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Laura Manuel

Lucas Armando Pedro


Luísa da Silva Mazage
Lurdes Paulo Magesso
Márcio Armando

Assinatura Digital
(Licenciatura em Agro-pecuária 3º Ano)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Laura Manuel
Lucas Armando Pedro
Luísa da Silva Mazage
Lurdes Paulo Magesso
Márcio Armando

Assinatura Digital
(Licenciatura em Agro-pecuária 3º Ano)

Trabalho de pesquisa de carácter avaliativo, a ser


apresentado no curso de Agro-pecuária, Departamento
de Ciências Alimentares e Agrárias na Cadeira de
Informática Básica.

Docente: Ms. Delfin da Silva

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Índice
Declaração de honra ............................................................................................................................. v

Dedicatória .......................................................................................................................................... vi

Agradecimentos ................................................................................................................................. vii

1. Introdução ........................................................................................................................................ 8

1.1. Objectivos do trabalho .............................................................................................................. 8

1.1.1. Geral ................................................................................................................................... 8

1.1.2. Específicos .......................................................................................................................... 8

1.2. Metodologia .............................................................................................................................. 8

3. Os documentos electrónicos autênticos ........................................................................................... 9

3.1. Assinatura Digital .................................................................................................................... 10

3.1.1. O certificado digital .......................................................................................................... 12

3.1.2. Importância das assinaturas digitais e documentos electrónicos ...................................... 13

Conclusão........................................................................................................................................... 15

Bibliografia ........................................................................................................................................ 16
v

Declaração de honra

Declaramos por nossa honra que este trabalho sobre assinatura digital é fruto da nossa pesquisa
grupal, no entanto, do 7º grupo, e das orientações do Docente da cadeira de Informática Básica. As
informações são originárias da consulta comum, cujas fontes estão devidamente mencionadas no
texto e na bibliografia. O mesmo nunca tinha sido apresentado em outras instituições com o fim
para qual foi elaborado.

Os elementos do grupo:
________________________
/Laura Manuel/

________________________
/Lucas Armando Pedro/

________________________
/Luísa da Silva Mazage/

________________________
/Lurdes Paulo Magesso/

_______________________
/Márcio Armando/
vi

Dedicatória

Dedicamos este trabalho aos nossos encarregados de educação, parentes, pelo apoio incondicional
no nosso percurso académico, pelos ensinamentos e encorajamento pelos caminhos que trilhamos
até o momento apesar das dificuldades.
vii

Agradecimentos

A Deus todo-poderoso pela vida e saúde, às nossas famílias por acreditar no nosso potencial rumo a
futuro próspero, ao docente da Cadeira de Informática Básica, Mestre Delfin da Silva, pela
dinâmica imprimida com vista a promover noções de Informática. Aos Docentes do Departamento
de Ciências Agrárias e Alimentares da Universidade Rovuma, Extensão de Niassa em especial aos
do curso de Agro-pecuária pela sua dedicação na instrução aos seus estudantes, particularmente a
nós do sétimo grupo, pois sua entrega tem estimulado de forma motivacional no nosso aprendizado.
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1. Introdução
As assinaturas digitais surgiram com o advento das tecnologias de informação e comunicação, isto
é, através do uso generalizado de computadores no mundo. São as mais sofisticadas formas de
tornar um documento electrónico autêntico, confiável e acima de tudo, íntegro. Portanto, as
assinaturas digitais permitem uma identificação inequívoca do criador de um documento eletrônico,
assim como de garantir a integridade do documento.

1.1. Objectivos do trabalho


1.1.1. Geral
 Compreender o conceito e funções da assinatura digital.

1.1.2. Específicos
 Definir a assinatura digital e outros elementos a ele associados;
 Descrever a importância das assinaturas digitais na documentação electrónica.

1.2. Metodologia
Na elaboração do presente trabalho recorreu-se ao método bibliográfico com fontes de Diegues
Monteiro e Ernesto Bodê de 2008 e 2006 respectivamente.
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3. Os documentos electrónicos autênticos

Actualmente fala-se de diversos tipos de assinaturas, diversas maneiras de comprovar a autoria em


um documento. Portanto, além das assinaturas autógrafas, pode-se falar em “assinaturas
electrónicas” Menke (2005, p. 41 citado por Bodê, (2006).

O mesmo cita dispositivos biométricos (para leitura de digitais da mão ou íris dos olhos), análise
por computador de assinaturas de próprio punho e até identificação por senhas individuais. Dentro
deste grupo “electrónico” encontram-se as assinaturas digitais baseadas no uso de chaves
criptográficas. Na verdade, sempre que se fala em qualquer tipo de processamento por computador,
refere-se a assinaturas digitais, uma digital humana ou qualquer outra informação, será interpretada
pelo computador como um número binário digital, em última instância. No entanto, as assinaturas
com a estrutura criptográfica assimétrica, oferecem uma segurança ímpar na actualidade.

A segurança oferecida pelo uso de chaves assimétricas tem-se mostrado tão eficaz que, tanto
culturalmente como juridicamente, esta técnica deve se equiparar às assinaturas tradicionais:

“Se, até recentemente, a escrita manual era o único meio conhecido de gerar um sinal distintivo
único e exclusivo, é evidente que para o Direito não se deixava margem para questionar o que se
entendia por „assinatura‟. Na medida em que a evolução da técnica permite uma „assinatura
electrónica‟ que possua essas mesmas características, possível se mostra dar-lhe o mesmo
significado e eficácia jurídica da assinatura manual” (MARCACINI, 2002, p.84, apud Bodê, 2006).

A expressão Documento Electrónico não refere-se simplesmente a um documento com suporte,


trata-se de algo muito mais complexo, que traz uma nova gama de desafios, no caso da
arquivologia, desafios estes relacionados principalmente à Gestão Documental (que deve incluir
Preservação Documental de documentos electrónicos). Além de problemas que podem se estender
até a própria questão da preservação da memória. Antes de mais nada, na verdade, nem mesmo
existe um suporte electrónico ou digital (documento digital é outro termo bastante recorrente).

Bode (2006), destaca que na prática, existem equipamentos, estes electrónicos, que são
imprescindíveis para compreensão do conteúdo (codificado digitalmente) gravado em suportes
como a fita magnética (plásticos e substâncias ferromagnéticas), disquetes (plásticos e substâncias
ferromagnéticas), discos rígidos (metais magnetizáveis), discos ópticos (plásticos, diferentes metais
e outras substâncias químicas), compact discs (CD´s - plásticos, e outros, além das tecnologias que
surgirão nos próximos anos.
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Os documentos electrónicos, tornam-se, a partir das últimas décadas, uma confluência para todos
estes géneros. É possível encontrar documentos electrónicos (formatos electrónicos de arquivo 12,
em termos de estruturação lógica e codificação digital), gravados em um suporte qualquer, com
conteúdos textuais, imagens fixas e em movimento, sonoros e outros.

3.1. Assinatura Digital

De acordo com Monteiro (2008) para entender-se o processo de certificação digital, que é o meio de
assinarmos digitalmente um documento, precisa-se compreender previamente alguns conceitos
implícitos ao tema, como o algoritmo, a criptografia e a função hash.

Para o autor, um algoritmo é uma função matemática complexa que executa um conjunto de
processos para efectuar um cálculo, ou seja, uma sequência de instruções executada até que
determinada condição se verifique. Em uma analogia poderíamos dizer que um algoritmo seria uma
receita, os passos necessários para se realizar uma tarefa.

Em relação a criptografia, Monteiro (2008) explica que a palavra criptografia significa: “a arte de
escrever em códigos de forma a esconder a informação em um texto incompreensível.” Chamamos
a informação codificada de texto cifrado. O procedimento de codificação é chamado de cifragem,
sendo o procedimento inverso, ou seja, de obter a informação original a partir do texto cifrado,
chamado de decifragem. Actualmente existem dois tipos de criptografia: a simétrica e a assimétrica.

A criptografia simétrica se utiliza de apenas uma chave para realizar a cifragem e a decifragem da
informação por meio do algoritmo. Como a mesma chave deve ser utilizada na cifragem e na
decifragem, todas as partes devem ter conhecimento da chave que cifra e decifra os dados. Já a
criptografia assimétrica utiliza algoritmos que trabalham com chaves duplas, ou seja, chaves
distintas. Uma é a chave privada e a outra a chave pública, ambas geradas simultaneamente pelo
algoritmo e relacionadas entre si; são um par de chaves. A operação executada por uma, só pode ser
revertida pela outra. A chave privada é mantida em sigilo, só sendo conhecida pelo seu dono. Já a
chave pública é de acesso geral, disponibilizada e tornada acessível a qualquer indivíduo que deseje
se comunicar com o proprietário da chave privada correspondente.

“A função de hash gera um resumo, ou seja, uma função de hash resume em uma linha de código
um documento inteiro, por exemplo. Dessa forma, ganha-se muito em desempenho (velocidade e
tempo) quando se utiliza uma função de hash na criptografia, pois, os algoritmos criptográficos são
em geral complexos e lentos. Utiliza-se, então, a função de hash para resumir o documento e em
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seguida criptografa-se o resumo, ganhando-se tempo no processo de geração da assinatura digital”


(Monteiro, 2008, p.11).

A palavra assinatura, de acordo com Train (2005), citado por Bodê (2006) é de origem grega e
formada pelas partes que, em português, significam secreta (cripto) e escrita (grafia).

Uma das definições de dicionário da palavra assinatura é “nome escrito, firma” ou “marca, desenho
ou modelo próprio de alguém” (Ferreira, 1986, p. 185 cit. Bodê, 2006), note-se a ênfase para a
assinatura autógrafa nome de uma pessoa ou a sua representação, feito de próprio punho sobre um
documento para indicar sua autoria ou avalizar seu conteúdo.

Para Rondinelli (2002) citado por Bodê (2006), refere que no âmbito da análise diplomática uma
assinatura faz parte da estrutura de um documento como uma “anotação intelectual. É um dos
elementos que podem ser utilizados para a autenticação de um documento. As assinaturas em si são
objectos de discussões jurídicas também, o que é natural, visto que sua presença está directamente
ligada à comprovação de direitos e deveres através dos documentos assinados. E hoje, em função da
existência de contratos firmados através da internet, muitas vezes em países diferentes, o conceito
jurídico de assinatura tende a se tornar amplo para abarcar todas as possibilidades de manifestação
desta.

Nestes termos, Bodê (2006), recorrendo a obra de Correia apud Blum, (2001, p. 47) descreve que:

[…] “o termo assinatura significa, numa acepção ampla, qualquer ato pelo
qual o autor de um documento se identifica e manifesta a sua concordância
com o conteúdo declarativo dele constante, isto é, o ato de autenticação pelo
próprio autor do documento por ele gerado ou gerado por terceiro e cujo
conteúdo este aprova ou aceita. Portanto, a assinatura constitui um sinal ou
meio, susceptível de ser usado com exclusividade e aposto a um documento,
através do qual o autor deste:
 revela a sua identidade pessoal de forma inequívoca;
 manifesta a sua vontade de gerar o documento e emitir as
declarações de vontade ou conhecimento dele constantes ou ainda,
aderir ao seu conteúdo;
 na medida do possível, procura preservar a integridade do
documento, isto é, sua inalterabilidade, máxime quando é objecto de
comunicação com outra pessoa”.
De acordo com Monteiro (2008), “A assinatura digital é um mecanismo de proteção de dados que
circulam na rede. Sua importância reside em permitir uma identificação inequívoca do criador de
um documento eletrônico, assim como de garantir a integridade deste documento. Em termos
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práticos, é um código inserido em um documento eletrônico por meio da chave criptográfica


pessoal. Com o par desta chave, a chave pública, de conhecimento geral, é possível checar a
procedência e integridade deste documento”.

Para Bodê (2006) “a compreensão do que é a assinatura digital, do ponto de vista tecnológico,
possibilitará uma melhor compreensão do papel dos documentos no âmbito da arquivologia, no que
cabe à Gestão Documental e consequências para os arquivos permanentes”.

[…] “quando falamos em assinaturas digitais, não estamos nos referindo à visualização de uma
assinatura tradicional de próprio punho, digitalizada a partir de um scanner ou outro equipamento
similar. A base para o uso de assinaturas digitais é a criptografia, definida como a “Arte de escrever
em cifra ou em código” (Ferreira, 1986, p. 499 apud Bodê, 2006).

Os programas de computador, a fim de checar uma assinatura digital realizam duas operações:
calculam o hash do documento e decifram a assinatura com a chave pública do emitente. Obtendo-
se sucesso na operação, a assinatura está correta, o que significa que foi gerada pela chave privada
corresponde à chave pública utilizada na verificação e que o documento está íntegro. Se a chave
pública não decifrar correctamente o documento, a assinatura está incorreta, o que significa que
pode ter havido alterações no documento ou na assinatura.

A assinatura digital fornecerá, dessa forma, duas certezas: autenticidade, garantia da autoria em um
documento ou identificação em uma transação; integridade, fidelidade do documento recebido em
relação ao original enviado. Ao termos sucesso na checagem de uma assinatura digital com uma
chave pública, podemos afirmar com convicção que aquele documento foi gerado pelo detentor da
chave privada correspondente, sendo assim autêntico. Além disso, também podemos afirmar que o
documento não teve seu conteúdo alterado no caminho que percorreu, estando assim íntegro.

3.1.1. O certificado digital


De cordo com Monteiro (2008), o certificado digital é o documento electrónico assinado
digitalmente que dá validade à assinatura digital, isto é, ele associa uma pessoa ou entidade a uma
chave pública. A fim de se garantir a validade do certificado digital disponível na rede, ou seja, que
ele realmente corresponde à pessoa, física ou jurídica, que se diz seu titular, surgiram as
Autoridades Certificadoras (AC), que atestam a identidade do dono dessas chaves. Dessa forma, ao
receber um documento assinado digitalmente podemos nos dirigir ao site da Autoridade
Certificadora e obter o certificado digital correspondente à pessoa que o enviou. Este, além de
conter os dados dessa pessoa também contém a chave pública a ser utilizada. Um certificado digital
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contém, em geral, informações como o nome da pessoa ou da entidade a ser associada à chave
pública, o período de validade do certificado, a chave pública a ser utilizada para checagem da
assinatura digital, o nome e assinatura da entidade que assinou o certificado, seu número de série, o
algoritmo utilizado, entre outras. Em alguns países as autoridades certificadoras são pessoas
jurídicas privadas, por essa razão, podem ser acreditadas ou não, conforme possuam aval de alguma
autoridade governamental para prestarem esse serviço.

O certificado digital possui um período de validade. Só é possível assinar um documento


digitalmente com esse certificado enquanto ele é válido. Já a checagem dos documentos assinados
digitalmente por esses certificados pode ser feita a qualquer tempo, mesmo após o certificado
expirar. Após a revogação ou expiração do certificado, todas as assinaturas realizadas com este
certificado tornam-se inválidas, mas as assinaturas realizadas antes da revogação do certificado
continuam válidas se houver uma forma de garantir que esta operação foi realizada durante o
período de validade do certificado, como por exemplo com a técnica do carimbo de tempo que
adiciona uma data e hora à assinatura, permitindo determinar quando o documento foi assinado.

O certificado digital pode ser revogado antes do período definido para expirar, nesse caso, ele deve
ser incluído na Lista de Certificados Revogados (LCR) que é a publica. A publicação dessas listas
se da com a periodicidade que a AC definir, podendo essas listas ser consultadas a qualquer
momento para se verificar se um certificado se encontra válido ou não. A validade dos certificados
reforça a cadeia de confiança, mantendo-a actualizada e renovando também o vínculo entre o
usuário e a AC. Essa renovação é importante até mesmo para o caso de uma substituição da chave
privada por uma outra tecnologicamente mais avançada ou devido a possíveis mudanças ocorridas
nos dados do usuário. Essas alterações têm como objetivo tornar mais robusta e segura a cadeia.

3.1.2. Importância das assinaturas digitais e documentos electrónicos

Os documentos electrónicos trazem diversas vantagens, entre elas:


 Rápida recuperação num acervo (desde que correctamente descritos e indexados);
 Necessidade de pouco espaço físico para armazenamento;
 Possibilidade de acesso (pelo menos de leitura) por vários usuários ao mesmo tempo e
inclusive em localidades geograficamente distintas, além de outras.

Por seu turno, a assinatura digital é um mecanismo de protecção de dados que circulam na rede que
permite:
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 Uma identificação inequívoca do criador de um documento electrónico bem como de


garantir a integridade do documento;
 Basicamente a assinatura digital é uma espécie de identidade no mundo virtual. Com ela, é
possível firmar compromissos em documentos digitais com tecnologia capaz de identificar o
seu emissor;
 Em fim, a assinatura digital consiste num código anexado a mensagem que vai garantir
autenticidade (garantia da fonte), integridade (hash), não-repúdio (irrefutabilidade).
Portanto, auxilia na prevenção de fraudes.
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Conclusão

A assinatura digital é um mecanismo de proteção de dados que circulam na rede. Sua importância
reside em permitir uma identificação inequívoca do criador de um documento eletrônico, assim
como de garantir a integridade deste documento.

Ao abordar matéria relacionada a assinatura digital é imperiodo destacar outros conceitos a ela
associados, tais como, o certificado digital que constitui um documento electrónico assinado
digitalmente que dá validade à assinatura digital, isto é, ele associa uma pessoa ou entidade a uma
chave pública; algoritmo, uma função matemática complexa que executa um conjunto de processos
para efectuar um cálculo, ou seja, uma sequência de instruções executada até que determinada
condição se verifique; criptografia que significa arte de escrever em códigos de forma a esconder a
informação em um texto incompreensível; e a função de hash que gera um resumo, ou seja, uma
função de hash resume em uma linha de código um documento inteiro.

Quanto a sua importância, a assinatura digital é um mecanismo de protecção de dados que circulam
na rede que permite uma identificação inequívoca do criador de um documento electrónico bem
como de garantir a integridade do documento; firmar compromissos em documentos digitais com
tecnologia capaz de identificar o seu emissor; garantir autenticidade, integridade e irrefutabilidade.
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Bibliografia

BODÊ, E. C. (2006). Assinaturas Digitais e Arquivologia; Arquivística.net; v.2, n.1; Rio de Janeiro,
Brasil, p.52-69.

MONTEIRO, G. D. (2008). A Assinatura Digital no Direito Brasileiro.; Monog.UFRJ; Rio de


Janeiro, Brasil; p. 8-14.

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