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INTRODUCÃO---------------------------------------------------------------------------2

DESENVOLVIMENTO----------------------------------------------------------------3

RIO--------------------------------------------------------------------------------------------3

EROSÃO, TRANSPORTE, DEPOSIÇÃO FLUVIAL ---------------------3

SEDIMENTAÇÃO-----------------------------------------------------------------------5

PERFIL LONGITUDINAL DE UM RIO ---------------------------------------5

EVOLUÇÃO DO PERFIL LONGITUDINAL DE UM RIO ------------6

MEANDROS-------------------------------------------------------------------------------7

CONSTRUÇÃO DE BARRAGEM------------------------------------------------7

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA-----------------------------------------------9
INTRODUCÃO
A Geomorfologia Fluvial interessa-se pelo estudo dos processos e das formas
relacionadas ao escoamento dos rios.
Os rios constituem os agentes mais importantes no transporte dos materiais
intemperizados das áreas elevadas para as mais baixas e dos continentes para o mar.
Importância é capital entre todos os processos morfogenéticos.
DESENVOLVIMENTO
RIO
O rio é uma corrente contínua de água, mais ou menos caudalosa, que desagua noutra,
no mar ou lago. Sabe-se que o volume de água nomina um rio porém é muito difícil
estabelecer o quanto.

Arroio, Ribeira, Ribeiro, Riacho, Ribeirão, Igarapé, reservando-se o termo rio para o
principal e dos maiores elementos componentes de determinada bacia de drenagem

ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO DAS ÁGUAS


A origem da água segundo alguns historiadores, está relacionada com a formação da
atmosfera, ou seja, a desgaseificação do planeta, que consiste na liberação de gases por
um sólido ou líquido quando este é aquecido ou resfriado. A geração de água sob a
forma de vapor é observada actualmente em erupções vulcânicas, sendo chamada
de água juvenil.

A quantidade de água existente na Terra é imensa sendo o seu volume estimado em 1,36
bilhões de Km3, dos quais 97,2% fazem parte dos oceanos, 2,15% estão sob a forma de
gelo nos nevados e glaciares e só 0,65% se encontra distribuído pelos rios, lagos e
atmosfera.

A circulação que se realiza entre os oceanos, a atmosfera e os continentes constitui o


ciclo hidrológico e realiza-se graças a energia solar. O ciclo hidrológico representa o
contínuo movimento das águas dos oceanos para a atmosfera e para os continentes e
destes para os oceanos. A água, o principal factor de meteorização, erosão e transporte
da superfície terrestre, pode apresentar-se sob formas diferentes tais como: águas
selvagens (enxurradas), torrentes, rios e marés.

EROSÃO, TRANSPORTE, DEPOSIÇÃO FLUVIAL

A erosão, o transporte e a deposição são processos que não podem ser separados, por
serem interdependentes dentro de relações constantemente mutáveis do fluxo e da carga
existente. Não se pode considerá-los separadamente (BIGARELLA et al., 2007).
A intensidade de actuação dos processos de erosão, transporte e deposição estão
associadas a factores de natureza interna e externa do sistema. Alterações em alguns
destes factores são responsáveis por mudanças no sistema fluvial que reflectem na
geometria do canal e característica granulometria do material. Assim sendo a análise
morfológica do canal fundamenta-se em medições capazes de quantificar e qualificar os
processos actuantes, em função de variáveis como, por exemplo, transporte sedimentar,
estabilidade das margens do canal e vazão.
Os rios podem erodir seus canais verticalmente, aprofundando o talvegue, ou
lateralmente, alargando o canal. O processo de aprofundamento do canal é denominado
de erosão vertical e o de ampliação da largura do leito, erosão lateral. A erosão vertical
dos canais aluviais ocorre quando há remoção de areias e cascalhos do leito fluvial. Nos
canais escavados em rochas, a erosão vertical ocorre pela abrasão imposta pela carga do
leito. A erosão lateral ocorre quando as margens do canal são removidas, por
solapamento basal e colapso (FLORENZANO, 2008).
A erosão fluvial nas margens e no leito transporta os sedimentos incoesivos (areias)
partícula por partícula, enquanto os coesivos (síltico-argilosos) podem ser carreados em
porções maiores originadas pelo processo de solapamento da base e colapso das
margens (LEINZ; AMARAL, 1998). O processo erosivo fluvial é causado pelas águas
dos rios, principalmente nas épocas de cheias, podendo, em alguns casos, destruir as
margens por desmoronamento ou escorregamento (GUIDICINI; NIEBLE, 1983).
Os factores que condicionam a erosão das margens fluviais são numerosos: a
granulometria dos sedimentos, a geometria e a estrutura da margem, as propriedades
mecânicas do material, as características hidrodinâmicas do fluxo nas proximidades das
margens e as condições climáticas (THORNE; TOVEY, 1981 apud SILVA et al.,
2008).
A composição da carga de um rio é todo material erodido e por ele transportado, que
pode ser dissolvida, em suspensão e do leito. A composição da carga dissolvida depende
de factores ambientais, entre os quais, clima, geologia, relevo e cobertura vegetal da
bacia em que se insere o rio, sendo formada por íons e moléculas derivados do
intemperismo químico e da decomposição dos componentes biogénicos presentes na
água, esse tipo de carga tem pouca relevância na forma do canal.
À medida que ocorre a erosão do leito do canal e a carga transportada pelo rio aumenta,
a viscosidade e a densidade da água se modificam proporcionalmente a carga
adicionada. Como já citado anteriormente a capacidade de transporte de um rio depende
da velocidade da corrente e da granulometria da carga erodida. Portanto com a redução
da velocidade do fluxo, partículas maiores são depositadas, enquanto as menores
permanecem em movimento, ocorrendo deposição diferencial que provoca uma
selecção nas partículas depositadas.
Os rios podem depositar sua carga em qualquer ponto ao longo do seu curso, mas a
maior parte do material é depositada nas seções onde o gradiente do canal é pequeno ou
onde há mudanças bruscas no gradiente e na profundidade do canal, bem como na
velocidade e escoamento. Os depósitos fluviais podem ser classificados em dois tipos,
em função do local em que ocorrem:
Depósitos de canal podem ser classificados em transitórios, intermitentes e de
preenchimento. Os depósitos transitórios são acumulações deixadas no leito fluvial
entre dois episódios sucessivos de variação na vazão do rio, as quais são removidas
assim que a capacidade de transporte é recuperada. Os depósitos intermitentes tendem a
persistir no leito por maior tempo que os transitórios, sendo movimentados mais
esporadicamente por requererem maior competência fluvial. Os depósitos de
preenchimento são encontrados tipicamente em canais inactivos, como os meandros
abandonados que recebem sedimentos durante o período de enchente (FLORENZANO,
2008).
As barras arenosas, emersas localizadas na posição central do canal em sectores com
fluxos de alta energia classificam-se em depósitos de canal, diferenciam-se de ilhas pela
ausência de vegetação e baixa permanência, em geral, são formadas por areia média e
grossa com marcada assimetria longitudinal, por se localizarem em sectores com fluxos
de alta energia, são sistemas de formas instáveis (SANTOS, 2005).
Florenzano (2008) destaca que as barras laterais aos canais são depósitos arenosos finos,
simétricos, com diques marginais radiais que dão origem a bacias de deposição interna,
são sistemas estáveis o que permite o rápido desenvolvimento da vegetação e a
formação de ilhas.
As barras transversais são formas deposicionais rectilíneas, lombadas ou sinuosas,
localizadas perpendicularmente ao fluxo, com baixo mergulho à montante e uma face de
avalanche (“foreset”) bem desenvolvida à jusante (SANTOS, 2001)

SEDIMENTAÇÃO

Os detritos depositados pelos rios, vulgarmente areia e cascalho, constituem bancos ou


barras de canal, que são amontoados de sedimentos, ao longo do leito.

A sedimentação ocorre quando o declive e a velocidade diminuem e varia na razão


directa da densidade dos detritos. As partículas em suspensão e as dissolvidas são as que
se mantêm mais tempo por sedimentar.

Um aumento da capacidade do rio pode permitir que os bancos anteriormente existentes


sejam erodidos e se formem novos bancos que aparecem separados por canais.

PERFIL LONGITUDINAL DE UM RIO

Uma maneira eficaz de estudar um rio é examinando o seu perfil longitudinal. Tal perfil
é simplesmente uma secção da corrente desde a área da nascente (denominada de
cabeceira) até a foz (desembocadura).

O nível de base é definido como a menor elevação na qual o rio pode erodir o seu canal.
Essencialmente é o nível no qual a desembocadura do rio entra no oceano, num lago, ou
noutra corrente.

O nível de base é importante pelo facto de a maior parte dos perfis dos rios terem
gradiente baixo próximo das suas desembocaduras, devido ao facto do rio estar a se
aproximar à elevação abaixo da qual eles não poderão erodir o seu leito.

Um grande rio que desagua no mar tem no nível médio das águas do mar o seu nível de
base, em função do qual regula o seu perfil.

Pelo facto de este nível condicionar toda a rede fluvial dos continentes chama-se nível
de base geral. O ponto de confluência de dois cursos de água funciona para o afluente
como nível de base local. Acidentes, como barragens, naturais ou artificiais, são
responsáveis pelo mesmo efeito regularizador dos troços que ficam a montante do nível
de base.

O perfil longitudinal do rio também estabelece o seu estádio de evolução. À medida que
o rio se vai aproximando do seu perfil de equilíbrio, a erosão vertical ou escavamento
do leito vai diminuindo, dando lugar a um alargamento do rio e a um aumento da
sedimentação.
A regularização do perfil faz-se da foz (jusante) para a nascente (montante). As
irregularidades vão desaparecendo, os rápidos recuando, o mesmo sucedendo às
cabeceiras, que vão penetrando na montanha. Esta progressão da erosão no sentido
contrário ao da corrente é denominada erosão regressiva.

Em geral, um curso de água inicialmente percorre um vale cujo talvegue (zona mais
profunda do leito) tem um perfil longitudinal e muito irregular, com variações mais ou
menos bruscas de declive.

Essas variações podem constituir rápidos, quando há um aumento brusco de declive ou


quedas de água, cascatas ou cataratas, quando ocorrem grandes desnivelamentos.

Após evolução mais ou menos prolongada e desde que o seu nível de base se mantenha
o tempo necessário, o rio acabará por regularizar o seu perfil, atingindo o perfil de
equilíbrio (Fig.V.3), ou seja quando desaparecem todas as irregularidades e o trabalho
erosivo praticamente não existe.

EVOLUÇÃO DO PERFIL LONGITUDINAL DE UM RIO

O perfil de um curso de água é a curva que de maneira transversal ou longitudinal


caracteriza um vale em que o curso de água se encontra. O perfil transversal de um local
do rio é um perfil topográfico estabelecido perpendicularmente ao talvegue, podendo
mostrar o leito menor, o leito maior, a bacia de inundação, etc. O perfil longitudinal do
curso de água mostra o traçado do rio desde a nascente até à foz, e refere as variações da
inclinação, as quedas de água, etc. O perfil de equilíbrio é o perfil longitudinal de um
curso de água que, em geral, não provoca erosão nem provoca o aparecimento de
depósitos de aluvião no seu leito. Este perfil, que praticamente só se atinge em países de
clima temperado, é provisório, porque o curso de água continua a transportar materiais
arrancados à sua bacia de sedimentação até atingir um perfil limite, em parte teórico,
que corresponde a uma superfície praticamente plana, uma peneplanície.

Essas variações podem constituir rápidos quando há um aumento brusco de declive ou


quedas de água, cascatas ou cataratas quando ocorrem ao longo do leito grandes
desníveis., Após evolução mais ou menos prolongada e desde que o nível de base se
mantenha o tempo necessário, o rio acabará por regularizar o seu perfil atingindo
o perfil de equilíbrio., Diz-se que o perfil de equilíbrio está atingido a partir do
momento em que são unicamente efetuados o transporte de sedimentos, principalmente
as partículares.

MEANDROS

A simultânea erosão na parte côncava de uma curva de um rio e a sedimentação na parte


convexa da mesma leva à formação de meandros.

Os meandros podem ser alterados devido à modificação da acção erosiva da corrente.


Particularmente durante as cheias, o rio pode formar braços mortos.
MEANDROS E BRAÇOS MORTOS.
Os velhos meandros podem ser abandonados devido a formação de sedimentos que os
separam do braço principal do rio. O meandro abandonado denomina-se lago em
ferradura. Com o tempo esse lago pode ser preenchido por sedimentos e vegetação.

GERALMENTE CONSIDERAM-SE DOIS TIPOS DE MEANDROS:


 Divergentes: são aqueles que se encontram nas grandes planícies, onde divagam
(percorrem), alterando o seu trajecto, aumentando algumas curvas e
abandonando outras;
 Encaixados ou de vale: O traçado é condicionado pela morfologia do terreno.

CONSTRUÇÃO DE BARRAGEM

Uma barragem, represa ou açude é uma barreira artificial, feita em cursos de


água para a retenção de grandes quantidades de água; o corpo de água resultante é
um “lago artificial”, o qual também costuma receber as mesmas denominações. A sua
utilização é sobretudo para o abastecimento de água de
zonas residenciais, agrícolas, industriais, produção de energia eléctrica (energia
hidráulica), ou regularização de um caudal
A construção de barragens em vales fluviais rompe a sequência natural dos rios em três
áreas distintas:
No montante da barragem; o nível de base é levantado, alterando a forma do canal e a
capacidade de transporte, causa aumento no fornecimento de sedimentos para o
reservatório (vida útil);
1. No reservatório: em virtude da mudança da situação lótica (água corrente) para
lêntica (água parada) gera a formação de feições deposicionais, podendo
provocar o assoreamento do reservatório;

2. Na jusante do reservatório: as mudanças ocorridas no regime das águas (neste


sector) acarretam significativos efeitos nos processos do canal (entalhe do leito,
erosão nas margens e deposição a jusante.

URBANIZAÇÃO
A urbanização (entre outras mudanças no uso da terra) aumenta a área de
impermeabilização, causando um aumento no fluxo de água que flui em direcção ao
canal principal. Há, também, a ocupação de margens, áreas que sofrem no período de
cheia do rio. Eventos recentes comprovam que a ocupação dessas áreas deve ser
acompanha de um estudo preventivo para evitar catástrofes
CANALIZAÇÃO
A canalização é uma obra de engenharia realizada no sistema fluvial que envolve a
directa modificação da calha do rio e desencadeia consideráveis impactos, no canal e na
planície;
A utilização desse tipo de obra é considerada imprópria, com efeitos prejudiciais ao
ambiente. A passagem da draga, aprofundando o canal, provoca o abaixamento do nível
de base, favorecendo a retomada erosiva dos afluentes, aumentando a erosão/aumento
deposicional.
CONCLUSÃO
Os rios constituem os agentes mais importantes no transporte dos materiais
intemperizados das áreas elevadas para as mais baixas e dos continentes para o mar.
Importância é capital entre todos os processos morfogenéticos.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

Perfil de equilíbrio - Procurar (bing.com)

perfil longitudinal dos rios - Infopédia (infopedia.pt)

Perfil longitudinal – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Evolução do perfil longitudinal de um rio - Procurar (bing.com)

Dinâmica fluvial: erosão, transporte e deposição (1library.org)

Barragem – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Projeto de barragem – Materiais de Suporte Técnico (zendesk.com)

Trabalho de conclusão de curso shirlen cristina nascimento de castro (1library.org)

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