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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 3

1.1.2. Objectivo geral .............................................................................................................. 3

1.1.3. Objectivos específicos .................................................................................................. 3

1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 3

2. Séries Numéricas ................................................................................................................ 4

2.1. Série geométrica e série de Dirichlet ............................................................................... 4

2.1.1: Definições ..................................................................................................................... 4

2.1.2: Série geométrica ........................................................................................................... 5

2.1.3: Série de Dirichlet .......................................................................................................... 6

2.2: Algumas propriedades das séries ..................................................................................... 6

2.3: Critério do termo geral para a divergência ...................................................................... 6

2.4: Série de termos não negativos: critérios de Cauchy e de D’ Alembert ........................... 6

2.5: Séries alternadas: critério de Leibniz ............................................................................... 7

3. Séries de Taylor e de MacLaurin ........................................................................................ 8

3.1. Definições ........................................................................................................................ 8

3.1.1. Definição - polinômio de Taylor de Ordem n ............................................................... 8

3.1.2. Resto de um polinômio de Taylor ................................................................................. 8

3.1.3. Teorema de Taylor ........................................................................................................ 8

3.1.4. Teorema da estimativa do resto .................................................................................... 9

3.1.5. Combinando séries de Taylor ........................................................................................ 9

3.2. Séries de Fourier .............................................................................................................. 9

3.2.1. Coeficientes na expansão em série de Fourier .............................................................. 9

3.2.2. Cálculo de a0 .............................................................................................................. 10

3.2.3. Cálculo de am ............................................................................................................. 10


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3.2.4. Cálculo de bm ............................................................................................................. 10

3.2.5. Definição - Séries de Fourier ...................................................................................... 11

Exemplos de exercícios resolvidos de series numéricas: ...................................................... 11

4. Conclusão.......................................................................................................................... 16

Referências bibliográficas..................................................................................................... 17
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1. Introdução
Quando temos que representar um número de forma literal, por meio de equação infinita,
podemos lançar mão de um recurso interessante, a série. Ela consiste de uma soma de parcelas
literais significativas onde cada valor de parcela é um valor sequencial. Podemos dizer que a
série é a somatória de uma sequência numérica simples, a qual se torna uma nova sequência.
Esse trabalho surge no âmbito da disciplina de Matemática II e visa apresentar um tema geral
que são as: “Séries numéricas”. Existem definições e casos susceptíveis das mesmas, entre elas,
séries de Dirichlet, algumas das suas propriedades, critérios de termo geral para divergência,
séries de termo não negativos, e séries absolutamente/simplesmente convergentes. séries de
Taylor e de MacLaurin e de Fourier.

1.1. Objectivos
1.1.2. Objectivo geral
 Estudar as Séries Numéricas.
1.1.3. Objectivos específicos
 Identificar os teoremas nas Série geométrica e série de Dirichlet.
 Explicar as séries de Mac-Laurent, Taylor e Fourier.

1.2. Metodologia
Segundo Marconi e Lakatos (2007, p.17), a metodologia nasce da concepção sobre o que pode
ser realizado e a partir da “tomada de decisão fundamenta-se naquilo que se afigura como
lógico, racional, eficiente e eficaz”. Neste caso, usou-se o método hermenêutico que consistiu
na leitura, análise e interpretação de alguns conteúdos colhidos em algumas obras, em alguns
pdf’s e artigos disponibilizados pela Internet que constam na bibliografia do mesmo trabalho.
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2. Séries Numéricas
Tomemos os termos de uma sucessão onde para um certo . Ou seja temos , ,
, , …, , ,…
Uma questão que podemos colocar de forma bastante natural é qual é o resultado da soma
destes termos:

A soma que contém um número infinito de termos acima definida tem o nome de: série de
termo geral .
Seja: .

Tomando o limite:

Podemos definir de forma matematicamente rigorosa o valor da soma da série.

Podemos ainda definir a sucessão das somas parciais de uma série,

e escrever:

A série converge se e só se é convergente. Após estas definições iniciais referentes à séries


numéricas vamos olhar para um dos paradoxos de Zenão como motivação para a introdução da
teoria das séries numéricas.

2.1. Série geométrica e série de Dirichlet


2.1.1: Definições
Definição 1.1: Dada uma sucessão de números reais (u n )n∈IN, chama-se série de números reais

ou série numérica à soma infinita.


5

mo
Os números u1, u2, … chamam-se termos da série numérica e o n. termo u n é designado
por termo geral da série.

Para calcular, se possível, a série , deve se considerar a seguinte sucessão:

Definição 1.2: A sucessão (Sn )n∈IN, chama-se sucessão de somas parciais ou sucessão
associada à série.

Definição 1.3:
(i). Se a sucessão (Sn)n∈IN, converge para S, isto é, , diz-se que a série

numérica é convergente, e então .

O número S é chamado soma da série.

(ii). Se a sucessão (Sn )n∈IN é divergente, isto é, , não existe ou é infinito, diz-se

que a série é divergente.

Neste caso, a série não tem soma.

2.1.2: Série geométrica


Definição 1.4: uma série geométrica de 1º termo a e de razão r é uma série numérica da forma

Teorema 1.5: A série geométrica , diverge se e só se |r| ≥ 1, e converge se e só se |r| <


1, nesse caso,
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2.1.3: Série de Dirichlet


Definição 1.7: chama-se série de Dirichlet á série definida por com p > 0. Para p = 1,
a série é designada por série harmónica.

Teorema 1.8: A série de Dirichlet é convergente se p > 1, e é divergente se 0 < p ≤ 1.

2.2: Algumas propriedades das séries


Teorema 2.1: para todo o p∈IN, a série numérica , converge se e só se converge.
Teorema 2.2: se as séries numéricas e

São convergentes, com somas S e T respectivamente, então:


(i). A série , converge e tem soma S ± T.

(ii). Para todo o λ ∈ IR, a série , converge e tem soma λS.

Teorema 2.3: se a série numérica , é convergente e a série , é divergente, então a


série .

Na maior parte dos casos, é difícil determinar a soma de uma série. Por isso, iremos apresentar
alguns critérios que permitem analisar a natureza de uma série, sem recorrer ao cálculo de S n .

2.3: Critério do termo geral para a divergência


A seguir apresenta-se uma condição necessária de convergência de séries numéricas.

Teorema 3.1: condição necessária de convergência


Se a série numérica , é convergente então

Nota: O recíproco do teorema anterior é falso.


A série harmónica pode servir de contra-exemplo. Na prática, utiliza-se mais a negação do
teorema anterior.

mo
Corolário 3.2: Teste da divergência ou Critério do n. termo
Se então a série numérica é divergente.

2.4: Série de termos não negativos: critérios de Cauchy e de D’ Alembert


Teorema 4.1: critério de Cauchy ou da Raiz.
Sejam u n > 0 e
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(i). Se L < 1, então a série é convergente;

(ii). Se L > 1 ou L = 1⁺, então a série é divergente;

(iii). Se L = 1⁻, então não se pode concluir nada.

Teorema 4.3: critério de D’Alembert ou da Razão.

Sejam u n > 0 e

(i). Se L < 1, então a série , é convergente;

(ii). Se L > 1 ou L = 1⁺, então a série , é divergente;

(iii). Se L = 1⁻, então não se pode concluir nada.

2.5: Séries alternadas: critério de Leibniz


Os critérios de convergência estudados nas secções anteriores, só podem ser aplicados a séries
de termos não negativos. Nesta secção, estudaremos séries cujos termos são alternadamente
positivos e negativos.
Definição 5.1: chama-se série alternada à série em que dois termos consecutivos têm sinais
opostos, ou seja, é da forma:

Teorema 5.2: critério de Leibniz


Se a n > 0, a série alternada converge se verifica as condições seguintes:

(i)

(ii) a sucessão (an )n∈IN é decrescente, ou seja, ∀n ∈ IN.

Nota: Se a primeira condição do teorema anterior não se verifica, podemos concluir, pelo
mo
critério do n. termo, que a série é divergente.
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3. Séries de Taylor e de MacLaurin


3.1. Definições
Seja f uma função com derivadas de todas as ordens em algum intervalo contendo a como um
ponto interior. Então, a série de Taylor gerada por f em x = a é:

A série de Maclaurin gerada por f é:

a série de Taylor gerada por f em x = 0.

3.1.1. Definição - polinômio de Taylor de Ordem n


Seja f uma função com derivadas de ordem k para k = 1, 2, ..., N em algum intervalo contendo
a como um ponto interior. Então, para algum inteiro n de 0 a N, o polinômio de Taylor de
ordem n gerado por f em x = a é o polinômio

3.1.2. Resto de um polinômio de Taylor


Precisamos de uma medida da precisão na aproximação do valor de uma função f(x) por seu
polinômio de Taylor Pn(x). Podemos usar a idéia de um resto Rn(x) definido por

O valor absoluto é chamado de erro associado à aproximação.

3.1.3. Teorema de Taylor


Se f for derivável até a ordem n + 1 em um intervalo aberto I contendo a, então para cada
x em I existe um número c entre x e a tal que:

Onde:
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3.1.4. Teorema da estimativa do resto

Se existirem constantes positivas M e r tais que para todo t entre a e x,


inclusive, então o resto Rn(x) no Teorema de Taylor satisfará a desigualdade

Se essas condições forem válidas para todo n e todas as outras condições do


Teorema de Taylor forem satisfeitas por f, então a série convergirá para f(x).

3.1.5. Combinando séries de Taylor


Na interseção dos seus intervalos de convergência, as séries de Taylor podem ser somadas,
subtraídas e multiplicadas por constantes e potências de x, e os resultados são novamente séries
de Taylor.
A série de Taylor para f(x) + g(x) é: a soma da série de Taylor para f(x) e a série de Taylor para

g(x) porque a enésima derivada de f + g é f(n)+ g(n)e assim por diante.


Podemos obter a série de Maclaurin para (1+ cos 2x) / 2 substituindo 2x na série de Maclaurin
para cos x, adicionando 1 e dividindo o resultado por 2. A série de Maclaurin para sen x +
cos x é a soma termo a termo da série para sen x e cos x. Obtemos a série de Maclaurin para
x sen x pela multiplicação de todos os termos da série de Maclaurin de sen x por x.

3.2. Séries de Fourier

(1)

Observe que no intervalo – L < x < L é simétrico em relação à origem. A equação (1) é chamada
de série de Fourier de f no intervalo (-L, L).

3.2.1. Coeficientes na expansão em série de Fourier

1)

2)

3)

4)
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5)

3.2.2. Cálculo de a0
Integramos ambos os lados da equação (1) de – L a L e consideramos que as operações para
integração e somatória podem ser trocadas entre si para obter.

(2)
Para todo inteiro positivo n, as duas últimas integrais do lado direito da equação (2) são
zero (fórmulas 1 e 2 na Tabela dos Coeficientes). Portanto,

Então, obtemos a0:

3.2.3. Cálculo de am

Multiplicamos ambos os lados da equação (1) por , m > 0, e integramos o resultado


de – L a L:

(4)
A primeira integral do lado direito da equação (4) é zero (fórmula 1 na Tabela dos coeficientes).
As fórmulas 3 e 4 na Tabela reduzem ainda mais a equação para

Portanto,

3.2.4. Cálculo de bm

Multiplicamos ambos os lados da equação (1) por , m > 0, e integramos o


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resultado de – L a L:

Das fórmulas 2, 4 e 5 na Tabela de coeficientes, obtemos

Portanto,

(6)
A série trigonométrica (1), cujos coeficientes a 0, an, bn são determinados pelas equações (3),
(5) e (6), respectivamente (com m substituído por n), é chamada de expansão em série de
Fourier de função f no intervalo – L < x < L. As constantes a0, an e bn são os coeficientes de
Fourier de f.

3.2.5. Definição - Séries de Fourier


A série de Fourier de uma função f(x) definida no intervalo –L < x < L é

Exemplos de exercícios resolvidos de series numéricas:


1 - Determine a natureza (absolutamente convergente, simplesmente convergente ou
divergente) das seguintes séries numéricas:

Resolução:
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Por tanto a série é absolutamente convergente.

2 - Determine a natureza da seguinte série numérica:

Resolução:
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3 - Determine a natureza das séries:

Resolução:

Por tanto, pelo criterio de D’Alembert a série converge.

4 - Use indução para mostrar que, para qualquer n ∈N:

Resolução:
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4. Conclusão
Com o trabalho conclui que, as series numéricas com termos não negativos e não positivos
estabelece-se uma condição necessária de convergência e o critério de Cauchy bem como as
suas consequências imediatas.
Estabelecem-se para series de termos não negativos critérios de convergência. Estabelece-se o
critério de comparação, o critério da razão e o critério da raiz.
Define-se serie absolutamente convergente e analisa-se a consequência deste conceito na
analise da natureza de series de termos reais.
Séries numéricas qualquer expressão do tipo n = 1∞ Un = U1 + U2 + … + Un +, denomina-se
uma série numérica ou série de números reais, sendo Un o termo geral da sucessão. Chama-se
sucessão de somas parciais ou sucessão associada da série n=1 ∞ Un à sucessão (Sn)n IN de
termo geral Sn = U1 + U2 + … + Un = i=1nUi
Uma série numérica é dita convergente se e só se existir um limite real da sucessão ou seja: Se
lim (n → +∞) Sn = k, kIR diz-se que a série n=1∞ Un é convergente e escreve-se n =1 ∞ Un =
S. Assim uma série numérica é convergente se e só se a sucessão associada é convergente. A
soma de uma série convergente n =1∞ An é o limite da sucessão associada. Uma série que não
é convergente diz-se divergente, e sabemos que esta não tem soma. Diremos ainda que uma
série divergente cuja sucessão associada tem limite +∞ ou -∞ tem soma igual a +∞ ou -∞,
respectivamente.
Aborda-se sumariamente a determinação aproximada da soma de uma serie convergente.
Introduz-se o conceito de serie de potencias. Estabelecem-se para estas series condições de
convergência e indica-se, quando possível, expressões para a sua soma.
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Referências bibliográficas

E. T. WHITTAKER, G. N. Watson, (1920). A course of modern analysis, 3ed, Cambridge


University Press, Cambridge.

GERALD B. Folland, (1992). Fourier analysis and its Applications, The Wadsworth &
Brooks/Cole Mathematical Series, Belmont, California, EUA.

KONRAD Knopp, (1990). Theory and Applications of infinite series, Dover Publications Inc.
Nova York, EUA.

MICHAEL Spivak, (1994). Calculus, Publish or Perish, Inc., Houston, Texas, EUA.

MURRAY R. Spiegel, (1978). Calculo Avançado, McGraw-Hill do Brasil, Ltda.

YTZHAK Katznelson, (1976). An introduction to harmonic analysis, 2ª edição corrigida, Dover


Publications, Inc., Nova Iorque, EUA.

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