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Alima Francisco

Edson Manuel Zaqueu

Ernestino José

Dulce da Irene

Graciete Da Fátima Hermínio

José da Conceição Sobral Bata

Manuel Elias Júnior

Muanacha Mesquita

Milton Johane Maguaze


Mostalifa Carlos

Natalio Alexandre

Rito João pires

Victó Wassiquete

Mapeamento Geomorfológico

Universidade Rovuma

Nampula

2019
1

Alima Francisco

Dulce da Irene

Edson Manuel Zaqueu

Ernestino José

Graciete Da Fátima Hermínio

José da Conceição Sobral Bata

Manuel Elias Júnior

Muanacha Mesquita

Milton Johane Maguaze


Mostalifa Carlos

Natalio Alexandre

Rito João pires

Victó Wassiquete

Mapeamento Geomorfológico

Departamento de ciências de Terra Ambiente.


Trabalho de carácter avaliativo do V grupo a ser
apresentado ao Docente da cadeira de Geomorfologia dr.
Sumalgi Muthela, curso de Lic. Em Geologia 2 o nível,

Universidade Rovuma

Nampula
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2019
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Conteúdo
Introdução...................................................................................................................................3
1. MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO..........................................................................4
1.1. Conceitos:.....................................................................................................................4
2. REPRESENTACAO DE RELEVO EM CARTAS TOPOGRÁFICAS.............................5
 Pontos Altimétricos, Curvas De Nível e Cores Hipsométricas........................................5
2.1. Pontos Altimétricos......................................................................................................5
2.2. Curvas De Nível...........................................................................................................6
2.3. Cores Hipsométricas....................................................................................................9
3. USO DE IMAGENS DE SATÉLITE EM GEOMORMOLOGIA.......................................10
3.1. Utilizando imagens do Google EarthTM para analisar o relevo................................10
Conclusões................................................................................................................................13
Referências................................................................................................................................14
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Introdução

Desde os primórdios da década de 60, as metodologias empregadas em estudos ambientais


sofreram grande impacto das novas geotecnologias, dada a maior agilidade, objectividade,
consistência e precisão na obtenção de bases de dados para fins de tomada de decisões
geoespaciais.
A detecção remota permite a aquisição de informações físico-químicas de uma dada área de
interesse. Para tal, utiliza-se de sensores capazes de captar a radiação electromagnética
emitida e/ou reflectida dos alvos terrestres e atmosféricos. Estes sensores podem ser
classificados quanto à capacidade de operar sem ou com uma fonte de energia
electromagnética externa, caracterizando-se, respectivamente, como sensores activos
(emissores e receptores de ondas) e passivos (apenas receptores de sinais). Mapear a
superfície terrestre é de extrema importância para a ciência geomofológica, uma vez que a
Terra está em constantes mudanças, se movendo e sendo rearranjada. Mapear a superfície
terrestre é de extrema importância para a ciência geomofológica, uma vez que a Terra está em
constantes mudanças, se movendo e sendo rearranjada. Um mapa geomorfológico e aquele
que mostra a configuração da crosta terrestre, incluído a hidrografia, e ressaltam com destaque
as unidades de relevo. Para realizar os mapeamentos geomorfológicos, sejam estes em escalas
regionais ou de detalhe, são necessários dados dos elementos de descrição do relevo e na
representação do relevo, são utilizados 3 diferentes métodos, que denominam-se: pontos
altimétricos, curvas de nível e cores hipsométricas.
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1. MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO

1.1. Conceitos:
Mapear a superfície terrestre é de extrema importância para a ciência geomofológica, uma vez
que a Terra está em constantes mudanças, se movendo e sendo rearranjada. (DA SILVA,
1998)

Silva (2002) resume bem o que se pretende dizer ao falar em mapeamento, salientando que
este termo remete a busca para fundamentar uma ordenação dos fatos do mundo - do
desenvolvimento dos sistemas ou processos naturais, sociais e/ou económicos e de sua
representação cartográfica.

Segundo TRICART (1959), o mapeamento geomorfológico actua como embasamento da


pesquisa sobre o relevo, sendo ao mesmo tempo o instrumento que direcciona a pesquisa e
quando concluído pode representar uma síntese e produto desta.

Xavier da Silva em 1998 ressalta que em mapeamentos geomorfológicos apoiados por


geotecnologias, inclusive as técnicas de sensoriamento remoto, as entidades geomorfológicas
podem ser identificadas por sua geometria, localização e forma, e também através de
correlações espaciais.

Um mapa geomorfologico e aquele que mostra a configuração da crosta terrestre, incluído a


hidrografia, e ressaltam com destaque as unidades de relevo. Constituem, com frequência, a
base de várias outras classes de mapas.

“Para realizar os mapeamentos geomorfológicos, sejam


estes em escalas regionais ou de detalhe, são necessários
dados dos elementos de descrição do relevo,
considerando a investigação de elementos que possam
subsidiar tanto a compreensão de sua formação, como
sugerir idade e dinâmica dos processos actuantes na
evolução da paisagem, sendo a representação da
superfície, Bi Ou Tridimensional, a base para iniciar um
projecto desta magnitude.” TRICART (1959)
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2. REPRESENTAÇÃO DE RELEVO EM CARTAS TOPOGRÁFICAS


 Pontos Altimétricos, Curvas De Nível e Cores Hipsométricas

Mapear a superfície terrestre é de extrema importância para a ciência geomofológica, uma vez
que a Terra está em constantes mudanças, se movendo e sendo rearranjada.
Na representação do relevo, são utilizados 3 diferentes métodos, que denominam-se: Pontos
Altimétricos, Curvas De Nível e Cores Hipsométricas. Neste texto nós descreveremos
sobre pontos altimétricos e curvas de nível, uma vez que estas são as representações
adequadas ao mapeamento sistemático, e a qualquer carta sobre a qual serão realizadas
análises quantitativas que exijam precisão nos resultados das medidas.

2.1. Pontos Altimétricos


Na representação por pontos altimétricos são utilizados símbolos pontuais, que representam a
localização geográfica da qual se conhece a altitude. A altitude, que é o atributo representado
do relevo, é indicada por um texto adjacente ao símbolo pontual (Figura 1). Portanto, na
representação por pontos altimétricos, o relevo é classificado pela variação em altitude, não
sendo incluída a declividade.

Figura 1: Exemplos de pontos altimétricos da carta topográfica.

Devido aos pontos altimétricos representarem apenas a altitude, e pela indicação desta (texto
adjacente ao símbolo pontual) ocupar um espaço na carta não relacionado ao ponto
representado, este método é indicado para pontos notáveis no terreno, tais como, pontos altos,
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picos, desfiladeiros, povoados, depressões. Além disso, este método é útil quando combinado
com os outros métodos: curvas de nível ou cores hipsométricas.

A representação do relevo por pontos altimétricos é importante em cartas náuticas, cartas


aeronáuticas e representações topográficas em escalas grandes.

2.2. Curvas De Nível


São linhas de de cota constante, com, espaçamento conveniente e invariável, de forma ,
compactivel com a escala e declividadedo do terreno.
(KEATES, 1973) explica que a representação do relevo por curvas de nível o descreve em
função de seus dois elementos principais, altitude e declividade. As variações em altitude e
declividade são representadas por intervalos verticais constantes. Assim, a selecção dos
intervalos verticais é a decisão fundamental na representação plana do relevo por curvas de
nível, a qual deve considerar:
 A natureza do terreno;
 A escala do mapa;
 As exigências de uso do mapa;
 As dificuldades de colectar os dados.

Características essenciais das curvas de nível na representação do relevo

 Para facilitar a leitura e a identificação de cada curva, adota-se o sistema de


apresentar, dentro de um mesmo sistema ou intervalo altimétrico, determinadas curvas
por um traço mais espesso. Tais curvas são chamadas "mestras", e as outras, finas,
denominam-se "intermediárias". Há, ainda, as curvas "auxiliares".
 Toda curva de nível fecha-se sobre si mesma, dentro ou fora dos limites do papel que
representa o mapa no qual se está trabalhando.
 Duas curvas de nível jamais se cruzarão.
 Várias curvas de nível podem chegar a ser tangentes entre si, como no caso em que o
terreno é representado por uma rocha aflorante.
 Uma curva de nível não pode se bifurcar.
 Terrenos planos apresentam curvas de nível mais espaçadas; em terrenos acidentados
as curvas de nível encontram-se mais próximas umas das outras.
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A natureza do terreno diz respeito às variações em declividade da região mapeada. Se as


variações em declividade são grandes, ou seja, numa mesma carta (ou série de cartas)
devemos representar regiões de terreno acidentado e regiões de terreno suave, podemos
adoptar duas diferentes soluções (KEATES, 1973): diferentes intervalos para as diferentes
classes de declividade, solução possível para mapas em escalas pequenas; curvas
suplementares para áreas de relevo suave.
A escala da carta é definida a partir das exigências de uso do mapa. Para cartas utilizadas em
projectos de engenharia, é necessário definirmos o menor intervalo vertical possível, o que
exige mapeamento em escala grande. Para escalas menores, devemos analisar os custos e as
dificuldades para colectar os dados sobre o relevo, além da consideração do efeito visual da
representação das curvas de nível sobre os demais símbolos cartográficos do mapa (KEATES,
1973).
Após definida a classificação do relevo, ou seja, os intervalos verticais que serão
representados, devemos decidir sobre a apresentação gráfica propriamente dita. Na
representação do relevo por curvas de nível, uma superfície tridimensional, ou seja, um
fenómeno cuja dimensão espacial é volume, é representado pela primitiva gráfica linha. A
apresentação gráfica das linhas é consequente da variável visual adoptada. Segundo Keates
(1973), a decisão sobre as variáveis visuais depende:
 Da natureza da informação;
 Da necessidade do usuário;
 Da qualidade dos dados colectados;
 Do efeito visual sobre os demais símbolos.

A natureza da informação define a variável visual tom de cor. Na maioria das cartas
topográficas, as curvas de nível são representadas em sépia, sendo esta decisão baseada na
associação de cor do sépia com solo exposto. Além da associação de cor, o tom de cor sépia
permite um contraste adequado com o branco ou fundo claro e um equilíbrio visual com o
azul da drenagem.
Em geral são numeradas algumas curvas de nível, chamadas de curvas mestras, sendo a
numeração das demais dependentes da necessidade do usuário da carta. As curvas mestras são
representadas a intervalos verticais constantes, tendo-se como resultado um número também
constante de curvas de nível, chamadas de curvas padrão, entre as curvas mestras. Tanto a
qualidade dos dados colectados, como a classificação das curvas, em curva de nível mestra e
curva de nível padrão, são diferenciadas na representação cartográfica pelas variáveis visuais:
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tamanho e luminosidade (linhas contínuas e linhas tracejadas) (Figura 3). Segundo Keates
(1973), considerando a adopção do tom de cor sépia, o tamanho (espessura) mínimo de
0,15mm é adequado por resultar em contraste de cor suficiente para permitir a discriminação
visual das linhas. Assim tem-se:
 Curva de nível mestra: contínua e mais espessa;
 Curva de nível padrão medida: contínua e mais delgada que as curvas mestras;
 Curva de nível suplementar: contínua e mais delgada que as curvas padrão;
 Curva de nível interpolada: tracejada.

Figura 2. Exemplos de pontos altimétricos da carta topográfica.


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Figura 3. Simbologia para as curvas de nível.

2.3. Cores Hipsométricas


As cores hipsométricas são usadas para a representação do relevo por classes de altitudes.
Em se tratando de relevo submarino, passam a chamar-se cores batimétricas.
O problema da representação do relevo através de cores é basicamente a definição número de
intervalos de altitude (intervalos de classe) entre as altitudes extremas, que serão
representadas pelas cores e a escolha das próprias cores que representarão cada intervalo de
classe.
A representação hipsométrica por cores é uma das possibilidades de representação de uma
distribuição contínua de um fenómeno sobre a superfície terrestre. Pode-se de uma maneira
geral representar qualquer ocorrência de distribuição contínua por este processo.

Figura 4. Hipsometria.

A cor, antes de mais nada, é um fenómeno psicológico. Luz é a sensação visual despertada
pelo estímulo de receptores (bastonetes) no olho humano, por uma porção do espectro
electromagnético. O espectro electromagnético contém desde os comprimentos de onda
pequenos dos raios X e gama, até os grandes comprimentos usados pelo radar.
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Figura 5. Espectro electromagnético.

Apenas uma pequena porção do espectro é visível, estando os comprimentos de onda entre
400 e 700 mm. (1 mm = 10-9 m).
Nessa faixa, conforme se pode verificar na figura, está todo o espectro visível da luz,
correspondendo à emissão da luz branca, que emite todos os comprimentos de onda do
visível.
A reprodução de qualquer documento a cores é directamente proporcional ao número de cores
que deva ser representada, ou quanto mais cores mais onerosa será a sua reprodução.
Pela prática, não devem ser escolhidas mais de 10 cores para a representação de um
documento, ficando a escolha ideal entre 6 e 8 cores.
A cor azul e os seus matizes serão sempre reservados para a representação batimétrica,
podendo-se chegar até a violeta.
Para representação altimétrica ou hipsométrica, a evolução da representação, desde o século
XIX, estabeleceu que as cores seriam escolhidas do intervalo mais baixo para o mais alto,
seguindo o espectro electromagnético, a partir do verde até o vermelho e em seus diversos
matizes, conforme o universo de classes a representar. Em geral o vermelho puro não é
atingido, pois possui outra representação genérica, substituído por matizes de marrom. Para a
representação de geleiras, foi decidida a utilização do branco.

3. USO DE IMAGENS DE SATÉLITE EM GEOMORMOLOGIA


3.1. Utilizando imagens do Google EarthTM para analisar o relevo

Actualmente, o desenvolvimento da informática e de novas mídias interativas permitiu o


surgimento de ferramentas computacionais de mapeamento e compartilhamento de mapas,
imagens aéreas e de satélites de alta definição, tendo como marco o lançamento do Google
Earth™ em 2004. Trata-se de um software gratuito que combina imagens de satélite com
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diversas características do terreno, para fornecer uma visualização em três dimensões da


superfície da Terra. Em geral, os usuários consideram o programa uma interface de fácil
manipulação e de vasto potencial de aplicação, tanto para fins académicos como para o
mundo corporativo e para a população leiga.
O conjunto de ferramentas existentes no Google Earth™ oferece recursos para mapeamento,
importação e exportação de dados geográficos, e visualização detalhada em 3D de
praticamente toda a superfície emersa do planeta, através de imagens de satélite e fotos aéreas
históricas de alta resolução. Aliadas, estas ferramentas oferecem grande potencial para a
pesquisa e ensino da Geomorfologia.
Mas diz-se ainda que nenhuma imagem de satélite sozinha pode ser considerada ideal para
classificar as formas de relevos existentes. Como salientado por alguns autores é necessário, além
da especialização do profissional em geomorfológia e em detecção remota, o auxílio de uma série
de outros elementos, tais como Modelo Digital de Elevação, carta topográfica, fotografias aéreas,
entre outros.
Abaixo temos alguns exemplos de imagens de satélites aplicadas na representação de relevos ou
mesmo na geomorfológia

Figura 6: Imagem de uma tela do programa Google Earth™, com dicas do significado de alguns ícones.

a) b) c)
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Figura 7: Modificações urbanas e morfológicas; Imagens em perspectiva vertical, representando da esquerda para a direita:
(a) Ocupação do morro em 2002; (b) Adensamento da ocupação em 2009; (c) Recuperação da área após o desastre
decorrente do deslizamento ocorrido em Abril de 2010.
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Conclusões

Afirmar que existe um tipo ideal de dado e/ou imagem da detecção remota para realizar o
mapeamento geomorfológico, seja este em escala de abrangência regional ou de detalhe, é
algo que através de estudos percebe-se que não é possível. Nenhuma imagem de satélite
sozinha pode ser considerada ideal para classificar as formas de relevos existentes. Como
salientado por alguns autores é necessário, além da especialização do profissional em
geomorfológia e em detecção remota, o auxílio de uma série de outros elementos, tais como
Modelo Digital de Elevação, carta topográfica, fotografias aéreas, entre outros. De acordo
com a área territorial de investigação e com a escala que venha suprir os objectivos de estudo,
esta que deve estar directamente relacionada a resolução espacial da imagem, também
existirão imagens mais ou menos apropriadas para a realização do mapeamento.
Porém, desde o surgimento da detecção remota que os geomorfólogos utilizam-se dos dados
e/ou imagens de satélites para ajudar no avanço dos mapeamentos. Sem dúvida, que os
cientistas conseguiram muitos avanços com esta prática, pois as imagens permitem a
aquisição de informações físicas e até mesmo sugerir informações a respeito da constituição
químicas das coberturas da superfície terrestre, o que muitas vezes pode diminuir
significativamente a necessidade de gastos elevados com saídas de campo ou de verificar um
dado em uma área isolada e de difícil acesso; além de acelerar o tempo de realização do
mapeamento. Actualmente, as imagens de alta resolução ampliaram os estudos para realização
dos mapeamentos geomorfológicos de detalhe com imagens que permitem identificar um
objecto de até dois metros no terreno, contribuindo assim significantemente para identificar
distintas feições geomorfológicas.
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Referências

KEATES, J. Cartographic design and production. Nova York: Longman, 1973;


Fundação IBGE. Manual Técnico de Noções Básicas de Cartografia. 1989;
TRICART, J. Divisão morfoclimática do Brasil Atlântica Central. Boletim Paulista de
Geografia, São Paulo. n. 31. p. 3-4. 1959;
XAVIER DA SILVA, J. Geomorfologia e Geoprocessamento. In: GUERRA,A.J.T.,
CUNHA,S.B. (Orgs.). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil. 1998;
SILVA, T. M. A estruturação geomorfológica do Planalto Atlântico no Estado do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro. 2002. 265p. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de
Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ. 2002.

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