Ernestino José
Dulce da Irene
Muanacha Mesquita
Natalio Alexandre
Victó Wassiquete
Mapeamento Geomorfológico
Universidade Rovuma
Nampula
2019
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Alima Francisco
Dulce da Irene
Ernestino José
Muanacha Mesquita
Natalio Alexandre
Victó Wassiquete
Mapeamento Geomorfológico
Universidade Rovuma
Nampula
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2019
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Conteúdo
Introdução...................................................................................................................................3
1. MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO..........................................................................4
1.1. Conceitos:.....................................................................................................................4
2. REPRESENTACAO DE RELEVO EM CARTAS TOPOGRÁFICAS.............................5
Pontos Altimétricos, Curvas De Nível e Cores Hipsométricas........................................5
2.1. Pontos Altimétricos......................................................................................................5
2.2. Curvas De Nível...........................................................................................................6
2.3. Cores Hipsométricas....................................................................................................9
3. USO DE IMAGENS DE SATÉLITE EM GEOMORMOLOGIA.......................................10
3.1. Utilizando imagens do Google EarthTM para analisar o relevo................................10
Conclusões................................................................................................................................13
Referências................................................................................................................................14
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Introdução
1. MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO
1.1. Conceitos:
Mapear a superfície terrestre é de extrema importância para a ciência geomofológica, uma vez
que a Terra está em constantes mudanças, se movendo e sendo rearranjada. (DA SILVA,
1998)
Silva (2002) resume bem o que se pretende dizer ao falar em mapeamento, salientando que
este termo remete a busca para fundamentar uma ordenação dos fatos do mundo - do
desenvolvimento dos sistemas ou processos naturais, sociais e/ou económicos e de sua
representação cartográfica.
Mapear a superfície terrestre é de extrema importância para a ciência geomofológica, uma vez
que a Terra está em constantes mudanças, se movendo e sendo rearranjada.
Na representação do relevo, são utilizados 3 diferentes métodos, que denominam-se: Pontos
Altimétricos, Curvas De Nível e Cores Hipsométricas. Neste texto nós descreveremos
sobre pontos altimétricos e curvas de nível, uma vez que estas são as representações
adequadas ao mapeamento sistemático, e a qualquer carta sobre a qual serão realizadas
análises quantitativas que exijam precisão nos resultados das medidas.
Devido aos pontos altimétricos representarem apenas a altitude, e pela indicação desta (texto
adjacente ao símbolo pontual) ocupar um espaço na carta não relacionado ao ponto
representado, este método é indicado para pontos notáveis no terreno, tais como, pontos altos,
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picos, desfiladeiros, povoados, depressões. Além disso, este método é útil quando combinado
com os outros métodos: curvas de nível ou cores hipsométricas.
A natureza da informação define a variável visual tom de cor. Na maioria das cartas
topográficas, as curvas de nível são representadas em sépia, sendo esta decisão baseada na
associação de cor do sépia com solo exposto. Além da associação de cor, o tom de cor sépia
permite um contraste adequado com o branco ou fundo claro e um equilíbrio visual com o
azul da drenagem.
Em geral são numeradas algumas curvas de nível, chamadas de curvas mestras, sendo a
numeração das demais dependentes da necessidade do usuário da carta. As curvas mestras são
representadas a intervalos verticais constantes, tendo-se como resultado um número também
constante de curvas de nível, chamadas de curvas padrão, entre as curvas mestras. Tanto a
qualidade dos dados colectados, como a classificação das curvas, em curva de nível mestra e
curva de nível padrão, são diferenciadas na representação cartográfica pelas variáveis visuais:
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tamanho e luminosidade (linhas contínuas e linhas tracejadas) (Figura 3). Segundo Keates
(1973), considerando a adopção do tom de cor sépia, o tamanho (espessura) mínimo de
0,15mm é adequado por resultar em contraste de cor suficiente para permitir a discriminação
visual das linhas. Assim tem-se:
Curva de nível mestra: contínua e mais espessa;
Curva de nível padrão medida: contínua e mais delgada que as curvas mestras;
Curva de nível suplementar: contínua e mais delgada que as curvas padrão;
Curva de nível interpolada: tracejada.
Figura 4. Hipsometria.
A cor, antes de mais nada, é um fenómeno psicológico. Luz é a sensação visual despertada
pelo estímulo de receptores (bastonetes) no olho humano, por uma porção do espectro
electromagnético. O espectro electromagnético contém desde os comprimentos de onda
pequenos dos raios X e gama, até os grandes comprimentos usados pelo radar.
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Apenas uma pequena porção do espectro é visível, estando os comprimentos de onda entre
400 e 700 mm. (1 mm = 10-9 m).
Nessa faixa, conforme se pode verificar na figura, está todo o espectro visível da luz,
correspondendo à emissão da luz branca, que emite todos os comprimentos de onda do
visível.
A reprodução de qualquer documento a cores é directamente proporcional ao número de cores
que deva ser representada, ou quanto mais cores mais onerosa será a sua reprodução.
Pela prática, não devem ser escolhidas mais de 10 cores para a representação de um
documento, ficando a escolha ideal entre 6 e 8 cores.
A cor azul e os seus matizes serão sempre reservados para a representação batimétrica,
podendo-se chegar até a violeta.
Para representação altimétrica ou hipsométrica, a evolução da representação, desde o século
XIX, estabeleceu que as cores seriam escolhidas do intervalo mais baixo para o mais alto,
seguindo o espectro electromagnético, a partir do verde até o vermelho e em seus diversos
matizes, conforme o universo de classes a representar. Em geral o vermelho puro não é
atingido, pois possui outra representação genérica, substituído por matizes de marrom. Para a
representação de geleiras, foi decidida a utilização do branco.
Figura 6: Imagem de uma tela do programa Google Earth™, com dicas do significado de alguns ícones.
a) b) c)
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Figura 7: Modificações urbanas e morfológicas; Imagens em perspectiva vertical, representando da esquerda para a direita:
(a) Ocupação do morro em 2002; (b) Adensamento da ocupação em 2009; (c) Recuperação da área após o desastre
decorrente do deslizamento ocorrido em Abril de 2010.
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Conclusões
Afirmar que existe um tipo ideal de dado e/ou imagem da detecção remota para realizar o
mapeamento geomorfológico, seja este em escala de abrangência regional ou de detalhe, é
algo que através de estudos percebe-se que não é possível. Nenhuma imagem de satélite
sozinha pode ser considerada ideal para classificar as formas de relevos existentes. Como
salientado por alguns autores é necessário, além da especialização do profissional em
geomorfológia e em detecção remota, o auxílio de uma série de outros elementos, tais como
Modelo Digital de Elevação, carta topográfica, fotografias aéreas, entre outros. De acordo
com a área territorial de investigação e com a escala que venha suprir os objectivos de estudo,
esta que deve estar directamente relacionada a resolução espacial da imagem, também
existirão imagens mais ou menos apropriadas para a realização do mapeamento.
Porém, desde o surgimento da detecção remota que os geomorfólogos utilizam-se dos dados
e/ou imagens de satélites para ajudar no avanço dos mapeamentos. Sem dúvida, que os
cientistas conseguiram muitos avanços com esta prática, pois as imagens permitem a
aquisição de informações físicas e até mesmo sugerir informações a respeito da constituição
químicas das coberturas da superfície terrestre, o que muitas vezes pode diminuir
significativamente a necessidade de gastos elevados com saídas de campo ou de verificar um
dado em uma área isolada e de difícil acesso; além de acelerar o tempo de realização do
mapeamento. Actualmente, as imagens de alta resolução ampliaram os estudos para realização
dos mapeamentos geomorfológicos de detalhe com imagens que permitem identificar um
objecto de até dois metros no terreno, contribuindo assim significantemente para identificar
distintas feições geomorfológicas.
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Referências