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FISIOLOGIA VEGETAL
ESTUDOS BÁSICOS E MAIS APROFUNDADOS, INDEPEN-
DENTES DA IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA ESPÉCIE
DORMÊNCIA DE SEMENTES
OBJETIVO PRINCIPAL: CONHECIMENTO DO PROCESSO
AGRONOMIA
JULIO MARCOS FILHO
TECNOLOGIA DE SEMENTES TENTATIVA DE AMPLIAR CONHECIMENTOS SOBRE
DEPTO. PRODUÇÃO VEGETAL ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
USP/ESALQ
OBJETIVO PRINCIPAL É A OBTENÇÃO DE SUBSÍDIOS
PARA USO CORRETO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
DESSECAÇÃO
DEPOSIÇÃO DE RESERVAS (FASE IV)
(FASE III)
FORMAÇÃO / MATURAÇÃO
Matéria seca do embrião
DIVISÃO E EXPANSÃO
CELULAR
(FASES I e II)
HISTODIFERENCIAÇÃO
REPOUSO FISIOLÓGICO
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REPOUSO FISIOLÓGICO
Ambiente desfavorável à germinação
CRESCIMENTO EMBRIÃO Repouso (temperatura e água)
ZIGOTO
DIFERENCIAÇÃO MADURO
Mecanismos de bloqueio do metabolismo,
localizados em tecidos da planta
QUIESCÊNCIA
Ação principal: prevenção da germinação enquanto QUANDO A SEMENTE ENTRA EM REPOUSO, O TIPO DE
as condições de ambiente não são favoráveis LATÊNCIA (REPOUSO) JÁ ESTÁ ESTABELECIDO,
COM BASE EM INFORMAÇÃO GENÉTICA PRÉ-
EXISTENTE
REATIVAÇÃO DO RETOMADA DO
AMBIENTE
CRESCIMENTO
FAVORÁVEL METABOLISMO EMBRIONÁRIO COMO A PLANTA OU A SEMENTE
RECEBE (m) O “SINAL” ?
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REPOUSO FISIOLÓGICO REPOUSO FISIOLÓGICO
ABA
Henk Hilhorst
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ENTRADA E SAÍDA DA DORMÊNCIA
CONCEITUAÇÃO CONCEITUAÇÃO
Dormência é um fenômeno em que as sementes não Dizem-se dormentes as sementes que, depois de
germinam quando expostas a condições favoráveis expostas a determinadas condições de ambiente,
de ambiente, devido à atuação de fatores internos durante a maturação ou após a maturidade,
(Diversos autores) apresentam alteração restritiva das condições
exigidas para a germinação (Labouriau, 1983)
Dormência é o estado de repouso fisiológico em que
a semente, em função de sua estrutura ou A dormência não é uma condição negativa acidental:
composição química, possui um ou mais é uma modalidade de desenvolvimento, um padrão
mecanismos bloqueadores da germinação de diferenciação
(Villiers, 1972)
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CONCEITUAÇÃO CONCEITUAÇÃO
CONCEITUAÇÃO
INDUÇÃO DA DORMÊNCIA
5
80 80
40 40
0 0
80
Germinação (%)
Teor de água (o)
Sementes duras (●)
40
Germinação de sementes secas (▲)
Embebição (horas) 0
18 25 32 39 46 53 60
Incidência de sementes com tegumentos impermeáveis a água, quando plantas Dias após a antese
de soja se desenvolveram em condições de deficiência hídrica ou com
suprimento adequado de água (Hill et al., 1986) (Demir, 1997)
Sementes de quiabo
INDUÇÃO DA DORMÊNCIA
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Qualidade da luz
INDUÇÃO DA DORMÊNCIA
R-treatment
3. Fotoperíodo / luminosidade
40
Heteroblastia ou polimorfismo
Exemplos: variações em função da posição na panícula,
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luz no interior da vagem e da posição da vagem na planta,
incandescente frutos de quiabo
20 40 60 80 100
Período pós-colheita (dias)
5. Nutrição mineral
Efeitos da qualidade da luz durante
a maturação sobre a dormência de Exemplo: em trigo, baixos níveis de K → > ABA → > dormência
sementes de Arabidopsis thaliana
(Hayes & Klein, 1974).
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SIGNIFICADO DA DORMÊNCIA SIGNIFICADO DA DORMÊNCIA
PLANTA / SEMENTE AGRICULTURA
Germinação apenas em ambiente favorável
Conservação da semente durante longo período
Maior longevidade da semente
Resistência ao ambiente em campo e no armazém
Resistência a condições adversas de ambiente
Impede a viviparidade
Distribuição da germinação no tempo: polimorfismo
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SIGNIFICADO DA DORMÊNCIA
AGRICULTURA
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TIPOS DE DORMÊNCIA Ciclos de Dormência
2. SECUNDÁRIA
Dormência Dormência
Ocorre esporadicamente, após a maturidade ou a Superada
Germinação
Primária
dispersão, em resposta ao ambiente
Sementes que não eram dormentes
Sementes que haviam superado a dormência
Em recesso, o aparato para desencadear a manifes-
Dormência
tação do mecanismo que determina a dormência Secundária
Secagem de sementes de sorgo
Representação esquemática das transições entre dormência e germinação
Secagem de sementes de arroz
(contínua reversão de dormência na mesma semente) Hilhorst, 1998
Alface x termodormência ou termoinibição
A contínua reversão dormência / não dormência caracteriza o ciclo
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CAUSAS DA DORMÊNCIA IMPERMEABILIDADE DA “COBERTURA” À ÁGUA
Exemplos: soja perene, alfafa, calopogônio, trevos, leucena,
AMEN (1968) centrosema, mucuna preta, quiabo, flamboyant, corda de
viola, cuscuta SEMENTES DURAS
Causas
- IMPERMEABILIDADE DA “COBERTURA” À ÁGUA
a) Porosidade do tegumento: ausência ou baixa densidade
Poros
- EQUILÍBRIO ENTRE PROMOTORES E INIBIDORES cutícula
epiderme
hipoderme
parênquima
Monalisa
Causas
b) Suberina e/ou lignina nas camadas superficiais
do tegumento
(cutícula e epiderme)
c) Fechamento da fenda hilar
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Espécie: Acacia caven
Tratamento: ácido sulfúrico (90 min)
Testemunha Tratada
da “cobertura”
Exemplos: pêssego, manga, castanha do Brasil,
(%)
Permeabilidade do tegumento de sementes de soja com diferentes Enfraquecimento de paredes celulares: endo-β-mananase
classes de tamanho: média de 09 genótipos (Hill et al, 1986)
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Endosperma
lateral
Endosperma
micropilar
Embrião
Aspectos do crescimento do eixo embrionário (Ee) no
interior do endosperma (En), sem que ocorra protrusão
da raiz primária, em sementes sem pericarpo.
(Nascimento, 2002)
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Épocas Câmara Fria e Armazém Armazém IMATURIDADE DO EMBRIÃO
(meses) Seca Convencional 1 Convencional 2
0 76,8 76,8 76,8 Exemplos: alface (endosperma), abóbora, arroz, aveia,
cenoura, beterraba, cevada, maçã, trigo, Xanthium, gramíneas
3 251,2 420,2 703,7 forrageiras (Panicum, Brachiaria,Paspalum), pêssego, manga,
castanha do Brasil
6 256,8 465,0 701,2
Possíveis causas
9 293,6 490,7 877,4
Desuniformidade de maturação
12 297,0 491,2 902,0
Exigências específicas de ambiente
Valores da atividade da α-amilase (mU) em extratos de sementes de Equilíbrio promotores x inibidores
arroz, quantificadas durante o armazenamento em diferentes locais em
ambientes (Vieira et al, 2008) Efeitos do ambiente sobre as membranas (Gel)
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Modelo de dormência e germinação, com funções seletivas de hormônios
60 (Khan, 1980)
G C I
Germinação (%)
G C I Germinação
40
G C I
G C I
20
G C I
G C I Dormência
20 40 60 G C I
Período a 20oC (dias)
G C I
Variações na germinação de sementes de maçã, associadas à remoção progressiva
do tecido cotiledonar (Bewley & Black, 1985). Fisiologicamente não efetivo Fisiologicamente efetivo
Armazenamento (meses)
Cultivar
2 8 12
1 00 46 89
2 02 45 92
3 95 94 96
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TRATAMENTOS PARA SUPERAR A DORMÊNCIA Inicial 6 meses 12 meses
Dias após Região do
Germin Dorm Germin Germin
o floresc. capítulo
- Profundidade da dormência é inversamente proporcional à (%) (%) (%) (%)
idade da semente Central 7 93 96 92
30 Interm. 7 93 97 91
- Dormência pode persistir por períodos curtos ou prolongados
Periférica 7 92 98 89
Armazenamento Condições normais Todas U (%) G (%) Com casca* Sem casca* Secagem**
Escarificação mecânica Uso de material abrasivo ITA, ITG COSTA RICA 1113 25,2 00 06 62 100
Luz Germinadores ou semeadura superficial ITG, IF, SPI
Baixas temperaturas 5 a 10oC, em ambiente úmido ITG, IF, SPI INIAP – 7 21,2 06 10 68 90
Água quente Imersão em água, a 60oC (1 a 2 minutos) ITA
Em laboratório, a 0,2% (umedecer TIKAL – 2 20,0 06 06 36 95
Nitrato de potássio ITG, IF
substrato)
Lavagem em água corrente Durante 10 minutos IF, SPI CICA 6 21,2 08 22 12 97
SPI: balanço entre promotores e inibidores Germinação de sementes de 07 cultivares de arroz recém colhidas e após
tratamentos para superar a dormência (ARREGOCÉS, s.d.)
IF: imaturidade fisiológica do embrião
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Teor de 3 MESES 12 MESES
Água (%)
Não esc. Escarificada Não esc. Escarificada
8,1 91 90 95 91
8,9 93 87 82 75
11,0 92 63 79 37
13,0 87 43 75 32
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