Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Disciplina de Geomorfologia

Prof. Doutor, Edson Fernandes Raso

Bacharel e Licenciado em Física – UP Beira


Mestre em Ciência e Tecnologia Mineral e Meio Ambiente – CDTN Brasil
PhD em Ciência e Tecnologia Mineral e Meio Ambiente – CDTN Brasil

Endereço eletrônico: rasoedsonfernandes@gmail.com


Contacto: +258849310074
Gênese do Relevo
Formas de Relevo Submarino

Plataforma continental é o prolongamento da área continental emersa com


profundidade de até 200m;

Apresenta-se na forma de planície submersa que margeia todos os continentes,


sua extensão varia de 70 km a 1.000 km.

É considerada a área mais importante do relevo submarino, onde a luz do sol


atinge praticamente o fundo oceânico, permitindo a ocorrência de fotossíntese.
Por isso, ficam aí as maiores regiões pesqueiras e também as bacias petrolíferas.
Gênese do Relevo
Formas de Relevo Submarino

Talude continental se forma imediatamente após a plataforma continental. Tem


origem sedimentar e inclina-se até o fundo oceânico, atingindo entre 3.000 e
5.000 metros de profundidade.

O relevo do talude continental não é regular. Nessa área encontra-se restos de


seres marinhos e argila muito fina. Pode-se ainda encontrar vulcões isolados e
dispostos em linha, que dão origem às ilhas oceânicas.
Gênese do Relevo
Formas de Relevo Submarino

Planície Abissal ou Bacia

São áreas extensas com mais


de 5.000m de profundidade.

Estendem-se desde o talude


continental até as encostas das
cordilheiras oceânicas.

Podem ser interrompidas por montes submarinos (altura entre 200 e 1.000m) ou até
por montanhas submarinas de origem vulcânica (mais de 1.000m), que originam as
ilhas oceânicas.
Gênese do Relevo
Formas de Relevo Submarino

Fossas oceânicas são depressões alongadas (compridas) e estreitas, com grande


declividade que ocorrem ao longo das áreas de subsunção de placas tectônicas, ou
seja, são fendas que atingem grandes profundidades entre 7.000 e 11.000 m.
Gênese do Relevo
Formas de Relevo Submarino

Cordilheira oceânica
Cordilheira oceânica são
elevações que ocorrem de forma
regular ao longo dos oceanos.

Estendem-se por 84 mil


quilômetros no total, com uma
largura por volta de mil
quilômetros.
Nessa área encontramos intensa atividade sísmica (tremores) e vulcânica.
Geomorfologia Fluvial

A geomorfologia fluvial interessa-se pelo estudo dos processos e das formas


relacionadas ao escoamento dos rios.

Os rios constituem os agentes mais importantes no transporte dos materiais


intemperizados das áreas elevadas para as mais baixas e dos continentes para o
mar.

Os rios funcionam como canais de escoamento.


O escoamento fluvial faz parte integrante do ciclo hidrológico e a sua alimentação
se processo através das águas superficiais e das subterrâneas.
Geomorfologia Fluvial

Bacia hidrográfica

Bacia hidrográfica é uma área da superfície terrestre que drena água e


sedimentos para uma saída comum, num determinado ponto de um canal fluvial.

Afluente são rios e cursos


de água menores que
desaguam em rios
principais. Um afluente
não flui diretamente para
um oceano, mar ou lago.

O limite de uma bacia de drenagem é conhecido como divisor de drenagem ou


divisor de águas. Uma determinada paisagem pode conter um certo número de
bacias drenando para um reservatório terminal comum (oceanos, lagos).
Geomorfologia Fluvial

Rio é um agente de transporte mais importante das áreas mais


elevadas para baixo (qualquer fluxo canalizado). É caracterizado
por cursos naturais de água doce, com canais definidos e fluxo
permanente ou sazonal para um oceano, lago ou outro rio.

É principal agente modelador do relevo, em que promove a


erosão, transporte e deposição.
Geomorfologia Fluvial

A bacia de drenagem de um rio é separada de suas


bacias vizinhas por divisores de água ou interflúvios, que
são áreas mais elevadas no terreno ou seus limites, onde
ocorrem modificações sob o efeito dos agentes erosivos,
alargando ou diminuindo a área da bacia.
Geomorfologia Fluvial

Um vale é um acidente geográfico cujo tamanho pode variar de uns


poucos quilômetros quadrados a centenas ou mesmo milhares de quilômetros
quadrados de área, normalmente em forma de V. É tipicamente uma área de
baixa altitude cercada por áreas mais altas, como montanhas ou colinas.

A forma do vale reflete a interação dos processos fluviais, geológicos e


climatológicos Interflúvio é porção mais alta do terreno que separa os vales –
divisor de águas.
Geomorfologia Fluvial

Processos fluviais

Estes processos alternam-se no decorrer do


tempo e, espacialmente, são definidos pela
distribuição da velocidade e da turbulência
do fluxo dentro do canal.

As correntes fluviais podem transportar a


carga sedimentar de diferentes maneiras
(suspensão, saltação e rolamento), de
acordo com a granulação das partículas
(tamanho e forma) e das características da
própria corrente. Suspensão

Soltação Rolamento
Geomorfologia Fluvial

Processos fluviais

Tipos de Cargas

Carga dissolvida: transporte por solução química. Depende dos fatores como
vegetação, solo, rocha. Transportada na mesma velocidade da água;

Carga em suspensão: Constitui-se de partículas finas (silte e argila), que se


conservam suspensas na água até a velocidade do fluxo decrescer (fluxo
turbulento);

Carga do leito do rio: formada por partículas de tamanhos maiores (areia e


cascalho) que saltam ou deslizam ao longo do leito fluvial.
Geomorfologia Fluvial

Classificação quanto ao desenvolvimento


geomorfológico

Rios Jovens – com velocidades elevadas, apresentam


acentuado potencial erosivo no fundo do canal, presença de
cachoeira, erosão vertical;

Cachoeira

Rios Maduros – são apenas capazes de carrear sedimentos


que chegam, Início da erosão lateral no canal principal;

Velho ou Senil – correm em regiões bem planas com


velocidades baixas, a erosão vertical cessa e a erosão lateral
atinge os canais secundários, apresentando constante
modificação de curso provocadas pela deposição de
sedimentos.
Geomorfologia Fluvial

Classificação quanto a contribuição do aquífero

Um aquífero é uma formação ou grupo de formações


geológicas que pode armazenar água subterrânea.
São rochas porosas e permeáveis, capazes de reter
água e de cedê-la. Esses reservatórios abastecem rios
e poços artesianos

Efluente –recebem contribuição do aquífero

Influente –contribuem para a recarga do aquífero

Efluente Influente
Geomorfologia Fluvial

Forma do canal do Rio

Canal em rios é resultante da ação exercida pelo fluxo sobre os materiais


rochosos do leito e das margens. A dimensão do canal é controlada pelo
equilíbrio das forças erosivas e de deposição.

Partes do rio
• Superior – coleta água
• Intermediária – erosão e sedimentação (transição)
• Inferior – sedimentação
Geomorfologia Fluvial

Trabalho dos rios

Erosão
Ocorre a partir de processos:
• Corrosão (alteração química): desgaste e atrito mecânico
• Cavitação (pressão de água nas partículas facilitando a
fragmentação da rocha).

Transporte
• Solução – carga dissolvida (precipitação química quando
saturar, fração fina)
• Suspensão – partícula fina (saltação, arrasto e rolamento
–compõem a carga de fundo que o rio transporta)
• Granulometria – diminui para jusante
• Relação de competência do rio – diminui a declividade e
aumenta a profundidade
Geomorfologia Fluvial

Trabalho dos rios

Deposição
Ocorre quando há diminuição na competência ou na capacidade fluvial, sendo
função de:
• Redução da declividade
• Redução do volume
• Aumento da carga detrítica (formada a partir de fragmentos sólidos ou por
detritos obtidos pela meteorizacão e erosão de rochas preexistentes - os
sedimentos detríticos – rochas sedimentares).

Você também pode gostar