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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

REGIONAL CATALÃO

FÍSICA

ÁLGEBRA LINEAR

Prof. Dr. Lúcio Aurélio Purcina


Matrizes Inversas e Determinantes
Exercícios
 a b
1. Mostre que a matriz A  é invertível se, e somente se,
 c d 

ad – bc ≠ 0 e neste caso a inversa é dada por


1  d b 
A1 
ad  bc  c a 

2. Mostre que se ad – bc ≠ 0, então o sistema linear


ax  by  g

 cx  dy  h

Tem solução única dada por


gd  bh ah  gc
x , y
ad  bc ad  bc
Determinantes
• Vamos inicialmente definir o determinante de matrizes 1 × 1. Para
cada matriz A = [a] definimos o determinante de A, indicado por
det(A), por det(A) = a.
• Vamos, agora, definir o determinante de matrizes 2×2 e a partir
daí definir para matrizes de ordem maior. A cada matriz A, 2×2,
associamos um número real, denominado determinante de A, por

 a11 a12 
det( A)  det    a11a22  a12 a21
 a21 a22 

• Exemplo: Calcule o determinante de


 2 1  2 3 3 2  2 5 
A  B  C  e D   3 2
 0 3   4 1 1 3   
• Para definir o determinante de matrizes quadradas maiores,
precisamos definir o que são os menores de uma matriz. Dada uma
matriz A = (aij)n×n, o menor do elemento aij , denotado por Ãij , é a
submatriz (n−1)×(n−1) de A obtida eliminando-se a i- ésima linha e
a j-ésima coluna de A, que tem o seguinte aspecto:
Exemplo. Para uma matriz A = (aij)3×3, temos que:

• Agora, vamos definir os cofatores de uma matriz quadrada


A = (aij)3×3. O cofator do elemento aij , denotado por ãij , é definido
por ãij = (−1)i+j det(Ãij),

ou seja, o cofator ãij, do elemento aij é igual a mais ou menos o


determinante do menor Ãij, sendo o mais e o menos determinados
pela seguinte disposição:
   
  
 
    
Exemplo. Para uma matriz A = (aij)3×3, tem-se:
 a11 a12 a13 
a23  (1) 23 det  Ã23    det  a21 a22 a23  
 a31 a32 a33 
a a 
  det  11 12     a11a32  a12 a31   a31a12  a11a32
 a31 a32 

Vamos, agora, definir o determinante de uma matriz 3 × 3. Se

 a11 a12 a13 


 
A   a21 a22 a23 
 
 31
a a32 a 33 

então, o determinante de A é igual à soma dos produtos dos


elementos da 1a. linha pelos seus cofatores.
det  A   a11a11  a12 a12  a13a13 
a a23   a21 a23   a21 a22 
 a11 det  22   a12 det    a13 det   
 a32 a33   a31 a33   a31 a32 
 a11  a22 a33  a32 a23   a12  a21a33  a31a23   a13  a21a32  a31a22 

Definição. Seja A = (aij)n×n. O determinante de A, denotado por det(A),


n
é definido por
det  A   a11a11  a12 a12   a1n a1n   a1 j ã1 j
j 1

em que ã1j = (−1)1+jdet(Ã1j) é o cofator do elemento a1j. A expressão


acima é chamada desenvolvimento em cofatores do determinante
de A em termos da 1a. linha.
0 0 03
Exemplo: Seja 1 2 3 4 
A
 1 3 2 5
 
2 1 2 0 

Desenvolvendo-se o determinante de A em cofatores, obtemos

1 2 3
det  A   0a11  0a12  0a13  (3)a14  (3)(1)1 4 det  1 3 2 
 2 1 2 
 (3)(1)1 4 1a11  2a12  3a13  
 3 2   1 2   1 3 
 3 det    2 det  2 2   3det  2 1  
  1 2     
 3 1 6  2   2  2  4   3  1  6    3  8  2(2)  3(7)  
 3(8  4  21)  3(25)
 75
Exercicios: Calcule o determinante de cada uma das matrizes seguintes

 1 1 1  1 2 3
(a) A   2 1 4  (b) B   1 1 2 
 2 3 5   0 1 1 

 1 2 3 1  2 1 3 1
 5 9 6 3  1 0 1 1 
(c ) C    (d ) D  
 1 2 6 2  0 2 1 0
   
2 8 6 1 0 1 2 3
Teorema. Sejam A e B matrizes n×n.
a) Se A possui duas linhas iguais, então
det(A) = 0;
b) Se B é obtida de A multiplicando-se uma linha por um escalar α,
então
det(B) = α det(A) ;
c) Se B resulta de A pela troca da posição de duas linhas k ≠ l, então
det(B) = −det(A) ;
d) Se B é obtida de A substituindo a linha l por ela somada a um
múltiplo escalar de uma linha k, k ≠ l, então
det(B) = det(A) .
Exemplo: Vamos calcular o determinante da matriz
 0 1 5
A   3 6 9 
 2 6 1 

usando operações elementares para transformá-la numa matriz triangular


superior e aplicando o Teorema.
Teorema. Sejam A e B matrizes n×n.
(a) O determinante do produto de A por B é igual ao produto dos seus
determinantes,
det(AB) = det(A) det(B) .
(b) Os determinantes de A e de sua transposta At são iguais,
det(A) = det(At) ;
(c) Se A é invertível então
1
det( A1 ) 
det( A)

(d) Se uma matriz quadrada é tal que A2= A−1, então det(A) = 1.
Teorema. Seja A uma matriz n×n.
(a) A matriz A é invertível se, e somente se, det(A) = 0.
(b) O sistema homogêneo AX = 0 tem solução não trivial se, e
somente se, det(A) = 0.

a b 
Exemplo. A matriz A =   é invertível se, e somente se,
c d 
det(A) = ad − bc ≠ 0. Neste caso a inversa de A é dada por

1 1  d b 
A 
det( A)  c a 

como pode ser verificado multiplicando-se a candidata a inversa pela


matriz A.
Exemplo. Considere o sistema linear de 2 equações e 2 incógnitas

ax  by  g

 cx  dy  h

A matriz deste sistema a b 


A 
 c d 
Se det(A) ≠ 0, então a solução do sistema é

1 1  d b   g  1  dg  bh 
X A B 
det( A)  c a   h  det( A)  cg
     ah 
 g b 
det   g b a g 
1   h d  det   det  
 ou seja, x   h d , y  c h 
det( A)   a g  
 det    det( A) det( A)
  c h  
Exercícios

1. Resolver os sistemas usando a regra de cramer:


a) 2 x  y  7 ; x  2 y  z  2
 
 x  5 y  2 f) 2 x  y  3z  9 ;
x  y  5 3 x  3 y  2 z  3
b)  ; 
 x  y  2
 x1  2 x2  x3  0  x  y  10  0
 
c) 3 x1  4 x2  5 x3  10 ; g)  x  z  5  0 ;
x  x  x  1 y  z  3  0
 1 2 3 

 1 4 7   x   2
d) x  2 y  5 ; h)  2 3 6 . y    2  ;
     
2 x  3 y  4  5 1  1  z   8 
    
e) 3 x  4 y  1 ;
 2 1   x  9 
i)  .     .
x  3 y  9  1  3   y    13 

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