicas,
como resistência à tração e tenacidade, é frequentemente explorada para uma compreensão
abrangente do comportamento dos materiais sob diferentes condições.
Esse relatório tem como seu costume de conformizar a normativa padrão de relatórios
técnicos definido pela NBR 15020 (2002).
Outras informações podem ser encontradas em NBR10719 (2011), NBR 6027 (2018),
NBR 6023 (2012).

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1.1 OBJETIVOS

Estimar o teor de carbono no corpo de prova testado durante a prática no durômetro


de bancada;

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Realizar o ensaio: Conduzir um ensaio de dureza para fins acadêmicos, atribuir


conhecimento ao discente para explicar conceitos vistos em aula teórica;

2. Determinar a Dureza Rockwell: Realizar medições de dureza Rockwell em


diferentes pontos da amostra para avaliar a variação da dureza dentro do material;

3. Avaliar a Homogeneidade da Dureza: Analisar a uniformidade da dureza em


toda a seção transversal da amostra para identificar possíveis gradientes ou varia-
ções;

4. Analisar a Influência do Tratamento Térmico: Caso haja variação nas con-


dições de recozimento, investigar como diferentes tratamentos térmicos afetam a
dureza do corpo de prova.

1.3 DUREZA

Como dito pelo famoso livro didático que introduz a ciência dos materiais, a dureza
é a capacidade de um material resistir a deformações plásticas, incluindo penetrações
(CALLISTER, 2007). Essa propriedade está relacionada à resistência à flexão, risco,
abrasão e corte. O ensaio de dureza é amplamente utilizado para especificar e comparar
materiais. Neste trabalho, serão apresentados ensaios nas escalas Brinell e Rockwell,
utilizando durômetros digital portátil e de bancada, respectivamente.

1.4 MÉTODOS DE ENSAIO DE DUREZA

Os ensaios de dureza são frequentemente empregados devido à sua simplicidade, custo


acessível e natureza não destrutiva. Esses testes proporcionam um controle eficaz de
qualidade, sendo particularmente úteis para peças em uso. A medição da dureza pode
ser realizada com durômetros portáteis. Métodos como Brinell, Vickers, Rockwell, Mohs
e Shore oferecem escalas e abordagens diversas para avaliação, abrangendo penetração,

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risco e choque mecânico.

1.5 ROCKWELL E BRINELL

O ensaio de dureza Rockwell, nomeado após seu criador, é um método comum e


eficaz para medir a dureza de materiais. Utilizando um penetrador (cone de diamante ou
esfera de aço), aplica-se uma pré-carga e, em seguida, uma segunda carga, resultando em
aumento na penetração. Após atingir o equilíbrio, a segunda carga é removida, permitindo
a leitura da dureza com base na pré-carga atuante sobre o corpo de prova. Este processo
é rápido, prático e minimiza erros humanos, sendo capaz de avaliar a dureza de materiais
variados.

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2 METODOLOGIA

2.1 MATERIAIS UTILIZADOS

Para conduzir esse ensaio, na prática, utilizou-se os seguintes utilitários junto com o
durômetro de bancada, quanto para o durômetro portátil

• Corpo de prova (CP) de aço hipoeutético recozido;

• Morsa;

• Peça de aço SAE 1010;

• Peça de aço SAE 1020;

• Peça de aço SAE 1045;

• Peça de aço SAE 1060;

• Lixadeira mecânica;

• Lixas de grãos 220, 320, 400, 600;

• Durômetro portátil digital de medição Brinell modelo TH-130 marca TIME;

• Durômetro de bancada analógico de medição Rockwell marca PANTEC;

2.2 PROCEDIMENTOS

A atividade teve início com a divisão dos estudantes em grupos. Em seguida, foi forne-
cido o corpo de prova (Figura 1), acompanhado por uma breve explanação dos instrutores,
que relembraram conceitos teóricos discutidos em sala de aula.

Figura 1: Corpo de prova

Fonte: Discentes, 2023

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Nessa corversa os monitores falaram sobre como funciona os equipamentos que seriam
utilizados nas práticas e os cuidados que deveriam ser tomados para que a prática ocorresse
de forma segura, tomando cuidado para não danificar os equipamentos e não se achucar e
eficiênte, para que as medidas tomadas correspondesse a realidade. Os momitores também
perguntaram e explicaram sobre alguns conceitos vistos em sala de aula.
A segunda parte da aula consistiu em a dupla lixar o corpo de prova até que ele não
apresentasse mais nenhuma deformação, para isso os alunos tiverram que lixar o corpo de
prova com 4 (quatro) tipos de granulação diferentes (Figura 2), duas para fazer o desbaste
do material do corpo de prova e duas para fazer o acabamento.

Figura 2: Lixas e suas granulometrias

Fonte: Discentes, 2023

A primeira lixa que foi usada no corpo de prova foi a com granulação de 220 (duzentose
vinte), pois ela tem os grãos maiores o que fazia com que ela renovesse mais material do
corpo de prova, essa granulação foi usada até praticamente sumir as imperfeições do corpo
de prova.
O segunda tipo de granulação usado foi o 320 (trezentos e vinte), com ele o corpo de
prova foi lixado até a remoção total das imperfeições do material, para assim poder fazer
o acabamento do material para que podesse ser feito o teste de dureza no corpo de prova.
A terceita granuçação de lixa utilizada foi a 400 (quatrocento), com ela o corpo de
prova foi lixado até que todas as ranhuras do lixamento anterior com a lixa de granulação

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320 (trezentos de vinte) fossem apagados, podendo com isso passar para a ultima etapa
do lixamento.
A ultima granulação de lixa utilizado foi a 600 (seiscentas), com essa granulação lixou-
se o corpo de prova até que ele ficasse liso o suficiente para que podesse ser colocado no
durômetro de bancada e feito o teste nele. Segue as figuras 3a, 3b, 3c e 3d como ilustração
do resultado do lixamento feito.

(b) Corpo de prova pós lixa 320


(a) Corpo de prova pós lixa 220

Fonte: Discentes, 2023


Fonte: Discentes, 2023
(c) Corpo de prova pós lixa 400
(d) Corpo de prova pós lixa 600

Fonte: Discentes, 2023 Fonte: Discentes, 2023

A terceira parte da aula prática foi a realização do teste de dureza com o durômetro
portátil (Figura 4) em quatro corpo de provas diferentes, corpos de prova esses que já tem
conhecido o seu teor de carbono.

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Figura 4: Durômetro Portátil

Fonte: Discentes, 2023

O teste consistiu em aferi a dureza de quatro aços com teor de carbono diferentes,sendo
eles o aço SAE 1010, SAE 1020, SAE 1045 e SAE 1060 (Vide figuras 5a, 5b, 5c e 5d). Foi
realizado 3 (três) medições em cada um dos corpos de prova com o durômetro portátil
sendo anotados cada umas dessas medições e a média ao final das 3 (três) medições.

(a) SAE 1010 (b) SAE 1020

Fonte: Discentes, 2023 Fonte: Discentes, 2023


(c) SAE 1045

(d) SAE 1060

Fonte: Discentes, 2023

Fonte: Discentes, 2023

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A quarta parte da prática foi a realização do teste de dureza com o durômetro de
bandada (Figura 6) no corpo de prova que foi preparado na segunda parte da aula (etapa
em que o corpo de prova foi lixado até que todas as imperfeições fossem retiradas e o corpo
de prova ficasse liso o suficiente para que podesse ser realizado o teste e nada interferisse
no resultado).

Figura 6: Durômetro de Bancada

Fonte: Discentes, 2023

O teste consistiu em 4 (quatro) metições, de modo que a primeira foi realizada pelo
monitor como demonstração do funciomamento do equipamento e foi descartada. As
outra 3 (três) aferições posteriores foram feita pelos alunos e anotadas para que pudesse
ser utilizada no relatório.
A quinta e ultima parte da aula foi uma outra conversa com os monitores onde eles
explicaram com deveria ser feito o relatório, como fazer a conversão de escala de dureza,
pois uma etapa de aferição foi feita na escala Brinell.

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3 RESULTADOS

Seção reservada à documentação e discussão de resultados obtidos. Nesta seção apre-


sentados os dados coleatados em laboratório.

3.1 RESULTADOS OBTIDOS

Durante a realização da aula prática, obteve-se 2 (dois) resusltados dos experimentos


realizado, 1 (um) para o durômetro portátil e outro para o durômetro de bancada.
A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos para o teste de dureza com o durômetro
portátil na escala Brinell.

Tabela 1: Dureza Brinell para os aços testados com o durõmetro portátil.

Aço Medida 1 (HB) Medida 2 (HB) Medida 3 (HB) Média (HB)


SAE 1010 111 109 113 111
SAE 1020 122 126 124 124
SAE 1045 176 178 182 179
SAE 1060 210 209 217 212
Fonte: Discentes, 2023

A Tabela 2 apresenta os resultados obtidos para o teste de dureza com o durômetro


de bancada na escala Rockwell B.
Tabela 2: Dureza Rockwell para o corpo de prova escolhido na aula prática.

Medida Valor obtido (HRB)


Medida 1 61,6
Medida 2 62
Medida 3 63,4
Média 62,33
Fonte: Discentes, 2023

Após apresentados os resultados obtidos com os ensaios do durômetro portátil e com o


durômetro de bancada é preciso fazer a conversão de escala para os teste realizados como
o durômetro portátil que estava na escala Brinell para a escala Rockwell B, para que se
possa assim identificar qual é o teor de carbono no corpo de prova.
Para isso é necessário fazer a conversão do valor médio obtido com o teste feito com o
durômetro portátil para a escala Rockwell B.
A Tabela 3 apresenta os valores do conversão do valor médio de cada medida feita
para cada tipo de aço na escala Brinell para a escala Rockwell B.
Com esses dados é possível estimar que o teor de carbono do corpo de prova que

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Tabela 3: Convesão da escala Brinell para a escala Rockwell B.

Aço Média (HB) Valor Convertido (HRB)


SAE 1010 111 65,2
SAE 1020 124 71,2
SAE 1045 179 89,02
SAE 1060 212 85,6
Fonte: Discentes, 2023

foi testado no durômetro de bancada é de aproximandamente 0,1 %, ou seja, que o aço


testado foi o SAE 1010.

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4 CONCLUSÃO

Com o objetivo geral do trabalho sendo a determinação do teor de carbono do corpo


de prova e os especificos sendo o aprender sobre o funcinamento dos equipamentos, a
importancia do ensaio de dureza e colocar em prática os conhecimentos adquiridos em
sala de aula.
A aula prática se provou ser de grande aproveitamento por parte dos alunos, pois com
ela podesse entender melhor a necessidade dos ensaios no âmbito profissional para que se
possa conhecer melhor os materiais que terão contato no dia-a-dia profissional, bem cono
a forma que esse ensaios são feitos e como os equipamentos são utilizados.
O objetivo principal foi alcançado devido ao teor de carbono do aço do corpo de prova
poder ser estipulado, que para o corpo de prova escolhido é de aproximadamente 0,1 %,
o que indica que o aço testado é o SAE 1010, levando em consideração o teor de carbono
dos outros corpos de provas que foram ensaiados e que era conhecido o teor de carbono
dele.
Os objetivos específicos foram alcançados no decorrer da aula prática devido ao uso,
por parte dos alunos, dos equipamentos e pelas explicaçoes que eram dadas pelos monitores
durante toda a prática.

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REFERÊNCIAS
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520:
informação e documentação: citações em documentos. [S.l.], 2002. Rio de
Janeiro. 7 p.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10719:


informação e documentação: relatório técnico e/ou científico. [S.l.], 2011. Rio
de Janeiro. 11 p.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. NBR 6023:


informação e documentação: referências. [S.l.], 2012. Rio de Janeiro. 68 p.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. NBR 6027:


informação e documentação: sumário. [S.l.], 2018. Rio de Janeiro. 3 p.

CALLISTER, W. D. Ciência e Engenharia dos Materiais, 7ª edição. [S.l.]: John


Wiley & Sons, 2007.

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5 ANEXO 1

Figura 7: Formulário página 1

16
Figura 8: Formulário página 2

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