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Faustino Felisberto Malai

Series Numéricas
Licenciatura em Ensino de Matemática com habilitação em Estatística

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa – Lichinga
2021
2

Faustino Felisberto Malai

Series Numéricas
(Licenciatura em Ensino de Matemática com habilitação em Estatística)

Trabalho de Pesquisa de Análise Harmónica a ser


apresentado ao Departamento de Ciências,
Tecnologia, Engenharia e Matemática sobre
orientação de MCs: Vital Napapacha

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa – Lichinga
2021
3

Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 5

2. Definição ................................................................................................................... 6

Definição 1.1. Chama-se serie numérica real ao conjunto de duas sucessões de números
reais, (𝑎𝑛)𝑛 ∈ 𝑁 𝑒 (𝑆𝑛)𝑛 ∈ 𝑁, relacionadas do seguinte modo ...................................... 6

Definição 2.2. ................................................................................................................... 6

2.1. Série geométrica e série de Dirichlet ..................................................................... 7

Definição 2.1.1: ................................................................................................................ 7

Definição 2.1.2: ................................................................................................................ 8

Definição 2.1.3: ................................................................................................................ 8

2.1.1. Série geométrica ............................................................................................. 8

Definição 2.1.4: ................................................................................................................ 8

Teorema2.1: ...................................................................................................................... 8

2.1.1.1. Definição de série. Convergência. Propriedades gerais ................................. 8

..................................................................................... 12

Demonstração: ................................................................................................................ 13

2.1.2. Série de Dirichlet ............................................................................................. 13

2.2. Algumas propriedades das séries ......................................................................... 14

Teorema 2.2.1: ................................................................................................................ 14

Teorema 2.2.2: ................................................................................................................ 14

Teorema 2.2.3: ................................................................................................................ 14

2.3. Critério do termo geral para a divergência .......................................................... 14

Teorema 2.3.1: Condição necessária de convergência ................................................... 14

Corolário 2.3.2: Teste da divergência ou Critério do n.mo termo ................................... 14

Teste de comparação ...................................................................................................... 15

2.4. Série de termos não negativos: critérios de Cauchy e de D’ Alembert ............... 16

Teorema 2.4.1: Critério de Cauchy ou da Raiz .............................................................. 16


4

Teorema 2.4.3: Critério de D’Alembert ou da Razão..................................................... 16

2.5. Séries alternadas: Critério de Leibniz .................................................................. 17

Teorema 2.5.2: Critério de Leibniz ................................................................................ 17

Observação: para analisar se é decrescente (não crescente) nesse casso de:.................. 17

2.5.6. Séries absolutamente convergentes e séries simplesmente convergentes ............ 18

Teorema 5.6.1: Convergência Absoluta ......................................................................... 18

Definição 5.6.2 ............................................................................................................... 18

Definição 5.6.3: .............................................................................................................. 18

Exemplo 2.6.4:................................................................................................................ 18

2.6. Séries numéricas reias ......................................................................................... 18

Definição 2.6.1: Uma série diz-se telescópica ou de Mengoli se o seu termo geral e da
forma un − un + 1. ...................................................................................................... 18

3. Conclusão ................................................................................................................ 20

4. Referencias Bibliográficas ...................................................................................... 21


5

1. Introdução
O estudo sobre as series Numéricas será uma análise sobre quais as circunstâncias é
possível escrever e como escrever uma função com uma serie numérica, análise de
convergência e demostração da derivação e integração dessa series. De salientar que
podemos dizer que a série é a somatória de uma sequência numérica simples, a qual se
torna uma nova sequência. Uma sequência numérica. Chamamos de série numérica a
soma descrita da seguinte forma: ∑ 𝑛 = 1 + ∞ 𝑎 𝑛 = 𝑎 1 + 𝑎 2 + 𝑎 3 + …

Nesse meu trabalho vou mim preocupar em saber quando é que uma soma infinita de
números reais representa um número real. Em alguns casos particulares em que a resposta
e afirmativa é possível encontrar o número que a soma infinita representa. Nos casos em
que não e possível, ou conveniente, saber qual e esse número, partes finitas dessa soma
infinita podem servir para aproximar o valor desconhecido.
6

2. Definição

Definição 1.1. Chama-se serie numérica real ao conjunto de duas sucessões de números
reais, (𝑎𝑛 )𝑛 ∈ 𝑁 𝑒 (𝑆𝑛 )𝑛 ∈ 𝑁, relacionadas do seguinte modo
𝑆 𝑛 = 𝑎 1 + 𝑎2 + . . . + 𝑎𝑛 .

Ou, de forma equivalente,

𝑎𝑛 = 𝑆𝑛 − 𝑆𝑛−1

A sucessão (𝑎𝑛 )𝑛 ∈ 𝑁 diz-se sucessão geradora da serie, o termo de ordem n desta


sucessão diz-se termo geral da serie, os termos da sucessão geradora dizem-se termos da
serie e a sucessão (𝑆𝑛 )𝑛 ∈ 𝑁 diz-se sucessão de somas parciais. Da definição acima, é
claro que é indiferente fornecer a informação relativa á sucessão geradora ou á sucessão
das somas parciais — dada uma das sucessões ´e sempre possível encontrar a outra.

Exemplo 1. Considerando a sucessão definida por 𝑎𝑛 = 2𝑛 − 1 como sucessao geradora


de uma series numérica real, obtemos para sucessão de somas parciais a sucessão definida
por

𝑆𝑛 = 1 + 3 + . . . + (2𝑛 − 1) = 𝑛2 .

Se sabemos que a sucessão de somas parciais de uma serie numéricas real é definida por
Sn = 1−1/2n, então podemos encontrar o termo geral da serie fazendo

.
Definição 2.2. Dizemos que uma serie é convergente se a sucessão de somas parciais
tem limite finito. Caso contrário, dizemos que a série é divergente. Para as series
convergentes, definimos soma da serie, S, como o limite da sucessão de somas parciais
e escrevemos

Por abuso de notação, é frequente a utilização do somatório infinito da expressão (??)


mesmo antes de se ter feito o estudo da série. Isto é, sem se saber se o somatório representa
ou não um número real.
Caso as expressões estejam bem definidas, considera-se por vezes as sucessões com início
em zero em vez de um. E importante notar que, não sendo á inclusão de mais um termo
7

relevante para a determinação do carácter convergente ou divergente da série, esta


inclusão de mais um termo pode alterar o valor da soma da série.

Exemplo 2. Considere as series

1) e .
As sucessões de somas parciais destas series são as do exemplo anterior pelo que a serie
gerada por (𝑎𝑛 )𝑛 ∈ 𝑁 é tal que

lim 𝑆𝑛 = lim 𝑛2 = +∞
𝑛→∞ 𝑛→∞

ou seja, a série diverge.


No caso da série gerada por (𝑏𝑛 )𝑛 ∈ 𝑁 temos

ou seja, a série converge e a sua soma é 1.

Daqui se vê que 1) tem apenas significado formal enquanto


representa o número um.

Do que foi dito até aqui fica claro que para perceber e saber estudar séries numéricas é
indispensável conhecer bem as sucessões de números reais. Na secção seguinte são
apresentados alguns resultados sobre sucessões já estudados no ensino secundário.

2.1.Série geométrica e série de Dirichlet


Definição 2.1.1: Dada uma sucessão de números reais (𝑢𝑛 )𝑛 ∈ 𝐼𝑁 , Chama-se série de
números reais ou série numérica à soma infinita

+∞

𝑢1 + 𝑢2 + ⋯ + 𝑢𝑛 + ⋯ = ∑ 𝑢𝑛
𝑛=1

Os números 𝑢1 , 𝑢2 , "chamam-se termos da série numérica e o n.mo termo un é designado


por termo geral da série.
Para calcular, se possível, a série ∑+∞
𝑛=1 𝑢𝑛 vamos considerar a seguinte sucessão:

𝑆1 = 𝑢1

𝑆2 = 𝑢1+𝑢2

𝑆3 = 𝑢1+𝑢2+𝑢 3
8

𝑆 𝑛 = 𝑢 1 + 𝑢 2 + " + 𝑢𝑛 .

Definição 2.1.2: A sucessão (𝑆𝑛 )𝑛 ∈ 𝐼𝑁 chama-se sucessão de somas parciais ou


sucessão associada à série.

Definição 2.1.3:
Se a sucessão (𝑆𝑛 )𝑛 ∈ 𝐼𝑁 Converge para S , isto é, lim 𝑆𝑛 = 𝑆 ∈ 𝐼𝑅, diz-se que a série
𝑛→+∞
numérica ∑+∞
𝑛=1 𝑢𝑛 é

+∞

∑ 𝑢𝑛 = 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒, 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑜 𝑆.
𝑛=1

O número S é chamado soma da série.


Se a sucessão (𝑆𝑛 )𝑛 ∈ 𝐼𝑁 é divergente, isto é, lim 𝑆𝑛 não existe ou é infinito, diz-se
𝑛→+∞

que a série ∑+∞


𝑛=1 𝑢𝑛 é divergente.

Neste caso, a série não tem soma.

2.1.1. Série geométrica

Definição 2.1.4: Uma série geométrica de 1º termo a e de razão r é uma série numérica
da forma:
+∞

∑ 𝑎𝑟 𝑟 = 𝑎 + 𝑎𝑟 + 𝑎𝑟 2 , 𝑐𝑜𝑚 𝑎, 𝑟 ∈ 𝐼𝑅 \ { }0 .
𝑛=1

Teorema2.1: A série geométrica ∑+∞


𝑛=1 𝑎𝑟
𝑟−1
diverge se e só se

+∞
𝑎
|𝑟| ≥ 1, ≥ 1, e converge se e só se 𝑟 < 1, nesse caso, ∑ 𝑎𝑟 𝑟−1 = .
1−𝑟
𝑛=1

2.1.1.1.Definição de série. Convergência. Propriedades gerais


Definição 2.1.1.1 Seja an uma sucessão numérica. Chama-se série gerada por an à
sucessão Sn definida do modo seguinte:

S1 = a1

S2 = a1 + a2
9

S3 = a1 + a2 + a3

...
Sn = a1 + a2 + a3 + ··· + an

...
Para designar a série usa-se qualquer das notações:

Os números a1, a2, ..., chamam-se termos da série, an diz-se termo geral da série e
as somas S1, S2, ...chamam-se somas parciais.

Definição 2.1.1.2 A série Pan diz-se convergente se existir e for finito o limite

.
Se este limite não existir ou não for finito a série diz-se divergente.
No caso de convergência chama-se soma da série ao valor, S, do limite, isto é,

.
NOTA: A identificação de uma série com o símbolo é um abuso de linguagem já
que é a identificação da série com a sua soma, quando ela existe. Este abuso, no entanto,
é de uso corrente e tem-se demonstrado útil e inofensivo.

EXEMPLO 1: Chama-se série geométrica à série gerada por uma progressão


geométrica: se an é uma progressão geométrica de razão r = 16 temos que

Sabemos que Sn é convergente se, e só se, |r| < 1, logo a série geométrica é convergente
se, e só se, o valor absoluto da razão da progressão geométrica que a gerou for menor do
que 1. No caso de convergência temos que

.
10

Se r = 1 a série é uma série de termo geral constante, isto é,

tendo-se, assim, Sn = na1 e, se a1 = 06 , a série será divergente.

1
EXEMPLO 2: Consideremos a série ∑∞
𝑛«1 , Construamos a sucessão das suas somas
√𝑛
parciais e estudemos o seu limite:

Como

e lim √𝑛 = +∞ , a sucessão Sn tem limite +∞ e a série em estudo é divergente.


𝑛→+∞

1
EXEMPLO 3: Consideremos a s´erie ∑∞
𝑛=1 𝑛(𝑛+1) . Sabendo que

podemos escrever a sucessão das somas parciais:


11

Como lim 𝑆𝑛 = 1, a série é convergente e a sua soma é 1:


𝑛→+∞

EXEMPLO 4: A sucessão das somas parciais da série

é a sucessão

S1 =

S2 =

S3 =

...

Sn = −log(n + 1)

...

Como lim lim (−𝑙𝑜𝑔(𝑛 + 1)) = −∞, a série é divergente.


𝑛→+∞

EXEMPLO 5: O termo geral da série

1 1 1
pode escrever-se na forma ( − 𝑛+3). A sucessão das somas parciais pode agora ser
3 𝑛

construída:
12

Como lim , a s´erie ´e convergente.

Os três últimos exemplos são casos particulares de um tipo de séries chamadas


séries telescópicas. São séries cujo termo geral an se pode escrever na forma 𝛼𝑛 −
𝛼𝑛 + 𝑘, 𝑐𝑜𝑚 𝑘 ∈ 𝑁:

Estas séries são convergentes se, e só se, lim 𝑣𝑛 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑣 𝑛 = 𝛼𝑛 + 1 +··· +𝛼𝑛 + 𝑘,
𝑛→+∞
existe e é finito.

No caso particular de existir, finito, lim 𝑎𝑛 temos:


𝑛→+∞

Sendo 𝑎 = lim 𝑎𝑛 . De facto, a sucessão das somas parciais é a sucessão


𝑛→+∞
13

Sendo αn convergente então lim ∝𝑖 + 𝑛 existe e


𝑛→+∞

donde se conclui que

𝑘 𝑘

lim 𝑆𝑛 = ∑ ∝𝑖 − lim (∑ ∝𝑖 + 𝑛)
𝑛→+∞ 𝑛→+∞
𝑖=1 𝑖=1

= ∑ ∝1 − 𝑘𝑎.
𝑖=1

Teorema 3.2.13 Se a série ∑∞


𝑛=1 𝑎𝑛 é convergente então an é um infinitésimo.

Demonstração: Como a série é convergente, a sucessão 𝑆𝑛 = ∑𝑛𝑖=1 𝑎𝑖 é uma sucessão


convergente, o mesmo acontecendo a Sn−1, tendo-se lim 𝑆𝑛 = lim 𝑆𝑛−1 . Então
𝑛→+∞ 𝑛→+∞

NOTA: Este teorema indica uma condição necessária, mas não suficiente para que uma
série seja convergente. Assim a sua utilidade é sobretudo para decidir que uma série é
divergente já que se o termo geral não for um infinitésimo a série será concerteza
divergente.

2.1.2. Série de Dirichlet


1
Definição 2.1.5: Chama-se série de Dirichlet á série definida por ∑+∞
𝑛=1 𝑛𝑝 , com p > 0.

1
Para p =1, a série ∑+∞
𝑛=1 𝑛 n é designada por série harmónica.
14

Teorema 2.2: A série de Dirichlet é convergente 𝑠𝑒 𝑝 > 1, e é divergente se 0 < 𝑝 ≤


1.

2.2.Algumas propriedades das séries


Teorema 2.2.1: Para todo o 𝑝 ∈ 𝐼𝑁 , a série numérica ∑+∞
𝑛=1 𝑢𝑛 converge se e só se

∑+∞
𝑛=1 𝑢𝑛 converge.

Teorema 2.2.2: Se as séries numéricas 𝑢𝑛 e 𝑣𝑛 são ∑+∞ +∞


𝑛=1 ∑𝑛=1 convergentes, com somas
S e T respectivamente, então:
i. A série ∑+∞
𝑛=1(𝑢𝑛 ± 𝑣𝑛 ) converge e tem soma S ±T .

ii. Para todo o 𝜆 ∈ 𝐼𝑅, a série ∑+∞


𝑛=1 𝜆𝑢𝑛 converge e tem soma 𝜆𝑆

Teorema 2.2.3: Se a série numérica ∑+∞


𝑛=1 𝑢𝑛 é convergente e a série

∑+∞ +∞
𝑛=1 𝑣𝑛 é divergente, então a série ∑𝑛=1(𝑢𝑛 ± 𝑣𝑛 ) é divergente.

Na maior parte dos casos, é difícil determinar a soma de uma série. Por isso, iremos
apresentar alguns critérios que permitem analisar a natureza de uma série, sem recorrer
ao cálculo de Sn.

2.3.Critério do termo geral para a divergência


A seguir apresenta-se uma condição necessária de convergência de séries numéricas.

Teorema 2.3.1: Condição necessária de convergência


Se a série numérica ∑+∞
𝑛=1 𝑢𝑛 é convergente então lim 𝑢𝑛 = 0.
𝑛→+∞

Nota: O recíproco do teorema anterior é falso. A série harmónica pode servir de contra-
exemplo.

Na prática, utiliza-se mais a negação do teorema anterior.

Corolário 2.3.2: Teste da divergência ou Critério do n.mo termo


Se lim 𝑢𝑛 ≠ 0, então a série numérica ∑+∞
𝑛=1 𝑈𝑛 é divergente.
𝑛→+∞

Exemplo 2.3.3: Estude a convergência da série



10

3𝑛+1
𝑛=1
15

10
𝑎𝑛 =
3𝑛 +1

10 10
𝑎𝑛 = ≤ = 𝑏𝑛
𝑎𝑛 + 1 3𝑛

Se

 𝑎𝑛 ≤ 𝑏𝑚 , ∀𝑛 ∈ 𝐼𝑁

∞ ∞ ∞ 𝑛
10 1
∑ 𝑏𝑛 = ∑ 𝑛 = 10 ∙ ∑ ( )
3 3
𝑛=1 𝑛=1 𝑛=1

Teste de comparação

⇒ ∑ 𝑎𝑛 é 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑛=1

A serie

10

3𝑛+1
𝑛=1

é convergente.

Outro Estuda a natureza da serie

+∞
3𝑢𝑛

2 + 𝑢𝑛
𝑛=1

Mostre que
+∞
3𝑢𝑛
∑ é 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒
2 + 𝑢𝑛
𝑛=1

3𝑢𝑛
2 + 𝑢𝑛 3𝑢𝑛 3
lim 𝑢 = lim =
𝑛→+∞ 𝑛 𝑛→+∞ 𝑢𝑛 (2 + 𝑢𝑛 ) 2
1

é convergente.
16

2.4.Série de termos não negativos: critérios de Cauchy e de D’ Alembert

Teorema 2.4.1: Critério de Cauchy ou da Raiz


Sejam 𝑢𝑛 > 0 𝑒 lim 𝑛√𝑢𝑛 é convergente
𝑛→+∞

(i) Se 𝐿 < 1, então a série ∑+∞


𝑛=1 𝑢𝑛 é convergente;

(ii) Se 𝐿 > 1 𝑜𝑢 𝐿 = 1+ , então a série ∑+∞


𝑛=1 𝑢𝑛 é divergente;

(iii) 𝑆𝑒 𝐿 = 1− , então não se pode concluir nada.


4𝑛
Exemplo 2.4.2: Determine a natureza da série ∑+∞
𝑛=1 (3𝑛)𝑛

Teste da razão
+∞
4𝑛

(3𝑛)𝑛
𝑛=1
1
4𝑛 𝑛
1 4𝑛 𝑛
𝑎𝑛 = ⇒ √ 𝑎 𝑛 = (𝑎 𝑛 ) 𝑛 = [ ]
(3𝑛)𝑛 (3𝑛)𝑛
1
(4𝑛 )𝑛 4
= 1 = → lim 0 < 1
3𝑛 𝑛→∞
((3𝑛)𝑛 )𝑛
A serie é convergente

Teorema 2.4.3: Critério de D’Alembert ou da Razão


𝑢𝑛+1
Sejam 𝑢𝑛 > 0 𝑒 lim = 𝐿.
𝑛→+∞ 𝑢𝑛

Se L<1, então a série ∑+∞


𝑛=1 𝑢𝑛 é convergente;

(i) Se L >1 ou L=1+, então a série ∑+∞


𝑛=1 𝑢𝑛 é divergente;

(ii) Se L=1−, então não se pode concluir nada.


𝑛𝑛
Exemplo 2.4.4: Determine a natureza da série ∑+∞
𝑛=1 𝑛!

+∞
𝑛𝑛

𝑛!
𝑛=1

𝑎𝑛 + 1 (𝑛 + 1)𝑛+1
=? 𝑎𝑛 + 1 =
𝑎𝑛 (𝑛 + 1)!
𝑎𝑛 + 1 (𝑛 + 1)𝑛+1 𝑛𝑛 (𝑛 + 1)𝑛+1 𝑛! (𝑛 + 1)𝑛 ∙ (𝑛 + 1)1 𝑛! (𝑛 + 1)𝑛
={ ÷ }= ∙ = ∙ 𝑛=
𝑎𝑛 (𝑛 + 1) 𝑛! (𝑛 + 1)! 𝑛! (𝑛 + 1) ∙ 𝑛! 𝑛 𝑛𝑛
𝑎𝑛 + 1 𝑛+1 𝑛 1 𝑛
=( ) = (1 + )
𝑎𝑛 𝑛 𝑛
17

𝑎𝑛 + 1 1 𝑛
lim ∙ lim (1 + ) = 𝑒 = 2,71
𝑛→∞ 𝑎𝑛 𝑛→∞ 𝑛
+∞
𝑛𝑛
∑ é 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑒𝑜 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑟𝑎𝑧𝑎𝑜
𝑛!
𝑛=1

2.5.Séries alternadas: Critério de Leibniz


Os critérios de convergência estudados nas secções anteriores, só podem ser aplicados a
séries de termos não negativos. Nesta secção, estudaremos séries cujos termos são
alternadamente positivos e negativos.
Definição 2.5.1: Chama-se série alternada à série em que dois termos consecutivos têm
sinais opostos, ou seja, é da forma

∑+∞ 𝑛 +∞
𝑛=1(−1) 𝑎𝑛 ∑𝑛=1(−1)
𝑛+1
𝑎𝑛 , 𝑐𝑜𝑚 𝑎𝑛 > 0, ∀𝑛 ∈ 𝐼𝑁 .

Teorema 2.5.2: Critério de Leibniz


Se 𝑎𝑛 > 0, a série alternada ∑+∞ 𝑛 𝑛
𝑛=1(1) 𝑎 converge se verifica as

condições seguintes:

(i) lim 𝑎𝑛 = 0;
𝑛→+∞

(ii) a sucessão (𝑎𝑛 )𝑛 ∈ 𝐼𝑁 é decrescente, ou seja, 𝑎𝑛 + 1 − 𝑎𝑛 ≤ 0, ∀𝑛 ∈ 𝐼𝑁 .

Nota: Se a primeira condição do teorema anterior não se verifica, podemos concluir, pelo
critério do n.mo termo, que a série é divergente.
(−1)𝑛
Exemplo 4.5.3: Determine a natureza da série ∑+∞
𝑛=1(−1)
𝑛
.
nln 𝑛

Primeiro critério que ver se o limite 𝒂𝒏 e 0

1 1 1
lim 𝑎𝑛 = lim = = =0
𝑛→∞ 𝑛→∞ 𝑛 ln 𝑛 ∞ ln ∞ ∞

Próximo passo da resolução termos que ver 𝑎 𝑛+1 ≤ 𝑎𝑛 (𝑎 𝑠𝑢𝑐𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜)𝑑𝑒 𝑎𝑛 𝑓𝑜𝑟

decrescente)

Observação: para analisar se é decrescente (não crescente) nesse casso de:


𝑎𝑛 = 𝑓(𝑛) a condição ser analisada é que (𝑓 ′ (𝑥) < 0).

Agora iremos devier a função


1
𝑎𝑛 = 𝑓(𝑛) =
𝑛 ln 𝑛
18

Subestimo por x
1
𝑓(𝑥) =
𝑥 ln 𝑥
1′ ∙ (𝑥 ln 𝑥) − 1 ∙ (𝑥 ln 𝑥)′
𝑓 ′ (𝑥) =
(𝑥 ln 𝑥)2
−(ln 𝑥 + 1)
𝑓 ′ (𝑥) =
(𝑥 ln 𝑥)2
−(𝑙𝑛𝑥 + 1)
𝑓 ′ (𝑥) = <0
(𝑙𝑛𝑥)2
Logo a serie é convergente.

2.5.6. Séries absolutamente convergentes e séries simplesmente convergentes


Esta secção é dedicada ao estudo da convergência de séries numéricas com termos
arbitrários.

Teorema 5.6.1: Convergência Absoluta


Se a série ∑+∞ +∞
𝑛=1|𝑢𝑛 | é convergente, então a série ∑𝑛=1 𝑢𝑛 também é convergente.

Definição 5.6.2: A série∑+∞


𝑛=1 𝑢𝑛 diz-se absolutamente convergente

se a série ∑+∞
𝑛=1 𝑢𝑛 é convergente.

Definição 5.6.3: A série ∑+∞


𝑛=1 𝑢𝑛 diz-se simplesmente convergente

Se a série ∑+∞ +∞
𝑛=1 𝑢𝑛 converge e ∑𝑛=1 𝑢𝑛 diverge.
cos 𝑛
Exemplo 2.6.4: Mostre que a série ∑+∞
𝑛=1 é absolutamente Convergente.
3𝑛

2.6.Séries numéricas reias

Definição 2.6.1: Uma série diz-se telescópica ou de Mengoli se o seu termo geral e da
forma un − un + 1.
Dada uma qualquer sucessão de números reais (𝑢𝑛 )𝑛 ∈ 𝑁 é possível definir uma
nova sucessão (𝑎𝑛 )𝑛 ∈ 𝑁 como 𝑎𝑛 = 𝑢𝑛 − 𝑢𝑛 + 1. Esta nova sucessão (𝑎𝑛 )𝑛 ∈ 𝑁 é
a sucessão geradora de uma série de Mengoli.
Devido ao modo como a sucessão geradora é construída, as séries de Mengoli têm
sucessões de somas parciais com um aspecto muito simples. De facto, da definição
vem que

𝑆𝑛 = 𝑎1 + 𝑎2 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 + 𝑎𝑛
= (𝑢1 − 𝑢2 ) + (𝑢2 − 𝑢3 + ⋯ + (𝑢𝑛−1 − 𝑢𝑛 ) + (𝑢𝑛 − 𝑢𝑛+1 )
= 𝑢1 − 𝑢𝑛+1.
19

Assim, caso exista, a soma de uma série de Mengoli é dada por

.
Mostre que a série gerada pela sucessão (1/𝑛 − 1/(𝑛 + 1))𝑛 ∈ 𝑁 é convergente e
calcule a sua soma.

Definição 2.6.2. Uma série diz-se de Riemann se o seu termo geral é da forma an =
1/nα onde .

O caso α = 1 e ainda particular dentro das séries de Riemann e obtemos a série


harmónica. O seguinte resultado, que enunciamos sem demonstrar, é útil na
determinação do carácter convergente ou divergente de séries em conjunção com
critérios que veremos adiante.

Teorema 2.6. 1.Uma série de Riemann e convergente se e só se α > 1.

Os resultados que enunciamos a seguir permitem efetuar operações algébricas


sobre séries mantendo, em muitos casos, o controlo sobre o carácter das mesmas.
20

3. Conclusão
Ao chegar no fim deste trabalho vi que as series numéricas são muito mas abargante deque
o que parece. De salientar que com a elaboração desse trabalho de pesquisa vi que através
desse estudos, podemos entender um pouco mais sobre as series numéricas, alem de suas
peculiaridades abordadas de forma especifica nas diversas sessões.
21

4. Referencias Bibliográficas
ASSIS, Altair S. de, Series Numericas 2010
NUNES, Cristiana Borimo, lom 3253 – Fisica Matematica 2ª, parte 2

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