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José Franque

Séries de Potências (Série de Taylor e Mac-Laurin)

Licenciatura em Ensino de Matemática (3º Ano)

Universidade Rovuma

Lichinga

2023
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José Franque

Séries de Potências (Série de Taylor e Mac-Laurin)

Licenciatura em Ensino de Matemática (3º Ano)

Trabalho da cadeira de Análise Harmónica a ser


entregue no Departamento de Ciências,
Tecnologia, Engenharia e Matemática. Para fins
avaliativos,
Sob orientação do docente: MSc. Vital
Napapacha

Universidade Rovuma

Lichinga

2023
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Índice
1. Introdução....................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos................................................................................................................ 4
1.1.1. Objectivo Geral ................................................................................................ 4
1.1.2. Objectivos Específicos ...................................................................................... 4
2. Séries de potências .......................................................................................................... 5
2.1. Séries de Taylor e Mac-Laurin ................................................................................. 7
3. Conclusão ..................................................................................................................... 11
4. Referencias Bibliográficas ............................................................................................ 12
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1. Introdução

Um dos grandes objectivos do ensino da matemática, actualmente, é o desenvolvimento das


capacidades de cálculo e de resolução de problemas. Uma vez que uma das grandes metas do
ensino da matemática é contribuir para o aumento da capacidade de tomadas de decisão com
fundamento matemático.

A sociedade de hoje, caracterizada por crescentes e rápidas alterações, necessita de indivíduos


que pensem duma forma flexível, critica, eficaz e criativa. O poder matemático adquirido no
estudo da matemática ajuda na preparação do cidadão activo do presente.

As séries de potências são a junção de dois mundos: o mundo das potências e o mundo das
séries. As séries das somas nada mais são do que somas de termos.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Apresentar uma abordagem didáctica do tema séries de potências.
1.1.2. Objectivos Específicos

Como objectivos específicos dessa pesquisa, destacamos:

 Definir séries de potências;


 Determinar raio de convergência;
 Deduzir as fórmulas de Taylor e Mac-Laurin para a representação de funções.

Para a compilação de dados recorreu-se o uso de fontes bibliográficas e de algumas


investigações mais amplas na internet.
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2. Séries de potências

São um caso particular das séries de funções. Chama-se série de potências a uma série da
forma

Onde é uma sucessão numérica qualquer.

A série a seguir

é deste tipo, em que e .

Esta série é convergente num intervalo centrado em . Qualquer série de potências de


é convergente num intervalo centrado em . Para determinar esse intervalo tomamos
a série dos módulos podendo assim aplicar um dos critérios de convergência, em particular os
critérios de D’Alembert, ou o de Cauchy, ficando assim a saber os valores de x para os quais a
série converge absolutamente. Por exemplo, pelo critério de D’Alembert a série converge
absolutamente se:

| | | | | | | | | | | |

Designado por

| |

concluímos que a série converge absolutamente, logo simplesmente, num intervalo centrado
em | | . Se tivéssemos usado critério de Cauchy, chegaríamos à mesma conclusão
com

√| |
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Por outro lado, como para | | , se tem

| |

então a série diverge para | | . Nos pontos extremos do intervalo, , nada se


pode afirmar e teremos que estudar a série em cada um desses pontos.

Ao número nas condições acima, chama-se raio de convergência (que pode ser 0, qualquer
outro número finito, ou infinito) e designa-se por intervalo de convergência o conjunto de
pontos nos quais a série de potências converge.

Além disso, é imediato verificar que uma série de potências converge uniformemente num
intervalo contido no seu intervalo de convergência. Com efeito, atendendo a que

| | | | , basta tomar | |

e usar o critério de Weierstrass. Podemos então estabelecer o seguinte:

Teorema: Para toda a série de potências

existe um número real (que pode ser 0,qualquer outro número finito, ou infinito), tal que a
série converge se | | , diverge para | | , podendo nos pontos a
série ser convergente ou divergente.

Sendo , a série converge uniformemente em [ ]

Exemplo: Indique, justificando, os valores reais de para os quais a série converge


absolutamente, simplesmente e aquele que diverge.

Resolução: Usando o critério de D’Alembert


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| | | | | |

| | | |

| | | | | |

série absolutamente convergente. O raio de convergência é 1. Estudemos a série nos extremos


do intervalo. Para , série é

que é uma série alternada convergente, pelo critério de Leibniz. Mas a série dos módulos é
divergente, pelo 2º critério de comparação (com a série harmónica). Logo em há
convergência simples.

Em , a série é

∑ ∑

que é uma divergente, pelo 2º critério de comparação (com a série harmónica). Para
| | , s série diverge.

2.1.Séries de Taylor e Mac-Laurin

Toda série de potências representa, no seu intervalo de convergência, uma certa função, a
função soma. Reciprocamente, dada uma função ela pode, sob certas condições, ser
representada por uma série de potências de .

Definição: Dada uma função indefinidamente diferençável numa vizinhança


do ponto , chama-se série de Taylor de no ponto , à série


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Se , a série diz-se de Mac-Laurin.

Se for n vezes diferençável numa vizinhança de , então é desenvolvível em fórmula de


Taylor:

∑ ] [

Se for n vezes diferençável numa vizinhança de , podemos formalmente escrever a


respectiva série de Taylor, mas convém notar que a simples existência e continuidade de todas
as derivadas de não é suficiente para que a série de Taylor, construída a partir de , tenha

por soma essa função. Assim, por exemplo, a função definida em por se
,e , é indefidamente diferençável em todos os pontos de , tendo-se .
Portanto a sua série de Mac-Laurin tem todos os termos nulos, sendo assim convergente, com
soma nula em todo . Logo a série construída a partir da função tem soma diferente de
, para .

A condição necessária e suficiente para que a série de Taylor coincida com a função que a
gerou é que , sendo o resto da fórmula de Taylor.

Uma condição apenas suficiente é a seguinte:

Teorema: Seja indefinidamente diferençável no intervalo ] [ tal existe uma


constante :

| |

Então a série de Taylor gerada por converge para , para cada .

O desenvolvimento de uma série de Taylor quando existe é único.

I. Exemplo: Determine a série de Mac-Laurin da função

Resolução:
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Ou

II. Obtenha o desenvolvimento em série de Mac-Laurin de , e seu raio de


convergência

Resolução: Se então , portanto .


Portanto, a série de Taylor para f em 0 (isto é, a série de Maclaurin) é

∑ ∑

Para encontrarmos o raio de convergência fazemos . Então:

| |
| | | | | | | |

de modo que, pelo Teste da Razão, a série converge para todo x e o raio de convergência é
.
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Se tiver uma expansão em série de potências em 0, então

III. Encontre a série de Taylor de em

Resolução: Temos , assim, colocando na definição de uma série de Taylor


obtemos:

∑ ∑

Novamente pode ser verificado, como no Exemplo 2, que o raio de convergência é ,


assim

Temos duas expansões em série de potência para , a série Maclaurin no exemplo 2 e da


série de Taylor no exemplo 3. A primeira é melhor, se estivermos interessados em valores de
x próximos de 0, e a segunda é melhor se x é próximo de 2.
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3. Conclusão

Pode-se afirmar ao final deste trabalho que devido o desenvolvimento da actualidade, o


mundo hoje necessita de pessoas que pensem duma forma flexível, deste modo tornam-se
necessárias pessoas com capacidade de tomada de decisão com fundamento matemático. Os
objectivos propostos no início deste trabalho foram atingidos, pois, de certo modo, uma série
de potências trata-se de uma série de polinómios, com infinitos termos.

Os estudos acerca da teoria das séries de Taylor constituem uma ciência muito mais vasta que
a abordagem feita neste trabalho. Contudo diante dos nossos propósitos, conseguimos abordar
aspectos importantes como a fórmula de Taylor. Além do mais, conseguimos mostrar alguns
exemplos resolvidos que podem servir de guia para posteriores exercícios propostos que
podem surgir.

A elaboração do mesmo foi uma tarefa que exigiu muitas horas de dedicação, porem
prazerosas. Além do mais podemos aplicar alguns conceitos adquiridos durante o curso e
ainda aperfeiçoar e agregar novos conhecimentos.
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4. Referencias Bibliográficas
1. AZENHA, A. JERONIMO, M. A. (1995). Elementos de Calculo Diferencial e Integral
em e . Editora McGraw Hill. Lisboa-Portugal.
2. STEWART, J. (2013). Calculo, Volume. Editora Cengage Learning. São Paulo-Brasil.

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