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Geomorfologia Fluvial

ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS


Bacia Hidrográfica X Geomorfologia

Somatório de Processos
Morfogenéticos

Questões Ambientais
CONSUMO DE ÁGUA

USO DOMÉSTICO: 200 LITROS/HABITANTE/DIA

USO DOMÉSTICO: 25% DA ÁGUA UTILIZADA

1 (UM) LITRO DE LEITE: 4 LITROS DE ÁGUA

1 (UM) TOMATE: 30,3 LITROS DE ÁGUA

1 KG DE CARNE DE BOI: 16.700 LITROS DE ÁGUA

1 KWH DE ENERGIA (UHEs): 15.142 LITROS DE ÁGUA (157,2 quilowatts-mês (kW-mês)

RESTAURANTES: 25 LITROS POR REFEIÇÃO

MATADOUROS: 300 LITROS/CABEÇA ABATIDA (GRANDE PORTE)

FÁBRICA DE PAPEL: 100-400 LITROS/KG DE PAPEL

POSTOS DE SERVIÇOS: 250 LITROS/AUTOMÓVEL/DIA


HOSPITAIS: 250 LITROS/LEITO/DIA
TINTURARIA: 90 LITROS/KG (ALGODÃO) E 30 LITROS/KG (POLIESTER)
Bacia Hidrográfica - Definições
Considerações sobre Bacia
Hidrográfica

Definida por uma seção de rio;

Representa toda a área de contribuição superficial que a água


escoa por gravidade até a seção do rio;

Delimitação gráfica ou através de geoprocessamento;

Importância: entre outras UNIDADE DE PLANEJAMENTO.


Conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e
subafluentes.

Conjunto de canais de escoamento interligados.

A idéia de bacia hidrográfica está


associada à noção da existência:

de nascentes

divisores de águas

Características dos cursos de água:

Principais

Secundários (afluentes e subafluentes)


A quantidade de água que atinge os cursos fluviais
depende:

•Tamanho da bacia
•Precipitação
•Regime de fluxo
•Infiltração
•Evapotranspiração
Bacia Hidrográfica

Dificuldade de determinar o divisor freático: variação sazonal do nível do lençol


 bacia determinada pelo divisor topográfico.
Bacia Hidrográfica

Dificuldade de determinar o divisor freático: variação sazonal do nível do lençol


 bacia determinada pelo divisor topográfico.
Delimitação de Bacia
Hidrográficas
Delimitação das Bacias
Hidrográficas
A delimitação de cada bacia hidrográfica é feita em uma carta topográfica, seguindo as
linhas das cristas das elevações circundantes da seção do curso d’água em estudo.

Atende apenas a fatores de ordem topográfica, define uma “linha de divisão de


águas”, que divide as precipitações que caem e que encaminham o escoamento
superficial resultante para um ou outro sistema fluvial;
Bacia hidrográfica (esquema)
8000/644

7980/644

Delimitação de
Bacias Hidrográficas
Orientação de Uma Bacia
Montante X Jusante;
Construção do Curso Fluvial

Montante – Erosão remontante


Provocar a captura de drenagem;

Jusante – progradação – deltas


Transporte sedimentar

Silte e argila em Materiais dissolvidos vão em


suspensão solução

Seixos e blocos são arrastados no leito Areia e areão são


transportados, geralmente, por
saltação
Importância do acarreio continental
Acarreio em ton/Km2/ano

AMAZONAS Ilhas da
: 1438 INDOCHINA
: 3000
INDOCHINA
: 3228

A amarelo estão áreas com acarreio <300 ton/Km2/ano


Foz Rio São Mateus
2005
2008
Foz Rio São Mateus

2013
2008
2013

2005
Mudanças de Linha Costeira e “Aquecimento Global”
Características Físicas das Bacias Hidrográficas
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS
HIDROGRÁFICAS
Quanto ao escoamento global:
Exorréica

Endorréica

Arréica

Criptorréica
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS
HIDROGRÁFICAS
Quanto ao escoamento global:
EXORRÉICA => quando o escoamento das águas se faz de
modo contínuo até o mar ou oceano, isto é, quando as bacias
desembocam diretamente no nível marinho;
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS
HIDROGRÁFICAS
Quanto ao escoamento global:
ENDORRÉICA => Quando as drenagens são internas e não
possuem escoamento até o mar, desembocado em lagos ou
dissipando-se nas areias do deserto, ou perdendo-se nas
depressões cárticas.

Grandes Lagos da América do Norte.


Lagoa dos Patos - RS
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS
HIDROGRÁFICAS
Quanto ao escoamento global:

CRIPTORRÉICA => Quando as bacias são subterrâneas,


como nas áreas cárticas. A drenagem subterrânea acaba
por surgir em fontes ou integrar-se em rios subterrâneos.
CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS
HIDROGRÁFICAS
Quanto ao escoamento global:

ARRÉICA => Quando não há nenhuma estruturação em


bacias hidrográficas, como nas áreas desérticas onde a
precipitação é negligenciável e a atividade eólica nas dunas é
intensa, obscurecendo as linhas e os padrões de drenagem.
Além das Bacias, os rios individualmente também foram objetos de
classificação:
Classificação dos Rios
Davis, propôs várias designações, considerando
a linha geral do escoamento dos cursos de água em
relação à inclinação das camadas geológicas.
– Conseqüentes;
– Subseqüesntes;
– Obseqüentes;
– Reseqüentes; e
– Inseqüentes;
S I

C
O R
Além das Bacias, os rios individualmente também foram
objetos de classificação:

Conseqüentes => são aqueles cujo o


curso foi determinado pela declividade da
superfície terrestre, em geral coincidindo
com a direção da inclinação principal das
camadas.

C
Subseqüentes => são aqueles cuja a direção
de fluxo é controlada pela estrutura
rochosa, acompanhando sempre uma zona
de fraqueza.

S
Obseqüentes => são aqueles que correm em
sentido inverso à inclinação das camadas ou
à inclinação original dos rios conseqüentes.
Em geral, descem das escarpas até o rio
subseqüente.

O
Reseqüentes => são aqueles que fluem na
mesma direção dos rios conseqüentes, mas
nascem em nível mais baixos.
Em geral, nascem no reverso de escarpa
e fluem até desembocar em um
subseqüente.

R
Inseqüentes => estabelecem-se quando não
há nenhuma razão para seguirem uma
orientação geral pré-estabelecida, isso é,
quando nenhum controle da estrutura
geológica se torna visível na disposição
espacial da drenagem.
São comuns em áreas planas e de
mesma composição litológica.
I
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM

Quanto a sua configuração:

dendrítica treliça retangular

paralela radial anelar


CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM
Quanto a sua configuração:
 Dendrítica
Também é designada como
arborescente. Utilizando-se dessa
imagem, a corrente principal
corresponde ao tronco, os tributários
aos ramos e as correntes de menor
categoria aos raminhos e folhas.

Os tributários distribuem-se em todas


as direções, e se unem formando
ângulos agudos.

Esse padrão é tipicamente


desenvolvido sobre rochas de
resistência uniforme, ou em estruturas
sedimentares horizontais. S/ Controle
Estrutural
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM

Quanto a sua configuração: Treliça

Caracteriza-se pela presença de tributários principais


alongados e retos e aproximadamente paralelos entre si e ao
curso principal, sendo que os tributários secundários entram
nos tributários principais com ângulo reto.
Sugere materiais de resistências diferentes aflorando
paralelamente entre si ou estruturas paralelas.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM

Quanto a sua configuração:


Retangular

Caracteriza-se pela presença de ângulos retos tanto no curso principal


como nos tributários.

A principal diferença para o padrão treliça é o não perfeito


paralelismo entre os cursos de água, sendo estes, ainda, menos
alongados.

Esse padrão é diretamente condicionado pelas diáclases e falhas que se


cruzam em ângulos retos .
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM

Quanto a sua configuração:


Radial

Caracteriza-se pelo fato dos cursos de água


irradiarem-se a partir de uma área central e nem
todos divergem necessariamente entre si, podendo
até haver união de dos ou mais rios quando, em
função de irregularidades do declive inicial, eles
correm obliquamente, um em direção ao outro.
Sugere regiões com domos estruturais ou
vulcões.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM

Quanto a sua configuração:


Centrípeto

Representa uma variação do padrão radial e


é característico de áreas com declives internos de
crateras e caldeiras e onde cristas topográficas
bordejam, circularmente, depressões, como no
caso de domos brechados e bacias estruturais.
CLASSIFICAÇÃO DA DRENAGEM

Quanto a sua configuração:


Paralelo

Caracteriza-se por uma série de cursos de


água que correm mais ou menos paralelos entre si
em uma extensão relativamente grande.
Sugere a existência de declives
unidirecionais extensos e suficientemente
pronunciados ou cristas lineares alongadas,
constituídas por estratos resistentes
uniformemente inclinados.
ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

Abordagem quantitativa:

a) Hierarquia fluvial;

b) Análise linear da rede de drenagem;

c) Análise areal das bacias hidrográficas;

d) Análise hipsométrica;
HIERARQUIZAÇÃO DOS RIOS
Uma bacia hidrográfica evidencia a
hierarquização dos rios, ou seja, a organização
natural por ordem de menor volume para os mais
caudalosos, que vai das partes mais altas para as
mais baixas.

Tal procedimento
visa facilitar os estudos
morfométricos, linear,
espacial e hipsométrico
das referidas bacias.
A) HIERARQUIA FLUVIAL

Consiste no processo de se estabelecer a classificação de um


determinado curso de água no conjunto total da bacia
hidrográfica.

Canais de 1ª Ordem – não possuem tributários;

Canais de 2ª Ordem – recebem tributários de 1ª ordem;

Canais de 3ª Ordem – receber um ou mais tributários de


2ª ordem e também de ordem 1ª;
Canais de 1ª ordem => não possuem tributários;
1

1 1
1
1

1 1

1 1

1
1
1

1 1

Strahler - 1952
1 1

1
Canais de 2ª ordem => somente recebem tributários de 1ª ordem;
1

1 1
1

2 2 1

1 2 1

1 1
2

1
1
1

1 2 1

1 1

Strahler - 1952 1 2
Canais de 3ª ordem => podem receber
1 um ou mais tributários de 2ª ordem,
1 1 mas também podem receber afluentes
1
de 1ª ordem;
2 2 1

1 2 1

3
1 1
2

3 1
1
1

1 2 1
3
2
3

1 1

Strahler - 1952 1 2
Canais de 4ª ordem =>
1 recebem tributários de 3ª
1 1 ordem e, também os de ordem
1
inferior.
2 2 1

1 2 1

3
1 1
2

3 1
1
1

1 2 1
3
2
3

4
1 1

Strahler - 1952 1 2 4

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