Você está na página 1de 66

A GEODINÂMICA EXTERNA

A geodinâmica externa
Geodinâmica externa é conjunto de processos externos que alteram e
modelam a superfície terrestre. Esta tende a ficar plana uma vez que
os materiais são erodidos e transportados das zonas mais altas para as
mais baixas mas só não acontece porque os fatores da geodinâmica
interna contrariam, especialmente, com a formação de montanhas.

Os processos intervenientes são: meteorização das rochas e erosão,


transporte e deposição dos sedimentos, controlados por agentes
relacionados com a hidrosfera (sob as suas formas líquida - rios e
oceanos ou sólida - glaciares); atmosfera (vento, temperatura,
humidade, chuva) e a gravidade.

São os processos relacionados com a formação das rochas


sedimentares em que na etapa de diagénese os sedimentos
depositados sofrem compactação e cimentação, originado-as.
A geodinâmica externa
Os processos:
Meteorização/ erosão/ transporte/ sedimentação ou deposição de sedimentos

Os agentes:
Agua liquida, gelo, vento, gravidade

•Meteorização física e química ---- origina os sedimentos

•Erosão, transporte e deposição:

•Ação das águas dos rios


•Ação das águas do mar – ondas e marés
•Ação das águas subterrâneas
•Ação do gelo / glaciares
•Ação do vento
•Gravidade

•Rochas sedimentares/ diagénese (compactação e cimentação)


Definição/ Processos/ Agentes
• Geodinâmica externa é o conjunto de processos externos que
alteram e modelam a superfície terrestre. Esta tende a ficar plana
uma vez que os materiais são erodidos e transportados das zonas
mais altas para as mais baixas, mas só não acontece porque os
fatores da geodinâmica interna contrariam, especialmente, com a
formação de montanhas.

• Os processos intervenientes são:


• Meteorização das rochas (física e química)
• Erosão,
• Transporte
• Deposição dos sedimentos…
Definição/ Processos/ Agentes

Controlados pelos agentes:


• Água
• Gelo
• Vento
• Seres vivos…

…. relacionados com a hidrosfera (água, sob as suas formas líquida -


rios e oceanos ou sólida - glaciares); atmosfera (vento, temperatura,
humidade, chuva) e a gravidade. São os processos relacionados com a
formação das rochas sedimentares em que na etapa de diagénese os
sedimentos depositados sofrem compactação e cimentação.
Meteorização
Meteorização
Meteorização é a alteração de uma rocha exposta aos agentes
externos. O seu produto são os sedimentos e a formação de solos:
Ela pode ser:
• Meteorização física
• Meteorização química

Física quando há desagregação da rocha, em fragmentos cada vez


mais pequenos que mantêm as características do material original,
por acção do gelo (gelo e degelo); água e do vento em conjunto
com os detritos que eles transportam; actividade biológica;
descompressão à superfície e as grandes amplitudes térmicas.

A temperatura exerce uma acção notável na destruição e alteração


das rochas pelas suas variações durante o dia e a noite, uma forte
insolação diurna provoca a dilatação da superfície rocha e uma
acentuada diminuição da temperatura noturna a sua contração,
acabando por se fraturarem desprendendo-se em placas mais ou
menos extensas e estas em grãos.
Meteorização física… Acção da água (gelo e degelo)
Meteorização física
O vento em conjunto com os detritos que eles transportam;
Descompressão à superfície e as grandes amplitudes térmicas. A temperatura exerce uma
ação notável na destruição e alteração das rochas pelas suas variações durante o dia e a
noite, uma forte insolação diurna provoca a dilatação da superfície rocha e uma acentuada
irradiação noturna a sua contração, acabando por se fraturarem desprendendo-se em
placas mais ou menos extensas e estas em grãos.
METEORIZAÇÃO QUÍMICA
Química quando há decomposição química da rocha e são
formados novos minerais – minerais de neoformação, devido
a reacções de:
– dissolução,
– carbonatação,
– Hidrólise
– oxidação.

Como resultado formam-se os sedimentos e existem elementos


químicos em solução (sais minerais): Ca, Na, Mg, H, Cl; ( catiões e
aniões).

Neste processo a água é um agente determinante, pelo que a


meteorização química é mais intensa nas regiões de grandes
precipitações e temperaturas.
FACTORES QUE ENFLUENCIAM A METEORIZAÇÃO QUÍMICA
Solo… o seu perfil

Horizonte O – formado praticamente por matéria orgânica (húmus)


Horizonte A – húmus e matéria mineral
Horizonte E – Zona de lixiviação
Horizonte B – Zona de acumulação (de argilas)
Horizonte C – zona parcialmente alterada
Meteorização ou

Sedimentos
EROSÃO, TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO
EROSÃO, TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO
A erosão consiste no desgaste, mais ou menos intenso, das rochas pelas
águas correntes e a sua remoção. Com o tempo, o relevo inicial se vai
reduzindo cada vez mais, até se aproximar à uma superfície
praticamente plana.

Há a distinguir três processos erosivos característicos:


❑ abrasão,
❑ levantamento
❑ dissolução.

Abrasão - é o desgaste das rochas feito através do material


transportado; Levantamento - a água consegue, pela sua pressão
desprender do fundo do leito placas delgadas, já separadas da rocha por
fendas;

Dissolução - dependente da natureza da rocha e das características da


água, esta consegue dissolver os vários elementos componentes
(minerais).
EROSÃO, TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO

Transporte – o transporte efetuado pelos cursos de água é muito


notável e pode fazer-se em suspensão, saltação, rolamento e
arrastamento em que toneladas de materiais, arrancados à
superfície terrestres, são levados para o mar, aonde são
descarregados em forma de delta e de estuário. Durante o
período de grandes precipitações podem ocorrer cheias que
aumentam a competência e a velocidade da corrente e
consequentemente o aumento do poder erosivo do rio,
transportando grandes blocos de rochas e podendo originar
catástrofes.

Deposição – A deposição dos sedimentos realiza-se onde as


condições são favoráveis, i é, quando a velocidade do agente
transportador diminui a competência efetuando toda ou só parte
da carga que o rio transporta. Os mais grosseiros são depositados
primeiro, ficam na base das camadas e também mais próximos
da fonte. Os depósitos constituem bancos de areia ao longo do
leito.
EROSÃO, TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO
ACÇÃODOS:
➢RIOS,
➢MARES
➢OCEANO,
➢GLACA
I RES,
➢ÁGUASUBTERRÂNEAS
➢VENTOS
➢GRAVIDADE
ACÇÃO DAS ÁGUAS DOS RIOS
Erosão, Transporte e Deposição
• Os rios são cursos de água geralmente permanentes e são os maiores
agentes geológicos a operar na superfície da crusta. A ação das águas dos
rios é controlada pelos seguintes fatores: velocidade, perfil, competência
e caudal/ descarga ou débito.

• A velocidade é influenciada pelo declive do curso de água, pela forma do


canal e pelas suas irregularidades. Quando ela é alta causa erosão e
transporte, enquanto a deposição dos sedimentos ocorre quando ela
diminui, causando a colmatação do vale fluvial.

• Competência – quantidade de sedimentos transportados pelo rio por


unidade de volume.

• A descarga ou débito de um curso de água é o volume de água que passa


numa dada secção de um curso de água numa unidade de tempo (m³/s).
ACÇÃO DAS ÁGUAS DOS RIOS
Perfil longitudinal de um rio representa a secção longitudinal de um rio, desde a
nascente a sua foz. Inicialmente o rio apresenta um leito muito irregular e com
variações bruscas de declive. Estas variações podem constituir :

• rápidos (quando há um aumento brusco do declive e fluxo)


• cascatas, cataratas, quedas de água (quando há grandes desnivelamentos)
ACÇÃO DAS ÁGUAS DOS RIOS
perfil transversal

O perfil transversal corresponde a secção do rio e expressa diversas características,


tais como a largura, a forma e a área do canal, as rochas constituintes do leito, a
existência de terraços fluviais, etc.
A largura, a forma do canal e as irregularidades do leito
também influenciam a velocidade da corrente, que é tanto
maior quanto mais largo e profundo, e quanto menores
forem as irregularidades do canal. O tipo de rochas
atravessadas pelo rio pode, também, alterar a sua
velocidade. Rochas duras e resistentes são difíceis de erodir,
ACÇÃO DAS ÁGUAS DOS RIOS
perfil transversal

O perfil transversal
corresponde a secção do rio
e expressa diversas
características, tais como a
largura, a forma e a área do
canal, as rochas constituintes
do leito, a existência de
terraços fluviais, etc.

A largura, a forma do canal e as irregularidades do leito também influenciam a velocidade da


corrente, que é tanto maior quanto mais largo e profundo, e quanto menores forem as
irregularidades do canal. O tipo de rochas atravessadas pelo rio pode, também, alterar a sua
velocidade. Rochas duras e resistentes são difíceis de erodir, sobretudo se o canal for baixo,
tendo como consequência um fluxo rápido. Se o fluxo da corrente ocorrer sobre uma rocha fácil
de erodir, o canal pode alargar e a velocidade da corrente diminui, devido ao aumento de atrito
da água com os sedimentos constituintes do leito, ocorrendo a sedimentação
Meandros
Meandros – são curvas de um rio que se desenvolvem a
medida que a margem côncava de um rio é erodida e os
sedimentos são depositados na margem convexa,
geralmente, em áreas com pouco. Declive. Subdividem-
se em : divagantes e encaixados

Dois meandros em crescimento podem intersetar-se, reduzindo a sinuosidade do rio e


formando-se um lago num meandro abandonado – lago em ferradura
Um meandro divagante

Esquema da evolução de um meandro

Meandro encaixado
ACÇÃO DAS ÁGUAS DO MAR

Sedimentos do rio

Correntes
marinhas
caverna

Falésia Arco Restinga

Onda
ACÇÃO DAS ÁGUAS DO MAR – ONDAS E MARÉS
Erosão, Transporte e Deposição

• Nas zonas costeiras, regiões onde a terra e o mar se encontram, há


uma intensa dinâmica natural com interações complexas entre o
mar, o vento e as rochas.

• A água do mar está em constante movimento, que se revela pelas


ondas, marés e correntes marinhas, e que provocam uma intensa
erosão das rochas localizadas tanto no fundo marinho como na
costa (recuo da linha de costa).
• A ação erosiva do mar denomina-se abrasão.

• As marés resultam da atracão gravitacional da Lua e do Sol em


relação à água dos oceanos. A dupla ascensão e descida diárias do
nível do mar a que damos o nome de marés alta ou maré cheia, e
maré baixa ou maré vazia respectivamente.
ACÇÃO DAS ÁGUAS DO MAR – ONDAS E MARÉS
A ocorrência de tempestades intensas perto da costa durante uma
maré viva pode produzir ondas de maré, ondas que ocorrem na maré
alta e que podem percorrer a praia inteira e embater nas arribas ou
falésias, desgastando-as criando formas litorais denominadas cavernas
que podem das origem a arcos.

Junto a costa, os sedimentos formam as praias que são as principais


formas de deposição;
também podem-se formar uma restinga (barra arenosa extensa
tendendo fechar ou fechando pontões da linha de costa ou unindo
continente a uma ilha (tômbolo) ou faixa alongada e elevada de
sedimento, normalmente um banco de areia, depositado ao longo de
uma linha onde uma corrente de água passa junto de águas mais
calmas, perdendo energia o que provoca a deposição do material
clástico predominantemente arenoso).
DEPOSIÇÃO Os sedimentos transportados
pelos rios e depositados no
mar, juntamente com os
sedimentos produto da abrasão
marinha são levados, pelas
correntes marinhas, para locais
mais ou menos distantes onde
são depositados de acordo com
a sua granulometria. Segundo a
sua localização , em função da
profundidade e afastamento da
costa, os sedimentos marinhos
repartem-se pelas seguintes
categorias:
• Sedimentos neríticos – localizam-se na plataforma continental, até
profundidades de 200m e são constituídos pelos sedimentos mais grosseiros –
cascalho, areias e argila e por vezes calcários
• Sedimentos batiais – localizam-se sobre o talude são constituídos essencialmente
por argilas.
• Sedimentos abissais – localizam-se nas planícies abissais, a profundidades
superiores a 2000m e são constituídos essencialmente por seres planctónicos.
Figura 3.62 - Em cima:
formação de uma corrente
de turbidez; em baixo, à
esquerda: formação de um
canhão submarino graças às
correntes de turbidez; em
baixo, à direita: aspecto de
uma queda submarina de
areia na cabeceira de um
canhão submarino.
Adaptado de Press, F. &
Siever, R. (1997)
Variações do nível das águas do mar

Transgressão marinha é o avanço do mar sobre as margens continentais


devido a subida do nível das águas do mar ou a movimentos de abaixamento
do continente.

Regressão marinha é o recuo das águas do mar devido ao abaixamento do


nível do mal ou ao levantamento do continente, expondo fundo do mar
anterior.

Transgressões e regressões podem ser causadas por eventos tectónicos, como


a epirogénese, por alterações climáticas graves, como as eras glaciais ou
ajustes isostáticos após a remoção do gelo ou a carga de sedimentos.

Actualmente, o homem tem contribuído para aceleração do aquecimento


global e consequentemente o derretimento das geleiras estamos presenciando
a expansão gradativa dos oceanos (transgressão) e o futuro desaparecimento
de terra nas camadas continentais (recuo da linha de costa).
ACÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRANEAS
Os aqüíferos9 A água subterrânea pode fluir em aqüíferos não-confinado: confinados. Em
aqüíferos não-confinados, a água pe através de camadas de permeabilidade mais ou menos
~ me, que se estendem até a superfície, tanto em áreas de de ga corno de recarga. O nível do
reservatório num aqüífero confinado corresponde à altura da superfície freática. Muitos
aqüíferos permeáveis, tipicamente de arenito. conectados acima e abaixo por camadas de
baixa permeabi:l:de, como folhelhos. Essas camadas relativamente impellL::.c veis são
aqüicludes 10 e a água subterrânea não pode peI' los ou o faz muito lentamente. Quando os
aqüicludes situarr::tanto sobrepostos corno sotopostos a um aqüífero, forma-se aqüífero
confinado.
A hidrogeologia é a parte da geologia que se dedica ao estudo das
águas subterrâneas. Estas ficam armazenadas em grandes formações
geológicas porosas, denominados aquíferos. A base de um aquífero é
constituída por uma camada impermeável e o topo, que pode ser
permeável ou impermeável, assim são denominados aquíferos livres e
aquíferos cativos ou confinados respectivamente

A água das chuvas é a principal fonte alimentação dos aquíferos,


assim como a resultante do degelo dos glaciares. A sua estrutura é a
seguinte:
Uma zona de aeração ou vadosa é o espaço entre o lençol freático e a
superfície, onde todos os poros não são preenchidos com água.
A zona de saturação, que está localizado acima da camada
impermeável, onde a água preenche completamente os poros das
rochas. O limite superior desta zona, é o nível freático que varia com a
estação seca e estação chuvosa.
Os aquíferos
• Livres
• Cativos
MODELOS CÁRSICOS: AS DOLINAS

Dolina
Modelos cársicos: Grutas

estalactite

estalagmite

A acção modeladora das águas subterrâneas faz-se sentir relevantemente nas rochas
calcárias. A água se acumula nas linhas de fraqueza no calcário e dissolve o carbonato de
cálcio. Ela cai e evapora-se lentamente, formando estalactites no teto, estalagmites no
chão, colunas, quando estas formas se unem.
CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Água subterrânea tende a ser doce e potável. No entanto,


às vezes chegam ao aquífero micropartículas.

Entre as antropogénicas (provocadas pelo homem),


destacam-se:
• os nitratos e outros fertilizantes químicos usados na
agricultura,
• as descargas das fábricas,
• as fossas sépticas,
• os depósitos de resíduos perigosos ( ex. os hospitalares)
• Aterros sanitários.
RESUMO

o a água se move na superfície e no subsolo da Terra duo cicIo hidrológico? O


movimento da água mantém um ::smte equillbrio entre os principais reservatórios de
água pró- - à superfície da Terra. Entre esses reservatórios, pode-se ci_- oceanos, os lagos
e os rios; as geleiras e o gelo polar; e a _-" subterrânea. A evaporação dos oceanos, a
evapotranspira- dos continentes e a sublimação das geleiras transferem a _....-p:.ara a
atmosfera. A precipitação como chuva e neve retor-'-água da atmosfera para o oceano e
para a superfície conti. O escoamento superficial dos rios retoma uma parte da =:::pitação
sobre os continentes de volta para o oceano. O res~ infiltra-se no solo para tomar-se água
subterrânea. Diferen:limas produzem variações locais no equilíbrio entre evapo-
.precipitação, escoamento superficial e infiltração.

o a água se move no subsolo? A água subterrânea forma_:t><U1diar infiltração da água


da chuva na superfície e percola _ és dos espaços porosos do solo, do sedimento ou da rocha
- -~rvem como aqüífero. A água move-se através da zona sunão-saturada e do nível freático
na zona saturada. A água :anânea move-se declive abaixo sob a influência da gravida?lr fim
emergindo como nascente, onde a superfície freática ~pta a superfície do solo. Em longo
prazo, a recarga e a des.=;_ da água de um aqüífero estão em equilíbrio dinâmico. A -c=-
ubterrânea pode fluir em aqüíferos não-confinados, os -=::; são contíguos à superfície, ou em
aqüíferos confinados, - são limitados por aqüicludes. Os aqüíferos confinados produzem
fluxos artesianos e espontaneamente fluem em poços artesianos. A lei de Darcy descreve a
taxa do fluxo da água subterrânea em relação ao desnível da superfície freática e à
permeabilidade do aquífero.
Quais fatores governam o uso dos recursos de água subterrânea?
Com o crescimento populacional, a demanda por água subterrânea aumenta muito, em
particular onde a irrigação é intensamente usada. Muitos aqüíferos, como aqueles das planícies
do Oeste da América do Norte, têm taxas de recarga tão lentas que o bombeamento
continuado verificado no último século reduziu a pressão dos poços artesianos. Como a
descarga do bombeamento continua a exceder a recarga, tais aqüíferos estão endo reduzidos e,
por muitos anos, não haverá perspectiva de renovação. A recarga artificial pode ajudar a
renovar certos aqüíferos. mas a conservação é necessária para preservar todos os outro .A
contaminação da água subterrânea por esgotamento doméstico. efluentes industriais e
resíduos radioativos reduz a potabilidade de certas águas e limita nossos recursos.

Que processos geológicos são afetados pela água subterrânea


A erosão pela água subterrânea em terrenos de calcário úmidos produz o relevo de carste, com
cavernas, dolinas e rios que desaparecem. O aquecimento das águas meteóricas que percolam
em zonas profundas, causado por corpos magmáticos, origina a circulação que conduz as águas
hidrotermais para a superfície como gêiseres e fontes quentes. A grandes profundidades da
crosta (até mais de 15km), as rochas contêm quantidades extremamente pequenas de água,
porque suas porosidades são significativamente reduzidas. Essa extrema redução da porosidade
resulta do imenso peso das rochas sobrejacentes.
AÇCÃO DO GELO / GLACIARES
Os glaciares são massas de gelo em terra firme e são típicos dos
círculos polares Árctico e Antárctico e zonas de altitudes elevadas
(Andes, Alpes, Himalaias, Kilimanjaro). Formam-se por acumulação
contínua de neve que se vai compactando devido ao seu próprio peso.
Trabalho dos glaciares -. Exercem um trabalho de erosão, transporte e deposição. A erosão
realiza-se por pressão que o peso do gelo exerce sobre as rochas do leito e pela qual consegue
desalojar certos blocos, provocando-lhe estrias e sulcos e vales em forma de U que são uma
forte evidência de movimento glaciário e mostrando a direcção do movimento do gelo.

Os detritos por eles transportados, com dimensões variadas, constituem depósitos


denominados moreias ou morenas e as rochas resultantes da compactação e cimentação de
sedimentos glaciares são os tilitos.

Formas do relevo - Dividimos os glaciares com base no tamanho e na forma em dois tipos
básicos:
Glaciares alpinos são rios de gelo e formam-se nas partes mais altas das cordilheiras
montanhosas onde a neve se acumula, geralmente em vales preexistentes, fluindo ao longo
dos mesmos. Quando o glaciar de vale flui por cordilheiras costeiras e acaba num oceano,
desprendem-se em blocos de gelo, flutuantes, denominados icebergs. O relevo de erosão
apresenta forma de circos glaciários, espinhas alpinas e vales glaciares.

Glaciar continental ou islandis é uma intensa massa de gelo que cobre a totalidade de certos
continentes tais como Antárctida, os quais apresentam relevo de erosão e de acumulação,
nomeadamente: planícies glaciárias, golfos glaciários, rochas aborregadas, colinas de moreias e
blocos erráticos
AÇCÃO DO VENTO

B C
A
Figura - A: Oásis; B: dunas; C: Blocos cogumelos.

O vento é o ar em movimento. A sua acção faz-se sentir nos


desertos (localizados nos trópicos de Câncer e de Capricórnio):
❑ Deserto de Namibe
Deserto de Gobi
Deserto de Sahara
Deserto do Kalahári
A acção do vento faz-se sentir por dois processos de erosão: corrasão
e deflação.

Corrasão: Devido às grandes amplitudes térmicas e a ausência da


vegetação, o vento adquire nas regiões desérticas têm uma grande
capacidade de transportar grãos de elevado tamanho, os quais têm
uma acção abrasiva em relação às rochas expostas, desgastando-as
com maior intensidade junto ao solo, razão pela qual é vulgar verem-
se rochas com forma de pilares precariamente assente em bases
corroídas – os blocos pedunculados ou rochas cogumelo, e também
sobre os calhaus não arrastados, facetando-os, os ventifactos

Deflação: É a separação das partículas soltas nos solos onde houve


desnudação (remoção da vegetação) originando bacias de deflação
que podem progredir até encontrar níveis de humidade que
proporcionam o crescimento de vegetação – os oásis.
No transporte, o vento põe em movimento quantidades enormes de material é
importante realçar que há uma relação entre a intensidade do vento e o tamanho
das partículas transportadas.

O material mais fino é levado em suspensão a maior ou menor altura, até a grandes
distâncias; o intermédio por saltação e os mais grosseiros por arrastamento.

A deposição verifica-se sempre que a velocidade do vento diminui. Assim, nos


lugares abrigados por qualquer obstáculo, a acumulação é sempre rápida e
abundante. Esta é selectiva, uma vez que os elementos mais pesados são os
primeiros a depositarem-se.

O material mais grosseiro é depositado sob a forma de dunas, que assumem diversas
formas e que variam em tamanho desde pequenas colinas até formas enormes com
mais de cem metros de altura.

Os materiais mais finos, como a silte e a poeira depositam-se sob a forma de um


lençol mais ou menos uniforme e quanto consolidado, por carbonatos, constitui o
loess.
A deposição verifica-se sempre que a velocidade do vento diminui. Assim, nos
lugares abrigados por qualquer obstáculo, a acumulação é sempre rápida e
abundante.

Esta é selectiva, uma vez que os elementos mais pesados são os primeiros a
depositarem-se.
O material mais grosseiro é depositado sob a forma de dunas, que assumem
diversas formas e que variam em tamanho desde pequenas colinas até formas
enormes com mais de cem metros de altura.

Os materiais mais finos, como a silte e a poeira depositam-se sob a forma de um


lençol mais ou menos uniforme e quanto consolidado, por carbonatos, constitui o
loess.
ACÇÃO DA GRAVIDADE E OS MOVIMENTOS DE MASSA

Um movimento de massa é uma forma de transporte gravítico de massas


de rochas, gelo, solo ou de outros materiais não consolidados que ocorre
quando a força da gravidade vence a resistência à deformação dos
materiais do declive.
Eles modificam a paisagem deixando cicatrizes nas vertentes
montanhosas que constituem pistas de movimentos de massa passados,
através das quais os geólogos são capazes de prever e enviar avisos
atempados acerca de novos movimentos que possam ocorrer no futuro.
Em cada ano, os movimentos de massa causam perdas de vidas e de
propriedades em todo o Mundo.
Causas dos movimentos de massa… Os três factores principais são:
• A natureza dos materiais de vertente - constituídos por massas sólidas de substrato rochoso
ou por sedimentos consolidados;

• A quantidade de água existente nos materiais – esta depende da porosidade dos materiais
e da quantidade de chuva ou de outra água a que os materiais estiverem sujeitos. Os
movimentos de massa de materiais consolidados podem ser geralmente atribuídos aos efeitos
da humidade, muitas vezes, numa combinação de factores, tais como falta de vegetação ou
declive acentuado. Quando o solo se torna saturado em água, o material encontra-se
saturado, a fricção interna é menor e as partículas ou os agregados maiores podem
movimentar-se mais facilmente e água pode infiltrar-se até aos planos de estratificação de
sedimentos lodosos ou arenosos e promover o deslizamento dos estratos.

• A inclinação e instabilidade das vertentes – a inclinação contribui para a tendência, dos


materiais caírem, deslizarem ou fluírem, dependendo do grau de meteorização das rochas.
Exemplo os xistos tendem a meteorizar-se e fragmentar-se em pequenos pedaços que formam
uma fina camada de cascalho cobrindo o substrato rochoso, gradualmente, formando uma
vertente instável, levando a aluimentos. Já os calcários e os arenitos duros e cimentados
apresentam comportamentos contrastantes pois que resistem à erosão e fragmentam em
grandes blocos, originando vertentes abruptas na parte superior e vertentes suaves, cobertas
por sedimentos mais finos, na parte inferior.
Classificação dos movimentos de massa… São nomeados com base na
velocidade do movimento, lento ou rápido e natureza do movimento, assim classificam
se em:
Movimentos de massa rápidos
Desabamento é o movimento súbito de uma vertente inclinada, por gravidade. A massa
comporta blocos angulosos e fragmentados do afloramento resultantes da meteorização
e que origina, geralmente um cone ou depósito de detritos na base da vertente – depósito
de vertente..
Avalanches são quedas bruscas de materiais rochosos nas regiões elevadas. Est
fenómeno é característico nas montanhas por apresentarem vertentes muito elevadas
uma fina crusta de meteorização.

Escorregamentos/Deslizamentos – É um deslocamento rápido de massas e contém


grandes de rocha, para vertente ou ao longo de juntas de estratificação é denominad por
deslizamento de rochas. Os deslizamentos têm lugar desde que uma massa d rochas
geralmente rica em argila e saturada de água se encontrar num declive em que acção de
gravidade é superior todos outros factores. A causa destes desprendimento pode ser um
tremor de terra, uma tempestade, o gelo ou degelo, trabalho de engenharia como por
exemplo a abertura de uma estrada.
Movimentos de massa lentos - São deslocações de materiais quase
imperceptíveis ao longo das vertentes suaves tais como:

(1) A reptação (creeping) ocorre em vertentes suaves e os detritos deslocam-se


muito lentamente e a deslocação só observável pela inclinação das árvores,
postes, cercas e edifícios que, aparentemente, estavam bem fixos ao solo.
(2) A solifluxão ocorre apenas em regiões frias e húmidas em que a água nas camadas
superficiais do solo congela e degela alternadamente, mas essa água não se consegue
infiltrar uma vez que as camadas mais profundas do solo ainda se encontram congeladas.
Fazendo que o solo, amolecido e mais pesado, se desloque lentamente vertente abaixo.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
• Roque, M. (2009) Geologia 11ª classe – Reforma Educativa. Porto: Porto
Editora
• Roque, M. (2009) Geologia 12ª classe – Reforma Educativa. Porto: Porto
Editora

• Carvalho, A. M. Galopim. (1996). Geologia - Morfogénese e


Sedimentogénese. Lisboa: Universidade Aberta;

• Press, F., Siver, R., Grotzinger, J. & Jordan, T. 2006. Para entender a terra, 4ª
Edição. Porto Alegre: Bookman. 656 p.
• Galopim de Carvalho, A. 2011. Doicionário de Geologia. Ancora editora.486 p.

• http://es.wikipedia.org/wiki

Você também pode gostar