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O primeiro modelo de circulação geral foi proposto por Hadley em 1735. Compreendia,
para cada hemisfério, uma única célula de circulação da atmosfera, conforme mostra a Figura
2. Há várias divergências a respeito desse tipo de circulação que, além disso, não está de
acordo com os dados de observação de que atualmente se dispõe.
Massas de Ar
Uma boa maneira para se visualizar isso é retirar uma forma de gelo do congelador e observar
aquela “fumaça” branca que se forma ao redor do gelo (e do próprio congelador). Nas regiões
polares acontece da mesma forma, só que em proporções muito maiores e com a capacidade de
influenciar toda a dinâmica climática dos locais para onde as massas de ar se deslocam.
A fuma A fumaça que se forma ao redor de um cubo de gelo é igual às massas de ar frio, porém
com proporção muito menor
Tipos de massas de ar
As massas de ar, em face de sua formação e propriedades, apresentam diferentes
características, o que permite classificá-las em três tipos distintos: massas equatoriais,
tropicais e polares.
Massas polares: originam-se nas regiões de altas latitudes (próximas aos polos).
Possuem uma massa menor do que as demais. As massas polares continentais são
mais frias e secas, e as massas polares oceânicas são mais úmidas e menos frias.
As massas de ar influenciam na dinâmica climática As massas de ar influenciam na
dinâmica climática
Para que uma massa de ar adquira propriedades uniformes, é necessário que permaneça
mais ou menos durante certo número de dias sobre uma grande região, cuja superfície tenha,
também, características bastante uniformes. Essa região é chamada de região de origem.
Quando uma massa de ar se desloca sobre uma superfície mais quente que ela própria,
é aquecida por baixo. Em consequência, a instabilidade térmica ocorre nos níveis baixos e
se estende para cima. Se o ar inicialmente continha inversões, estas serão destruídas e se
estabelece uniformemente, na baixa troposfera, uma forte variação de temperatura ou gradiente.
Ao contrário, ao deslocar-se sobre uma superfície mais fria que ela própria, uma massa de ar
perde calor nos níveis baixos e torna-se estável. Isso poderá impedir completamente a
convecção.
O resfriamento na base provoca a formação de uma camada de ar frio na superfície.
Todavia, o ar acima da inversão não experimenta, em seu conjunto, nenhuma modifi cação,
exceto pelo lento resfriamento causado pela radiação. Eventualmente, o ar próximo da superfície
pode ser resfriado abaixo de seu ponto de orvalho, e existe a possibilidade da formação de
nuvens estratiformes e de nevoeiro, podendo ocorrer também pouca visibilidade e chuvisco.
Em geral, supõe-se que as características das massas de ar modifi cam-se lentamente.
Tropical marítima – Tm
Tropical continental – Tc
Polar marítima – Pm
Polar continental – Pc
Pelo fato de existirem mecanismos de trocas de vapor d’água muito intensos entre a
superfície e a massa de ar, mesmo em região continental, como é o caso da floresta amazônica,
alguns autores distinguem as massas de ar de origem equatorial (E), tropical (T) e polar (P),
que por sua vez podem se subdividir em continental (c) ou marítima (m).
Circulação
A diferenciação no balanço de radiação e heterogeneidade da superfície terrestre origina
variações no campo da pressão atmosférica que, por sua vez, dão origens ao deslocamento
do ar atmosférico, transferindo energia térmica das regiões de maior ganho de energia para
as regiões de menor ganho. O comportamento médio, durante um certo número de dias, do
deslocamento do ar ao redor da Terra, denomina-se de circulação global ou geral da atmosfera.