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Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Centro de Engenharias e Ciências Exatas

Curso de Bacharelado em Engenharia Mecânica

Cálculo I

TRABALHO DE SEQUÊNCIAS, SÉRIES E

SÉRIES DE POTÊNCIA

Aluno: RA:

Henrique Soldi Thomas 173108

Foz do Iguaçu, 29 de Julho


HENRIQUE SOLDI THOMAS

TRABALHO DE SEQUÊNCIAS, SÉRIES E SÉRIES DE POTÊNCIA

Trabalho apresentado como parte dos requi-

sitos para aprovação na disciplina Cálculo I,

do curso de Engenharia Mecânica da Univer-

sidade Estadual do Oeste do Paraná (Unio-

este), Campus de Foz do Iguaçu.

Professora: Katiane Pereira da Conceição.

Foz do Iguaçu 2023

1
SUMÁRIO

1 SEQUÊNCIAS 3

2 SÉRIES 6
2.1 P-SÉRIES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

2.2 SÉRIES GEOMÉTRICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

2.3 TESTE DA DIVERGÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

2.4 TESTE DA COMPARAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

2.5 COMPARAÇÃO NO LIMITE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

2.6 TESTE DA RAZÃO E DA RAÍZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

2.7 TESTE DA INTEGRAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2.8 SÉRIES ALTERNADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

2.8.1 CONVERGÊNCIA ABSOLUTA E CONDICIONAL . . . . . . . . 26

3 SÉRIES DE POTÊNCIA 28
3.1 RAIO E INTERVALO DE CONVERGÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . 30

3.2 SÉRIE DE TAYLOR E MACLAURIN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

3.2.1 SÉRIE DE TAYLOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

3.2.2 SÉRIE DE MACLAURIN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 34
1 SEQUÊNCIAS

Para a matemática, sequências são relativamente frequêntes. Nela pode ser conside-

rado, por exemplo, os números

(1, 2, 3, 4, 5)
formam consigo o que é chamado uma sequências nitas pois a sequência chega a um
m. Porém, existem as sequências que não tem m, já elas são chamas de sequências

innitas. Como por exemplo:

 
1 2 3 4
, , , ... (1)
3 5 7 9
Repare que em (1) é representado como uma sequência innita quando existe os 3

pontos ao nal dela. Como o intuito desse tópico é apresentar as sequências innitas,

denotarei como "sequência"para um conjunto de sequências innitas.

Para uma denição formal podemos denotá-los com a seguinte denição.

Denição

 Sequência é uma função cujo domínio é o conjunto 1, 2, 3, ..., n, ... de todos os

números inteiros positivos. (LEITHOLD, 1982)

Denomina-se, também, a chamada lei de formação que são funções para uma deter-
minada sequência. Dado no seguinte exemplo...

Ex. 1:

{2, 4, 6, 8, ..., an = 2n}

Lei de Formação = an = 2n

Ex. 2:
 
1 2 3 n
, , , ..., an =
2 3 4 n+1
n
Lei de Formação = an =
n+1
Perceba que caso o fator n for como f (n), a sequência poderá ser denotada no conjunto
dos inteiros de pares positivos que será ordenado na forma (n, f (n)).
A notação {f (n)} pode ser empregada para representar uma sequência, considerando

que o domínio é constante ao longo dela. Por conseguinte, é possível denotar a sequência

3
(1) como {n/2n + 1}. Além disso, também se utiliza a notação com subscrito an para

representar a sequência na qual (n, f (n)) é igual a an .


Vamos agora representar em um eixo horizontal os pontos correspondentes aos ele-

mentos sucessivos de uma sequência.

1 2 3 45 1
3 5 7 911 2

f (n)
O

Figura 1: Fonte: elaboração própria.

Isso foi feito no gráco 1 para a sequência (1), que é {n/2n + 1}. Observamos que os

1
elementos sucessivos da sequência estão cada vez mais próximos de , embora nenhum
2
1
deles assuma o valor exato de . Intuitivamente, podemos perceber que é possível obter
2
1
um elemento da sequência tão próximo de quanto desejarmos, desde que o número de
2

elementos seja grande o suciente.

n
Em outras palavras, | 2n+1 − 21 | pode se tornar menor que qualquer número positivo ϵ,
desde que n seja sucientemente grande. É por isso que dizemos que o limite da sequência

n 1
2n+1
é . Em geral, se houver um número L tal que
2
an − L seja arbitrariamente pequeno

para n sucientemente grande, dizemos que a sequência an tem o limite L. A seguir,

apresentamos a denição precisa de limite de uma sequência.

Denição

A sequência {an } tem o limite L se para quelquer ϵ>0 existir um número N > 0,
tal que se n for um inteiro e se n > N , então an −L < ϵ e escrevemos limn→+∞ an =
L (LEITHOLD, 1982)

Depois de entendermos a existência de sequências innitas e da existência de limites,

seguimos com alguns exemplos.

Ex. 1.2

{2, 4, 8, ..., an = 2n, ...}


lim 2n = ∞
n→+∞

4
Ex. 2.2 Ex. 4
1 √
, 2 , 3 , ..., an =
2 3 4
n
n+1 an = n−3
2n+2

n n2 − 3
1
lim = lim
n→+∞ n+1 n→+∞ 2n + 2

n 1
n2
lim = n n
− n3
n→+∞ n
+ 1 lim
n n n→+∞ 2 + n2
1 1
lim 1 =1 lim =∞
n→+∞ 1+ n n→+∞ 2n 2
1

(LEITHOLD, 1982) (LEITHOLD, 1982)

Ex. 5

1
sin( n )
an = 1
Ex. 3 n

n2 +9
an = n+3 sin( n1 )
lim = 1
n→+∞
n
n2 + 9
lim
n→+∞ n + 3 n → ∞, x → 0
n + n9 sin(x)
lim =∞ lim = =1
n→+∞ 1 + 3 x→0 x
n

(LEITHOLD, 1982) (LEITHOLD, 1982)

Em alguns casos, as leis de formação também podem ser aprocimadas por funções

fundamentais. . .

1
ln(n) ln(n)
an = → lim → lim x = 0
n n→+∞ n x→+∞ 1

Além de que, existem casos que as sequências não podem ser aproximadas por funções.

1 1 1
an = → lim ̸= lim
n! n→+∞ n! x→+∞ x!

Essa sequência deve ser inspecionada pela normalização padrão, não é possível utilizar

das mesmas técnicas citadas anteriormente.

1 1
lim = lim =0
n→+∞ n! n→+∞ ∞

5
2 SÉRIES

Imagine que você está em uma maratona e a distância total a ser percorrida é de 10

quilômetros. Agora, divida essa distância em segmentos menores. No primeiro quilômetro,

você faz uma pausa e descansa um pouco. Em seguida, você continua correndo e divide

o segundo quilômetro em dois segmentos de meio quilômetro cada. Agora, você tem três

segmentos: um de 1 quilômetro, dois de meio quilômetro. A cada quilômetro percorrido,

você faz uma pausa e divide o segmento seguinte ao meio.

Esse processo continua indenidamente, dividindo cada segmento ao meio após correr

uma determinada distância. Agora, a pergunta é: qual é a distância total percorrida ao

nal dessa maratona innita? Podemos considerar que a soma dos segmentos percorridos

é a soma innita. Isso pode ser denotado como a seguinte expressão.

1 1 1 1 1
S =1+ + + + + ... + n−1 + ... (2)
2 4 8 16 2
Se pensarmos nessa analogia, podemos notar que, mesmo correndo innitos segmentos

menores, a distância total percorrida ainda é limitada a 10 quilômetros. Embora tenhamos

divisões innitas, a soma innita (2) desses segmentos resulta em um valor nito, que é a

distância total da maratona.

O estudo do Cálculo inclui uma importante abordagem sobre a representação de fun-

ções como "somas innitas". Isso implica em estender a operação de adição, que nor-

malmente é aplicada a conjuntos nitos de números, para conjuntos innitos. Para isso,

utilizamos o conceito de limite por meio de sequências.

Vamos associar a sequência

a1 , a2 , a3 , ..., an , ...
a uma "soma innita"representada por

sn = a1 + a2 + a3 + ... + an + ...

A sequência {sn } obtida dessa maneira da sequência {an } é chamada de série innita.

6
Denição

Se {sn } for uma sequência e sn = a1 + a2 + a3 + ... + an + ... então a sequência {sn }
será chamada de série innita a qual é denotada por
P∞
n=1 an = a1 + a2 + a3 + ... + an + ...
Os números a1 , a2 , a3 , ..., an , ... são chamados de termos da série innita. Os

números s1 , s2 , s3 , ..., sn , ... são chamados de somas parciais da série innita.


(LEITHOLD, 1982)

Depois dessa explicação, podemos nos impor à um exemplo.

Ex. 6
P+∞ 1
Dada a série innita n=1 n(n+1) . Determine os quatro primeiros elementos da

sequência das somas parciais {sn }.

2 1
s3 = +
3 3×4
s 1 = a1
3
1 s3 =
s1 = 4
2

s 4 = s 3 + a4
s 2 = s 1 + a2
3 1
1 1 s4 = +
s2 = + 4 4×5
2 2×3 4
2 s4 =
s2 = 5
3
(STEWART, 2001)

s 3 = s 2 + a3

Esse método só é possível resolver alguns casos de soma de séries para obter a expressão

para {sn }. Por isso deve ser imposto uma nova denição.

P+∞
Seja n=1 un uma da série innita, e seja {sn } a sequência das somas parciais que

denem a série. Então se limn→+∞sn existir e for igual a S, dizemos que a série será

convergente, sendo S a soma da série innita dada. Se limn→+∞sn não existir, a

série será divergente e não terá uma soma. (LEITHOLD, 1982)

7
Basicamente, uma série innita é considerada convergente se e somente se a sequência

das somas parciais correspondentes também for convergente. Quando uma série innita

tem uma soma S, dizemos que a série converge para S. É importante notar que a soma

de uma série convergente é o limite de uma sequência de somas parciais e não é obtida

através da adição convencional.

+∞
X
an
n=1

O símbolo é usado para representar tanto a série quanto sua soma, e o contexto em

que ele é utilizado geralmente esclarece sua interpretação correta, evitando confusão.

Ex. 7

Determine a série innita que tem a sequinte sequência de somas parciais:

 
1
{sn } =
2n

un = sn = sn−1
1 1
un = −
2n 2n−1
1
un = −
2n
+∞
1 X 1

2 n=2 2n

1
lim sn = lim =0
n→+∞ n→+∞ 2n

(STEWART, 2001)

2.1 P-SÉRIES

As p-séries são uma classe de séries matemáticas que são estudadas na área da análise

de séries numéricas. Uma p-série é denida como uma série da forma:

+∞
X 1
n=1
np

onde p é um número real positivo.

8
O nome "p-série"vem do fato de que a letra "p"é usada para denotar o expoente na

expressão acima. Por exemplo, se p = 2, temos a série harmônica, que é uma p-série
especial.
A convergência das p-séries depende do valor de p. Quando p é maior do que 1, a

série converge, ou seja, a soma dos termos da série é um valor nito. Por exemplo, a série

harmônica com p=2

+∞
X 1
n=1
n2

é uma série convergente.


Por outro lado, quando p é menor ou igual a 1, a série diverge, o que signica que a

soma dos termos da série é innita. Por exemplo, a série harmônica com p=1

+∞
X 1
n=1
n1

é uma série divergente.


Outros exemplos...

Ex. 8 Ex. 10
P+∞ 1
P+∞
√1
n=1 n n=1 n

1
p=1 Diverge p= Diverge
2

(THOMAS et al., 2012) (THOMAS et al., 2012)

Ex. 9 Ex. 11
P+∞ 1
P+∞ 1
n=1 n3 n=1 n1,2

p=3 Converge p = 1, 2 Converge

(THOMAS et al., 2012) (THOMAS et al., 2012)

9
Ex. 12 Ex. 13
P+∞ 1
P+∞ 1
n=1 −3 n=1 nπ

p = −3 Diverge p=π Converge

(THOMAS et al., 2012) (THOMAS et al., 2012)

2.2 SÉRIES GEOMÉTRICAS

Uma série geométrica é uma sequência de números em que cada termo é obtido mul-

tiplicando o termo anterior por uma constante chamada de razão. Essa constante é

denotada por "r".

A forma geral de uma série geométrica é dada por:

a + ar + ar2 + a × r3 + ...

Nessa fórmula, "a"representa o primeiro termo da série e "r"é a razão com a qual cada

termo subsequente é obtido.

Por exemplo, considere a série geométrica:

2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ...

Nesse caso, o primeiro termo "a"é 2 e a razão "r"é 2, pois cada termo é obtido multi-

plicando o termo anterior por 2. Portanto, a série pode ser expressa como:

2 + 22 + 222 + 2 × 23 + ...

A fórmula geral para a soma de uma série geométrica nita é dada por:


X
rn
n=0

Aqui, se −1 < r < 1, então a sequência Converge


E, se r≥1 ou r ≤ −1, então a sequência Diverge

10
Exemplos:

Ex. 14 Ex. 17
P+∞ P+∞ 5
n=0 1n n=0 3n

1
p=1 Diverge p= Converge
3

(LEITHOLD, 1982) (LEITHOLD, 1982)

Ex. 15 Ex. 18

P+∞ 1
P+∞ (−2)n
n=0 2n n=0 5n

1 2
p= Converge p=− Converge
2 5

(LEITHOLD, 1982) (LEITHOLD, 1982)

Ex. 16 Ex. 19

P+∞ 2 n
 P+∞ (−3)n−1
n=0 3 n=0 π n+2

2 3
p= Converge p=− Converge
3 π

(LEITHOLD, 1982) (LEITHOLD, 1982)

2.3 TESTE DA DIVERGÊNCIA

O teste da divergência é um critério utilizado para determinar se uma série innita

converge ou diverge. O teste arma o seguinte: Se a sequência dos termos de uma série

não tende a zero quando n tende ao innito, então a série diverge.

Em outras palavras, se o limite dos termos individuais da série não é igual a zero, a

série não converge.

Para aplicar o teste da divergência, é necessário calcular o limite dos termos da série

à medida que n se aproxima do innito. Se esse limite for diferente de zero, a série é

considerada divergente. Ou seja:

11
Se

lim an ̸= 0
n→∞

an Diverge
P
então

Fora isso, ele não converge


Exemplos:

Ex. 20 Ex. 22
P+∞ P+∞ 1
n=1 2n n=1 n

1
lim 2n = ∞ lim =0 Não converge
n→∞ n→∞ n

̸= 0 Diverge (GUIDORIZZI, 2004)

(GUIDORIZZI, 2004)
Ex. 23
P+∞ 1
n=1 2n
Ex. 21
P+∞ n
n=1 n+1 1
lim =0 Não converge
n→∞ 2n

n 1
lim = = 1 ̸= 0 Diverge
n→∞ n+1 1 (GUIDORIZZI, 2004)

(GUIDORIZZI, 2004)

2.4 TESTE DA COMPARAÇÃO

O teste de comparação de séries, também conhecido como teste de convergência, é uma

técnica utilizada na análise de séries numéricas para determinar se a série é convergente

(ou seja, se ela possui um valor limite) ou divergente (se ela não possui um valor limite).

O teste de comparação revela que alguns somatórios que se parecem com uma série

geométrica, porém elas não se identicam como uma.

A partir daqui, ja é possível identicar que


X 1
n=0
3n

12
ou
∞  n
X 1
Converge
h=0
3

Porém existe casos como (3):

Caso 1:

X 1
(3)
n=0
3n +1

(3) não tem relação com o conteúdo de série geométrica discutida anteriormente. Por

isso, realiza-se o teste da comparação. Conra esse outro caso para salientar o escla-

recimento.

Caso 2: Já sabemos que,



X 1
Converge
n=1
n3
agora

X 2
n=1
3n3 +1

compara-se com a série que estamos querendo analisar com a série que sabemos que é

convergente. Utiliza-se sinais de maior (>) e menor (<) para tal feito. A escolha do sinal

não altera no resultado nal pois, o importante será na análise nal da conta quando o

resultado for verdadeiro ou falso, ou seja, supõe-se que o sinal seja de tal forma. Conra

a continuação do caso anterior com o caso 1:

1 1
< n
3n +1 3
3n < 3n + 1

Então de fato a suposição está correta, pois são dois números iguais e positivos. A

única diferença é na soma de um no outro termo.

Caso a suposição estivesse errada, a única mudança que deveria ser feita seria na

mudança do sinal.

Depois, é possível chegar ao estudo do caso, que pode ser descrito da seguinte maneira:

1 1
< n
3n +1 3
∞ ∞
X 1 X 1
<
n=0
3n + 1 n=0 3n

13
Converge < Converge

Repare que, a série só é dita como convergente pois não existe caso possível que ela

não seja convergente a partir do momento em que a série em que nós sabemos que é

convergente é maior que a série que queremos saber.

Passo-a-passo

P∞ 2
Exemplo: n=1 3n3 +1

Passo 1: Analisar a série parecida:



X 1
; série p = 3 → Converge
n=1
n3

Passo 2: Comparar as duas séries (> ou <):

2 1
<
3n3 + 1 n3

2n3 < 3n3 + 1 → Suposição Correta

Passo 3: Estudar o caso:


2 1
<
3n3 + 1 n3
∞ ∞
X 2 X 1
< (Converge)
n=1
3n3 + 1 n=1 n3

Dito isso, é possível fazer algumas considerações:

ˆ convergente e an ≤ bn . an converge;
P P
Se bn for Então

ˆ divergente e an ≥ bn . an diverge.
P P
Se bn for Então

2.5 COMPARAÇÃO NO LIMITE

Existem exemplos que não é possível utilizar o teste da comparação. Por exemplo,

digamos que uma série que é exposta te induz a concluir que ela é convergente, como no

caso abaixo:


X 1
n=1
2n + 3

14
Repare que ela tem uma similaridade com a série harmônica. . .


X 1
→ Diverge
n=1
n

Então, é conveniente induzir que a série inicial se diverge também, porém caso seja

feito o teste de comparação

1 1
>
2N + 3 n
n ≯ 2n + 3

é reparado que, essa armação não é verdadeira, pois n ser maior que 2n + 3 não

tem o menor cabimento. Então, se você induzir que ela converge, veja que caso isso seja

aplicado, não é possível determinar que isso seja verdadeiro.

∞ ∞
X 1 X1

n=1
2n + 3 n=1 n

Isso implica que ela não converge, nem diverge!


Nesse tipo de problema, será necessário utilizar um método mais sosticado, chamado

comparação no limite.
A comparação é o seguinte: denota-se as séries em duas variáveis an e bn . Depois,

calcula-se o seguinte limite.


an Converge

se...
lim=k>0 (4)
n→∞ bn 
Diverge se...

Repare no nosso exemplo inicial,

∞ ∞
X 1 X 1
n=1
2n + 3 n=1
n

1 1
an = bn =
2n + 3 n
an
lim
n→∞ bn

1
2n+3
lim 1
n→∞
n

15
n
n
lim = lim 2n n 3
n→∞ 2n + 3 n→∞ +
n n
1 1
lim 3 = >0
n→∞ 1 +
n
2

∞ ∞
X X 1 X 1
an = é o que é:
n=1
2n + 3 n=1
n
P∞ 1
Como n=1 n é uma série harmônica,


X 1
Diverge
n=1
2n + 3

Passo-a-passo

P∞ 1
Exemplo: n=1 3n −1

Passo 1: Suposição
P∞ 1
Supõe-se que ela se converge, pois se parece com n=1 3n , que

é convergente.

Passo 2: Comparar com as duas séries (> ou <)

1 1
n
< n
3 3

3n ≮ 3n − 1 Caso é falho...

Passo 3: Tentar a comparação no limite:


∞ ∞
X 1 X 1
n
3 −1 3n
n=1 n=1
1 1
an = bn =
3n −1 3n

1
an 3n
−1 3n
lim = lim 1 = lim
n→∞ bn n→∞ n→∞ 3n − 1
3n

3n
3n 1
lim n = lim =1>0
n→∞ 3n − 1 n→∞ 1 − 1n
3 3n 3

convergente
P∞ 1
Conclui-se que n=1 3n −1 é

Existem casos que a comparação não será tão fácil de se comparar ( Passo 2 ), tais

16
casos são chamados de séries com comparação não muito evidente.


X 2n − 1
n=1
3n2 + 1
P∞ 1
Caso ela seja comparada com n=1 n2

Como os somatórios e subtrações são irrelevantes no mundo dos innitos, a expressão

toma outra forma,

2n − 1 n 1
→ =
3n2 + 1 n2 n
P∞ 1
a comparação certa a se fazer seria n=1 n .

2.6 TESTE DA RAZÃO E DA RAÍZ

O teste da razão e o teste da raiz são dois critérios utilizados para determinar a

convergência ou divergência de uma série numérica innita. Esses testes são amplamente

empregados no estudo de séries numéricas.

O teste da razão é baseado na comparação do quociente entre dois termos consecutivos

da série. Se esse quociente, chamado de razão, converge para um valor nito à medida

que a série progride, então o teste da razão indica que a série é convergente. Por outro

lado, se o quociente não converge para um valor nito, a série é considerada divergente.

Matematicamente, o teste da razão é representado da seguinte forma:

Denição
P
Seja a série innita (an ), onde an é o termo geral da série. Se existir um número

an+1
real L tal que, para n sucientemente grande, o limite da razão
an
(conhecida

como razão das parcelas) for igual a L, então:

ˆ Se L < 1, a série é convergente;

ˆ Se L > 1, a série é divergente;

ˆ Se L = 1, o teste é inconclusivo.

O teste da raíz é similar ao teste da razão, porém é baseado no cálculo do limite da

raiz n-ésima do módulo dos termos da série.

17
Denição
P
Seja a série innita (an ), onde an é o termo geral da série. Se existir um número

real L tal que, para n sucientemente grande, o limite da raíz n-ésimado módulo

de an for igual a L, então:

ˆ Se L < 1, a série é convergente;

ˆ Se L > 1, a série é divergente;

ˆ Se L = 1, o teste é inconclusivo.

Seguimos com exemplos para o teste da razão:

Ex. 24
P∞ (−2)n
n=1 n2
(−2)n (−2)n+1
an = an+1 =
n2 (n + 1)2

an+1 (−2)n+1 n2
= ×
an (n + 1)2 (−2)n
an+1 (−2)n2
=
an (n + 1)2

−2n2
lim = |−2|
n→∞ (n + 1)2
|−2| = 2

Conclui-se que, se o lim > 1, então ele diverge.


(STEWART, 2001)

Ex. 25
P∞ n!
n=1 2n
n! (n + 1)!
an = an+1 =
2n 2n+1
Continua na próxima página...

18
an+1 (n + 1)! 2n
= ×
an 2n+1 n!
an+1 (n + 1) × n!
=
an 2n!

n+1
lim = |∞|
n→∞ 2
|∞| = ∞

Conclui-se que, se o lim > 1, então ele diverge.


(STEWART, 2001)

Ex. 26
P∞ (−3)n
n=1 (2n+1)!
(−3)n (−3)n+1
an = an+1 =
(2n + 1)! (2(n + 1) + 1)!
an+1 −3
=
an (2n + 3)(2n + 2)

−3
lim = |0|
n→∞ (2n + 3)(2n + 2)
|0| = 0

Conclui-se que, se o lim < 1, então ele converge.


(STEWART, 2001)

Ex. 27
P∞ (2n)!
n=1 (n!)2
(2n)! 2n + 2
an = an+1 =
(n!)2 ((n + 1)!)2
an+1 (2n + 2)(2n + 1)
=
an (n + 1)(n + 1)

(2n + 2)(2n + 1) 2×2


lim =
n→∞ (n + 1)(n + 1) 1×1
|4| = 4
Continua na próxima página...

19
Conclui-se que, se o lim > 1, então ele diverge.
(STEWART, 2001)

Agora seguindo com exemplos de testes da raíz:

Ex. 28
P∞ −n n
n=1 ( 5n−4 )
p
n −n
|an | =
5n − 4

−n 1
lim = −
n→∞ 5n − 4 5
1 1
− =
5 5

Conclui-se que, se o lim < 1, então ele converge.


(STEWART, 2001)

Ex. 29
P∞
n=1 nn
p
n
|an | = |n|

lim |n| = |∞|


n→∞

|∞| = ∞

Conclui-se que, se o lim > 1, então ele diverge.


(STEWART, 2001)

2.7 TESTE DA INTEGRAL

O teste da integral é um critério utilizado para determinar a convergência ou diver-

gência de uma série numérica. Especicamente, esse teste é aplicado a séries de termos

não negativos, ou seja, todas as parcelas da série devem ser não negativas.

O teste da integral arma o seguinte:

20
Denição

Seja {an } uma sequência decrescente de termos não negativos. Se a função f (x) =
P
an é contínua, decrescente e positiva para x ≥ 1, então a série an converge se e
R
somente se a integral f (x) dx converge.

Além de resolver problemas que os outros testes não são convenientes de resolver, o

teste da integral pode ser escolhido por os seguintes motivos:

ˆ É possível trocar as séries que são nesse formato por funções em x,pois nenhum

desses modelos existe algum n fatorial que atrapalhe nisso. Isso pode ser feito pelo

resultado da derivada das potências que estão na série;

ˆ Por essa derivação acaba que o método de cálculo dessas séries se torna mais con-

veniente.


2 2
X
n × en → xex → (x2 )′ = 2x
n=1
∞ 1 1
X en ex 1 1
→ → ( )′ = − 2
n=1
n2 x2 x x

X 1 1 1 1
→ × → (ln(x))′ =
n=1
n × ln(n) x ln(x) x

Isso tende a funcionar em praticamente todos os casos, seguindo o passo-a-passo

abaixo:

Passo-a-passo

P∞ 2
Exemplo: n=1 n × e−n
Passo 1: Comparar a série com uma integral

Z ∞
2
xe−x dx
1

Passo 2: Vericar se é uma integral imprópria


Z b 
−x2
lim xe dx
b→∞ 1

Passo 3: Mostrar que podes aplicar o teste

21
2
1. Mostrar que xe−x é positivo para x ∈ [1, ∞[;

x → Positivo

2
e−x → Sempre Positivo

Logo:

2
xe−x → Positivo

2
2. Mostrar que limx→∞ xe−x = 0

x 1
lim 2 = lim 2 = 0
x→∞ ex x→∞ 2xex

Rb 2
3. Resolver a integral:
1
xe−x dx

a = −x2 da = −2xdx

Z b Z b
−x2 da
xe dx = ea (− )
1 1 2
Z b
1 1
− ea = − ea
2 1 2

b
1 2
− ex
2 1

1 1
b 2 +
2e 2e

Passo 4: Substituir no limite de integração imprópria


Z b   
−x2 1 1 1
lim xe dx = lim b 2 + =
b→∞ 1 b→∞ 2e 2e 2e

Passo 5: Concluir
Z ∞
2 1
xe−x dx → Converge para
1 2e

22
.

2
X
n × e−n → Converge!
n=1

Então 

R∞
Converge se f (x) dx convergir

b
X
an R∞
f (x) dx

Diverge
n=b se divergir
b

Ex. 30

P∞ 1
en
n=4 n2

1 1
!
Z ∞ Z b
ex ex
dx = lim dx
4 x2 b→∞ 4 x2

1
ex
1. Mostrar que
x2
é positivo para x ∈ [4, ∞[:

1
ex → Sempre Positivo

x2 → Sempre Positivo

Logo:
1
ex
→ Sempre Positivo
x2

1
ex
2. Mostrar que limx→∞ x2
= 0:

1
lim =0
x→∞ x2

3. Resolver a integral:
Z b 1
ex
dx
x2
4
Continua na próxima página...

23
1 1
a= → da = − 2 dx
x x
Z b 1 Z b
ex
2
dx = ea (−da)
4 x 4
b
1
a
−e = −e x

4
h 1i h 1i 1 1
−e b − −e 4 = −e b + e 4

4. Substituir no limite de integração imprópria:

1
!
Z b
ex 1 1 1
lim dx = lim −e b + e 4 = −1 + e 4
b→∞ 4 x2 b→∞

∞ 1
X en
Converge
n=4
n2
Z b 1
ex
dx → Converge
4 x2

(GUIDORIZZI, 2004)

2.8 SÉRIES ALTERNADAS

Uma série alternada é um tipo especíco de série numérica que consiste em termos

alternadamente positivos e negativos. Em outras palavras, os termos da série alternada

alternam entre valores positivos e negativos à medida que a série progride.

Uma série alternada pode ser representada na forma geral:

S = a − b + c − d + e − f + ...
Onde a, b, c, d, e, f , ... são termos da série e os sinais positivo (+) e negativo (−) se

alternam.

Um exemplo comum de uma série alternada é a série alternada de Leibniz, que é dada

pela fórmula:

S = 1 − 21 + 13 − 14 + 15 − 16 + ...
Nessa série, os termos alternam entre adição e subtração, sendo que cada termo é o

inverso do número natural correspondente.

Para descobrir a convergência pelo teste da série alternada, utiliza-se as seguintes

24
condições:

Dado

X
(−1)n × bn , se
n=a

1. bn for decrescente

2. limn→∞ bn = 0

Se for atendido essas condições, a série será convergente.


Exemplo:

Ex. 31
P∞ (−1)n
Verique a série n=1 .
n

1
bn =
n
bn+1 < bn
1 1
<
n+1 n
n<n+1

bn é decrescente
1
lim =0
n→∞ n


(−1)n 1.bn decrescente
X 

n 
2.lim = 0
n=1

Logo, a série é convergente.


(THOMAS et al., 2012)

25
Ex. 32
P∞ n+1 n2 +3
Verique a série n=1 (−1) n3 +n
.

n2 + 3
bn =
n3 + n
dbn
<0
dn
dbn [n2 + 3] [n3 + n] − [n2 + 3] [n3 + n]
=
dn [n3 + n]2
dbn 2n [n3 + n] − [n2 + 3] [3n2 + 1]
=
dn [n3 + n]2
dbn [n4 + 8n2 + 3]
=−
dn [n3 + n]2
[n4 + 8n2 + 3] Negativo
− =
[n3 + n]2 Positivo

bn é decrescente
n2 3
n2 + 3 n2
+ n2
lim 3 = lim n3 n
n→∞ n + n n→∞ +
n2 n2

1 + n32 1
lim 1 = lim = 0
n→∞ n + 2 n→∞ n
n

∞ 2 bn decrescente

n+1 n + 3
X
(−1)
n=1
n3 + n lim = 0

Logo, a série é convergente.


(GUIDORIZZI, 2004)

2.8.1 CONVERGÊNCIA ABSOLUTA E CONDICIONAL

A convergência absoluta é uma série numérica é dita convergir absolutamente se a

soma dos valores absolutos dos termos da série é nita. Em outras palavras, se a série dos

valores absolutos dos termos converge. Uma série convergente absolutamente também é

convergente. A convergência absoluta é uma propriedade mais forte, pois implica que a

série converge independentemente da ordem em que os termos são somados.

A convergência condicional é uma série numérica é dita convergir condicionalmente se

a série é convergente, mas não é absolutamente convergente. Isso signica que a soma dos

termos da série é nita, mas a série dos valores absolutos dos termos diverge. Em outras

26
palavras, a convergência da série depende da ordem em que os termos são somados. A

convergência condicional ocorre quando a alternância dos termos positivos e negativos na

série resulta em uma compensação que faz com que a série como um todo convirja.

Seja,


X (−1)n
n=1
n

Absolutamente. . .


X (−1)n
→ converge
n=1
n

Condicionalmente. . .


X (−1)n
→ converge
n=1
n

Tomando essa série como exemplo:

Ex. 33

∞ ∞
X (−1)n X |(−1)n |
=
n=1
n n=1
|n|

X 1
→ divergente
n=1
n

Ela não converge absolutamente, porém vimos no 2.8 que essa série converge con-

dicionalmente.

(GUIDORIZZI, 2004)

Ex. 34
P∞ n+1 n2 +3
Verique se a série n=1 (−1) ( n3 +n ) converge absolutamente, ou condicional-
mente ou diverge.

∞ ∞
n2 + 3 n2 + 3
X   X
n+1
(−1) = (−1)n+1 ×
n=1
n3 + n n=1
n3 + n
∞  2 
X n +3
n3 + n
Continua na próxima página...
n=1

27
n2 + 3 n2
 
1
n→∞ =
n3 + n n3 n
Comparação no limite com :
P∞ 1
n=1 n

n2 +3
!
n3 + 3n
 
n3 +n
lim 1 = lim = 1 ̸= 0
n→∞
n
n→∞ n3 + n

Se ela é diferente de 0 no limite, o resultado é o oposto da comparação da série,

então ela diverge.


Vimos no Ex. 32 que essa série converge condicionalmente.

(GUIDORIZZI, 2004)

3 SÉRIES DE POTÊNCIA

Uma série de potência é uma representação de uma função como uma soma innita de

termos, onde cada termo é uma potência de uma variável multiplicada por um coeciente.

A forma geral de uma série de potência é dada por:

f (x) = a0 + a1 (x − c) + a2 (x − c)2 + a3 (x − c)3 + ...


Onde:

ˆ f (x) é a função;

ˆ x é a variável independente.

ˆ c é o ponto central da expansão (ponto de referência).

ˆ a0 , a1 , a2 , a3 , ... são os coecientes da série.

Uma série de potência é uma maneira de aproximar funções complicadas por meio de

funções polinomiais mais simples. A convergência da série de potência depende do valor de

x em relação ao ponto de referência c e da função especíca que está sendo representada.

Em alguns casos, a série de potência pode convergir para a função original em todo o seu

domínio, enquanto em outros casos, pode convergir apenas para um subconjunto limitado

do domínio.

28
Uma denição formal para isso é:

Denição

Uma série de potências em x − a é uma série da forma


c0 + c1 (x − a) + c2 (x − a)2 + ... + cn (x − a)n + ... (LEITHOLD, 1982)

Como demonstração, segue uma série geométrica


X
xn
n=0

Ela pode ser igualada a uma soma innitesimal de polinômios


X 1
xn = 1 + x + x2 + x3 + ... + xn + ... =
n=0
1−x
1
Perceba que, como
1−x
pode ser interpretado como uma função f (x), a série também

pode. Vide a representação.


1 X
f (x) = = xn
1 − x n=0

Exemplos:

Ex. 35 Ex. 36

1 x
f (x) = 1−x2
f (x) = 1−x2

∞ 1
f (x) = x ×
X
f (x) = (x2 )n 1 − x2
n=0 X∞
X∞
=x× x2n
= x2n n=0
n=0 ∞
X
= x2n+1
n=0

(STEWART, 2001) (STEWART, 2001)

29
Ex. 37 Ex. 38

1 5x
f (x) = 2−x2
f (x) = 8−x3

1 1
f (x) = 2 f (x) = 5x × 3
2 1 − x2 8 1 − x8
∞  n ∞  3 n
1 X x2 5x X x
= × = ×
2 n=0 2 8 n=0
8
∞ ∞
X x2n X 5x3n+1
= =
n=0
2n+1 n=0
8n+1

(STEWART, 2001) (STEWART, 2001)

3.1 RAIO E INTERVALO DE CONVERGÊNCIA

O raio de convergência é um conceito utilizado na análise de séries de potências. Dada

uma série de potências em torno de um ponto especíco, o raio de convergência é o valor

positivo R que representa a distância máxima entre o ponto de expansão da série e os

pontos da variável em que a série converge.

Em outras palavras, se uma série de potências é dada por:


X
an (x − c)n
n=0

Então o raio de convergência R é determinado de tal forma que a série converge para

valores de x que estão dentro do intervalo (c − R, c + R). Ou seja, a série converge para

todos os valores de x que estão dentro do intervalo aberto (c − R, c + R), excluindo os

extremos (c − R × e × c + R).
Exemplos:

Ex. 39
P∞ 1 n
n=1 n2n x
1 n 1
an = x an+1 = × xn+1
n2n (n + 1) × 2n+1
an+1 n × |x|
=
an (n + 1) × 2
n × |x| |x| |x|
lim = lim =
n→∞ (n + 1) × 2 n→∞ 2 2
Continua na próxima página...

30
|x|
<1 → |x| < 2 → −2 < x < 2
2
Intervalo de convergência deve estar entre −2 e 2.


X 1
x=2 n
2n
n=1
n×2


X 1
Diverge
n=1
n

∞ ∞
X 1 n
X 1
x = −2 (−2) = (−1)n × 2n
n=1
n × 2n n=1
n × 2n


∞ 1
(−1)n bn = n Decrescente
X 

n=1
n  lim = 0

Conlui-se que, essa série converge em −2 e diverge em 2.

−2 ≤ x < 2

(STEWART, 2001)

Ex. 40
P∞ xn
n=1 [n!]2
xn xn+1
an = an+1 =
[n!]2 [(n + 1)!]2
an+1 |x|
=
an (n + 1)2
|x|
lim =0
n→∞ (n + 1)2

Intervalo de convergência é qualquer valor de x.

−∞ < x < ∞

(STEWART, 2001)

31
3.2 SÉRIE DE TAYLOR E MACLAURIN

3.2.1 SÉRIE DE TAYLOR

A série de Taylor é um tipo de séries de potências utilizadas ara aproximar funções

por meio de polinômios. Essa séries são baseadas no desenvolvimento de uma função em

torno de um ponto especíco.

A série de Taylor é uma expansão de uma função em torno de um ponto arbitrário.

Ela é denida pela fórmula geral:

f ′ (a)×(x−a) f ′′ (a)×(x−a)2 f ′′′ (a)×(x−a)3 f n (a)×(x−a)n


f (x) = f (a) + 1!
+ 2!
+ 3!
+ ... + n!
+ ...
Nessa fórmula, f (x) representa a função que estamos aproximando, a é o ponto em

torno do qual estamos desenvolvendo a série, f ′ (a) é a primeira derivada da função no

ponto a, f ′′ (a) é a segunda derivada no ponto a e assim por diante. Exemplos:

Ex. 41

f (x) = sen(x), em torno de x=π

f ′ (x) = cos(x) → f ′ (π) = cos(π) = −1

f ′′ (x) = −sen(x) → f ′′ (π) = −sen(π) = 0

f ′′′ (x) = −cos(x) → f ′′′ (π) = −cos(π) = 1

f ′′′′ (x) = sen(x) → f ′′′ (π) = sen(π) = 0

f (π) = sen(π) = 0


2k + 1 → −1, 1

cn =
2k → 0

(−1)k
c2k+1 =
(2k + 1)!

X (−1)k
sen(x) = × (x − π)2k+1
k=0
(2k + 1)!

(STEWART, 2001)

A chave desse exemplo foi interpretar os valores e determinar um padrão neles, assim,

o resto tende a facilitar no andamento do raciocínio.

32
Ex. 42

f (x) = √1 , em torno de x=9


x

1
f (x) = x− 2
1 3
f ′ (x) = − × x− 2
2
3 5
f ′′ (x) = × x− 2
4
15 7
f ′′′ (x) = − × x− 2
6
(2n+1)
− 2
(2n + 1)! x (2n + 1)! × 3−(2n+1)
f n (x) = × n →
22n 2 × n! 22n × n!


X (2n + 1)! × 3−(2n+1)
1
√ = 2n
× (x − 9)n
x n=0 2 × n!

(STEWART, 2001)

3.2.2 SÉRIE DE MACLAURIN

A série de Maclaurin é um caso especial da série de Taylor, em que o ponto de desen-

volvimento é a = 0. Nesse caso, a fórmula geral da série de Maclaurin ca:

Na série de Maclaurin, os coecientes a0, a1, a2, a3, etc., são determinados pelas

derivadas da função em zero.

f ′ (0)x f ′′ (0)x2 f n (0)xn


f (x) = f (0) + 1!
+ 2!
+ ... + n!
Exemplo:

Ex. 43

2
f (x) = ex , em torno de 0

∞ ∞ ∞
x
X 1 n x2
X 1 2 n X 1 2
e = x → e = (x ) = xn
n=0
n! n=0
n! n=0
n!

2
f (x) = xex , em torno de 0


X 1 2n
f (x) = x × x
n!
Continua na próxima página...
n=0

33

X 1 2n+1
f (x) = x
n=0
n!

(LEITHOLD, 1982)

Ex. 44
P∞ f n (0)
ex = n=0 cn × x n ; cn = n!
, em torno de 0

f ′ (x) = ex → f ′ (0) = e0 = 1

f ′′ (x) = ex → f ′′ (0) = e0 = 1

f ′′′ (x) = ex → f ′′′ (0) = e0 = 1

...

f n (x) = ex → f n (0) = e0 = 1

f n (0)
cn =
n!
1
cn =
n!


x
X 1 n
e = x
n=0
n!

(STEWART, 2001)

REFERÊNCIAS
GUIDORIZZI. HL and Cálculo4. [S.l.]: LTC. 5ª edição, Vol 12, 2004.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analíticavol. II. [S.l.: s.n.], 1982.

STEWART, J. Cálculo, vol. 2, 6ª edição. [S.l.: s.n.], 2001.

THOMAS, G. et al. Cálculovolume 2. [S.l.]: Makron Books, São Paulo, 2012.

34

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