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1º Grupo

Adérito Dausse

Benedito Bambu

Elga de Fátima Rufino

Euclides Ana dos Santos

Helena Neca Luís

Shelsia da Graça Manjate

Recursos Minerais

(Curso de Geologia, Minor em Mineração 4º Ano)

Universidade Rovuma

Nampula

2021
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Adérito Dausse

Benedito Bambu

Elga de Fátima Rufino

Euclides Ana dos Santos

Helena Neca Luís

Shelsia da Graça Manjate

Recursos Minerais

Trabalho de carácter avaliativo referente a Cadeira


de Valorização dos recursos Minerai, lecionada no
Curso de Geologia, na Universidade Rovuma em
Nampula, Campus de Napipine a ser entregue ao
Departamento de Ciências da Terra e Ambiente.

Docente: dr. Sumalge Muteliha

Universidade Rovuma

Nampula

2021
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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................5

2. Objetivos..................................................................................................................................6

2.1. Geral.....................................................................................................................................6

2.2. Específico.............................................................................................................................6

3. Metodologia..............................................................................................................................6

4. Recursos Minerais....................................................................................................................7

5. Uso dos Minerais ao longo do tempo.......................................................................................7

5.1. Idade da Pedra.......................................................................................................................7

5.1.1. Paleolítico..........................................................................................................................7

5.1.2. Mesolítico..........................................................................................................................7

5.1.3. Neolítico............................................................................................................................8

5.2. Idade dos Metais...................................................................................................................8

5.2.1. Idade do Cobre..................................................................................................................9

5.2.2. Idade do Bronze................................................................................................................9

3.2.3. Idade do Ferro......................................................................................................................10

5.3. Época Moderna...................................................................................................................11

6. Classificação dos Recursos Minerais.....................................................................................11

7. Exploração dos Recursos Minerais........................................................................................12

7.1. Prospeção Geologia............................................................................................................12

7.2. Prospecao Geofisica............................................................................................................12

7.2.1. Método Elétrico...............................................................................................................13

7.2.2. Método Magnético..........................................................................................................13

7.2.3. Método Sísmico..............................................................................................................13


iv

7.2.4. Método Gravimétrico......................................................................................................13

7.2.5. Diagrafias........................................................................................................................13

7.3. Prospeção Geoquímica.......................................................................................................13

7.3.1. Método prospeção à Bateia.............................................................................................13

7.3.2. Recolha de solos, sedimentos de linhas de água.............................................................14

7.3.3. Analises Laboratoriais.....................................................................................................14

7.3.4. Cartas geoquímicas.........................................................................................................14

7.4. Prospeção Mecânica...........................................................................................................14

8. Métodos de Extração dos Recursos Minerais.........................................................................14

8.1. Exploração a Céu Aberto....................................................................................................14

8.2. Exploração em Subterrâneo................................................................................................15

8.3. Exemplo de Substâncias Minerais e os Métodos Aplicados na sua Extração....................15

9. Minérios..................................................................................................................................16

9.1. Minério e Ganga.................................................................................................................17

10. Depósito Mineral................................................................................................................17

10.1. Tectónica Global e Depósitos Minerais..........................................................................18

11. Conclusão...........................................................................................................................19

12. Referências Bibliográficas..................................................................................................20


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1. Introdução
Embora os minerais são utilizados pelo homem desde a Antiguidade, a idade da pedra, onde
usavam agregados de minerais (rochas vulgo pedras) para o benefício próprio facilitando assim a
vida, somente em tempos mais recentes é que a Mineralogia foi reconhecida como uma ciência.

Na Idade da Pedra o homem já utilizava os minerais, principalmente, em registros de pinturas


rupestres de cavernas, onde era utilizada a hematita (pigmentos avermelhados) e a pirolusita
(pigmentos pretos).

Substâncias como o ouro nativo, malaquita, lápis-lazúli e esmeralda, já eram conhecidas,


comercializadas e utilizadas pelas civilizações do vale do rio Nilo, na África, há cerca de 5.000
antes do Presente.

A arte da mineração, nos registros arqueológicos, já era amplamente conhecida pelas civilizações
chinesa, babilônia, egípcia e grega. Além do ouro nativo, cobre nativo e prata nativa, as
civilizações da Antiguidade já conheciam jazigos ricos em combinações de substâncias ricas em
cobre, estanho e ferro e, assim, aprenderam a extrair, fundir e processar esses minerais para forjar
suas armas e instrumentos úteis em seu dia-a-dia. Também coletavam pedras coloridas que, por
sua beleza, os deixavam maravilhados.
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2. Objetivos
O presente trabalho de investigação científica tem como objetivo:

2.1. Geral
 Compreender basicamente tudo sobre os recursos minerais.

2.2. Específico
 Classificar os recursos minerais.
 Propor métodos para achar os recursos minerais.
 Propor métodos para a extração dos recursos minerais.

3. Metodologia.
Para concretizar os objetivos traçados neste trabalho baseamo-nos na pesquisa bibliográfica,
materiais escritos, gravados, mecânica/eletronicamente, com informações elaboradas e
publicadas, páginas de Web sites.

Estruturalmente, o trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: pré-textuais (Introdução:


onde apresentamos, de forma titular os aspetos que posteriormente serão abordados); textuais
(desenvolvimento,); pós-textuais (conclusão e a referência Bibliográfica).
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4. Recursos Minerais
Há quem pode perguntar o que são recursos minerais?
Segundo um folheto realizado e publicado com título Os Recursos Minerais na nossa vida pelo
INETI (Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação), Área de Geologia Económica
por Daniel Oliveira, Elsa Ramalho; Helena Santana; Patrícia Falé e Paulo Henriques em Maio de
2007 definem como sendo:
Substâncias naturais formadas por processos geológicos que, ocorrendo na crosta terrestre com
uma concentração superior à média, podem ser economicamente exploráveis.

5. Uso dos Minerais ao longo do tempo.


A utilização dos recursos minerais pelo Homem é quase tão antiga como a sua própria existência.
Os recursos minerais estiveram tão intimamente relacionados com a evolução do Homem que os
grandes períodos dos primórdios da História devem as suas designações a este tipo de recursos:
Paleolítico, Mesolítico, Neolítico, Idade do Cobre, Idade do Bronze, Idade do Ferro. As grandes
inovações tecnológicas da História da Humanidade foram e continuam a ser baseadas na
utilização dos recursos minerais.

5.1. Idade da Pedra


A idade da pedra compreende os períodos Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

5.1.1. Paleolítico.
O Paleolítico (pedra antiga), também conhecido como Idade da Pedra Lascada ou período da
selvageria, é um período pré-histórico correspondente ao intervalo entre a primeira utilização de
utensílios de pedra pelo homem (cerca de 2 milhões de anos atrás) até ao início do Neolítico
(cerca de 10 mil a.C.). Este grande período histórico subdivide-se em Paleolítico Inferior (até há
300 mil anos atrás) e Paleolítico Superior (até 10 mil a.C.).

5.1.2. Mesolítico
O Mesolítico (pedra intermediária) é um período da pré-história situado entre o Paleolítico e o
Neolítico, e presente (ou pelo menos, com duração razoável) apenas em algumas regiões do
mundo onde não houve transição direta entre os dois períodos citados. As regiões que sofreram
maiores efeitos das glaciações tiverem Mesolíticos mais evidentes. Iniciou-se com o fim do
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Pleistoceno, há cerca de 10 mil anos atrás, e se encerrou com a introdução da agricultura, em


épocas que variam de acordo com a região.

5.1.3. Neolítico
O Neolítico, também chamado de idade da pedra polida, é o período da pré-história
compreendido aproximadamente entre 1200 e 4000 a.C. Durante este período surgiu a
agricultura, o que permitiu às populações um aumento do tempo de lazer devido à disponibilidade
de alimento. A necessidade de armazenar os alimentos e as sementes para cultivo levou à criação
de peças de cerâmica, que foram gradualmente ganhando fins decorativos. Por outro lado, a
fixação inerente à agricultura provocou o desenvolvimento da vida em sociedade e o avanço
cultural. Foi neste período, que foram assentadas as bases para a civilização em que hoje
vivemos. Também foi aqui que começou a domesticação de animais.

Figura 1: Objetos da idade da pedra, período Neolítico Objetos da Idade da pedra período
Paleolítico
Fonte: https://www.infoescola.com/pre-historia/idade-da-pedra
5.2. Idade dos Metais 
Caracteriza o fim da Idade da Pedra e, como o próprio nome diz, é marcado pelo início da
fabricação de ferramentas e armas de metal, fato de fundamental importância para o cultivo
agrícola, e também para a prática de caças.

Na Eurásia, a Idade dos Metais subdivide-se tradicionalmente em Idade do Cobre, Idade do


Bronze e Idade do Ferro. O primeiro tipo de metal utilizado foi o cobre. Logo depois
encontramos a utilização do estanho na fabricação de outros tipos de armas e utensílios. E, por
volta de 3000 a.C., com a junção desses dois metais (cobre e estanho) tivemos o aparecimento
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do bronze. O ferro só apareceria num futuro longínquo, cerca de 1.500 a. C e tal lentidão de
propagação se deu pelo fato de sua manipulação ser de difícil aprendizado.

5.2.1. Idade do Cobre


O cobre foi um dos primeiros metais usados talvez porque, às vezes, aparece em forma de
pepitas de metal nativo. Vários séculos depois foi descoberto que o cobre podia ser extraído de
diversos minerais (malaquita, calcopirita, etc.), por meio da fusão em fornos especiais, nos
quais se insuflava oxigênio (soprando por longos tubos ou com foles) para superar os 1000 °C de
temperatura. A técnica do cobre não tardou em difundir-se por todo o Próximo Oriente,
coincidindo com o nascimento das primeiras civilizações históricas da zona, principalmente a
Suméria e o Antigo Egito.

Figura 2: Punhal de Cobre e Pepita de Cobre Nativo


Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/idade-metais.htm

5.2.2. Idade do Bronze


O bronze é o resultado da liga de cobre e de estanho numa proporção variável (atualmente
acrescentam outros metais como o zinco ou o chumbo). A quantidade de estanho podia variar de
cerca de 3% até cerca de 25%. Na Pré-História a quantidade média costuma rondar 10% de
estanho. Supõe-se que foram os egípcios os primeiros a acrescentar estanho ao cobre, ao observar
que este lhe dava melhores qualidades, como a dureza, um ponto mais baixo de fusão e a
perdurabilidade (pois o estanho não se oxida facilmente com o ar e é resistente à corrosão).
Ademais o bronze é reciclável, podendo ser fundido várias vezes.
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Figura 3: Cabeça de Touro em Cobre, com olhos de nácar e lápis-lazúli Terceiro Milénio a.C.
E Copo de Prata e Bronze
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/idade-metais.htm

3.2.3. Idade do Ferro


O ferro é o quarto elemento mais abundante na crosta terrestre, porém, o seu uso prático começou
7000 anos mais tarde que o do cobre e 2500 anos depois do bronze. Este atraso não é devido ao
desconhecimento deste metal, pois os antigos conheciam o ferro e consideravam-no mais valioso
que qualquer outra joia, mas tratava-se de "ferro meteórico", ou seja, procedente de meteoritos.

Embora durante milênios não houvesse tecnologia para trabalhar minerais ferrosos, no terceiro
milênio a.C. parece que alguns o conseguiram. Em ruínas arqueológicas do segundo milênio
foram encontradas algumas peças de ferro artificial como um machado de combate (em Ugarit),
uma adaga com a lâmina de ferro e uma empunhadura de ouro (no túmulo de Tutancâmon). As
matérias-primas destes primeiros ferreiros eram provavelmente minerais como
o hematita, limonite ou magnetita, quase todos óxidos de ferro que já eram usados para outros
fins na Pré-História como, por exemplo, para ajudar a eliminar impurezas da fundição do cobre
ou como colorantes.

Fabricar ferro seguia um procedimento muito diferente ao do cobre e do bronze  (o metal não se


torna líquido). Era preciso conseguir fornos com grande capacidade calórica: o mineral triturado
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devia estar totalmente rodeado de carvão de lenha e numerosos foles que insuflavam oxigênio
continuamente. O mineral devia ser pré-quentado num forno e, por meio de golpes, parte das
impurezas eram eliminadas. Depois era levado ao estado incandescente, num segundo forno, até
obter uma massa denominada ferro esponjoso, altamente impuro, pelo qual voltava a ser batido
em quente para o refinar. Após um longo e repetitivo processo de martelagem e aquecimento,
evitando que o ferro se esfriasse, obtinha-se uma barra forjada, bem pura, resistente e maleável.

Figura 4: Ferro Meteórico ou siderúrgico e Lâmina de ferro da dinastia Qin (século III a.C.)
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/idade-metais.htm

5.3. Época Moderna.


Por fim a época atual, que se pode denominar de Idade dos Novos Materiais  (Advanced
Materials), constitui-se de uma fase de intensos avanços tecnológicos, em que o homem passou a
utilizar conhecimentos sobre os recursos físseis, com diversos propósitos energéticos, também se
caracteriza pela utilização de produtos de origem mineral de elevado valor agregado, em termos
de informação e tecnologia embutidas, e menos pelo valor específico da matéria-prima. São
próprios da terceira revolução industrial, que se caracteriza pelo uso intensivo de Tecnologia da
Informação em processos de ampla difusão de informação, conhecimento, aprendizado e
inovação.

6. Classificação dos Recursos Minerais


Sugere-se a divisão dos minerais em 3 grupos;
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i. Minerais Energéticos: Recursos minerais utilizados para a produção de energia elétrica,


calorífica ou mecânica. Exemplos: petróleo, carvão, gás, urânio.
ii. Minerais Metálicos: Recursos minerais explorados para a obtenção de um determinado
elemento metálico que faz parte da sua constituição. Exemplos de metais: ouro, prata,
cobre alumínio, ferro.
iii. Minerais Não Metálicos: Estes recursos, também designados por minerais e rochas
industriais, constituem um grupo muito diversificado, incluindo minerais e rochas que são
principalmente utilizados na construção civil e em processos industriais de natureza muito
diversa.
 Rochas Ornamentais: Exemplos: calcário, mármore, granito.
 Rochas e Minerais Industriais: Exemplos: areia, argila, quartzo.

7. Exploração dos Recursos Minerais


A procura dos recursos minerais é feita utilizando os chamados métodos de prospeção. A
prospeção pode ser realizada de varias formas, procurando saber direta ou indiretamente como é
o terreno em profundidade e assim identificar e avaliara existência de recursos minerais no
subsolo.

7.1. Prospeção Geologia


A investigação de natureza puramente geológica constitui o primeiro passo na procura e
identificação de depósitos minerais. Essa investigação inclui a revisão da literatura geológica da
região de interesse, levantamentos geológicos e topográficos cos (mapeamentos) em várias
escalas e identificação dos parâmetros litológicos e estruturais que indiquem a existência de
ambientes favoráveis às mineralizações.

7.2. Prospecao Geofisica


Baseia-se nas propriedades físicas da Terra (calor, magnetismo, radioatividade, gravidade,
eletricidade, propagação de ondas elásticas etc.) para investigar seu interior, tanto nas camadas
mais superficiais - onde se alojam os recursos minerais (petróleo, minérios, água) – quanto nas
porções mais profundas do nosso planeta, que são conhecidas unicamente pelas informações
geofísicas.

São com títulos de exemplo de métodos de prospeção Geofísica:


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7.2.1. Método Elétrico.


Introdução de corrente elétrica no solo para ver de que forma este reage através de sua
resistividade elétrica

7.2.2. Método Magnético


Mede o campo magnético da Terra para identificar estruturas geológicas e as propriedades
magnéticas.

7.2.3. Método Sísmico


Criação de sismos muito pequenos para ter informação do interior da terra a partir do modo como
as ondas sísmicas se propagam em profundidade.

7.2.4. Método Gravimétrico


Mede as variações da aceleração da gravidade no solo devida as estruturas geológicas.

7.2.5. Diagrafias
Registos contínuos efetuados ao longo de sondagens mecânicas que permitem obter informações
das propriedades das formações geológicas que a sondagem atravessa, esses registos são feitos
com sondas, que medem simultaneamente vários parâmetros, a interpretação final consiste na
análise do cruzamento dos dados de todas as diagrafias feitas numa sonda.

7.3. Prospeção Geoquímica


Qualquer método baseado na medição sistemática de uma ou de várias propriedades químicas de
material naturalmente formado. Os levantamentos geoquímicos normalmente incluem (i)
amostragem de sedimentos ativos coletados nos fundos de canais de drenagem (córregos, riachos,
rios etc.), tanto perenes quanto sazonais; (ii) amostragem de solos (não transportados); e (iii)
amostragem de rochas. Várias técnicas de laboratório são utilizadas para examinar e medir a
abundância ou concentração dos elementos químicos contidos nas amostras. A análise e
interpretação geológica e estatística dos resultados pode servir como indicação de áreas
favoráveis para mineralizações.

7.3.1. Método prospeção à Bateia


É usado a bateia utensilio geralmente usado em depósitos de sedimentos em cursos de agua, para
obtenção de concentrados de minérios.
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7.3.2. Recolha de solos, sedimentos de linhas de água.


O fundamento desse Método Geoquímico baseia-se no facto de que o sedimento de corrente
reflete a composição das rochas localizadas na bacia (ou sub-bacia) de drenagem estudada.

As águas pluviais, ventos e outros fatores promovem o intemperismo e, subsequentemente, o


transporte das rochas até os cursos de água, riachos e rios, e partir destes, o transporte pelos
sistema de drenagem da área.

7.3.3. Analises Laboratoriais.


Recolhidas as amostras são encaminhadas ao laboratório para determinar quais os elementos
químicos presentes, assim como sua quantidade, estamos a falar avaliação quantitativa e
qualitativa.

7.3.4. Cartas geoquímicas.


Uso de cartas geoquímicas visando localizar os recursos minerais pela sua distribuição aparente
no mapa.

7.4. Prospeção Mecânica


A prospeção mecânica é feita por sondagens que perfuram o terreno até profundidades que
podem atingir vários centenas de metros no caso da prospeção mineira ou atingir quilómetros, no
caso das sondagens para pesquisa de petróleo. As sondagens podem ser destrutivas ou preservar
os testemunhos de rocha (as chamadas carotes), que são então estudados em detalhe por
geólogos. As sondas podem perfurar o terreno à rotação ou a precursão, caso em que os
testemunhos das sondagens poderão vir mais ou menos danificados.

8. Métodos de Extração dos Recursos Minerais.


As características físicas do depósito, como a profundidade e sua extensão, limitam as
possibilidades de aplicação de alguns métodos de lavra.

8.1. Exploração a Céu Aberto


A céu aberto: método de bancos em cava ou encostas dependente das condições topográficas do
terreno, onde a profundidade máxima da cava dependerá diretamente do teor e da relação
estéril/minério, como também, as dimensões das plataformas de trabalho dependerão da produção
e da conveniência dos equipamentos;
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8.2. Exploração em Subterrâneo


Lavra desenvolvida no subsolo em função de dois condicionantes, um é a geometria do corpo
(inclinação e espessura) e o outro são as características de resistência e estabilidade dos maciços
que constituem o minério e suas encaixantes.

8.3. Exemplo de Substâncias Minerais e os Métodos Aplicados na sua Extração


Feldspato: lavras a céu aberto, e subterrânea por abertura de galerias através de desmonte com
utilização de explosivos em pegmatitos;

Quartzo: lavras a céu aberto, subterrânea (corte e enchimento), garimpagem manual (por águas
pluviais e catas) e desmonte hidráulico com posterior catação manual;

Mica: lavras a céu aberto, e subterrânea por abertura de galerias através de desmonte com
utilização de explosivos em pegmatitos e alasquitos;

Caulim: lavras a céu aberto, com emprego de métodos convencionais de extração como o uso de
trator, retro escavadeira e carregadeira frontal, e subterrânea em jazimentos de rochas
sedimentares, pegmatíticas, graníticas, vulcânicas, anortosíticas e lentes argilo-caulínica tipo
semi-flint;

Talco: lavra a céu aberto em bancadas, geralmente acompanhando a topografia do terreno;

Argilas: lavra a céu aberto bem simplificada, sendo a extração realizada por trabalhadores
braçais para melhor aproveitamento da jazida;

Turmalina: lavras a céu aberto, e subterrânea por abertura de galerias através de desmonte com
utilização de explosivos em pegmatitos;

Ametista: lavras a céu aberto utilizando escarificadores e detonações; subterrânea por abertura
de túneis e galerias; e garimpagem manual (por águas pluviais e/ou catas);

Esmeralda: lavras a céu aberto; subterrânea, essencialmente, por abertura de poços, “túneis” e
“galerias”, por vezes muito rudimentares, utilizando detonações e, posteriormente, escavações
manuais para extração dos cristais; e garimpagem manual (por águas pluviais, fluviais e catas);
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Diamante: garimpagem manual (por águas pluviais, fluviais e catas) e/ou mecanizada
(desmontes hidráulico e hidráulico em leitos submersos), e dragagem;

Ouro: lavras a céu aberto; subterrânea através da abertura de túneis e galerias e pelos métodos
realce autoportantes a exceção do VCR, suporte das encaixantes e abatimento; garimpagem
manual (por águas pluviais, fluviais e catas) e mecanizada (desmontes hidráulico e hidráulico em
leitos submersos) e dragagem;

Agregados (brita, areia e cascalho): lavra a céu aberto, desmonte hidráulico e dragagem;

Brita: lavra a céu aberto, em meia encosta, iniciando-se com a execução do plano de fogo para
desmonte primário (perfuração + detonação por explosivos), seguindo-se, não necessariamente,
do desmonte secundário (fogacho + rompedores hidráulicos) e carregamento e transporte dos
fragmentos rochosos para os locais de britagem (praças de alimentação) ou diretamente para os
britadores primários;

Areia: lavra a céu aberto, desmonte hidráulico e dragagem, sendo quase sempre comercializada
na forma como é extraída, passando, na maioria das vezes, apenas por grelhas fixas que separam
as frações mais grossas (cascalho, pelotas e concreções) e eventuais sujeiras (matéria orgânica,
folhas e troncos) e por uma simples lavagem para retirada de argila;

9. Minérios
Minérios são aquelas substâncias minerais naturais que encerram um elemento químico em teor
relativamente elevado ou sob forma química facilmente redutível ou as que apresentam
propriedades físicas raramente realizadas na crusta terrestre.

Em outras palavras: É um agregado de minerais rico em um determinado mineral ou elemento


químico que é economicamente e tecnologicamente viável para extração. (mineração)

O conceito de minério encerra, como se viu, a noção de concentração anormal. Esta noção é
referida, em regra, ao teor normal dos elementos químicos na crusta terrestre ou seja ao respetivo
clarke.
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Figura 5: Concentração, em clarke, para os jazigos minerais de alguns metais


Fonte: www.researchgate.net

9.1. Minério e Ganga


No minério associam-se dois tipos de minerais: o mineral de minério, que é o mineral que lhe
confere valor económico, e o mineral de ganga ou, simplesmente ganga, que não apresenta valor
económico.

Assim, num minério de estanho em granito, a cassiterita (SnO2) é o mineral de minério, enquanto
os demais minerais presentes, como feldspatos, quartzo e mica, constituem a ganga

Os conceitos de mineral de minério e de ganga não são absolutos, uma vez que um mesmo
mineral pode passar de uma a outra categoria conforme o depósito mineral considerado ou até
pertencer a ambas categorias em um mesmo minério.

Assim, tanto o feldspato quanto o quartzo e a mica podem constituir minerais de minério
importantes em muitos pegmatitos.

10. Depósito Mineral


Depósito Mineral é definido como ama ocorrência mineral existente num determinado território
(incluindo os fundos marinhos) que, pela sua raridade, alto valor específico ou importância, na
aplicação em processos industriais das substâncias nelas contidas, se apresentar com especial
interesse económico e como tal seja qualificada.
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10.1. Tectónica Global e Depósitos Minerais

Figura 6: Exemplos de depósitos minerais frequentemente associados a ambientes da tectónica


global
Fonte: www.researchgate.net
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11. Conclusão
Atingido o término do presente trabalho concluímos que o desenvolvimento da cultura humana
está historicamente relacionada à utilização dos recursos naturais, com destaque para os bens
minerais, que tem sido usados na produção de armas e instrumentos de trabalho, e como abrigo,
fonte energética e insumo alimentar, nenhuma civilização humana pode prescindir do uso dos
recursos minerais, principalmente quando se pensa em qualidade de vida, uma vez que as
necessidades básicas do ser humano - alimentação, moradia e vestuário são atendidas
essencialmente pelos recursos minerais.
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12. Referências Bibliográficas


Internet

 https://www.mundovestibular.com.br/estudos/geografia/a-importancia-dos-recursos-
minerais: Acesso no dia, 15 de novembro de 21 pelas 17h:38min
 https://www.infoescola.com/pre-historia/idade-da-pedra/: 16 de novembro de 21 pelas
14h:40min
 https://www.lneg.pt/download/1446/folheto_minerais.pdf baixado no dia 17 de novembro
de 21; 10h:46min
 https://sites.google.com/site/cp2minerais/minerais-no-nosso-cotidiano.
Acesso:20/11/2021 20:00:11
 SOUSA, Rainer Gonçalves. "Idade dos Metais"; Brasil Escola. Disponível em
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/idade-metais.htm. Acesso em 21 de novembro de
21.

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