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Fidel Diamante Mateus

Guido Tito Pinto

Hélder Daniel Nhabuequete

Hélder Vicente Miguel

Ismail António Bomane

Autenticidade

Licenciatura em Ensino de Matemática (3º Ano)

Universidade Rovuma

Lichinga

2023
Fidel Diamante Mateus

Guido Tito Pinto

Hélder Daniel Nhabuequete

Hélder Vicente Miguel

Ismail António Bomane

Autenticidade

Licenciatura em Ensino de Matemática (3º Ano)

Trabalho da cadeira de Introdução à Informática a


ser entregue e apresentado no Departamento de
Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
Para fins avaliativos,

Sob orientação do docente: MSc. Delfim da Silva

Universidade Rovuma

Lichinga

2023
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 4

1.1.1. Objectivo Geral..................................................................................................... 4

1.1.2. Objectivos Especificos ......................................................................................... 4

2. Autenticidade ...................................................................................................................... 5

2.1. Princípio da Autenticidade........................................................................................... 8

2.2. Ferramentas do Princípio da Autenticidade ................................................................. 9

2.2.1. Biometria .............................................................................................................. 9

2.2.2. Assinatura Digital ................................................................................................. 9

2.2.3. Certificados Digitais ............................................................................................. 9

3. Conclusão .......................................................................................................................... 10

4. Referencias Bibliográficas ................................................................................................ 11


1. Introdução

As informações, de um passado bem distante, tiveram sua perenidade garantida ao serem


gravadas em meios físicos. Os registros através de pinturas nas cavernas, cunhados em pedras
ou pedaços de madeira, papiros e papéis, discos de vinil, filmes fotográficos e películas
cinematográficas, entre tantos outros, preservaram informações vitais para o conhecimento e
crescimento da humanidade durante milênios.

Com a crescente implementação das novas tecnologias nas organizações tem aumentado a
preocupação dos profissionais da informação, designadamente daqueles que exercem funções
em Arquivos, sobre a gestão e a preservação de documentos de arquivos electrónicos
significativos e viáveis para acesso ao longo do tempo. Considerando que qualquer técnica de
preservação deve ser consistente com os requisitos essenciais de autenticidade, integralidade,
acessibilidade e inteligibilidade, capacidade de processamento e potencial reutilização, torna-
se necessário dar ênfase à definição do conceito de autenticidade com o intuito de chegar a uma
definição consensual de objecto digital autêntico e de conhecer quais são os seus atributos
centrais.

No actual contexto da Sociedade da Informação, tendo em atenção o papel central e fulcral da


informação como motor dinâmico das organizações, um dos maiores desafios que se coloca aos
profissionais da informação, designadamente aqueles que desempenham funções em arquivos,
consiste na criação, manutenção e preservação a longo prazo de documentos de arquivo
electrónicos autênticos.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Compreender a autenticidade
1.1.2. Objectivos Especificos

Para alcançar o objectivo geral foram realizados alguns objectivos específicos:

 Conceituar a autenticidade
 Identificar os princípios da autenticidade
 Identificar as ferramentas do princípio da autenticidade

Para a materialização do trabalho recorreu-se ao uso de pesquisas bibliográficas, tendo como


base principal os registros de estudos feitos no passado com a intenção de comprovar suas
teorias.
2. Autenticidade

O conceito de autenticidade está longe de ser consensual entre os profissionais da preservação.


Este poderá assumir significados consideravelmente diferentes consoante a comunidade que o
manipula. Para um historiador um objecto é autêntico se a sua identidade e integridade não
foram comprometidas, se for possível aferir que um objecto é realmente aquilo que se propõe
ser. Esta definição pressupõe que o seu conteúdo é verdadeiro e que o seu contexto histórico se
encontra devidamente identificado. Em suma, um objecto é autêntico se estiver conforme o
original e se a sua história custodial tiver sido devidamente documentada ao longo do tempo.

Do ponto de vista de um arquivista, a autenticidade de um documento não pressupõe uma


legitimação da sua veracidade ou até mesmo utilidade. Um arquivista preocupa-se, sobretudo,
com a prova que um documento poderá constituir. Este poderá conter incorreções, erros ou até
falsidades, mas isso não invalida a sua importância como testemunho de que algo aconteceu.
Um documento falsificado, por exemplo, pode ser considerado autêntico uma vez que constitui
prova de que alguém falsificou um documento. Ferreira, M. (2006, pp.49-51)

Definições mais abrangentes de autenticidade giram em torno dos conceitos de autenticação,


integridade, completude, veracidade, validade, conformidade com o original, significância e
adequabilidade ao fim a que se destina.

Em termos genéricos, o conceito de autenticidade traduz a capacidade de identificar os


elementos diplomáticos que permitem aferir se um dado objecto é autêntico. Trata-se da
identificação do “porquê”, do “quando”, do “onde” e do “por quem” de um objecto digital. A
autenticidade tem que ver com a capacidade de se conseguir demonstrar que um objecto digital
é aquilo que se propõe ser. Para atingir esse objectivo é fundamental documentar devidamente
a proveniência do objecto, contextualizar a sua existência, descrever a sua história custodial e
atestar que a sua integridade não foi comprometida, provar que existe um conjunto de
propriedades, consideradas significativas, que foram correctamente preservadas ao longo do
tempo.

A autenticidade, está relacionada com o estado do documento, o modo e a forma de transmissão,


bem como com o modo de preservação e custódia. Um documento é autêntico se tiver a
capacidade de demonstrar que é exactamente como era quando foi transmitido ou preservado,
e se a confiança, isto é, a fidedignidade se manteve intacta. Nesta perspectiva, a autenticidade
consiste numa responsabilidade partilhada entre o produtor do documento (entidade que produz
e / ou recebe os documentos) e o seu legítimo sucessor (ou seja, a entidade que adquire as
funções do produtor ou o arquivo competentes para manusear, manter e preservar os
documentos). Freitas, C (2010, p.47)

A autenticidade é garantida através da adopção de métodos que asseguram que o documento


não é manipulado, alterado ou, melhor dizendo, falsificado após a sua criação, nem durante a
transmissão, manipulação e preservação, dentro do sistema de gestão de informação e do
sistema de preservação documental. Isto significa que a garantia da autenticidade dos
documentos é requerida em todo o ciclo de vida dos mesmos (desde a produção até ao destino
final – preservação ou eliminação). Assim, para garantir a autenticidade dos documentos em
ambientes digitais é necessário proceder à identificação dos requisitos para a criação,
manutenção e preservação de documentos electrónicos autêntico.

Os problemas associados à determinação da autenticidade de um recurso não estão limitados à


documentação digital. Na idade média, por exemplo, a reprodução de livros era realizada
manualmente. Cada cópia de um livro apresentava, geralmente, um conjunto de diferenças face
ao original. A maior parte dessas diferenças resultavam de infelizes erros de transcrição. No
entanto, não seriam raras as vezes em que escrivães mais perspicazes introduziam
deliberadamente “melhorias” durante o processo de transcrição do documento.

No contexto digital, os problemas relacionados com a autenticidade são em tudo semelhantes


aos do mundo analógico. Contudo, a simplicidade com que alterações podem ser introduzidas,
a rapidez com que estas podem ser disseminadas e a dificuldade inerente à sua detecção tornam
o problema sensivelmente mais complexo.

No contexto analógico, o conteúdo e o suporte são geralmente duas entidades inseparáveis. As


propriedades físicas que caracterizam o suporte fornecem, geralmente, pistas suficientes para
que a autenticidade do seu conteúdo possa ser aferida. No mundo digital este tipo de pistas não
existe. O ambiente tecnológico é propício à introdução de modificações provocando um clima
generalizado de desconfiança em relação à autenticidade deste tipo de material.

Entende-se por autenticidade a certeza de que um objecto (em analise) provem das fontes
anunciadas e que não foi alvo de mutações ao longo de um processo. Na Telecomunicação, uma
mensagem será autêntica se for, de facto, recebida na íntegra, directamente do emissor.
Outra definição de autenticidade seria a identificação e a segurança da origem da informação.
O nível de segurança desejado, pode-se consubstanciar em uma “política de segurança” que é
seguida pela organização ou pessoa para garantir que uma vez estabelecidos os princípios,
aquele nível desejado seja perseguido e mantido.

Autenticidade é a garantia de que você é quem diz ser. Em segurança de informação um dos
meios de comprovar a autenticidade é através da biometria que esta ligado directamente com o
controlo de acesso que reforça a confidencialidade e é garantida pela integridade. De um ponto
de vista mais reflexivo a autenticidade de uma pessoa é atestada quando ela consegue ver
espontânea e natural nas suas relações. Mais do que nunca, a autenticidade vem se tornando
rara porque há uma acro-estrutura cultural com o poder de homogenear gostos, tendências e
ideologias. Ser autêntico em era como a nossa não apenas é cada vez mais difícil como também
é cada vez mais valorizado.

Najar, P. P. (2017, p.9) “A autenticidade está associada com identificação correta de um usuário
ou computador. O serviço de autenticação em um sistema deve assegurar ao receptor que a
mensagem é realmente procedente da origem informada em seu conteúdo. ”

O mundo vive uma nova explosão no campo da informação, temos ambientes digitais que
permitem inúmeras atividades rotineiras, de pessoas e empresas. Como registro e espelho dessas
atividades, os documentos convivem com essa nova realidade e estão expostos aos diversos
perigos de tal. É comum conviver na internet com ameaças de ataques virtuais e degradação
dos suportes. Ainda nisso, encontra-se problemas da natureza de transmissão da informação.
Logo, a autenticidade se torna cada vez mais importante. Freitas (2012) apresenta os riscos da
autenticidade no meio digital:

“Na verdade, a autenticidade da informação digital é ameaçada sempre que há


intercâmbio entre utilizadores, sistemas e aplicações, ou sempre que a obsolescência
tecnológica obriga a atualizações ou substituição do hardware e/ou software utilizado
para armazenar, processar e comunicar essa mesma informação. Por conseguinte, a
presunção da autenticidade dos objetos digitais deve assentar nas evidências fornecidas
pela meta informação que por sua vez fornece elementos sobre as estratégias de
preservação utilizadas, o histórico da custódia, o formato dos ficheiros, a estrutura do
conteúdo, entre outros.” (FREITAS, 2012, p.2).
A autenticidade aparece no meio digital agora como fundamental para a segurança da
informação e, consequentemente, dos documentos de arquivo.

Para a presunção de autenticidade, pode-se contar com muitas ferramentas e modos. Algumas
delas estão presentes todos os suportes documentais, como políticas administrativas de gestão
de documentos consistentes e confiáveis. Outras, mais especificamente ligadas à natureza dos
documentos digitais, são tecnologias e técnicas que garantem a autenticidade do material
digital, como a assinatura digital.

A autenticação é um processo que pode envolver vários métodos e aspectos, portanto, se


tornando algo mais complexo, ainda mais no meio digital. Nenhum dos métodos é excludente,
podem coexistir dentro da mesma configuração de um conjunto de documentos.

O processo de autenticação ocorre quando os usuários sabem que estão acessando as


informações desejadas do servidor correto, que os dados enviados chegaram ao destino e não
sofreram mudanças, assim como somente o receptor poderá ler as informações. Em
contrapartida, o servidor precisa garantir que está se comunicando com o usuário certo e o
conteúdo da mensagem e identidade do emissor estão corretos também. Fernandes, N. O. C
(2013, P.51)

Esse mecanismo pode ser realizado entre as partes envolvidas por meio de uma assinatura
digital ou mesmo utilizando o certificado digital, devidamente reconhecido pela AC
(Autoridade Certificadora – que é instituição responsável pelo credenciamento de assinaturas
digitais).

2.1.Princípio da Autenticidade

Fonte: Gran Cursos Online


O Princípio da Autenticidade garante a veracidade da autoria da informação, porém, não garante
a veracidade do conteúdo da informação. A autenticidade garante a veracidade do autor, de
quem de fato produziu aquela informação, não importando se o conteúdo é verdadeiro ou falso.

Não Repúdio: A Autenticidade garante também um subproduto, que é o Não Repúdio. O Não
Repúdio está contido na autenticidade e significa que o autor da informação não tem como
recusar que ele é o verdadeiro autor. Ou seja, o Não Repúdio é a incapacidade da negação da
autoria da informação.

2.2.Ferramentas do Princípio da Autenticidade

As ferramentas que garantem o Princípio da Autenticidade são a Biometria, a Assinatura


Digital e os Certificados Digitais.

2.2.1. Biometria

A Biometria é uma ferramenta que verifica algumas características físicas da pessoa para
certificar que aquela característica identifica a pessoa unicamente. A Biometria é muito
utilizada nos bancos.

2.2.2. Assinatura Digital

A assinatura digital identifica unicamente o autor da informação, garantindo a autenticidade.

2.2.3. Certificados Digitais

Os certificados Digitais garantem a autenticidade da autoria dos sites. Ex.: Quando um usuário
acessa um site de comércio eletrônico, geralmente há um cadeado no canto da tela, que mostra
o certificado digital do site, afirmando que aquele site de fato pertence àquela empresa.
3. Conclusão

A autenticação faz uso da troca de mensagens entre as partes para existir a autenticação,
restringindo o acesso via criptografia. Acreditamos sinceramente que esses procedimentos
digitais ainda demorarão um pouco para ser introduzidos totalmente no cotidiano das pessoas e
empresas, considerando as dificuldades de acesso a internet em algumas regiões do país, seu
custo, e claro, a cultura, pois ainda temos o costume de acreditar que um documento é
verdadeiro quando vemos o carimbo. Mas observamos também que as empresas que já estão
totalmente inseridas nesse processo informatizado, como bancos, grandes indústrias, já fazem
uso dessa tecnologia por considerar a segurança de seus dados crucial para a sobrevivência dos
negócios.
4. Referencias Bibliográficas

Fernandes, N. O. C. (2013). Segurança da Informação. Instituto Federal, Rondónia. Cuiabá-


MT.

Ferreira, M. (2006). Introdução à Preservação Digital – conceitos, estratégias e actuais


consensos. Guimarães, Portugal: Escola de Engenharia da Universidade do Minho.

Freitas, C. V. (2010). A autenticidade dos objectos digitais. FACULDADE DE LETRAS DA


UNIVERSIDADE DE COIMBRA.

Najar, P. P. (2017). Segurança da Informação. Www.aprenderdigital.com.br

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