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1º Semestre -2022
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Bacia hidrográfica exorreica e
endorreica
B
Ponto alto, cume
Linha de nível
Curso de água
Secção de referência
B Lago
A
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Balanço hídrico numa bacia hidrográfica
Bacia exorreica
única entrada de água – precipitação;
únicas saídas de água – evaporação e evapotranspiração
+ escoamento através da secção de referência da bacia
hidrográfica.
Bacia endorreica
única entrada de água – precipitação;
única saída de água – evaporação e evapotranspiração.
Escoamento subterrâneo a entrar ou a sair da bacia
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é desprezável.
Bacia exorreica e endorreica
A grande maioria das bacias hidrográficas são
exorreicas.
Normalmente os lagos drenam para um rio.
Exemplo: Lago Niassa drena através do rio Chire,
afluente do rio Zambeze.
Na África Austral, a mais conhecida bacia
endorreica é a do rio Okavango que termina num
grande delta interior.
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Delimitação duma bacia hidrográfica
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Gestão dos recursos hídricos
Bacia hidrográfica – unidade mais conveniente para
a gestão dos recursos hídricos, é onde se verificam
as relações mais estreitas entre:
recursos hídricos numa secção de um curso de água e
recursos hídricos noutra secção a jusante da primeira;
recursos de água superficiais e de águas subterrâneas;
consumos de água e rejeição de efluentes a montante e
disponibilidades de água a jusante, em termos de
quantidade e qualidade;
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Gestão dos recursos hídricos
modificações na ocupação do solo ou obras hidráulicas
no rio e nas margens e consequentes modificações
morfológicas ou das características do escoamento a
montante e a jusante.
Difícil de materializar se os limites da bacia
hidrográfica não coincidem com os limites
administrativos do país ou quando bacias são
partilhadas por dois ou mais países.
Institucionalização da gestão de recursos hídricos
com base em regiões constituídas por uma bacia ou
um conjunto de bacias hidrográficas contíguas;
cinco ARAs em Moçambique (Lei de Águas, 1991).
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Principais bacias
hidrográficas
Áreas (km²)
Bacias em Moçam. Total
1 Maputo 1.570 29.800
2 Umbelúzi 2.400 5.600
3 Incomáti 14.400 46.200
4 Limpopo 79.600 412.000
5 Save 4.600 88.400
6 Búzi 25.800 28.800
7 Pungoé 28.000 29.500
8 Zambeze 140.000 1.200.000
9 Licungo 27.700 27.700
10 Ligonha 16.300 16.300
11 Lúrio 60.800 60.800
12 Messalo 24.000 24.000
10
13 Rovuma 101.200 155.400
Linha de separação freática
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Características geométricas
Área
Perímetro
Índice de Gravelius
Factor de forma
Rectângulo equivalente
Índice de alongamento
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Área, perímetro, índice de Gravelius
• Área de drenagem – área da projecção sobre um
plano horizontal da superfície da bacia de
drenagem.
• Perímetro – perímetro da projecção sobre um
plano horizontal da superfície da bacia de
drenagem.
• Índice de compacidade ou de Gravelius
P 0,282 P
Kc = =
A A
2
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Índice de Gravelius
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Constância do escoamento
Classificação dos rios quanto à constância do
escoamento:
perenes – em condições naturais, têm sempre água;
intermitentes – em condições naturais, têm água durante
a época húmida e secam na estiagem;
efémeros – apenas têm água durante e imediatamente a
seguir aos períodos de precipitação.
Condições naturais:
consumos podem reduzir muito os caudais de estiagem;
barragens originam caudais de estiagem superiores aos
naturais. 20
Ordem dos cursos de água
Ordem dos cursos de água – classificação para
caracterizar o grau de ramificação da rede
hidrográfica da bacia, determinada a partir dum
mapa.
Critério de Horton
confluência de duas linhas de água de ordem 1 origina a
jusante uma linha de água de ordem 2;
genericamente, confluência de duas linhas de água de
ordem n gera a jusante uma linha de água de ordem n+1;
processo inicia-se com as linhas de água mais pequenas,
que não recebem afluentes, e progride de montante para
jusante, até à secção de referência da bacia. 21
Ordem dos cursos de água
Critério de Horton (cont.)
Após definição do rio principal, a mesma ordem é
atribuída a toda a extensão do rio até à nascente.
Para determinar, em cada secção de confluência, qual o
curso do rio principal para montante:
Escolhe-se a linha de água, a montante da confluência, que faz o
menor ângulo com o rio principal.
Se ambas as linhas de água a montante da confluência fazem
aproximadamente o mesmo ângulo com o rio principal, escolhe-
se a de maior comprimento.
Se ambas as linhas de água têm o mesmo comprimento, escolhe-
se a linha de água com maior área de drenagem.
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Actualmente, usam-se os critérios por ordem inversa.
Ordem dos cursos de água
Critério de Strahler – simplificação do critério de
Horton, eliminando a definição do rio principal até à
nascente
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Densidade de drenagem e percurso
médio sobre o terreno
• Densidade de drenagem l i
= i
A
• Percurso médio sobre o terreno
1
Lp
2
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Características do relevo
Curva hipsométrica
Altitude média, altura média
Perfil e declives do leito
Declive médio da bacia
Índices de declive
Curva hidrodinâmica
Coeficientes de massividade e orográfico
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Características do relevo
Curva hipsométrica – curva A (z), A – área da bacia
acima da altitude z, em km2 ou % da área total da
bacia, obtida a partir da carta hipsométrica.
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Carta hipsométrica
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Altitude e altura médias
A total
• Altitude média Z=
0
z da
A total
A total
• Altura média H=
0
h da
Atotal
H Z z100
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Perfil do rio e declives do leito
Perfil do rio – representação gráfica da função z (L),
z – cota duma dada secção do rio, L – respectiva
distância à secção de referência (foz do rio ou
secção de confluência).
Declives do leito
Declive médio
Declive 10;85
Declive equivalente
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Declives do leito
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Declive médio da bacia
• Método de Alvord – carta com curvas de nível
espaçadas de D.
= D L n
= D L n
in
d n Ln An
An i n Ln D L
I= =D =
An An A
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Índices de declive
• Obtidos a partir do rectângulo equivalente.
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Curva hidrodinâmica
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Coeficientes de massividade e
orográfico
Coeficiente de massividade – quociente entre a
altura média da bacia, em metros, e a sua área, em
km2 .
Coeficiente orográfico – produto da altura média
pelo coeficiente de massividade.
Coeficiente orográfico > 6 – relevo acentuado.
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Outras características relevantes
Geologia
Solos
Cobertura vegetal
Uso do solo
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Geologia
Existência de formações permeáveis; aquíferos –
como são alimentados, interacção com rios e lagos.
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Solos
Influenciam a infiltração e a recarga de aquíferos.
Geologia e solos estão estreitamente relacionados com
erosão superficial.
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Cobertura vegetal
Aumenta a intercepção, reduz e retarda o
escoamento superficial; reduz a erosão devido à
chuva.
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Uso do solo
Florestas e matas garantem maior infiltração, menor
velocidade de escoamento superficial e menor
erosão que terrenos cultivados.
O tipo de vegetação influencia a evapotranspiração.
A substituição do coberto vegetal original por
floresta plantada (pinheiro, eucalipto) aumenta a
evapotranspiração, reduz o escoamento
subterrâneo e o escoamento superficial.
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Uso do solo
Urbanização tem um enorme impacto na hidrologia
da área:
Substitui áreas permeáveis por áreas impermeáveis.
Reduz a infiltração e a retenção superficial.
Aumenta o volume do escoamento superficial.
Reduz a resistência ao escoamento, faz com que a ponta
de cheia ocorre mais rapidamente.
Piora a qualidade da água que escorre superficialmente.
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Impacto da urbanização
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Efeito da urbanização na
hidrologia
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Efeito da urbanização
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