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Universidade Rovuma
Lichinga
2023
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Universidade Rovuma
Lichinga
2023
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4
3. Conclusão .......................................................................................................................... 13
1. Introdução
Neste caso, para dar início aos nossos estudos precisamos compreender o que é uma operação
ou leis de composição internas para que, na sequência, possamos estudar as propriedades
correspondentes. É por meio da definição que podemos observar como os elementos do
conjunto são combinados, a partir da operação em questão, para a geração de outros elementos
do conjunto.
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Compreender as operações ou leis de composição internas e não só, assim como a parte
fechada para uma operação.
1.1.2. Objevtivos Específicos
Definir operação
Expor e demonstrar as propriedades das operações
Definir parte fechada para uma operação
Determinar se um conjunto é parte fechada para uma certa operação.
1.2.Metodologias
Definição 1: Seja dado um conjunto 𝐸 não vazio, uma operação sobre 𝑬 ou lei de composição
interna sobre E, é uma lei ∗ que associa a cada par ordenado (𝑥, 𝑦) de elementos de E um e
somente um elemento 𝑥 ∗ 𝑦, também de 𝐸. Se ∗ é uma operação definida em 𝐸, dizemos,
também, que 𝐸 é um conjunto munido de uma operação.
Dependendo das características da operação ∗, podemos adotar outros símbolos para sua
representação além de ∗, conforme indicado a seguir:
Seja * uma lei de composição interna em E. Vamos analisar algumas das propriedades que
podem ser satisfeitas por *.
∀𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ 𝐸, 𝑥 ∗ (𝑦 ∗ 𝑧) = (𝑥 ∗ 𝑦) ∗ 𝑧
Exemplos:
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∀𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ 𝐸
𝑥 + (𝑦 + 𝑧) = (𝑥 + 𝑦) + 𝑧
II. A adição e multiplicação definida sobre o conjunto 𝑀𝑚×𝑛 (ℝ) das matrizes 𝑚 × 𝑛 com
elementos reais é uma operação associativa.
𝑋 + (𝑌 + 𝑍) = (𝑋 + 𝑌) + 𝑍
(𝑓 𝑜 𝑔) 𝑜 ℎ = 𝑓 𝑜 (𝑔 𝑜 ℎ), ∀𝑓, 𝑔, ℎ
Observação
O fato de uma operação ser associativa possibilita indicar o composto de mais de dois elementos
sem necessidade de usar os parênteses, uma vez que qualquer associação entre os elementos
presentes conduz ao mesmo resultado.
Por exemplo: 2 + 4 + 6 + 7 = (2 + 4) + (6 + 7) = 2 + (4 + 6) + 7 = 2 + (4 + 6 + 7) =
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Se uma operação não é associativa, temos a obrigação de usar parênteses para indicar como
deve ser calculado um composto de três ou mais elementos, pois, caso contrário, deixamos o
composto sem significado.
((48 ÷ 6) ÷ 2) ÷ 4 = (8 ÷ 2) ÷ 4 = 4 ÷ 4 = 1
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Propriedade comutativa:
Definição 3: Dizemos que uma operação *, definida em um conjunto não vazio E, é comutativa
ou possui a (ou goza da) propriedade comutativa se, e somente se, vale o seguinte:
∀ 𝑥, 𝑦 ∈ 𝐸, 𝑥 ∗ 𝑦 = 𝑦 ∗ 𝑥
Exemplos:
∀ 𝑥, 𝑦 ∈ 𝐸
𝑥+𝑦 = 𝑦+𝑥
𝑥. 𝑦 = 𝑦. 𝑥
II. A adição definida sobre o conjunto 𝑀𝑚×𝑛 (ℝ) é uma operação comutativa devido a
validade da propriedade comutativa sobre as entradas das matrizes pertencentes a
𝑀𝑚×𝑛 (ℝ), as quais são numeros reais.
∀ 𝑋, 𝑌 ∈ 𝑀𝑚×𝑛 (ℝ)
𝑋+𝑌 = 𝑌+𝑋
Exemplos:
0 + 𝑥 = 𝑥 = 𝑥 + 0, ∀𝑥 ∈ 𝐸
II. Para as multiplicações usuais definidas sobre esses mesmos conjuntos, o elemento
neutro é o 1.
1. 𝑥 = 𝑥 = 𝑥. 1, ∀𝑥 ∈ 𝐸
III. O elemento neutro da adição em 𝑀𝑚×𝑛 (ℝ), é 0𝑚×𝑛 (matriz nula do tipo 𝑚 × 𝑛),
pois 0𝑚×𝑛 + 𝑋 = 𝑋 + 0𝑚×𝑛 = 𝑋, qualquer que seja 𝑋 ∈ 𝑀𝑚×𝑛 (ℝ).
IV. A divisão em ℝ* admite 1 como elemento neutro à direita, pois 𝑥⁄1 = 𝑥, ∀𝑥 ∈ ℝ*,
mas não admite elemento neutro à esquerda, pois não existe um elemento 𝑒 ∈ ℝ*
fixo tal que 1⁄𝑥 = 𝑥, ∀𝑥 ∈ ℝ*, logo, o número 1 não é elemento neutro da divisão
definida sobre ℝ*.
Proposição 1: Se uma operação * sobre E tem um elemento neutro 𝑒, entao ele é único.
Exemplos:
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II. Porém, 3 não é simetrizável para a multiplicação usual definida sobre ℤ, pois não
existe 𝑥′ ∈ ℤ tal que 𝑥 ′ ∗ 3 = 3 ∗ 𝑥 ′ .
Proposição 2: Seja * uma operação sobre 𝐸 que é associativa e possui elemento neutro 𝑒.
Demonstração:
Se * é uma operação sobre 𝐸 com elemento neutro 𝑒, indica-se por 𝑈∗ (𝐸) o conjunto dos
elementos simetrizáveis de 𝐸 para a operacao *.
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Exemplos:
𝑈+ (𝐸) = {0};
𝑈+ (𝐸) = ℤ;
𝑈. (𝐸) = {−1,1};
Exemplos:
Proposição 3: Seja * uma operação sobre 𝐸 associativa e que possui elemento neutro 𝑒. Todo
elemento simetrizavel para * é tambem regular em relacao a *.
Se * é uma operação sobre 𝐸, indica-se com 𝑅∗ (𝐸) o conjunto dos elementos regulares de 𝐸
para a operacao *.
Exemplos:
𝑅+ (ℕ) = ℕ;
𝑅. (ℤ) = ℤ∗ ;
Exemplo:
A multiplicação definida sobre 𝑀𝑁 (ℝ) é distributiva em relação à adição definida sobre esse
mesmo conjunto, pois, para quaisquer 𝑋, 𝑌, 𝑍 ∈ 𝑀2 (ℝ), são válidas as expressões 𝑋. (𝑌 + 𝑍) =
(𝑋. 𝑌) + (𝑋. 𝑍) e (𝑌 + 𝑍). 𝑋 = (𝑌. 𝑋) + (𝑍. 𝑋).
Definição 8: Dizemos que A é uma parte de E, fechada para a operação * ou, simplesmente,
que A é fechado para a operação *, se, e somente se, vale o seguinte:
∀ 𝑥, 𝑦 ∈ 𝐴, 𝑥 ∗ 𝑦 ∈ 𝐴
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Neste caso, a operação *, definida em E, também é uma operação definida em A. Essa operação,
definida em A , é chamada restrição de * ao conjunto A.
Exemplo:
O conjunto ℚ é uma parte fechada para as operações de adição e multiplicação usuais definidas
em ℝ. Note que ℚ ≠ ∅, ℚ ⊂ ℝ e para quaisquer 𝑥, 𝑦 ∈ ℚ temos que 𝑥 + 𝑦, 𝑥𝑦 ∈ ℚ.
O conjunto ℝ − ℚ (dos números irracionais) não é parte fechada para a adição e multiplicação
em ℝ, pois √3, −√3 ∈ ℝ − ℚ, √3 + (−√3) = 0 ∉ ℝ − ℚ e (√3)(−√3) = −3 ∉ ℝ − ℚ.
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3. Conclusão
4. Referências Bibliográficas
1. Barba, A. N. D. (2018) Estruturas algébricas. Londrina : Editora e Distribuidora
Educacional S.A.
2. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
3. Vasconcelos, C. B.(2019) Matemática - Estruturas Algébricas. 1ª Edição. Fortaleza Ceará.